O SR. JOSÉ GENOINO: Pela ordem, Sr. Presidente.

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1 1 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATA DE COMISSÕES) COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL, PARTIDÁRIA E GARANTIA DAS INSTITUIÇÕES Ata da 1ª Reunião (instalação) Ao primeiro dia do mês de abril do ano de mil novecentos e oitenta e sete, às doze horas, na sala da Comissão de Relações Exteriores do Anexo II do Senado Federal, reuniu-se a Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das instituições, sob a Presidência eventual do Senhor Constituinte Furtado Leite, com a presença dos seguintes Constituintes: Antero de Barros, Antônio Britto, Arnaldo Martins, Arnaldo Moraes, Asdrubal Bentes, Daso Coimbra, Euclides Scalco, Fausto Fernandes, Francisco Sales, Hélio Rosas, lrapuan Costa Júnior, Israel Pinheiro Filho, José Melo, Evaldo Gonçalves, Jayme Santana, José Agripino, Maurício Campos, Artenir Werner, Jarbas Passarinho, Airton Cordeiro, Francisco Rossi, José Genoino, Mário Covas, Mário de Oliveira, Olavo Pires, Prisco Viana, Raimundo Lyra, Roberto Brant, Robson Marinho, Ronaldo Cézar Coelho, Rospide Netto, Ruy Nedel, Waldyr Pugliesi, Nivaldo Machado, Ricardo Fiuza, Ricardo Izar, Sadie Hauache, Ézio Ferreira, Saulo Queiroz, Luiz Marques, Telmo Kirst, Ottomar de Souza Pinto, Paulo Delgado, Lídice da Matta, Joaquim Haickel, Eunice Michiles, Nilson Gibson, Furtado Leite, Joaquim Francisco e Messias Góis. Havendo número regimental, o senhor Presidente declarou instalada a Comissão e esclareceu que iria proceder à eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes, convidando, nos termos regimentais, os Senhores Constituintes Nilson Gibson e José Genoino, para funcionarem como escrutinadores. Usou da palavra o Senhor Constituinte Mário Covas, para informar que pelo critério da proporcionalidade, com acordo feito pelas várias lideranças dos partidos, o PDS ficou com a Presidência desta Comissão. E aproveitando a oportunidade manifestou homenagem pessoal, pelo fato de que a Comissão certamente será enriquecida por contar com a Presidência do Senador, companheiro, Ministro e ilustre homem público Jarbas Passarinho. Continuando, esclareceu que a Primeira-Vice- Presidência ficou com o Constituinte Asdrubal Bentes e a Segunda-Vice-Presidência como Constituinte Saulo Queiroz. Realizada a eleição, e verificando-se a coincidência do número de sobrecartas com o de votantes, apurou-se o seguinte resultado: Para Presidente Constituinte Jarbas Passarinho 42 votos e Constituinte José Tavares 1 voto; em branco 5 votos. Para 1º-Vice- Presidente Constituinte Asdrubal 4 votos; em branco 4 votos. Para 2º-Vice-Presidente, Constituinte Saulo Queiroz 44 votos; em branco 4 votos. Foram proclamados eleitos Presidente, 1º- Vice-Presidente e 2º-Vice-Presidente os Senhores Constituintes Jarbas Passarinho, Asdrubal Bentes e Saulo Queiroz, respectivamente. Assumindo a Presidência o Senhor Constituinte Jarbas Passarinho agradeceu em seu nome e dos Constituintes Asdrubal Bentes e Saulo Queiroz, a honra com que foram distinguidos, esperando conduzir os trabalhos nesta Comissão de maneira eficiente, com a natural divergência de pontos de vista, que enriquecem, de qualquer maneira, um processo democrático. Em seguida designou o Senhor Constituinte Prisco Viana para relatar a matéria. Usou da palavra o Senhor Constituinte Israel Pinheiro Filho para parabenizar a indicação do Senhor Constituinte Jarbas Passarinho e propôs que constasse em Ata voto de louvor aos Líderes Mário Covas, PMDB, José Lourenço, PFL, Amaral Netto, PDS, Brandão Monteiro, PDT, Gastone Righi, PTB, Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e Adolfo Oliveira, PL, Mauro Borges, PDC, Haroldo Lima, PC do B, Roberto Freire, PCB, Jamil Haddad, PSB e Antônio Farias, PMB, pelo trabalho bem articulado, inteligente e sobretudo pelo desprendimento que foi exercitado para que chegassem a um bom entendimento, permitindo a instalação da Comissão, sem incidentes. Colocada em discussão e votação, a proposta foi aprovada. Continuando, o Senhor Presidente declarou a divisão da Comissão, nas seguintes Subcomissões: Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos; Subcomissão de Defesa do Estado, da Sociedade e de sua Segurança e Subcomissão de Garantia da Constituição, Reforma e Emendas. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente deu por encerrados os trabalhos, às doze horas e trinta minutos, cujo teor será publicado, na íntegra, no Diário da Assembléia Nacional Constituinte. E, para constar, eu, Sônia de Andrade Peixoto, Secretária da Comissão, lavrei a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente. ANEXO À ATA DA 1ª REUNIÃO (INSTALAÇÃO) DA COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL, PARTIDÁRIA E GARANTIAS DAS INSTITUIÇÕES, REALIZADA EM 1º DE ABRIL DE 1987, QUE SE PUBLICA COM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO DO SR. PRESIDENTE. O SR. PRESIDENTE (Furtado Leite): Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Declaro instalada a Comissão de Organização Eleitoral, Partidária, e Garantia das Instituições. A presente reunião destina-se à eleição do Presidente e dos vice-presidentes da Comissão. Convido os Srs. Constituintes para funcionarem como escrutinadores. Vai-se proceder à chamada nominal dos Constituintes integrantes da Comissão. À medida que forem sendo chamados, depositarão o seu voto na respectiva urna. Convido o Constituinte Nilson Gibson para fazer parte dos escrutinadores. O SR. JOSÉ GENOINO: Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Furtado Leite): Pela ordem, concedo a palavra ao nobre Constituinte José Genoino. O SR. JOSÉ GENOINO: À medida que se proceda à eleição, seria importante sermos informados quais são os candidatos. O SR. MÁRIO COVAS: Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Furtado Leite): Para Presidente, o Constituinte Jarbas Passarinho, para vice-presidentes, Asdrubal Bentes e Saulo Queiróz.. A Presidência solicita aos companheiros que, no momento em que pedirem a palavra, citem os nomes, ficarem registrados no serviço de gravação do Senado. O SR. MÁRIO COVAS: Sr. Presidente, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Furtado Leite): PeIa ordem, concedo a palavra ao nobre Constituinte Mário Covas. O SR. MÁRIO COVAS: Sr. Presidente, devo a esta Comissão uma justificativa que queria fazer neste momento. Pelo critério da proporcionalidade, cabe ao PDS a presidência de uma comissão. E no acordo partidário feito pelas várias Lideranças dos partidos, o PDS ficou, exatamente, com a presidência desta comissão. E, neste instante, gostaria de manifestar a minha homenagem pessoal, pelo fato de que esta comissão certamente será enriquecida por contar com a Presidência do Senador, companheiro, Ministro, ilustre homem público Jarbas Passarinho. (Palmas.) Dentro do critério de proporcionalidade, a primeira vice ficou com o PMDB, e foi indicado para ocupar esta primeira vice o companheiro do Pará Asdrubal Bentes. (Palmas.) A segunda vice-presidência coube ao PFL, e o PFL indicou o nome do Constituinte Saulo Queiróz. (Palmas.) Quero dizer, Sr. Presidente, por antecipação, já que a eleição só será feita para esses casos, que determina o Regimento deva o Relator ser indicado pelo Presidente; no caso, o Relator, num acordo de proporcionalidade, coube ao PMDB, e o PMDB ficou honrado em indicar um homem cujo conhecimento nessa área é inequívoco, o Constituinte Deputado Prisco Viana. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Furtado Leite): Iniciamos nossos trabalhos, chamando nominalmente cada um dos Parlamentares Constituintes. Procede-se à chamada. Convido o Constituinte José Genoino para compor a Mesa como escrutinador. A Presidência consulta se algum companheiro não votou, ou se ainda não assinou a lista de presença. (Pausa.) A Presidência pede a atenção dos companheiros que já tenham votado e deixado de assinar o livro, que o façam, pois vamos encerrar os nossos trabalhos. Está encerrada a votação. Os Srs. Constituintes iniciarão a apuração dos votos. A Presidência faz um apelo aos companheiros para que permaneçam no recinto, a fim de assistirem à posse do Presidente eleito, que será dentro de poucos minutos. O SR. PRESIDENTE (José Furtado Leite): A Presidência vai anunciar o resultado da eleição secreta. Presidente Senador Jarbas Passarinho 42 votos. Primeiro-Vice-Presidente Asdrubal Bentes 44 votos.

2 Segundo-Vice-Presidente Saulo Queiroz 44 votos. Para Presidente, o companheiro José Tavares obteve 1 voto. Convido o Sr. Presidente, Senador Jarbas Passarinho, juntamente com os dois Vice-Presidentes a assumirem os trabalhos. Passarinho): Srs. Constituintes, em nome de meus companheiros que acabam de ser eleitos, apresentamos a todos os nossos agradecimentos, e temos esperança bem fundamentada de que possamos conduzir os trabalhos nesta Comissão de maneira eficiente, com a natural divergência de pontos de vista, que enriquecem, de qualquer maneira, um processo democrático. Tenho a alegria de poder indicar para Relator da Comissão, e solicito que tome assento à Mesa, o nobre Deputado Prisco Viana. (Palmas.) Como sabem V. Ex. as, a nossa Comissão, como todas as Comissões, está subdividida em 3 Subcomissões. Declaro dividida, portanto, a Comissão nas 3 Subcomissões: Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos, Subcomissão de Defesa do Estado, da Sociedade e da sua Segurança, e Subcomissão de Garantia da Constituição, Reforma e Emendas. Temos o prazo de 24 horas para instalar as Subcomissões, com os seus Presidentes e Relatores. Os Relatores das Subcomissões, como está no Regimento, serão automaticamente guindados à composição da Comissão de Sistematização, o que não se dá com os seus Presidente, mas apenas os Relatores. O Presidente e o Relator desta Comissão são também Membros automaticamente incluídos na composição da Comissão de Sistematização. Creio que, nestas 24 horas, as Lideranças trabalharão para ainda eliminar algumas arestas ou dificuldades que possam surgir no momento do desdobramento da Comissão. Sabemos que algumas Subcomissões são mais desejadas que outras e, automaticamente, em alguns Partidos, está havendo maior número de candidatos a uma Subcomissão do que o Partido tem o direito de indicar. De maneira que faço um apelo, naturalmente às Lideranças, através dos companheiros aqui presentes, para que amanhã já possamos ter essas Subcomissões instaladas, o que dependerá, portanto, de um trabalho de liderança de Partido. Se não houver quem queira usar da palavra... O SR. ISRAEL PINHEIRO FILHO: Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. Passarinho): Concedo a palavra ao nobre Deputado Israel Pinheiro Filho. O SR. ISRAEL PINHEIRO FILHO: Em primeiro lugar, quero congratular-me com V. Ex.ª pela eleição de Presidente desta Comissão, tendo a certeza de que V. Ex.ª se sairá muito bem, pelo talento que sempre lhe foi característica das mais importantes. Em segundo lugar, pediria a V. Ex.ª que, ouvido o nosso Plenário, fosse submetido a aprovação um voto de aplauso e louvor às lideranças partidárias e, especificamente, quero simbolizar, na liderança do meu Partido, o Consti- ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 2 tuinte Senador, Mário Covas pelo trabalho bem articulado, inteligente e o esforço, sobretudo, que foi exercitado para que chegássemos a um bom entendimento, como chegamos aqui hoje, nesta eleição. Acho que é exemplo de desprendimento de todas as lideranças partidárias. Solicito a V. Ex.ª que na hora da elaboração da Ata, inclua o nome de todos os líderes partidários que tenham representantes na Constituinte, de todos os Partidos, para que esse voto seja extensivo a todos eles, pelo trabalho demonstrado e, sobretudo, peia articulação, permitindo que a instalação da nossa Comissão tenha sido tão rápida e sem nenhum incidente e se transforme em um desejo da grande parte da população brasileira, porque queremos ver uma Constituição que represente os anseios de toda a Nação. Passarinho): Está em discussão a proposta do Deputado e Constituinte Israel Pinheiro Filho. Não havendo nenhum dos Srs. Constituintes que queira fazer uso da palavra, encerro a discussão. Em votação. Os Srs. que aprovam a proposta, queiram permanecer sentados. (Pausa.) Aprovado. Amanhã, retomaremos os trabalhos, quando então faremos a composição das Subcomissões, provavelmente neste mesmo local, mas todos os Srs. Constituintes receberão informações a respeito. Está encerrada a reunião. (Levanta-se a reunião às 12 horas e 30 minutos.) ATA DA 2ª REUNIÃO, REALIZADA EM 26 DE MAIO DE 1987 Aos vinte e seis dias do mês de maio do ano de mil novecentos e oitenta e sete, às quinze horas e quarenta minutos, no Plenário do Senado Federal, reuniu-se a Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições, sob a Presidência do Senhor Constituinte Jarbas Passarinho, com a presença dos seguintes Constituintes: Airton Cordeiro, Antonio Britto, José Tavares, Ricardo lzar, Furtado Leite, Paulo Ramos, Antôniocarlos Konder Reis, Paulo Delgado, Israel Pinheiro Filho, Prisco Viana, Francisco Rossi, Asdrubal Bentes, Jutahy Magalhães, Nelton Friedrich, Nilson Gibson, Ottomar Pinto, Robson Marinho, Heráclito Fortes, Lélio Souza, Rospide Netto, Geraldo Fleming, José Fogaça, José Richa, Daso Coimbra, José Agripino, Luiz Soyer, Ruy Nedel e Fausto Fernandes. Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos, com a aprovação da Ata da reunião anterior, dispensando a sua leitura. A seguir, o Senhor Presidente expôs aos Senhores membros, as normas de funcionamento da Comissão, as quais foram aprovadas, após discutidas pelos Senhores Constituintes José Tavares, Israel Pinheiro Filho, Antonio Britto, Furtado Leite, Antôniocarlos Konder Reis, Prisco Viana, Airton Cordeiro, Ottomar Pinto e Ricardo lzar. Prosseguindo, os Senhores Constituintes Israel Pinheiro Filho e Furtado Leite indagaram sobre a posição dos suplentes. O Senhor Presidente lembrou que aos Senhores Constituintes é permitido total participação nos trabalhos das Comissões, ressaltando, no entanto, que no caso de deliberações, somente tem direito a voto o suplente em substituição do titular ausente, de acordo com e legenda partidária a que pertença e pela ordem cronológica de assinatura, no livro de presença da referida reunião. Por sugestão do Senhor Presidente, ficou decidido que os Senhores Relatores das Subcomissões terão espaço de tempo para exposição sobre os anteprojetos nas reuniões subseqüentes. O Senhor Presidente encerrou os trabalhos, convocando os Senhores membros para uma reunião a realizar-se no dia vinte e sete do corrente, às nove horas e trinta minutos, no mesmo local. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente deu por encerrados os trabalhos, cujo teor será publicado, na íntegra, no Diário da Assembléia Nacional Constituinte. E, para constar, eu, Sônia de Andrade Peixoto, Secretária da Comissão, lavrei a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente, Jarbas Passarinho. ANEXO À ATA DA 2ª REUNIÃO DA COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL, PARTIDÁRIA E GARANTIAS DAS INSTITUIÇÕES, REALIZADA EM 26 DE MAIO DE 1987, QUE SE PUBLICA COM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO DO SR. PRESIDENTE CONSTITUINTE JARBAS PASSARINHO RELATOR: CONSTITUINTE PRISCO VIANA (ÍNTEGRA DO ACOMPANHAMENTO TAQUIGRÁFICO) Passarinho): Declaro aberta a reunião, para o primeiro contato depois do trabalho das Subcomissões. Cada um dos Srs. Constituintes recebeu, da Secretária, um documento, preparado por nós, primeiro, para o Regimento Interno da nossa Comissão e, segundo, para abrirmos, dentro do prazo que nos foi deferido, os trabalho que devemos realizar. Vamos considerar que podemos abrir a reunião com o número que está presente, porque no momento não temos deliberações fundamentais a tomar. O primeiro documento que está colocado à consideração dos Senhores é o do Regimento Interno. Esse Regimento Interno não tem grande diferença daquele que até agora nos serviu nas Subcomissões e, conseqüentemente, é uma derivação do Regimento Interno da Constituinte. O SR CONSTITUINTE RUY NEDEL: Sr. Presidente, peço a palavra. Passarinho): Tem a palavra o Constituinte Ruy Nedel. O SR. CONSTITUINTE RUY NEDEL: Foi citado por V. Ex.ª que a Secretária teria distribuído o Regimento Interno. Isto não ocorreu. Passarinho): Peço desculpas a V. Ex.ª, mas neste momento V. Ex.ª o terá. Sugiro a V. Ex. as que, na leitura desse documento original, que seria o nosso Regimento Interno, atentassem para as normas gerais de ação, que passássemos rapidamente a uma leitura ordenada. A primeira parte trata do Presidente. É desnecessário determo-nos sobre cada um desses pontos, porque mera cópia do que é atribuído ao

3 3 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) Presidente na Assembléia Nacional Constituinte. Eu chamaria a atenção para o fato de que encontrei num documento de outra Comissão a solução de questão de ordem pelo Presidente, na alínea J, conclusivamente. Achei que isso não tinha cabimento dentro do Regimento Interno que nós aprovamos. Diz que: Ao Presidente compete resolver questão de ordem, cabendo, entretanto, do seu indeferimento, recurso para o Plenário da Comissão. Adotei o mesmo sistema. Se tiver de indeferir uma questão de ordem, o proponente pode recorrer da minha decisão para o Plenário. Lá adiante, vou fazer, á semelhança do que existe no Regimento Interno da Constituinte, uma exigência: que esse recurso seja acompanhado de mais quatro Constituintes, guardando praticamente a mesma proporção que temos entre o Presidente da Assembléia Nacional Constituinte e o Constituinte comum. O art. 2º é muito simples: "O Presidente será, nos seus impedimentos, substituído pelo 1º-Vice- Presidente. Na ausência deste, sucessivamente, pelo 2º-Vice-Presidente e pelo membro mais idoso da Comissão na ausência de todos. Não cito o membro mais idoso da Comissão porque é um galardão que muitos não vêem muita conveniência em ser citado. Mas já sabemos quem é e se encontra presente no plenário." Art 3º: "Em caso de vaga do Presidente ou dos Vice-Presidentes far-se-á o preenchimento por meio de eleição realizada nas 24 horas que se seguirem à vacância". Das reuniões As reuniões da Comissão serão ordinárias ou extraordinárias, não podendo a sua duração coincidir com o horário das sessões da Assembléia Nacional Constituinte. Por causa deste artigo do Regimento, não adotei o cronograma que me foi sugerido, e que agradeço, pelo Constituinte Asdrúbal Bentes, porque lá estava previsto, diariamente, uma reunião às 17 horas. A menos que a reunião seja extraordinária. Se ela é extraordinária, devo deixar as reuniões ordinárias colocadas pela manhã e me preservar no sentido de não violar desde logo o Regimento. Sendo oportuno e sendo necessário, marca-se reunião extraordinária para a tarde. Art. 4º Para participar das discussões, o Presidente deixará a direção dos trabalhos. As reuniões ordinárias realizar-se-ão de segunda a quinta-feira, a partir das 9 horas e 30 minutos. As reuniões extraordinárias serão realizadas em dia ou hora diversos dos préfixados para as ordinárias, inclusive sábados, domingos e feriados. O Constituinte Antônio Britto faz a observação de que não consta o domingo neste documento. De fato, temos que rever, para colocar. Houve uma tentativa, que eu explicaria, de ganhar um dia a mais, nobre Constituinte. Talvez por isto eu não lhe dei a explicação na ocasião. Pelo cronograma que recebemos da Mesa da Assembléia Nacional Constituinte, ontem, dia 25, deveríamos estar recebendo os anteprojetos em redação final. Sabemos que não foi possível essa entrega. Ainda está sendo entregue. Recebi apenas o anteprojeto da Subcomissão da Defesa do Estado, da Sociedade e de sua Segurança. Dois dias para publicação dos avulsos, cinco dias para discussão e preparo do parecer e do Substitutivo do Relator e depois mais cinco dias para discussão e votação. Colocando o domingo, encerraria no domingo o prazo, se considerássemos o dia 27 como inicial de contagem. Pulamos e colocamos na segunda-feira, o que dá um dia a mais para o recebimento das emendas. Mas é um assunto ao qual vamos voltar, logo depois da leitura do texto, porque há sugestões feitas, antes mesmo de começar a reunião, que me parecem muito interessantes. As reuniões da Comissão serão públicas. Art. 6º: Os trabalhos da Comissão serão iniciados com a presença de, pelo menos, metade dos seus membros e obedecerão à seguinte ordem: leitura e votação da ata da reunião anterior, leitura sumária do expediente recebido sobre matéria constitucional, discussão e votação da matéria constitucional. Eu faria uma consulta sobre a questão da ata, se a maioria insistiria na leitura obrigatória da ata ou se ela poderia ser, desde logo, considerada dispensável e depois entregue por escrito a cada um dos Constituintes, para ganharmos tempo. Para o fim previsto no caput deste artigo, o comparecimento dos membros da Comissão verificar-se-á por livro próprio de assinaturas, aberto 30 minutos antes do início da reunião. Se algum Sr. Constituinte não assinou o livro, seria conveniente fazê-lo. O livro está à disposição. O capítulo seguinte trata das atas. Passo para o anteprojeto da Constituição, art. 9º. Os anteprojetos recebidos na Comissão serão distribuídos em avulsos a todos os membros da Comissão para, no prazo de cinco dias seguintes destinados à sua discussão, receberem emendas. É um ponto importante para nós. O Serviço Gráfico do Senado Federal não deu conta do trabalho das 24 Subcomissões. Estamos com um trabalho retardado de impressão. Espero que não haja objeção a que consideremos, dentro de dois dias, a entrega desses avulsos, nos documentos que vamos produzir pelo Prodasen. Será uma condensação ou mera justaposição dos documentos recebidos como Redação Final das Subcomissões. Se não houver objeção, consideraríamos aquilo como avulso feito: cada um receberá o seu conjunto. A Secretaria está preparando isto, através do Prodasen. Será distribuído a todos os membros titulares e a todos os suplentes. Todos terão a documentação completa. De acordo? "Encerrada a discussão o Relator terá cinco dias para emitir parecer sobre os anteprojetos e as emendas, que será distribuído em avulso, sendo em seguida a matéria colocada em votação." Sobre este assunto quero voltar logo depois da leitura. "As emendas rejeitadas serão arquivadas, podendo no entanto serem reapresentadas na fase oportuna. Fica vedada a apresentação de emenda que substitua integralmente o anteprojeto." Todos os que passaram por Subcomissões já sabem que é a norma. As deliberações sobe matéria constitucional exigirão maioria absoluta de votos. É interessante considerar isto, porque todas as deliberações, menos as de natureza administrativa, serão sobre matéria constitucional. Portanto, a nossa regra, aqui, vai ser a metade mais um dos componentes da Comissão. O voto será pela aprovação, com restrições, e vencido, quando for pela rejeição. Este foi um assunto que me levou a pesquisar o Regimento Interno do Senado, no ano passado, quando tive a honra de presidir a Casa, em que o voto com restrição era considerado como voto de rejeição. Mas agora está claro, inclusive no Regimento Comum, com a sua edição, que o voto com restrição é pela aprovação. É importante estarmos logo de acordo sobre isto. Aprova-se pela conclusão, aprova-se com restrição naturalmente, aí, caberá alguma declaração de voto que o Constituinte quiser fazer e o voto contrário, que será pela rejeição. É o único voto contrário a ser considerado. O SR. CONSTITUINTE JOSÉ TAVARES: Sr. Presidente, V. Exª me permite uma questão de ordem? Passarinho): Pois não. O SR. CONSTITUINTE JOSÉ TAVARES: E quando o Constituinte quiser se abster? É um direito dele deixar de se expressar a favor ou contra, abster-se de votar. Passarinho): O nosso Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte não prevê o caso da abstenção, mas acho que isso pode ser resolvido levando-se em consideração a ordem hierárquica dos documentos do Congresso. Essa ordem hierárquica vem a partir do Regimento Comum; na falta ou omissão deste, o Regimento do Senado, e na falta ou omissão deste segundo, o Regimento da Câmara. No Regimento do Senado e no Regimento da Câmara, o caso de abstenção é considerado para efeito de quorum. Temos, inclusive, disposto, neste painel, o sim, o não e a abstenção. A abstenção dos votos do Senado é computada como voto presente para efeito de quorum, mas não para efeito de contagem de votos positivos ou negativos. Ainda completando esta questão de ordem do Constituinte José Tavares, mostra-me a

