MPLS Uma abordagem de QoS utilizando roteadores MPLS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MPLS Uma abordagem de QoS utilizando roteadores MPLS"

Transcrição

1 Universidade Católica de Brasília Curso de Bacharelado em Ciências da Computação Projeto Final I Monografia MPLS Uma abordagem de QoS utilizando roteadores MPLS Alunos: Geovani Sorrentino 97/ Igor da Silva Neiva Maia 97/ Márcio Neves Martins 97/ Orientador: Fernando Willian Cruz Brasília, DF Novembro / 2001

2 Universidade Católica de Brasília Curso de Bacharelado em Ciências da Computação Projeto Final I Monografia MPLS Alunos: Geovani Sorrentino 97/ Igor da Silva Neiva Maia 97/ Márcio Neves Martins 97/ Orientador: Fernando Willian Cruz Brasília, DF Novembro / 2001

3 AGRADECIMENTOS Agradecemos à Universidade Católica de Brasília e ao Professor Fernando Willian Cruz por nos permitir o uso do Laboratório de Redes e suas máquinas, podendo assim desenvolver a implementação da simulação que foi usada para a escrita dessa monografia e para a demonstração de como funcionaria uma nuvem MPLS.

4 Projeto Final de Graduação, sob a Orientação do Msc. Fernando Willian Cruz, avaliado por uma Banca Examinadora do Curso de Bacharelado em Ciências da Computação da UCB e constituiu requisito para obtenção do Título de Bacharel em Ciências da Computação.

5 SINOPSE O MPLS usa o conceito de rótulos e de circuitos virtuais. Podemos encontrar uma rede implementando a tecnologia MPLS, onde as máquinas que se encontram no meio dessa nuvem são conhecidas como LSR (Label Swintching Router) e as máquinas de borda são conhecidas como LER (Label Edge Router). Este trabalho tem por objetivo a realização de um estudo mostrando algumas características da tecnologia MPLS (Multiprotocol Label Switching) juntamente com alguns conceitos. Simularemos o atendimento de dois tipos diferentes de serviços, esse atendimento será realizado através do roteamento que a documentação MPLS descreve.

6 ABSTRACT MPLS uses the concept of labels and of virtual circuits. We can find a net implementing the technology MPLS, where the machines that are in the middle of that cloud they are known as LSR (Label Swintching Router) and the border machines are known as LER (Label Edge Router). This work has for objective the accomplishment of a study showing some characteristics of the technology MPLS (Multiprotocol Label Switching) together with some concepts. We will simulate the attendance of two types different from services, that attendance will be accomplished through the routing that the documentation MPLS describes.

7 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO Objetivos Objetivos Gerais Objetivos Específicos Cronograma Cronograma Previsto Cronograma Realizado Recursos Necessários Recursos de hardware Recursos de software Recursos humanos Proposta da Pesquisa Descrição da Pesquisa Proposta Resultados Esperados Restrições da Pesquisa Proposta Redes IP Convencionais Qualidade de Serviço Aplicações em Tempo-Real Aplicações Elásticas Serviços Integrados (IntServ) Serviços Diferenciados (DiffServ) Arquitetura MPLS Requisitos do Grupo de Trabalho de MPLS Princípios Básicos Estabelecimento de Label Switched Paths - LSP s Rótulos Mecanismos de Alocação de Rótulos LDP Label Distribution Protocol Métodos de Alocação de Rótulos Extração do Rótulo no Penúltimo Nó Agregação Seleção de Rota Suporte a Roteamento Explícito pelo Protocolo de Distribuição de Rótulos Time-To-Live (TTL) Controle de Loop Prevenção Detecção Merge de Rótulos Empilhamento de Rótulos, Túneis e Hierarquia Hierarquia de túneis LSP Pares LDP e Hierarquia Multicast Engenharia de Tráfego Objetivos Limitações dos Mecanismos de Controle Existentes Alternativas com o MPLS Capacidades Adicionais para Engenharia de Tráfego sobre MPLS... 58

8 9.4.1 Atributos e Características de Troncos de Tráfego Atributos de Recursos Roteamento Baseado em Restrições (Constraint Based Routing) Divulgação das Informações de Estado de Enlace Relação entre Roteamento Baseado em Restrições e MPLS Benefícios Engenharia de Tráfego Adaptativa com MPLS (MPLS Adaptive Traffic Engineering - MATE) Visão Geral Implementação da Simulação Conclusão Referências... 82

9 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Rede IP convencional Figura 2: Desacoplamento de roteamento e encaminhamento Figura 3: Exemplo de topologia para ilustração das tabelas FIB e LIB Figura 4: Definição de LSR e LER Figura 5: Encapsulamento genérico e localização do rótulo Figura 6: Tipos de mensagens LDP Figura 7: Exemplos de sequências de mensagens do protocolo LDP Figura 8: Extração do rótulo em Rn Figura 9: Estrutura dos objetos que compõem a mensagem EXPLICIT_ROUTE REQUEST Figura 10: Exemplo de roteamento estritamente explicito contendo números de Sistemas Autônomos nos sub-objetos do objeto EXPLICIT_ROUTE Figura 11: Exemplo de ocorrência de loop de roteamento Figura 12: Merge de rótulos Figura 13: Roteamento hierárquico com túneis LSP Figura 14: Otimização da rede vista como um problema de controle Figura 15: Exemplo de métricas IGP levando a congestionamento Figura 16: Ilustração de um processo de Constraint Based Routing Figura 17: Fases do algoritmo do MATE Figura 18: Detalhamento da rede usada para a simulação Figura 19: Seqüência de mensagens... 75

10 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: FIB - Forwarding Information Base de R Tabela 2: LIB Label Information Base de R Tabela 3: Mensagens LDP Tabela 4: Próximos hops para o destino R

11 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o tema "Qualidade de Serviço na Internet" tem sido motivo de intensa discussão, tanto no âmbito acadêmico quanto no comercial. O largo alcance da Internet, aliado à sua sempre crescente popularidade, até tornado o meio de comunicação preferido pelas novas aplicações distribuídas, como vídeo remoto, conferência multimídia, realidade virtual, dentre outras. Estas aplicações caracterizam-se pela dependência em relação ao tempo de entrega dos pacotes de dados nos destinatários. Os atrasos sofridos pelos pacotes, ao longo do caminho desde a origem, devem ser, de alguma maneira, compensada pela aplicação no destino, de forma que a reprodução da informação transmitida seja realizada com a menor distorção possível. Porém, para que esta compensação seja possível, a infra-estrutura de comunicação deve prover meios de garantir que estes referidos atrasos mantenhamse dentro de limites restritos, especificados pelas aplicações. A Internet, desde a sua concepção, oferece apenas o serviço de melhor esforço, caracterizado pela ausência de garantias na entrega dos pacotes de dados transmitidos pelas aplicações. Em situações de congestionamento, os referidos pacotes podem ser perdidos ou sofrer atrasos indeterminados. A não adequação deste serviço aos requisitos das novas aplicações multimídia motivou, nos últimos anos, o surgimento de várias propostas objetivando a criação de um novo modelo de serviços para a Internet. Dentre estas propostas, destacam-se os modelos de serviços integrados, diferenciados e o MPLS. A tecnologia denominada MultiProtocol Label Switching (MPLS) é o resultado do trabalho de um grupo de trabalho do IETF criado especialmente para este fim. Inspirados em experiências anteriores, como o TAG Switching da Cisco, ARIS da IBM e IP Switching da Ipsilon, propõe-se uma forma padronizada de comutação de pacotes baseada na troca de rótulos. Substitui-se o mecanismo padrão de encaminhamento hop-by-hop baseado no endereço IP por um conceito de troca de rótulo. Isto traz o benefício de simplificar o encaminhamento de pacotes, permitindo escalabilidade para taxas de comunicação bastante elevadas, além de permitir desacoplar as funções de encaminhamento e roteamento. Com o MPLS têm-se as seguintes vantagens: 10 / 83

