IGREJA PRESBITERIANA BETÂNIA. A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS A essência das Escrituras para a vida cristã

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1 IGREJA PRESBITERIANA BETÂNIA A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS A essência das Escrituras para a vida cristã

2 Estudos em Romanos 2 Brasília 2011/2012 Romanos é a principal e a mais excelente parte do Novo Testamento, o Evangelho isto é, a boa nova em sua essência mais pura... e também uma luz e um caminho para se penetrar em toda a Escritura. Willliam Tyndale Tradutor da Bíblia Inglesa Romanos realmente é a parte principal do Novo Testamento e... verdadeiramente o que há de mais puro no Evangelho. Martinho Lutero Reformador Alemão...pois quando qualquer um compreende essa epístola, tem aberta uma passagem para compreender toda a Escritura... João Calvino Reformador Genebrino

3 Estudos em Romanos 3 SUMÁRIO Introdução...05 Lição 1 A Pessoa de Paulo...06 Lição 2 As viagens missionárias de Paulo...13 Lição 3 Os Escritos de Paulo Lição 4 Questões introdutórias da carta aos Romanos...26 Lição 5 A essência da mensagem de Deus...33 Lição 6 A natureza decaída do ser humano...42 Lição 7 A universalidade do pecado...49 Lição 8 A justificação pela graça mediante a fé...55 Lição 9 Adão e Cristo: representantes da raça humana...63 Lição 10 O Pecado, a Lei e a Graça...72 Lição 11 Salvos, porém ainda pecadores...82 Lição 12 A Vida no Espírito...90 Lição 13 Eleição e Reprovação...99 Lição 14 Responsabilidade humana Lição 15 A condição Final de Israel...120

4 Estudos em Romanos 4 Conclusão Bibliografia...132

5 Estudos em Romanos 5 Introdução Provavelmente o mais importante documento cristão de todos os tempos é a epístola de Paulo aos Romanos. Calvino, conforme se pode ler na citação feita acima, acreditava que por meio de Romanos poderíamos entender o todo das Escrituras. Lutero e William Tyndale também a reputavam como o documento cristão mais importante. Olhando para a história da Igreja, grandes vultos foram impactados e se tornaram revolucionários de suas gerações - e até mesmo de gerações futuras - porque foram decisivamente influenciados por esse escrito inspirado. Agostinho de Hipona converteu-se ao ouvir a leitura desse documento. Lutero foi iluminado quando meditava e estudava essa carta. John Wesley teve sua vida e ministério transformados a partir da leitura do comentário de Lutero sobre Romanos. Karl Barth, provavelmente um dos maiores teólogos de todos os tempos, iniciou sua carreira a partir da confecção de um comentário aos Romanos. A lista poderia continuar com outros vultos, conhecidos e não tão conhecidos. Aliás, deve-se enfatizar que o impacto de Romanos não se limita aos gigantes da fé, mas a homens e mulheres comuns. 1 Este pequeno trabalho visa apenas descortinar, de modo simples e resumido, algumas questões e temas da carta aos Romanos. A análise não é profunda nem tampouco exaustiva; pelo contrário, é bem sintética e despretensiosa. Para aqueles que realmente desejam se aprofundar nesta carta, há uma bibliografia no final desta apostila que muito poderá ajudar nesta empreitada. Esta apostila está dividida em lições temáticas. As primeiras quatro lições são mais técnicas e visam dar as bases para se entender um pouco mais e melhor o apóstolo dos gentios. Assim, a primeira lição trata da pessoa do apóstolo Paulo. A segunda, das suas viagens missionárias. A terceira, dos seus escritos. A quarta, das questões introdutórias de Romanos. Após essas quatro lições se estudarão os temas teológicos mais relevantes da epístola. Nem todos os assuntos serão expostos, mas muitos dos mais importantes, entre eles, o tema central a justificação pela graça mediante a fé, farão parte do conjunto dos ensinos desta apostila. O apóstolo Paulo em seus escritos costuma apresentar primeiro a parte teológica; a segunda, é mais prática. Assim, Romanos do capítulo primeiro ao décimo primeiro é doutrinário. Do décimo segundo ao décimo sexto, ele é mais prático. Esta apostila cobre apenas a primeiro parte. Deve-se dizer, mais uma vez, que esta obra é bem simples e carece de mais conteúdo informativo e teológico (até porque ela não foi escrita para teólogos, mas para membros da Igreja). Não foi realizado um grande diálogo com os autores de comentários e teólogos do Novo Testamento. Essa falha deverá ser suprida com a leitura de obras alistadas na bibliografia. Possa essa apostila acrescentar mais fé, amor e piedade em Deus à vida de todos os seus leitores. Meu desejo é que por meio da leitura e estudo dessas lições vidas sejam edificadas e acrescidas na graça do Senhor. Boa leitura. Bons estudos. 1 John Stott, Romanos: a Bíblia fala hoje, p. 19.

6 Estudos em Romanos 6 A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS A essência das Escrituras para a vida cristã Lição 1 Tema: A Pessoa do Apóstolo Paulo. Texto: Rm 1.1. Introdução. Antes de estudarmos o conteúdo teológico e doutrinário da carta aos Romanos apresentaremos três lições acerca da vida e ministério do apóstolo aos gentios. É fundamental para uma compreensão fiel e aprofundada de uma obra conhecer mais acerca do seu autor. Paulo é uma personagem cujas informações são bem expostas nas páginas do Novo Testamento. Tanto por intermédio de seus escritos, quanto por intermédio do relato de Lucas em Atos dos Apóstolos, pode-se traçar a biografia do ser humano Saulo de Tarso, senão pormenorizada, certamente com uma riqueza de detalhes incrível. Há, todavia, perguntas não respondidas e questões incertas na trajetória de vida e fé desse gigante da fé. Ele era viúvo? Ele fora realmente casado? O que ele realmente sabia sobre Jesus antes de sua conversão? Além de refletir e repensar sua vida espiritual, o que ele esteve fazendo na região da Arábia todos aqueles anos? Essas são apenas algumas das muitas perguntas que estudiosos da Bíblia fazem e já fizeram cujas respostas nunca serão respondidas com absoluta clareza. Desenvolvimento O texto de Romanos 1.1 começa com a direta afirmação: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo. Mas, quem é Paulo? A Igreja em Roma certamente já havia ouvido falar acerca desse campeão da fé. Sabia que outrora ele fora um perseguidor da Igreja, mas agora, é um dos grandes defensores da Noiva de Cristo. Deve ter ouvido da coragem e intrepidez deste santo homem de Deus. Enfim, algum conhecimento sobre Paulo aquela Igreja possuía. Na carta não há muitas informações biográficas do autor. Paulo quer se apresentar através do seu pensamento doutrinário e teológico. Comentaristas bíblicos afirmam que Paulo não tinha ainda ido a Roma e não conhecia pessoalmente à Igreja. Todavia, como sua intenção era fazer dessa cidade e Igreja uma base estratégica para o avanço de sua missão, ele se apresenta a ela com a esperança de criar laços e vínculos. Como já dissemos, para sabermos um pouco mais sobre Paulo é necessário percorrer as páginas do Novo Testamento e em especial os escritos de Lucas e as outras cartas de Paulo. Tal investigação logra bom êxito, pois o resultado é bem satisfatório.