4 Drª Sarah aqui o Regimento da Câmara, "da votação." Não sou muito entendido no Regimento da Câmara, porque ele era a terceira alternativa, no tempo em que presidi o Senado. Então, normalmente, era o Regimento Comum e o Regimento do Senado. Mas, no art. 170, está: "A votação completa o turno regimental da discussão: 3º O Deputado poderá excusar-se de uma parte da votação, registrando simplesmente abstenção". Acho que resolve a questão de ordem. E ficando claro que conta para efeito de quorum. O SR. CONSTITUINTE JOSÉ TAVARES: V. Ex.ª permite que faça um comunicado? Passarinho): Pois não. O SR. CONSTITUINTE JOSÉ TAVARES: Quando recebi a convocação para a reunião de hoje, havia assumido um compromisso inadiável de grande importância para o meu Estado. Lamento ter que me ausentar, mas venho aqui, como alguém que presidiu a Subcomissão de Defesa do Estado, dizer a V. Ex.ª que a Comissão que V. Ex.ª preside, e a da qual este Constituinte faz parte, poderá contar comigo, a partir de agora, nos trabalhos e em todos os sentidos. Quero augurar a V. Ex.ª, ao nobre Relator e aos demais Membros desta Comissão pleno êxito, que tenham muita sorte na condução dos trabalhos e que possamos, ao final realizar um esboço naquilo que possa traduzir os anseios e a expectativa da nossa população. Peço desculpas ao registrar a minha saída, exatamente em razão desse compromisso inadiável que assumi anteriormente. Passarinho): Agradeço as palavras de V. Ex.ª. Elas são tão importantes para nós, que traduzem o seguinte: Oxalá possa eu, na Presidência, com os meus companheiros, ter o mesmo desempenho que V. Ex.ª teve na Subcomissão. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Sr. Presidente, peço a palavra. Passarinho): Tem a palavra o Constituinte Israel Pinheiro. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Dentro da área de V. Ex.ª, Já podemos discutir ou vamos esperar V. Ex.ª terminar toda a leitura? Passarinho): Quando começamos a reunião, foi sugerido que lêssemos apenas os assuntos fundamentais. Eu pediria a V. Ex.ª que concordasse comigo. Vou ler os assuntos fundamentais e, logo em seguida, discutiremos. Tanto que já passamos alguns artigos sem ler. Durante a discussão do anteprojeto, o Relator usará da palavra pelo prazo de 20 minutos. É outro ponto que tive o cuidado de colocar no nosso Regimento Interno. Vamos verificar, aí, que para a discussão, demos 10 minutos para cada Constituinte, o que me parece suficiente. ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 4 As questões de ordem, como na regra geral, têm 5 minutos para serem formuladas, de maneira objetiva, clara e de assunto pertinente. Ao final da discussão, serão concedidos mais 20 minutos ao Relator, para considerações finais, sem aparte. Satisfaz, Deputado Prisco Viana? O SR. CONSTITUINTE PRISCO VIANA: inteiramente. Passarinho): "De votação". Este é um ponto importante. "A votação do substitutivo far-se-á em globo, ressalvados os destaques concedidos". Assim, quando vier o substitutivo do Relator Prisco Viana, a votação pode ser em globo, ressalvados os destaques. "Rejeitado o substitutivo, compete ao Relator redigir o parecer que represente a decisão da Comissão, consignando no mesmo, pormenorizadamente, a matéria vencida". Isto é conseqüência de uma consulta feita pelo Deputado José Lins ao Presidente Ulysses Guimarães. A solução foi dada com este ofício que está citado. No encaminhamento da votação, três minutos cada membro da Comissão por 3 minutos, um membro da Comissão a favor e outro, contra sem apartes, tendo o autor preferência. Verificada a inexistência de quorum para a votação, o Presidente poderá suspender a reunião pelo tempo necessário à sua complementação. É importante ler isto, porque, se algum Constituinte resolver obstruir, o que é um direito, sabe que conta com essa perspectiva de pedir a verificação de quorum, e seremos obrigados a conceder. Os destaques serão apresentados por escrito, lidos. Dificilmente serão indeferidos. Se forem indeferidos, há recurso para o plenário. Processo de Votação As matérias constitucionais somente serão votadas pelo processo nominal. Não haverá processo simbólico. Será feito pela chamada, de acordo com a ordem alfabética. Eu pergunto ao Presidente Israel Pinheiro o Presidente José Tavares já se retirou e ao Presidente Fausto Fernandes se nas Subcomissões adotaram o critério do suplente ser aquele que primeiro escreve no livro, correspondente ao seu partido. Foi feito assim? O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Na verdade, V. Ex.ª levantou um problema, para o qual é preciso haver uma regulamentação. Poderia falar agora ou vamos esperar? Passarinho): Agora. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Quando a Comissão não tem muito problema, não tem muito atrito, quando é uma Comissão mais ou menos passiva, como espero que esta seja, não haverá problema algum em aceitar a inscrição pela ordem de chegada. Mas na Subcomissão do Poder Executivo, da qual faço parte como suplente, surgiu um problema desagradável, sob certo aspecto, para o qual é preciso que se tome alguma providência. Pensando a respeito da matéria, sugiro a V. Ex.ª que inclua no nosso Regimento Interno alguma proposta do tipo da que vou apresentar, naturalmente, a modificações. Acho que se deveria dar um prazo de 30 minutos, antes da abertura dos trabalhos, para a inscrição dos suplentes. Evidente que o suplente é do Partido. Não há dúvida. A dúvida é quem primeiro assina. Senão teremos o mesmo vício que havia nas inscrições do Grande Expediente da Câmara dos Deputados, antes daquela decisão do sorteio. A minha proposta é que se adote e mesma solução adotada na Câmara, com muito sucesso. Os que chegarem na meia hora anterior ao início dos trabalhos serão submetidos a um sorteio, para evitar os problemas que V. Ex.ª já identificou. Esta é a minha proposta. Passarinho): Obrigado. Constituinte Fausto Fernandes com a palavra. O SR. CONSTITUINTE FAUSTO FERNANDES: Na nossa Subcomissão não tivemos problema algum. É uma Subcomissão sem muita polêmica. Os suplentes chegavam, se inscreviam e participavam sem nenhuma reclamação. Quanto à norma para a Comissão temática, temos que ver o problema. Passarinho): Tem a palavra o nobre Constituinte Ruy Nedel. O SR. CONSTITUINTE RUY NEDEL: Pessoalmente, temos um ponto de vista um pouco divergente do apresentado. Temos notado que diversos suplentes têm se titularizado nas Subcomissões pelo seu trabalho efetivo e continuada participação. Se passam a não ter o direito ao voto, que têm conquistado pela presença na madrugada das reuniões e pela presença no início dos trabalhos, no momento decisivo da votação, por questões de divergências, de litígio, e é colocado em um grupo para um eventual sorteio, não me parece o processo mais justo. Temos notado, em diversas Subcomissões, suplentes que têm, efetivamente, tido uma participação como titulares, porque se titularizaram pela sua participação, pelo seu trabalho, porque quase nunca existe a presença de 100% dos titulares. O SR. FAUSTO FERNANDES: É uma nova proposta: aquele que tiver maior número de presença nas reuniões anteriores, talvez tenha preferência sobre o titular que nunca compareceu. Esta é uma boa proposta. Passarinho): Eu pediria que V. Ex. as se pusessem de acordo... O SR. FAUSTO FERNANDES: Eu já concordo. A idéia é brilhante. Passarinho): Mas, para mim, a dificuldade está em como colocar isto numa regra. Ao passo que a assinatura

5 5 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) pelo prazo, para aquele que primeiro chegasse e assinasse, resolveria facilmente; do ponto de vista burocrático. Não sei se ocorrerá que essa pessoa que chega, assina, vai embora e aí entra a sua observação com muita justeza não participa dos debates, mas votará em lugar daquele que está lá participando, ouvindo tudo e que, na hora de votar, é substituído por aquele que assinou antes. Era esta a colocação que o Constituinte Israel Pinheiro fazia. Sugiro que se pense um pouco sobre esta questão e que se adote o princípio sugerido pelo Constituinte Israel Pinheiro, no sentido de se colocar no Regimento. Colocaríamos, então, no Regimento, uma decisão dessa natureza. Vamos ainda amadurecê-la e colocá-la. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Há um outro problema que surgiu na Subcomissão. Talvez deva constar do Regimento que quando o suplente inicia os trabalhos, passa a participar efetivamente. Houve, uma questão de ordem, a qual não teve solução no tempo regimental, pelo menos no meu entender, no sentido de que o suplente só participa dos trabalhos na hora em que participa de uma votação. Essa argumentação não me convenceu. Então, é para ficar bem claro que, no início dos trabalhos o suplente presente já está participando dos trabalhos. E por uma razão muito clara: tentaram substituir o suplente, após o início dos trabalhos, o que achei uma violência, um arbítrio. É bom que constasse isso. O SR. ANTÔNIO BRITTO: Da votação, não, porque a votação só se processa, às vezes, muito após o início dos trabalhos. No início do trabalho, constando a presença do suplente, a sessão já foi iniciada, e, pelo Regimento da Câmara, não se pode substituir o suplente ou o membro efetivo. Essa definição de "tendo iniciado os trabalhos" é um pouco difusa, porque alguns argumentaram que iniciar o trabalho é quando ele participa de algum processo votatório. Acho que não. Passarinho): Primeiro, no Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte que votamos na primeira parte dos nossos trabalhos, é facultado ao suplente e a qualquer membro que não-suplente participar das reuniões das Comissões, ter voz e não ter voto. Todo o problema está no voto. O SR. ANTÔNIO BRITTO: Exatamente. O problema todo está no voto. Passarinho): Então, vamos ter cuidado na hora de pôr esta questão no nosso Regimento, como fazê-lo, porque vai ser muito difícil ao Presidente da Casa acompanhar se o suplente que assinou o livro em primeiro lugar não participou de coisa alguma e só vem para votar de acordo com o seu Líder, por exemplo. Ao passo que o outro participou, discutiu, assinou em segundo lugar, e vai ser preterido porque não assinou em primeiro. Do contrário, como verificar essa freqüência, essa assiduidade, essa participação efetiva? Acho que não há muito o que fugir do problema da lista de freqüência. É uma impressão preliminar. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITTO: Sr. Presidente, peço a palavra. Passarinho): Com a palavra o Constituinte Antônio Britto. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITTO: Na minha Subcomissão, nós nos detivemos durante aproximadamente 12 horas, debatendo este problema e chegamos a um entendimento que me parece na linha do que V. Ex.ª anuncia, e muito claro. Se qualquer Constituinte, a qualquer tempo poderá participar dos trabalhos, isso não cria nenhuma inibição, nenhuma necessidade de definição prévia de ali se encontrar na condição de titular ou de suplente. Passarinho): Certo. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITTO: O momento crucial é o momento da votação. Ela se faz pela chamada dos titulares. E em havendo algum ausente se estabelece a suplência. Então, o único cuidado que se tomou foi de que e sugiro a V. Ex.ª iniciada a substituição do suplente pelo titular que retorna à função apenas não se desse uma vez iniciada a tomada de votos. Passarinho): Certo. Está até muito consoante com o que o Regimento prevê em termos de votação. Ela não pode ser interrompida Nesse caso, não haveria como modificar. A questão é saber quem vota por quem? Ausente um, é preciso saber quem assumiu a posição e vai votar. O SR. CONSTITUINTE FURTADO LEITE: Sr. Presidente, pela ordem. Passarinho): Pois não. O SR. CONSTITUINTE FURTADO LEITE: Não sei exatamente, na qualidade de suplente, se me permite pedir a V. Ex.ª a palavra pela ordem. Passarinho): Pois não. O SR. CONSTITUINTE FURTADO LEITE: Esclareço a V. Ex.ª, ao mesmo tempo, que desejava estar conciente de uma decisão a respeito da posição do suplente. Evidentemente, sou suplente, na Subcomissão, até com privilégio. Dei posse a V. Ex.ª, abri os trabalhos, no início da Comissão. Tenho outras atribuições na Casa: sou efetivo de outra Subcomissão, que exige a minha presença. Estarei aqui. Recebi o convite de V. Ex.ª para estar presente. Vim, com muito prazer, prestigiar os trabalhos dos companheiros desta Comissão. Gostaria de pedir a V. Ex.ª uma definição com relação à posição dos suplentes, porque tenho muito prazer em estar aqui, mas também tenho o meu tempo bem comprometido em outros trabalhos. Esta é a minha consulta a V. Ex.ª. Passarinho): A presença do suplente é bem-vinda. Veja V. Ex.ª que abrimos a reunião até arranhando um pouco o Regimento, porque não tínhamos maioria absoluta para fazê-lo. Vislumbro aqui, também, um suplente das mesmas qualidades que o Deputado Furtado Leite, o Deputado Konder Reis, um pouco lá atrás, porque talvez S. Ex.ª suponha que suplente tenha que sentar atrás. Mas nós o estamos divisando bem. O papel do suplente é justamente o de suprir a ausência. Daí a sua própria denominação léxica. Ele supre a ausência de alguém. Isso, na medida em que se tomar necessária a votação. Fora disso, ele tem inteira autoridade, como Constituinte, para participar dos trabalhos da Comissão. Mas V. Ex.ª só nos honra participando dos trabalhos da Constituição e, na ausência dos Deputados do Partido de V. Ex.ª, e V. Ex.ª votando, o faz com inteiro respaldo do Regimento da Casa. O SR. CONSTITUINTE FURTADO LEITE: Muito obrigado a V. Ex.ª. Passarinho): "Da Ordem de Votação". Gostaria de chamar a atenção para a questão de facilidade dos trabalhos. A experiência que temos, na Casa, mostra que o Relator, ao fazer o seu relatório final e apresentar o Substitutivo, encontra uma série de emendas. A umas ele dá parecer favorável; a outras, parecer contrário. Nós estamos sugerindo que primeiro se vote as emendas com parecer favorável, em globo, sem prejuízo dos destaques concedidos. Qualquer constituinte que pede destaque, este lhe é concedido, vota-se o que já teve parecer favorável, em globo, sem prejuízo dos destaques. As emendas com parecer favorável, destacadas, serão decididas e votadas uma a uma. O mesmo, em seguida, para as emendas com parecer contrário. Então, votaríamos, primeiro, as emendas com parecer favorável e, depois, as com parecer contrário; primeiro as emendas com parecer favorável, destacadas, uma a uma e, depois, emendas com parecer contrário destacadas, uma a uma. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO FILHO: Sr. Presidente, vou divergir um pouco de V. Ex.ª. Passarinho): É um direito, sem dúvida. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO FILHO: Divergir no bom sentido, no sentido construtivo. Se V. Ex.ª permitir que isto permaneça no nosso Regimento, não vamos terminar a votação nunca. V. Ex.ª tem que admitir a votação em globo. Não o conseguirá. Na nossa Subcomissão foram apresentados, em algumas dissenções 400 ou 500 pedidos de destaque. Na nossa, uns 100, 150, 130. Aqui, provavelmente, uns 400 a 500. V. Ex.ª não terá tempo material. É permitido, pelo Regimento, que se vote em globo. V. Ex.ª deveria examinar. Estive conversando com a Assessoria da Presidência da Assembléia Nacional Constituinte e disseram que se permite a votação em globo. Não entendi bem, porque entra em choque. V. Ex.ª vai argumentar. Já me convenceram pelo menos acho que eu me convenci porque facilita os trabalhos. Temos que votar em bloco as emendas que não tenham pedidos de destaque. As emendas destacadas e com parecer favorável serão votadas uma a uma. O SR. CONSTITUINTE (Não identificado): Em globo, destacada apenas que eu tenho que votar uma a uma em globo ou em bloco? O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO FILHO: Perdão, é que eu li o parágrafo, o artigo de cima. V. Ex.ª tem razão. Passarinho): "Das Questões de Ordem". Nós já sabemos o que é uma questão de ordem. Não vou ler. Deve ser objetiva, indicar isto etc.