12 ganha-se em desempenho na comutação de datagramas através dos roteadores da rede, uma vez que se dispensa a análise do cabeçalho IP, fazendose o encaminhamento baseando-se apenas no rótulo adicionado ao datagrama; o uso de roteamento explícito (definido por um único nó, por exemplo na entrada da rede) pode ser feito de forma eficiente; ao se estabelecer os caminhos comutados por rótulo ( Label Switched Path - LSP), basta definir-se os parâmetros de qualidade de serviço e reserva de recursos apenas no momento do estabelecimento da conexão; o uso de roteamento explícito, bem como de roteamento baseado em restrições ( Constraint Based Routing ), permite implementar mecanismos sofisticados de engenharia de tráfego; preserva a simplicidade do protocolo IP, permitindo uso dos protocolos de roteamento já existentes (OSPF, BGP 1, etc.), porém não se limitando a estes. O MPLS não é a solução para os males da Internet, mas certamente trata-se de uma tecnologia que permitirá atender os requisitos de escalabilidade que se colocam. Para que a Internet cresça e atinja proporções gigantescas, será necessário o uso de uma hierarquia de roteamento para evitar a explosão das tabelas de roteamento nos backbones da Internet. Através do mecanismo de empilhamento de rótulos, o MPLS permite comutar dados através de uma hierarquia de roteadores sem comprometer os requisitos hierárquicos e ao mesmo tempo reduzindo a necessidade dos roteadores no núcleo do backbone de conhecerem rotas externas. O MPLS evoluiu principalmente da necessidade de se usar nas redes de roteadores existentes as altas velocidades de tecnologias tais como o ATM, através da integração da característica não orientado a conexão do IP com a capacidade do hardware de comutação destes comutadores. O ATM em sua forma nativa faz uso do mecanismo de comutação de rótulo no encaminhamento de células. Um roteador baseado em comutação de rótulos ( Label Swiching Router - LSR) quando implementado sobre uma plataforma ATM elimina diversos dos problemas associados com o modelo overlay, esse modelo estabelece um plano de controle diferentemente para os roteadores de borda e os de núcleo, podendo acarretar em funções repetitivas. 1 OSPF Open Shortest Path First e BGP Border Gateway Protocol protocolo de roteamento que troca informações entre roteadores adjacentes e protocolo de roteamento entre Sistemas Autônomos, respectivamente. 11 / 83

13 Por outro lado, apesar de inspirada nos mecanismos de comutação de rótulo do ATM, a tecnologia MPLS acaba sendo de grande importância aos roteadores Internet convencionais. Isto porque o MPLS imprime a estes dispositivos a característica de orientação a conexão, trazendo portanto os benefícios associados a este modo de operação. Ou seja, pode-se começar a pensar em engenharia de tráfego e qualidade de serviço para estes sistemas. MPLS significa MultiProtocol Label Switching, pois suas técnicas são aplicáveis a qualquer protocolo de encaminhamento de pacote. Neste trabalho, no entanto, limitase à abordagem com o uso do IP como protocolo de camada de rede. Nos capítulos que seguem serão mostrados uma pequena introdução sobre as redes IP convencionais, o que é a qualidade de serviço conhecida e entraremos mais a fundo nos conceitos da tecnologia MPLS, comentando também sobre a engenharia de tráfego a qual o MPLS promete atender. Ao final tem-se a explicação da simulação de atendimento a uma qualidade de serviço utilizando o roteamento que é proposto na tecnologia. 12 / 83

14 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos Gerais Pesquisar os conceitos e aspectos relacionados ao novo protocolo que está entrando em padronização, o MPLS MultiProtocol Label Switching. Fazer a correlação entre as redes IP convencionais. Comentar brevemente sobre Qualidade de Serviço e o porque do surgimento desse conceito. 2.2 Objetivos Específicos Entender os conceitos desse novo protocolo e suas características. Mostrar como ele vem melhorar a conexão numa rede comparando com Redes IP convencionais. Entender a relação do MPLS com a qualidade de serviço e ainda observar que existe uma conexão com a Engenharia de Tráfego e alguns conceitos relacionados. Implementar uma simulação que use conceitos do MPLS ligando a um parâmetro de qualidade de serviço que é pedida numa requisição de conexão. 13 / 83

15 3. CRONOGRAMA 3.1 Cronograma Previsto Estudo Teórico Documentação Implementação Apresentação Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 3.2 Cronograma Realizado Estudo Teórico Documentação Implementação Apresentação Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 14 / 83

16 4. RECURSOS NECESSÁRIOS 4.1. Recursos de hardware 6 Computadores (no mínimo), cada um contendo 2 placas de rede; 3 Hub s; Cabos Par Trançado Recursos de software Sistema Operacional Linux Caldera; Compilador de C para Linux (gcc); Editor de texto vi próprio do Linux Caldera Recursos humanos Alunos relacionados com o projeto. 15 / 83

17 5. PROPOSTA DA PESQUISA 5.1. Descrição da Pesquisa Proposta Estudo sobre QoS. Estudo sobre o protocolo MPLS analisando o seu comportamento sob o ponto de vista da QoS. Implementar os seguintes pontos: Simulação do funcionamento do MPLS através de algumas funções básicas desse protocolo no ambiente UNIX. Formação da nuvem MPLS; Relacionamento da nuvem MPLS, com o roteamento convencional; O objetivo é fazer duas máquinas se comunicarem passando por essa nuvem. Simular a QoS no contexto MPLS. 5.2 Resultados Esperados Esperamos poder fazer a transferência de arquivos, através de roteamento definido em documentações do protocolo. Esses arquivos representarão, na simulação, os serviços que serão atendidos. Ao final deverá estar compreendido parte do funcionamento dessa nova tecnologia. Fazer a relação entre a tecnologia IP existente. A implementação será realizada de acordo com os requisitos voltados para LDP, que será explicado nos capítulos posteriores. A cada nova conexão a simulação atribui um outro rótulo. 5.3 Restrições da Pesquisa Proposta Na implementação ainda não será possível o tratamento de alguns tipos de erros, como, por exemplo, o controle de Loop, porém essa não foi uma preocupação para a demonstração. 16 / 83

18 6. REDES IP CONVENCIONAIS Em redes IP convencionais, redes clientes se conectam a uma rede backbone através de roteadores de borda. Exemplos de redes clientes são LAN s e redes de acesso dialup. Sistemas Autônomos (SA s) são domínios de rede administrados por operadoras independentes. Podem ser também partes de uma grande rede, que devido a restrições dos protocolos de roteamento intra-domínio, por exemplo, tenha sido dividida em diversos domínios autônomos. SA3 LAN SA4 SA2 LAN LAN SA1 Rede Backbone Rede de Acesso Rede de Acesso Figura 1: Rede IP convencional Na Figura 1 temos a representação de uma rede IP que liga diversos sistemas autônomos a um backbone, esses sistemas autônomos podem ser várias LAN s diferentes. Os pacotes são roteados a partir do endereço IP e outras informações presentes no cabeçalho de cada pacote. O endereço IP consiste de duas partes: uma indicadora da rede e outra indicadora do host. A parte indicadora da rede é o prefixo de endereço, sendo cada rede cliente identificada por um prefixo de endereço único. A função dos roteadores é encaminhar os pacotes da origem até o destino através dos diversos nós da rede. Isto requer que os roteadores tenham informações quanto à topologia da rede, de forma a encaminhar eficiente e adequadamente os pacotes. Os 17 / 83

19 protocolos de roteamento, do tipo RIP, OSPF, BGP, etc., são empregados para distribuir estas informações pela rede. Tradicionalmente, o encaminhamento de pacotes nas redes IP é realizado seguindo-se o modelo de roteamento nó-a-nó (hop-by-hop routing). Neste modelo, os roteadores devem ser capazes de determinar o roteador vizinho para onde cada pacote deve ser encaminhado a partir da leitura do endereço de rede destino contido no cabeçalho do mesmo. Este processo é repetido em cada roteador, até que os pacotes eventualmente cheguem a um que esteja diretamente conectado à rede destino, para onde as informações são entregues. Uma outra forma de encaminhamento compreende a determinação prévia da seqüência de endereços dos roteadores que compõem a rota entre a origem e o destino. O cálculo da referida rota é realizado uma única vez, normalmente pela origem. Esta seqüência, chamada de rota explícita, é inserida no cabeçalho de cada pacote, servindo de base para que os roteadores realizem o encaminhamento dos mesmos. O envio de uma seqüência de tamanho variável de endereços em cada pacote é, no entanto, pouco eficiente devido ao overhead de informação e de processamento necessário. Informações quanto às propriedades de cada enlace relativas a serviços também podem ser distribuídas, de forma a permitir diferentes rotas para tráfegos com diferentes requisitos de serviço. À medida que um roteador detecta modificações na rede que afetem o roteamento, ele distribui estas informações de maneira que outros roteadores tomem conhecimento da nova situação e adaptem suas informações de roteamento. De posse destas informações, cada roteador pode calcular o caminho ótimo para cada destino (prefixo de endereço). Cada roteador mantém uma base de informação de roteamento denominada Forwarding Information Base - FIB. Esta é uma tabela com uma entrada para cada encaminhamento (prefixo) de destino. A função de encaminhamento do roteador usa o campo de endereço IP de destino do cabeçalho do datagrama como uma chave para busca na tabela representada pela FIB. Ao encontrar na tabela a entrada que represente o casamento mais longo com o prefixo de endereço, ela pode determinar o próximo hop para onde encaminhar o pacote, qual enlace utilizar e qual fila empregar para aquele enlace. 18 / 83

