Rute Cruz, Técnica superior de Estatística do Departamento de Estatísticas Sociais do Instituto Nacional de Estatística

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1 Artig tigo 5º_ página 119 Padrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares Autoras: Rute Cruz, Técnica superior de Estatística do Departamento de Estatísticas Sociais do Instituto Nacional de Estatística Carla Machado, Colaboradora do Ministério da Segurança Social e do Trabalho/ Departamento de Estudos, Estatística e Planeamento Resumo Expenditure patterns of the large families in Portugal - characterisation based on the Household Budget Survey. Celebrando-se em 2004 o 10º aniversário do Ano Internacional da Família, e verificando-se que Portugal evidencia uma das mais elevadas dimensões médias da família na UE15, apresenta-se um estudo sobre o padrão de consumo das famílias numerosas (5 ou mais indivíduos), baseado no Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF). Com efeito, de acordo com a citada fonte, no ano de 2000, cerca de uma em cada dez famílias portuguesas era numerosa. Como adiante se verá, a despesa individual média encontrada nas famílias numerosas ficou 25% aquém das restantes famílias, salientando-se ainda o papel das crianças no padrão de consumo das famílias de maior dimensão. Serão ainda apresentados alguns resultados ventilados por quintis de rendimento, evidenciando as especificidades do padrão de consumo das famílias numerosas mais desfavorecidas, bem como algumas particularidades da afectação da despesa às várias divisões de consumo da nomenclatura utilizada. Os resultados apresentados tiveram por base uma escala de equivalência dos indivíduos, permitindo assim análises comparativas deduzindo os efeitos de economia de escala das famílias numerosas. Abstrat: The year of 2004 is the international family year, which is a good opportunity to disseminate some singularities about the expenditure patterns of the large families (five or more persons), as it is known that the average dimension of

2 120 the Portuguese households is one of the highest in the EU15. The main source is the Household Budget Survey (HBS). According to the referred source, in 2000 the large families were close to one in ten families. As it will be shown, the average individual expenditure in large households was 25% below the remaining Portuguese households. The influence of the presence of children will also be explored. There will be some results by income quintiles, focusing the expenditure patterns of the less favoured large families, as well as some details about the distribution between the expenditure divisions of the reference nomenclature. The current analysis is based on an individual equivalent scale, which allows comparability between household s individual expenditure, after deducting the economy of scale effects felt in bigger households. Palavras Chave: família numerosa, família numerosa desfavorecida, despesa, padrão de consumo, Inquérito aos Orçamentos Familiares Key words: large family; less favoured large family; expenditure; expenditure patterns, Household Budget Survey Revista de Estudos Demográficos, nº 35

3 Introdução Estando a decorrer o ano internacional da família, afigura-se pertinente evidenciar as particularidades das famílias numerosas, sabendo-se que reflectem, em muitos casos, situações de dificuldade económica, bem como padrões de consumo muito específicos resultantes da sua dimensão e composição. A despesa é considerada como um indicador do nível de vida das famílias expresso em termos de consumo, traduzindo o exercício do poder económico que estas têm sobre os recursos. Desta forma, uma análise detalhada sobre o padrão de consumo das famílias irá permitir percepcionar de que forma foi influenciado pelo impacto dos factores sócio-demográficos, culturais e geográficos. Dado que as diferentes características sócio-demográficas das famílias implicam níveis de consumo distintos, pretende-se destacar as famílias numerosas como alvo central deste estudo. A via utilizada para o conhecimento do nível de despesa das famílias foi essencialmente o Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF) 2000, inquérito este que proporciona resultados ao nível do agregado familiar, complementada por informação de natureza individual sobre os seus respectivos membros. A comparabilidade dos níveis de despesa entre as diversas famílias é assegurada mediante a análise da despesa individual por tipo de família, estando colmatado o efeito de economias de escala no caso dos agregados com mais do que um indivíduo. 2. As famílias numerosas Segundo resultados divulgados pelo Eurostat para 2001, Portugal foi o terceiro país da União Europeia com a maior dimensão média do agregado familiar, com 2,8 indivíduos em cada agregado familiar de acordo com o Censos 2001, o que representou uma dimensão média 17% acima da UE (2,4). P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Médias superiores verificaram-se na Irlanda e Espanha (ambos com 3,0). Art6_Fg 1 Gráfico 1 Reino Unido Finlândia Áustria Luxemburgo Irlanda Espanha Alemanha Bélgica Dimensão média do agregado familiar em 2001 EU: 2,4 2,4 1,9 2,1 2,8 2,4 2,3 2,5 2,6 2,4 2,6 2,2 2,2 2,4 3,0 3,0 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 Fonte: Eurostat (Censos, LFS, ECHP) Uma família é considerada de maior dimensão se no seio do agregado familiar houver três ou mais crianças. Contudo, porque a estrutura das famílias portuguesas com um número mais elevado de indivíduos recai essencialmente sobre 3 ou mais adultos com ou sem crianças, ter-se-á por base que uma família é numerosa se o agregado familiar tiver 5 ou mais indivíduos (seja ele composto por uma maioria de adultos ou de crianças) 1.