7 Estudos em Romanos 7 Nesta primeira lição, apresentaremos somente informações acerca da vida de Paulo. Sua obra e seus escritos ficarão para um segundo momento nesta série de estudos sobre Romanos. Como se verá nas páginas que se seguirão, não se pretende dar uma biografia exaustiva e conclusiva sobre o apóstolo aos gentios. Apenas alguns dados interessantes e úteis serão apresentados com vistas a melhor compreender a Carta aos Romanos. Nesta parte do estudo tentaremos mostrar de modo bem objetivo aspectos da humanidade de Paulo, sua condição sócio-econômica e sua cultura, tanto a secular quanto a religiosa. Por fim, há dois resumos da vida do apóstolo: um apresentado por John Stott e outro pelo erudito do Novo Testamento, F. F. Bruce. Em ambos, há preciosas informações sobre ele. Assim, sem delongas, vamos nos deter por alguns momentos nas páginas do Novo Testamento e descobrir quem foi Saulo de Tarso, também conhecido como Paulo, o apóstolo aos gentios. 1. Paulo, o homem. A tradição da Igreja traça o perfil físico de Paulo nos seguintes termos: ele era de baixa estatura, nariz avantajado, calvo, pernas tortas, vesgo e limitado na fala. Se tudo isto for verdade, nunca o saberemos com plena certeza, pois o Espírito Santo não se preocupou em nos transmitir essas informações. Por outro lado, a Bíblia nos fala muito acerca das características humanas, intelectuais, espirituais e culturais deste que foi considerado o príncipe dos apóstolos. Saulo nasceu em Tarso, principal cidade da Cilícia, atual Turquia (At 9.11; 21.39; 22.3). Recebeu sua educação em Jerusalém aos pés de Gamaliel, importante rabino daqueles dias (At 22.3). Por ter sido contemporâneo de Jesus, muitos se perguntam se ambos não estiveram presentes em Jerusalém, pelo menos uma vez, nos muitos anos que Jesus se dirigia três vezes por ano à Cidade Santa a fim de celebrar a Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos. Há uma grande probabilidade, no entanto, Jesus ainda não havia se revelado como o Messias. O Mestre era alguém comum, que não pregava, curava e ensina o povo. Apenas quando completou 30 anos e que ele começou a realizar a obra que o Pai lhe confiara. Paulo também possuía uma cultura greco-romana bastante ampla, ao ponto de citar poetas importantes daquele tempo, tais como: Arato (At 17.28) Meander (1 Co 15.33) e Epimênides (Tito 1.12). Além disto, falava várias línguas: grego (língua franca do Império Romano e língua na qual escreveu todas as suas cartas), hebraico (língua das Escrituras na qual fora educado religiosamente), aramaico (língua do povo da palestina no 1º século) e Latim (era cidadão romano e como tal a dominava). Era cidadão romano por direito de nascimento (At 22.28). Isto indica que sua família deveria ter algum status na cidade de Tarso. Como religioso pertencia à facção do farisaísmo, a mais extremada de todas (At 23.6; Fl 3.5). Era um filho prodigioso do farisaísmo (Gl 1.14) e chegou a afirmar que fora irrepreensível na observância da Lei (Fl 3.6). Sua paixão e devoção por sua religião levaram-no ao ponto de transformá-lo num perseguidor do cristianismo nascente (At 9.1-2; 22.4,5; Gl 1.13; Fl 3.6; 1 Tm 1.13). Ele possuía o sangue de cristãos em sua mão.

8 Estudos em Romanos 8 O fato mais marcante na vida de Paulo, entretanto, foi a sua conversão. De grandioso algoz e perseguidor, ele se transforma no mais entusiasta e decidido propagador da fé cristã. Sua conversão foi tão impressionante, que três dias depois da experiência no caminho de Damasco, ele vai pregar e defender aquilo que antes estava condenando (At 9.20). Como cristão, ele passou por experiências extraordinárias. Recebeu a visita de Jesus enquanto fazia uma viagem a Roma (At 27.23,24). Teve a singular experiência de ir ao céu e voltar (2 Co ). Além dos gozos espirituais, Paulo também sofreu muito devido à sua fé em Cristo Jesus. Suas experiências de sofrimentos são grandiosas (2 Co ). Amargou também o peso do espinho na carne para que ele não se ensoberbecesse mediante as graças recebidas (2 Co ). 2. Paulo, o Cidadão Romano. Paulo nasceu provavelmente na primeira década da era Cristã. As Escrituras afirmam que ele nasceu em Tarso, uma cidade situada na planície fértil da Cilícia Oriental. Esta cidade era repleta de atividades culturais. Ela era de certa forma o que chamamos modernamente de cidade universitária. Em Atos 22 a partir do versículo 27 ss. Paulo se apresenta ao tribuno militar em Jerusalém como cidadão romano, e no diálogo travado diz que o é por direito de nascimento. Isto significa que seu pai deve ter sido cidadão romano. A cidadania romana era restrita aos nativos livres da cidade de Roma, mas, à medida que o império se expandiu, a cidadania era conferida a várias outras pessoas de certas províncias seletas que não eram romanos por nascimento. F.F. Bruce acredita que se pode presumir que o pai, o avô ou até o bisavô de Paulo prestaram algum serviço especial à causa romana. No século primeiro antes de Cristo os generais Pompeu e Antônio tinham o direito, por lei, de conceder para pessoas aprovadas esta honraria. Estes generais estiveram na Cilícia. 2 O título de cidadão romano conferia direitos especiais ao portador. Estes privilégios incluíam um julgamento público justo para o cidadão acusado de algum crime, a isenção de certas formas infames de punição, e proteção contra uma execução sumária. 3 Paulo soube tirar vantagens deste seu direito, não apenas para evitar o sofrimento físico (At 22) como também para evitar a sua própria morte quando apelou para o tribunal de César (At ). 3. Paulo, Hebreu de Hebreus. Para o apóstolo Paulo a sua herança judaica era o legado mais importante que ele recebera. Ele se autodescreve em Filipenses 3.5, religiosamente falando, da seguinte forma: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamin, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu... Nos escritos de Paulo e Lucas hebreu provavelmente é um termo mais específico do que israelita ou judeu. Em 2 Co Paulo parece usar o termo hebreu como um termo que possui um peso mais acentuado. Em Atos 6.1 este mesmo termo é usado em contraste com o termo helenistas, apesar de ambos 2 Paulo: O Apóstolo da Graça, Ed. Shedd publicações, p idem p.34.

