PROPOSTA DE ALTERAÇÃO LEGISLATIVA

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1 PROPOSTA DE ALTERAÇÃO LEGISLATIVA (Estatuto do Provedor de Justiça, aprovado pela Lei n.º 29/VI/2003, de 4 de Agosto) I - Nota justificativa A figura do Provedor de Justiça aparece na 1ª revisão ordinária da Constituição da República de Cabo Verde ocorrida em 1999, e o respectivo Estatuto foi aprovado em 2003 (Lei nº 29/2003 de 4 de Agosto) ainda na vigência da revisão constitucional de O Estatuto do Provedor de Justiça em vigor tem nele incluídas as directivas constantes dos Princípios de Paris, aprovados pela Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas n.º 48/134, de 20 de Dezembro, de 1993, por se tratar de um órgão independente e eleito pela Assembleia Nacional. Com a 2ª revisão ordinária da Constituição da República de Cabo Verde em 2010, o órgão Provedor de Justiça sai reforçado, ao ser incluído na parte II da Constituição que dispõe sobre os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos e ao ser-lhe conferido, no artigo 280º, a legitimidade para suscitar a fiscalização abstracta da constitucionalidade e legalidade de normas e resoluções de conteúdo normativo ou individual e concreto. 1. A presente proposta pretende em primeiro lugar, adaptar o Estatuto do Provedor de Justiça à Constituição da República de Cabo Verde (revisão de 2010). Isto é feito nomeadamente: a) na alínea a) n.º 2 do artigo 24.º da proposta que consagra que o Provedor de Justiça tem assento no Conselho da República, de acordo com a alínea d) do n.º 2 do artigo 253.º da Constituição (revisão de 2010); b) na alínea b) do n.º 2 do artigo 24.º da proposta que consagra a possibilidade de o Provedor de Justiça suscitar a fiscalização abstracta da constitucionalidade, de acordo com o artigo 280.º da Constituição da República 1

2 c) na alínea d) do nº1 do artigo 11º, no nº2 do artigo e n.º 1 do artigo 19.º, todos da proposta, que adequam a parte do Estatuto que dispõe sobre o limite temporal concernente à garantia de imunidade ao Provedor de Justiça com o disposto no n.º 1 do artigo 199.º da Constituição. d) n.º 4 do artigo 46.º da proposta, em que se reforça o dever de cooperação de órgãos e entidades públicos, quando solicitados pelo Provedor de Justiça, garantindo a este último o poder de convocá-los, caso assim o entenda, dando maior efectividade ao conteúdo do nº4 do artigo 21º da Constituição da República. 2. Em segundo lugar, é mister colocar à consideração da Assembleia Nacional a possibilidade de atribuir ao Provedor de Justiça um mandato explícito em matéria de protecção de direitos humanos e liberdades fundamentais à luz da assunção de compromissos internacionais relativos a esta matéria, dando ainda maior fundamento e explicitação à função pedagógica de educação da população para os direitos humanos, de capacitação para a cidadania à semelhança do que ocorre em outras ordens jurídicas, nomeadamente na Suécia, Finlândia, Argentina, Bolívia, Colômbia, Portugal, França e Grécia, competências não enquadradas na função típica de controlo da administração pública mas que lhe são adicionais. Esta interpelação está implícita logo no artigo 1º da proposta. Caso a Assembleia Nacional decida pela continuação do quadro actual, ou seja, manter um Provedor de Justiça que não intervenha expressamente em matérias relacionadas com os direitos humanos, deverá ser suprimido o número 2 daquele artigo 1.º ora proposto. 3. Em terceiro lugar pretende-se consagrar estatutariamente aspectos relevantes extraídos dos 4 anos de exercício do cargo que trazem à tona a necessidade de uma melhor adequação quer à actividade do Provedor de Justiça, quer aos princípios que o regem enquanto órgão constitucional, mormente a defesa dos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos. Para isso, destacam-se: a) O artigo 37º da proposta que reformula a «colaboração» com a Justiça antes prevista no artigo 34º, permitindo que o Provedor de Justiça, pelo menos nos casos mais evidentes, não tenha sempre de encaminhar todas as comunicações para os Conselhos Superiores (da Magistratura e do Ministério Público); 2

3 b) O n.º 2 do artigo 42.º da proposta que estabelece expressamente um prazo de 15 a 45 dias, conforme o caso, para as entidades públicas responderem às solicitações do Provedor de Justiça, (à semelhança do artigo 28.º da Lei n.º 39/VI/2004, de 2 de Fevereiro), isto atendendo à demora que nalguns casos se verifica na resposta às solicitações do Provedor de Justiça. 4. Finalmente, pretende-se dar maior eficácia e efectividade à actuação do Provedor de Justiça. Para isso, a) no artigo 2.º da proposta, se preconiza o alargamento do âmbito de actuação do Provedor de Justiça, de forma a abarcar a Administração autónoma ou independente do Estado, bem como as fundações e associações públicas e os estabelecimentos públicos; b) no artigo 22.º da proposta se atribuem poderes de autoridade aos seus colaboradores, incluindo para efeitos penais 1, nomeadamente aos seus Assessores, tendo em conta a impossibilidade do Provedor de Justiça se envolver sempre pessoalmente na execução de todas as tarefas que se venham a impor para o cabal desempenho das funções que lhe são cometidas, pelo que necessitará do auxilio dos mesmos no exercício daqueles poderes; c) por forma a garantir a continuidade da prestação de serviços atinentes às actividades do Provedor de Justiça junto dos cidadãos, o artigo 12.º da proposta preconiza as formas de substituição do Provedor de Justiça, em caso de vacatura do cargo até à eleição do titular. Primeira alteração à Lei n.º 29/VI/2003, de 4 de agosto (Estatuto do Provedor de Justiça) Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do artigo 175º da Constituição, o seguinte: 1 Inclui-se mesmo para «efeitos penais» com o duplo objectivo de responsabilizar o colaborador (um crime por este cometido será sempre «agravado») e de o proteger (um crime contra ele cometido será sempre «agravado») 3