4 122 Em 2000, uma em cada dez famílias portuguesas era considerada numerosa, perfazendo um total de famílias. A sua distribuição geográfica não é homogénea, sendo que quase metade das famílias numerosas vive na região Norte, e cerca de ¼ na região de Lisboa e Vale do Tejo. Considerando a globalidade das famílias portuguesas, o Norte concentra 33% das famílias e Lisboa e Vale do Tejo 36%. Art6_Fg 2 Gráfico 2 Distribuição das famílias numerosas por região Nuts II, 2000 Algarve 3% Açores 4% Madeira 4% Alentejo 4% Lisboa e Vale do Tejo 26% Norte 43% Centro 16% Por outro lado, são as regiões Açores, Madeira e Norte que, internamente, possuem um maior peso de famílias numerosas face às não numerosas, respectivamente, 21%, 20% e 12%, comparativamente às restantes regiões, que apresentam menos de 9% de famílias numerosas. O nível de vida das famílias é muitas vezes influenciado pela sua composição, importando conhecer e destacar a sua dimensão, bem como diferenciá-las segundo a idade dos indivíduos que as compõem. As famílias numerosas distinguem-se não só pelo elevado número de crianças mas também pelo número de adultos que muitas vezes é superior a dois. Das famílias numerosas com três ou mais crianças a seu cargo destacam-se as que têm um ou dois adultos e crianças (17%) e 3 ou mais adultos com três ou mais crianças (8%), o que engloba apenas ¼ das famílias numerosas, como se poderá observar no quadro n.º 1. As restantes famílias com três ou mais adultos sem crianças (23%), com uma criança (28%) e com duas crianças (24%) abrangem ¾ das famílias numerosas. Art6_Qd 1 Quadro 1 Distribuição das famílias numerosas e não numerosas segundo a tipologia familiar, 2000 Tipologia familiar Famílias numerosas Famílias não numerosas Adulto só com idade < 65 anos 6 Adulto só com idade >= 65 anos 13 2 adultos pelo menos um de idade >= 65 anos 19 2 adultos ambos de idade < 65 anos 12 3 ou mais adultos sem crianças ou 2 adultos com crianças com menos de 16 anos ou mais adultos com uma criança com menos de 16 anos ou mais adultos com duas crianças com menos de 16 anos 24 3 ou mais adultos com três ou mais crianças com menos de 16 anos 8 Total % Por outro lado, as famílias sem crianças compostas por três ou mais adultos e por dois adultos em que pelo menos um tem idade superior ou igual a 65 anos, são o tipo mais predominante nas famílias menos numerosas. Revista de Estudos Demográficos, nº 35

5 123 As famílias não numerosas englobam, igualmente, um grande leque de idosos que vivem sozinhos (13%), o que por si só poderá subavaliar algumas das tendências no padrão de consumo destas famílias, no que concerne nomeadamente à habitação e transportes, bem como sobreavaliar as despesas com a saúde. Por outro lado, é de notar as diferentes características dos representantes das famílias numerosas e não numerosas, que muitas vezes justificam os diferentes hábitos de consumo que diferenciam estas famílias. No que respeita à idade dos representantes das famílias, observa-se uma maior proporção de famílias não numerosas nos escalões etários extremos, até 29 anos e a partir de 65 anos inclusive; em contrapartida, as famílias numerosas apresentam uma maior proporção nos escalões etários intermédios. Art6_Fg 3 Gráfico 3 >= 65 anos Proporção de famílias (i e ii) por grupos etários do representante do agregado, 2000 (i) Famílias numerosas (ii) Famílias não numerosas 30 a 44 anos 20% 15% 10% 5% 0% 16 a 29 anos: número de observações reduzido 45 a 64 anos >= 65 anos 16 a 29 anos 95% 90% 85% 80% 75% 30 a 44 anos P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de a 64 anos A predominância de idosos a viver sozinhos ou com outro adulto, nas famílias não numerosas, justifica por si só a elevada proporção no escalão etário superior. Mais de metade dos representantes das famílias numerosas têm o 4º ano/classe, muito embora seja de salientar que apenas 17% não completou nenhum nível de escolaridade (proporção 6 pontos percentuais abaixo do total das famílias). Art6_Qd2 Quadro 2 Nível de escolaridade completado Famílias numerosas Famílias não numerosas Total Nenhum 17% 24% 23% 4 anos de escolaridade 55% 44% 45% 6 anos de escolaridade 10% 11% 11% 9 anos de escolaridade 8% 9% 9% 11/12 anos de escolaridade 5% 6% 6% Ensino superior 5% 6% 6% Total 100% 100% 100% Distribuição das famílias numerosas e não numerosas face aos anos de escolaridade completada do representante do agregado, 2000 No que concerne às famílias numerosas cerca de 71% dos seus representantes exercem uma profissão, enquanto que nas famílias não numerosas esta proporção é mais baixa, concretamente, 52%, entre outras razões, por abranger uma maior proporção de reformados (39%).