9 Estudos em Romanos 9 serem judeus. F. F. Bruce diz que a distinção provavelmente era lingüística e cultural. Os hebreus freqüentavam sinagogas cujo culto era realizado em hebraico, e usavam o aramaico como sua língua cotidiana. Os helenistas, por sua vez, falavam grego e freqüentavam sinagogas em que se liam os textos bíblicos e recitavam as orações nesta língua 4. De acordo com o relato de Lucas, Paulo podia se dirigir à multidão em Jerusalém em aramaico (At 21.40; 22:2). Quando Jesus se manifesta a ele na estrada de Damasco, dirige-lhe a palavra em aramaico (At 26.14). Na sua autodescrição ele afirma pertencer à seita dos fariseus. A designação fariseu deriva da raiz hebraica e aramaica cujo significado é separado. A origem dos fariseus é notável, uma vez que representam uma resistência contra o sincretismo, a profanação e a secularização da fé judaica. Os fariseus, bem como os essênios lutaram contra a diluição da fé judaica durante o domínio dos gregos na Palestina. Infelizmente, o zelo dos fariseus tornou-se fanatismo. Eles eram profundamente cuidadosos na guarda do sábado, nas restrições alimentares e nas tradições que lhes foram legadas. Paulo afirma que como fariseu era mais zeloso que seus demais companheiros da mesma idade (Gl 1.14). O farisaísmo e o cristianismo tinham pontos doutrinários comuns. Por exemplo, ambos acreditavam na ressurreição, em anjos, e no espírito como parte invisível da constituição humana (At 23.8). A bem da verdade, o problema fundamental dos fariseus não era doutrinário, mas sim prático. Eles não viviam correta e plenamente as Escrituras (Mt ). Paulo foi discípulo de um famoso mestre fariseu chamado Gamaliel. Isto está registrado em Atos Gamaliel representava uma das duas principais escolas de interpretação legal das Escrituras. Ele era discípulo de Hillel, famoso e respeitado fundador de uma escola de interpretação bíblica. O outro líder famoso nos primórdios do cristianismo foi o rabi Shammai. 4. Paulo, apóstolo aos gentios. George E. Ladd 5 afirma que Paulo era um rabino judeu. Como judeu fariseu era um monoteísta radical (Gl 3.20; Rm 3.30), rejeitava veementemente a religião pagã (Cl 2.8), a idolatria (1 Co , 21) e a imoralidade (Rm 1.26ss). Ele tinha o Antigo Testamento como Escritura Sagrada (Rm 1.2; 4.3), a Palavra de Deus divinamente inspirada (2 Tm 3.16). Deste modo, Paulo não era um pagão ou um ignorante da lei e da vontade de Deus. Entretanto, faltava-lhe o essencial: a compreensão de que Jesus era o Messias de Deus. Faltava-lhe também a noção da salvação pela graça de Deus. Ele só abraçou essas duas verdades fundamentais após seu encontro com Jesus ressurreto na estrada de Damasco. Ali, Paulo de perseguidor do cristianismo transforma-se num dos seus principais corifeus. Ele tornou-se apóstolo de Jesus Cristo sendo comissionado pelo próprio Senhor para proclamar o Messias que ele próprio não aceitava. Paulo é um apóstolo. Mas que tipo de apóstolo ele é? O uso da palavra apóstolo para os doze discípulos originais designa a função de representantes legais de Jesus bem como significa também que eles são os enviados do mestre. 4 idem, p Teologia do Novo Testamento, Ed. JUERP, pp

10 Estudos em Romanos 10 Na Igreja Antiga, os doze apóstolos constituíam um colegiado de líderes oficiais na comunidade. E apenas esses doze eram reconhecidos como os apóstolos designados pelo Senhor. Os estudiosos não se sabem a situação histórica exata, mas parece claro que o círculo dos apóstolos foi aumentado para incluir outras pessoas determinadas, como Tiago, o irmão de Jesus (Gl 1.19), Andrônico e Júnias (Rm 16.7), possivelmente Silvano (At 17.10; 1 Ts 1.1 comp 1 Ts 2.7), Barnabé e Paulo (At 14.12,14). Outros homens dizendo-se apóstolos, tentaram se opor à obra de Paulo em Corinto (2 Co 11.5,13; 12.11). Paulo os considera falsos apóstolos (2 Co 11.13). O fato de Paulo se considerar apóstolo - e ser considerado por outros - é evidente. Nas suas epístolas ele assim se apresenta, e em momento algum os demais apóstolos e líderes credenciados da igreja questionam seu apostolado (Rm 1.1; 11.13; 1 Co 1.1; 4.9; 2 Co 1.1; 11.5; Gl 1.1; Ef 1.1; Cl 1.1; 1 Tm 1.1; 2.7; 2 Tm 1.1, Tt 1.1). Uma forte confirmação do apostolado de Paulo é o assim chamado sinais de um apóstolo (2 Co 12.12). Estes sinais são evidências de feitos e realizações que apóiam as palavras de um apóstolo demonstrando o poder do Espírito Santo através de sinais e prodígios (Rm 15.19; Gl 3.5). Um exame cuidadoso e detalhado do livro de Atos mostra-nos claramente a importância do apostolado de Paulo. Ele e Pedro são os dois grandes personagens coadjuvantes da história contada por Lucas no livro dos Atos dos Apóstolos. O papel principal pertence ao Espírito Santo. Nesta história contada por Lucas, Pedro e Paulo paralelamente realizam os mesmos sinais e milagres extraordinários: ambos curam doentes, ressuscitam mortos, expulsam demônios, são cheios do Espírito Santo, possuem dons extraordinários, pelos quais feitos fantásticos são realizados. Paulo tem consciência que sobre ele pesa a autoridade apostólica (exousia em grego: 2 Co. 10.8; 13.10). Entretanto, esta autoridade só pode ser reconhecida pelas pessoas que foram iluminadas pelo mesmo Espírito que concedeu a autoridade apostólica (1 Co 14.37). 5. Resumo da vida e obra de Paulo. Embora não possamos saber com plena certeza todos os dados acerca da vida e obra do apóstolo Paulo, podemos, pelo menos, dar um idéia razoavelmente segura sobre os mesmos. Isto não significa que seja fácil tal esboço. Carson, Moo e Morris afirmam que apesar de Paulo se referir ocasionalmente a eventos anteriores de sua vida, a viagens passadas e a planos futuros, em suas cartas Paulo não nos fornece o tipo de informação necessário para reconstruirmos uma vida de Paulo 6 em seus mínimos detalhes. Particularmente, dois autores se destacam nesta tentativa de esboçar a biografia do apóstolo. Tal biografia baseia-se nas cartas de Paulo, nos registros de Atos dos apóstolos e em certa medida na tradição da Igreja. Os dois mais destacados da ala conservadora da Igreja são: John Stott e F. F. Bruce. Há ênfases diferentes, como se poderá observar. No entanto, a essência é a mesma. Por estes dois esboços podemos tirar algumas conclusões. Paulo teria vivido em torno de 60 anos, portanto, pelos nossos padrões, sua vida foi breve. Morreu provavelmente pela mãos do imperador Nero, em Roma, decapitado, uma vez que 6 Introdução ao Novo Testamento, p. 251.