4 Artigo 1.º Alterações São alterados os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 19.º, 20.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º, 26.º, 27.º, 28.º, 29.º, 30.º, 31.º, 32.º, 33.º, 34.º, 35.º, 36.º, 37.º, 38.º, 39.º, 40.º, 41.º, 42.º, 43.º, 44.º, 45.º, 46.º, 47.º, 48.º, 49.º e 50.º da Lei n.º 29/IV/2003, de 4 de Agosto, que passam a ter a seguinte redacção: Artigo 1.º Funções 1. O Provedor de Justiça é um órgão independente, eleito pela Assembleia Nacional, que tem por atribuição essencial a defesa e promoção dos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos, assegurando, através de meios informais, a justiça, a legalidade e a regularidade do exercício dos poderes públicos O Provedor de Justiça exerce também as funções de instituição nacional independente de monitorização da aplicação e tratados e convenções internacionais em matéria de direitos humanos e cidadania. 3. O Provedor de Justiça assegura a cooperação com instituições congéneres e com organizações nacionais e internacionais no âmbito da defesa e promoção dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Artigo 2.º [ ] 1. As acções do Provedor de Justiça exercem-se, nomeadamente, no âmbito da actividade dos serviços da Administração Pública central e local, das Forças Armadas, das autoridades administrativas independentes, dos institutos públicos, das fundações e associações públicas, designadamente das 2 Ajusta-se ao disposto no artigo 21.º da Constituição da República (revisão de 2010). 4

5 ordens profissionais, dos estabelecimentos públicos, das empresas públicas ou de capitais maioritariamente públicos ou concessionárias de serviços públicos ou de exploração de bens de domínio público [ ]. 1. [ ]. Artigo 3.º [ ] 2. A actividade do Provedor de Justiça pode ainda ser exercida por iniciativa própria, na promoção e defesa dos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos designadamente dos mais vulneráveis em razão da necessidade de cuidados especiais, da idade, raça ou etnia e género. 3. A actividade do Provedor de Justiça é independente dos meios graciosos ou contenciosos previstos na Constituição e nas leis. Artigo 4º [ ] Cabe ao Provedor de Justiça formular recomendações e outras tomadas de posição, sem poder decisório, aos órgãos ou serviços objecto das suas diligências [ ]. Artigo 5.º [ ] 3 Previne-se expressamente a garantia de acesso ao Provedor de Justiça dos cidadãos cujos direitos sejam lesados pelos serviços de interesse geral, acrescentando desta forma o elenco das entidades potencialmente visadas, nomeadamente fundações e associações públicas, onde se incluem as ordens profissionais, e as entidades administrativas independentes. 4 Adita-se outras tomadas de posição, admitindo-se que as formas de pronunciamento previstas na lei não esgotam todas as possibilidades de tomada de posição, no âmbito das suas competências. 5

6 2. O Provedor de Justiça pode tomar parte nos trabalhos das comissões parlamentares competentes, sempre que estas solicitem a sua presença ou quando o seu relatório constituir objecto de apreciação. 1. [ ]. 2. [ ]. Artigo 6.º [ ] 3. Quando a Assembleia Nacional se encontrar dissolvida ou não estiver em sessão, a eleição é realizada nos primeiros 60 dias a contar da primeira reunião da Assembleia eleita ou a partir do início da nova sessão, respectivamente, sem prejuízo de convocação extraordinária para o efeito. 5 Artigo 10º. [Anterior artigo 21.º] [ ]. 1. [ ]: a) [ ]; b) [ ]; c) [ ]; Artigo 11.º [Anterior artigo 10.º] 5 Abre-se a possibilidade da convocação extraordinária para a eleição do Provedor de Justiça de modo a evitar situações de arrastamento do tempo de mandato. 6

7 d) Em virtude de condenação judicial, por crime desonroso ou punível com pena de prisão superior a 3 anos 6 ; e) [Anterior alínea f]; f) [Anterior alínea e]. 2. Os factos determinantes da cessação de funções, previstos nas alíneas a) a e) do número anterior, são verificados pela Assembleia Nacional. 3. A declaração de renúncia prevista na alínea f) do n.º 1 é apresentada ao Presidente da Assembleia Nacional e torna-se efectiva a partir da data da publicação, no Boletim Oficial, da Resolução da Assembleia Nacional que dela tomar conhecimento. Artigo 12.º 7 [Anterior artigo 11.º] 1. Em caso de vacatura do cargo, a eleição do novo titular deve ter lugar nos termos do n.º 3 do artigo 6.º. 2. Até à eleição e tomada de posse do novo Provedor de Justiça, o cargo é desempenhado interinamente pelo Provedor Adjunto. 3. Existindo dois Provedores Adjuntos, assume interinamente o cargo o Provedor Adjunto mais antigo na função. 4. Caso os 2 Provedores Adjuntos tiverem tomado posse na mesma data, assume interinamente o cargo o Provedor Adjunto mais velho. Artigo 13.º [Anterior artigo 12.º] 6 Ajusta-se à moldura penal prevista no artigo 19.º da proposta para se conformar com o n.º 1 do artigo 199.º da Constituição da República (revisão de 2010). 7 Alterações sugeridas em função da alteração proposta do n.º 3 do artigo 6.º, procurando garantir a continuidade do exercício da função em caso de vacatura. 7

8 1. [ ]. 2. [ ]. Artigo 14. Cartão de identificação, livre trânsito e acesso 1. [Anterior n.º 1 do artigo 13.º]. 2. O cartão de identificação é simultaneamente de livre trânsito e acesso a todos os serviços e lugares públicos de acesso condicionado, designadamente os constantes no n.º 1 do artigo 2.º. 8 Artigo 15.º [Anterior artigo 14.º] 9 Imunidade 1. O Provedor de Justiça não pode ser perseguido, investigado, preso, detido ou julgado por causa das opiniões que emite ou dos actos que pratica no exercício das suas funções. 2. O Provedor de Justiça não pode ser preso ou detido sem autorização da Assembleia Nacional, salvo em caso de flagrante delito por crime a que corresponda pena de prisão cujo limite máximo seja superior a 3 anos e, fora de flagrante delito, por crime a que corresponda pena cujo limite máximo seja superior a 8 anos de prisão [ ]. 2. [ ]. Artigo 16.º [Anterior artigo 15.º] 8 Adequação à proposta de alteração do n.º 1 do artigo 2.º. 9 Alteração da epígrafe com supressão da palavra inviolabilidade por se considerar que a imunidade já inclui a inviolabilidade. 10 Ajusta-se ao disposto no n.º 1 do artigo 199.º da Constituição da República (revisão de 2010). 8