6 "Para contraditar a questão de ordem, será permitido a um só membro da Assembléia falar por prazo não excedente ao fixado no caput". Aqui pode haver um tipo de malícia que eu suponho não será utilizado nesta Casa, mas pode ser que alguém peça a palavra para contraditar a questão de ordem e com ela vá concordar. Por isto, é preciso verificar se a questão de ordem foi contraditada ou não. "Nenhum Constituinte poderá renovar, na mesma reunião, questão de ordem nela decidida pela Presidência. "Quando a Presidência verificar que a questão de ordem não se refere efetivamente aos trabalhos, poderá cassar a palavra do Constituinte que a estiver usando." Isto é do Regimento da Constituinte. Acho forte, acho violenta. Durante o tempo de experiência na Casa jamais cassei a palavra; apenas, terminada a formulação, dizia que não há questão de ordem, que houve apenas um processo de obstrução. Decidia e passava adiante. Mas está no Regimento da Casa, e eu reproduzi. "De decisão do Presidente sobre questão de ordem cabe recurso ao plenário da Comissão, desde que tenha no mínimo o apoio de 5 Constituintes, incluindo o autor do recurso." Bem, como nós dissemos que íamos apenas tocar alguns pontos fundamentais e voltar a um ponto fundamental, este ponto fundamental surge agora. Peço a atenção particularmente do nosso preclaro Relator. Nós distribuímos esse cronograma de trabalho e com o Constituinte Prisco Viana, antes de começar a reunião, verificamos que companheiros deram opiniões que pareceram muito sensatas e muito oportunas. Pelo cronograma, estaríamos, hoje, fazendo esta instalação; teríamos até o dia 27 para apresentar os avulsos e, aí, começaria, imediatamente, o prazo. Era assinado um prazo ao Relator, de cinco dias, e durante esses cinco dias nós íamos discutir. Discutir o quê? É a pergunta que eu mesmo me fiz. O que é que eu vou discutir? Vou discutir o que já se discutiu nas Subcomissões? Uma vez que não se conhece o parecer do Relator sobre a nova matéria, ou o substitutivo do Relator, o que fazer? Sobre ele, provavelmente, é que incidirá a aprovação ou concordância ou a discordância. De maneira que há uma proposta que eu submeto ao Relator em primeiro lugar e à Casa em segundo; fazer uma composição diferente da distribuição dos trabalhos no tempo. O tempo eu não posso alterar, porque ele me é imposto pelo Regimento Interno; eu terei cinco dias para este fim e, depois, cinco dias mais para a apresentação do Substitutivo e a votação. Devemos estar encaminhando este nosso trabalho à Comissão de Sistematização no dia 15 de junho. De maneira que a sugestão que me pareceu interessante, feita pelo Constituinte Israel Pinheiro Filho, e pelo Constituinte Konder Reis e outros companheiros, é a de modificar, por exemplo: se o Constituinte Konder Reis quisesse dar a sua opinião a respeito, eu apreciaria muito, já que eu posso estar divulgando aquilo que não é exatamente o seu pensamento, mas tive a idéia que seriam dado três dias originais, não eram? Desses cinco dias nós daríamos três dias ao Rela- ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 6 tor, para que ele, neste período, preparasse uma espécie de condensação dos anteprojetos recebidos, e produzisse o seu Substitutivo, e a partir daí, nós utilizaríamos os outros sete dias do prazo total de dez, para apresentação das emendas e discussão. Deixo em aberto a questão. Seria isto Constituinte Konder Reis? Parece que há uma variante. O SR. CONSTITUINTE ANTONIOCARLOS KONDER REIS: Sr. Presidente, Srs. Constituintes, é exatamente isto; entendo que as emendas apresentadas pelos Membros da Comissão devem ser dirigidas ao trabalho do Relator e não aos esboços produzidos pelas Subcomissões. Se porventura nós tivermos de coincidir o prazo para apresentação de emendas com o prazo para o Sr. Relator apresentar o seu parecer, estas emendas só podem ser apresentadas aos esboços produzidos pelas Subcomissões. Então, nós não iríamos emendar o trabalho do Relator da Comissão, nós iríamos apresentar emendas sobre o resultado final da tarefa cometida às Subcomissões. Diante desta dificuldade, o Deputado Israel Pinheiro Filho e eu, coincidentemente, tivemos a idéia de abrir um prazo para o Sr. Relator apresentar o seu parecer sobre os esboços que forem encaminhados à Comissão, compatibilizá-los, coordená-los, dar uma forma capaz de fazêlos harmoniosos, coerentes e sem quaisquer contradições. Apresentado este trabalho na forma de substitutivo, a Comissão teria oportunidade para emendá-lo por três dias e três ou quatro dias para discutir e votar o Substitutivo e as emendas. Sr. Presidente eu queria discutir a idéia. Passarinho): Tem a palavra o Sr. Relator. Não prefere ouvir outras considerações e discutir no final? Eu gostaria de deixar algumas idéias logo, pois talvez, quem sabe, Deus queira inibir outras idéias a este respeito, o nobre Constituinte Konder Reis traz uma sugestão muito imaginativa, más data venia de S. Ex.ª, eu tenho a impressão de que S. Ex.ª está inovando em relação ao Regimento. O art. 18 do Regimento diz expressamente o seguinte: "Na Comissão, os anteprojetos serão distribuídos em avulsos a todos os seus Membros para, no prazo de cinco dias seguintes destinados a sua discussão, receber emendas". O Relator terá que dar parecer aos anteprojetos das Comissões. O que S. Ex.ª talvez queira se referir é que se faça uma, digamos não diria sistematização, mas que se faça um texto único, colocando os três anteprojetos para facilitar a sua discussão. Isto poderá ser feito sem contudo quebrar a característica ou condição de que são anteprojetos distintos os três anteprojetos que irão receber emendas e deverão receber pareceres do Relator, que concluirá oferecendo um texto único na forma de substitutivo, é a minha opinião, Sr. Presidente. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO (Pela ordem): Sr. Presidente. Não há dúvida de que existe uma quebra, no que preceitua o Regimento Interno, mas eu gostaria de aduzir um argumento para defender a proposta aqui apresentada, porque nós passaríamos a trabalhar em cima de uma peça nova, que nos seria apresentada pelo Relator da Comissão Temática. Parece-me que nós corremos o risco de termos à reapresentação pura e simples de muitas emendas já levadas à discussão e votação nas Subcomissões. Ora, nós sabemos que, basicamente, a peça mais importante da Comissão Temática vai ser produzida pelo Sr. Relator, de posse dos três relatórios e dos três anteprojetos das Subcomissões. S. Ex.ª, o Sr. Relator, elabora um anteprojeto da Comissão Temática, que seria então submetido ao Plenário, para receber as emendas e posteriormente ser discutido e votado. Reconheço que, realmente, se arranha o que se estabelece no Regimento Interno, mas, aduso que existe a grande vantagem de nós operarmos em cima de uma peça nova de trabalho. É a minha opinião. Verifico aí um habilidoso artifício para acabar com a figura do Substitutivo. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Não, não existe isto. Só que eu insisto em que nós teremos que dar o parecer em anteprojetos, e o parecer terá que concluir por um substitutivo que irá, aí sim, fundir todos estes projetos numa proposta substitutiva de anteprojeto. O que nós teríamos é, se me permite V. Ex.ª... Passarinho): O Constituinte Airton Cordeiro, com a palavra. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: O que realmente aconteceria seria uma inversão do processo de elaboração do documento final. Passarinho): Entendi a colocação do mesmo modo. Agora, respeito a posição do Relator, até porque ele tem prazo num determinado período que pode ser restringido pela sistemática de trabalho que nós estamos pensando em adotar. Então, vamos respeitar um pouco a posição que o Relator defende. Ouço o Constituinte Antônio Britto. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITO: Sr. Presidente, eu gostaria de aduzir as razões já colocadas pelo Relator, e me preparava para fazer a leitura do art. 18, o seguinte fato. Passarinho): Só me permito interrompê-lo para dizer, sou escravo do Regimento, mas eu achei que fui acusado, ainda há pouco de ser muito quadrado por ser escravo do Regimento. Eu achei que a colocação poderia ser combinada entre nós sem a violação maior, que era a violação do prazo. Desculpe interromper. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITTO: Seguramente nós teremos outras oportunidades para subverter, a ordem. O SR PRESIDENTE (Jarbas Passarinho): Não comigo. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITTO: Sr. Presidente, as três peças que nós temos, aliás temos duas até agora, virá a terceira, são de conhecimento, até este momento da Subcomissão que as produziram. O prazo que está aberto, não há prazo aberto apenas para os integrantes desta Comissão, é um prazo aberto dentro da Casa, para o oferecimento de emendas. Qualquer alteração neste sentido traria evidentemente ganhos

7 7 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) em um outro aspecto aqui referido, mas criaria esta dificuldade; todos os outros Constituintes estão, por decisão da Mesa, interpretando o Regimento, e estão autorizados a, uma vez divulgados os avulsos, oferecerem emendas que trarão então material novo, a exame do Relator. Então, me parece que apesar de alguns ganhos que se poderia ter em relação à proposta defendida pelo Constituinte Konder Reis e pelo Constituinte Airton Cordeiro, há estes dois problemas: o primeiro, o Regimento e, o segundo, é que virá um material novo, oferecido pelo conjunto da Assembléia Nacional Constituinte, e nós teremos o nosso material novo, dentro de 10 dias, quando o Constituinte Prisco Viana oferecer o seu parecer. Passarinho): Para mim o Regimento é insuperável, ele só seria superado se nós todos nos puséssemos de acordo com isto, desde que não rompêssemos o prazo, não ultrapassássemos o prazo. Creio que, como foi colocado pelo Constituinte Konder Reis, pelo Constituinte Airton Cordeiro, e pelo Constituinte Israel Pinheiro nós vamos ficar nestes primeiros cinco dias, enquanto o relator faz o seu substitutivo, nós vamos ficar discutindo sobre o passado. Porque não se conhece nada do que vai ser o substitutivo do relator, não se pode penetrar na consciência dele previamente. Então, nós vamos ficar discutindo sobre passado. Neste caso, a proposta que V. Ex.ª mesmo fez há pouco, antes de nós abrirmos a reunião, acho que voltaria a ser objeto de consideração. Vamos discutir o quê? Se os anteprojetos estão sendo objetos de estudos detalhados do relator, que vai sobre eles opinar, e vai apresentar substitutivo, é evidente que, quando ele apresentar o substitutivo, nós vamos verificar, primeiro, se ele pura e simplesmente justapôs os anteprojetos e aceitou todos os anteprojetos como vieram, o que é duvidoso; segundo, se há modificações e, a partir daí, quais as emendas que nós vamos oferecer. Serão emendas realmente ao trabalho do relator, são emendas do substitutivo. O substitutivo, pelo seu nome, ele pressupõe uma proposição original, tanto que não se poderia chamar de substitutivo aquilo que vem da subcomissão. A subcomissão é que é o documento original, que é o anteprojeto. O substitutivo é uma emenda, é uma grande emenda ao anteprojeto, por isto é que é um substitutivo. Se fosse uma emenda ou duas, seria um anteprojeto original. Quando se faz um substitutivo é porque são várias emendas que o relator pode achar conveniente fazer. Então, na verdade, a rigor dentro do processo legislativo, nós estaremos chamando isto de subemendas, ao substitutivo do relator. Bom, mas, neste caso pergunto eu, seria compatível com o desejo da comissão, o ponto de vista levantado pelo Constituinte Antonio Brito, que nestes primeiros 5 dias que nós vamos ter aqui, e que nós incluímos até a segunda-feira, nós discutíssemos isto precedido de uma espécie de relatório, que cada relator da subcomissão faria à nossa comissão com uma espécie de retrospectiva de seu trabalho, para colocar a Comissão como um todo, a par do que se fez em compartimentos isolados? sussurra o relator para mim, que é uma boa idéia, então, nós combinaríamos com os presidentes de comissão, que os seus relatores fizessem, usassem da palavra, nas sessões seguintes, em cada reunião um relator, rela- tando aquilo que havia acontecido, na sua comissão, na sua subcomissão, o contencioso fundamental que lá havia sido debatido, preparando o espírito dos Membros da Comissão, para a análise do substitutivo que o relator vai apresentar. Tem a palavra o Constituinte Israel Pinheiro. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Volto a insistir um pouco na tese anterior defendida pelo Constituinte Konder Reis, e gostaria de chamar a atenção do nosso relator Prisco Viana. Aqui está o seguinte prazo para recebimento de emendas. Evidentemente, nós vamos apresentar emendas sobre os anteprojetos das três subcomissões, como já ficou bem claro aqui. O relator vai pegar estas emendas, dar um parecer sobre elas, incluindo ou não no seu substitutivo, e, então, na segunda-feira, dia 8 de junho, apresentamos o relatório, distribuição de avulsos, e votação no dia 10. Acontece, Sr. relator, é que as emendas que vamos apresentar até segundafeira, às vezes, o pedido de destaques delas não resolve o problema de mudança de ponto de vista de V. Ex.ª apresentado num dos artigos do relatório; não combina, não casa, cria o vazio, o vácuo. Aconteceu isto na nossa comissão, está aqui o nosso ilustre relator Francisco Rossi. Porque começa-se uma votação, eu divirjo de um artigo, e rejeito o artigo. Peço a suspensão deste artigo e eu não tenho uma emenda própria para incluir no lugar do artigo suprimido. Então, a proposta do Constituinte Konder Reis está exatamente para evitar que isto aconteça, que não haja uma seqüência, que não se perca uma seqüência, uma lógica, dentro do substitutivo ou do parecer final de V. Ex.ª sobre um substitutivo. Eu queria aduzir mais alguns argumentos, contrariando um pouco o nosso ilustre companheiro Antonio Britto. S. Ex.ª falou muito bem, existem outras condições, mas também nós temos interesse em outras comissões. O constituinte que realmente deseja participar da Constituição, ele tem que participar das outras, lógico. Então, é preciso que haja um pouco de elasticidade em matéria de prazo não infringindo o Regimento, ou então o entendimento de lideranças, que possa haver, assim, um pouco de um espírito de entendimento, de paciência, para que possa conciliar os interesses dos constituintes e o açodamento que está acontecendo com o processo legislativo constitucional, porque nós estamos ficando sem tempo. Terminamos ontem, uma hora da manhã, a nossa subcomissão, já estamos aqui, já estão abertos prazos de emendas, encerram-se em quatro dias. Não tenho tempo, Sr. Presidente e Sr. relator, não terei tempo de ler, nenhum constituinte terá tempo de ler, todos os anteprojetos finais das 24 subcomissões. É um apelo que faço ao Constituinte Antonio Britto, e também ao nosso relator, para que procurem contornar o aspecto regimental dentro do entendimento das lideranças partidárias, e com o Presidente da Assembléia Nacional Constituinte. Para terminar, Sr. Presidente, eu gostaria de indagar a V. Ex.ª, se nós podemos, ainda, discutir o Regimento Interno, ou já foi encerrada a discussão? Passarinho): Não há rigidez nisto, nós apenas tínhamos ultra- passado. Não é bom, nos fazermos carangueijo, mas, de qualquer maneira, podemos voltar, ao ponto. Mas, se antes disto, for necessário tratar do problema de que estamos tratando, seria melhor dar seqüência a ele. O Constituinte Ottomar Pinto pediu a palavra, depois, ouviremos o Constituinte Airton Cordeiro. O SR. CONSTITUINTE OTTOMAR PINTO: A minha questão, vem em segmento à levantada pelo Constituinte Israel Pinheiro Filho, porque na segunda-feira, dia 8, o relator apresenta o seu Relatório com o substitutivo, distribuição de avulsos. A minha questão é a seguinte: qual é o prazo que os membros da Comissão Temática têm para apresentar eventuais emendas ao substitutivo do relator? Passarinho): Pelo Regimento Interno, os prazos estarão esgotados dentro de cinco dias, a partir da apresentação da distribuição dos avulsos dos anteprojetos. No caso, não pode o relator apresentar um substitutivo em que ele já estudou os anteprojetos e as emendas, e depois abrir novo prazo para emendas a eles, porque aí terminava o trabalho do relator. Então, as emendas têm que ser apresentadas em 5 dias, a partir de amanhã. Com a palavra o Constituinte Airton Cordeiro. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Sr. Presidente, confesso que me sensibiliza o argumento levantado pelo Constituinte Antônio Britto, de que os Constituintes todos devem ter acesso a esses anteprojetos, mas eu gostaria de oferecer uma nova sugestão, desde que haja acolhimento, do Plenário, da nossa Comissão Temática, a esta proposta levada à Mesa. Eu me permito sugerir a V. Ex.ª que seja o portavoz de uma proposta nossa à Presidência da Assembléia Nacional Constituinte, a fim de que o critério seja adotado para todas as Comissões Temáticas. Passarinho): Seja uniforme. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: A fim de termos um critério uniforme para toda a Casa. E quero, só para não perder a oportunidade, dizer ao Constituinte Prisco Viana, que não houve intenção nossa, de forma alguma, apenas nós queremos é aperfeiçoar o trabalho e inovar na medida do possível. Sr. Presidente, peço a V. Ex.ª que me abra a oportunidade de fazer alguns comentários sobre a análise interpretativa, que se fez do Regimento Interno, seu detalhamento, aliás uma iniciativa louvável de V. Ex.ª, para, nesta reunião inicial, esclarecer várias questões, inclusive utilizando-se de acontecimentos ou de experiências vividas nas Subcomissões, que foram as que primeiro aplicaram o Regimento da Constituinte no exame das sugestões que lhes foram enviadas. Estou muito preocupado, Sr. Presidente, com um dispositivo regimental, rigorosamente o 11 do art. 13: "Às Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores, e aos Tribunais, bem como às entidades representativas de segmentos da sociedade, fica facultada a apresentação de sugestões, contendo matéria constitucional, que serão remetidas pelo Presidente da Assembléia às respectivas comissões".

8 Tendo acompanhado com alguma proximidade da elaboração desse procedimento, a impressão que me fica é de que este dispositivo se refere a fase ultrapassada, o envio das sugestões das entidades, das instituições, da Assembléia e da Câmara de Vereadores, Tribunais, enfim, das entidades que as enviaram. A remessa feita diretamente às Subcomissões foi uma decisão pessoal do Presidente, para estabelecer um ganho processual, pelo que entendo esse 11 não deve ser aplicado a esta fase de nossos trabalhos, aos trabalhos da Comissão. Esta uma observação que faço e espero acolher de V. Ex.ª em seguida uma opinião a respeito. Passarinho): Tenho a impressão, não pude prestar a atenção totalmente a V. Ex.ª, mas tenho a impressão de que a questão estaria resolvida a partir do momento em que ouvi a interpretação, em uma de nossas reuniões, de que esse prazo deferido às Assembléias Legislativas se encerraria exatamente no mesmo em que se encerrou para nós Constituintes os prazos para apresentação de sugestões. Mas, se não chegaram até agora, não chegariam mais. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Pela ordem, Sr. Presidente. Passarinho): Tem V. Ex.ª a palavra. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Como V. Ex.ª bem sabe, nas Subcomissões o redator apresentou o parecer em cima deste anteprojeto, os diversos membros das Subcomissões fizeram as suas emendas, a seguir, e ele consolidou aquelas emendas, rejeitando umas, acolhendo parcialmente outras, e fez o seu Substitutivo. Isso nos pareceu uma sistemática bastante eficiente. Agora, no caso aqui, pergunto a V. Ex.ª, nós vamos ter que apresentar emendas sobre os Relatórios que vieram das Subcomissões? Certo. E em decorrência disto o que poderá haver são destaques sobre matérias diferentes que tenham sido colocadas no Relatório Final, decorrente de sugestões dos membros destas comissões e de outras Constituintes. Passarinho): Perfeitamente! O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Somente destaques. Passarinho): Tem a palavra o Sr. Relator. Sr. Presidente, eu gostaria de esclarecer no art. 22, do Regimento que é proposta, a questão do encaminhamento da votação, porque o Regimento da Constituinte é omisso a este respeito, e tive oportunidade de assistir, em algumas Subcomissões, problemas de interpretação a respeito desta questão. Quem encaminha? Por quanto tempo? O que fazer para suprir a omissão do Regimento Interno da Constituinte? Passarinho): O artigo que V. Ex.ª se refere é da nossa norma? Proposta nº 22. Passarinho): Trata dos destaques? ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 8 Não, da votação. Art. 23. Quem encaminha a votação do destaque, por quanto tempo? Passarinho): Não, os destaques, pela praxe regimental, não têm encaminhamento: são solicitados, deferidos ou deferidos, sem encaminhamento. Passarinho): Pelo Regimento das Casas, o destaque é solicitado e não há encaminhamento da votação do destaque. Pede-se o destaque e o destaque é votado. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Nem discutido, Sr. Presidente? Passarinho): É discutido. É discutido, não encaminhado para votação. Terminada a discussão, passa-se à votação sem encaminhamento. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: O autor do destaque então pode discutir o assunto? Eu gostaria de deixar claro qual o momento de discutir o destaque, porque houve Subcomissões em que se discutiu o destaque no instante em que ele era colocado em votação. Então, o que eu pergunto é se o destaque terá um momento de se discutir? Passarinho): Certo! Os destaques devem ser requeridos. São produtos de requerimentos, requerimentos escritos que serão apresentados. Na hora da formulação do requerimento, o autor do destaque justifica o seu requerimento. Porque cabe, inclusive ao Presidente, indeferi-io, como já vimos. Posso indeferi-lo, se achar que o destaque não é pertinente. Então, haveria recurso para o Plenário. Então, na apresentação do destaque, que é um requerimento, o procedimento é análogo ao de qualquer outro requerimento. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO BRITTO: Sr. Presidente, se entendo corretamente a preocupação do nobre Relator, houve em várias Subcomissões uma coisa rigorosamente impossível, me parece, de ver repetida, aqui nas Comissões: o Relator recebe emendas, apresenta parecer sobre elas, há votação, primeiro em globo, depois dos destaques, conclui-se a votação, e em nenhum momento se discute o mérito, seja da emenda, seja do destaque. O Regimento, neste sentido, me pareceu falho, porque com a natural preocupação de cumprir prazos, em determinados momentos ele é rigorosamente omisso, quanto ao essencial, que é discutir isto. Uma Subcomissão e eu queria trazer esta experiência à consideração da Presidência e dos demais companheiros de comissão uma Comissão da qual participei, na condição de suplente, chegou, por entendimento, a abertura de prazos mínimos, tempos mínimos, que foram de dois minutos, para que houvesse algum tipo de debate, na ocasião. Esta é uma sugestão, e a outra já apresentei a V. Ex.ª, no sentido de que nós procurássemos, durante este período que temos, levar a exaustão os debates sobre os temas, de modo a preparar o entendimento sobre a matéria a ser votada. Passarinho): Tenho a impressão. de que a pequena experiência parlamentar pode ajudar neste caso. O que é o destaque? O Senado tem uma figura destaque de diferente do Regimento da Câmara, porque, no Senado, existem duas figuras de destaque: destaque para aprovação e destaque para rejeição. O que obriga, naturalmente, um resultado diferente da votação da maioria. No caso de destaque para aprovação, que é aquele que existe no Regimento Interno da Constituinte, eu tenho um Substitutivo do Relator. Vou votar em bloco, vou votar em globo, mas peço destaque desta parte que está aqui, mas, quando eu pedi o destaque, esta matéria já foi discutida, porque ela ficou em discussão durante um bom período quando o relator apresentou o seu Substitutivo e entrou em discussão o Substitutivo do Relator. Então, toda matéria, que tem alguém para pedir destaque, foi objeto de uma discussão prévia dentro do Plenário. Em seguida, faz-se apenas o requerimento, terminada a discussão sobre isso, peço o destaque. Como aqui o destaque é apenas para aprovação, aprova-se aquele conjunto, menos esta parte. E aí passa-se à votação da parte. É aí que há encaminhamento, porque senão seria um nunca acabar, na linguagem camoniana. O SR. CONSTITUINTE (Antônio Britto): Então, este destaque é sempre supressivo, Sr. Presidente? Passarinho): Não, não há nada, o destaque aí não é supressivo, o destaque é para a aprovação. Então, eu digo eu estou de acordo com 90% do seu documento, mas tenho dúvidas sobre os 10% restantes. Esta dúvida se expôs durante o período da discussão. Então, eu peço, para não perturbar a velocidade da solução, vote-se em bloco o documento e a proposição ou propositura que for, e destaca-se o resto, agora, na votação uma a uma. Então, o destaque para a aprovação. Se não for aprovado, está suprimido, aí sim. O SR. CONSTITUINTE (Antônio Britto): Por isto que entendi supressivo. Passarinho): Não, se eu disser destaque para supressão, eu tenho que, pelo número regimental para suprimir, e neste caso não, eu preciso ter o número regimental para aprovar, no caso de não aprovar é evidente que está desaprovado. Está desaprovado, está suprimido. Este é o critério da Câmara Federal, e é o critério do Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte. Concedo a palavra ao nobre Constituinte Israel Pinheiro Filho. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Sr. Presidente, nós já estamos na discussão do nosso Regimento e pelo que entendi, no primeiro ponto, o art. 24, no 1º, seria bom eliminar a parte final: "vedada a modificação do voto, depois de colhido o de outro constituinte". Acontece que às vezes, ao longo da votação, o cansaço vai predominando, a mente fica um pouco entorpecida e, às vezes é tão difícil fixar o sim ou o não, e a pessoa fala sim e às vezes quer falar não. Eliminando isto, permite realmente... Passarinho): Nobre Constituinte, isto é como no casamento, se deu o sim está casado. (risos) O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Mas, se eliminar como esta parte, V. Ex.ª ficará mais liberado.