11 Estudos em Romanos 11 ao cidadão romano não era permitido a morte de cruz como provavelmente Pedro foi submetido. Teve de 10 a 14 anos de silêncio, especula-se, refletindo sobre sua nova fé e a experiência decisiva na estrada de Damasco. Esteve pelo menos três vezes em Jerusalém após sua conversão. Empreendeu três viagens missionárias e uma longa e difícil viagem em direção à Roma, onde aguardou julgamento pela corte de César. Escreveu a maioria de suas cartas na década de 50, deixando, assim, um legado inestimável para o cristianismo de todos os séculos. Abaixo, mostramos um esboço da vida de Paulo segundo John Stott 7 e segundo F. F. Bruce. 8 John Stott Datas Eventos na vida de Paulo Cartas Mensagem principal Aprox. 5 Nascido em Tarso 35 Convertido no caminho de Damasco Ministério na Arábia e em Damasco (Gl 1.17). 38 Visita a Jerusalém após a conversão (At 9.26; Gl 1.18) Ministério na Síria e em Tarso (At 11.25; Gl 1.21) Ministério em Antioquia com Barnabé. Viagem a Jerusalém (At 11.26) a viagem missionária, em seguida concílio em Jerusalém (At 13-15) 50 Após 1 a viagem missionária (At 13- Gálatas. Cristo, o libertador: 15) libertação da lei Durante a 2 a viagem missionária, 1 e 2 Cristo, a vinda do juiz e provavelmente em Corinto (At 18.11). Tessalonice nses salvador Durante a terceira viagem missionária provavelmente em Éfeso (At ) 1 e 2Coríntios Cristo, o doador da lei para a Igreja, seu corpo De Corinto (At 20.3). Romanos Cristo, Caminho de Deus para a salvação do Judeu do gentio. 56 Viagem a Jerusalém: preso (At ss) Preso em Cesaréia, viagem a Roma (At 24-28) Ministério e prisão em Roma (At ). 61 Livramento do cativeiro Fp Ministério na Ásia Menor e na Grécia Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom Cristo, o Senhor do universo e da Igreja (Ef, Cl); Cristo a fonte de alegria no sofrimento (Fl). 1 Timóteo, Vida e ministério dentro da Tito igreja de Cristo. 65 Novamente preso, julgado e 2 Timóteo Guardando a fé pela 7 Homens Com Uma mensagem, Campinas: ed Cristã Unida, p Paulo, O Apóstolo da Graça: Sua Vida Cartas e Teologia, São Paulo: Shedd Publicações, p.

12 Estudos em Romanos 12 martirizado em Roma F. F. Bruce Palavra e pelo exemplo. Datas História Cristã Datas História Romana Aprox. c Ministério público de Jesus Tibério é Imperador. c. 33 Conversão de Paulo c a visita de Paulo a Jerusalém depois da conversão Paulo na Cilícia e na Síria a visita de Paulo a Jerusalém Gaio é Imperador Paulo e Barnabé em Chipre e na Cláudio é Imperador. Galácia.?48 Carta aos Gálatas 49 Concílio de Jerusalém 49 Os judeus são expulsos de Roma Paulo e Silas viajam de Antioquia da Síria através da Ásia Menor, até Macedônia e Acaia. 50 Carta aos Tessalonicenses Paulo em Corinto Gálio é pró cônsul da Acaia Verão 52 3 a. visita de Paulo a Jerusalém Felix é procurador da Judéia Paulo em Éfeso Carta aos Coríntios Nero é imperador Paulo em Macedônia, Ilírico e Acaia Início 57 Maio 57 Carta aos Romanos 4 a. e última visita de Paulo a Jerusalém Prisão de Paulo em Cesaréia 59 Festo sucede a Félix Set 59 Começa a viagem de Paulo a Roma Fev 60 Chegada de Paulo a Roma Paulo sob prisão domiciliar em Roma 62 Morte de Festo; Albino é procurador Judéia?60-62 Cartas da prisão?65 Paulo visita a Espanha? Cartas Pastorais 64 Incêndio de Roma em Julho? 65 Morte de Paulo Lição 2 A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS A essência das Escrituras para a vida cristã

13 Estudos em Romanos 13 Tema: As viagens missionárias de Paulo. Texto: Rm Introdução. Qual é relação entre as viagens missionárias de Paulo e a epístola aos Romanos? Como já foi dito na primeira lição desta série de estudos, Paulo tinha o interesse de fazer de Roma a base e apoio para suas viagens missionárias ao extremo ocidental do Império Romano, no caso, a península ibérica. Mas, agora, não tendo já campo de atividade nestas regiões e desejando há muito visitar-vos, penso em fazê-lo quando em viagem a Espanha, pois espero que, de passagem, estarei convosco e para lá seja por vós encaminhado, depois de haver primeiro desfrutado um pouco da vossa companhia Rm Sua paixão era anunciar Cristo onde ele ainda não fora pregado (Rm 15.20). Seu grande objetivo era fazer Jesus conhecido entre todos os homens em todos os lugares, especialmente naqueles mais afastados. Na própria carta aos Romanos ele fala um pouco sobre isso quando ensina sobre a responsabilidade que pesava sobre ele e sobre toda a Igreja de pregar o Evangelho. Em outro momento, refletindo sobre esse trabalho, diz: Ai de mim se não pregar o Evangelho... (1 Co 9.16). Em Romanos, Paulo entende que só é possível a conversão por meio do conhecimento das boas novas de Deus, ou seja, que Cristo Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dentre os mortos para a nossa justificação. Essa doutrina é fartamente exposta em Romanos. No entanto, como já dissemos, o apóstolo sabe que é necessário fazer missões e pregar o Evangelho. Assim ele desenvolve seu raciocínio: Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas! Rm Abaixo estudaremos um pouco sobre este grandioso ministério missionário de Paulo. Veremos, superficialmente, as três viagens registradas em Atos mais a viagem rumo a Roma na qual Paulo aproveitou oportunidades para pregar o Evangelho. Quanto a viagem a Roma, só podemos dizer que a tradição da Igreja afirma que Paulo foi a Espanha, porém, não há mais detalhes ou informações. 1. Suas viagens missionárias. Talvez o legado mais importante para a fé cristã seja a obra literária do Apóstolo Paulo. Entretanto, suas viagens missionárias ocupam um lugar de

