ARENIZAÇÃO/DESERTIFICAÇÃO
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- Sofia Lopes Paiva
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1 EVZ GESTÃO E PLANEJAMENTO AMBIENTAL IMPACTOS AMBIENTAIS II ARENIZAÇÃO/DESERTIFICAÇÃO SELMA SIMÕES DE CASTRO
2 ENTENDENDO A POLÊMICA... DESERTO - no ângulo climático:carência de água doce no sistema natural, cuja medida é feita por comparação entre precipitação e evaporação. - no ângulo ecológico: empobrecimento da biomassa, elevação do albedo, mineralização do solo, erosão superficial e invasão de areais em decorrência do crescimento demográfico e pressão sobre os recursos. (CONTI,1989; SUERTEGARAY,1998). DESERTIZAÇÃO - processo de formação de um deserto em áreas onde isto não ocorria em passado recente, situado nas margens de desertos sob médias anuais de precipitação entre 100 e 200mm, com limites extremos entre 50 a 300mm. (LE HOUÉROU, 1977).
3 DESERTIFICAÇÃO - degradação de vegetação,inclusive florestas sub-úmidas e úmidas; - ressecamento e perda da capacidade de produção dos solos; - processo de origem antrópica causada pelo uso e manejo inadequados das terras; - áreas perdem sua produtividade e ganham dificuldade crescente capacidade de recuperação, tanto financeira como técnica;
4 Conferência sobre Desertificação Nações Unidas Nairobi (Quênia), em 1977 a degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e sub-áridas resultantes de fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas, com diminuição ou a destruição do potencial biológico da terra que poderá desembocar, em definitivo, em condições de deserto. (SUERTEGARAY, 2001).
5 Atlas do Meio Ambiente do Brasil (1996)... afirma que "os processos de desertificação estariam ocorrendo em diversos locais do Brasil" (EMBRAPA, 1994)
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7 ARENIZAÇÃO E AREAIS Processo de degradação de ambientes sob climas úmidos com formação de ilhas de areia exposta e solta, denominadas de areais, sobretudo nas encostas e fundos de vale de relevos suaves sustentados por rochas areníticas ou similares, sujeitos à erosão hídrica. Se houver atividade eólica (dunas) ela é posterior.
8 CONSEQUÊNCIAS - formação de camadas arenosas superficiais, pouco ou não consolidadas; - dificuldade de fixação das plantas devido à intensa mobilidade dos sedimentos pela ação das águas superficiais e mesmo subsuperficiais (níveis suspensos e freático) e dos ventos. - a abundância de água condiciona a dinâmica envolvida na degradação dos solos - Causa degradação ambiental, prejuízo econômico e social. (Suertegaray, 2001).
9 CAUSAS MAIS FREQUENTES DA DESERTIFICAÇÃO/ARENIZAÇÃO -DESMATAMENTO INTENSIVO E INDISCRIMINADO; -MINERAÇÃO; -SOBREPASTOREIO; -CULTIVO EXCESSIVO ACIMA DA CAPACIDADE DE USO; -IRRIGAÇÃO INADEQUADA. -PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS MAL DIMENSIONADAS E SEM MANUTENÇÃO ADEQUADAS
10 INDICADORES AMBIENTAIS DA ARENIZAÇÃO Solos arenosos, em geral finos, quartzosos, (areia 90%) associados comumente aos arenitos e sedimentos arenosos Pouca Matéria Orgânica na camada superficial do solo Porosidade, permeabilidade e acidez elevadas em condição natural Coesão, fertilidade e umidade baixas Rampas longas, baixos declives Suscetibilidade à erosão hídrica Uso e manejo inadequados
11 O PROCESSO 1 Formação de degraus de abatimento 2 Formação de ravinas e voçorocas 3 Formação dos Areais A ÁGUA DO FREÁTICO, AO CAMINHAR RÁPIDO E COM MAIOR VOLUME, SOLAPA POR BAIXO...GERANDO ABATIMENTOS, QUE FAVORECERÃO RAVINAS E VOÇOROCAS
12 A ÁGUA SE CONCENTRA, ESCOA, PROMOVE EROSÃO QUE RASGA A TERRA DESENVOLVENDO RAVINAS
13 QUE CONTINUA ESCAVANDO, CORTA O LENÇOL FREÁTICO QUE PASSA A CORRER LIVRE, DESENVOLVENDO VOÇOROCAS FREÁTICO LIVRE
14 ATÉ CHEGAR NOS RIOS E ATAS CILIARES E MATÁ-LOS COM O ASSOREAWENTO
15 DEIXA TERRENOS LAVADOS, POBRES E SECOS PERDE-SE GADO PERDE-SE ÁGUA QUE ESCOA DEIXANDO DE INFILTRAR E REABASTECER O FREÁTICO O QUE FAZ ISSO ACONTECER?