9 Artigo 17.º [Anterior artigo 16.º] 1. [ ]. 2. [ ]. Artigo 18.º [Anterior artigo 17.º] [ ]. Artigo 19.º [Anterior artigo 18.º] 1. [ ]: a) Tratando-se de crime punível com pena de prisão cujo limite máximo não seja superior a 3 anos, cabe à Assembleia Nacional, requerer ao Procurador-Geral da República o exercício da acção penal contra o Provedor de Justiça e, pronunciado este definitivamente, decidir se o Provedor de Justiça deve ou não ser suspenso para efeitos de prosseguimento do processo; b) Tratando-se de crime punível com pena de prisão cujo limite máximo seja superior a 3 anos, cabe à Assembleia Nacional, requerer ao Procurador-Geral da República o exercício da acção penal contra o Provedor de Justiça e, pronunciado este definitivamente, o Presidente da Assembleia Nacional suspende imediatamente o Provedor de Justiça do exercício das suas funções para efeitos de prosseguimento do processo [ ]. Artigo 20.º O alargamento do limite máximo de pena prisão, de 2 para 3 anos, ajusta-se ao disposto no n.º 1 do artigo 199.º da Constituição da República (revisão de 2010). 12 Os conteúdos dos n.ºs 2 e 3 passam a integrar o artigo 22.º da proposta. 9

10 [Anterior artigo 19.º] O Provedor de Justiça pode nomear e exonerar livremente um ou 2 Provedores-Adjuntos, bem como os Assessores que se mostrarem necessários ao cabal desempenho das suas funções. Artigo 21.º [Anterior artigo 20.º] 1. [ ]. 2. Aplicam-se aos Provedores-Adjuntos as disposições dos artigos 13.º a 17.º, 34.º e 35.º. 3. Os Provedores-Adjuntos auferem mensalmente uma retribuição correspondente a 90% das remunerações do Provedor de Justiça. 1. Compete ao Provedor de Justiça: a) [ ]; Artigo 24.º [Anterior artigo 22.º] b) Formular recomendações aos órgãos competentes com vista à reparação dos actos administrativos ilegais ou injustos e à melhoria dos serviços públicos; c) [ ]; d) Apontar deficiências aos diplomas legislativos, formulando sugestões ou pareceres para a sua melhor interpretação, alteração ou mesmo revogação, indicando propostas para a elaboração de nova legislação, caso assim entender; e) Intervir, nos termos da lei aplicável, na tutela dos interesses colectivos ou difusos, sempre que estiverem em causa entidades públicas, empresas e serviços de interesse geral, qualquer que seja a sua natureza jurídica; Alteração sugerida em função da alteração proposta do n.º 1 do artigo 2.º. 10

11 f) [ ]. 2. Compete ainda ao Provedor de Justiça, nos termos da Constituição: 14 a) Integrar o Conselho da República; b) Requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização abstracta da constitucionalidade de quaisquer normas ou resoluções de conteúdo material normativo ou individual e concreto ou de ilegalidade de normas. 3. Qualquer proposta de modificação ou alteração de um diploma, formulada ao abrigo da alínea d) do n.º 1, é enviada ao Presidente da Assembleia Nacional, ao Primeiro-Ministro ou ao Ministro directamente interessado e, se for caso disso, aos órgãos municipais. Artigo 25.º 15 [Anterior artigo 50.º] 1. [ ] 2. [ ]. 1. [ ]: Artigo 26.º [Anterior artigo 23.º] a) Efectuar, com ou sem aviso prévio, visitas a qualquer sector de actividade referido no n.º 1 do artigo 2.º, examinando documentos, ouvindo órgãos e agentes da Administração ou pedindo as informações que reputar convenientes; b) [ ]. Artigo 27.º [Anterior artigo 24.º] 14 Ajusta-se ao disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 253.º e artigo 280.º da Constituição da República. 15 Optou-se por uma arrumação sistemática das diversas competências do Provedor de Justiça. 11

12 1. O Provedor de Justiça pode delegar nos Provedores-Adjuntos as competências e os poderes previstos no n.º 1 do artigo 24.º e artigo 26.º. 2. O Provedor de Justiça pode delegar nos Assessores os poderes previstos no artigo 26.º. Artigo 28.º [Anterior artigo 25.º] 1. [ ]. 2. [ ]. Artigo 29.º [Anterior artigo 26.º] [ ]. Artigo 30.º [Anterior artigo 27.º] 1. Têm legitimidade para apresentar queixas ao Provedor de Justiça os cidadãos, individual ou colectivamente, e as entidades colectivas privadas. 2. Não podem constituir impedimento para o referido no número anterior, a nacionalidade, a residência, a incapacidade legal da pessoa, o internamento em centro psiquiátrico, de reclusão ou, em geral, qualquer relação especial de sujeição ou dependência dos poderes públicos. 16 Artigo 31.º [Anterior artigo 28.º] As queixas podem ser apresentadas a qualquer agente do Ministério Público, ao Deputado da Nação ou ao 16 Tendo em conta a vulnerabilidade especial das pessoas que se encontram internadas em centro psiquiátrico, entendemos que deva ser adicionada essa referência, em nome do princípio da igualdade. 12

13 Presidente de Assembleia Municipal, que as transmite imediatamente ao Provedor de Justiça. Artigo 32.º [Anterior artigo 29.º] 1. As queixas apresentadas ao Provedor de Justiça dispensam a constituição de advogado, estão isentas de custas 17, e podem ser apresentadas oralmente ou por carta, fax, correio electrónico ou outro meio de comunicação desde que contenham a identidade, assinatura, morada, e outros meios de contacto do queixoso, bem como a identificação da entidade visada Quando apresentadas oralmente, as queixas são reduzidas a escrito, assinadas pelo queixoso sempre que saiba e possa fazê-lo e se o queixoso não souber assinar, recolhe-se a sua impressão digital, mediante o seu consentimento. 3. Quando apresentadas por meio electrónico, as queixas são digitalizadas e assinadas de forma legível pelo queixoso. 4. Quando as queixas não forem apresentadas de forma clara, solicita-se ao queixoso a sua substituição. Artigo 33.º [Anterior artigo 30.º] O Provedor de Justiça guarda sigilo relativamente a factos de que tome conhecimento no exercício das suas funções, sempre que tal sigilo se justificar em razão da natureza daqueles factos. 1. [ ]. Artigo 34.º [Anterior artigo 31.º] 2. [ ]. 17 Entendeu-se retirar selos visto que, segundo o Código de Custas Judiciais (n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 4/2011, de 17 de Janeiro) o conceito de custas já integra o imposto de selo. 18 Alteração sugerida que visa integrar outros meios de comunicação existentes, tendo em conta as novas tecnologias. 13