6 124 Os representantes das famílias numerosas e não numerosas que exercem uma profissão são em grande maioria trabalhadores por conta de outrem. Contudo, é de salientar a maior proporção de trabalhadores por conta própria como empregadores nas famílias numerosas face às não numerosas, respectivamente 12% e 9%. Art6_Qd3 Quadro 3 Distribuição das famílias numerosas e não numerosas quanto à situação na profissão do representante da família que exerce profissão, 2000 Situação na profissão Famílias numerosas Famílias não numerosas Total Trabalhador por conta de outrem 73% 73% 73% Trabalhador por conta própria - isolado 13% 17% 16% Trabalhador por conta própria - empregador 12% 9% 9% Outra 1% 1% 1% Total 100% 100% 100% Em síntese, é possível afirmar que as famílias numerosas se localizam, essencialmente, nas regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo, sendo constituídas em grande número por três ou mais adultos com crianças. Os representantes destas famílias para além de estarem, em grande percentagem, em idade activa e exercerem uma profissão seja como trabalhador por conta de outrem seja como trabalhador por conta própria (como empregador), apresentam um nível de habilitações literárias ligeiramente diferente (maior proporção de representantes com a 4ª classe/ano, embora com uma menor proporção de representantes sem nível de escolaridade). 3. A despesa das famílias numerosas numa perspectiva sócio-económica A diferente estrutura familiar entre as famílias mais numerosas e menos numerosas, permite por si só justificar e compreender de forma mais precisa os distintos padrões de consumo que apresentam. De modo a melhor se conseguir comparabilidade de resultados, toda a análise da despesa das famílias numerosas será apresentada na perspectiva do indivíduo com recurso à escala de equivalência OCDE original 2. Sempre que se mencionar a despesa do indivíduo ou individual pretende-se referenciar, em rigor, a despesa equivalente por indivíduo. No ano de 2000 observou-se que nas famílias numerosas a despesa média por indivíduo se situou em euros/ano, ou seja, 409 euros por mês, valor que se encontrava 23% abaixo da média das famílias portuguesas. Art6_QD4 Quadro 4 Despesa individual das famílias numerosas e não numerosas, segundo a sua tipologia, 2000 Despesa média Índice (total=100) Despesa média Índice (total=100) Despesa média Índice (total=100) Adulto só com idade < 65 anos Adulto só com idade >= 65 anos adultos pelo menos um de idade >= 65 anos adultos ambos de idade < 65 anos ou mais adultos sem crianças ou 2 adultos com crianças com menos de 16 anos ou mais adultos com uma criança com menos de 16 anos ou mais adultos com duas crianças com menos de 16 anos ou mais adultos com três ou mais crianças com menos de 16 anos Total Tipologia da Família Famílias numerosas Famílias não numerosas Total de famílias Das famílias numerosas, as que não têm crianças a seu cargo apresentaram a despesa individual média anual mais elevada, cerca de euros, montante este que se situava, em 2000, cerca de 10% acima da média total das famílias numerosas. A despesa individual destas famílias é tanto mais baixa quantas mais crianças e adultos existem no agregado familiar, destacando-se as famílias com três ou mais adultos e três ou mais crianças como a tipologia familiar com a despesa individual mais baixa (4 088 euros anuais), 17% abaixo da média total das famílias numerosas. Revista de Estudos Demográficos, nº 35

7 125 O quadro n.º 4 mostra também que, no total das famílias portuguesas, os níveis mais baixos de despesa individual das famílias localizaram-se nos casos de agregados com idosos e/ou crianças. Assumindo a elevada correlação entre a despesa nas famílias numerosas e a existência ou não de crianças, o quadro n.º 5 mostra, segundo alguns tipos familiares, os diferentes pesos que estas famílias atribuíram às diferentes despesas com que se deparam no dia a dia. Assim, é possível notar que as famílias com mais crianças e mais adultos (famílias com três ou mais adultos e três ou mais crianças) foram as que canalizaram uma maior parte da sua despesa total para a alimentação e bebidas não alcoólicas, isto é, cerca de 23%. Embora em menor proporção, foram estas famílias que atribuíram um maior peso da sua despesa total ao ensino (6%) bem como aos hotéis, restaurantes, cafés e similares (14%), em detrimento das despesas com os transportes (13%) e com o lazer, distracção e cultura (2%). Art6_Qd5 Quadro 5 Composição da despesa individual das famílias numerosas, segundo a sua tipologia, 2000 Famílias numerosas 5 ou mais adultos sem crianças Despesa 4 ou mais adultos com uma criança % Despesa 3 ou mais adultos com duas crianças % Despesa 1 ou 2 adultos com 3 ou mais crianças % Despesa 3 ou mais adultos com 3 ou mais crianças % Despesa DESPESA TOTAL Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos / estupefacientes Vestuário e calçado Habitação, desp. água, electricidade, gás e out.combustíveis Móveis, art.decoração, eq.doméstico e desp.c.manut.habit Saúde Transportes Comunicações Lazer, distracção e cultura Ensino Hotéis, restaurantes, cafés e similares Outros bens e serviços % P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 As famílias numerosas com menos crianças conseguiram ter uma maior despesa com o lazer, distracção e cultura (cerca de 5%) e com os transportes (a proporção aumentou à medida que as famílias numerosas foram tendo menos crianças). Conforme se pode ver no gráfico abaixo, existe uma relação directa entre o nível de escolaridade do representante e o valor da despesa das famílias. Art6_Fg 4 Gráfico Despesa Despesa individual das famílias numerosas e não numerosas, segundo os anos de escolaridade completada do representante do agregado, Nenhum 4 anos 6 anos 9 anos 11/12 anos Mais de 12 anos Anos de escolaridade completa do representante Famílias numerosas Média das famílias numerosas Famílias não numerosas Média das famílias não numerosas

8 126 Tanto as despesas das famílias numerosas como as das não numerosas cujo representante tinha completado pelo menos 9 anos de escolaridade encontravam-se acima da respectiva média global (4904 e euros), verificando-se ainda que no caso de 11/12 anos de escolaridade as duas tipologias de famílias se aproximaram em termos de valor de despesa. Foram ainda notáveis os valores de despesa sentidos no nível mais elevado de escolaridade. Como foi atrás referido, nas famílias numerosas foram encontrados 71% de agregados cujo representante exercia profissão. Art6_Qd6 Quadro 6 Despesas individual das famílias numerosas e não numerosas, segundo a situação na profissão (agregada) do representante da família, 2000 Despesa média Índice (total=100) Despesa média Índice (total=100) Total de famílias Exerceu uma profissão Reformado Outro (desempregado, doméstico, incapacitado para trabalho, outro) Famílias numerosas Famílias não numerosas Nesses agregados que predominaram foi encontrada uma despesa média de euros em 2000, valor este que se situou 24% acima do verificado no caso dos agregados com representante reformado (4 241 euros/ano). Cingindo a análise apenas a agregados cujo representante exercia uma profissão, considere-se como referência a média de despesa separadamente para famílias numerosas ou não. Art6_Fg 5 Gráfico 5 Despesa individual das famílias numerosas e não nos casos de representante do agregado trabalhador por conta própria ou por conta de outrem, 2000 TCP - empregador TCP - isolado TCO Total não numerosas = 100 Total numerosas = 100 Famílias numerosas Famílias não numerosas Note-se o assinalável nível de despesa apurado nos agregados com representante trabalhador por conta própria empregador, quando se compara com a média da respectiva tipologia de família (numerosas/não numerosas), visto que se atingiram valores que excedia aquelas médias em 20 e 24%, respectivamente. Revista de Estudos Demográficos, nº 35