16 REVOLVE-SE DEMAIS A TERRA E NÃO SE PLANTA NADA NOS CAMALHÕES PARA PROTEGER A REMOÇÃO DAS AREIAS SOLTAS E FAZ-SE SANGRAS INADEQUADAS QUE ACABAM CAUSANDO EROSÃO OS AREAIS SÃO DEPÓSITOS QUE ACABAM ENTERRANDO OS PRÓPRIOS SOLOS, ENCOSTA ABAIXO E CANAIS FLUVIAIS (ASSOREAMENTO)
17 SOLOS COM POTENCIAL DE ARENIZAÇÃO 14,4%
18 ÁREAS COM POTENCIAL DE ARENIZAÇÃO NO SW GOIANO 15%
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21 (%) * Vegetação Nativa Uso Antrópico *Fonte: BARBALHO,2002
22 Ano 1965 Fonte: BARBALHO, Classe Área Coberta (ha) (Km²) (%) Vegetação Nativa , ,04 84,67 Agropecuária 23256,00 232,56 15,33 Vegetação Nativa , ,09 77,09 Pastagens 15951,61 159,52 10,52 Solo Exposto 13475,06 134,75 8,89 Área Queimada 5325,03 53,25 3,51 Vegetação Nativa 90363,14 903,63 59,58 Pastagens 50390,69 503,91 33,23 Solo exposto 7000,21 70,00 4,62 Agricultura 3767,54 37,68 2,48 Área urbana 105,89 1,06 0,07 Areais 32,79 0,33 0,02 Vegetação Nativa 70669,29 706,69 46,60 Pastagens 61533,76 615,34 40,57 Solo exposto 9651,11 96,51 6,36 Agricultura 9400,83 94,01 6,20 Areais 264,71 2,65 0,17 Área urbana 140,57 1,41 0,09 Vegetação Nativa 65662,63 656,63 43,30 Pastagens 40670,55 406,71 26,82 Solo exposto 39816,04 398,16 26,25 Agricultura 4503,04 45,03 2,97 Areais 838,92 8,39 0,55 Área urbana 169,07 1,69 0,11 Vegetação Nativa 61697,55 616,98 40,68 Pastagens 73840,22 738,40 48,69 Solo exposto 7896,98 78,97 5,21 Agricultura 7394,47 73,94 4,88 Areais 613,54 6,14 0,40 Área urbana 217,50 2,18 0,14
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24 Evolução histórica do Areal 1, tendo em destaque as imagens de satélite com suas respectivas imagens classificadas (destaque para os areais em vermelho), para os anos de 77, 89, 97, 03 e Evolução histórica do Areal 2, tendo em destaque as imagens de satélite com suas respectivas imagens classificadas (destaque para os areais em vermelho), para os anos de 77, 89, 97, 03 e 2006.