20 Com o que foi mencionado, pode-se identificar, nas redes IP, um problema que é o alto processamento para a repassagem dos pacotes. Isso pode ser prejudicial para implementações que pedem uma qualidade de serviço. No capítulo a seguir serão mostrados alguns conceitos relativos à Qualidade de Serviço (QoS). 19 / 83

21 7. QUALIDADE DE SERVIÇO A Qualidade de Serviço (Quality of Service - QoS) especifica um conjunto de características quantitativas ou qualitativas de processamento e de comunicação suportadas por um serviço e que permite a provisão da funcionalidade desejada por usuários do ambiente. Estas características são chamadas, normalmente, de parâmetros de especificação da QoS. Em geral, serviços de transporte de dados, fornecidos por provedores de rede, possuem associados os seguintes parâmetros quantitativos de QoS: disponibilidade do serviço, retardo e variação do retardo na entrega de pacotes, vazão e taxa de perda de pacotes, dentre outros. Uma característica qualitativa de um serviço define uma relação comparativa com outro. Um exemplo de parâmetro qualitativo poderia ser a entrega de pacotes com o menor retardo possível. Neste caso, o parâmetro de QoS especifica uma característica de retardo de um determinado serviço em relação aos demais. A QoS solicitada ao provedor de serviços depende dos requisitos específicos das aplicações. De acordo com este critério, as aplicações distribuídas podem ser classificadas em aplicações em tempo-real e aplicações elásticas [9], [6]. A seguir dáse um pequeno detalhamento sobre essas duas classificações de aplicações que se encontram na Qualidade de Serviço, e também uma pequena conceituação sobre intserv e diffserv Aplicações em Tempo-Real As aplicações em tempo-real caracterizam-se por uma forte dependência em relação aos instantes de entrega dos pacotes de informação pela rede. Em geral, envolvem o transporte de mídias contínuas, como a reprodução de um áudio ou vídeo remotamente. Após ser transmitido, um pacote acumula retardos ao longo dos enlaces e dos elementos de comunicação intermediários, normalmente roteadores, antes de ser reproduzido no destino. A maior parcela do retardo total sofrido por um pacote corresponde a um valor fixo: o retardo de propagação nos enlaces. Somado a este se tem um retardo variável, correspondente ao tempo de fila de cada pacote nos roteadores antes do seu efetivo encaminhamento. Esta parcela de retardo, chamado de 20 / 83

22 retardo de enfileiramento, vai depender das condições de congestionamento em cada roteador. Em situações extremas, pacotes podem ser perdidos ou entregues no destino após o instante correto de reprodução. Ambos os casos introduz distorções na reprodução, que são, até um certo grau, aceitáveis devido às limitações da percepção humana e à natureza tolerante da maioria das aplicações. Nestes casos, dizemos que a aplicação em tempo-real é tolerante à perda de pacotes. Uma aplicação tolerante pode ainda alterar o ponto de reprodução dos pacotes a partir dos retardos reais experimentados pelos mesmos na rede, sendo chamadas de adaptativas. Como exemplo de técnica de adaptação, podemos citar, na reprodução de um vídeo, o descarte de quadros, caso o retardo dos pacotes recebidos seja menor do que o esperado e a capacidade de armazenamento dos mesmos tenha chegado ao seu limite, ou a reprodução seguida de um mesmo quadro, caso o referido retardo seja maior do que o esperado. Obviamente, a capacidade de adaptação de uma aplicação é limitada pelo nível de distorção aceito pelo usuário. Além do mais, nem todas as aplicações em tempo-real são tolerantes. Um vídeo contendo informações médicas, por exemplo, não deve permitir qualquer distorção na reprodução sob o risco de ocultar informações consideradas vitais. As Aplicações em tempo-real que não permitem adaptações são chamadas de intolerantes. Diferentes níveis de QoS influenciarão diretamente no grau de compartilhamento dos recursos e, consequentemente, na quantidade de usuários que poderão ser atendidos simultaneamente pela rede. Os parâmetros de QoS mais importantes no suporte às aplicações em tempo-real são o retardo máximo e a sua variação na entrega dos pacotes. Para as aplicações intolerantes, acrescentasse a taxa de perda de pacotes e a disponibilidade do serviço. 7.2 Aplicações Elásticas As aplicações elásticas, por sua vez, não dependem tanto dos instantes de entrega dos pacotes, admitindo maiores variações no desempenho da rede. Por outro lado, perdas de pacotes não são, em geral, admitidas. Para estas aplicações, os parâmetros de QoS mais importantes são a vazão média e a taxa de perda de pacotes. Exemplos de aplicações elásticas: correio eletrônico, transferência de arquivos (FTP), login remoto (Telnet), dentre outras. 21 / 83

23 7.3 Serviços Integrados (IntServ) A arquitetura IntServ faz as requisições de qualidade de serviço para os roteadores e os hosts explicitamente, isto é, ele informa qual é sua necessidade para um bom atendimento de sua requisição. Dentro do IntServ encontramos os seguintes requisitos: Escalonador de pacotes (Scheduling): que é responsável pelo gerenciamento do encaminhamento dos vários fluxos atendendo a alguma definição prévia de enfileiramento. Controle de Admissão de Recursos: Um algoritmo deverá descobrir se um roteador pode atender a um novo fluxo que pede uma qualidade de serviço sem atrapalhar os fluxos já existentes anteriormente. Protocolo de Sinalização: o IntServ pode usar diversos protolocos de reserva de recursos, onde o mais adotado é o RSVP (Resourse reservation Protocol). Com esse protocolo ele informará qual é a qualidade de serviço mínima que a máquina deverá atender, sendo usado também para fazer a reserva dos recursos. Policiamento: com isso pode-se saber se o fluxo ainda está dentro da qualidade de serviço que foi acordada no momento do estabelecimento da conexão, caso esteja fora dos parâmetros pacotes podem ser descartados para se evitar congestionamentos. 7.4 Serviços Diferenciados (DiffServ) A arquitetura DiffServ foi introduzida como resultado de esforços para evitar os problemas de escalabilidade e complexibilidade decorrentes da manutenção de informação de estado para cada fluxo e sinalização a cada nó na arquitetura IntServ [14]. O DiffServ trata o tráfego que passa por seus roteadores de forma agregada. A diferenciação dos serviços é marcada no campo DS (Differentiated Service) do cabeçalho IP, é nesse campo que será especificado o tipo de tratamento que um pacote deverá receber. 22 / 83

24 Com esses conceitos pode-se observar em que aspecto o roteamento usando o IP pode influenciar no atendimento de uma qualidade de serviço. Pode-se ver claramente que numa aplicação de tempo-real o atraso dos pacotes pode ser bem mais prejudicial do que numa aplicação elástica. Nos próximos capítulos serão mostrados como o MPLS vem para melhorar esse atendimento, tentando diminuir muito o problema de processamento nos roteadores que deverão atender a uma conexão. 23 / 83