9 9 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) O. SR. PRESIDENTE (Jarbas Passarinho): V. Ex.ª é um homem experimentado na Casa. V. Ex.ª sabe que nesses votos, uma vez colhido o seguinte, tem sido praxe que não se adote uma modificação do voto. Até porque alguns admitem que há pessoas sensíveis a certas pressões, e podem mudar o voto depois de concedido. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Sr. Presidente, é quando há um caso notório de engano que estou dizendo, mas V. Ex.ª vai ter a liberdade necessária. Outra observação é a seguinte: no "art. 9º, 4, fica vedada a apresentação de emenda que substitua. Este problema surgiu na Comissão da Reforma Agrária, e eu tive a oportunidade de assistir todo o debate. O Presidente Ulysses Guimarães enviou ofício ao Presidente da Subcomissão permitindo a apresentação do Substituto, seria bom que se dirimisse qualquer dúvida a este respeito para não surgir novamente a longa discussão que surgiu naquela oportunidade. O Presidente Ulysses concluiu e disse que poderia ser apresentado um Substitutivo, foi apresentado o Substitutivo e foi votado, como é de notório conhecimento de todos. Passarinho): O Presidente Ulysses Guimarães pode muito e eu posso pouco. Eu posso aquilo que o Regimento pode, e o Regimento proíbe taxativamente, por uma razão muito simples. Se não, nós teríamos vários substitutivos, em vez de um só, cada emenda supressiva ou emenda justificativa no caso, se fosse tão ampla, que chegasse a um novo Substitutivo. O Regimento prevê, é comum ao artigo 21, 1º, e com referência ainda ao art. 23, 2º. É absolutamente proibido apresentar uma emenda que corresponda a um novo substitutivo. Ele tem que ser pertinente a cada artigo. O SR. CONSTITUINTE RUY NEDEL: Parece-me um pouco axiomático o seu raciocínio. O que houve foi uma rejeição do anteprojeto do Relator, após o que foi aceito então, a apresentação de um substitutivo, caso diferente. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: Não, aí não. Vamos discutir. A presidência da subcomissão aceitou o substitutivo, ele já existia. Se foi derrotado o parecer, o anteprojeto do Relator é irrelevante; o importante, era a minha observação, é que a Presidência da Subcomissão de Reforma Agrária tinha aceitado um Substitutivo em função do ofício do Presidente Ulysses Guimarães. Passarinho): Aí é que eu não entendo, nobre Constituinte Israel Pinheiro Filho, nós que temos vivência das Casas, eu não entendo como se chama substitutivo a determinadas coisas, como dissemos, aqui, na origem as subcomissões partiram do zero, não havia propositura inicial. Então, elas apresentariam anteprojetos. O Relator, normalmente, apresentaria um anteprojeto e sobre o anteprojeto iria se definir o Plenário. Na medida em que o Plenário substituiu na íntegra, aí caberia a palavra substitutivo. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO FILHO: Mas não foi isto o que aconteceu? Passarinho): Pois é, eu estou supondo que tenha sido. O SR. CONSTITUINTE RICARDO IZAR: Resumindo, então, se nós apresentarmos as emendas e estas emendas não forem aceitas pelo relator, nós poderemos voltar à carga, num destaque, pedindo uma votação para esta mesma emenda que não foi aceita pelo Relator. Passarinho): Esta é uma questão nova. E duvidosa para mim. E daí nós não termos atendido aquela solicitação, aquela sugestão que me parecia muito interessante. Vamos visualizar o problema: o Relator apresenta um Substitutivo aos três anteprojetos. Por que ele vai apresentar o Substitutivo? Porque alterou, se não ele pura e simplesmente justaporia os três anteprojetos e apresentaria como seu parecer, se o seu parecer vai ser um Substitutivo é porque alterou algo que venha das subcomissões temáticas. Neste caso o destaque é possível, desde que conste a matéria a ser destacada no documento final da Subcomissão. Agora, se for uma emenda nova no Plenário, não tem como destacar aquilo que não foi por ele acolhido. Percebeu? O SR. CONSTITUINTE RICARDO IZAR: Então, na realidade o que nós vamos apresentar não são emendas, são sugestões ao Relator. Passarinho): Seria como eu disse subemendas ao Substitutivo; como o Substitutivo é a posteriori... O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIOCARLOS KONDER REIS: Exatamente. Sr. Presidente, apenas como vou emitir uma opinião sobre a questão levantada pelo nobre Sr. Constituinte que me antecedeu, eu pediria para usar da palavra antes do Sr. Relator. Data vênia, acho que a interpretação que V. Ex.ª deu à questão de ordem não se conforma com o que dispõe o art. 22 do Projeto de Normas Disciplinadoras dos nossos trabalhos. Diz o art. 22: "Admitir-se-á requerimento de destaque para votação em separado de parte do anteprojeto, ou de substitutivo e de emendas." Estas emendas só podem ser aquelas que forem apresentadas aqui na Comissão. Se a interpretação de V. Ex.ª prevalecer, a apresentação de emendas será uma tarefa vã, porque só poderemos apresentar destaque para suprimir parte do substitutivo, e nada mais. A nossa emenda pode ser modificativa, pode ser aditiva, pode ser supressiva. Então, entendo que, se as emendas, em razão do que dispõe o Regimento e da interpretação que foi aqui defendida pelo Sr. Relator, se as emendas não vão ser oferecidas ao Substitutivo do Relator e sim aos anteprojetos das Subcomissões, não há como impedir que um determinado membro da Comissão solicite votação destacada para a sua emenda, tenha ela parecer contrário ou favorável. Se ela tiver parecer contrário, ela será incluída no substitutivo, e o destaque será para a rejeição. Mas se a emenda tiver parecer favorável será incluída no substitutivo e o destaque será para a rejeição. Evidentemente, não será do autor da emenda. Mas, se a emenda tiver parecer contrário, ela não pode morrer com a apresentação do substitutivo, porque ela não foi apresentada ao substitutivo, Sr. Presidente. Ela foi apresentada aos anteprojetos das Subcomissões. Daí a sugestão que o Constituinte Israel Pinheiro Filho e eu levamos à consideração de V. Ex.ª. Mas, se mantida a interpretação rigorosa do Regimento, que eu me permito dizer de que a interpretação é rigorosa, o Regimento estabelece o prazo para seu Relator apresentar o seu parecer e o prazo para apresentação de emendas no seio da Comissão. Mas o cronograma para a apresentação de emendas e o prazo para o seu Relator apresentar o seu parecer, que pode concluir ou não com substitutivo, é matéria da economia interna da Comissão. Mas, aceita a interpretação de V. Ex.ª, eu, através desta questão de ordem, dirijo à V. Ex.ª um apelo. Porque, se apresentado o parecer do Relator, e no curso do prazo em que ele, de acordo com o Regimento, tem para apresentar o seu parecer, se este parecer concluir por substitutivo, e no mesmo prazo foram oferecidas as emendas não ao substitutivo, porque ele ainda não existe, mas aos anteprojetos das Comissões, se nós não pudermos apresentar destaques para a votação em separado das emendas que apresentamos, não por nossa vontade, mas por uma determinação do Regimento, aos anteprojetos, e não ao substitutivo, não há razão nenhuma para apresentação de emendas. Nenhuma. E como o art. 22 refere, expressamente, à hipótese de destaques para a votação de emendas, de parte dos anteprojetos e parte dos substitutivos, não vejo como, na ocasião da votação, negar-se o direito de um membro da Comissão de pedir destaque para votação de sua emenda, que certamente mereceu parecer contrário, porque, se mereceu parecer favorável, ela foi incluída no substitutivo. É a questão de ordem, Sr. Presidente. Passarinho): Pois não. Eu decidirei a questão de ordem de V. Ex.ª. Mas gostaria de estabelecer um diálogo, se fosse possível. Quando é que V. Ex.ª admite, que nestas circunstâncias que estamos vivendo, dentro das normas que o Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte prevê, quando V. Ex.ª admite, repito, que a emenda ao substitutivo seja apresentada? O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIOCARLOS KONDER REIS: A emenda ao substitutivo é impossível de ser apresentada em razão da interpretação que se deu à aplicação do art. 18, aqui na Comissão. Passarinho): Então é a colocação que faço. Se nos rendemos ao art. 18 e o Relator insiste em ficar com essa posição, porque do contrário terá que fazer dois substitutivos em vez de um, e terá prazo limitado, cai exatamente na pergunta feita na questão de ordem levantada pelo Constituinte Ricardo Izar ainda há pouco. O que pode acontecer, no máximo, aqui, é uma emenda apresentada no decorrer dos 5 dias e esta emenda seja também uma emenda ao substitutivo. Pode coincidir que a emenda que se apresente ao anteprojeto, como este, pode, no substitutivo do Relator, ser reproduzido igualmente, a emenda ao anteprojeto passa a ser emenda ao substitutivo. E neste caso pode ser pedido o destaque. É a única hipótese que vejo na visualização do decorrer do problema. O SR. CONSTITUINTE OTTOMAR PINTO: E se se tratar de uma emenda aditiva ao substitutivo que veio da Subcomissão? Aos anteprojetos?

10 Passarinho): Aí chegamos à mesma questão já levantada. Como não vamos ter conhecimento prévio do Substitutivo do Relator digo prévio em relação a conhecê-lo para depois apresentar emendas é só no caso dessa emenda coincidir com algo que conste do Substitutivo do Relator. Eu não vejo outro caminho. Isso aqui nos foi imposto. Não era, evidentemente, o meu caminho, se eu pudesse ter direção diferente. Mas foi a questão das Subcomissões, a questão da reação à Comissão Única, aquela chamada Grande Comissão, que nos criou este tipo de problema. E agora o que é que vai acontecer? Uma emenda de um Deputado Constituinte que esteja interessado ou de um Senador Constituinte, numa determinada emenda, que ele tenha perdido no original da Subcomissão, ele vai ter 4 instâncias. Porque como ele perdeu essa emenda em relação ao projeto ele apresenta desde logo, na suposição de que esse projeto, o substitutivo vai acolher. Se não acolher ele já ganhou. E a emenda dele, uma emenda digamos supressiva, ele já ganhou. Se é uma emenda aditiva e não acolher ele fica no vazio. E aí vai ter que apresentar isso adiante na Comissão de Sistematização. O SR. CONSTITUINTE OTTOMAR PINTO: Mas se na Comissão de Sistematização a interpretação for a mesma, ele só terá chance no plenário, Sr. Presidente. O SR: PRESIDENTE (Jarbas Passarinho): Meu prezado Constituinte, nós discutimos isso 60 dias. Sou agora corolário do teorema. Não sou teorema, sou corolário. O SR. CONSTITUINTE OTTOMAR PINTO: O Sr. sempre será teorema, Presidente. Passarinho): Muito obrigado. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Eu me permito ainda insistir quanto à minha questão de ordem. Eu acho que V. Ex.ª agora abriu uma oportunidade para que as emendas sejam objeto de destaque. Como V. Ex.ª vai deferir ou não o destaque, o pedido de destaque, creio que não pode ser negado. V. Ex.ª vai naturalmente examinar se há uma compatibilização ou não. E quanto à questão de ordem levantada pelo nobre Sr. Constituinte Ottomar Pinto, eu creio que no caso de emenda aditiva não há o que discutir. Sendo emenda aditiva, ela pode ser objeto de destaque e pode ser objeto de votação. Ela vai acrescentar apenas. Passarinho): O Presidente terá então uma margem de flexibilidade, de liberdade... O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Tem que haver a compatibilização. Passarinho):...só não poderá fazer mágica com as palavras. Ele não poderá, por exemplo, considerar destacada a matéria que não consta daquilo a ser destacado. Daquilo que foi montado como substitutivo, pede-se destaque de quê? Se não existir, por exemplo, no substitutivo. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Não pede destaque da emenda. Passarinho): Pede-se destaque da emenda. ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 10 O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Segundo o que diz, então, as normas têm que ser alteradas. Passarinho): Exatamente. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Porque as normas falam em destaque de parte dos anteprojetos... Passarinho): Certo. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS:...de parte dos substitutivos e de emendas. Estas emendas só podem ser aquelas que apresentamos aqui na Comissão, no prazo de 5 dias. Passarinho): Aí é que me louvo, Constituinte Antônio Carlos Konder Reis. Requerimento de destaque para votação em separado e parte do anteprojeto. Já salientamos isso. Então, se ao anteprojeto, desde logo, nos cinco dias que estão aí, o Constituinte achar que teve uma sugestão, que não foi acolhida na redação final, e quiser insistir nela, ele reapresenta. Ela está reapresentada como emenda à parte do anteprojeto. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: V. Ex.ª me permite? Eu não quero dialogar com a Mesa. Aí, eu pedida a V. Ex.ª reconsideração das normas, que estão corretas: parte do substitutivo: parte do anteprojeto ou do substitutivo. Passarinho): Ou do substitutivo. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Então, o destaque de parte do anteprojeto, evidentemente, só poderá ter lugar se o Relator não concluir com o substitutivo. Passarinho): Claro. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Mas quanto às emendas, não há disjuntiva. Há a preposição "e". Parte dos anteprojetos, partes dos substitutivos e emendas. Agora, evidentemente, que caberá à Presidência, e V. Ex.ª fará melhor do que ninguém, verificar se a emenda que se pede para votação destacada se compatibiliza ou não com o substitutivo. Passarinho): O único problema é este, exatamente. Porque elas são exclusivas. São exclusivas na espécie. A emenda a ser destacada, ou de parte do anteprojeto ou de parte do substitutivo. Então o substitutivo vai ser conhecido antes da votação, é claro. E com isso pode-se pedir destaque a qualquer parte do substitutivo como o destaque que já foi caracterizado, destaque para a votação em separado. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Ou destaque de emendas se compatibilizado com o substitutivo. Passarinho): Se compatibilizado com o substitutivo. O SR. CONSTITUINTE ANTÔNIO CARLOS KONDER REIS: Obrigado a V. Ex.ª. Passarinho): Então, acho que lastimarei que, sendo poucos os que comparecemos e sendo tão importante isto para a ordenação dos nossos trabalhos no futuro, vou ter que responder a muita questão de ordem e pedirei por testemunha o Plenário de hoje: se nós nos colocamos de acordo e discutimos amplamente esta questão. Eu pedi ao Senado a cessão deste local para nós, porque são 60 Srs. Constituintes que agora se reúnem. E nas Subcomissões, onde estávamos reunidos antes, mal tínhamos assento para 20 e poucos. De maneira que, por isto, eu pedi a cessão do plenário do Senado, que me foi gentilmente cedido pelo Presidente. Ocorre que precedência sobre nós tem a Comissão de Sistematização. Então a Secretaria dará sempre, em tempo oportuno, a informação aos Srs. Constituintes do local onde se reunirá a nossa Comissão. Em regra, aqui, e, excepcionalmente, numa das Salas das Comissões, quando tivermos intercorrência ou da Sessão do Senado, ou da Reunião da Comissão de Sistematização. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Sr. Presidente, pela ordem. Passarinho): Tem a palavra o Constituinte Airton Cordeiro. O SR. CONSTITUINTE AIRTON CORDEIRO: Indago de V. Ex.ª como ficamos quanto à mecânica de nosso trabalho, que foi o começo da nossa discussão. Passarinho): Suponho que aquela sugestão apresentada pelo Constituinte Antônio Britto foi aqui recebida com consenso. Designaríamos o Relator e, por entendimento com os Presidentes das Subcomissões e com seus Relatores, designando os Relatores, sucessivamente, para, em cada reunião, fazerem uma exposição a respeito dos trabalhos da sua Subcomissão, para que o conjunto da Comissão dele tome conhecimento. Então, a ordem será normalmente na subdivisão das Comissões. A nossa Comissão é a 4; tem a 4-A, a 4-B e 4- C. Então, na próxima reunião, terá palavra, por preferência, desde logo, por inscrição ex offício, o Relator da primeira, que é a 4-A, o Relator Ricardo Fiuza. O SR. CONSTITUINTE OTTOMAR PINTO: Sr. Presidente, ele está viajando e só deverá chegar segunda-feira. Passarinho): Então será o Relator presente da Comissão 4-B, que é o nosso companheiro, o Constituinte Francisco Rossi. Então terá a palavra S. Ex.ª por 45 minutos, na próxima reunião que deve ser aqui, amanhã, às 9 horas e 30 minutos. Muito obrigado. COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL, PARTIDÁRIA E GARANTIAS DAS INSTITUIÇÕES ATA DA 3ª REUNIÃO, REALIZADA EM 27 DE MAIO DE 1987 Aos vinte e sete dias do mês de maio do ano de mil novecentos e oitenta e sete, às nove horas

