Ao Ilmo Senhor Eudes Missio DD. Diretor de Operações e Concessões do DAER/RS Porto Alegre RS
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- Renata Malheiro
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1 CARTA SINDIPESA 0053/2006 Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais Rua Batataes, 391 CEP: São Paulo - SP TEL/FAX: sindipesa@uol.com.br HOMEPAGE: São Paulo, 15 de agosto de 2006 Ref.: Pedido de revisão e supressão de artigos da Decisão Normativa nº 50 do DAER/RS, em especial dos que estabelecem exigência de CERTIDÃO (inciso f do Art. 3) e RECOLHIMENTO de ART (parágrafo único do Art. 14) pelas empresas de prestação de serviços especializados de escolta aos veículos transportadores de cargas indivisíveis com excesso de peso e/ou dimensões, e de outras cargas especiais. Ao Ilmo Senhor Eudes Missio DD. Diretor de Operações e Concessões do DAER/RS Porto Alegre RS Prezado Senhor, SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS PESADAS E EXCEPCIONAIS SINDIPESA, pessoa jurídica devidamente inscrita no C.N.P.J sob o nº / constituída, com sede à Rua Batataes 391, São Paulo SP, vem respeitosamente à presença de V. S.ª expor e, ao fim, requerer providência sobre o que segue: 1. Nossas associadas, como bem dita a razão social deste sindicato, são empresas transportadoras especializadas no transporte de cargas, que dependendo do peso e/ou dimensões podem exceder em muito os limites fixados pelo Código de Trânsito Brasileiro - CTB; 2. por referidas razões tais transportes, em vista do Art. 101 do CTB, precisam de Autorização Especial de Trânsito e, quando necessário, de acompanhamento da Polícia Rodoviária e de batedores devidamente credenciados para esse fim com base no Código de Trânsito Brasileiro;
2 3. conforme Instrução Normativa nº 16 da Polícia Rodoviária Federal, (Art. 27) o candidato a Motorista de Escolta de Cargas Indivisíveis/Excedentes deverá atender aos seguintes requisitos : a. possuir Carteira Nacional de Habilitação, no mínimo na categoria C e capacitado no Curso de Treinamento Específico para condutores rodoviários Transportadores de Produtos Perigosos conforme estabelecido pela Resolução nº 91 de 04 de maio de 1999 do CONTRAN, ou outro dispositivo legal que venha substituí-la; b. possuir vínculo empregatício com Empresa credenciada pelo DPRF; c. ser aprovado no Teste de Verificação de Conhecimento e Teste Prático a ser ministrado pela Comissão de Escolta 4. fica evidente que o profissional habilitado para a prestação de serviço de batedor credenciado é um profissional motorista treinado para executar operação cujos procedimentos encontram-se previamente definidos na Autorização Especial de Trânsito, esta sim dependente do concurso de engenheiros tanto de parte da Transportadora solicitante quanto do órgão que a concedeu, no caso o DAER; 5. a empresa de Escolta Credenciada, por sua vez, para se habilitar à prestação de referidos serviços, requer, conforme também estabelece a Instrução Normativa Nº 16 do DPRF (em que se baseou o DAER, diga-se de passagem), fazer prova dos documentos abaixo, que de modo algum sugerem o atendimento a qualquer requisito que lhes permita classificar como uma empresa sujeita ao que estabelece a lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências: a. documento de identidade de seus dirigentes; b. atos constitutivos ou Contrato Social, juntamente com a última alteração, mediante certidão atualizada expedida pela Junta Comercial do Estado, indicando obrigatoriamente, como um dos objetos da Firma, a exploração de prestação de serviços especializados de escolta; c. ata da eleição da administração em atual exercício, quando for o caso, mediante Certidão atualizada, expedida pela junta Comercial do Estado, ou publicação no Diário Oficial do Estado, com a respectiva Certidão de Arquivamento; 2