25 8. ARQUITETURA MPLS A seguir são mostrados os conceitos relativos a essa nova tecnologia que promete a melhorar o atendimento de Qualidade de Serviço e também de Engenharia de Tráfego. Usando rótulos (label) para o roteamento e a distinção entre características a serem atendidas numa conexão, como foi mencionado anteriormente. 8.1 Requisitos do Grupo de Trabalho de MPLS Os objetivos deste WG 2 do IETF (Internet Engineering Task Force) 3 incluem padronizar um conjunto de protocolos para a distribuição e manutenção de rótulos suportando os mecanismos existentes de roteamento unicast, multicast, QoS e roteamento explícito. Também deverão ser definidos os procedimentos para o emprego de MPLS sobre diversas tecnologias de camada de enlace. A meta é melhorar a escalabilidade do protocolo de camada rede, permitir a realização de uma engenharia de tráfego adequada e reduzir a relação custo/desempenho. 8.2 Princípios Básicos O problema de eficiência mencionado em capítulo anterior pode ser reduzido pela substituição do endereçamento de rotas por um identificador de rota pequeno e de tamanho fixo, chamado de rótulo, sendo o encaminhamento dos pacotes realizado a partir da leitura do mesmo. A este modelo de encaminhamento dá-se o nome, genericamente, de comutação por rótulos, sendo utilizado por várias tecnologias de redes, como Frame Relay, ATM, e, em especial, MPLS MultiProtocol Label Switching [8]. O MPLS representa um esforço de padronização das diversas técnicas de comutação por rótulos em redes IP, implementadas, nos últimos anos, através de soluções proprietárias de diversos fabricantes. Uma das principais características do MPLS é 2 Work Group grupos de discussão para determinados assuntos. 3 IETF realiza o trabalho de pesquisa e testes dos novos protocolos 24 / 83

26 permitir que o roteamento, ou seja, o cálculo da rota, seja implementado de forma independente do encaminhamento, que corresponde ao mecanismo de escolha da interface de saída por onde cada pacote deve ser transmitido. Desta forma, pode-se restringir o cálculo das rotas somente a alguns pontos, geralmente localizados na borda da rede. No núcleo, por sua vez, onde o processamento deve ser mais simples e eficiente, pode-se implementar o encaminhamento baseado simplesmente na leitura dos rótulos MPLS. O MPLS desacopla as funções de roteamento IP e de encaminhamento em dois planos distintos. Em ambos os casos, o roteamento de camada de rede mantém informações de protocolos do tipo OSPF e BGP para determinar como os pacotes devem ser roteados. Esta informação de roteamento particiona o espaço de encaminhamento em Classes Equivalentes de Encaminhamento (Forwarding Equivalence Classes - FEC). Um conjunto de pacotes seguindo o mesmo caminho, pertencente à mesma FEC, também é referenciado como um stream e encaminhado de maneira similar. Uma FEC pode ser representada por um endereço de rede destino ou por um prefixo do mesmo. O MPLS torna possível a associação de rótulos a FECs. A partir da identificação da FEC ao qual um pacote pertence, normalmente realizada pelo roteador de borda de entrada do domínio MPLS, um rótulo é acrescentado ao mesmo. Os roteadores do domínio, chamados de LSR s - Label Switching Routers, na nomenclatura MPLS, encaminham os pacotes simplesmente a partir da leitura e análise do rótulo. Cabe aos LSR s de borda de saída do domínio MPLS a retirada do referido rótulo e a entrega dos pacotes originais ao destino. Um rótulo MPLS tem tamanho fixo e significado local em cada LSR. A associação de rótulos a FECs deve ser acordada entre LSR s vizinhos, o que pode ser feito estática ou dinamicamente. Na associação estática, os mapeamentos são configurados manualmente pelo administrador do domínio, em contraste com a associação dinâmica, onde as configurações são realizadas por intermédio de um protocolo de sinalização. Cabe ao LSR que recebe o tráfego, normalmente chamado de downstream LSR, criar e informar as associações de rótulos ao LSR que envia o tráfego, denominado de upstream LSR. 25 / 83

27 Uma FEC é especificada como uma lista de um ou mais elementos FEC [1]. Cada elemento FEC especifica um conjunto de pacotes IP que podem estar mapeados ao LSP correspondente. São definidos 3 tipos de elementos FEC: Elemento FEC Tipo Prefixo do Endereço IP de Destino: Este elemento provê uma lista de um ou mais prefixos IP. Qualquer pacote IP cujo endereço de destino case com um ou mais dos prefixos especificados pode ser encaminhado usando-se o LSP associado. Elemento FEC Tipo Identidade de Roteador: Este elemento provê uma identidade de roteador (isto é, um endereço IP de 32 bits). Qualquer pacote IP para o qual o caminho até o destino passa pelo roteador especificado pode ser encaminhado usando o LSP associado. Este elemento permite que um conjunto de destinos alcançáveis através de um dado roteador seja indicado em um único elemento FEC. Elemento FEC Tipo Fluxo: Este elemento especifica um conjunto de informações de datagrama, tal como porta, endereço destino, endereço da fonte, etc. Este elemento permite suportar fluxos MPLS sem agregação. A cada FEC é atribuído um rótulo, de significado local a um dado ponto de encaminhamento. No MPLS, a atribuição de um dado pacote a uma dada FEC é feita apenas uma vez, quando o pacote entra na rede MPLS. Ao entrar na rede MPLS, além de se fazer a análise convencional de encaminhamento de camada 3 em busca do próximo nó, também se faz a busca para descobrir a FEC à qual o pacote pertence e o respectivo rótulo associado. Quando o pacote é enviado ao próximo nó, o rótulo é enviado junto. Em roteadores convencionais suportando MPLS, um pacote é rotulado codificando-se um rótulo entre seus cabeçalhos de nível 2 e nível 3. Nos nós subsequentes, não há mais análise do cabeçalho de camada de rede do pacote. Ao invés disso, o rótulo é usado como um índice para uma tabela a qual especifica o próximo nó e um novo rótulo. O rótulo velho é substituído pelo novo rótulo, e o pacote é encaminhado a seu próximo nó. Se a atribuição a uma FEC for baseada num casamento mais longo de prefixo, por exemplo, isto elimina a necessidade de realizar o cálculo de casamento mais longo para cada pacote em cada roteador. Este cálculo é realizado apenas uma vez. 26 / 83

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA UniFOA Curso Tecnológico de Redes de Computadores Disciplina: Redes Convergentes II Professor: José Maurício S. Pinheiro

Leia mais

Redes WAN MPLS. Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha

Redes WAN MPLS. Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha Redes WAN MPLS Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha Vantagens do Multiprotocol Label Switching (MPLS) em relação às redes IP puras: Possibilitar a utilização de switches no roteamento Principalmente

Leia mais

MPLS. Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha

MPLS. Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha Redes de Longa Distância Prof. Walter Cunha Vantagens do Multiprotocol Label Switching (MPLS) em relação às redes IP puras: Possibilitar a utilização de switches no roteamento principalmente em backbones

Leia mais

MPLS MultiProtocol Label Switching

MPLS MultiProtocol Label Switching MPLS MultiProtocol Label Switching Cenário Atual As novas aplicações que necessitam de recurso da rede são cada vez mais comuns Transmissão de TV na Internet Videoconferências Jogos on-line A popularização

Leia mais

REDES MPLS. Roteiro. Protocolos anteriores ao MPLS. Demanda crescente por largura de banda.

REDES MPLS. Roteiro. Protocolos anteriores ao MPLS. Demanda crescente por largura de banda. REDES MPLS PARTE 1 PROFESSOR: MARCOS A. A. GONDIM Roteiro Protocolos anteriores ao MPLS. Motivações para o uso de Redes MPLS. O Cabeçalho MPLS. Label Switch Router (LSR). Switched Path (LSP). Forwarding

Leia mais

MPLS Multi-Protocol Label Switching

MPLS Multi-Protocol Label Switching MPLS Multi-Protocol Label Switching Adilson Eduardo Guelfi Volnys Borges Bernal Luis Gustavo G. Kiatake Agenda Introdução Arquitetura de Rede Conceitos MPLS Conclusões Introdução MPLS is the enabling technology

Leia mais

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito - QoS e Engenharia de Tráfego www.labcisco.com.br ::: shbbrito@labcisco.com.br Prof. Samuel Henrique Bucke Brito Introdução Em oposição ao paradigma best-effort (melhor esforço) da Internet, está crescendo

Leia mais

Protocolos em Redes de Dados. Enquadramento histórico. Modo de funcionamento FEC. Antecedentes IP Switching Tag Switching. Exemplo de.

Protocolos em Redes de Dados. Enquadramento histórico. Modo de funcionamento FEC. Antecedentes IP Switching Tag Switching. Exemplo de. Multiprotocol Label Switching Aula 07 FCUL 2005-20056 Objectivo: Conciliar as tecnologias baseadas em comutação (switching) com o encaminhamento IP. Aplicações: Aumentar o desempenho. Engenharia de tráfego.