14 Estudos em Romanos 14 destaque no cristianismo do primeiro século. Lucas, por exemplo, destaca a importância destas viagens narrando-as todas. Conhecidas através do testemunho de Lucas, temos o registro das três viagens missionárias e mais uma viagem que Paulo fez a Roma sob custódia do Império Romano. Além destas, a tradição da igreja ainda narra uma quarta viagem aos confins da terra, ou seja, a Espanha ou a atual península Ibérica. Em sua carta aos Romanos, como vimos, ele fala sobre essa sua intenção (Rm ). Lá, Paulo teria pregado e ficado um tempo relativamente curto e logo após teria voltado para Roma, onde preso e julgado, é morto pelo imperador Nero. Se a tradição estiver correta, seu martírio teria se dado no ano 65 ou um pouco depois deste período. Primeira viagem missionária: Lucas descreve a primeira viagem missionária de Paulo em Atos 13.1 até Nesta seção, uma vez mais, o Espírito Santo dá o primeiro passo e impulsiona a Igreja a seguir adiante. Isto acontece porque é Ele quem chama e designa seus servos para a obra que ele tem preparado (At 13.2). Paulo, Barnabé e João Marcos pelo menos até certo ponto da viagem foram a Chipre, a Antioquia da Psídia, Icônio, Listra e Derbe. Cálculos sobre o tempo necessário parar fazer essa viagem de cerca de quilômetros variam de um a cinco anos. A melhor conjetura é aproximadamente 18 meses, mas simplesmente não temos meios de saber com certeza. 9 Sobre essa primeira viagem, o contexto deixa transparecer que somente pela atuação explícita do Espírito Santo é que a Igreja deixa de ser um reduto de judeus convertidos à fé em Jesus e passa a ser uma comunidade multirracial, multilinguística e multicultural, ou seja, a Igreja deixa de ser judaica e passa, cada vez mais, a ser uma Igreja Gentílica (de não judeus). É a partir desta primeira viagem missionária que Paulo e Barnabé vão descobrindo por experiência própria que os gentios estavam mais abertos ao evangelho e ficavam mais felizes em recebê-lo do que os judeus (At 13.48). Também é nesta primeira viagem missionária que Paulo vai entendendo, cada dia com mais convicção, que o Espírito Santo requer apenas que os gentios creiam no Senhor Jesus. Não se exigia deles que se tornassem judeus. No final desta primeira viagem Paulo e Barnabé concluem simplesmente que Deus abrira aos gentios a porta da fé (At 14.27). Isto é importante, pois um dos grandes desafios que a Igreja do primeiro século se deparou foi a imposição, por parte dos chamados judaizantes (judeus que reconheciam que Jesus era o Messias), de obrigar os gentios convertidos a Jesus a viverem com judeus. Com essa controvérsia, foi convocado o primeiro concílio da Igreja. Nele, foi resolvido que não se impusesse aos gentios as leis e os encargos da fé e religiosidade judaica (At ). É provável que tenha sido dentro deste contexto que Paulo escreveu sua carta aos Gálatas. Ela é uma carta que apresenta uma defesa apaixonada do ponto de vista da justificação pela fé. Em outras palavras, Deus nos aceita por meio de Cristo, mediante a fé, sem a necessidade da aceitação dos hábitos, cultura e liturgia judaicos. 9 Carson, Moo e Morris. Introdução ao Novo Testamento, p. 256.

15 Estudos em Romanos 15 Em Gálatas, Paulo deixa claro que a justiça de Deus se manifesta pela fé em Cristo Jesus. Deus nos aceita não por causa do nosso esforço, boas obras, da guarda dos preceitos judaicos, boas intenções ou por causa de alguma grande virtude que haja em nós, mas por causa da justiça de Jesus, do preço que Ele pagou na cruz do calvário, derramando seu sangue. Segunda viagem missionária de Paulo: A segunda viagem (At At 18.22) começa como um projeto de Paulo para revisitar as igrejas fundadas na primeira viagem. O Espírito Santo mais uma vez se antecipa e os orienta quanto ao rumo a seguir (At ). Isto indica que o dono e dirigente da obra missionário é o próprio Deus, e não os homens. Não basta ter disposição ou boa vontade de fazer missões; é preciso saber qual é a vontade e direção do Senhor e obedecê-las em todos as áreas do ministério. Assim, em pouco tempo Paulo e seus companheiros decidem levar o Evangelho até à Grécia (At 16.10) e à Macedônia por orientação do Espírito. E nesta viagem acabam ministrando em diversas cidades gregas, entre elas Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto. Sem dúvida, essa foi uma viagem aos gregos, com seus muitos deuses, com sua moral duvidosa e suas muitas filosofias extravagantes. Entre os gregos, ficamos sabemos que primeiro Paulo procurava uma sinagoga. Essa era sua prática (At 17.2). Além disso, percebemos a inteligência deste apóstolo ao aproveitar características e circunstâncias de uma localidade para pregar o Evangelho. Assim, em Atenas, ao perceber um altar dedicado ao deus desconhecido, apresenta o plano de salvação àqueles cidadãos. O desafio foi imenso. Entretanto, Deus, que estava na direção da obra e deu bom êxito ao seu servo. Como ocorreu com a primeira e também ocorreria na terceira viagem missionária, Paulo teve que enfrentar a oposição dos judeus e encarar a perseguição de homens malignos. Quanto à duração da viagem, uma vez mais é difícil calcular o tempo necessário para a segunda viagem cerca de quilômetros mas as indicações são as de que Paulo não passou muito tempo em nenhuma cidade antes de Corinto, de modo que dois anos pode ser uma estimativa razoavelmente correta. 10 Devemos nos lembrar que demorou esse tempo todo porque à época não havia as facilidades de transporte como há em nossos dias. Isto, porém, não impediu a realização e o sucesso da tarefa. Em Paulo, podemos enxergar mais a vontade de obedecer e realizar a missão do que a prostração diante das dificuldades do trabalho. Paulo permanece cerca de dezoito meses na cidade de Corinto. Logo após esse tempo ele finalmente retorna à igreja em Antioquia (da Síria) o que para ele significava voltar ao seu lar. Mais uma vez, apesar dos percalços, das lutas e tribulações, esse campeão do Senhor cumpriu sua missão. Terceira viagem missionária: Provavelmente Paulo tenha pensado em fazer da cidade de Éfeso o centro desta viagem missionária, à semelhança de Corinto. Em Éfeso ele ficou aproximadamente dois anos. Foi ali que ele desenvolveu para a Igreja um pouco da teologia da batalha espiritual, ou seja, de que há espíritos malignos que estão vivos 10 Carson, Moo e Morris. Introdução ao Novo Testamento, p. 256.

16 Estudos em Romanos 16 e ativos ministrando neste mundo. A Igreja, porém, entra nesta batalha e vence, pois Deus a capacita para tal embate. Como não poderia deixar de ser, novamente o Espírito se interpõe e muda a mente de Paulo inclinando-o a ir a Roma. É neste tempo que ele escreve sua carta aos Romanos e é aqui que ele expõe seu desejo de fazer da capital do Império sua base para missões. O itinerário que Paulo decide seguir (At 19.21) é provavelmente em conseqüência da coleta que ele levantou em favor da igreja em Jerusalém. Ele deseja levá-la pessoalmente. Paulo está preocupado com sua visita a Jerusalém e chega a pedir aos cristãos em Roma que orem por ele (Rm 15.31). Lucas destaca as mensagens proféticas que falam a respeito da prisão de Paulo (At ; ) o que de fato acabou se concretizando. O grande perseguidor do cristianismo vê-se agora perseguido por pregar a fé em Jesus Cristo. O livro de Atos encerra mencionando ainda a última viagem de Paulo ali registrada: ele vai para Roma, algemado e como se fora um criminoso. Cronologia da Carreira Missionária de Paulo 11 Evento Data Provável Conversão d. C (antes) Ministério em Damasco e na Arábia Primeira visita a Jerusalém 37 Ministério em Tarso e na Cilícia Visita de socorro aos famintos 45, 46 ou 47 Primeira viagem missionária ou Concílio apostólico 48 ou 49 Segunda viagem missionária ou Terceira viagem missionária Prisão em Cesáreia Viagem a Roma Prisão em Roma Ministério no Oriente Morte Carson, Moo e Morris, Introdução ao Novo Testamento, p. 261