14 Artigo 35.º [Anterior artigo 32.º] [ ]. Artigo 36.º [Anterior artigo 33.º] [ ]. Artigo 37.º [Anterior artigo 34.º] Sempre que o Provedor de Justiça receba queixas relacionadas com o funcionamento e a administração da justiça, que pela sua natureza se encontrem fora do âmbito de sua acção, estas podem ser encaminhadas ao Conselho Superior da Magistratura Judicial ou ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme o caso, atendendo sempre à pertinência, utilidade e oportunidade do encaminhamento. 19 Artigo 38.º [Anterior artigo 37.º] 1. Quando o Provedor de Justiça reconheça que o queixoso tem ao seu alcance um meio gracioso ou contencioso, especialmente previsto na lei, pode limitar-se a encaminhá-lo para a entidade competente. 2. Independentemente do disposto no número anterior, o Provedor de Justiça informa sempre o queixoso dos meios graciosos e contenciosos que estejam ao seu alcance. Artigo 39.º [Anterior artigo 35.º] 19 Quer-se com esta alteração retirar o dever que impende actualmente sobre o Provedor de Justiça do encaminhamento das queixas aos Conselhos Superiores, pois a prática tem revelado não só que muitas vezes não há um decurso de tempo suficiente para se arguir da morosidade judicial e noutros casos não há utilidade no encaminhamento da queixa, nomeadamente em se tratando de processos já transitados em julgado. 14

15 1. A queixa é arquivada quando: a) O Provedor de Justiça concluir que a mesma não tem fundamento ou que não existem elementos bastantes para ser adoptado qualquer procedimento; b) A ilegalidade ou injustiça invocadas já tenham sido reparadas pela Administração; 2. O interessado é sempre informado da decisão de arquivamento da queixa, bem como dos fundamentos que a motivaram A decisão do Provedor de Justiça de arquivamento da queixa não é susceptível de recurso, podendo haver, contudo, reclamação para o próprio. 21 Artigo 40.º Não interrupção do prazo de recurso [ ]. Artigo 41.º [Anterior artigo 38.º] Nos casos de pouca gravidade, sem carácter continuado, o Provedor de Justiça pode limitar-se a elaborar uma chamada de atenção dirigida ao órgão ou serviço competente, ou dar por encerrado o assunto na sequência das explicações fornecidas. Artigo 42.º [Anterior artigo 39.º] 1. O Provedor de Justiça deve sempre ouvir os órgãos ou agentes visados, permitindo-lhes que prestem os esclarecimentos necessários antes de formular uma tomada de posição. 2. É fixado o prazo máximo de 15 dias para a satisfação do pedido de esclarecimento, informação ou cooperação, podendo a entidade visada solicitar a prorrogação do prazo desde que devidamente 20 Aditamento em função do dever de informação ao queixoso. 21 Equiparação dos regimes de recusa e arquivamento da queixa para efeitos da não susceptibilidade de recurso, havendo a possibilidade de reclamação. 15

16 fundamentada, o qual nunca poderá exceder os 45 dias A ausência de resposta dos órgãos ou agentes visados não impede a tomada de posição do Provedor de Justiça. 23 Artigo 43.º [Anterior artigo 40.º] Quando no decurso do processo resultarem indícios suficientes da prática de infracções criminais, disciplinares ou contra-ordenacionais, o Provedor de Justiça deve dar conhecimento deles, conforme os casos, ao Ministério Público, ou à entidade competente para a instauração de processo disciplinar ou instrução do processo de contra-ordenação. 24 [ ] Artigo 44.º [Anterior artigo 41.º] Artigo 45.º [Anterior artigo 42.º] 1. A fim de melhor responder às pretensões dos cidadãos, no âmbito das suas atribuições, o Provedor de Justiça procede à instrução das queixas mediante pedidos de informação, inspecções, exames, inquirições ou qualquer outro procedimento razoável que não colida com os direitos fundamentais dos cidadãos, o que é efectuado por meios informais e expeditos, sem sujeição às regras processuais relativas à produção de provas. 22 Entendemos ser necessário estabelecer no próprio Estatuto, um prazo para obtermos a resposta tendo em conta a experiência tida. O prazo indicado é o mesmo do artigo 28.º da Lei de Modernização Administrativa, aprovada pela Lei n.º 39/VI/2004 de 2 de Fevereiro, conjugado com a Resolução n.º 41/2011 de 24 de Outubro. 23 Confirmar expressamente o poder da tomada de posição do Provedor de Justiça mesmo em caso de não exercício do contraditório por parte do órgão ou agente visado. 24 Aditamento das infracções contra-ordenacionais. 16

17 2. As diligências são efectuadas pelo Provedor de Justiça e seus auxiliares referidos no n.º 1 do artigo 27º, podendo também a sua execução ser solicitada directamente aos agentes do Ministério Público ou a quaisquer outras entidades públicas com a prioridade e urgência que ao caso couber. Artigo 46.º 25 [Anterior artigo 43.º] 1. Os órgãos e agentes das entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º têm o dever de prestar ao Provedor de Justiça todos os esclarecimentos e informações que lhe sejam solicitados. 2. Os órgãos e agentes das entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º prestam ao Provedor de Justiça toda a cooperação que por este lhes for solicitada, designadamente informações, colaboração na realização de inspecções e facultando documentos e processos para exame, remetendo-os ao Provedor de Justiça, se tal lhes for solicitado. 3. O disposto nos números anteriores não prejudica as restrições legais respeitantes ao segredo de justiça nem a invocação de interesse superior do Estado, nos casos devidamente justificados pelos órgãos competentes, em questões respeitantes à segurança, à defesa ou às relações internacionais. 4. O Provedor de Justiça pode determinar a presença na Provedoria de Justiça, ou noutro qualquer local que indicar e que as circunstâncias justifiquem, de qualquer trabalhador ou representante dos órgãos e agentes das entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º, mediante notificação, a fim de lhe ser prestada a cooperação devida. 26 Artigo 47.º [Anterior artigo 44.º] 1. Para o melhor apuramento dos factos, o Provedor de Justiça pode solicitar a cooperação de outros serviços públicos nos termos do artigo anterior, ou recorrer a depoimentos ou informações de qualquer 25 Aditamento de outros dois números ao artigo por forma a permitir uma melhor arrumação sistemática e clareza das normas. 26 Sugere-se aqui a possibilidade da atribuição de um poder de intimação do Provedor de Justiça aos órgãos e agentes visados, quando se justificar, contribuindo assim para uma maior efectivação do seu poder inquisitório. 17