Leia mais

Aula 08 MPLS 2004-2005 FCUL. Protocolos em Redes de Dados. Luís Rodrigues. Enquadramento. Modo de funcionamento. Antecedentes MPLS.

Aula 08 MPLS 2004-2005 FCUL. Protocolos em Redes de Dados. Luís Rodrigues. Enquadramento. Modo de funcionamento. Antecedentes MPLS. Aula 08 FCUL 2004-2005 Multiprotocol Label Switching Objectivo: Conciliar as tecnologias baseadas em comutação (switching) com o encaminhamento IP. Aplicações: Aumentar o desempenho. Engenharia de tráfego.

Leia mais

Aula-19 NAT, IP Móvel e MPLS. Prof. Dr. S. Motoyama

Aula-19 NAT, IP Móvel e MPLS. Prof. Dr. S. Motoyama Aula-19 NAT, IP Móvel e MPLS Prof. Dr. S. Motoyama 1 NAT Network address translation Resto da Internet 138.76.29.7 10.0.0.4 Rede local (ex.: rede doméstica) 10.0.0/24 10.0.0.1 10.0.0.2 10.0.0.3 Todos os

Leia mais

Multiprotocol Label Switching. Protocolos em Redes de Dados- Aula 08 -MPLS p.4. Motivação: desempenho. Enquadramento histórico

Multiprotocol Label Switching. Protocolos em Redes de Dados- Aula 08 -MPLS p.4. Motivação: desempenho. Enquadramento histórico Multiprotocol Label Switching Protocolos em Redes de Dados - Aula 08 - MPLS Luís Rodrigues ler@di.fc.ul.pt DI/FCUL Objectivo: Conciliar as tecnologias baseadas em comutação (switching) com o encaminhamento

Leia mais

MÓDULO 7 Modelo OSI. 7.1 Serviços Versus Protocolos

MÓDULO 7 Modelo OSI. 7.1 Serviços Versus Protocolos MÓDULO 7 Modelo OSI A maioria das redes são organizadas como pilhas ou níveis de camadas, umas sobre as outras, sendo feito com o intuito de reduzir a complexidade do projeto da rede. O objetivo de cada

Leia mais

Este tutorial apresenta os conceitos básicos do Multi Protocol Label Switching (MPLS) utilizado em redes IP.

Este tutorial apresenta os conceitos básicos do Multi Protocol Label Switching (MPLS) utilizado em redes IP. MPLS Este tutorial apresenta os conceitos básicos do Multi Protocol Label Switching (MPLS) utilizado em redes IP. Eduardo Tude Engenheiro de Teleco (IME 78) e Mestre em Teleco (INPE 81) tendo atuado nas

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Roteamento IP Redes de Computadores Objetivo Conhecer o modelo de roteamento da arquitetura TCP/IP Entender os conceitos básicos de algoritmo, métrica, tabela e protocolos de roteamento

Leia mais

Márcio Leandro Moraes Rodrigues. Frame Relay

Márcio Leandro Moraes Rodrigues. Frame Relay Márcio Leandro Moraes Rodrigues Frame Relay Introdução O frame relay é uma tecnologia de chaveamento baseada em pacotes que foi desenvolvida visando exclusivamente a velocidade. Embora não confiável, principalmente

Leia mais

Arquitetura de Rede de Computadores

Arquitetura de Rede de Computadores TCP/IP Roteamento Arquitetura de Rede de Prof. Pedro Neto Aracaju Sergipe - 2011 Ementa da Disciplina 4. Roteamento i. Máscara de Rede ii. Sub-Redes iii. Números Binários e Máscara de Sub-Rede iv. O Roteador

Leia mais

Tabela de roteamento

Tabela de roteamento Existem duas atividades que são básicas a um roteador. São elas: A determinação das melhores rotas Determinar a melhor rota é definir por qual enlace uma determinada mensagem deve ser enviada para chegar

Leia mais

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com - Aula 5-1. A CAMADA DE TRANSPORTE Parte 1 Responsável pela movimentação de dados, de forma eficiente e confiável, entre processos em execução nos equipamentos conectados a uma rede de computadores, independentemente

Leia mais

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito - Switch na Camada 2: Comutação www.labcisco.com.br ::: shbbrito@labcisco.com.br Prof. Samuel Henrique Bucke Brito Introdução A conexão entre duas portas de entrada e saída, bem como a transferência de

Leia mais

Configuração de Roteadores e Switches CISCO

Configuração de Roteadores e Switches CISCO Configuração de Roteadores e Switches CISCO Introdução ao CISCO IOS Protocolo MPLS Módulo - VI Professor do Curso de CISCO Prof. Robson Vaamonde, consultor de Infraestrutura de Redes de Computadores há

Leia mais

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com

TRANSMISSÃO DE DADOS Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar http://www.ricardobarcelar.com - Aula 3-1. A CAMADA DE REDE (Parte 1) A camada de Rede está relacionada à transferência de pacotes da origem para o destino. No entanto, chegar ao destino pode envolver vários saltos em roteadores intermediários.

Leia mais

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito - Roteamento www.labcisco.com.br ::: shbbrito@labcisco.com.br Prof. Samuel Henrique Bucke Brito Roteamento Roteamento é a técnica que define por meio de um conjunto de regras como os dados originados em

Leia mais

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento Professor Rene - UNIP 1 Roteamento Dinâmico Perspectiva e histórico Os protocolos de roteamento dinâmico são usados

Leia mais

Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5

Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5 Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5 Prof. Celso Rabelo Centro Universitário da Cidade 1 Objetivo 2 3 4 IGPxEGP Vetor de Distância Estado de Enlace Objetivo Objetivo Apresentar o conceito de. Conceito

Leia mais

O modelo ISO/OSI (Tanenbaum,, 1.4.1)

O modelo ISO/OSI (Tanenbaum,, 1.4.1) Cenário das redes no final da década de 70 e início da década de 80: Grande aumento na quantidade e no tamanho das redes Redes criadas através de implementações diferentes de hardware e de software Incompatibilidade

Leia mais

Entendendo como funciona o NAT

Entendendo como funciona o NAT Entendendo como funciona o NAT Vamos inicialmente entender exatamente qual a função do NAT e em que situações ele é indicado. O NAT surgiu como uma alternativa real para o problema de falta de endereços

Leia mais

MultiProtocol Label Switching - MPLS

MultiProtocol Label Switching - MPLS MultiProtocol Label Switching - MPLS Prof. S. Motoyama Rede IP Tradicional ROT - roteador ROT ROT ROT ROT ROT ROT ROT ROT ROT uvem IP ROT ROT 2 Encaminhamento de pacote na rede tradicional Prefixo Enderereço

Leia mais

Aula 6 Modelo de Divisão em Camadas TCP/IP

Aula 6 Modelo de Divisão em Camadas TCP/IP Aula 6 Modelo de Divisão em Camadas TCP/IP Camada Conceitual APLICATIVO TRANSPORTE INTER-REDE INTERFACE DE REDE FÍSICA Unidade de Dados do Protocolo - PDU Mensagem Segmento Datagrama /Pacote Quadro 01010101010100000011110

Leia mais

Assumiu em 2002 um novo desafio profissional como empreendedor e Presidente do Teleco.

