O PLANO DE AÇÕES ARICULADAS (PAR) NA EDUCAÇÃO DO ALTO SERTÃO ALAGOANO 1

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1 O PLANO DE AÇÕES ARICULADAS (PAR) NA EDUCAÇÃO DO ALTO SERTÃO ALAGOANO 1 Aline Nunes da Silva Edilânia Maiara de Lima Silva Nathália Pereira Silva RESUMO: O presente texto tem a finalidade de apresentar os resultados parciais do projeto de extensão Políticas Educacionais no Semiárido Alagoano: análise das ações interventoras do Estado, cujo objetivo é organizar um banco de dados sobre as políticas educacionais da região do semiárido alagoano, mais precisamente, do alto sertão. A importância do projeto é promover a possibilidade de análises da situação das políticas educacionais, do alcance dessas políticas e os sentidos sociais que elas tomam numa realidade marcada por contradições econômicas e sociais pelo descaso político e expressões culturais próximas do coronelismo. O método de análise dos dados é a perspectiva marxista, mais precisamente as idéias de Mészáros (2002), para o entendimento da dinâmica do capitalismo atual; mas também foram estudados outros autores, a exemplo de Albuquerque (et al, 2013) para o entendimento da especificidade alagoana no Brasil. A metodologia adotada para a coleta de dados foi uma entrevista, a partir da perspectiva da História Oral, com técnicos de secretarias municipais de educação sobre o PAR. Os resultados aqui apresentados, apesar de seu caráter parcial, apontam algumas fragilidades do PAR enquanto política gerencial, expressando limites para o alcance de suas metas de melhoria do sistema educacional brasileiro por se configurar justamente como uma política neoliberal. PALAVRAS-CHAVE: Plano de ações articuladas (PAR). Política educacional. Capitalismo contemporâneo. Neoliberalismo. 1. Introdução O projeto de extensão Políticas Educacionais no Semiárido Alagoano: análise das ações interventoras do Estado foi criado a partir da necessidade de organizar 1 Trabalho orientado pela Profª. Ms. Adriana Deodato Costa, docente do Campus do Sertão UFAL e doutoranda do PPGE/CEDU/UFAL. 1

2 um banco de dados para subsidiar os estudos a respeito das políticas educacionais no semiárido alagoano e ao mesmo tempo proporcionar uma análise preliminar do alcance dessas políticas ao NUDES Núcleo de Estudos e Pesquisas da Diversidade do Semiárido Alagoano. O projeto conta com a parceria das Secretarias de Educação Municipais (SEMEDs) da região do Alto Sertão, da 11º CRE e das instituições escolares das redes municipais e estaduais. É importante dizer que o projeto está vinculado ao programa Pro-Identidade, do MEC-SEsu, o qual é integrado o NUDES desde 2012, em consonância com outros projetos de extensão de pesquisadores afins. As atividades do NUDES, através do Pro-Identidade, tem relação com a necessária intervenção da Universidade na região sertaneja nos espaços educacionais justamente por entender as lacunas existentes na formação docente e discente e na gestão escolar presentes nesta realidade. Por isso, o projeto em questão busca trazer reflexões que contribuam na promoção das possíveis soluções para os problemas delimitados, com a preocupação em atingir a estrutura pedagógica vigente e assim impactar nos indicadores sociais, através de medidas de intervenção significativa. Prezamos, por meio do projeto, fortalecer a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, por isso, a metodologia adotada ao longo de seu desenvolvimento, tem sido os estudos bibliográficos, principalmente, os que se voltam à relação do Estado com as questões sociais e educacionais, às políticas atuais do MEC principalmente o PAR - e ao estudo do capitalismo contemporâneo. Para subsidiar nossas análises fundamentamos nossos estudos em Mészáros (2002), Verçosa (2001), Peroni (2010, 2012), entre outros. Dada essa apresentação do projeto, é importante dizer que nosso foco de pesquisa foi o Plano de Ações Articuladas (PAR), projeto desenvolvido pelo Ministério da Educação que tem como intuito propor melhorias na qualidade da educação, principalmente na educação pública. O PAR está atrelado ao PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), Plano instituído desde 2007 pelo Ministério da Educação (MEC) com algumas propostas gerenciais para os estados, municípios e Distrito Federal para promover uma qualificação maior na educação pública através de metas a serem alcançadas pelo pacto entre o MEC, Prefeituras e Governos Compromisso Todos pela Educação, fundado para efetivar as 2