18 cidadão, sempre que os reputar necessários. 2. No caso de recusa de depoimento, o Provedor de Justiça, se o julgar imprescindível, pode notificar, mediante carta postal registada, as pessoas que devem ser ouvidas, constituindo neste caso crime de desobediência a falta de comparência ou a recusa de depoimento não justificadas. Artigo 48.º [Anterior artigo 45.º] O incumprimento não justificado dos deveres de cooperação previstos no n.º 2 do artigo 42.º e n.ºs 1, 2 e 4 do artigo 46.º, por parte dos órgãos e agentes das entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º, constitui crime de desobediência, sem prejuízo do procedimento disciplinar que no caso couber. 27 Artigo 49.º [Anterior artigo 46.º] [ ] Artigo 50.º [Anterior artigo 47.º] 1. As recomendações do Provedor de Justiça são dirigidas ao órgão competente para corrigir o acto ilegal ou injusto ou as situações irregulares, com conhecimento ao superior hierárquico competente, quando couber. 2. O órgão destinatário da recomendação deve, no prazo de 60 dias a contar da sua recepção, comunicar ao Provedor de Justiça a posição que quanto a ela assume. 3. O não acatamento da recomendação deve ser sempre fundamentado. 27 Nova redacção do artigo tendo em conta a alteração e nova arrumação dos artigos citados e previsão expressa de procedimento disciplinar da competência da entidade visada. 18

19 4. Se a recomendação não for atendida, e sempre que o Provedor de Justiça não tiver a colaboração devida, pode dirigir-se ao superior hierárquico competente ou, sendo caso disso, ao respectivo ministro da tutela Se o órgão executivo da autarquia local não acatar as recomendações do Provedor de Justiça, este pode dirigir-se à respectiva Assembleia Municipal. 6. Se a Administração não actuar de acordo com as recomendações, nos termos referidos no n.º 1, ou se recusar a prestar a colaboração solicitada, o Provedor de Justiça pode dirigir-se à Assembleia Nacional, expondo os motivos da sua tomada de posição. 7. Os resultados das investigações e tomadas de posição devem ser sempre comunicadas aos órgãos ou agentes visados e, se tiverem origem em queixa apresentada, aos queixosos. 8. O Provedor de Justiça pode igualmente tornar públicas as suas recomendações e demais tomadas de posição [ ]. 2. [ ]. Artigo 51.º [Anterior artigo 49.º] 3. Além da dotação orçamental referida no número anterior, o orçamento da Provedoria de Justiça pode ser constituído por outras receitas, nos termos da lei [Anterior n.º 3]. Artigo 2.º Aditamento 28 Previsão expressa de comunicação dirigida ao Ministro enquanto entidade responsável máxima. 29 Possibilidade da publicação das recomendações ou outras tomadas de posição do Provedor de Justiça, no espírito da parte final do n.º 4 do artigo 21.º da Constituição da República. 30 Abre-se a possibilidade de o orçamento ser constituído por outras receitas derivadas da actividade da Provedoria de Justiça, nomeadamente doacções, ofertas no âmbito de acordos de cooperação ou outros. 19

20 São aditados os artigos 22.º, 23.º, 51.º e 53.º à Lei n.º 29/VI/2003, de 4 de Agosto, com a seguinte redacção: Artigo 22.º 31 Garantia de autoridade 1. O Provedor de Justiça, Provedores-Adjuntos e Assessores são considerados autoridades públicas, inclusive para efeitos penais. 2. Para os efeitos do número anterior, o Provedor de Justiça aprova, por despacho, o modelo de cartão especial de identificação destinado aos Assessores. 3. O cartão de identificação permite livre trânsito e acesso em todos os serviços e lugares públicos de acesso condicionado, designadamente os constantes no n.º 1 do artigo 2.º. Artigo 23.º Auxílio das autoridades Todas as autoridades e agentes de autoridade devem prestar ao Provedor de Justiça, Provedores- Adjuntos e Assessores o auxílio que lhes for solicitado para o bom desempenho das suas funções. 32 Artigo 51.º 33 Autonomia, instalação e fim 1. A Provedoria de Justiça tem por função prestar o apoio técnico e administrativo necessário ao desempenho das atribuições do Provedor de Justiça, definidas nos termos da presente lei. 31 Entende-se estender o regime de autoridades públicas previsto para o Provedor e Provedores Adjuntos também para os assessores para o cumprimento cabal das suas funções. 32 Previsão específica do dever de auxílio por parte das autoridades e agentes de autoridades, à semelhança do dever de cooperação previsto no artigo 46.º e 47.º da presente proposta. 33 Aditamento de um artigo que fixa genericamente o regime da Provedoria de Justiça, consagrando nomeadamente a autonomia patrimonial, além da administrativa e financeira anteriormente previstas. 20

21 2. A Provedoria de Justiça é dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. 3. A Provedoria de Justiça é dotada de um quadro de pessoal regulado pela lei orgânica da Provedoria de Justiça. 4. A Provedoria de Justiça funciona em instalações próprias. Artigo 53.º Aprovação da Lei Orgânica A lei orgânica da Provedoria de Justiça é aprovada pelo Governo. Artigo 54º Revogações São revogados os artigos 48.º e 51.º, todos da Lei n.º 29/VI/2003, de 4 de Agosto. Artigo 55º Republicação É republicada na íntegra, em anexo, a Lei n.º 29/VI/2003, de 4 de Agosto, com as alterações, aditamentos e revogações introduzidos pela presente Lei. Artigo 56.º Entrada em vigor A presente Lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Os Subscritores 21

22 VERSÃO CONSOLIDADA Lei nº /IX/2018 de de Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do artigo 175.º da Constituição, o seguinte: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1. Funções 1. O Provedor de Justiça é um órgão independente, eleito pela Assembleia Nacional, que tem por atribuição essencial a promoção e defesa dos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos, assegurando, através de meios informais, a justiça, a legalidade e a regularidade do exercício dos poderes públicos. 2. O Provedor de Justiça exerce também as funções de instituição nacional independente de monitorização da aplicação e tratados e convenções internacionais em matéria de direitos humanos e cidadania. 3. O Provedor de Justiça assegura a cooperação com instituições congéneres e com organizações nacionais e internacionais no âmbito da promoção e defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Artigo 2.º Âmbito de actuação 1. As acções do Provedor de Justiça exercem-se, nomeadamente, no âmbito da actividade dos serviços da Administração Pública central e local, das Forças Armadas, das autoridades administrativas 22