Assumiu em 2002 um novo desafio profissional como empreendedor e Presidente do Teleco. O que é IP O objetivo deste tutorial é fazer com que você conheça os conceitos básicos sobre IP, sendo abordados tópicos como endereço IP, rede IP, roteador e TCP/IP. Eduardo Tude Engenheiro de Teleco

Leia mais

Capítulo 10 - Conceitos Básicos de Roteamento e de Sub-redes. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de 2007 - Página

Capítulo 10 - Conceitos Básicos de Roteamento e de Sub-redes. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de 2007 - Página Capítulo 10 - Conceitos Básicos de Roteamento e de Sub-redes 1 Protocolos Roteáveis e Roteados Protocolo roteado: permite que o roteador encaminhe dados entre nós de diferentes redes. Endereço de rede:

Leia mais

Aula 20. Roteamento em Redes de Dados. Eytan Modiano MIT

Aula 20. Roteamento em Redes de Dados. Eytan Modiano MIT Aula 20 Roteamento em Redes de Dados Eytan Modiano MIT 1 Roteamento Deve escolher rotas para vários pares origem, destino (pares O/D) ou para várias sessões. Roteamento datagrama: a rota é escolhida para

Leia mais

Serviços de Comunicações. Serviços de Comunicações. Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP. condições de rede existentes em cada momento

Serviços de Comunicações. Serviços de Comunicações. Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP. condições de rede existentes em cada momento Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP 7.1. O porquê da Qualidade de Serviço 7.2. Mecanismos para QoS 7.3. Modelo de Serviços Integrados - IntServ 7.4. Modelo de Serviços Diferenciados - DiffServ 1

Leia mais

Packet Tracer 4.0: Overview Session. Conceitos e práticas

Packet Tracer 4.0: Overview Session. Conceitos e práticas Packet Tracer 4.0: Overview Session Conceitos e práticas Processo de Flooding ou Inundação envia informações por todas as portas, exceto aquela em que as informações foram recebidas; Cada roteador link-state

Leia mais

1 INTRODUÇÃO Internet Engineering Task Force (IETF) Mobile IP

1 INTRODUÇÃO Internet Engineering Task Force (IETF) Mobile IP 1 INTRODUÇÃO Devido ao crescimento da Internet, tanto do ponto de vista do número de usuários como o de serviços oferecidos, e o rápido progresso da tecnologia de comunicação sem fio (wireless), tem se

Leia mais

Há dois tipos de configurações bidirecionais usados na comunicação em uma rede Ethernet:

Há dois tipos de configurações bidirecionais usados na comunicação em uma rede Ethernet: Comunicação em uma rede Ethernet A comunicação em uma rede local comutada ocorre de três formas: unicast, broadcast e multicast: -Unicast: Comunicação na qual um quadro é enviado de um host e endereçado

Leia mais

MPLS. Multi Protocol Label Switching

MPLS. Multi Protocol Label Switching MPLS Multi Protocol Label Switching Nome: Edson X. Veloso Júnior Engenheiro em Eletrônica Provedor de Internet desde 2002 Integrante da equipe de instrutores da MikrotikBrasil desde 2007 Certificado Mikrotik:

Leia mais

Faculdade Integrada do Ceará FIC Graduação em Redes de Computadores

Faculdade Integrada do Ceará FIC Graduação em Redes de Computadores Faculdade Integrada do Ceará FIC Graduação em Redes de Computadores Disciplina Redes de Banda Larga Prof. Andrey Halysson Lima Barbosa Aula 5 Multiprotocol Label Switching (MPLS) Sumário Definição; Histórico;

Leia mais

Arquitectura de Redes

Arquitectura de Redes Arquitectura de Redes Routing Dinâmico BGP Arq. de Redes - Pedro Brandão - 2004 1 BGP (Border Gateway Protocol) Os protocolos de encaminhamento exteriores foram criados para controlar o crescimento das

Leia mais

Fundamentos de Redes de Computadores. Elementos de Redes Locais

Fundamentos de Redes de Computadores. Elementos de Redes Locais Fundamentos de Redes de Computadores Elementos de Redes Locais Contexto Implementação física de uma rede de computadores é feita com o auxílio de equipamentos de interconexão (repetidores, hubs, pontos

Leia mais

Roteamento IP & MPLS. Prof. Marcos Argachoy

Roteamento IP & MPLS. Prof. Marcos Argachoy REDES DE LONGA DISTANCIA Roteamento IP & MPLS Prof. Marcos Argachoy Perfil desse tema O Roteador Roteamento IP Protocolos de Roteamento MPLS Roteador Roteamento IP & MPLS Hardware (ou software) destinado

Leia mais

CAMADA DE REDE. UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN

CAMADA DE REDE. UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN CAMADA DE REDE UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN Modelo de Referência Híbrido Adoção didática de um modelo de referência híbrido Modelo OSI modificado Protocolos

Leia mais

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE INTRODUÇÃO (KUROSE) A Camada de Rede é uma peça central da arquitetura de rede em camadas A sua função é a de fornecer serviços de comunicação diretamente aos processos

Leia mais

Redes TCP/IP. Prof. M.Sc. Alexandre Fraga de Araújo. alexandref@ifes.edu.br. INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Campus Cachoeiro de Itapemirim

Redes TCP/IP. Prof. M.Sc. Alexandre Fraga de Araújo. alexandref@ifes.edu.br. INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Campus Cachoeiro de Itapemirim Redes TCP/IP alexandref@ifes.edu.br Camada de Redes (Continuação) 2 Camada de Rede 3 NAT: Network Address Translation restante da Internet 138.76.29.7 10.0.0.4 rede local (ex.: rede doméstica) 10.0.0/24

Leia mais

Unidade 2.1 Modelos de Referência

Unidade 2.1 Modelos de Referência Faculdade INED Curso Superior de Tecnologia: Banco de Dados Redes de Computadores Disciplina: Redes de Computadores Prof.: Fernando Hadad Zaidan 1 Unidade 2.1 Modelos de Referência 2 Bibliografia da disciplina

Leia mais

Redes de computadores e a Internet. Capitulo 4. Capítulo. A camada de rede

Redes de computadores e a Internet. Capitulo 4. Capítulo. A camada de rede Redes de computadores e a Internet 4 Capitulo 4 Capítulo A camada de rede A camada de rede Objetivos do capítulo: Entender os princípios dos serviços da camada de rede: Roteamento (seleção de caminho)

Leia mais

BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento

BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento BC-0506: Comunicação e Redes Aula 04: Roteamento Santo André, Q011 1 Roteamento Princípios de Roteamento O que é... Sistemas Autônomos Roteamento Interno e Externo Principais Tipos de Algoritmos Distance-Vector

Leia mais

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br

PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br PROJETO DE REDES www.projetoderedes.com.br Curso de Tecnologia em Redes de Computadores Disciplina: Redes I Fundamentos - 1º Período Professor: José Maurício S. Pinheiro AULA 6: Switching Uma rede corporativa

Leia mais

Unidade 2.1 Modelos de Referência. Bibliografia da disciplina. Modelo OSI. Modelo OSI. Padrões 18/10/2009

Unidade 2.1 Modelos de Referência. Bibliografia da disciplina. Modelo OSI. Modelo OSI. Padrões 18/10/2009 Faculdade INED Unidade 2.1 Modelos de Referência Curso Superior de Tecnologia: Redes de Computadores Disciplina: Fundamentos de Redes Prof.: Fernando Hadad Zaidan 1 2 Bibliografia da disciplina Bibliografia

Leia mais

MPLS MultiProtocol Label Switching. Trabalho de Redes de Computadores I Autor: Fabricio Couto Inácio Período: 01/2002

MPLS MultiProtocol Label Switching. Trabalho de Redes de Computadores I Autor: Fabricio Couto Inácio Período: 01/2002 MPLS MultiProtocol Label Switching Trabalho de Redes de Computadores I Autor: Fabricio Couto Inácio Período: 0/2002 Por que MPLS? Fatores Motivadores O crescimento rápido da Internet e a difusão de redes

Leia mais

Módulo 8 Ethernet Switching

Módulo 8 Ethernet Switching CCNA 1 Conceitos Básicos de Redes Módulo 8 Ethernet Switching Comutação Ethernet 2 Segmentação de Redes Numa Ethernet o meio de transmissão é compartilhado Só um nó pode transmitir de cada vez. O aumento

Leia mais

:: Telefonia pela Internet

:: Telefonia pela Internet :: Telefonia pela Internet http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_telefonia_pela_internet.php José Mauricio Santos Pinheiro em 13/03/2005 O uso da internet para comunicações de voz vem crescendo

Leia mais

Aula 11 Comutação de pacotes. Prof. Dr. S. Motoyama

Aula 11 Comutação de pacotes. Prof. Dr. S. Motoyama Aula Comutação de pacotes Prof. Dr. S. Motoyama O Problema Como dois hosts que não estão diretamente conectados poderão se comunicar entre si? Algum dispositivo inteligente deve ser colocado entre os hosts

Leia mais

Redes WAN. Prof. Walter Cunha

Redes WAN. Prof. Walter Cunha Redes WAN Conceitos Iniciais Prof. Walter Cunha Comutação por Circuito Todos os recursos necessários em todos os subsistemas de telecomunicação que conectam origem e destino, são reservados durante todo

Leia mais

Equipamentos de rede. Repetidores. Repetidores. Prof. Leandro Pykosz Leandro@sulbbs.com.br