11 11 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) e cinqüenta minutos, no Plenário do Senado Federal, reuniu-se a Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantias das Instituições, sob a Presidência do Senhor Constituinte Jarbas Passarinho, com a presença dos seguintes Constituintes: Israel Pinheiro Filho, Waldyr Pugliesi, Ruy Nedel, Othomar Pinto, Nilson Gibson, Francisco Rossi, Paulo Ramos, Osmir Lima, Prisco Viana, Fausto Fernandes, Asdrúbal Bentes, Nelson Friedrich, Antonio Perosa, Paulo Delgado, Antonio Carlos Konder Reis, Antero de Barros, Lélio Souza e Moema São Thiago. Havendo número regimental, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos, com a aprovação da Ata da reunião anterior, dispensando a sua leitura. A seguir, o Sr. Presidente comunicou que as normas, de funcionamento da Comissão, foram lidas na reunião anterior e, de acordo com o que ficara determinado, esclareceu que o expositor desta sessão deverá ser o Sr. Constituinte Francisco Rossi, Relator da Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos. Aparteando, o Sr. Constituinte Israel Pinheiro Filho indagou sobre a situação dos Suplentes no momento das votações, tendo o Sr. Presidente esclarecido que faria inicialmente a chamada pelos Titulares e em seguida pelos Suplentes, obedecendo a ordem de assinaturas do livro de presença. Dando prosseguimento a reunião, o Sr. Presidente deu a palavra ao Sr. Constituinte Francisco Rossi que fez sua exposição, usando da palavra para debater os Srs. Constituintes Ruy Nedel, Israel Pinheiro Filho, Paulo Ramos e Waldyr Pugliesi. Tendo em vista o afastamento temporário do Sr. Presidente Jarbas Passarinho, assumiu o Primeiro-Vice- Presidente o Sr. Constituinte Asdrúbal Bentes que, dando continuidade a reunião e não havendo nenhum presente se manifestado pelo uso da palavra, encerrou os trabalhos do dia cujo teor será publicado, na íntegra, no Diário da Assembléia Nacional Constituinte. E, para constar, eu Sônia de Andrade Peixoto, Secretária da Comissão, lavrei a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente. ANEXO À ATA DA 3º REUNIÃO DA COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL, PARTIDÁRIA E GARANTIAS DAS INSTITÜIÇÕES, REALIZADA EM 27 DE MAIO DE 1987, QUE SE PUBLICA COM A DE DEVIDA AUTORIZAÇÃO DO SENHOR PRESIDENTE, CONSTITUINTE JARBAS PASSARINHO RELATOR, CONSTITUNTE PRISCO VIANA. (ÍNTEGRA DO APANHAMENTO TAQUIGRÁFICO). Passarinho) Declaro aberta a reunião. Em complementação à nossa reunião de ontem, a questão que foi levantada pelo Constituinte Israel Pinheiro e pelo Constituinte Furtado Leite, chegou-se à seguinte redação sobre o problema dos suplentes que devem corresponder à falta dos titulares: Proceder-se-á, inicialmente, à chamada dos membros efetivos e em seguida dos suplentes em número correspondente às ausências por Partido, obedecida na chamada a ordem de assinatura do livro próprio. Com isso, inclusive, um dos nossos artigos fica prejudicado, porque nós tínhamos previsto a hipótese de, em não havendo a votação, não tendo o titular votado, poder votar depois, como se fosse na segunda chamada, como se faz normalmente nas duas Casas. Mas desde que haja uma sucessão natural e ausência de titular, chamado o suplente para votar, praticamente essa hipótese desaparece. Então, essa é a modificação que vai haver, naquilo que nós chamamos normas gerais de ação do nosso Regimento Interno e vou mandar consolidar isso, de maneira que hoje mesmo estará pronta a consolidação já das nossas normas. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Sr. Presidente, e quanto ao problema dá definição da presença do suplente nos trabalhos da Comissão? Passarinho): Não, nós não cogitamos desse assunto, porque consideramos que a presença dele está definida pelo livro. Então, assinado no livro eu admito como presente. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Está bom muito, obrigado. Passarinho): É como na reunião de hoje. Nós temos no livro assinaturas que correspondem a um quorum para abertura dos trabalhos. Então, se é o livro que comanda, pelo livro nós temos a oportunidade. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: E significa que ele só pode ser substituído pelo titular, não por um outro suplente indicado pela Liderança. Passarinho): Pelo titular. É a interpretação. Como decidido ontem, vamos passar às mãos dos Deputados e Senadores Constituintes a ata da reunião anterior. Ela está redigida e, de acordo com aquela nossa decisão preliminar, a ata, uma vez entregue, prescinde da necessidade da leitura. A menos que durante os trabalhos qualquer Constituinte se considere no direito de fazer retificações da ata. E, como também foi decidido ontem, damos a palavra hoje ao Deputado e Constituinte Francisco Rossi, para fazer a explanação sobre os trabalhos da sua Subcomissão. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Sr. Presidente e Srs. Constituintes. V. Ex as receberam aí a redação final do nosso anteprojeto, que foi resultado da eleição que fizemos há dois dias. Ele resultou de aproximadamente 363 sugestões que recebemos, de debates que promovemos no âmbito da nossa Subcomissão, debates que se travaram entre os convidados para as audiências públicas e entre os próprios membros da Subcomissão. É claro que não é um trabalho perfeito, mas foi resultado de um esforço onde cada um procurou oferecer o melhor possível, para que se chegasse a um documento que pudesse compor o arcabouço necessário a fim de que o Relator da Comissão Temática pudesse, a partir dele, elaborar o seu trabalho. Nós começamos por entender, e até por que deduzia-se pelas discussões, que todos os membros da Subcomissão concordavam que nós deveríamos partir para um capítulo específico do sistema eleitoral e não nos limitarmos apenas a definir se o sistema eleitoral seria misto, majoritário, proporcional ou proporcional para o Legis- lativo e majoritário para o Executivo e Senado. Durante as discussões falou-se, discutiu-se exaustivamente sobre a questão do voto. Eu, inicialmente, estava meio em dúvida se nós deveríamos realmente tratar da questão do voto a nível de sistema eleitoral, mas ele é o início do sistema, o sistema eleitoral começa pelo voto. Dessa forma, nós resolvemos que deveríamos inovar, eis que as Constituições brasileiras não haviam contemplado um capítulo destinado ao sistema eleitoral. Então, é uma inovação que estamos propondo. Até porque pela forma de se elegerem Executivos e Legislativos isso se distribui pela Constituição nos capítulos dos Municípios, do Legislativo, do Executivo. E aqui não, nós estamos realmente enfeixando neste capítulo as formas como as eleições devam ocorrer, começando pela definição do voto. Em virtude do não total comparecimento de todos os Constituintes à Subcomissão, e a bem da verdade não chegava à metade o número que costumava freqüentar e discutir assiduamente todos os temas, nós ficamos sem ter uma idéia muito clara a respeito da tendência da Subcomissão. Ficamos, sim, com uma idéia muito clara a respeito da tendência sobre determinados temas daqueles que estavam participando dessas reuniões. Então, é claro que nós procuramos compor o nosso anteprojeto com essas idéias. E, como Relator, eu entendi, também, que deveria imprimir o meu pensamento, o meu ponto de vista a respeito de determinados temas. Assim, entre as opiniões dos membros da Subcomissão que nós fizemos constar do nosso anteprojeto, eu imprimi aqui no art. 2º uma opinião pessoal, art. 2º, 1º, quando eu pus aqui que o alistamento e o voto são facultativos. Eu claramente não havia chegado a um conclusão sobre o pensamento, a tendência mesmo daqueles que estavam assíduos e participando dos debates; e mesmo os nossos convidados, também, se dividiram a esse respeito. É claro que como não era um documento definitivo, sujeito, como de fato foi, à apreciação do Plenário da Subcomissão, quase que na sua totalidade votando, então nós entendemos que deveríamos fazer constar essa nossa opinião pessoal que poderia ser modificada, como de fato foi. Começamos pelo art. 1º: "O sufrágio é universal e o voto é direto, secreto. Art. 2º São eleitores os brasileiros que à data da eleição contem 16 anos ou mais, alistados na forma da lei". Também é uma opinião pessoal a questão dos 16 anos. 1º "O alistamento e o voto são facultativos ". É uma opinião pessoal, que traduzia, também, a opinião de alguns Membros da Subcomissão. Na votação final do nosso anteprojeto foi modificado isso. E o art. 1º passou a ter uma nova redação, que o sufrágio é universal, o voto é direto, secreto e obrigatório, e aí, sim, nós ficamos com uma idéia clara, até porque pelo número de presentes à votação final, com a amostragem do universo da Assembléia Nacional Constituinte, nós temos 559 Constituintes, dá para se perceber claramente a tendência por essa amostragem, e ficou claro que todos, quase todos ou a grande

12 maioria é favorável ao voto obrigatório. Nós também dissemos que o alistamento deveria ser facultativo, porque, se o voto é um direito que o cidadão tem, e ele tem essa liberdade, esse direito de escolher se quer ou não exercê-lo, concluíamos que também o alistamento deveria ter o mesmo entendimento. Sempre que nós procuramos fazer alguma coisa devemos ter em vista o que ocorre no processo eleitoral: a corrupção é uma realidade. Ora, aqueles que são favoráveis ao voto facultativo raciocinam, também, em nível de ser esta uma forma de se combater a corrupção que hoje existe; porque fica muito mais simples a abordagem do universo compacto onde se torna muito fácil identificar ar quem é eleitor porque se é obrigatório o voto, faz-se essa abordagem com muita facilidade, vai-se em cima, todos os maiores de 18 anos que, em tese, são eleitores. Existe essa possibilidade de manipular esse eleitorado, conduzindo-o através de diversas formas para o voto. Entendemos que o alistamento sendo facultativo não a curto e a médio prazos, mas a longo prazo ficaria quase que impossível essa abordagem de universo que estaria bem fragmentado, porque nem todos se alistariam sendo o alistamento também facultativo e nós entenderíamos que seria também, mais uma forma de coibir o abuso do poder econômico e do poder político. Ficaria muito difícil V. Ex.ª identificar quem nesse universo de pessoas seria ou não eleitor. Este, o nosso raciocínio. Mas entendíamos, como continuamos a entender, que os militares devam ser alistáveis, com a exceção dos conscritos, até porque os conscritos podem, e eventualmente ocorre, serem convocados para a garantia da realização das eleições. Por isso entendemos que os conscritos não deveriam ter direito a voto. Realmente acabou prevalecendo essa idéia quase que por unanimidade, dentro do âmbito da Subcomissão que fixou realmente: "Os militares são alistáveis, exceto os conscritos durante o período de serviço militar obrigatório." O 2º diz: "Não podem alistar-se eleitores os que não sabem se exprimir na língua nacional e os que estejam privados dos direitos políticos, no caso previsto nesta Constituição." Houve quem propusesse e nós, evidentemente, respeitamos esse ponto de vista que o voto deveria ser estendido inclusive para presidiários. Acho que ficou claro que deveria prevalecer esse entendimento e que esse direito não deveria ser estendido a todos. E esta redação final ficou em cima da nossa redação original. Houve uma pequena mudança na nossa proposta que é: "A lei facilitará o exercício do voto pelos analfabetos." Ora, havia uma proposta que foi afinal aprovada que dizia: "A lei garantirá e facilitará o exercício do voto pelo analfabeto." Entendemos que deveria, sim, constar isso como princípio constitucional, porque pela omissão existente no texto constitucional, não sei por que ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 12 motivo, não houve preocupação de se criar um sistema que facilitasse ao analfabeto a expressão da sua vontade pelo voto. E a cédula oferecida ao analfabeto para que ele votasse na época da eleição, deixava implícito que, quem ofereceu essa cédula a ele deveria estar imaginando que "ele analfabeto" saberia ler e escrever pelo menos o nome e o número do candidato. Não creio que esse tenha sido o motivo pelo qual houve um número elevado de votos brancos e nulos porque pessoalmente estou convencido e cuidamos em resguardar isto aqui na nossa proposta o que determinou esse número de votos em branco e nulos foi a cédula que afinal ficava diante dos nossos olhos quase que como um formulário dê processamento de dados, com aquele número incrível de quadradinhos com os Partidos, o que assustou o eleitor. Pessoalmente, fizemos uma pesquisa e ficamos convencidos de que foi a cédula que determinou esse voto em branco e nulo e numa quantidade muito grande. Entendíamos, quando estávamos aqui propondo, que: "a lei facilitará o exercício do voto pelos analfabetos", não haveria por que especificar que este "garantirá" também porque está implícito. Se estamos fazendo referência que a lei facultará esse direito ao analfabeto, não há por que, até porque no próprio parágrafo, já está garantido. Mas foi aprovado: "garantirá" e está aqui a redação final, curvamo-nos, é claro, à vontade da maioria da Subcomissão. Passamos para um ponto muito polêmico do nosso anteprojeto, porque originalmente havíamos proposto o seguinte: "Art. 3º: O sistema eleitoral é misto majoritário proporcional". Art. 4º: "A eleição para Deputado federal e Deputado estadual obedecerá o critério do preenchimento de metade de vagas pelo sistema majoritário em distritos eleitorais e uninominais e preenchimento da metade restante através de listas partidárias pelo sistema proporcional." Parágrafo único: "O número de distritos será elevado a um número superior, sempre que for ímpar o número de vagas a preencher no Estado." Art. 5º: "Na eleição para Deputado federal e na eleição para Deputado estadual o eleitor terá dois votos: um destinado a sufragar os candidatos à chapa distrital e outro para sufragar a lista partidária na eleição proporcional." Art. 6º: "A competência para estabelecer os critérios na divisão distrital é do Congresso Nacional que o fará através de lei complementar." Parágrafo único: "Igualmente lei complementar estabelecerá revisão distrital após a divulgação de cada censo demográfico." Então, eu diria a V. Ex. as que fiz essa menção à forma da destituição das cadeiras de maneira proposital, porque tinha a pretensão de que suscitasse o debate, como de fato ocorreu. Tinha a consciência de que, essa minha proposta de que, por exemplo, nas eleições para Deputados a metade das vagas seria preenchida pelo sistema majoritário nos distritos eleitorais uninominais e preenchimento da metade do restante através de listas partidárias, jamais isso seria aprovado. Eu diria mesmo que a nossa pretensão apenas foi suscitada no debate, porque o jornal O Globo fez uma pesquisa, recentemente, sobre o voto distrital, mas não fez referência ao voto distrital. A pergunta foi feita de maneira diferente: se o eleitor gostaria de votarem candidato a Deputado federal que fosse conhecido na região, onde esse eleitor mora. E houve uma tendência majoritária por essa forma, porque é o voto distrital, ou seja, a proximidade do eleitor junto ao seu eleitorado e vice-versa. Até porque haverá como esse eleitorado poder cobrar, acompanhar o trabalho desse que mereceu o seu voto. Pessoalmente, tenho a convicção, e voto naquele ponto original, de que qualquer coisa que procuremos criar dentro do sistema eleitoral tem como objetivo evitar o abuso do poder econômico e do poder político. Sabemos muito bem como as eleições se processam ainda em diversos Estados, quando determinados candidatos que dispõem de uma bateria imensa, de um poder de fogo imenso, no que diga respeito a recursos financeiros, se concentram nessas regiões para promover um rodízio na próxima eleição e nas próximas, não votando sequer quando estiver disputando uma outra eleição naquelas regiões onde foi eleito, ensejando recursos imensos que conseguiam comprar, esta é a verdade, o voto do eleitor. Então, o mandato já nasce viciado, ele é viciado na origem e pela corrupção, o que é mais grave. Até acredito, e muitos foram os colegas que argumentaram, que esse raciocínio é um tanto quanto ingênuo, porque haveria o fato de aqueles que dispõem de recursos financeiros fazerem uma concentração de recursos no distrito, o que facilitaria segundo entendimento desses que argumentam dessa forma a compra do voto. E sou obrigado a concordar que, num primeiro momento, isso possa ocorrer. Mas não creio que isso possa prevalecer num segundo passo, porque causa escândalo, causa espanto esse abuso do poder econômico e até porque da forma como está ocorrendo hoje não obriga aquele que chega ao Congresso Nacional, aquele que chega à Assembléia Legislativa a ter uma atuação que corresponda ao anseio do eleitorado que quer ver seus representantes trabalhando pelo povo. E se ele não tiver uma atuação política dentro do distrito que corresponda ao anseio do seu eleitorado dentro do distrito que está acompanhando, no seu diaa-dia, jamais, por mais dinheiro de que disponha, por mais poder político de que disponha, para acionar determinado esquema administrativo, seja ele a nível municipal ou estadual, jamais conseguirá a reeleição. Então, estou vendo que o voto distrital é altamente benéfico para o sistema eleitoral, na medida em que não muito a longo prazo eu diria que a curto prazo nós já iniciaríamos um processo de oxigenação no sistema eleitoral, evitando o abuso do poder econômico e o poder político, pelo que acabei de expor aqui. Então, tenho a convicção plena de que o voto distrital é da maior importância para o País, porque dá legitimidade à representação. Na votação não deu outra; as instruções foram muitas. Como vamos definir os

13 13 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) distritos nessa faixa de 50%: metade majoritária, metade proporcional. Houve proposta até de voto distrital puro, quando não haveria essa divisão: haveria a divisão de distritos e nos distritos haveria processo de votação pelo sistema majoritário e esse número de distritos corresponderia às vagas destinadas à representação legislativa. Então, seria um voto distrital puro. Outros inclusive propuseram 10% pelo sistema proporcional e houve até uma proposta de 10% pelo sistema majoritário. Por outro lado, temos que reconhecer que ficaria difícil definir isso como princípio constitucional; até porque nós engessaríamos esse processo e haveria muita dificuldade na evolução até da forma em que se distribui a população brasileira, haveria dificuldade quando houvesse necessidade de se promover uma modificação e de se mudar isso, a partir do momento em que ele represente um princípio constitucional. E, pela forma como está hoje, nós teríamos dificuldades quase intransponíveis, para definir isso como princípio constitucional. Vejam o caso de São Paulo. Refiro-me ao caso, porque sou Deputado por São Paulo e o conheço. Mas há outros casos, como lá no Acre. No caso de São Paulo, 60 Deputados Federais e 84 Deputados Estaduais. A prevalecer aquilo que desejamos propor, teríamos a mínima possibilidade de fazer com que fossem os mesmos os distritos para eleição do Deputado Estadual que venceriam pelo sistema misto que nunca seriam os mesmos distritos da eleição para Deputado Federal. Poderiam ser semelhantes, mas nunca seriam os mesmos. Então, vejam V. Ex. as a dificuldade que teríamos para estabelecer a divisão desses distritos. Agora, alguém poderia dizer: mas a Assembléia Nacional Constituinte tem poderes para definir que a representação na Câmara Federal, a nível de número, será a mesma para as Assembléias Legislativas. Aí seria perfeito. Porque aí, sim, os distritos seriam assim distribuídos, no caso de São Paulo: 60 Deputados Federais e 60 Deputados Estaduais. Agora, vejam o inverso: se nós optássemos por adotar como princípio constitucional os 50% da representação na Assembléias Legislativas, como subdistrito, teríamos 60 distritos ou talvez 30 distritos na representação Federal e teríamos que aumentar a representação na Assembléia Legislativa para 120 Deputados. Causaria escândalo, também junto à opinião pública, esse aumento de Deputados Estaduais. Existe o exemplo inverso, e o do Acre, que tem 8 Deputados Federais e, pelo que dispõe o texto constitucional, três vezes mais, chegamos a 24 Deputados Estaduais. Então, a diferença realmente seria muito grande a nível de representação. Não sei de que modo poderíamos definir isso como princípio constitucional, porque dessa forma também não haveria aquele equilíbrio dentro da representação proporcional e majoritária na eleição para Deputado Estadual. Haveria um desequilíbrio muito grande. Então, suscitou o debate no âmbito da Subcomissão da Assembléia Nacional Constituinte, altamente salutar ao debate e optouse que o sistema eleitoral deveria ser apenas o princípio. Ou seja, muita gente diz: Hoje o distrital é misto. O distrital não é misto; o distrital é majoritário. Então, o expressão mais correta é essa de que o sistema eleitoral é misto, majoritário proporcional. E nós esquecemos a forma e deixamos de lado essa possibilidade de defin i rmos no texto constitucional, e tenho que concordar. Nós fizemos uma proposta para suscitar o debate. Mas seria um absurdo que isso fosse um princípio constitucional. Deixamos, sim, a competência para estabelecer os critérios. Então, suprimimos do nosso anteprojeto definitivo os art. 4º e 5º. Mas o art. 4º do nosso anteprojeto definitivo passou a ser: em lei complementar esta sim regulará o sistema eleitoral de que trata o art. 3º A competência para estabelecer os critérios da divisão distrital é do Congresso Nacional que o fará através de lei complementar. Porque, se formos omissos, de repente a Justiça Eleitoral vai saber que ela deva fixar esses limites. Embora se procure fazer alguma coisa, quando elaboramos este anteprojeto procurei imaginar o seguinte: Vamos supor que eu seja um político que já tenha passado pelo Congresso Nacional, como de fato já estive aqui, e que não tivesse mais nenhum mandato político pela frente, não tenha mais nenhuma ambição política. Então, estou bem à vontade para procurar fazer o melhor possível, em cima da experiência que já tenho. Foi esse o nosso propósito: procurar fazer o melhor possível nos abstendo de qualquer componente de interesse de ordem pessoal, nos abstendo de qualquer motivação que possa significar os interesses de ordem pessoal. Mas tenho que reconhecer que, se eu penso assim, fica difícil a quem compõem esta Casa raciocinar da mesma maneira. Então, não é justo que haja Constituintes preocupados de que existe esse direito de estabelecer os limites do distrito. Vai ser discutido aqui no âmbito do Congresso Nacional, tenho a impressão de que isso também é altamente salutar, porque vamos chegar a um ponto de consenso que signifique algo compatível, já não digo com o interesse pessoal daquele que estiver votando nos distritos, mas evitaremos de a Justiça Eleitoral criar aí um sistema de divisão distrital, absurdo, como foi o caso da cédula, nesta última eleição, que considero uma coisa inacreditável. Eu via e não acreditava que isso tivesse sido gerado no âmbito da Justiça Eleitoral e que resultou no que todos sabem. Vou ficar nos pontos essenciais até para não ser cansativo. Mas a nossa idéia foi esta de partirmos para um sistema em que fosse possível adotar o voto distrital, no nosso entendimento, altamente salutar para a oxigenação do processo eleitoral no Brasil. Outro ponto polêmico: propúnhamos no nosso anteprojeto original exigir a maioria absoluta de votos para a eleição do Presidente da República do Governador, do Prefeito e do Vice-Prefeito. E aqui quero deter-me e até chamo a atenção do Relator porque vou dar uma opinião em cima do resultado final da votação: É claro que ficamos horas e horas debatendo este problema e acaba escapando alguma coisa. Aprovamos a maioria absoluta para que fossem eleitos o Presidente da República, o Governador e o Prefeito, considerando-se eleito o que obtiver maioria de votos, excluídos os nulos, ou seja, para se fixar essa maioria absoluta contam-se os votos em branco; achei também altamente válida essa idéia, que foi aprovada quase que por unanimidade. No parágrafo único: Não alcançada a maioria absoluta, renovar-se-á a eleição, à qual somente poderão concorrer os dois candidatos mais votados, considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos. É nessa hora que acho que o nosso Regimento Interno é sábio, porque prevê quatro instâncias em que possamos discutir, votar, para se chegar a um resultado final. E a partir desse resultado final da votação da Subcomissão, já tive oportunidade de mudar minha opinião a respeito daquilo que foi aprovado: em apenas 24 horas, a partir da idéia de vários colegas aqui na Assembléia Nacional Constituinte que me interpelaram o que acho válido. Felizmente estamos aqui na segunda instância: vem a Sistematização, depois vem o Plenário sou obrigado a concordar com esse argumento. Será que não teria sido melhor que se tivesse fixado um determinado número de eleitores, para que houvesse um segundo turno no âmbito dos municípios? Ouvi muito dois números: um milhão de eleitores e 500 mil eleitores. E de repente começo a achar que quem pensa assim esteja raciocinando da maneira mais correta não que estejamos em perfeito estado do nosso raciocínio. Mas, realmente, fico imaginando como vai ser a eleição por este País afora com milhares de municípios, pequeninos municípios, fazendo eleição aí em dois turnos? E ainda mais se também preconizamos a liberdade de criação partidária, quando devemos ter um número grande de candidatos nesses municípios. Então, queria chamar a atenção do Relator para o número de eleitores nos municípios. Ouvi muitos números 500 mil eleitores, 600 mil, até 1 milhão de eleitores. Acho muito válida essa colocação feita por alguns colegas. Havíamos proposto no projeto original a reeleição, a convicção pessoal, porque existe a reeleição principalmente em países democráticos, avançados, e a reeleição parece que tem sido muito benéfica. Cito o caso da reeleição dos Estados Unidos, da Itália do Japão se bem que o conceito de prefeito no Japão e na Itália seja um pouco diferente do conceito que temos aqui mas existe essa reeleição que tem dado bons resultados. Coloquei essa permitida a reeleição, desde o Presidente até o Prefeito, mais como um elemento de convicção pessoal, mas deu para perceber, claramente, que a maioria tranqüila desta Casa rejeita a idéia de reeleição, só porque o anteprojeto aprovado não contemplou essa possibilidade de reeleição para Presidente, Governa-dor e Prefeito. Uma outra proposta que fizemos foi a da possibilidade do registro de candidaturas a dois cargos eletivos no mesmo Estado; havíamos proposto um legislativo e um executivo. Parece que houve consenso dentro da Subcomissão, de que é uma boa idéia. E nós optamos por um outra redação até porque ela é melhor e mais abrangente, e ficou assim redigida: É permitido aos filiados a partido político o registro de candidaturas e dois cargos eletivos: Poderes Legislativo e Executivo ou de ambos no mesmo Estado": Dentre tantos exemplos, citaria aqui não quero dizer que S. Ex.ª pensasse assim ou que pense assim ou que quissesse pensar, mas tenho que