9 A despesa das famílias numerosas numa perspectiva regional Considerando a diferente distribuição regional das famílias numerosas anteriormente descrita, importa conhecer os distintos níveis de consumo regionais. Art6_Qd7 Quadro 7 Despesa individual das famílias numerosas e não numerosas, segundo a região NUTS II, 2000 Portugal Continente Norte Centro Lisboa e Vale Tejo Alentejo Algarve Açores Madeira Unidade: euro DESPESA TOTAL Famílias numerosas Famílias não numerosas Fonte: INE, IOF2000 Considerando apenas as famílias numerosas, são as da Madeira que se mostram mais aquém da média nacional (-26%), apesar de, curiosamente, as famílias de menores dimensões evidenciarem posição relativa ainda mais desfavorável (-35%). Comparando famílias numerosas / não numerosas, as primeiras revelaram em 2000 um nível de despesa média por indivíduo que se situou 33% abaixo da média global. Note-se que o uso da escala de equivalência elimina, dentro do possível, as economias de escala das famílias com mais do que 1 indivíduo, pelo que o nível mais reduzido de despesa que os resultados evidenciam é uma realidade efectivamente sentida por estas famílias. De um modo geral, valores reduzidos de despesa estão associados a rendimentos modestos ou a um número reduzido de titulares de rendimento (e com crianças, por exemplo). É em Lisboa e Vale do Tejo que as famílias numerosas mais se ressentem face à média das famílias da região (apenas 74% da média global), logo seguidas das do Norte (76%); em contraposição, no Alentejo, o nível de despesa é 19% superior à média dos indivíduos das famílias alentejanas, mas que resulta de factores como a estrutura demográfica específica das famílias numerosas desta região (com menos crianças do que em outras regiões). P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Art6_Qd8 Quadro 8 Despesa individual das famílias por divisão da COICOP 1, segundo o tipo de família, 2000 (índice 100) índice índice DESPESA TOTAL Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos / estupefacientes Vestuário e calçado Habitação, desp. água, electricidade, gás e out.combustíveis Móveis, art.decoração, eq.doméstico e desp.c.manut.habit Saúde Transportes Comunicações Lazer, distracção e cultura Ensino Hotéis, restaurantes, cafés e similares Outros bens e serviços Do inglês, Classificação do Consumo Individual por Objectivos Total Famílias numerosas Famílias não numerosas As famílias numerosas viram as suas despesas mais contidas essencialmente ao nível da saúde (-45% do que a média de todas as famílias) e da habitação (-41%), mas, pelo contrário, evidenciaram algum destaque ao nível do consumo de bebidas alcoólicas e tabaco (+5%) e um incremento notável no que toca às despesas com ensino (+50%), naturalmente decorrente da elevada proporção de crianças deste tipo de famílias. Art6_Qd9

10 128 Quadro 9 Despesa individual das famílias numerosas nas regiões Nuts II face à média nacional, pelas principais divisões da COICOP, 2000 Norte Centro Lisboa e Vale Tejo Portugal = 100 Alentejo Algarve Açores Madeira DESPESA TOTAL da qual: Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Vestuário e calçado Habitação, desp. água, electricidade, gás e out.combust Móveis, art.decoração, eq.doméstico e desp.c.man.habit Transportes Hotéis, restaurantes, cafés e similares Considerando apenas as 6 principais divisões de despesa segundo a COICOP, que representam 77% da despesa da globalidade das famílias portuguesas, observa-se que, no caso acima mencionado do Alentejo, o nível de despesa acentuado resultou de uma despesa também acentuada nas divisões associadas à habitação (04: habitação, despesas relacionadas e 05: móveis e artigos de decoração e manutenção) respectivamente com + 36 e 33% do que a média nacional das famílias numerosas, e ainda à restauração (11: hotéis, restaurantes e similares), com + 33%, o que, por contrapartida, não foi tão sentido nas despesas alimentares. No entanto, foram os transportes que mais despesa absorveram às famílias alentejanas quando comparamos com a média nacional (+43%). Os hotéis e restaurantes foram de reduzida importância no cabaz de despesas das famílias numerosas das regiões autónomas (-63% e -58% respectivamente para Açores e Madeira). Art6_Qd10 Quadro 10 Despesa individual das famílias por tipologia de área APU/AMU/APR, 1 pelas divisões da COICOP, segundo o tipo de família, 2000 Unidade: euro Área pred. urbana Área med. urbana Área pred. rural Família numerosa não numerosa numerosa não numerosa numerosa não numerosa DESPESA TOTAL Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos / estupefacientes Vestuário e calçado Habitação, desp. água, electricidade, gás e out.combustíveis Móveis, art.decoração, eq.doméstico e desp.c.manut.habit Saúde Transportes Comunicações Lazer, distracção e cultura Ensino Hotéis, restaurantes, cafés e similares Outros bens e serviços APU: Área predominantemente urbana; AMU: área medianamente urbana; APR: área predominantemente rural A ventilação de resultados segundo a tipologia zona urbana/ predominantemente urbana/ rural expõe o caso particular do meio urbano, em que a família numerosa apresenta um nível de despesa bem mais modesto quando comparado com as famílias não numerosas (-31%), destacando-se as divisões 04 e 05, que revelam que a dimensão familiar elevada não se traduz em condições de habitação proporcionalmente acrescidas, situação esta também sentida no meio semi-urbano ainda que menos intensamente. O gráfico nº 6 reproduz os desfasamentos entre famílias numerosas e as restantes, em cada uma das áreas tipificadas. Observando ainda o meio urbano, comparando famílias numerosas com as não numerosas, sobressaíram as primeiras pela fatia bem mais expressiva (+78%) dedicada a despesas com ensino (divisão 10), despesa esta que não se evidenciou tão relevante confrontando as famílias numerosas face às restantes em meio medianamente urbano ou predominantemente rural. Art6_Fg6 Revista de Estudos Demográficos, nº 35