23 independentes, dos institutos públicos, das fundações e associações públicas, designadamente das ordens profissionais, dos estabelecimentos públicos, das empresas públicas ou de capitais maioritariamente públicos ou concessionárias de serviços públicos ou de exploração de bens de domínio público. 2. A actuação do Provedor de Justiça pode ainda incidir sobre relações entre particulares que impliquem uma especial relação de domínio, no âmbito de protecção de direitos, liberdades e garantias. Artigo 3.º Iniciativa 1. O Provedor de Justiça exerce as suas funções com base em queixas apresentadas pelos cidadãos, individual ou colectivamente, por acção ou omissão dos poderes públicos que afectem de algum modo os seus direitos, liberdades, garantias ou interesses legítimos, não dependendo tais queixas de qualquer prazo. 2. A actividade do Provedor de Justiça pode ainda ser exercida por iniciativa própria, na promoção e defesa dos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos, designadamente os mais vulneráveis em razão da necessidade de cuidados especiais, da idade, raça ou etnia e género. 3. A actividade do Provedor de Justiça é independente dos meios graciosos ou contenciosos previstos na Constituição e nas demais leis da República. Artigo 4º Natureza de actividade Cabe ao Provedor de Justiça formular recomendações e outras formas de tomadas de posição, sem poder decisório, aos órgãos ou serviços objecto das suas diligências. Artigo 5º Relação com a Assembleia Nacional 23

24 1. O Provedor de Justiça envia anualmente à Assembleia Nacional, até 30 de abril, um relatório das suas actividades do ano anterior, anotando as iniciativas, as queixas recebidas, as diligências efectuadas e os resultados obtidos, o qual é publicado no Boletim da Assembleia Nacional e na página de Internet do Provedor de Justiça. 2. O Provedor de Justiça pode tomar parte nos trabalhos das comissões parlamentares competentes, sempre que estas solicitem a sua presença ou quando o seu relatório constituir objecto de apreciação. CAPÍTULO II ESTATUTO Artigo 6º Eleição 1. O Provedor de Justiça é eleito pela Assembleia Nacional, por maioria de dois terços dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. 2. A eleição do Provedor de Justiça deve efectuar-se nos 30 dias anteriores ao termo do mandato do seu antecessor. 3. Quando a Assembleia Nacional se encontrar dissolvida ou não estiver em sessão, a eleição é realizada nos primeiros 60 dias a contar da primeira reunião da Assembleia eleita ou a partir do início da nova sessão, respectivamente, sem prejuízo de convocação extraordinária para o efeito. Artigo 7º Elegibilidade Só pode ser eleito Provedor de Justiça o cidadão cabo-verdiano de reputado mérito que tenha sólida experiência profissional, reconhecida integridade moral e que esteja no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos. Artigo 8.º Posse e juramento 24

25 1. O Provedor de Justiça toma posse perante o Presidente da Assembleia Nacional. 2. O prazo para a tomada de posse é de 30 dias a contar da data da publicação da Resolução da Assembleia Nacional relativa ao acto de eleição. 3. No acto de posse o Provedor de Justiça eleito presta o seguinte juramento: a) «Juro por minha honra desempenhar fielmente o cargo de Provedor de Justiça em que fico investido, promovendo e defendendo os direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos, no estrito respeito pela Constituição e pelas demais leis da República». Artigo 9. Duração do mandato 1. O mandato do Provedor de Justiça é de 5 anos, renovável por uma única vez. 2. O Provedor de Justiça mantém-se em exercício de funções até à tomada de posse do seu sucessor. Artigo 10º. Substituição O Provedor de Justiça é substituído nas suas faltas, ausências ou impedimentos pelo Provedor-Adjunto por ele designado. Artigo 11. Cessação de funções 1. Antes do termo do mandato, as funções do Provedor de Justiça só podem cessar: a) Por morte ou incapacidade física ou psíquica permanente; b) Por perda de requisitos de elegibilidade; 25

26 c) Por incompatibilidade superveniente; d) Em virtude de condenação judicial, por crime desonroso ou punível com pena de prisão superior a 3 anos; e) Por acções ou omissões praticadas com negligência grave no cumprimento das suas funções; f) Por renúncia. 2. Os factos determinantes da cessação de funções, previstos nas alíneas a) a e) do número anterior, são verificados pela Assembleia Nacional. 3. A declaração de renúncia prevista na alínea f) do n.º 1 é apresentada ao Presidente da Assembleia Nacional e torna-se efectiva a partir da data da publicação, no Boletim Oficial, da Resolução da Assembleia Nacional que dela tomar conhecimento. Artigo 12.º Vacatura 1. Em caso de vacatura do cargo, a eleição do novo titular deve ter lugar nos termos do n.º 3 do artigo 6.º. 2. Até a eleição e tomada de posse do novo Provedor de Justiça, o cargo é desempenhado interinamente pelo Provedor Adjunto. 3. Existindo dois Provedores Adjuntos, assume interinamente o cargo o Provedor Adjunto mais antigo na função. 4. Caso os 2 Provedores Adjuntos tenham tomado posse na mesma data, assume interinamente o cargo o Provedor Adjunto mais velho. Artigo 13.º Independência, inamovibilidade e incompatibilidade 1. O Provedor de Justiça é independente e inamovível, não podendo as suas funções cessar antes do termo do período para que foi designado, salvo os casos previstos na presente lei. 2. O Provedor de Justiça está sujeito às mesmas incompatibilidades que os juízes em efectividade de 26

27 funções. Artigo 14. Cartão de identificação, livre trânsito e acesso 1. O Provedor de Justiça tem direito a cartão especial de identificação, de modelo aprovado pela Assembleia Nacional e assinado pelo seu Presidente. 2. O cartão de identificação é simultaneamente de livre trânsito e acesso a todos os serviços e lugares públicos de acesso condicionado, designadamente os constantes no n.º 1 do artigo 2.º. Artigo 15.º Imunidade 1. O Provedor de Justiça não pode ser perseguido, investigado, preso, detido ou julgado por causa das opiniões que emite ou dos actos que pratica no exercício das suas funções. 2. O Provedor de Justiça não pode ser preso ou detido sem autorização da Assembleia Nacional, salvo em caso de flagrante delito por crime a que corresponda pena de prisão cujo limite máximo seja superior a 3 anos e, fora de flagrante delito, por crime a que corresponda pena cujo limite máximo seja superior a 8 anos de prisão. Artigo 16. Estabilidade e garantia no emprego 1. O Provedor de Justiça não pode ser prejudicado na sua colocação, carreira, emprego ou actividade pública ou privada, nem nos benefícios sociais a que tenha direito. 2. O tempo de serviço prestado como Provedor de Justiça conta, para todos os efeitos, como prestado nas funções de origem, bem como para efeito de aposentação. Artigo 17.º Regime de aposentação e segurança social 1. O Provedor de Justiça não está sujeito às disposições legais sobre a aposentação por limite de idade. 27