3 d. certidão negativa dos sócios na Receita Federal; e. inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda; f. comprovantes de regularidade fiscal, expedidos pela área fazendária do Município e do Estado, e, Certidões Negativas do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; g. comprovação do endereço da sede principal da empresa, através de contrato de locação, escritura pública ou alvará de localização 6. por mais que se procure, não se achará em nenhum artigo da referida instrução, qualquer menção no sentido de que as empresas constituídas para a prestação de serviços de escolta precisem ter em seu corpo ou que para o exercício de suas atividades demandem de competências próprias a um profissional engenheiro, arquiteto ou outro que se lhe imponha atender a quaisquer requisitos da lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro- Agrônomo, e dá outras providências; 7. não obstante tais evidências, nossas empresas e as empresas de escolta foram sobressaltadas com duas exigências contidas na Decisão Normativa Nº 50/2006 do DAER/RS, publicada no DOE de 13/07/2006, que dispõe sobre a regulamentação do credenciamento e da fiscalização de empresas prestadoras de serviços especializados de escolta aos veículos transportadores de cargas indivisíveis com excesso de peso e/ou dimensões, e de outras cargas especiais, nas rodovias cuja competência de Autoridade de Trânsito pertença ao DAER/RS; 8. a primeira, extraída do seu Art. 3º, estabelece como exigência para comprovação de habilitação ao credenciamento para prestação de serviços especializados de escolta, a apresentação, dentre outros documentos, de Certidão do CREA, do engenheiro responsável na empresa, pelo serviços de escolta, se for engenheiro de outro estado com registro no CREA/RS. 9. a segunda, constante do Parágrafo Único do seu Art. 14, estatui: a empresa credenciada deverá portar no veiculo que realizar um serviço de escolta autorizado pelo DAER/RS, ART do engenheiro responsável com registro no CREA/RS. 10. ora, a prestação de serviço de escolta é tarefa complementar e subsidiária da operação de transporte da carga, esta sim dependente de 3
4 uma série de ações de planejamento, de dimensionamento, de verificação e de execução. Esta sim, inserida dentro das habilidades e competências próprias de um profissional engenheiro; 11. não é por outra razão que a aludida INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/98 do mesmo DAER, que estabelece regras para a normatização, fiscalização e emissão de Autorização Especial de Trânsito para veículos transportadores com excesso de peso e/ ou dimensões, para trafegar nas rodovias do Estado do Rio Grande do Sul, requer, em várias das etapas do processo de Viabilização do Transporte, a comprovação de que as mesmas contaram com a participação de um engenheiro; 12. pelas razões expostas, não se materializam, a nosso ver, na prestação de serviços de escolta credenciada, quaisquer evidências que justifiquem a inclusão das exigências citadas acima para a questionável exigência de credenciamento dessas empresas, conforme determinação do DAER/RS; 13. aliás a prevalecer tal tese, teria o Batalhão da Polícia Rodoviária, também envolvido em tais operações, de obedecer aos mesmos tais requisitos; 14. assim é que, em vista dos fatos expostos, vimos requerer a IMEDIATA REVISÃO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 50 DESSE DAER E A SUPRESSÃO DO SEU TEXTO DOS ARTIGOS E PARÁGRAFOS QUE TRATAM da exigência de CERTIDÃO E RECOLHIMENTO DE ART PELAS EMPRESAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE ESCOLTA AOS VEÍCULOS TRANSPORTADORES DE CARGAS INDIVISÍVEIS COM EXCESSO DE PESO E/OU DIMENSÕES, E DE OUTRAS CARGAS ESPECIAIS. No aguardo de rápido pronunciamento de V.Sa. no sentido de que possamos dar continuidade às tratativas para implementação, de forma colaborativa, das medidas que se fizerem necessárias, colocamo-nos à inteira disposição para o mais que se fizer necessário. João Batista Pinheiro Dominici Vice-Presidente Executivo do SINDIPESA Tel :
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