METROBUS TRANSPORTE COLETIVO S/A. Demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e o relatório dos auditores independentes
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- Lorena Fragoso Bayer
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1 METROBUS TRANSPORTE COLETIVO S/A Demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e o relatório dos auditores independentes
2 1 Informações gerais A Metrobus Transporte Coletivo S.A., constituída em 29 de dezembro de 1997, é uma empresa de economia mista, que tem como objeto social a prestação de serviços de transporte coletivo de passageiros no município de Goiânia, mediante contrato de concessão. 2 Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as disposições da legislação societária, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC. As práticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme e consistente com aquelas utilizadas no exercício anterior. Na elaboração de demonstrações contábeis é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As Demonstrações contábeis incluem, portanto, várias estimativas referentes a provisões, obsolescência de estoques, à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, contingências passivas, determinação de provisão para imposto de renda e outros similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. 3 Principais práticas contábeis As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações contábeis estão definidas a seguir: (a) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalente de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários, investimentos de curto prazo de alta liquidez e com risco insignificante de mudança de valor. (b) Instrumentos financeiros Classificação e mensuração A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os
3 ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação e, dessa forma, são classificados nesta categoria. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "resultado financeiro" no período em que ocorrem. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação. Empréstimos e recebíveis Incluem-se nessa categoria os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os recebíveis da Companhia compreendem, contas a receber, demais a receber e caixa e equivalentes de caixa. Valor justo Os valores justos dos instrumentos financeiros com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e modelos de precificação que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela administração da própria entidade. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment).
4 (c) Contas a receber As contas a receber são deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa, quando aplicável. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos por seus clientes. Tal avaliação é baseada na análise individualizada, considerando a sua capacidade de pagamento, as garantias oferecidas e a avaliação de advogados. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. (d) Estoques Os estoques são avaliados e demonstrados ao custo médio das compras, inferiores ao custo de reposição ou aos valores de realização. O custo é determinado usando-se o método da Média Ponderada Fixa. (e) Imobilizado O imobilizado é demonstrado pelo custo histórico de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas, adotadas conforme laudo de reavaliação do Ativo Permanente, realizado no exercício de 2004 divulgadas na Nota 11. Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado. (f) Intangíveis Programas de computador (softwares) Licenças adquiridas de programas de computador e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada. 5
5 (g) Redução ao valor recuperável de ativos O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive os ativos intangíveis, são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente. (h) Provisões As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita. Nesse sentido, o reconhecimento, a mensuração e a divulgação das provisões e contingências passivas levam em consideração os critérios definidos no CPC 25. Os demais passivos são apresentados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, das variações nas taxas de câmbio e das variações monetárias incorridas. (i) Empréstimos Os empréstimos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, os empréstimos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido ("pro rata temporis"). 6