28 2. O Provedor de Justiça beneficia do regime de segurança social aplicável aos funcionários da Administração Pública se não estiver abrangido por outro mais favorável. Artigo 18.º Honras, regalias e direitos 1. O Provedor de Justiça tem honras, regalias e direitos idênticos aos de Ministro. 2. Os Provedores Adjuntos têm honras, regalias e direitos idênticos aos de Secretário de Estado. Artigo 19.º Responsabilidade criminal 1. Pelos crimes cometidos no exercício das suas funções, o Provedor de Justiça responde perante o Supremo Tribunal de Justiça, nos termos seguintes: a) Tratando-se de crime punível com pena de prisão cujo limite máximo não seja superior a 3 anos, cabe à Assembleia Nacional, requerer ao Procurador-Geral da República o exercício da acção penal contra o Provedor de Justiça e, pronunciado este definitivamente, decidir se o Provedor de Justiça deve ou não ser suspenso para efeitos de prosseguimento do processo; b) Tratando-se de crime punível com pena de prisão cujo limite máximo seja superior a 3 anos, cabe à Assembleia Nacional, requerer ao Procurador-Geral da República o exercício da acção penal contra o Provedor de Justiça e, pronunciado este definitivamente, o Presidente da Assembleia Nacional suspende imediatamente o Provedor de Justiça do exercício das suas funções para efeitos de prosseguimento do processo. 2. Pelos crimes cometidos fora do exercício das suas funções, o Provedor de Justiça responde perante os tribunais comuns, observando-se o disposto nas alíneas a) e b) do número anterior. Artigo 20.º Auxiliares do Provedor de Justiça O Provedor de Justiça pode nomear e exonerar livremente um ou dois Provedores-Adjuntos, bem como os Assessores e que se mostrarem necessários ao cabal desempenho das suas funções. 28

29 Artigo 21.º Provedores-Adjuntos 1. Os Provedores-Adjuntos são nomeados de entre indivíduos habilitados com curso superior, de reputado mérito e integridade moral. 2. Aplicam-se aos Provedores-Adjuntos as disposições dos artigos 13.º a 17.º, 34.º e 35.º. 3. Os Provedores-Adjuntos auferem mensalmente uma retribuição correspondente a 90% das remunerações do Provedor de Justiça. Artigo 22.º Garantia de autoridade 1. O Provedor de Justiça, Provedores-Adjuntos, Assessores são considerados autoridades públicas, inclusive para efeitos penais. 2. Para os efeitos do número anterior, o Provedor de Justiça aprova, por despacho, o modelo de cartão especial de identificação destinado aos Assessores. 3. O cartão de identificação permite livre trânsito e acesso em todos os serviços e lugares públicos de acesso condicionado, designadamente os constantes no n.º 1 do artigo 2.º. Artigo 23.º Auxílio das autoridades Todas as autoridades e agentes de autoridade devem prestar ao Provedor de Justiça, Provedores- Adjuntos, Assessores o auxílio que lhes for solicitado para o bom desempenho das suas funções. CAPÍTULO III COMPETÊNCIAS E PODERES DO PROVEDOR DE JUSTIÇA 1. Compete ao Provedor de Justiça: Artigo 24. Competências 29

30 a) Promover a divulgação dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos, o seu conteúdo e significado, bem como a finalidade da Provedoria de Justiça, seus meios de acção e a forma de recorrer aos seus serviços; b) Formular recomendações aos órgãos competentes com vista à reparação dos actos administrativos ilegais ou injustos e à melhoria dos serviços públicos; c) Propor aos órgãos competentes as soluções que entender mais adequadas à defesa dos interesses legítimos dos cidadãos e ao aperfeiçoamento da acção administrativa, em colaboração com os órgãos competentes; d) Apontar deficiências aos diplomas legislativos, formulando recomendações ou pareceres para a sua melhor interpretação, alteração ou mesmo revogação, indicando propostas para a elaboração de nova legislação, caso assim entender; e) Intervir, nos termos da lei aplicável, na tutela dos interesses colectivos ou difusos, sempre que estiverem em causa entidades públicas, empresas e serviços de interesse geral, qualquer que seja a sua natureza jurídica; f) Emitir parecer, mediante solicitação da Assembleia Nacional, sobre qualquer assunto relacionado com a sua actividade. 2. Compete ainda ao Provedor de Justiça, nos termos da Constituição: a) Integrar o Conselho da República; b) Requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização abstracta da constitucionalidade de quaisquer normas ou resoluções de conteúdo material normativo ou individual e concreto ou de ilegalidade de normas. 3. Qualquer proposta de modificação ou alteração de um diploma, formulada ao abrigo da alínea d) do n.º 1, é enviada ao Presidente da Assembleia Nacional, ao Primeiro-Ministro ou ao Ministro directamente interessado e, se for caso disso, aos órgãos municipais. Artigo 25.º Competências administrativas e disciplinares 30

31 1. Compete ao Provedor de Justiça praticar todos os actos relativos ao provimento e à situação funcional do pessoal da Provedoria de Justiça e exercer sobre ele o poder disciplinar. 2. Doas actos administrativos do Provedor de Justiça cabe recurso para o Supremo Tribunal de Justiça. Artigo 26.º Poderes 1. O Provedor de Justiça pode a todo o tempo: a) Efectuar, com ou sem aviso prévio, visitas a qualquer sector de actividade referido no n.º 1 do artigo 2.º, examinando documentos, ouvindo órgãos e agentes da Administração ou pedindo as informações que reputar convenientes; b) Proceder a quaisquer investigações que considere necessárias ou convenientes, podendo adoptar, em matéria de produção de prova, todos os procedimentos razoáveis, desde que não colidam com os direitos e interesses legítimos dos cidadãos. Artigo 27.º Delegação de poderes 1. O Provedor de Justiça pode delegar nos Provedores-Adjuntos as competências e os poderes previstos do artigo 24.º a 26.º, com exceção da alínea a) do nº 2 do artigo 24º. 2. O Provedor de Justiça pode delegar nos Assessores os poderes previstos no artigo 26.º. Artigo 28.º Limites de intervenção 1. Ao Provedor de Justiça não assiste competência para anular, revogar ou modificar os actos dos poderes públicos. 2. Ficam excluídos dos poderes de inspecção e fiscalização do Provedor de Justiça, os órgãos de soberania e as Assembleias Municipais, com excepção da sua actividade administrativa e dos actos praticados na superintendência da Administração. 31