11 129 Gráfico 6 2 1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Quocientes entre as despesas individuais das famílias numerosas e as não numerosas, por tipologia de área APU/AMU7APR Total D 01 D 02 D 03 D 04 D 05 D 06 D 07 D 08 D 09 D 10 D 11 D 12 Divisões da COICOP APU AMU APR Legenda: D01. PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS D02. BEBIDAS ALCOÓLICAS, TABACO E NARCÓTICOS \ ESTUPEFACIENTES D03. VESTUÁRIO E CALÇADO D04. HABITAÇÃO, DESPESAS COM ÁGUA, ELECTRICIDADE, GÁS E OUTROS COMBUSTÍVEIS D05. MÓVEIS, ARTIGOS DE DECORAÇÃO, EQUIP.DOMÉSTICOS E DESPESAS CORRENTES DE MANUTENÇÃO DA HABITAÇÃO D06. SAÚDE D07. TRANSPORTES D08. COMUNICAÇÕES D09. LAZER, DISTRACÇÃO E CULTURA D10. ENSINO D11. HOTÉIS, RESTAURANTES, CAFÉS E SIMILARES D12. OUTROS BENS E SERVIÇOS P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Pelo contrário, em meio rural, às famílias numerosas correspondem elevadas despesas com habitação, bem como com móveis, artigos de decoração, equipamento doméstico e despesas correntes (+44 e +33% do que nas famílias não numerosas), e ainda um notável agravamento com as despesas com saúde, que, por indivíduo, atingiram o valor de 303 euros em 2000, ou seja, 80% superior face às famílias não numerosas também do meio rural. 5. Variação do padrão de consumo das famílias amílias, O padrão de consumo das famílias em Portugal tem sofrido alterações ao longo dos últimos anos, justificandose pela alteração dos hábitos sócio-culturais das famílias e pela maior aderência a novos produtos no mercado, motivados pelo crescente apelo ao consumo. Os produtos de primeira necessidade começam a perder peso no cabaz de compras dos portugueses dando lugar a bens menos essenciais e por vezes supérfluos. Não obstante as condições de vida das famílias, o seu bem-estar varia consoante as condições monetárias que estas detêm e o respectivo nível de escolha de bens e serviços que lhes é permitido efectuar. Atendendo ao efeito das economias de escala geradas no seio das famílias, é possível observar a variação dos padrões de consumo dos membros das famílias portuguesas ao longo dos últimos anos. Ao longo dos restantes capítulos será dado um especial destaque às famílias mais desfavorecidas em termos económicos, permitindo comparar a evolução dos seus hábitos de consumo com as restantes famílias portuguesas. Com efeito são considerados quatro grupos de análise:

12 130 - Famílias numerosas desfavorecidas; - Famílias não numerosas desfavorecidas; - Restantes famílias numerosas; - Restantes famílias não numerosas. Uma família é considerada mais desfavorecida se pertencer ao conjunto de 20% das famílias com rendimento total equivalente mais baixo (1º quintil). Por conseguinte, se uma família auferiu um rendimento total equivalente anual líquido por indivíduo de euros em 2000, é considerada mais desfavorecida, nos pressupostos metodológicos deste estudo. O que corresponde a um montante mensal individual em torno dos 300 euros. Os níveis de endividamento/poupança são em alguns casos os principais responsáveis pelo nível de bem-estar das famílias. Na generalidade, as que optam por recorrer ao endividamento vivem segundo um nível de bem-estar acima das suas possibilidades económicas; por outro lado, as famílias que optam pela poupança vivem aquém do bem-estar de que poderiam beneficiar. É de destacar as famílias mais numerosas desfavorecidas como as que aumentaram de forma mais acentuada o seu consumo global individual na segunda metade da década de 90, as quais apresentam um aumento real de 28% das suas despesas totais (2 904 euros em 2000 e euros em 1995 a preços de 2000). Não muito atrás encontram-se as famílias igualmente desfavorecidas mas menos numerosas, com um acréscimo real da despesa total individual de 26% entre 1995 e 2000 (3 064 euros em 2000). Tal efeito pode justificar-se pela crescente procura de crédito por parte das famílias com menores rendimentos, ou mesmo pela recente adaptação destes grupos a uma sociedade de crescente consumo. Com efeito, aumentaram substancialmente os níveis de consumo ainda que dispusessem de um nível de rendimento igualmente baixo. As famílias que verificaram um menor aumento na despesa total foram as restantes mais numerosas, isto é, um aumento real em 2000 de 6% face a Art6_Fg7 Gráfico 7 Variação da despesa total individual das famílias, Despesa total anual individual da família ,5% Famílias mais numerosas desfavorecidas 26,5% Famílias menos numerosas desfavorecidas 5,7% Restantes famílias mais numerosas 1995 a preços de Variação 9,1% Restantes famílias menos numerosas 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% variação da despesa total /2000 Fonte: INE, IOF 1994/95 e 2000 A diminuição do consumo alimentar é bem visível na maior parte das famílias portuguesas. Mediante o Coeficiente de Engel para os diferentes tipos familiares em análise, é possível notar que as famílias desfavorecidas são as que evidenciam uma maior diminuição na proporção da despesa alimentar (e bebidas não alcoólicas) face à globalidade da despesa efectuada pelas famílias, nomeadamente no que se refere às famílias mais numerosas. Art6_Qd11 Revista de Estudos Demográficos, nº 35

