3. Encaminhem-se os autos à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, para conhecimento e demais providências.

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1 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Gestão Pública Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal Coordenação-Geral de Aplicação das Normas NOTA INFORMATIVA Nº 198/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP Assunto: Licença-Prêmio por Assiduidade SUMÁRIO EXECUTIVO 1. A Consultoria Jurídica deste Ministério, por intermédio do PARECER Nº /2014/LBS/CONJUR/MP-CGU/AGU, fls. 207/2011, retorna os processos em epígrafe em resposta ao questionamento constante da Nota Informativa nº 108/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 15 de março de 2014, quanto ao direito da servidora XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXde gozar licença-prêmio, desde 20 de outubro de 1990, tendo em vista sua reintegração ao serviço público por decisão judicial exarada nos autos do Processo Judicial nº XXXXXXXXXXXXXXXX (AC SE). 2. Considerando que a reintegração determinada judicialmente invalidou sua demissão do extinto INAMPS, incluindo a servidora no regime estatuário, depreende-se que esta tem direito ao ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito caso não tivesse ocorrido a demissão. Assim, desde que a interessada preencha os requisitos temporais e demais critérios estabelecidos em lei, poderá fazer jus aos benefícios de que trata a Lei nº 8.112/1990, inclusive no que concerne à licença-prêmio e ao adicional por tempo de serviço. 3. Encaminhem-se os autos à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, para conhecimento e demais providências. INFORMAÇÕES 4. Em síntese, a servidora foi admitida no extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social INAMPS, em 26 de dezembro de 1984, mediante credenciamento, sem a realização de concurso público. Em razão de sua situação trabalhista, a interessada ajuizou Reclamação Trabalhista, por meio da qual foi reconhecida relação de emprego, cujo transito em julgado ocorreu em 20 de outubro de 1990.

2 5. Todavia, em agosto de 1995, a interessada foi demitida de suas funções no referido Instituto, razão pela qual ajuizou Ação Ordinária em face da União (sucessora do INAMPS), objetivando a declaração de nulidade de sua demissão e reintegração ao serviço público; o pagamento das diferenças salariais entre os vencimentos pagos ao cargo de Cirurgião Dentista e aqueles percebidos pela autora até julho de 1995; a fixação dos vencimentos em 10 de dezembro de 1990, com base nas tabelas de unidade de serviço; e os reajustes concedidos aos funcionários públicos federais, com diferenças salariais, a partir de 11 de dezembro de O Tribunal Região Federal da 5ª Região, em grau de recurso, às fls. 75/79, concedeu parcial provimento à apelação, determinando a reintegração da servidora, nos seguintes termos: Deve pois, ser providenciado o reenquadramento da autora na condição funcional em que se encontrava quando de sua demissão, e por conseguinte, à reintegração ao Quadro de Funcionários Públicos da UNIÃO, que é a sucessora, por disposição legal, do extinto INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL INAMPS, com o consequente pagamento das diferenças salariais, desde a adoção do Regime Jurídico Único, restando invalidado o cancelamento do credenciamento, denominação utilizada para disfarçar, na verdade, a rescisão de um contrato de trabalho que não mais existia desde a unificação dos regimes. No cálculo do valor da condenação, deverão ser acrescidos juros de mora e correção monetária, descontando-se os valores pagos até o desligamento da autora, em agosto de A referida decisão transitou em julgado em 29 de novembro de Salientese que a servidora foi reintegrada ao serviço público mediante a Portaria nº 1.863/GM, de 04 de agosto de 2011, fl. 165, no cargo de Cirurgião Dentista do Quadro Suplementar em Extinção do Ministério da Saúde, com remuneração de R$ XXXXXX (XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX). 8. Tendo em vista sua reintegração, a interessada protocolou requerimento objetivando a concessão de licença-prêmio e do adicional por tempo de serviço, motivo pelo qual a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, por intermédio do DESPACHO/GAAVM/DINOR/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS/Nº 549/2012, submeteu o assunto a esta CGNOR, expondo o que se segue: 11. Assim, considerando a data de ingresso da servidora no cargo de cirurgiãodentista ( ) e a data da extinção da licença-prêmio ( ), a NI Licença-Prêmio MS 2