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19 Estudos em Romanos 19 A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS A essência das Escrituras para a vida cristã Lição 3 Tema: Os Escritos de Paulo. Texto: Rm 1.1,7. Introdução. Paulo foi um homem formidável. Foi um dos raros gigantes da fé que reuniu em si mesmo uma grande quantidade de dons e talentos doados pela graça de Deus. Ele era um profeta, evangelista, apóstolo, missionário, pastor; tinha os dons de cura e milagres; além destes, foi também um escritor profícuo. Muitos eruditos e estudiosos das Escrituras costumam afirmar que o legado mais importante de Paulo são suas epístolas. Eles dizem isso por causa da grande influência de seus escritos na cultura ocidental. A teologia cristã também é mais paulina do que centrada em qualquer outro escritor bíblico - com as bênçãos e os problemas advindos dessa ênfase. Exageros e tendenciosidades à parte, suas cartas são, sem dúvida, uma parte mui significativa de sua vida e ministério. São também importantíssimas para a Igreja de Jesus. Abaixo, discorreremos um pouco sobre as questões que estão envoltas em seus escritos. 1. Suas cartas Não resta a menor dúvida de que Paulo foi um dos mais importantes escritores do Novo Testamento. Estatisticamente falando, ele é responsável por quase 1/4 do conteúdo do Novo Testamento ficando atrás apenas de Lucas em volume dos escritos. Ele é profundo, inteligente e um gênio da escrita. Muitas vezes foi mal compreendido e mal interpretado (2 Pd ) como, aliás, continua sendo. Seus críticos o acusavam de ser forte e contundente nos escritos, porém pessoalmente inexpressivo (2 Co 10.10). 12 Para eles Paulo não merecia muito respeito uma vez que não possuía uma oratória arrebatadora. Entretanto, mesmo os seus críticos reconheciam que sua pena era afiada e imponente. No mundo greco-romano as cartas endereçadas às pessoas contavam, em média, com noventa palavras. Cartas literárias tinham, em média, 200 palavras. Uma vez que a folha de papiro media cerca de 34 cm X 28 cm podendo acomodar entre 150 a 200 palavras (dependendo do tamanho da escrita, a maioria das cartas antigas não ocupava mais que uma página de papiro). 13 Quando analisamos as cartas paulinas, surpreendemo-nos com a quantidade elevada de cerca de palavras em média. Filemom possui 335 palavras; Romanos por sua vez, palavras. 12 Mencionamos acima que, segundo a tradição, Paulo era um homem feio. Ele era calvo, baixo, pernas arcadas, tinha problemas de visão e nariz avantajado. 13 Robert Gundry, Panorama do Novo Testamento, Ed. Vida Nova, p.287.

20 Estudos em Romanos 20 As cartas paulinas provavelmente eram escritas em folhas soltas de papiro e coladas beirada com beirada a fim de formarem um rolo. Paulo também costumava ditar algumas de suas cartas a um escriba profissional chamado, tecnicamente, amanuense. As declarações freqüentes do próprio Paulo de que ele escrevia a saudação final com o seu punho faz-nos subentender que as porções maiores das suas epístolas eram escritas mediante o emprego de um amanuense (veja Rm 16.22; 1 Co 16.21, Gl 6.11; Cl 4.18; 2 Ts 3.17). Essas saudações eram feitas provavelmente porque Paulo temia que seus documentos pudessem ou estivessem sendo forjados em seu nome. Outra opção igualmente valida é que o apóstolo queria deixar um toque pessoal ou uma marca que o identificasse. Geralmente as cartas não eram datadas e a inexistência de um serviço postal público tornava necessário enviá-las por meio de viajantes. Paulo também remete suas cartas por meio de seus emissários que eram seus cooperadores pessoais. A ordem de apresentação das cartas paulinas em nosso atual Novo Testamento depende das dimensões dos escritos, a começar pela mais longa (Romanos) e terminando pela mais curta (Filemom). As chamadas cartas pastorais interrompem este arranjo imediatamente antes da epístola a Filemom. Assim sendo, as cartas paulinas estão colocadas por ordem de tamanho e não pela antiguidade da escrita. As cartas mais antigas do apóstolo Paulo. Elas são: 1) Gálatas (escrita provavelmente no final da década de 40 a. D.) - trata-se de uma carta contra os judaizantes; 2) I Tessalonicenses (escrita provavelmente no início da década de 50) - tratando-se de congratulações e consolo; e 3) 2 Tessalonicenses (escrita provavelmente no início da década de 50 a. D.) - correção acerca do mau entendimento sobre a segunda vinda de Cristo. As cartas principais do apóstolo Paulo. As cartas consideradas como as cartas de mais peso teológico são Romanos, Gálatas e Efésios. Entretanto para fins de organização usaremos outra nomenclatura. As principais cartas neste aspecto são: 1) I Coríntios - visa resolver problemas doutrinários e comportamentais desta igreja; 2) 2 Coríntios - visa reanimar a igreja e apresenta conselhos de Paulo sobre seu próprio ministério; e 3) Romanos - é uma densa reflexão teológica sobre Deus e a salvação pela graça, por meio da fé. As cartas da prisão do apóstolo Paulo. Há dois períodos conhecidos de aprisionamento de Paulo, um em Cesaréia Marítima, durante o período de governo de Félix e Festo ( At 23-26), e outro em Roma, enquanto Paulo esperava ser julgado perante César (At 28). A posição tradicional atribui todas as chamadas epístolas da prisão ao período de aprisionamento em Roma. As cartas da prisão são: 1) Filemom, que se trata mais de um bilhete apelativo em favor de um escravo fugitivo; 2) Colossenses, que mostra Cristo como a cabeça da Igreja; 3) Efésios, que trata sobre a Igreja de Cristo; e 4) Filipenses, um escrito de elogio e agradecimento àquela igreja.