Equipamentos de rede. Repetidores. Repetidores. Prof. Leandro Pykosz Leandro@sulbbs.com.br 1 Equipamentos de rede Prof. Leandro Pykosz Leandro@sulbbs.com.br Repetidores É o dispositivo responsável por ampliar o tamanho máximo do cabeamento de rede; Como o nome sugere, ele repete as informações

Leia mais

Gerenciamento de redes

Gerenciamento de redes Gerenciamento de redes Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de QoS (Qualidade de serviço) slide 1 Qualidade de serviços: aplicações de multimídia: áudio e vídeo de rede ( mídia contínua ) QoS rede oferece

Leia mais

Arquitetura de Redes: Camadas de Protocolos (Parte I) Prof. Eduardo

Arquitetura de Redes: Camadas de Protocolos (Parte I) Prof. Eduardo Arquitetura de Redes: Camadas de Protocolos (Parte I) Prof. Eduardo Introdução O que é Protocolo? - Para que os pacotes de dados trafeguem de uma origem até um destino, através de uma rede, é importante

Leia mais

Arquitetura e Protocolos de Rede TCP/IP. Modelo Arquitetural

Arquitetura e Protocolos de Rede TCP/IP. Modelo Arquitetural Arquitetura e Protocolos de Rede TCP/IP Modelo Arquitetural Motivação Realidade Atual Ampla adoção das diversas tecnologias de redes de computadores Evolução das tecnologias de comunicação Redução dos

Leia mais

Centro Tecnológico de Eletroeletrônica César Rodrigues. Atividade Avaliativa

Centro Tecnológico de Eletroeletrônica César Rodrigues. Atividade Avaliativa 1ª Exercícios - REDES LAN/WAN INSTRUTOR: MODALIDADE: TÉCNICO APRENDIZAGEM DATA: Turma: VALOR (em pontos): NOTA: ALUNO (A): 1. Utilize 1 para assinalar os protocolos que são da CAMADA DE REDE e 2 para os

Leia mais

Prefixo a ser comparado Interface 1 0 10 1 111 2 Senão 3

Prefixo a ser comparado Interface 1 0 10 1 111 2 Senão 3 PEL/FEN Redes de Computadores 015/1 Segunda Lista de Exercícios Prof. Marcelo Gonçalves Rubinstein 1) Descreva os principais serviços providos pela camada rede. ) Cite as diferenças entre datagrama e circuito

Leia mais

A camada de rede. A camada de rede. A camada de rede. 4.1 Introdução. 4.2 O que há dentro de um roteador

A camada de rede. A camada de rede. A camada de rede. 4.1 Introdução. 4.2 O que há dentro de um roteador Redes de computadores e a Internet Capitulo Capítulo A camada de rede.1 Introdução.2 O que há dentro de um roteador.3 IP: Protocolo da Internet Endereçamento IPv. Roteamento.5 Roteamento na Internet (Algoritmos

Leia mais

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores 4.1 - Roteamento Roteamento é a escolha do módulo do nó de origem ao nó de destino por onde as mensagens devem transitar. Na comutação de circuito, nas mensagens ou

Leia mais

Redes de Computadores Aula 3. Aleardo Manacero Jr.

Redes de Computadores Aula 3. Aleardo Manacero Jr. Redes de Computadores Aula 3 Aleardo Manacero Jr. O protocolo RM OSI 1 Camada de Rede Forma de ligação Endereçamento de máquinas Controle de rotas Controle de tráfego Forma de ligação Circuito Virtual

Leia mais

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE

Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE Capítulo 7 CAMADA DE TRANSPORTE SERVIÇO SEM CONEXÃO E SERVIÇO ORIENTADO À CONEXÃO Serviço sem conexão Os pacotes são enviados de uma parte para outra sem necessidade de estabelecimento de conexão Os pacotes

Leia mais

Consulte a exposição. Qual declaração descreve corretamente como R1 irá determinar o melhor caminho para R2?

Consulte a exposição. Qual declaração descreve corretamente como R1 irá determinar o melhor caminho para R2? 1. Que duas declarações descrevem corretamente os conceitos de distância administrativa e métrica? (Escolha duas.) a) Distância administrativa refere-se a confiabilidade de uma determinada rota. b) Um

Leia mais

Comunicação de Dados

Comunicação de Dados Comunicação de Dados Roteamento Prof. André Bessa Faculade Lourenço Filho 22 de Novembro de 2012 Prof. André Bessa (FLF) Comunicação de Dados 22 de Novembro de 2012 1 / 26 1 Introdução 2 Roteamento na

Leia mais

3 Qualidade de serviço na Internet

3 Qualidade de serviço na Internet 3 Qualidade de serviço na Internet 25 3 Qualidade de serviço na Internet Além do aumento do tráfego gerado nos ambientes corporativos e na Internet, está havendo uma mudança nas características das aplicações

Leia mais

Rede de Computadores II

Rede de Computadores II Rede de Computadores II Slide 1 Roteamento Determinar o melhor caminho a ser tomado da origem até o destino. Se utiliza do endereço de destino para determinar a melhor rota. Roteador default, é o roteador

Leia mais

Relatório do 2º Guião Laboratorial de Avaliação: Encaminhamento de pacotes. Licenciatura: ETI Turma : ETC1 Grupo : rd2_t3_02 Data: 30/10/2009

Relatório do 2º Guião Laboratorial de Avaliação: Encaminhamento de pacotes. Licenciatura: ETI Turma : ETC1 Grupo : rd2_t3_02 Data: 30/10/2009 Licenciaturas em Informática e Gestão de Empresas, Engenharia de Telecomunicações e Informática e Engenharia Informática Redes Digitais II Relatório do 2º Guião Laboratorial de Avaliação: Encaminhamento

Leia mais

Introdução Introduç ão Rede Rede TCP/IP Roteame Rotea nto nto CIDR

Introdução Introduç ão Rede Rede TCP/IP Roteame Rotea nto nto CIDR Introdução as Redes TCP/IP Roteamento com CIDR LAN = Redes de Alcance Local Exemplo: Ethernet II não Comutada Barramento = Broadcast Físico Transmitindo ESCUTANDO ESCUTANDO A quadro B C B A. DADOS CRC

Leia mais

Roteamento e Comutação

Roteamento e Comutação Roteamento e Comutação Design de Rede Local Design Hierárquico Este design envolve a divisão da rede em camadas discretas. Cada camada fornece funções específicas que definem sua função dentro da rede

Leia mais

Redes de computadores. Redes para Internet

Redes de computadores. Redes para Internet Redes de computadores Redes para Internet Milhões de elementos de computação interligados: hospedeiros = sistemas finais Executando aplicações distribuídas Enlaces de comunicação fibra, cobre, rádio, satélite

Leia mais

MÓDULO 8 Modelo de Referência TCP/IP

MÓDULO 8 Modelo de Referência TCP/IP MÓDULO 8 Modelo de Referência TCP/IP A internet é conhecida como uma rede pública de comunicação de dados com o controle totalmente descentralizado, utiliza para isso um conjunto de protocolos TCP e IP,

Leia mais

Capítulo 5: Roteamento Inter-VLANS

Capítulo 5: Roteamento Inter-VLANS Unisul Sistemas de Informação Redes de Computadores Capítulo 5: Roteamento Inter-VLANS Roteamento e Comutação Academia Local Cisco UNISUL Instrutora Ana Lúcia Rodrigues Wiggers 1 Capítulo 5 5.1 Configuração

Leia mais

Segurança de Rede Prof. João Bosco M. Sobral 1

Segurança de Rede Prof. João Bosco M. Sobral 1 1 Sinopse do capítulo Problemas de segurança para o campus. Soluções de segurança. Protegendo os dispositivos físicos. Protegendo a interface administrativa. Protegendo a comunicação entre roteadores.