32 Artigo 29.º Matéria pendente de decisão judicial e caso julgado O Provedor de Justiça não entra no exame individual de queixas relacionadas com matérias pendentes de decisão judicial ou objecto de caso julgado. CAPÍTULO IV PROCEDIMENTO DA QUEIXA Artigo 30. Legitimidade para apresentação da queixa 1. Têm legitimidade para apresentar queixas ao Provedor de Justiça os cidadãos, individual ou colectivamente, e as entidades colectivas privadas. 2. Não podem constituir impedimento para o referido no número anterior, a nacionalidade, a residência, a incapacidade legal da pessoa, o internamento em centro psiquiátrico, de reclusão ou, em geral, qualquer relação especial de sujeição ou dependência dos poderes públicos. Artigo 31.º Queixas através de outras entidades As queixas podem ser apresentadas a qualquer agente do Ministério Público, ao Deputado da Nação ou ao Presidente de Assembleia Municipal, que as transmite imediatamente ao Provedor de Justiça. Artigo 32.º Forma de apresentação 1. As queixas apresentadas ao Provedor de Justiça dispensam a constituição de advogado, estão isentas de custas, e podem ser apresentadas oralmente ou por simples carta, fax, correio electrónico ou outro meio de comunicação desde que contenham a identidade, assinatura, morada, e outros meios de contacto bem como a identificação da entidade visada. 2. Quando apresentadas oralmente, as queixas são reduzidas a escrito, assinadas pelo queixoso sempre que saiba e possa fazê-lo e se o queixoso não souber assinar, recolhe-se a sua impressão digital, 32

33 mediante o seu consentimento. 3. Quando apresentadas por meio electrónico, as queixas são digitalizadas e assinadas de forma legível pelo queixoso. 4. Quando as queixas não forem apresentadas de forma clara, é solicitada ao queixoso a sua substituição. Artigo 33.º Sigilo profissional O Provedor de Justiça guarda sigilo relativamente a factos de que tome conhecimento no exercício das suas funções, sempre que tal sigilo se justificar em razão da natureza daqueles factos. Artigo 34.º Sigilo das comunicações 1. A correspondência dirigida ao Provedor de Justiça e que seja remetida a partir de qualquer centro de detenção, internamento ou custódia de pessoas não pode ser objecto de censura. 2. Não podem ser objecto de escuta ou interferência as conversas entre o Provedor de Justiça e qualquer pessoa nas situações referidas no número anterior. Artigo 35.º Recusa das queixas 1. O Provedor de Justiça recusa as queixas anónimas ou de má fé, que careçam de fundamento, que não sejam da sua competência e aquela cuja tramitação resulte em prejuízo de direito legítimo de terceiros. 2. A decisão do Provedor de Justiça que recuse queixas, não é susceptível de recurso. 3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, o queixoso pode requerer que as suas queixas sejam tratadas confidencialmente. Artigo 36.º Queixas de má fé 33

34 Em caso de manifesta má fé na apresentação das queixas, o Provedor de Justiça participa o facto ao agente do Ministério Público competente, para a instauração do procedimento criminal, nos termos da lei. Artigo 37.º Queixas sobre a actividade judicial Sempre que o Provedor de Justiça receba queixas relacionadas com o funcionamento e a administração da justiça, que pela sua natureza se encontrem fora do âmbito de sua acção, estas podem ser encaminhadas ao Conselho Superior da Magistratura Judicial ou ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme o caso, atendendo sempre à pertinência, utilidade e oportunidade do encaminhamento Artigo 38.º Encaminhamento para outras entidades 3. Quando o Provedor de Justiça reconheça que o queixoso tem ao seu alcance um meio gracioso ou contencioso, especialmente previsto na lei, pode limitar-se a encaminhá-lo para a entidade competente. 4. Independentemente do disposto no número anterior, o Provedor de Justiça informa sempre o queixoso dos meios graciosos e contenciosos que estejam ao seu alcance. 1. A queixa é arquivada quando: Artigo 39.º Arquivamento da queixa a) O Provedor de Justiça concluir que a mesma não tem fundamento ou que não existem elementos bastantes para ser adoptado qualquer procedimento; b) A ilegalidade ou injustiça invocadas já tenham sido reparadas pela Administração; 2. O interessado é sempre informado da decisão de arquivamento da queixa, bem como dos fundamentos que a motivaram. 3. A decisão do Provedor de Justiça de arquivamento da queixa não é susceptível de recurso, podendo haver, contudo, reclamação para o próprio. Artigo 40.º 34

35 Não interrupção do prazo de recurso As queixas dirigidas ao Provedor de Justiça não interrompem quaisquer outros prazos, nomeadamente os de recurso hierárquico e contencioso. Artigo 41.º Casos de pouca gravidade Nos casos de pouca gravidade, sem carácter continuado, o Provedor de Justiça pode limitar-se a elaborar uma chamada de atenção dirigida ao órgão ou serviço competente, ou dar por encerrado o assunto na sequência das explicações fornecidas. Artigo 42.º Audição prévia 1. O Provedor de Justiça deve sempre ouvir a entidade visada permitindo-lhe que preste os esclarecimentos necessários antes de formular uma tomada de posição. 2. É fixado o prazo máximo de 15 dias para a satisfação do pedido de esclarecimento, informação ou cooperação, podendo a entidade visada solicitar a prorrogação do prazo desde que devidamente fundamentada, o qual nunca poderá exceder os 45 dias. 3. A ausência de resposta dos órgãos ou agentes visados não impede a tomada de posição do Provedor de Justiça. Artigo 43.º Participação de infracções Quando no decurso do processo resultarem indícios suficientes da prática de infracções criminais, disciplinares ou contra-ordenacionais, o Provedor de Justiça deve dar conhecimento deles, conforme os casos, ao Ministério Público, ou à entidade competente para a instauração de processo disciplinar ou instrução do processo de contra-ordenação. Artigo 44.º 35

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