3 competências políticas, técnicas e financeiras a fim de pôr em prática todos os programas de governo que proporcionem um maior desenvolvimento da educação básica. Podemos situar o PAR como parte do Compromisso, já que para ativá-los os governos estaduais e municipais precisar assinar o termo de compromisso via PDE e Compromisso Todos Pela Educação, comprometendo-se a alcançar as metas ali traçadas, sobretudo para o aumento do IBEB. Após a assinatura, os entes federados iniciam a elaboração do PAR, já que é através dele que poderão obter recursos para organização e funcionamento de seus sistemas educacionais. O Ministério da Educação criou, para a elaboração do PAR, um módulo novo de sistema integrado de planejamento, orçamento, e finanças, o SIMEC. O SIMEC é um portal operacional do MEC que trata do orçamento e monitoramento das propostas do governo, que disponibiliza online, todos os dados da área educacional e é nele que os gestores verificam todo o andamento do PAR nos municípios. Com uma proposta de que todos possam ter acesso a esse sistema, já que vem ser um instrumento de comunicação, devido a sua mobilidade. Conforme o manual do PAR, todos poderão ter com eficácia os dados importantes de cada localidade, visto que os dados podem ser atualizados por um responsável das secretarias pelos dados educacionais da região. O PAR, em sua etapa atual, propõe aos municípios atualização de todos os seus diagnósticos, com validade para o período de 2011 a 2014, no SIMEC. E nessa atualização, questões da realidade local, enfatizando principalmente o planejamento e monitoramento dos dados, relacionando-os às expectativas de aprendizagem de cada etapa de ensino a fim de verificar os resultados e metas previstos de acordo com os índices de Desenvolvimento da Educação Básica o IDEB. O PAR foi a principal política educacional analisada porque é através dele que os estados e município têm a possibilidade de garantir os recursos e todas as formações tanto inicial como continuada, tanto as voltadas aos docentes quando ao pessoal técnico. Conforme os documentos organizados pelo MEC para orientar a construção do PAR, a primeira ação dos estados e municípios é o diagnóstico. Neste, a equipe da secretaria precisa formar o Comitê Local para o 3

4 acompanhamento das ações e a Equipe Local, responsável pela elaboração do PAR. Estes dois grupos são constituídos de representantes dos segmentos educacionais, a saber: docentes, técnicos, alunos, diretores, pais, podendo integrar representantes de conselhos diversos existentes no município. No diagnóstico, a equipe deve apresentar toda situação da educação local, expondo seus problemas, mas também seus ganhos e realizações. A partir daí, a Equipe insere os dados no SIMEC e acompanha a resposta do sistema quanto à forma de atender ao município em sua demanda. É importante dizer que as perguntas dispostas no SIMEC são perguntas a respeito das seguintes dimensões: Gestão Educacional, Formação de Professores e de Profissionais de Serviços e Apoio Escolar, Práticas Pedagógicas e Avaliação e Infraestrutura Física e Recursos Pedagógicos. Tais perguntas, no referido sistema são fechadas, ou seja, são dispostas na página com a possibilidade de serem respondidas apenas marcando a pergunta. Uma das primeiras constatações que fazemos é a de que muitas questões ali presentes não satisfazem os interesses ou necessidades dos municípios, representando, por isso, um descompasso das metas nacionais com a realidade concreta dos municípios. Não temos a intenção de apresentar todas as nossas análises do PAR do semiárido, mesmo porque a pesquisa está em andamento. Pretendemos apresentar apenas algumas constatações breves, mas significativas, que nos apontam o caráter neoliberal dessa política nacional. 2. O PAR no Semiárido Alagoano Reforçamos que a organização de um banco de dados sobre as políticas educacionais do semiárido alagoano tem o objetivo de oferecer aos pesquisadores da área dados sobre a educação da região, de modo a possibilitar estudos que favoreçam a intervenção da Universidade Pública nos espaços educativos nesta região, de modo a ocasionar a possibilidade de mudanças tanto na esfera política quanto no âmbito das relações culturais e sociais. Isso se torna relevante porque o 4