13 131 Quadro 11 Alteração do padrão de consumo alimentar das famílias, a preços constantes de Despesa alimentar (1) Despesa Total Coeficiente de Engel (2) 0,38 0,26 0,37 0,31 0,22 0,19 0,19 0,17 Coeficiente de Engel -31% -17% -10% -10% Fonte: INE, IOF 1994/95 e 2000 Famílias numerosas desfavorecidas (1) Inclui bebidas não alcoólicas (2) Proporção de despesa do bem i na despesa total (i=alimentação) Famílias não numerosas desfavorecidas Restantes famílias numerosas Restantes famílias não numerosas A proporção da despesa alimentar na despesa total em termos reais diminuiu 31% nas famílias numerosas desfavorecidas, 17% nas famílias menos numerosas desfavorecidas, e 10% nas restantes famílias numerosas e não numerosas. Esta redução permite mostrar a alteração do padrão de consumo das famílias que cada vez mais prescindem de bens alimentares e atribui maior importância a outros bens e serviços. Em detrimento do consumo alimentar, as famílias numerosas desfavorecidas aumentaram de forma mais acentuada o peso do consumo em bebidas alcoólicas e tabaco, bem como em móveis, artigos de decoração, e ainda em transportes, comunicações, e em hotéis, restaurantes, cafés e similares entre 1995 e 2000, em comparação com as restantes famílias. Note-se que em 1995 os indivíduos destas famílias gastaram em média 71 mensais em alimentação, passando a gastar em 2000 menos 8 mensais, embora se possa justificar pelo preço dos bens alimentares. As famílias numerosas, independentemente da sua carência económica, mostram o maior acréscimo de despesa entre 1995 e 2000 em comunicações; para as mais desfavorecidas o aumento foi superior ao dobro, dado o elevado acréscimo da posse de telemóvel. Em segundo lugar encontram-se as despesas com hotéis, restaurantes, cafés e similares para as mais desfavorecidas e as despesas com lazer, distracção e cultura para as menos desfavorecidas. P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Por outro lado, as famílias menos numerosas desfavorecidas aumentaram mais a sua despesa face às restantes famílias em vestuário e calçado, habitação e saúde; por seu turno foi o único tipo de família que diminuiu a despesa com bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos/estupefacientes. Os gráficos seguintes ilustram o aumento do consumo individual das famílias mais desfavorecidas distinguindo os padrões entre as numerosas e as não numerosas, na segunda década de 90. Art6_Fig8

14 132 Gráfico 8 D10 D11 Alteração do padrão de consumo das famílias segundo componentes de despesa, Famílias numerosas desfavorecidas D1 150% D12 D2 100% 50% D3 0% -50% D4 D10 D11 Restantes famílias numerosas D1 150,0% D12 D2 100,0% 50,0% D3 0,0% -50,0% D4 D9 D5 D9 D5 D8 D7 D6 D8 D7 D6 Famílias não numerosas desfavorecidas D1 150% D12 D2 100% D11 50% 0% D3 D10-50% D4 Restantes famílias não numerosas D1 150% D12 D2 100% D11 50% 0% D3 D10-50% D4 D9 D5 D9 D5 D8 D6 D8 D6 D7 D7 Legenda: D1. PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS D2. BEBIDAS ALCOÓLICAS, TABACO E NARCÓTICOS \ ESTUPEFACIENTES D3. VESTUÁRIO E CALÇADO D4. HABITAÇÃO, DESPESAS COM ÁGUA, ELECTRICIDADE, GÁS E OUTROS COMBUSTÍVEIS D5. MÓVEIS, ARTIGOS DE DECORAÇÃO, EQUIP.DOMÉSTICOS E DESPESAS CORRENTES DE MANUTENÇÃO DA HABITAÇÃO D6. SAÚDE D7. TRANSPORTES D8. COMUNICAÇÕES D9. LAZER, DISTRACÇÃO E CULTURA D10. ENSINO D11. HOTÉIS, RESTAURANTES, CAFÉS E SIMILARES D12. OUTROS BENS E SERVIÇOS Fonte: INE, IOF 1994/95 e Padrão de consumo das famílias numerosas mais desfavorecidas Repartindo as famílias por quintis de rendimento total equivalente anual, é possível evidenciar disparidades distintas entre os quintis consoante a tipologia de família. Art6_Qd12 Quadro 12 Unidade: euro Tipo de família Quintis de receita total º / 1º Numerosa ,5 Não numerosa ,9 TOTAL ,9 Despesa individual das famílias numerosas e não numerosas por quintis de rendimento total equivalente, 2000 Revista de Estudos Demográficos, nº 35