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29 DADOS PREOCUPANTES EM GOIÁS O POTENCIAL DE ARENIZAÇÃO RESTRINGE-SE PRATICAMENTE AO SUDOESTE GOIANO = ,80 ha ( ou seja: 12 % da área total da região = ,60 ha) ÁREA JÁ ARENIZADA = 7.719,94 ha (na escala adotada, se ampliar é possível que esse total aumente) e em pouco mais de 20 anos. PRINCIPAL MUNICÍPIO AFETADO = SERRANÓPOLIS (42, 12% DA SUA ÁREA APRESENTA POTENCIAL E RESPONDE POR CERCA DE 80% DA ÁREA JÁ ARENIZADA ), É O MENOR PIB/KM2 EM COMPARAÇÃO COM MINEIROS (2,5 x MAIOR) E JATAÍ ( 10 X MAIOR) E DEPENDE PRATICAMENTE DE PASTAGEM PRINCIPAL BACIA HIDROGRÁFICA AFETADA = DO RIO VERDE; MUITOS DOS MAIORES AREAIS ESTÃO EM SUA SUB-BACIA RIBEIRÃO DAS PEDRAS
30 EXEMPLO DE ÁREA MONITORADA COM EXPERIMENTO DE RECUPERAÇÃO Área desmatada em 1982 para plantio de cana de açúcar. Plantio de pastagens a partir de 1988, com domínio de Brachyaria rosisiensis. Pastoreio intensivo sem manutenção, favorecendo a degradação.
31 O MONITORAMENTO INDICOU: ERODIBILIDADE DOS SOLOS FORTE A MUITO FORTE EM CERCA DE ha, EROSIVIDADE DAS CHUVAS COMUM PARA REGIÕES TROPICAIS (8.452 MJ.mm.ha-1h-1.ano-1) OU SEJA FORTE, O PROBLEMA É QUE É CONCENTRADA PERDA MÉDIA DE SOLO/ANO FOI DE 8, 4630 Mg.ha -1.ano -1 E DE ÁGUAFOI DE 1,3% (O PROBLEMA É QUE SE CONCENTRA DE JANEIRO A ABRIL) ESPÉCIES ARBÓREAS OLEAGINOSAS E DE MADEIRA DE CERRADO TIVERAM MELHOR DESEMPENHO EM CONDIÇÕES DE ESTRESSE HÍDRICO E NUTRICIONAL ELEVADOS (PEQUI, BARU E OUTRAS). PORTANTO É IMPERATIVO UM PLANO DE MANEJO POR SUB-BACIA
32 Estudos anteriores na Região das nascentes do rio Araguaia (1 516 km2) indicaram: 91 voçorocas de grande porte Custo médio de recuperação R$ ,00
33 ALTERNATIVAS POSSÍVEIS Silvicultura: respeitando as áreas de preservação permanente, sobre áreas planas ou suave-onduladas, desde que com manejo adequado e cultivo mínimo. Sistemas agrosilvopastoris e agroflorestais: práticas aceitáveis desde que com manutenção de silvicultura na maior parte da área; já há plantas testadas com resultados bons a médios : seringueira, baru, pequi, angico, eucalipto. É necessário testar mais espécies e adaptá-las às demais condições ambientais. Reflorestamentos em áreas degradadas são opção de utilização e manejo que pode aliar a conservação, a preservação e a produção em solos frágeis. Preservação e conservação da flora e da fauna: implantação de unidades de conservação de proteção integral ou uso sustentável, públicas ou privadas.
34 Então... Implantação urgente de políticas públicas, por parte dos governos federal e estaduais, de estímulo à recuperação de áreas degradadas e produção em áreas frágeis utilizando a agrisilvicultura e silvipastoreio, com plantio de espécies arbóreas nativas ou ecologicamente adaptadas. SELO VERDE OBRIGADO!
35 PLANEJAMENTO AMBIENTAL - Mapeamento e Cadastro detalhado dos Areais - Caracterização dos seus materiais - Análise do Grau de Degradação dos Sistemas Ambientais e Seleção de Áreas Prioritárias - Elaboração de Planos de Manejo voltados à Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) - Implantação dos Planos de Manejo apoiados em instrumentos legais (TAC) OBRIGADO!
Figura 42 Imagem de satélite mostrando a presença de floresta junto as drenagens. Fonte Google Earth de 2006
113 Figura 41 Imagem de satélite mostrando a presença de floresta em áreas íngremes. Fonte Google Earth de 2006 Figura 42 Imagem de satélite mostrando a presença de floresta junto as drenagens. Fonte Google
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