6 (j) Reconhecimento da receita A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos. A Companhia reconhece a receita quando o valor da receita pode ser mensurado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para as atividades da Companhia. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração as especificidades de suas operações. Receita financeira A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a contas a receber, a Companhia reduz o valor contábil para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original do contas a receber (k) Resultado por ação Calculado considerando-se o número total de ações existente na data de encerramento dos exercícios, excluídas as ações mantidas em tesouraria, quando existirem. 5 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e bancos
7 6 Contas a receber Setransp Coopresgo Coop. Trab. Prest. Serviços Sitpass-subsidio Governo Estado de Goiás Filial - C.M.T.C Repasse Estado Semi-urbano Entorno de Goiânia Outras contas a receber Provisão para créditos de liquidação duvidosa (1.518) (659) Estoques Bens de Consumo-Operadora Bens de Consumo Administração 6 26 Bens de Consumo- p/ leilão Operadora Provisão para Perda de Estoques (168) (168 ) Impostos e contribuições a recuperar PASEP 118 Outros impostos a recuperar ICMS a recuperar IRPJ - Imposto De Renda Pessoa Jurídica CSLL- Contribuição Social S/Lucro
8 9 Créditos tributários Referem-se a crédito tributário sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social, constituído para pagamento de juros de mora de impostos e contribuições incluídos em parcelamento, constante da Lei de 27 de maio de Composição: Prejuízos fiscais de imposto de renda Base negativa de contribuição social Depósito judiciais Depósito Depósito Recursal Valores Penhorados Setransp Deposito Judicial CEF Depósito Judicial Banco Do Brasil Outros Os referidos depósitos estão atrelados a processos trabalhistas movidos contra a Companhia. 9
9 11 Imobilizado Composto pelos bens patrimoniais utilizados para geração da receita e administração no negocio da Companhia, sendo apresentado conforme quadro abaixo: Descrição Taxas Saldo em Saldo em Anuais 31/12/2010 Adições Baixas 31/12/2009 Depreciação IMOBILIZADO (4.350) (2) IMOBILIZADO OPERADORA (1.012) OPERADORA EQUIPAMENTOS/INSTALAÇÕES MOVEIS E UTENSILIOS EDIFICACÕES VEICULOS DE APOIO FROTA DE ONIBUS DEPRECIACAO ACUMULADA (7.543) (1.603) (5.940) EQUIPAMENTOS E INSTALACÕES 1,3%a 70% (204) (60) (144) MOVEIS E UTENSILIOS 10%a 40% (43) (15) (28) EDIFICACÕES 2%a 4% (24) (17) (7) VEICULOS DE APOIO 7%a 20% (118) (29) (89) FROTA DE ONIBUS 8%a 25% (7.154) (1.482) (5.672) REAVALIAÇÃO (3.338) (2) IMOBILIZADO OPERADORA/GERENCIADORA (10) EQUIPAMENTOS/INSTALACÕES 375 (3) 378 MOVEIS E UTENSILIOS 129 (7) 136 EDIFICACÕES TERRENOS VEICULOS DE APOIO FROTA DE ONIBUS DEPRECIAÇAO REAVALIAÇÃO ACUMULADA (20.632) (3.338) 8 (17.302) EQUIPAMENTOS/INSTALAÇÕES 1,3%a 70% (305) (43) 2 (264) MOVEIS E UTENSILIOS 10%a 40% (125) (16) 6 (115) EDIFICAÇÕES 2%a 4% (496) (82) (414) VEICULOS DE APOIO 7%a 20% (116) (16) (100) FROTA DE ONIBUS 8%a 25% (19.590) (3.181) (16.409) 10
10 12 Fornecedores Fornecedores no país Empréstimos e financiamentos Empréstimos Circulante Banco Pine S/A - (a) Não Circulante Governo do Estado de Goiás - (b) (a) Capital de giro - taxa 7,4424% a.a. (b) Refere-se a assunção de divida da Companhia junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social INSS. 14 Salários e encargos sociais Salários a pagar I N S S F G T S Provisão de férias Outros
11 15 Imposto de renda e contribuição social Não Circulante IRPJ I. De Renda Da Pessoa Jurídica CSLL Cont. Social S/ Lucro Liquido (a) social Conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição Resultado Contábil do Período (12.840) (10.961) Adições Exclusões Prejuízo/Lucro Real do Período (9.256) Compensação de Prejuízo Fiscal e de Base Negativa de CSLL Prejuízo/Lucro Líquido após Compensação do Prejuízo Fiscal (9.256) Impostos e Contribuição sobre o Lucro Cálculo do IRPJ sobre o Lucro Líquido: Alíquota de 15% 392 Alíquota de 10% 238 Deduções PAT- Programa de Alimentação Trabalhador 16 IRPJ no Período (a) 614 Cálculo da CSLL sobre o Lucro Líquido: Alíquota de 9% 235 CSLL no Período (b) 235 Créditos Tributários de: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (4.686) (4.686) Contribuição social sobre o Lucro Líquido (637) (637) Imposto de Renda Diferido (3.314) Contribuição Social - Diferida (1.201) Total (5.323) (8.989) 12