21 Estudos em Romanos 21 As cartas pastorais do apóstolo Paulo. As assim chamadas cartas pastorais são 1 e 2 Timóteo e Tito. As três cartas refletem os conselhos do experiente apóstolo aos jovens pastores discípulos e tutelados do mesmo. As cartas aconselham acerca da vida ministerial dos pastores novatos, dão orientações com respeito aos presbíteros e diáconos, bem como tratam da estrutura da igreja como um todo. 2. Fontes do pensamento de Paulo. Sua principal fonte são as Escrituras do Antigo Testamento. Duas outras fontes são: a tradição cristã e judaica e a revelação direta do Espírito Santo. Sobre o uso do Antigo Testamento, é significativo saber que Paulo o usou mais de 90 vezes em suas cartas. Talvez, contudo, ainda mais importantes sejam as muitas alusões ao Antigo Testamento lugares em que Paulo emprega a linguagem do Antigo Testamento sem citar diretamente e o grau incalculável em que o Antigo Testamento moldou o mundo conceitual de Paulo. 14 Sua visão de mundo e alicerce teológico são extraídos do Antigo Testamento e, de modo especial, do judaísmo de seus dias. Isto não elimina, certamente, as influências dos outros dois mundos de Paulo: o romano e o grego. Paulo pertencia também ao mundo helênico e há, sem dúvida, certa influência deste mundo em sua vida e obra. O que os conservadores não aceitam é o norteamento deste mundo helênico sobre a obra de Paulo e, especialmente, sobre sua visão de Cristo e do Evangelho. Há o uso da tradição recebida por Paulo. Levando-se em consideração a veracidade das informações dadas por Lucas em Atos, Paulo faz uso desta tradição em At Lá, em seu discurso, ele relembra as palavras de Jesus: mais bemaventurada coisa é dar do que receber. Tal dito não consta nos quatro evangelhos e fazia parte, com certeza, do arcabouço de tradições que circulavam nas primeiras décadas do cristianismo. Em 1 Coríntios , ele afirma que passou o que recebeu. De quem ele recebeu? A maioria dos estudiosos não tem dúvidas que foi das testemunhas oculares da vida e ministério de Jesus, principalmente os apóstolos. Por outro lado, ele também afirma que seu evangelho veio mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1.12). Para muitos, Jesus ao revelar-se a Paulo na estrada de Damasco, dá-lhe a essência do Evangelho: ele, Jesus, é o meio pelo qual todo e qualquer ser humano pode ser salvo. Assim, Paulo teve essa revelação, esse conhecimento, não por mãos humanas, mas diretamente do próprio Cristo. Essas duas revelações, a por meio de Cristo na estrada de Damasco e a por meio dos discípulos não estão em contradição, mas em adição. Paulo recebeu a revelação de que Jesus é o Filho de Deus, o salvador, por meio do próprio Cristo. Ele também foi fartamente munido com informações das primeiras testemunhas de Cristo, no caso, as testemunhas oculares. Diretamente, não vamos encontrar citação das passagens e ensinamentos de Jesus. Indiretamente, porém, estudiosos conservadores acreditam que Paulo está em total consonância com os ensinos de Jesus. Um exemplo é Rm 12 e o Sermão da Montanha. As semelhanças são grandiosas. Outro exemplo é a escatologia de 14 Carson, Moo e Morris, Introdução ao Novo Testamento, p. 249.

22 Estudos em Romanos 22 Paulo em 1 e 2 Tessalonicenses e o conteúdo escatológico de Jesus nos evangelhos. Simplesmente não há discrepâncias, mas sim sintonia e coerência. 3. Temas decorrentes das Cartas. Paulo toca em todos os temas que a Teologia Sistemática ao longo dos séculos conseguiu organizar. Certamente Paulo não tinha por objetivo ensinar teologia acadêmica, mas os pontos os quais ele ensina são doutrinas não só práticas, mas também conceituais. Tanto é assim que alguns leitores de Paulo em sua própria época achavam alguns dos seus temas teológicos difíceis de entender (2 Pd ). Vejamos algumas das doutrinas ensinadas por este arauto do Senhor. Aqui neste estudo não dará para ver muita coisa, até porque são dezenas os temas abordados por Paulo. Alistamos abaixo algumas das principais. Deus Pai O apóstolo Paulo tem um grande interesse na pessoa de Deus. Ele se refere a Deus bem mais do que qualquer outro autor no Novo Testamento. São mais de 40% de todas as referências a Deus em o NT (548 em 1314). Em Romanos ele usa a palavra Deus 153 vezes. Romanos é sem dúvida a correspondência em que ele mais enfatiza a pessoa de Deus. Para Paulo chegará o tempo em que Deus será tudo em todos (1 Co 15.28). 15 Ele é o centro do universo, o criador, o único e verdadeiro Deus. Obviamente que Paulo tem uma compreensão monoteísta de Deus, ou seja, ele é uno. Conforme nos ensina os antigos credos da Igreja, ele subsiste em três pessoas. Um só Deus; três distintas pessoas, assim cremos! Contudo, embora não tenhamos dúvidas de sua convicção trinitariana, geralmente quando ele fala de Deus se refere à pessoa do Pai. Predestinação A polêmica e quase sempre mal compreendida doutrina da predestinação paulina não pode ser negada, pelo menos do ponto de vista de que a idéia ou o vocábulo aparece nos seus escritos. A ênfase, na verdade, recai mais na soberania de Deus Pai, e não em qualquer outro ponto. Paulo insiste em que a vontade de Deus Pai está sendo feita (Rm 1.10, 12.2; I Co 1.1, 4.19; Ef 1.1, 4, 5, 11; Cl 1.1; 4.12; 1 Ts 5.18). A verdade central do cristianismo é que Jesus se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, e Ele o fez segundo a vontade de Deus nosso Pai (Gl 1.4). Paulo repete esta idéia de várias maneiras. Pela sabedoria de Deus, para a nossa salvação, Ele preordenou desde a eternidade (1 Co 2.7; Rm ). Há uma forte defesa da predestinação no primeiro capítulo da carta aos Efésios. Ali, lemos que os crentes foram escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo (Ef 1.4) e predestinados para a adoção por meio de Cristo (Ef 1.5), e foram predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. A predestinação para Paulo é antes de tudo a segurança do cristão, pois Ele não só predestina, como seguramente os leva para o céu (Rm ). Além da segurança do cristão, o propósito de Paulo é informar que toda a salvação do início ao fim é obra de Deus. A predestinação não se dá por meio das obras humanas; ela é a expressão da livre graça e eleição divinas. Entretanto, embora as boas obras não nos salvem, fomos salvos para realizá-las. 15 Leon Morris, Teologia do Novo Testamento, Ed. Vida Nova, pp