3 servidora, em tese, teria dois quinquênios a gozar, se, e somente se, considerado o período compreendido entre a data da dispensa (agosto/1995) até a data da reintegração (agosto/2011), o qual a servidora não exerceu as funções do cargo que ocupa como de efetivo exercício. 12. Entretanto, por fugir ao conceito de licença-prêmio, que bonificava o servidor assíduo em efetivo exercício do cargo, a servidora faria jus somente ao gozo de um quinquênio, referente ao período de a , haja vista a dispensa e, consequentemente, não ter exercido suas funções após agosto/1995, não completando mais um período de cinco anos ( ). 13. Ora, considerando, ainda, o teor do aludido Parecer CONJUR, é de se inferir que a servidora também faria jus ao percebimento dos valores correspondentes ao Adicional de Tempo de Serviço/ATS, que quando da edição da Lei nº 8.112/90 era tratado no artigo 67, concedido ao servidor na razão de um por cento por ano de serviço público efetivo, calculado sobre o vencimento básico do servidor, [...] 17. Entende-se, então, que a servidora, apesar das questões levantadas, tem direito ao gozo de um período de licença-prêmio e ao ATS (10% ou 14%), já que são devidos os benefícios do regime jurídico/lei nº 8.112/90 ao qual está a servidora inserida. 9. Por conseguinte, esta Coordenação-Geral CGNOR, por meio da Nota Informativa nº 108/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 15 de março de 2014, submeteu o assunto à Consultoria Jurídica deste Ministério, nos seguintes termos: 27. Considerando o exposto, observa-se que os institutos mencionados eram benefícios devidos ao servidor público federal ocupante de cargo efetivo que estivesse no exercício das atribuições de seu cargo. Quanto ao caso posto em voga, verifica-se que a servidora foi admitida em 26 de dezembro de 1984, passando ao regime estatutário somente com o advento da Lei nº 8.112, de 1990, portanto, o período anterior da data de sua admissão até 10 de dezembro de deve ser desconsiderado para fins de concessão das vantagens constantes do regime estatutário. 28. Tendo em vista que a servidora foi dispensada em agosto de 1995, poder-se-ia concluir, em uma primeira análise, que não fará jus à licença-prêmio, por não ter completado o período aquisitivo de cinco anos de efetivo exercício no cargo público, uma vez que, após a data de sua demissão, não exerceu as suas funções, ainda que estivesse submetida às regras da Lei nº 8.112, de Referido entendimento também poderia ser aplicado no que concerne ao adicional por tempo de serviço, pois a servidora não teria completado o quinquênio para sua aquisição. 29. Todavia, não se pode perder de vista que a servidora foi reintegrada, e que a Procuradoria da União da 5ª Região salientou que a interessada fará jus a todos os direitos, deveres e impedimentos previstos na Constituição Federal, na Lei nº 8.112, de 1990 e demais diplomas legislativos e regulamentos. 10. Em resposta, a Consultoria Jurídica deste Ministério exarou o PARECER Nº /2014/LBS/CONJUR/MP-CGU/AGU, fls. 207/2011, com o seguinte entendimento: NI Licença-Prêmio MS 3

4 23. Com efeito, a reintegração a que se verifica no presente caso lhe garantiu o direito subjetivo de retornar ao serviço publico na mesma condição que ocupava quando de sua dispensa, assegurando, assim, a inclusão da servidora no regime estatutário e as benesses que lhes são inerentes, mas, como já ressaltado, sem que haja qualquer espécie de equiparação aos servidores concursados ou de sua inclusão em alguma das carreiras típicas de Estado, visto que sua atual estatura funcional no quadro de servidores da Administração é de mero ocupante de cargo isolado de quadro suplementar em extinção. [...] 25. Em outras palavras, a interessada, mediante o provimento judicial em comento, obteve a garantia de retorno ao serviço público, tendo o período de afastamento contado como de efetivo serviço público, uma vez que, conforme jurisprudência pátria, o servidor público reintegrado ao cargo, estável ou não, em razão da declaração judicial de nulidade do ato de demissão, tem direito à recomposição integral dos direitos referentes ao período em que ficou afastado, como o tempo de serviço, os vencimentos e às vantagens que lhes seriam devidos durante o período de afastamento, pois, por óbvio, não pode ser prejudicado por um ato que não deu causa. [...] 35. Traçadas essas linhas, pode-se afirmar, em síntese, que a licença-prêmio requerida no petitório de fl. 178, bem como o adicional por tempo de serviço, ambos já revogados pela Lei nº 8.112/90, estão englobados no rol de direitos garantidos à servidora reintegrada aos quadros de pessoal da Administração, uma vez que a sua peculiar situação jurídica, reconhecida, inclusive, no provimento judicial emanado do E. Tribunal Regional Federal da 5ª Região, lhe garante o gozo de benefícios extensíveis aos demais servidores públicos federais desde que preenchidos os requisitos temporais para tanto e os demais critérios estabelecidos na pretérita legislação de regência -, com a exceção do enquadramento em planos de carreira e de cargos, bem como na equiparação remuneratória com os servidores públicos de carreira. 11. Diante do exposto, considerando os termos da Nota Informativa nº 108/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, de 15 de março de 2014, bem como o entendimento supra, verifica-se que a decisão judicial estabeleceu a reintegração da interessada em cargo compatível com o emprego público ocupado à época de sua demissão, com sua inclusão no regime estatutário de que trata a Lei nº 8.112/1990, não lhe sendo assegurada a reintegração no cargo de cirurgião-dentista ou odontólogo, tendo em vista não ter sido aprovada em concurso público. 12. Dessa forma, conforme consignado, não deverá haver enquadramento em qualquer cargo efetivo de carreira e nem equiparação a nenhuma remuneração de cargo efetivo de carreira. Todavia, tendo em vista que a reintegração determinada judicialmente invalidou sua demissão do extinto INAMPS, incluindo a servidora no regime estatuário, depreende-se que esta tem direito ao ressarcimento de todas as vantagens a que faria jus caso não tivesse ocorrido a demissão. NI Licença-Prêmio MS 4

5 13. Assim, desde que a interessada preencha os requisitos temporais e demais critérios estabelecidos em lei, poderá fazer jus aos benefícios de que trata a Lei nº 8.112/1990, inclusive no que concerne à licença-prêmio e ao adicional por tempo de serviço. 14. Diante do exposto, sugere-se o encaminhamento dos autos à Coordenação- Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, para conhecimento e demais providências. À consideração da Senhora Diretora Substituta. Brasília, 20 de junho de PATRÍCIA MARINHO DOS SANTOS Técnica da DILAF MÁRCIA ALVES DE ASSIS Chefe da Divisão de Direitos, Vantagens, Licenças e Afastamentos - DILAF De acordo. À Senhora Secretária de Gestão Pública para apreciação. Brasília, 20 de junho de ANA CRISITNA SÁ TELES D ÁVILA Diretora do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal Substituta Aprovo. Encaminhem-se os autos à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, na forma proposta. Brasília, 24 de junho de ANA LÚCIA AMORIM DE BRITO Secretária de Gestão Pública NI Licença-Prêmio MS 5