14 me fixar no exemplo do nosso Presidente e candidato ao Senado; o mais votado acabou não vindo aqui ao Congresso Nacional. E se houvesse essa possibilidade, se fosse da vontade do nosso querido amigo, S. Ex.ª teria tipo oportunidade de lutar por uma cadeira na Câmara Federal e tranqüilamente teria vindo, e o Brasil não ficaria privado da contribuição de uma inteligência tão extraordinária como a do nosso Presidente. Aliás, quero aqui definir e registrar nos Anais, que ele é um dos responsáveis, um dos que inspiraram a minha entrada aqui na vida pública. Lembro-me da primeira vez que o conheci e que o vi, Senador Jarbas Passarinho era Ministro da Educação, onde desenvolveu um belíssimo trabalho este País e já o admirava passei a admirá-lo ainda mais, porque foi realmente o Ministro que nos inspirou a entrar na vida pública, há quase 20 anos. Com essa redação, ampliamos essa possibilidade. Confesso, também, que não estou convencido de que isso represente a maioria da opinião desta Casa. Não estou convencido. Eu também, andando pelos corredores aqui desses dois edifícios, senti algumas reações contrárias a isso que aprovamos. Parece que houve um consenso e há consenso dentro desta Casa nessa proposta também aprovada de que " nenhuma norma referente ao processo eleitoral poderá ser aplicada em qualquer eleição, sem que a lei que a instituiu tenha, pelo menos, um ano de vigência". Isso, para evitar os casuísmos, aqueles acertos que uma maioria eventual possa concertar, para tentar garantir um determinado resultado eleitoral às vésperas das eleições. A hipótese dos dois turnos havíamos proposto e isso aqui também é relevante, que a primeira eleição seria realizada no segundo domingo do mês de novembro e o segundo turno", no segundo domingo do mês de dezembro "no caso do segundo turno, foi aprovado que "as eleições para qualquer cargo eletivo serão realizadas no segundo domingo do mês de novembro no primeiro domingo do mês de dezembro, em caso de segundo turno". Houve uma pequena alteração. Havíamos optado pelo segundo turno, porque entendemos que nele a apuração é rápida. Não haveria nenhuma dificuldade, até porque existe uma outra proposta de que a posse seria sempre no dia 1º de janeiro do ano subseqüente. No meu entendimento, e para evitar aquela invasão indevida que é promovida pelo detentor do mandato num orçamento que deveria ser do seu sucessor. É muito freqüente ver agora não mais, porque o atual texto constitucional já corrigiu isso, governadores que acabam, principalmente com verbas de publicidade, fazendo gastos inaceitáveis nesse período que vai de 1º de janeiro a 15 de março. A nossa idéia é de que todas as posses, mesmo no âmbito do Poder Legislativo, deveriam ocorrer no dia 1º de janeiro do ano subseqüente, ao término dos mandatos. Está aqui como princípio constitucional. A posse dos eleitos dar-se-á no 1º dia do ano subseqüente ao da eleição. Recebemos uma proposta e a consideramos válida. Penso que deveria constar como princípio constitucional, até porque o Brasil está um pouco atrasado no que diz respeito à implantação da Informática em todos os seus Municípios. Acolhemos a proposta da Constituinte Cristina Tavares para que o processo de votação e apuração seja eletrônico. ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 14 Diz o parágrafo único: "Onde não for possível a implantação desse processo, será utilizada a cédula oficial única, cujo modelo depende da aprovação pelo Congresso Nacional, (120) cento e vinte dias antes das eleições. É justamente para evitar o que aconteceu repito quanto à cédula que nos foi imposta, com grandes prejuízos, para que o eleitor pudesse manifestar sua vontade. No que diz respeito à inelegibilidade, parece-me existe um consenso de que se deva sempre constar alguma coisa como princípio constitucional, se bem que, em muitas constituições, isso não mais existe. Quando se fala em inelegibilidade na Alemanha, ninguém sabe o que significa. Não consta como princípio constitucional. Porém, está aqui, foi aprovado, não houve maiores discussões a respeito. Quanto à questão do domicílio eleitoral, no meu entendimento não deveria ser considerado como princípio constitucional. Uma vez que aprovamos um ano de domicílio eleitoral, a minha proposta seria de 6 meses, vários colegas insistiram que essa questão do domicílio eleitoral deveria constar como princípio constitucional. Acho-a totalmente desnecessária, até porque a tendência é fazer desaparecer isso como princípio constitucional. Depois de 2 anos baixou para 1. Talvez os 6 meses seja um passo intermediário entre a existência e a nãoexistência. Fiquei no mínimo dos 6 meses, mas entendendo que não deveria constar como princípio constitucional. Porém, a Subcomissão entendeu e o fixou em 1 ano. Houve quem me interpelasse e isso deveria constar nas disposições transitórias para, na hipótese de aprovado o sistema distrital, adequar essa situação do voto distrital com as candidaturas daqueles que estão exercendo os seus mandatos. Deveria haver uma garantia para que eles pudessem acertar esse domicilio eleitoral, porque, em São Paulo, 60% ou 70% dos eleitos que vieram para a Assembléia Nacional Constituinte, praticamente optaram pelo sistema distrital. É bem provável que um determinado candidato que só dispute eleição proporcional possa ter a sua base política em determinada região, mas o seu domicílio eleitoral em outra cidade, em São Paulo ou em outra região. Faz parte do sistema eleitoral a questão do plebiscito. A nossa proposta dizia que a realização de plebiscito versará sempre sobre matéria de relevante interesse nacional e regional que será determinado em lei complementar. Enxugamo-la e ficou, aqui, admitido o instituto do plebiscito, conforme disciplinado por lei complementar. Penso que foi válido esse artigo. Passamos ao capítulo II do nosso anteprojeto: Dos Partidos Políticos. Entendemos que houve consenso na Subcomissão de que a legislação atual e outras que tivemos estabelecem tantas dificuldades na criação de partidos políticos que, às vezes, fica inviável a quem tenha condição de criar um partido de razoável porte, de cristalizar essa possibilidade, tais as dificuldades. Nada mais justo que se dê liberdade de criação para os partidos políticos. Fizemos a proposta e, felizmente, fiquei muito satisfeito com o resultado. O que propusemos, praticamente, foi o aprovado. O texto final foi o seguinte: "É livre a criação dos partidos políticos. Sua organização e funcionamento resguar- darão a soberania nacional, o regime democrático, o pluralismo partidário, os direitos fundamentais da pessoa humana, observados os seguintes princípios: 1) É assegurado ao cidadão o direito de pleitear ingresso em partidos políticos, nos termos de seus respectivos estatutos e programas. É claro que isso deva constar como princípio constitucional para evitar que um cidadão com idéias de extrema direita pleiteie ingresso num partido de extrema esquerda. Em tese, isso poderia acontecer. No momento em que cuidamos para que haja princípio constitucional, nos termos dos seus respectivos estatutos, estamos dando força ao partido para evitar que isso aconteça. "É vedada a utilização pelos partidos políticos de organizações paramilitares e é proibida a subordinação dos partidos políticos e entidades ou a governos estrangeiros. " Houve uma certa preocupação do PC do B e do PCB, mas há uma diferença muito grande entre subordinação e vinculação. Existem, hoje, os movimentos internacionais de política e internacionais socialistas que não deixam de configurar nisso uma certa vinculação, que não seria motivo para se colocar na ilegalidade um PCB um PC do B ou um Partido Socialista. Parágrafo único: "O Partido político adquire personalidade jurídica de Direito Público, mediante o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral ''. Acabamos com essa história de registro provisório e registro definitivo. Causou-me espanto ver algumas propostas com artigos de democratas conhecidos, neste País, que estabeleciam um determinado percentual para que um partido, após duas eleições, pudesse continuar existindo. Até mesmo proposta de resguardar um mandato dos eleitos por esses Partidos, desde que fizesse a opção por uma outra agremiação partidária. Isso é um absurdo. Volto a me fixar no exemplo do PC do B, do PCB de que se o candidato é eleito por um partido e de repente tem que optar por um outro, resguarda-se o seu mandato e vai optar por um outro Partido. Isso cria um surrealismo partidário no País. Sempre defendi o multipartidarismo, inclusive quando passei por esta Câmara Federal, em outra oportunidade, quando havia apenas o bipartidarismo (Arena e MDB). Na verdade, essa nossa proposta gera um multipartidarismo, mas há dispositivos que impedem que esses Partidos possam ser usados pelo cidadão, da maneira como bem entender o cidadão que é eleitor e quer disputar uma eleição. Resguardamos esse processo em outros artigos dessa nossa proposta. "Art. 21 São considerados Partidos de âmbito nacional e como tal gozando do privilégio de acesso à propaganda eleitoral gratuita e aos recursos do fundo partidário os que tiverem obtido, nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados, 1% dos votos apurados e 1% das cadeiras em ambas as Casas do Legislativo Federal." Houve uma pequena mudança. Todos concordaram que 1% dos votos apurados teria que ser, realmente, o mínimo do que propúnhamos e 1%

15 15 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) das cadeiras em ambas as Casas do Legislativo Federal. A Subcomissão foi mais complacente e optou pelo 1% dos votos obtidos na última eleição ou 1% das cadeiras da Câmara dos Deputados. Considerei válida essa alternativa, porque vamos ter essa dificuldade de considerar, se não houver a imposição desses requisitos, para que um Partido seja considerado de âmbito nacional, em tese, todos os Partidos, mesmo aquele que surge num município qualquer deste País poderá requerer junto à Justiça Eleitoral um espaço na televisão para promover o dono daquele Partido. Talvez, por uma questão de vaidade pessoal, ele queira isso. Se não cuidarmos para que isso seja um princípio constitucional, algumas dificuldades para que o Partido seja considerado de nível nacional, correremos o risco de que isso possa acontecer na base de 1% das cadeiras na Câmara dos Deputados, teríamos, aqui, cinco deputados. É uma representação razoável, o que poderia dar a esse Partido um contorno que deixaria claro ser um Partido de âmbito nacional. Se começarmos a fazer as contas, verificaremos que 1% pode parecer fácil de se conseguir, mas não o é. Sendo 70 milhões de eleitores, teríamos que ter 700 mil votos em todo o País. Se não for um Partido com uma estrutura razoável não atingirá esse número de votos. Art. 22: " Somente poderão concorrer às eleições nacionais, estaduais, municipais os Partidos Políticos que contarem o mínimo de, 5% de filiados em relação ao total de eleitores do País, do Estado, do Município ou do Distrito, respectivamente, proibida a filiação em mais de um Partido". Trata-se do mesmo caso. Um partido que não tem condições de ter, 5% de filiados, seja no âmbito do Município para disputar eleição municipal, 5% no âmbito do Estado ou 5% no País, ele não terá condições de pleitear o direito para disputar urna eleição. No âmbito da Subcomissão, houve uma certa resistência por parte do PC do B e foi invocado o exemplo de Salvador que teria que contar com 4 mil filiados para poder disputar eleição. Penso que 4 mil é um número mais do que razoável de eleitores. É o mínimo indispensável, para que um Partido possa pensar em disputar eleição em Salvador. Por um lado, criarmos a possibilidade da livre formação de Partidos Políticos; por outro cuidamos de criar algumas dificuldades, para que todos os Partidos não tenham a possibilidade de usufruírem dos mesmos direitos. Lembro o que ocorre em alguns países; cito o exemplo da Inglaterra por achar interessante a idéia. Claro que existem aqueles que acham que é um absurdo, mas pessoalmente penso que é muito interessante para evitar que os vaidosos, aqueles que querem aparecer, os que querem disputar uma eleição apenas por questão de promoção pessoal, possam querer disputá-la simplesmente para ver seu nome no jornal, na televisão, num cartaz colocado ao poste, ou numa parede. Na Inglaterra exigem o depósito de uma determinada importância em dinheiro imagino se isso fosse exigido no Brasil e se não for atingido um determinado percentual, que é estabelecido na legislação ordinária, ele não tem de volta aquele dinheiro. Penso que se trata de uma idéia interessante, porque existem em muitos Municípios candidatos às eleições apenas por questão de vaidade pessoal. Dessa forma, estaríamos impedindo a proliferação de candidatos que o são sem um motivo maior do que a realização pessoal. Penso que esses mínimos requisitos atendem perfeitamente ao interesse daqueles que se preocupam com a proliferação de Partidos, e Partidos com características municipais. Não vejo no processo democrático nenhum problema em que um Partido seja municipal ou regional. Ele está lá e existe. O Partido grande tem que vir da base. E por aí que começa. No Brasil, infelizmente, os Partidos Políticos têm surgido artificialmente, impostos de cima para baixo. Na atual legislação, para que um Partido possa existir, em tese existem muitas maneiras de burlar a legislação. Não que eu tenha feito isso. Mas fundei um Partido Político e vi que, se fossemos realmente levar ao pé da letra o que estabelece a legislação, seria praticamente impossível, sem grandes recursos financeiros organizar um Partido Político neste País. Essa lei aprovada para a eleição de 1985, foi bastante abrandada, democrática, e possibilitou o surgimento de agremiações políticas. Fala-se muito em legenda de aluguel. O pequeno Partido vai ser legenda de aluguel. Não houve grandes Partidos que também foram legendas de aluguel? Claro que houve. Somos políticos experientes e sabemos muito bem que essa questão da legenda de aluguel só vai deixar de existir ao longo do tempo, quando criarmos um sistema que o impossibilite, da mesma forma como ocorre na Inglaterra. Tenho que me louvar nesses exemplos, porque penso que são os melhores, onde não se concebe numa eleição a possibilidade de corrupção. Não é possível imaginar, pelo sistema que foi criado, qualquer forma de corrupção numa eleição na Inglaterra. O art. 23 também foi aprovado. Passou a ser o 18: "Os partidos têm autonomia para decidirem sobre a sua estrutura interna, critérios e processos, indicações de delegados e escolha de candidatos, bem como sobre questões que lhe são pertinentes." Houve diversas propostas que conflitavam com a idéia da liberdade de criação de partidos políticos, quando queriam alguns que constasse do texto constitucional as eleições primárias, por exemplo. Isso é problema de economia interna de cada partido. Se estamos dando liberdade, cada Partido decide de per si se quer ou não fazer eleição primária, forma de escolher, se vai ser partido fechado ou não. O cidadão que está num Partido e sente que esse não atende aos seus objetivos tem possibilidade de sair para outro. Penso que seria interessante que se aprovasse isso como princípio, até para dar uma autonomia quase que total ao partido político. Hoje, com essa nossa proposta, praticamente, fica revogada a Lei Orgânica dos Partidos. Qualquer legislação que alguém queira ter a pretensão de que se aprove, poderá ser argüida a sua inconstitucionalidade na forma como está a nossa proposta. A Lei Orgânica dos partidos estabelece até a forma, o modelo da ata. Isso é um absurdo, uma ingerência indevida na vida partidária, criando toda sorte de dificuldade e a todo momento a Justiça Eleitoral é chamada, requisitada a decidir sobre questões que a rigor deveriam ser resolvidas no âmbito dos próprios Partidos. Colocamos aqui como princípio constitucional por entendermos que deveria constar por ser importante: "Os partidos são obrigados a prestar contas, anualmente, das verbas públicas e doações recebidas ao Tribunal de Contas da União." Se estão recebendo verbas públicas têm que prestar contas ao Tribunal de Contas da União, que seria a questão do Fundo Partidário, explicando a origem dos seus recursos e do seu patrimônio. Finalmente, fomos para as disposições transitórias. Sei o que pensa o nobre Relator da Comissão temática, querido amigo Prisco Viana. Li, hoje, num dos jornais, que não é da competência da nossa Comissão estabelecer o prazo de duração do mandato do Presidente da República, José Sarney. Concordo que não o seja, porque circunstancialmente, é hoje o Presidente José Sarney. Como podemos falar em um sistema eleitoral, sem estarmos atentos à periodicidade da realização das eleições? V. Ex.ª me permite? O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Pois não, Excelência. Apenas para um breve esclarecimento. Manifestei uma opinião pessoal. Pretendo levantar uma preliminar, nesta Comissão, que é da sua competência, embora esteja deferido estabelecer o sistema eleitoral que, a meu ver, não tem nenhuma relação com a fixação de mandato. Se a Comissão decidir em sentido contrário, daremos parecer sobre mandato. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Agradeço a interferência do nobre Relator. Entendemos que é da nossa competência e não o é do Poder Executivo que tem que cuidar das prerrogativas e jamais do tempo de duração do mandato do Presidente da República, do Governador ou do Prefeito. No momento em que estamos abordando a questão da periodicidade da realização das eleições, no momento em que estamos tratando do tempo de duração dos mandatos de Prefeitos, Governadores, se de quatro ou cinco, ou seis anos, do tempo de duração do Deputado Federal, do Senador Federal, do Deputado Estadual, por acaso caímos fatalmente nessa fixação do prazo de duração do mandato do Presidente que, circunstancialmente é hoje o Presidente José Sarney. Poderia ser um outro qualquer. Temos que tratar, no nosso entendimento, do tempo de duração desse mandato. Tanto que aprovamos uma votação muito discutida, controvertida no âmbito da nossa Comissão e estabelecemos para os futuros e os futuros eu digo, porque nas disposições transitórias havíamos optado pela incoincidência das eleições. Sei que estou sendo repetitivo para aqueles que estiveram participando das subcomissões entendo que o sistema eleitoral é tão mais perfeito quanto à possibilidade que ele oferece ao eleitor para expressar de forma mais clara o seu voto. Como o eleitor vai ter oportunidade de expressar