Leia mais

Teleprocessamento e Redes (MAB-510) Gabarito da Segunda Lista de Exercícios 01/2010

Teleprocessamento e Redes (MAB-510) Gabarito da Segunda Lista de Exercícios 01/2010 Teleprocessamento e Redes (MAB-510) Gabarito da Segunda Lista de Exercícios 01/2010 Prof. Silvana Rossetto (DCC/IM/UFRJ) 1 13 de julho de 2010 Questões 1. Qual é a diferença fundamental entre um roteador

Leia mais

Redes e Conectividade

Redes e Conectividade Redes e Conectividade Camada de enlace: domínio de colisão e domínio de broadcast, segmentação, modos de switching para encaminhamento de quadros Versão 1.0 Março de 2016 Prof. Jairo jairo@uninove.br professor@jairo.pro.br

Leia mais

Sistemas Distribuídos Capítulos 3 e 4 - Aula 4

Sistemas Distribuídos Capítulos 3 e 4 - Aula 4 Sistemas Distribuídos Capítulos 3 e 4 - Aula 4 Aula passada Threads Threads em SDs Processos Clientes Processos Servidores Aula de hoje Clusters de Servidores Migração de Código Comunicação (Cap. 4) Fundamentos

Leia mais

COMPONENTES BÁSICOS DE

COMPONENTES BÁSICOS DE COMPONENTES BÁSICOS DE REDES 2ºPARTE Prof. Me. Hélio Esperidião SWITCH O SWITCH opera de forma mais inteligente. Ele analisa os pacotes de dados que chegam a ele e descobre os endereços de origem e destino.

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Prof. Marcelo Gonçalves Rubinstein Programa de Pós-Graduação em Engenharia Eletrônica Faculdade de Engenharia Universidade do Estado do Rio de Janeiro Ementa Introdução a Redes de

Leia mais

Interconexão de redes locais. Repetidores. Pontes (Bridges) Hubs. Pontes (Bridges) Pontes (Bridges) Existência de diferentes padrões de rede

Interconexão de redes locais. Repetidores. Pontes (Bridges) Hubs. Pontes (Bridges) Pontes (Bridges) Existência de diferentes padrões de rede Interconexão de redes locais Existência de diferentes padrões de rede necessidade de conectá-los Interconexão pode ocorrer em diferentes âmbitos LAN-LAN LAN: gerente de um determinado setor de uma empresa

Leia mais

Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de 2007 - Página

Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de 2007 - Página Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento IP 1 História e Futuro do TCP/IP O modelo de referência TCP/IP foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD). O DoD exigia

Leia mais

Tecnologia PCI express. Introdução. Tecnologia PCI Express

Tecnologia PCI express. Introdução. Tecnologia PCI Express Tecnologia PCI express Introdução O desenvolvimento de computadores cada vez mais rápidos e eficientes é uma necessidade constante. No que se refere ao segmento de computadores pessoais, essa necessidade

Leia mais

ADDRESS RESOLUTION PROTOCOL. Thiago de Almeida Correia

ADDRESS RESOLUTION PROTOCOL. Thiago de Almeida Correia ADDRESS RESOLUTION PROTOCOL Thiago de Almeida Correia São Paulo 2011 1. Visão Geral Em uma rede de computadores local, os hosts se enxergam através de dois endereços, sendo um deles o endereço Internet

Leia mais

Aula 03 Regras de Segmentação e Switches

Aula 03 Regras de Segmentação e Switches Disciplina: Dispositivos de Rede II Professor: Jéferson Mendonça de Limas 4º Semestre Aula 03 Regras de Segmentação e Switches 2014/1 19/08/14 1 2de 38 Domínio de Colisão Os domínios de colisão são os

Leia mais

Capítulo 3: Implementar a segurança por meio de VLANs

Capítulo 3: Implementar a segurança por meio de VLANs Unisul Sistemas de Informação Redes de Computadores Capítulo 3: Implementar a segurança por meio de VLANs Roteamento e Switching Academia Local Cisco UNISUL Instrutora Ana Lúcia Rodrigues Wiggers Presentation_ID

Leia mais

Roteamento na Internet

Roteamento na Internet Roteamento na Internet IntraAS RIP OSPF InterAS BGP RIP Protocolo de informação de roteamento (Routing Information Protocol) Definido nas RFCs 1058 (versão 1) e 2453 (versão 2) RIPng IPv6 Protocolo de

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Técnicas de comutação Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Bragança Maio de 2006 WAN s Wide Area Networks Uma WAN é uma rede dispersa por uma grande área

Leia mais

Redes de Comunicações Capítulo 6.1

Redes de Comunicações Capítulo 6.1 Capítulo 6.1 6.1 - Técnicas de Comutação 1 WAN s Wide Area Networks Uma WAN é uma rede dispersa por uma grande área física, sob o controlo de uma administração única e baseada em circuitos dedicados (exemplo:

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS. Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos cpgcarlos@yahoo.com.br www.oficinadapesquisa.com.br

FACULDADE PITÁGORAS. Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos cpgcarlos@yahoo.com.br www.oficinadapesquisa.com.br FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA FUNDAMENTOS DE REDES REDES DE COMPUTADORES Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos cpgcarlos@yahoo.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Material elaborado com base nas apresentações

Leia mais

Redes de Computadores I Conceitos Básicos

Redes de Computadores I Conceitos Básicos Redes de Computadores I Conceitos Básicos (11 a. Semana de Aula) Prof. Luís Rodrigo lrodrigo@lncc.br http://lrodrigo.lncc.br 2011.02 v1 2011.11.03 (baseado no material de Jim Kurose e outros) Algoritmos

Leia mais

Visão geral da arquitetura do roteador

Visão geral da arquitetura do roteador Visão geral da arquitetura do roteador Duas funções-chave do roteador: Executar algoritmos/protocolos (RIP, OSPF, BGP) Comutar os datagramas do link de entrada para o link de saída 1 Funções da porta de

Leia mais

APLICAÇÃO REDE APLICAÇÃO APRESENTAÇÃO SESSÃO TRANSPORTE REDE LINK DE DADOS FÍSICA 1/5 PROTOCOLOS DE REDE

APLICAÇÃO REDE APLICAÇÃO APRESENTAÇÃO SESSÃO TRANSPORTE REDE LINK DE DADOS FÍSICA 1/5 PROTOCOLOS DE REDE 1/5 PROTOCOLOS DE O Modelo OSI O OSI é um modelo usado para entender como os protocolos de rede funcionam. Para facilitar a interconexão de sistemas de computadores, a ISO (International Standards Organization)

Leia mais

Serviço de datagrama não confiável Endereçamento hierárquico. Facilidade de fragmentação e remontagem de pacotes

Serviço de datagrama não confiável Endereçamento hierárquico. Facilidade de fragmentação e remontagem de pacotes IP Os endereços IP são números com 32 bits, normalmente escritos como quatro octetos (em decimal), por exemplo 128.6.4.7. A primeira parte do endereço identifica uma rede especifica na interrede, a segunda

Leia mais

Qualidade de serviço. Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de

Qualidade de serviço. Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de Qualidade de serviço Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de Vazão Atraso Variação do atraso Erros Outros Qualidade de

Leia mais

(Open System Interconnection)

(Open System Interconnection) O modelo OSI (Open System Interconnection) Modelo geral de comunicação Modelo de referência OSI Comparação entre o modelo OSI e o modelo TCP/IP Analisando a rede em camadas Origem, destino e pacotes de

Leia mais

Considerações no Projeto de Sistemas Cliente/Servidor

Considerações no Projeto de Sistemas Cliente/Servidor Cliente/Servidor Desenvolvimento de Sistemas Graça Bressan Graça Bressan/LARC 2000 1 Desenvolvimento de Sistemas Cliente/Servidor As metodologias clássicas, tradicional ou orientada a objeto, são aplicáveis

Leia mais

REDES DE COMPUTADORES

REDES DE COMPUTADORES REDES DE COMPUTADORES 09/2013 Cap.3 Protocolo TCP e a Camada de Transporte 2 Esclarecimentos Esse material é de apoio para as aulas da disciplina e não substitui a leitura da bibliografia básica. Os professores

Leia mais

Interconexão de Redes. Aula 03 - Roteamento IP. Prof. Esp. Camilo Brotas Ribeiro cribeiro@catolica-es.edu.br

Interconexão de Redes. Aula 03 - Roteamento IP. Prof. Esp. Camilo Brotas Ribeiro cribeiro@catolica-es.edu.br Interconexão de Redes Aula 03 - Roteamento IP Prof. Esp. Camilo Brotas Ribeiro cribeiro@catolica-es.edu.br Revisão Repetidor Transceiver Hub Bridge Switch Roteador Domínio de Colisão Domínio de Broadcast

Leia mais

Prof. Marcelo Machado Cunha Parte 3 www.marcelomachado.com

Prof. Marcelo Machado Cunha Parte 3 www.marcelomachado.com Prof. Marcelo Machado Cunha Parte 3 www.marcelomachado.com Protocolo é a linguagem usada pelos dispositivos de uma rede de modo que eles consigam se comunicar Objetivo Transmitir dados em uma rede A transmissão

Leia mais