12 16 Impostos e contribuições a recolher Circulante COFINS PIS/PASEP Salário Educação I S S Q N ICMS A PAGAR REFIS MUNICIPAL-ISSQN Parcelamento INSS Parcelamento Parcelamento LEI Parcelamento Convencional PIS e COFINS Parcelamento Convencional de IRPJ e CSLL (a) Outros Impostos e contribuições a recolher Não Circulante INSS Parcelamento Parcelamento Convencional PIS e COFINS Parcelamento Convencional de IRPJ e CSLL (a) Parcelamento LEI (b) (a) Referem-se às antecipações do IRPJ e da CSLL do exercício de 2009, objeto de parcelamento. Os valores relativos ao imposto de renda da pessoa jurídica e da contribuição social sobre o lucro líquido apurados no encerramento do exercício de 2009 foram inferiores aos valores das antecipações parceladas. A diferença entre os valores esta registrada no ativo circulante impostos e contribuições a recuperar (nota 8). (b) Adesão pela Companhia - Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) Em 27 de maio de 2009, o Governo Federal publicou a Lei nº , resultado da conversão da Medida Provisória nº 449/08, a qual, entre outras alterações na legislação tributária, trouxe um novo parcelamento de débitos tributários administrados pela Receita Federal do Brasil e pelo INSS, e de débitos para com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, incluindo o saldo remanescente dos débitos consolidados no REFIS (Lei nº 9.964/00), no Parcelamento Especial -PAES (Lei nº /03) e no Parcelamento Excepcional - PAEX (Medida Provisória nº 303/06), além dos parcelamentos convencionais previstos no artigo 38 da Lei nº 8.212/91 e no artigo 10 da Lei nº /02 As entidades que optaram pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos dessa Lei poderão liquidar, nos casos aplicáveis, os valores correspondentes à multa, de mora ou de 13
13 ofício, e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em Dívida Ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL, próprios, e terão benefícios de redução de multas, juros e encargos legais, cujos percentuais de redução dependem da opção de prazo de pagamento escolhida. Conforme regras definidas para o cumprimento da primeira etapa dos parcelamentos, a Sociedade, após ter protocolado petições na Justiça oficializando a desistência das ações judiciais cujos tributos estão sendo objeto de parcelamento, fez os requerimentos de adesão aos parcelamentos, escolhendo as modalidades de parcelamento e indicando a natureza genérica dos débitos fiscais, para os quais foram feitos os pagamentos das respectivas prestações iniciais, conforme as regras definidas na Portaria Conjunta da Secretaria da Receita Federal e PGFN. Para a sequência das etapas do parcelamento e do pagamento dos débitos fiscais por parte da Companhia, está prevista a consolidação dos débitos fiscais por parte da PGFN e da Receita Federal do Brasil de acordo com a portaria PGNF/RFB Nº 02/2011, nessa etapa, a Sociedade deverá indicar os débitos a serem parcelados e o número de parcelas. 17 Contas a pagar Contas A Pagar Filial (a) SETRANSP/GETRANS 651 CIA Metropolitana de Transportes CELG Distribuição 806 SANEAGO Outras (a) Refere-se a despesas diversas geradas pela administração do Transporte Alternativo, instituído no exercício de Os resultados para fazer face àquelas despesas em montante igual encontram-se escriturado no ativo circulante. 18 Provisão para contingências Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia apresentava os seguintes passivos contingentes Provisões Trabalhistas Cíveis A Companhia esta envolvida em outros processos trabalhistas e cíveis que pela atual avaliação de probabilidade de êxito, estabelecida com base na avaliação dos 14
14 assessores jurídicos, e aspectos legais, não requerem o registro de provisões, seja pela expectativa de perda classificável como possível, seja por exclusão de responsabilidades decorrentes de acordo. 19 Composição das contas de resultado (a) Receita líquida de vendas de serviços Receita bruta de vendas de serviços Impostos sobre as vendas (3.760) (3.748) (b) Despesas administrativas e tributárias Salários, encargos Sociais e outras (10.765) (10.492) Materiais diversos (1.367) (1.443) Setransp rateio SITPASS (4.869) (4.697) Outros serviços de terceiros (1.013) (2.728) Multas e Juros (4.536) (5.785) Outras despesas (3.216) (247) (25.766) (25.392) (c) Despesas financeiras Despesas de juros s/ empréstimo bancário (210) (1.274) Outras despesas financeiras (41) (228) (251) (1.502) 15
15 20 Patrimônio líquido (a) Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2010 e 2009, totalmente integralizado é de R$ , representado por ações ordinárias. 21 Cobertura de seguros Face a natureza de sua atividade, a Companhia adota política de contratar cobertura de seguros com base no conceito securitário de perda máxima possível, o que corresponde ao valor provável de destruição em um mesmo evento. DEVANIR FERREIRA SOBRINHO DIRETOR PRESIDENTE MARTA LÚCIA FERREIRA BARROS DIRETORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA LUCIANO LEÃO KID FREIRE DIRETOR DE OPERAÇÕES CONTADOR CRC-GO /0-0 16
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