16 esse voto, claramente, de uma maneira bem definida, se ele vai ter de repente que eleger o Prefeito e o Presidente da República ao mesmo tempo? Pela contradição dos temas, dos cargos disputados, o eleitor terá dificuldade para se definir claramente com relação a um tema de um e de outro candidato. Esposo, defendo a idéia de que a eleição deveria se ferir em três patamares, em três níveis: em um ano para Prefeitos e Vereadores; em um outro ano para Governadores e Deputados estaduais; num terceiro ano para Presidente da República e para o Congresso Nacional, dando possibilidade ao eleitor de definir claramente a sua vontade. O eleitor vai ter oportunidade até de participar da discussão em praça pública, nos comícios, sobre temas municipais, estaduais ou federais. No momento em que esposávamos essa idéia nas disposições transitórias, tínhamos que fixar alguma coisa que cairia, como de fato caiu, na fixação do prazo de duração do mandato do Presidente da República que circunstancialmente é o Presidente José Sarney. Essa a nossa idéia. Procuramos criar o sistema que se compatibilize com o que se ouve muito por aí, o sistema parlamentarista, que também defendo. Penso que seria o melhor para o País. Aquilo que estamos propondo e conjuga com a idéia do parlamentarismo. Já vou encerrar. Sr. Presidente. A eleição em dois turnos possibilita a realização de acordos, antes do resultado final. É um acordo pré-eleitoral e não pós-eleitoral, como ocorre hoje. Imagino se, de repente, transformarmos o sistema de Governo em sistema parlamentarista com isso que temos, essa Aliança Democrática que deveria dar sustentação ao Presidente da República estou esposando uma opinião pessoal esses acordos que aí estão, são espúrios e são pós-eleitorais, ocorridos depois. Quando inimigos conhecidos a nível de circunscrição, de Municípios, de Estados, de repente se compõem para tentar dar sustentação a um Governo, acontece isso que vemos, que culminou com o Presidente da República arranhando a soberania da Assembléia Nacional Constituinte e impondo um mandato de cinco anos e a busca da base de sustentação de Sua Excelência está sendo feita na base da distribuição de cargos. Isso compromete todo o processo, o sistema eleitoral, o regime democrático. É a nossa opinião. Agradeço a oportunidade que me deu o Sr. Presidente para falar desta tribuna e expor o meu pensamento, a minha opinião. Se houver alguma dúvida, estou à disposição para esclarecê-la. Passarinho): Agradeço ao Relator Francisco Rossi e estão abertos os debates, naturalmente, esses debates estarão incidindo, conforme nossa decisão de ontem, sobre a exposição do Constituinte. Tem a palavra o Constituinte Ruy Nedel. O SR. CONSTITUINTE RUY NEDEL: Sr. Presidente, Sr. Relator da Comissão, Sr. Relator do Anteprojeto do Sistema Eleitoral: Tenho diversos pensamentos, raciocínios diferentes, não quero dizer idéias divergentes. Tenho a convicção de que precisamos, dentro de uma democracia, deixar liberdade para a estruturação partidária. Mas precisamos defender a sociedade de uma série de abusos que se antepõem ao pluripartidarismo. Todos sabemos que o mandato ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 16 majoritário é eleição para cargo majoritário; ela representa a sociedade, seja no município, no Estado ou na Nação. O proporcional representa uma idéia, parece-me algo a ser adaptado, no novo projeto da Comissão, de que se poderia, dificultando esses abusos de espaço na imprensa, impedir que aqueles partidos, no nível da eleição, não tenham eleitos proporcionais, não tenham representantes do Poder Legislativo numa eleição proporcional, não possam ter candidatos majoritários. Por exemplo, tomando alguns partidos, o meu Estado. o Rio tirando do Sul, o município de lá não tem vereador; ele poderá concorrer com candidatos a vereador, mas não teria a proibição de concorrer com candidatos a prefeito. Para o Governo do Estado valeria a mesma coisa. Um partido que no Estado não tem deputado estadual, não poderia apresentar candidato a Governador, porque ainda não possui a legitimidade de ter um representante da sociedade no cargo maior, mas teria o poder de ter as suas candidaturas para Deputado estadual. O mesmo seria válido a nível federal. Acreditamos que seria uma boa maneira de impedir que haja o uso e o abuso da vontade de candidatos de negociarem internamente, saltando de um partido para outro, sem mais e nem menos, usando e abusando de siglas. Haveria também a redução de espaços e facilitaria imensamente ao eleitor o seu voto em candidaturas majoritárias. No art. 17 se poderia modificar e colocar, dependendo da intenção do Plenário. Tenho outra preocupação muito grave: de conformidade com essa nossa Carta Magna, teremos que redigir um Antigo ou Novo Testamento, um Testamento contemporâneo ou um futuro. TerÍamos várias Bíblias. Penso que a Carta Magna deve ter um enfoque de algo maior. Estamos em determinados pontos, inclusive invadindo totalmente a seara da legislação ordinária. A mim me parece um absurdo o art. 13, onde se exige domicílio eleitoral por 12 meses dentro da Constituição. Para mim me parece seguramente algo da legislação ordinária. O art 12, o processo de votação e apuração é o eletrônico. No parágrafo único: onde não for possível a implantação desse processo, aí sim, nós teremos uma cédula que terá que sair 120 dias antes das eleições. Cento e vinte dias antes das eleições, quando nas últimas não foi cumprida a lei menor de 30 dias, apareceu 22 dias antes das eleições uma cédula confusa. Mas, veja que no processo eletrônico não haveria prazo nenhum para aparecer. Poderia ser uma semana antes. Mas, isto também me parece que é algo da legislação ordinária. Não vejo como adotar um processo de votação, eletrônico ou não, principalmente dentro do nosso Brasil, onde logo é exigido um parágrafo, "onde não for possível ", porque é gritante a situação de municípios no nosso País, onde não se pode pensar em processo eletrônico, onde o processo eletrônico complicaria muito mais, geraria uma outra questão muito dúbia. Veja, o processo deve ser eletrônico; "onde não for possível". Lá no município X ou Y um escritório de contabilidade tem um microcomputadorzinho próprio. Então, ele vai dizer que o município tem condições de apurações eletrônicas e nós ficamos dependendo, às vezes, do interesse de um escritório, de um indivíduo, ou de uma empresa. Parece muito dúbio e estou convicto de que não cabe para a Carta Magna esta decisão que é um tema de legislação ordinária. O art. 9º "É permitido aos filiados a partidos políticos o registro de candidatura a dois cargos eletivos aos Poderes Legislativo e Executivo". Parece-me que pode gerar uma barafunda horrenda. Não haverá Deputado federal que não acabe também sendo candidato a Deputado estadual, o Senador fatalmente será Deputado estadual; isto poderá ser preservado aos candidatos majoritários. Se porventura, nós gerarmos essa dificuldade de partidos pequenos que não têm representatividade proporcional não poderem ter seu candidato majoritário e só participarem da eleição proporcional, para primeiro terem o referendo popular a merecer um candidato a Prefeito, Governador... Se fizermos isso, nós poderemos abrir esta porta para um candidato a Governador ou a Prefeito, mesmo derrotado, ter uma grande representatividade proporcional e poder continuar a ter a sua vida pública. Mas, querer deixar Legislativo por Legislativo me parece que geraremos a barafunda e confusão no meio do eleitorado e não me parece uma boa ciência política, porque vai gerar ainda mais o domínio no microcosmo social, que são as bases regionais. No art. 10. "Nenhuma norma referente ao processo eleitoral poderá ser aplicada em qualquer eleição, sem que a lei que a instituir tenha pelo menos um ano de vigência." Tenho dito na garantia da Constituição que nós podemos assinar o atestado de óbito da própria Constituição, no dia da sua promulgação, se nós não tivermos competência. Esse art. 10 me parece bem claro que já no processo atual, no momento em que promulgarmos a nova Carta Magna, ela já terá que ser modificada em alguma coisa, porque nós teremos eleição antes de um ano de vigência, de qualquer lei, provavelmente, ou pelo menos isto será certo bem antes do agudo da campanha eleitoral. Se, conseguirmos promulgar a Carta Magna, em 1º de dezembro, nós já não estaríamos cumprindo a lei, porque não poderíamos fazer as eleições municipais em 15 de novembro de Parece-me que precisaria alguma modificação ou verificar melhor o que é da competência da legislação ordinária ou não. No art. 7º, eu sou contrário ao sistema da reeleição; é opinião minha, deixo-a aqui clara e sou favorável a mandato de 5 anos. Sou contrário à reeleição de todo e qualquer mandatário de Poder Executivo na nossa Pátria, seja para Prefeito, seja para Governador, seja para Governo Federal. Nós deveremos saber da nossa vocação, deveremos saber do nosso espírito e nossa moral, seja pública ou individual, ou microssocial, ou empresarial, ou não. Mas, tenho a convicção plena que se abrirmos reeleições para cargos do Poder Executivo, seja no Município ou no Estado, ou para Presidência da República, nós poderemos sofrer um decréscimo muito grande na nossa já desgastada moralidade. Assim, para concluir: "Art. 21. Os mandatos dos Senadores eleitos em 15 de novembro de 82, Governadores e Vice-Governadores. Deputados Federais e Estaduais, eleitos em 15 de novem-

17 17 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) bro de 1986 terminarão em 31 de dezembro de 1990." Acato a idéia de se iniciar no princípio do ano, 1º de janeiro o tradicional Ano Novo para o Poder Executivo, foi bem fundamento pelo Relator. Mas não vejo por que vincular os Poderes Legislativos, porque até ao longo da história não têm estado vinculados. Sabemos que os Deputados estaduais assumem em fevereiro, os federais início de fevereiro os executivos era 16 em 15 de março. Não sei, para mim isso aí é uma questão secundária, mas não vejo a necessidade de coincidência da posse do Poder Legislativo com a posse do Poder Executivo. Rapidamente, era isso, para não nos alongarmos, não usarmos mais argumentos dos quais disporíamos para discussão da matéria. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Vou-me ater a alguns pontos levantados pelo nobre Constituinte, sei que não foi aprovada a reeleição no anteprojeto, a proposta inicial, sim, mas o anteprojeto, não. Com relação a essa questão da possibilidade de registro de candidaturas a dois cargos eletivos; eu entendi que V. Ex.ª até concorda, desde que para um cargo executivo e um legislativo. Realmente, é questão de V. Ex.ª, talvez, apresentar uma emenda nesse sentido, até acho válida. A questão do processo de votação e apuração eletrônica, se nós não pusermos isso como princípio constitucional, simplesmente nunca vamos ter a implantação desse sistema no País ou, pelo menos, nos próximos 100 anos, porque pelo sistema que está aí, nós sabemos, ganha-se eleição durante o processo de votação e ganha-se eleição no processo de apuração. Soubemos de diversos casos, por este País afora, quando quem havia perdido no voto estava tentando ganhar eleição na apuração. O SR. CONSTITUINTE ISRAEL PINHEIRO: V. Ex.ª tem razão, nós só conseguiremos um sistema eletrônico de apuração, quando houvermos aprovado voto proporcional misto com o distrito e a legenda. Por quê? A explicação é muito simples: pelo sistema atual, cada Partido tem direito de apresentar duas vezes e meio o seu número. Então, em Minas Gerais, foram mais de 800 nomes para Deputados federais além dos deputados estaduais, governadores. Então, existem mais de 4 mil seções eleitorais, por aí. Não há como computadorizar, automatizar todas essas seções eleitorais, porque cada máquina que teria que se colocar em cada uma dessas milhares de seções, teria que ter mais de mil dígitos. Isso a tomaria de um preço proibitivo, seria um custo incalculável, impraticável não só no Brasil de hoje, mas em qualquer país até de uma economia sólida. Com o voto distrital misto aí simplifica demais, porque a máquina vai ter o máximo, 4 ou 7 dígitos, e torna-se um equipamento que se vende hoje nas lojas comerciais. Era a observação. Passarinho): Gostaria que o Relator me permitisse uma palavra só para dizer aos poucos aqui presentes, mas talvez uma questão que facilite a forma de traba- lhar: nós, no Senado, temos um microfone para cada um ocupante. E, normalmente, a regra é que quando se dá o aparte pode se dar sentado. Quando se fala autonomamente, ao contrário do que vi ontem na Comissão de Sistematização, levanta-se o que está falando autonomamente, para que os apartes sejam dirigidos a ele, senão fica sentado e ninguém descobre quem está falando, sobretudo quando o Plenário estiver repleto. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Com relação à referência que o nobre Constituinte fez, essa possibilidade de mudança que ocorre mesmo, sai de um Partido e vai para outro e não acontece absolutamente nada, o Partido fica totalmente desprotegido em relação a esse procedimento cuidamos disso na nossa proposta à medida em que fortalecemos os Partidos, fazendo referência aos seus estatutos. No momento em que o cidadão estiver se filiando a um partido político, dependendo da forma como essa filiação ocorrer, eleito esse cidadão por essa agremiação partidária, ele poderá perder o seu mandato se mudar de um partido para outro, dependendo do que for estabelecido no estatuto partidário mas é claro que está como princípio constitucional. Estamos dando ao partido esse poder de recorrer à Justiça e até pleitear a cassação desse mandato. Ora, se o cidadão está entrando num determinado partido ele tem que assumir um determinado compromisso com esse Partido, seja através de algum documento, na ficha de filiação partidária, que dê o poderes ao partido para garantir que a cadeira que esse cidadão eventualmente possa ocupar, seja não do cidadão mas do partido. Isso vai depender única e exclusivamente do partido, de como esse estatuto for feito. O SR. CONSTITUINTE PAULO RAMOS: Peço a palavra, Sr. Presidente. Passarinho): Tem a palavra V. Ex.ª. O SR. CONSTITUINTE PAULO RAMOS: Sr. Presidente, Sr. Relator da Comissão Temática, Sr. Relator da Subcomissão, Srs. Constituintes: Eu me atenho apenas a dois pontos, já que o tempo inclusive é curto e outros podem pretender fazer uso da palavra. Temos no art 2º, 1º, uma referência aos militares, que considero, num sentido, um avanço, já que até hoje aos cabos e soldados era privado o direito político, mas o parecer da Comissão ainda impede àqueles que estão prestando serviço militar a possibilidade de participarem do processo político. Acredito que serão apenados aqueles jovens que exatamente naquele ano estiverem prestando o serviço militar. Acho um excesso que poderia ser eliminado, na medida em que numa eleição para Presidente da República, por exemplo, que ocorrerá de 4 em 4, ou de 5 em 5 anos, seriam apenados exatamente aqueles que no ano da eleição estiverem prestando serviço militar. Não vejo razão, já que a presunção, o que orienta a fixação dos conscritos, primeiro, é a possibilidade da influência na sua manifestação de vontade ou a impossibilidade do seu comparecimento para o cumprimento do seu dever cívico de escolher os seus representantes. Em nenhum dos casos a norma pode encontrar acolhimento; primeiro, porque se há a possibilidade de influência na ma- nifestação da vontade, em função de questões hierárquicas e até disciplinares, essa possibilidade existe em qualquer grau hierárquico. Em relação à impossibilidade do seu comparecimento, sabemos que a própria norma eleitoral permite o voto em trânsito, permite outras formas de votação que dariam àquele que presta serviço militar a possibilidade de cumprir o seu dever. Acho que poderia haver a tolerância geral, não preservar esse tipo de restrição, na medida em que atingiríamos um pequeníssimo contingente daqueles que tiverem a fatalidade da prestação do serviço militar no ano determinado. Quer dizer, um jovem com 18 anos, presta o serviço militar no ano da eleição para Presidência da República só terá uma outra oportunidade quando estiver com 22 anos. Acredito que seja um excesso que possa ser perfeitamente contornado, permitindo a todos os brasileiros, qualquer que seja a situação de prestação de serviço militar, cumprirem seu dever político. Não pretendo me alongar, mas apenas fazendo uma referência em relação ao sistema misto, já que defendo a exclusividade do sistema proporcional. Há o argumento de que com a vinculação do escolhido à sua base regional, sua localidade, temos hoje os inúmeros e tradicionalmente chamados currais eleitorais, em que o representante é sempre escolhido por uma determinada base e ao longo do desempenho do seu mandato há a constatação de que não corresponde sequer à expectativa daquela comunidade, mas o poder econômico assim determina. Sou um defensor do voto proporcional. Vou mais longe na observação feita pelo Companheiro que me antecedeu, dizendo que aquele que concorre a um cargo de Executivo, se, simultaneamente, ele concorrer a um cargo proporcional, naturalmente, será eleito. Terá uma vantagem muito grande sobre os demais concorrentes. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Mas é este o objetivo. O SR. CONSTITUINTE PAULO RAMOS: Mas acho, com todo respeito que tenho pelo Constituinte Jarbas Passarinho, cuja referência foi feita por V. Ex.ª quando discorreu no parecer, acredito que é uma vantagem. O processo eleitoral impõe um risco, a que todos nós quando somos candidatos estamos submetidos. Na verdade, quem concorresse a um cargo executivo já teria, automaticamente, um assento na outra cadeira do Legislativo a que estivesse concorrendo. Acho que esse artigo poderia ser perfeitamente eliminado. São, praticamente, essas as observações que gostaria de fazer. O SR. CONSTITUINTE FRANCISCO ROSSI: Como já fiz referência a todos esses artigos e expendi meu ponto de vista e V. Ex.ª inclusive os ouviu, não tenho nada a dizer. O SR. CONSTITUINTE WALDYR PUGLIESI: Questão de ordem, Sr. Presidente. Passarinho): Concedo a palavra a V. Ex.ª, para a questão de ordem. O SR. CONSTITUINTE WALDYR PUGLIESI: Sr. Presidente, o ilustre Relator, durante a sua exposição, produziu uma frase, dizendo que o Presidente da República arranhou a Constituinte com o seu pronunciamento. Gostaria de dizer a V. Ex.ª

18 que, na realidade, o Presidente da República atropelou a Assembléia Nacional Constituinte, não foi um arranhão. Para minha questão de ordem, peço a compreensão e a tolerância de V. Ex.ª para dizer o seguinte: durante muito tempo neste País os atos de cassação foram muito constantes. Lembro-me que determinada época estava na minha residência com o ex-deputado Alencar Furtado e dizia o ex-parlamentar da sua esperança e isso aconteceu logo após a famosa presença dos Companheiros do MDB na televisão. Ele estava acreditando que os atos de cassação não se verificariam mais neste País. Pois bem, terminou a sua palestra, vamos dizer assim, a alguns Companheiros que se encontravam lá, quando o telefone bateu e o jornalista do jornal O Estado de S. Paulo me perguntava se o Alencar Furtado estava lá, porque ele tinha acabado de ser cassado. Eu também dentro desta Assembléia Nacional Constituinte, tenho visto atropelamento dela seguidamente. E vimos, no meu entendimento, quando a Assembléia Nacional Constituinte capitulou, diante do Executivo, através da posição pusilânime diante da emenda Maurílio Ferreira Lima; no meu entendimento, houve atropelamento desta Assembléia Nacional Constituinte. Mais seguidamente esse festival de fisiologia, Sr. Presidente, de que fazemos constatação com grande mágoa, porque sou um dos fundadores do MDB e sempre desejávamos que a fisiologia nunca batesse à porta do nosso Partido. O festival de fisiologia a que o País assiste é outra agressão à Assembléia Nacional Constituinte. Portanto, estamos numa escalada: é a presença acintosa do Sr. Carlos Sant'Anna dentro da Assembléia Nacional Constituinte; é a presença brutal, golpista do Senhor Presidente da República na televisão, determinando ele, como se fosse um Imperador, o tamanho, a duração do seu mandato, desconhecendo a existência da Assembléia Nacional Constituinte. Agora, Sr. Presidente, é aí que entra a minha questão de ordem, estamos vendo mais outra cassação: a extrema direita, não contente com tudo aquilo que já conseguiu de retrógrado, de prejuízo para a Nação brasileira, está praticando, está tentando praticar novas cassações com afastamento de Relatores que foram indicados pela Assembléia Nacional Constituinte. É o episódio da nossa companheira Cristina Tavares, é o episódio que está aqui no Correio Brasiliense de hoje: "PDS quer mudar nomes na Sistematização". É um outro golpe. Sr. Presidente, peço que esta Comissão, de maneira soberana, através da sua Mesa, através do seu Presidente, através de todos nós, se faça presente junto ao Presidente da Assembléia Nacional Constituinte, trabalhando no sentido de que essas violências, essas cassações não se verifiquem mais: Acho que é muito pertinente minha questão de ordem, porque nesta Comissão mesma se discutiu se tínhamos competência ou não para deliberarmos a respeito da duração do mandato do Senhor Presidente da República, e a minha Subcomissão, como esta Comissão, fazem parte da Assembléia Nacional Constituinte, e quando se macula uma parte do corpo Constituinte, no geral, esse corpo está maculado. Por isso peço, invocando até a presença liberal do Constituinte Jarbas Passarinho, que ele, com a sua influência, possa, como todos nós, se fazer presente numa ação que impeça esse golpismo que está-se insta- ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 18 lando dentro da Assembléia Nacional Constituinte. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Asdrubal Bentes): Continua aberta a discussão, embora não haja questão de ordem a decidir. A palavra continua à disposição dos nobres Constituintes. O ilustre Relator está com a palavra para alguns comentários finais. Não, não tenha nada mais a comentar. O SR. PRESIDENTE (Asdrubal Bentes): Nada mais havendo a discutir, dou por encerrada a presente reunião, convocando outra para amanhã às 9 horas e 30 minutos, em local a ser previamente comunicado. (Encerra-se a reunião às 11 horas e 50 minutos) COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL PARTIDÁRIA E GARANTIAS DAS INSTITUIÇÕES 4ª reunião, realizada em 28 de maio de 1987 Aos vinte e oito dias do mês de maio do ano de mil novecentos e oitenta e sete, às dez horas e trinta minutos, na Sala de Reuniões da Comissão de relações Exteriores, reuniu-se a Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantias das Instituições, sob a Presidência do Senhor Constituinte Jarbas Passarinho, com a presença dos seguintes Constituintes: Hélio Rosas, Lídice da Mata, Saulo Queiroz, José Camargo, Waldyr Pugliesi, Ottomar Pinto, José Freire, Rachid Saldanha Derzi, Paulo Ramos, Nelton Friedrich, Fausto Fernandes, Arnaldo Martins, Asdrúbal Bentes, Furtado Leite, Paulo Delgado. O Sr. Presidente, tendo em vista a falta de quorum, submeteu aos presentes a sugestão de suspender a reunião para reiniciar às quinze horas. Aprovada. Reaberto os trabalhos, compareceram ainda os senhores Constituintes José Genoino, Lélio de Souza, Prisco Viana, Edvaldo Gonçalves e Moema São Thiago: o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Sr. Constituinte Nelton Friedrich, que expôs sobre o anteprojeto da Subcomissão da Garantia da Constituição, Reforma e Emendas. Logo a seguir foi aberto o debate, do qual participaram os Srs. Constituintes Paulo Delgado e Paulo Ramos. Para deixar registrado que o Sr. Constituinte Nelton Friedrich foi muito democrático no seu parecer, usou da palavra a Constituinte Moema São Thiago. Pedindo a palavra, o Sr. Constituinte José Agripino apresentou a sugestão de se modificar o roteiro dos trabalhos, a fim de permitir que o Sr. Relator apresente um parecer preliminar sujeito a emendas pelos membros da Comissão, a exemplo do ocorrido com a Comissão da Ordem Econômica (anexo). O Sr. Constituinte Prisco Viana, Relator da Comissão, contestou a sugestão apresentada por a mesma infringir o disposto no Regimento da Assembléia Nacional Constituinte. O Sr. Presidente, em resposta a sugestão apresentada, propôs que a mesma fosse submetida à votação em uma próxima reunião, por não haver número suficiente para deliberação (maioria ab soluta) e tratar-se de matéria polêmica, o que foi acatado pelo Sr. Constituinte José Agripino, autor da proposta. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente encerrou os trabalhos, convocando para o próximo dia 29 do corrente, às nove horas e trinta minutos, no mesmo local, destinada a discussão dos anteprojetos. E, para constar, eu, Sósia de Andrade Peixoto, Secretária da Comissão, lavrei a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente. ANEXO À ATA DA 4ª REUNIÃO DA COMISSÃO DA ORGANIZAÇÃO ELEITORAL, PARTIDÁRIA E GARANTIAS DAS INSTITUIÇÕES, REALIZADA EM 28 DE MAIO DE 1987, QUE SE PUBLICA COM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO DO SENHOR PRESIDENTE. Presidente: Constituinte Jarbas Passarinho Relator: Constituinte Prisco Viana. Passarinho): Como é do conhecimento da Casa, haverá, hoje, uma sessão do Congresso Nacional destinada a homenagear a memória do saudoso Senador Teotônio Vilela. Em conseqüência, estamos sem quorum e a Comissão de Sistematização também levantou os seus trabalhos para associar-se a essa homenagem. Por sugestão dos companheiros, particularmente do nosso Relator, que hoje deveríamos ouvir, vamos deixar de abrir a reunião, primeiro, porque não há quorum regimental e, segundo, porque poderíamos fazêlo de maneira informal, mas estaríamos criando um problema. De maneira que vamos submeter aos Srs. Constituintes a idéia de fazer uma nova convocação para hoje às 15 horas, neste mesmo local. É claro, isso transgride o Regimento Interno da Constituinte, mas tem sido uma norma que as comissões se reúnam também à tarde, e nós mesmos estamos sendo atropelados por uma sessão do Congresso Nacional que se faz pela manhã, quando a manhã é destinada aos trabalhos das comissões. Se não houver objeção, marcaremos a reunião para hoje à tarde, para o prosseguimento dos nossos trabalhos, às 15 horas, neste mesmo local. (Pausa.) Diante do silêncio de V. Ex. as, entendo que há assentimento. Está suspensa a reunião. (Suspensa às 10 horas e 30 minutos, a reunião é reaberta às 15 horas e 30 minutos). Passarinho): Havendo número regimental, declaro reabertos os trabalhos da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições. O Sr. Secretário fará a leitura da ata da reunião anterior. (É lida e aprovada a ata da reunião anterior.) Passarinho): Vamos ter a oportunidade de ouvir o nobre Relator da Subcomissão da Garantia da Constituição, Reformas e Emendas. Peço ao nobre Relator tome assento à mesa. (Pausa.) Como adotado na reunião de ontem, S. Ex.ª fará uma exposição retrospectiva do que ocorreu na sua Subcomissão, dando ênfase especial às questões que foram polêmicas, e depois, então, serão abertos os debates. Tem a palavra o nobre Relator, Deputado Nelson Friedrich.