5 semiárido alagoano apresenta problemas sócio-culturais O projeto iniciou as entrevistas nas secretarias de educação a partir de fevereiro de Até o momento foram realizadas entrevistas em quatro municípios do alto sertão alagoano, estando em andamento entrevistas em mais três dos municípios que compõem o alto sertão alagoano. Elas foram direcionadas especificamente a técnicos pedagógicos e secretários/as de educação a respeito do PAR por conta de sua responsabilidade na execução do Plano no município. As perguntas feitas voltaram-se: a) a apreensão de um pouco da história de vida dos sujeitos entrevistados a fim de entender seu vínculo com a Secretaria e o nível de compromisso com a educação local; b) a entender as maiores dificuldades no processo de implantação do PAR, a fim de analisar as relações internas e a fidelidade da Secretaria quanto às orientações do MEC na implantação do PAR; c) o tipo e o nível de assistência do MEC à Secretaria no momento de implantação do Plano e no andamento de suas atividades; d) a avaliação da Secretaria da importância e dos resultados e/ou impactos do PAR na educação municipal; e) às dificuldades no processo de administração do PAR para compreender a dinâmica das relações de trabalho da Secretaria diante das exigências do MEC quanto ao acompanhamento e execução do Plano; f) as ações do Plano com os quais os municípios foram contemplados; g) a apreciação do entrevistado sobre o funcionamento do PAR e sua interpretação a respeito dele enquanto política nacional. Embora as perguntas tenham sido pontuais, conforme o que pretendíamos analisar a respeito do PAR, elas foram realizadas por meio de uma conversa informal a fim de permitir ao entrevistado maior desenvoltura e conforto no processo. Apresentamos a título de resultados preliminares, apenas alguns aspectos que nos chamaram a atenção a respeito da implantação do PAR e da relação das Secretarias com o Ministério da Educação através dele. Na fala dos entrevistados aferimos que todos demonstram a sua responsabilidade diante da educação de seu município, a despeito dos problemas técnicos e administrativos locais, como por exemplo, o reduzido número de pessoal técnico para acompanhar as ações do PAR. Constatamos que os entrevistados são pessoas da região e por isso apresentam conhecimento dos principais problemas 5

6 que afetam a educação, embora sem a compreensão mais profunda das causas político-econômicas contemporâneas, nem da relação das políticas do MEC com os interesses neoliberais. Dentre as respostas, chamou a atenção o fato de que todas as Secretarias apresentarem como um dos principais problemas do PAR a frágil comunicação com o MEC. Segundo eles, as informações, no momento de implantação não foram suficientes, causando problemas e entraves no processo. A assessoria do MEC no momento de implantação do Plano até o seu andamento para estes profissionais é bastante problemática e em alguns casos, insuficiente, visto que boa parte das informações é obtida por telefone ou internet. No momento de avaliação do PAR, os entrevistados demonstraram a necessidade de uma assessoria presencial, com algum técnico representante do MEC. Todas as secretarias afirmam tem encontrado dificuldades em implantar o PAR, o que resultou em um grande dispêndio de tempo e uma dissonância com a realidade do município e com o preparo da equipe local, cujas atribuições encontravam-se ligadas a outras questões de interesse do sistema municipal de ensino. Outra constatação que consideramos relevante e determinante do ponto de vista político e social, é o fato de alguns municípios não reconhecerem o PAR como uma política que não satisfaz às necessidades da educação local porque ele é limitado às características do Estado mínino, neoliberal, cuja agenda é a promoção de políticas de mínimo alcance, conforme os estudos de Neves (2002), Teixeira (1996), atribuindo como problema, em relação ao PAR, o fato de que a dificuldade do PAR está na insuficiente/ineficiente comunicação entre o MEC e as secretarias, e apenas um município analisou que o PAR não corresponde a seus anseios e necessidades, contudo, fazendo esta análise, apenas do ponto de vista gerencial. 3. Considerações Finais Diante do que analisamos até o momento e que representa os resultados parciais a partir das entrevistas é que o Estado, enquanto mediador estrutural e superestrututal dos interesses capitalistas (MÉSZÁROS, 2002, p ), 6