15 133 Com efeito, nas famílias numerosas existe uma menor discrepância entre o nível de despesa do quintil mais favorecido (5º) e o menos favorecido (1º), sendo o rácio entre os dois de 3,5, e de 3,9 nas restantes famílias. As principais componentes de despesa da globalidade das famílias, independentemente da sua dimensão ou carência económica são, essencialmente, os produtos alimentares, a habitação, os transportes e as despesas relacionadas com hotéis, restaurantes, cafés e similares, muito embora seja de destacar que, quer a despesa alimentar e em bebidas n.a., quer a despesa com a habitação têm um maior peso nas despesas das famílias menos numerosas desfavorecidas. Por seu turno, são as famílias mais numerosas desfavorecidas que maior peso dão às despesas com hotéis, restaurantes, cafés e similares, cerca de 11% da sua despesa total em O vestuário e calçado são uma das fontes de despesa mais privilegiadas pelas famílias numerosas nomeadamente, as que têm uma maior capacidade monetária, encontrando-se em 5º lugar nas divisões de despesa. Art6_Qd13 Quadro 13 Distribuição da despesa individual das famílias numerosas e não numerosas segundo as divisões de despesa COICOP, 2000 Famílias numerosas Desfavorecidas Restantes Famílias não numerosas Desfavorecidas Restantes Produtos Alimentares e Bebidas não Alcoólicas % 1 º % 1 º % 1 º % 2 º Bebidas Alcoólicas, Tabaco e Narcóticos\Estupefacientes 154 5% 8 º 186 3% 10 º 92 3% 10 º 186 3% 11 º Vestuário e Calçado 180 6% 5 º 434 8% 5 º 175 6% 6 º 471 6% 6 º Habitação, Despesas com Água, Electricidade, Gás e outros Comb % 2 º % 2 º % 2 º % 1 º Móveis, Art. de Decoração, Equip. Domésticos e Desp. Cor. Man. Hab % 6 º 374 7% 7 º 158 5% 7 º 572 8% 5 º Saúde 105 4% 9 º 234 4% 9 º 260 8% 3 º 406 6% 8 º Transportes % 3 º % 3 º 204 7% 4 º % 3 º Comunicações 93 3% 11 º 178 3% 11 º 114 4% 9 º 243 3% 10 º Lazer, Distracção e Cultura 99 3% 10 º 273 5% 8 º 77 2% 11 º 365 5% 9 º Ensino 12 0% 12 º 134 2% 12 º 9 0% 12 º 76 1% 12 º Hotéis, Restaurantes, Cafés e Similares % 4 º 538 9% 4 º 203 7% 5 º % 4 º Outros Bens e serviços 156 5% 7 º 386 7% 6 º 131 4% 8 º 448 6% 7 º TOTAL % % % % P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Os valores no lado direito das percentagens referem-se à hierarquização das despesas das famílias (1º - a maior despesa da família; ; 12º - a menor despesa da família) Contudo importa notar as diferenças face aos restantes bens e serviços que as famílias consomem, ainda que na sua globalidade não sejam considerados os mais essenciais. A despesa com bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos/estupefacientes apresentam um maior peso nas famílias mais numerosas desfavorecidas, cerca de 5,3% da sua despesa total em 2000, enquanto que as despesas com saúde marcam um peso mais baixo e menor que todas as outras famílias, apenas 3,6% da despesa total. Por outro lado, as famílias menos numerosas e igualmente desfavorecidas apresentam uma maior despesa em saúde e em comunicações, respectivamente 8,5% e 3,7% da despesa total. A saúde aparece como a terceira maior despesa deste grupo, justificando-se pelo elevado número de idosos nestas famílias. As despesas com o lazer, distracção e cultura são mais negligenciadas pelas famílias desfavorecidas face às restantes famílias portuguesas, nomeadamente pelas menos numerosas. Assim, em 2000, as menos numerosas e desfavorecidas gastaram 2,5% da sua despesa total em lazer, distracção e cultura; em contrapartida, a globalidade das famílias não numerosas gastou cerca de 4,7% da sua despesa total com este tipo de bens e serviços. Apresentam-se de seguida algumas ventilações de acordo com as cinco divisões da COICOP tomadas como mais relevantes pelas famílias numerosas:

16 134 Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Habitação, despesas com água, electricidade, gás e outros combustíveis Transportes Hotéis, restaurantes, cafés e similares Vestuário e calçado 6.1 Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Art6_Qd14 Quadro 14 Total Famílias numerosas Famílias não numerosas % % % Despesa Total % % % da qual: Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas % % % Produtos Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas % % % Cereais e Produtos à base de Cereais % % % Carne e Derivados % % % Peixe e Derivados % % % Leite, Queijo e Ovos % % % Óleos e Gorduras 58 5% 42 4% 60 5% Frutos 92 8% 69 7% 94 8% Legumes e outros Hortícolas, incluindo Batatas e outros Tubérculos 112 9% 92 9% 114 9% Açúcar, Confeitaria, Mel e Outros Produtos à base de Açúcar 35 3% 27 3% 35 3% Produtos Alimentares n.d. 7 1% 5 1% 8 1% Café, Chá e Cacau 15 1% 11 1% 15 1% Águas Minerais, Refrigerantes e Sumos 32 3% 30 3% 32 3% Despesa alimentar individual das famílias numerosas e não numerosas, 2000 O quadro n.º 14 mostra que os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, no caso das famílias numerosas, acarretaram uma maior aplicação de despesa nos cereais (17%) e na carne (29%), quando as famílias não numerosas apenas tinham destinado a estes alimentos 14 e 27% respectivamente. Pelo contrário, o peixe perde importância relativa (14% em vez de 18%). As famílias numerosas atribuem um maior peso aos cereais e carne à medida que aumenta o número de crianças no agregado familiar, o que poderá ser identificado através do quadro n.º 15. Art6_Qd15 Quadro 15 Despesa alimentar individual das famílias numerosas, segundo a sua tipologia, 2000 Famílias numerosas Famílias numerosas sem crianças 5 ou mais adultos Despesa Famílias numerosas com uma criança 4 ou mais adultos % Despesa Famílias numerosas com duas crianças 3 ou mais adultos % Despesa 1 ou 2 adultos % Despesa Famílias numerosas com três ou mais crianças 3 ou mais adultos % Despesa PROD. ALIMENTARES E BEB. NÃO ALCOÓLICAS Cereais e Produtos à base de Cereais Carne e Derivados Peixe e Derivados Leite, Queijo e Ovos Óleos e Gorduras Frutos Legumes e outros Hortícolas, incluindo Batatas e outros Tubérculos Açúcar, Confeitaria, Mel e Outros Produtos à base de Açúcar Produtos Alimentares n.d Café, Chá e Cacau Águas Minerais, Refrigerantes e Sumos % Revista de Estudos Demográficos, nº 35