23 Estudos em Romanos 23 Jesus Cristo Paulo usa alguns termos para designar a pessoa de Jesus. Em linhas gerais ele segue de perto a tradição dos apóstolos que viveram com o Senhor. Paulo dá uma visão realmente equilibrada da pessoa de Jesus de Nazaré. Todavia, é sempre interessante começar pela humanidade de Jesus. Paulo não tem dúvidas quanto a esta questão: Jesus era homem, pessoa de carne e osso (1 Co 15.21). Ele nasceu de mulher (Gl 4.4). Tinha irmãos, ou seja, uma família humana (1 Co 9.5). Ele também dá algumas pinceladas na descrição da humanidade do Senhor. Jesus era manso e benigno (2 Co 10.1), obediente ao Pai (Fp 2.8), mas sobretudo sem pecado (2 Co 5.21). Como homem ele era o messias de Deus. Jesus também era Deus na visão de Paulo. A palavra que ele usa para se referir a divindade de Jesus é a palavra grega Kyrios. Kyrios é a tradução grega do tetragrama hebraico YHWH (Yaweh). O Jesus exaltado ocupa o papel do próprio Deus no governo do universo. Kyrios é o termo no qual se atribui a Jesus as funções da deidade. A confissão Jesus é o Senhor significa Salvação (Rm 10.9). Paulo cita Joel 2.32 e identifica o Senhor com Jesus (Rm 10.13). Desta forma o Dia do Senhor (1 Ts 5.2; 2 Ts 2.2) tornou-se o Dia do Senhor Jesus (1 Co 5.5; 2 Co 1.14), o Dia do Senhor Jesus Cristo (1 Co 1.8) ou até o Dia de Cristo (Fp 1.6,10; 2.16). Como Senhor, o Cristo glorificado exerce as prerrogativas de Deus. Assim, o tribunal de Deus (Rm 10.10) é também o tribunal de Cristo (2 Co 5.10). Deus julgará o mundo através de Cristo (Rm 2.16). Salvação A ênfase de Paulo é que a salvação só pode ser efetuada por Jesus (1 Ts 5.9; 2 Tm 2.10). Ele é o salvador que se esperava (Fp 3.20; Tt 3.6). Paulo usa também expressões gerais para designar esta obra de Jesus. Por exemplo, ele diz que Cristo morreu pelos ímpios (Rm 5.6,8). Ele nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3.13). Ele é a causa da nossa justificação (Gl 2.17), perdão (Cl 3.13) e vitória (1 Co 15.57). Ele trouxe a paz (Rm 5.1), a esperança (Ef 1.12; Cl 1.27; 1 Ts 1.3; 1 Tm 1.1), a filiação (Ef 1.5), a promessa da vida (2 Tm 1.1), a vida eterna (Rm 5.21; 6.23), a luz (Ef 5.14) e riquezas em glória (Fp 4.19; Ef 3.8). Paulo estava decidido a pregar somente o Jesus crucificado (1 Co 1.23; 2.2; Gl 3.1). Essas passagens deixam claro que, para Paulo, a crucificação de Jesus era o centro de toda mensagem do evangelho e suas correspondências destacam isto. A morte expiatória de Cristo é a razão da salvação dos pecadores. É interessante constatar que com exceção das narrativas da crucificação e de uma referência em Hebreus (Hb 12.2), Paulo é o único escritor do Novo Testamento que se refere à cruz (1 Co ; Gl 5.11; 6.12,14; Ef 2.16; Fp 2.8; 3.18 Cl 1.20; 2.14). Não somente a cruz, mas também Paulo faz referência à crucificação (1 Co 1.23; 2.2,8 2 Co13.4; Gl 3.1). Junto com a ênfase de Paulo na morte de Cristo na cruz, deve-se igualmente perceber sua ênfase na ressurreição. Deus ressuscitou a Cristo (Rm 8.11; 1 Co 15.15; Ef 1.20; Cl 2.12). Paulo afirma que Cristo foi ressuscitado, o que é a mesma coisa (Rm 6.4,9; 1 Co ). Com menos freqüência Paulo diz que Cristo ressurgiu (Rm 14.9, 1 Ts 4.14). A morte e a ressurreição de Jesus mudaram todas as coisas. A morte está derrotada. Há uma nova vida sendo desenvolvida quando as pessoas crêem nestas verdades. O Deus Espírito Santo A pneumatologia (doutrina do Espírito Santo) paulina é talvez a mais esquematizada dentre todas em o Novo Testamento. Há uma ligação clara do Espírito Santo e a igreja, os dons e a ética, apresentada na manifestação do fruto do Espírito.

24 Estudos em Romanos 24 Há duas diferenças importantes na maneira como a Bíblia apresenta a presença do Espírito. No Antigo testamento ele vinha apenas sobre algumas pessoas, sendo usadas para propósitos específicos. Em o Novo Testamento, a partir de Atos 2, a profecia de Joel se cumpre e ele vem definitivamente permanecer em todos os que pertencem à família de Deus. Paulo segue esta linha de raciocínio afirmando que quem tem o Espírito é filho de Deus (Rm 8.14). Em termos negativos, aquele que não tem o Espírito não pertence a Cristo. Para Paulo, o Espírito Santo é uma pessoa; Ele é o Espírito de Deus (Rm 8.14; 1 Co 2.11; 2 Co 3.3). Mas, também é o Espírito de Cristo (Rm 8.9), o Espírito de Jesus Cristo (Fp 1.19) e o Espírito de seu Filho (Gl 4.6). Todavia, Ele não deve ser considerado a mesma pessoa nem do Pai, nem do Filho, uma vez que Ele é mencionado ao lado de ambos (2 Co 13.13). Ele é o Espírito que vem de Deus (1 Co 2.12), e o Pai o enviou (Gl 4.6). Quando Paulo diz que o Espírito habita em nós (1 Co 3.16; 6.19), está dizendo que o Espírito é divino; Ele é o Deus que habita em nós. Paulo entendia o Espírito como uma pessoa e não como uma força ou influência. Aquele que concede dons realiza como lhe apraz (1 Co ). Isto revela um ser que exerce a sua vontade. A Igreja Os salvos em Cristo são trazidos à comunhão com a Igreja. Todos os que puseram a sua confiança em Cristo se tornam membros de sua Igreja. Neste ponto, é indispensável termos em mente que o conceito Paulino de igreja não se refere a templo ou estrutura física, mas à comunhão e unidade dos membros com o Deus trino e com os demais irmãos. Seu pensamento básico refere-se à igreja local (1 Co 4.17; 11.18; ). Ele fala tanto da Igreja de Deus (1 Co 1.2; Gl 1.13) como também das Igrejas de Deus (1 Co 11.16; 1 Ts 2.14) e das Igrejas de Cristo (Rm 16.16; Gl 1.22). A igreja é essencialmente o ajuntamento dos crentes. Por isso, ela pode simplesmente se reunir nas casas (Rm 16.5; 1 Co 16.19; Fm 2). Estes e outros textos nos falam claramente da não existência de templos cristãos. Na verdade, os primeiros templos cristãos só foram construídos depois do século III de nossa era. Às vezes, Paulo também contrapõe a idéia de uma Igreja local, falando acerca da Igreja Universal. Pode-se perceber isto quando, por exemplo, ele fala das Igrejas espalhadas em diversas regiões. Ele também fala que em Cristo, onde a Igreja se encontra, não há gregos, gentios, romanos ou judeus, nem tampouco homens e mulheres. Há uma Igreja; e ela é universal. Outro aspecto interessante é o uso das metáforas para descrever esta Igreja. Ela é um edifício, cujo fundamento é Cristo (1 Co 3.11). Mas ela também está alicerçada sobre os apóstolos e profetas (Ef. 2.20). Ela é o santuário de Deus (1 Co 3.16; Ef 2.21). Ela é uma família (Ef 2.19; Gl 6.10; 1 Tm 3.15). Também é chamada de Noiva de Cristo (2 Co 11.2; Ef ). Ela é o corpo de Cristo (Cl 1.18, 24; Rm ). É o Israel de Deus (Gl 6.16). A nova raça humana (Cl ). A Igreja é o povo de Deus, constituída de pessoas que estão em Cristo. Ela é divina, mas é também humana. Como instituição humana é falível. Ela pode ter a maligna mistura do joio. Como divina, ela é santa e poderosa. Todavia, a característica mais importante é que esta Igreja é do Espírito Santo. É ele quem converte, santifica, dá esperança e cuida de um modo íntimo e pessoal dela.

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