7 direcionam políticas de alcance mínimo. No caso do PAR no semiárido, constatamos, do ponto de vista do gerenciamento nem mesmo sócio-político que isso se dá isso por conta da ação ineficiente do Estado em atuar sobre as realidades, dando margem apenas a que algumas questões sociais, e no caso aqui, precisamente educacionais, estão sendo trabalhadas ou aperfeiçoadas, quando, na verdade, sua ação não ultrapassa as barreiras das soluções mínimas e superficiais à problemas mais profundos. Entendemos que isso acontece porque o Estado tem servido para ajustar os defeitos estruturais do capital em todas as suas unidades básicas, levando-nos à busca de análise da realidade e da educação direcionadas a uma visão de totalidade, já que a A dinâmica do desenvolvimento não se deve ser caracterizada sob a categoria do em consequência de, mas em termos do em conjunção a sempre que se deseja tornar inteligíveis as mudanças no controle sociometabólico do capital que emergem da reciprocidade dialética entre sua estrutura de comando político e a socioeconômica. (MÉSZÁROS, 2002, p.119). No caso da realidade do semiárido alagoano, a educação entendida sem essas determinações, direciona-se a interpretações parciais e pouco relevantes para mudar o engessamento político em que esta realidade se encontra, principalmente porque a análise de uma política de gerenciamento que representa a materialização das vontades e anseios do Estado como o PAR, se compreendida do ponto de vista político e social por parte dos sujeitos diretamente envolvidos com ele poderia ocasionar posições de contraposições, necessárias para frear, mesmo que em parte, a força estrutural do Estado na região. Outra questão é que o fato de o PAR politicamente representar a hegemonia do Estado e do capital, no sentido de não tocar nas questões estruturais da educação, antes reforçar a situação de cada região, já que no caso do semiárido há uma grande lacuna político-democrática na educação, apresenta justamente os interesses da expansão capitalista. Outra questão relevante é o fato de que o semiárido apresenta um grande nível de desigualdade, seja por conta da falta de políticas para a seca, seja por conta das várias formas de mandonismo e centralização de domínio de terras e pouca intervenção estatal para a criação de outras formas de economia (ALBUQUERQUE et all, 2013, 11). A partir deste projeto, percebemos que é preciso analisar as políticas 7

8 educacionais a partir de uma visão de totalidade, compreendendo a configuração do capitalismo contemporâneo. Concordamos por esta razão com as reflexões de Mészáros (2002), de que o Estado tem se direcionado a corrigir os defeitos estruturais do capitalismo, tornando necessário o aprofundamento desta direção no âmbito da educação brasileira. Constatamos, inicialmente, que o PAR é uma política dura, rígida, voltada a resolver as questões educacionais sem tocar de fato em sua razão de ser. E no caso de sua ação no semiárido, ele não responde aos problemas políticos e sociais do semiárido de modo a possibilitar modificações substanciais na escola e a possibilidade de organização de posições de contraposição e luta contra os direcionamentos do capital em sua fase sociometabólica. REFERÊNCIAS: ALBUQUERQUE, Cícero et al. O semiárido alagoano frente à crise do capital: as faces da exploração e da dominação da classe trabalhadora. VI Jornada Internacional de Politicas Públicas. ANPUH, Pdf. MÉSZÁROS I. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, NEVES, Lucia W. A nova pedagogia da hegemonia. São Paulo: Xamã, PAR Plano de ações articuladas. Guia prático de ações para municípios. Ministério da Educação, Acesso em: em: 20 de janeiro de Questões importantes sobre o preenchimento do PAR municipal Ministério de Educação, em: 20 de janeiro de TEIXEIRA, Francisco. O neoliberalismo em debate. Pdf. 8

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