19 19 ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) O SR. RELATOR (Nelton Friedrich): Sr. Presidente, é com satisfação que cumprimos esta tarefa. Faremos uma avaliação sobre os trabalhos da nossa Subcomissão e, evidentemente, com comentário e exposição sobre o nosso articulado. É importante, Sr. Presidente, registrar que a Subcomissão da Garantia da Constituição, Reformas e Emendas apresentou um trabalho harmônico, com momentos raros de grande polêmica e, principalmente, com uma atividade com grandes resultados, com uma produção visível a cada encontro. Ainda na fase das sugestões é preciso registrar, logo no início dos trabalhos, por decisão unânime dos membros da Subcomissão, apresentamos um esboço, a que denominamos de primeira aproximação sobre as matérias da Subcomissão, um trabalho realizado em apenas vinte e quatro horas, mas que serviu como uma espécie de eixo para as atividades desenvolvidas durante todos os dias, durante todo o período das nossas atividades. Auxiliounos muito, porque nos permitiu que sobre esse eixo se desenvolvessem os trabalhos. Tivemos dezenas e dezenas de sugestões, vasculhamos o Projeto de Constituinte, hoje registrado no Prodasen, em cima da campanha longamente veiculada durante o ano de 1986, tivemos diversas conferências e longos debates. Tudo resultou no nosso anteprojeto inicial, que foi de novo submetido a debates, tivemos novas emenda e, finalmente, chegamos ao texto, ao trabalho ora em análise. É ainda fundamental registrar, o que está neste relatório, o que consta no nosso articulado não é a vontade do Relator. Procuramos realmente traduzir o raciocínio e a síntese dos membros da Subcomissão. Tanto é verdade que foi a primeira Subcomissão a concluir os seus trabalhos. Na última quinta-feira, depois de quase sete horas de discussão e votação, já concluíamos o trabalho. Demonstra-se o acerto, o entendimento, a harmonia que alcançamos, através do anteprojeto. Fazemos uma observação preliminar que entendemos importante pela primeira vez na história da elaboração de textos constitucionais em nosso País, os componentes da Assembléia Nacional Constituinte decidem criar uma Subcomissão especial para tratar desta matéria, reportamo-nos de imediato, à votação de nosso Regimento Interno, que nenhum Constituinte questionou esta inovação de se contemplar uma Subcomissão de Garantias da Constituição, mostrando a preocupação que existe não só entre os Constituintes, como de toda a sociedade brasileira, quanto à necessidade de se buscar instrumentos, mecanismos de controle, de fiscalização, de eficácia, de integridade, de guarda da Constituição. Nosso anteprojeto está moldado nas sugestões, nas emendas, nas propostas dos conferencistas e da sociedade. Por esta razão, ao iniciarmos a exposição propriamente sobre o articulado, sobre o anteprojeto, temos claro o território da idealidade e o território da realidade, trabalhamos na fronteira. Trata-se de uma proposta inovadora, com traços de ousadia, mas, acima de tudo, realista. Portanto, estamos felizes até por compor, por sermos o Relator de uma Subcomissão da Garantia da Constituição, Reformas e Emendas, cujo título já é uma sentença da preocupação do dese- jo de se tratar deste assunto e pela primeira vez na história constitucionalista deste País, com essa relevância, é que iniciamos este capítulo sobre a inviolabilidade da Constituição, conforme o texto que todos os membros desta Comissão Temática possuem, dizendo que "a Constituição não perderá a sua vigência se deixar de ser observada por atos de força ou se for modificada por meio diverso do previsto em seu próprio texto". Este enunciado, por si só, fala e traduz o desejo de que a Constituição não perderá a sua vigência, mesmo se deixar de ser observada por ato de força ou venha a ser modificada por meio diverso do que prevê o texto constitucional. Chamamos a atenção no parágrafo único para a presença da cidadania, a força para que todo o cidadão, investido ou não de autoridade, tem o dever de colaborar para o restabelecimento da plena e efetiva vigência da Constituição. Procuramos, também, apresentar neste Capítulo da Inviolabilidade da Constituição algumas sanções, como, por exemplo "ficará impedido de ocupar cargo ou exercer função pública, civil ou militar, quem atentar por meios violentos contra a Constituição". Talvez pudesse vir à memória o episódio recente de vizinho país, em que esta sanção, ao menos, não é um freio completo, é um certo impedimento, ao menos um obstáculo que se coloca, porque há uma punição àqueles que possam intentar por meios violentos contra a Constituição, que seria de imediato a perda da função pública, civil ou militar. Poderia até ser dispensável, mas só para afirmar a intensidade desta proposição. Também recebemos diversas sugestões e emendas no sentido de transformar os crimes contra a Constituição como inafiançáveis, e assim contemplamos no 2 do art 2º. Além disso, outra inovação a prescrição da punibilidade só começará a ocorrer a partir da data do restabelecimento da ordem constitucional. Uma inovação extremamente salutar, nosso entendimento, unanimemente aprovada pelos Membros da Subcomissão, a prescrição de punibilidade. Os crimes contra a Constituição, portanto, só terão o início restabelecida a ordem constitucional. No 3 há uma referência evidente sobre a questão da anistia. No art. 3, também outro ponto de que teve votação unânime, após uma ampliação de sua abrangência. É preciso registrar que este artigo, realmente polêmico, foi discutido, sempre no sentido de melhorá-lo, de ampliar até o seus objetivos: "O Congresso Nacional, por maioria absoluta de seus Membros, pode decretar o confisco de bens de quem tenha enriquecido ilicitamente à custa dos cofres públicos, no exercício de cargo ou função pública." Realmente, este assunto polemizou, mas, insisto, sempre no sentido de ampliar o que previamente o Relator fez constar no Anteprojeto. Nesta mesma linha do Título "Garantias da Constituição", a Subcomissão contemplou, Sr. Presidente, ilustres Membros da Comissão Temática, o Tribunal Constitucional. De imediato, devo destacar que a questão do Tribunal Constitucional, contemplada no Título Das Garantias da Constituição, e não, no nosso caso, simplesmente remetendo ao Poder Judiciário, já traduz o que se pretende, o que se buscou na nossa Subcomissão, o Tribunal Constitucional, como um instrumento, como um instituto, como uma ferramenta importantíssima de garantias da Constituição. É fundamental registrar que este assunto foi muito aprofundado. Conferencistas, sugestões, debates, propostas da sociedade civil, tivemos sobre o Tribunal Constitucional uma longa avaliação. A audição da Ordem dos Advogados do Brasil, através de sua Presidência, o trabalho extraordinário que nos trouxe a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, apreciação, por exemplo, da Associação dos Magistrados do Rio Grande do Sul, da Associação dos Magistrados do Estado de São Paulo, essas entidades todas defendendo a instituição do Tribunal Constitucional. Antes de ingressar no que consta de nosso articulado, é fundamental registrar o que motivou a Subcomissão não foi a idéia de se instituir mais um Tribunal em nosso País, e sim, acima de tudo, de estabelecermos uma Corte voltada para as questões de natureza exclusivamente constitucional, não mais um Tribunal. Também se desenvolveu o raciocínio de que se Tribunal Constitucional tem muito mais uma votação política do que meramente jurisdicional. Se fosse possível aqui acrescentar, tratar-se de uma proposta político-jurisdicional, a começar pela sua própria composição. Busca-se através de composição do Tribunal Constitucional, o ponto de equilíbrio: quatro representantes escolhidos, designados pelo Conselho da Magistratura; dois pelo Senado Federal; dois pela Câmara dos Deputados; quatro pelo Poder Executivo; dois pelo Ministério Público; e dois pela Ordem dos Advogados do Brasil. Ao mesmo tempo se busca o controle preventivo e o controle posterior da constitucionalidade, o que já demonstra também uma afirmação, uma inovação, um novo horizonte nesta matéria. É preciso também registrar que a nossa Subcomissão aprovou o Tribunal Constitucional não ficando apenas no tradicional conceito de que a sua composição deve ser por cidadãos, por pessoas, por juristas, por especialistas realmente com alto conhecimento científico da questão jurídica. Fomos mais longe. Exige-se uma prática democrática desses membros. Fomos mais longe ainda, não só a prática democrática, como uma comprovada prática de defesa dos Direitos Humanos. Segundo decidimos, o Tribunal Constitucional promoveria a declaração de inconstitucionalidade em tese, a inconstitucionalidade incidental e esse extraordinário avanço da inconstitucionalidade por omissão. É preciso dar relevo a essa inovação, a essa proposta, para que bem possamos compreendê-la. É evidente que nos arts. 5, 6º e 7º, fazemos referência ao período de oito anos, ao mesmo tempo vedada a recondução, prevendo a forma de renovação dos membros do Tribunal Constitucional, prevendo ainda que não poderá ser escolhido Ministro do Tribunal Constitucional quem esteja no exercício de mandato executivo ou legislativo, de cargo de Ministro ou Secretário de Estado, ou tenha exercido qualquer dessas funções até quatro anos antes da escolha. Diz o art. 9º

20 "Compete ao Tribunal Constitucional, por solicitação do Presidente da República e chamamos a atenção para estes pontos "examinar preventivamente a constitucionalidade de qualquer norma constante de tratados, acordos e atos internacionais, e autorizar a decretação de estado de sítio de emergência. " Portanto, o Tribunal Constitucional, de plano, também teria essa competência de previamente ser consultado quanto à declaração de estado de sítio. Evidentemente que, em quarenta e oito horas essa matéria, uma vez concedida, seria analisada pelo Congresso Nacional, confirmando ou suspendendo. Também compete ao Tribunal Constitucional, segundo aprovação da Subcomissão; "Declarar, mediante provocação de parte, a inconstitucionalidade em tese de lei ou norma por força de lei. O não cumprimento da Constituição por omissão das medidas legislativas ou executivas necessárias para tomar exeqüíveis e efetivas as normas constitucionais, assinalando a órgão do Poder Público o competente prazo para adoção dessas providências, sob pena de responsabilidade de suprimento pelo Tribunal Constitucional." É fundamental que nos debrucemos um pouco sobre esta inovação, porque a inconstitucionalidade por omissão, sem dúvida, se for confirmada, permitirá possamos diminuir, senão até pôr fim a essas disposições, a essas quase fórmulas tradicionais de se fazer uma Constituição muito mais como uma listagem de intenções, muito mais como uma mera carta de enunciados programáticos, mas que tenhamos, pela inconstitucionalidade por omissão, instrumento eficaz para agir ante a inércia do Poder. Afinal de contas, insisto neste ponto, talvez seja preciso responder, e digo, porque tratamos muito na Subcomissão, que tipo de Constituição queremos. Se é realmente uma Constituição para valer ou uma Constituição faz de contas, em que colocamos, talvez o belo texto, a bela literatura, os bons propósitos, mas sem mecanismos para tomá-la eficaz. Não basta, na nossa opinião, extrairmos a vontade da Nação, o que se fez em 1946, quando se colocou o princípio de que os trabalhadores participarão dos lucros da empresa, e por vinte e um anos isso ficou no enunciado, porque, ao fim da Constituição de 1946, não foi regulamentado. Inexistiam instrumentos exatamente para que pudéssemos acioná-lo em prazo determinado sobre punição, sobre uma sanção, que aqui está previsto, além do crime de responsabilidade, que o Poder viesse a regulamentar a matéria. Essa é uma questão fundamental, até para se evitar determinados excessos que possamos hoje constituir em uma Constituição que não tenha futuro, que não venha a ser concretizada, que não venha a ser realizada. Talvez o que mais se sinta na sociedade, Sr. Presidente, é que tentamos uma Constituição que não seja para valer. Pondo fim a essa listagem de intenções, cumprindo o desejo e esse sentimento nacional de uma Constituição para valer, realmente essa inconstitucionalidade por omissão foi uma das questões mais pacíficas nos debates e nas decisões da nossa Subcomissão. ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (ATAS DE COMISSÕES) 20 Além disso, compete ao Tribunal Constitucional processar e julgar originariamente as controvérsias relativas à legitimidade constitucional das leis e dos atos com força de lei emanados da União e dos Estados, os conflitos de atribuições entre os poderes da União, ou aqueles entre os poderes da União e os Estados, entre os próprios Estados ou entre estes e os municípios, as acusações feitas contra o Presidente da República e os Ministros de Estado, as demais matérias que lhe atribua a lei complementar, que faz referência à letra "d" do inciso III do art. 9 No inciso IV, claramente se define que também compete ao Tribunal Constitucional julgar, em grau de recurso, as decisões dos Tribunais que recusem a aplicação de qualquer norma com fundamento na sua inconstitucionalidade, cuja inconstitucionalidade haja sido suscitada durante o processo. No art.10, já entramos em que tem legitimidade para acionar a inconstitucionalidade em tese, a inconstitucionalidade incidental e inconstitucionalidade por omissão. São partes legítimas para propor a ação de inconstitucionalidade de em tese essa inconstitucionalidade, que pode ser acionada em determinada lei que ainda não entrou em vigor o Presidente da República, o Procurador-Geral da República, cinqüenta deputados, vinte senadores, a Assembléia Legislativa, por decisão da maioria dos seus membros, dez mil cidadãos, as entidades associativas de âmbito nacional criadas por lei com mais de um ano de funcionamento, defensor do povo, nas questões que lhes são pertinentes. No art. 11, a questão, talvez, que mais chama a atenção, pois prevê quem tem legitimidade, em parte, para acionar a inconstitucionalidade por omissão: "Art. 11. São partes legítimas para propor a ação da inconstitucionalidade por omissão: I o Procurador-Geral da República, de ofício ou a requerimento de qualquer cidadão; II as entidades associativas de âmbito nacional, criadas ou reconhecidas por lei e com mais de um ano de funcionamento; lll os Tribunais Superiores. Além disso, dois outros pontos 1/3 de qualquer uma das Câmaras dos Congresso Nacional e efetivamente, em se tratando de inconstitucionalidade por omissão aquele que diretamente sofrer violação de direito por inércia do poder público. É claro que não é o momento de se fazer aqui uma análise teórica sobre a evolução do controle de inconstitucionalidade nas suas três grandes fases, nos ataques que os primeiros textos sofreram em uma dimensão tão-somente política, a fase do poder moderador e a fase hoje que se tem de avançar além das contradições do próprio sistema liberal e buscando as profundas mudanças no constitucionalismo, que nos trouxeram a necessidade de mecanismos efetivos e não simbólico de controle à constitucionalidade. Chamamos a atenção de V. Ex ª para o art. 12. Também se trata de um ponto importante, porque o procedimento de acusação contra o Presidente da República ou Ministro de Estado com objetivo de alcançar a declaração de sua destituição do cargo por violação intencional da Constituição, será oferecida pelo Presidente do Senado Federal e deverá ser precedido de moção subscrita pela quarta parte e aprovada por 2/3 dos membros de cada Casa do Congresso Nacional. Os recursos para o Tribunal Constitucional são restritos à questão da inconstitucionalidade. É fundamental compreender os limites que procuramos antepor à vida do Tribunal Constitucional, os freios, os limites, as fronteiras da sua atuação, exatamente para evitar se pense que se queira mais um Tribunal, ou a idéia, talvez, de um mero descongestionamento do Supremo Tribunal Federal. Insisto, o que nos motivou, o que motivou a Subcomissão e o que motivou as várias propostas e sugestões foi exatamente a idéia da concepção de um Tribunal Constitucional de juízes compromissados exclusivamente com a Constituição, um Tribunal Constitucional de vocação político-juridicional, e não meramente jurisdicional, e não meramente político, como foi a primeira fase, por exemplo, da experiência européia, ou até da própria experiência francesa. Ainda temos como previsão no art. 15: "Não tem efeito retroativo a sentença do Tribunal que declara a inconstitucionalidade de uma norma no todo e em parte. No exercício de suas atividades, o Tribunal Constitucional poderá dividir-se em Câmara." Sr. Pr esidente, também não é o momento de se fazer uma avaliação, uma discussão sobre o modelo americano e sobre o modelo europeu, muito menos entrar em pontos que na nossa Subcomissão foram tratados como uma imitação, seria um modismo, até porque procuramos elevar muito mais essa discussão e não cair nesse nível. O que é modismo? O que é, afinal de contas, imitação? Alguém está procurando descobrir realmente a pólvora? Temos obrigação, como constitucionalistas e como cidadãos, de usar uma espécie de campo de observação do que está acontecendo não agora nesta década, mas de muitas décadas para cá, em termos de controles constitucionais. Hoje os Tribunais Constitucionais existem em Portugal, França, Itália na Constituição italiana sob o Título Garantias da Constituição, a experiência Austríaca e Alemã, a experiência Grega. Hoje essa experiência floresce em outros países de regimes políticos diferentes, como a Iugoslávia. No Chile e aqui vai uma confidência, a primeira grande atração que sentimos por esse Tribunal, entre os primeiros medidos das juntas militares de Augusto Pinochet foi justamente acabar com o Tribunal Constitucional, conquista, de 1970, do Governo Eduardo Frei. Este assunto foi longamente discutido, analisado, pormenorizado, na nossa Subcomissão, onde houve, evidentemente, emendas e sugestões contrárias à criação do Tribunal Constitucional. Há que registrar, por exemplo, a participação do Deputado Nilson Gibson, que desde o início se colocou contrariamente a essa Corte. Houve também a emenda do ilustre Relator Constituinte Prisco Viana, que buscava a supressão desse Capítulo. Houve, em contrapartida, uma proposta muito completa da Ordem dos Advogados do Brasil, detalhando artigo por artigo. parágrafo por parágrafo, do Tribunal Constitucional, aprovada em

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