17 135 Por outro lado, admitindo a perda de importância do peixe na generalidade das famílias numerosas como verificado anteriormente, importa salientar que são as famílias com mais crianças que contribuem para essa redução. Art6_Fig9 Gráfico 9 Distribuição da despesa alimentar indidual das famílias numerosas não numerosas, desfavorecidas ou não, % 4% 3% 3% 9% 4% 3% 11% 9% 3% 4% 10% 8% 7% 7% 5% 5% 4% 5% 6% 14% 13% 12% 12% 12% 14% 16% 18% 13% 17% 16% 21% 25% 30% 26% De dentro para fora: famílias numerosas desfavorecidas, restantes numerosas, não numerosas desfavorecidas, restantes não numerosas 27% Cereais e Produtos à base de Cereais Carne e Derivados Peixe e Derivados Leite, Queijo e Ovos Óleos e Gorduras Frutos Legumes e outros Hortícolas incl.batatas e outros Tubérculos Açúcar, Confeitaria, Mel, Out.Prod.Açúcar e P.A. n.d. Bebidas Não Alcoólicas P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Note-se como os cereais são ainda mais expressivos no caso concreto das famílias numerosas desfavorecidas (1º quintil), em que atingiram o peso de 21% face a toda a alimentação e bebidas n.a. Houve ainda um ligeiro reforço do leite, queijo e ovos, e ainda dos legumes e outros hortícolas (14 e 10% de expressão neste tipo de famílias). Em contrapartida, a despesa não foi tão encaminhada para a carne (apenas 26%, contra 29%) nem para o peixe (12% no 1º quintil, 14% para a generalidade das famílias numerosas). Mesmo a fruta abrangeu uma fatia inferior, pois na totalidade das famílias representava 8% da despesa alimentar, descendo para 7% no caso das famílias numerosas, reduzindo-se a 5% no caso concreto das mais desfavorecidas. Recorda-se que os dados em análise referem-se apenas a valores de despesa. Não deverão ser retiradas quaisquer ilações em termos de quantidades, visto que o factor preço não é aqui analisado. Com efeito, na prática, a redução de despesa em carne, por exemplo, tanto se poderá fazer por via da diminuição de quantidade, como pela opção por variedades mais económicas, nomeadamente enchidos e enlatados.

18 Habitação, despesas com água, electricidade, gás e outros combustíveis Art6_Qd16 Quadro 16 Total Famílias numerosas Famílias não numerosas % % % DESPESA TOTAL % % % da qual: Habitação, desp. água, electricidade, gás e out.combustíveis % % % Habitação, Desp. Água, Electric., Gás e outros Conbustíveis % % % Arrendamentos Efectivos % 86 11% % Arrendamentos Fictícios % % % Reparação e Conservação da Habitação 107 8% 54 7% 113 8% Outros Serviços relacionados com a Habitação 77 6% 44 6% 81 6% Electricidade, Gás e outros Combustíveis % % % Despesa individual das famílias numerosas e não numerosas com a habitação e água/electricidade/gás/outros combustíveis, 2000 Ao passo que para a globalidade das famílias as despesas com a habitação preenchiam a maior fatia da sua despesa, verifica-se que as famílias numerosas beneficiam da partilha de habitação, passando esta a representar apenas 16% da despesa total, 5% menos do que a alimentação. A nível da repartição da despesa, foram as despesas correntes com água, electricidade, gás e outros combustíveis que se destacaram mais face à situação das famílias não numerosas (20% contra 18%). Note-se como se mantém expressivo o peso da habitação própria, sendo o valor por indivíduo (equivalente), como seria de esperar, consideravelmente inferior ao das famílias não numerosas (450 euros, face a 807). Art6_Qd17 Quadro 17 Despesa individual com a habitação e água/electricidade/gás/outros combustíveis das famílias numerosas e não numerosas, desfavorecidas ou não, 2000 Famílias numerosas Famílias não numerosas Desfavorecidas Restantes Desfavorecidas Restantes % % % % DESPESA TOTAL % % % % da qual: Habitação, desp. água, electricidade, gás e out.combustíveis % % % % Habitação, Desp. Água, Electric., Gás e outros Conbustíveis % % % % Arrendamentos Efectivos 86 19% 86 9% % 148 9% Arrendamentos Fictícios % % % % Reparação e Conservação da Habitação 19 4% 67 7% 54 8% 127 8% Outros Serviços relacionados com a Habitação 26 6% 51 5% 45 6% 89 6% Electricidade, Gás e outros Combustíveis % % % % Mesmo as famílias numerosas mais desfavorecidas evidenciaram uma elevada valorização da sua habitação principal própria (46% da despesa com habitação). No entanto, o valor por indivíduo foi de 208 euros, quando esse valor nas restantes famílias numerosas foi 162% superior, ou seja, 545 euros. Salienta-se que os denominados arrendamentos fictícios resultam da auto-avaliação sobre o valor razoável de renda de casa hipotética aplicada ao alojamento do qual a família é proprietária. Revista de Estudos Demográficos, nº 35

19 Transportes Art6_Qd18 Quadro 18 Total Famílias numerosas Famílias não numerosas % % % DESPESA TOTAL % % % da qual: Transportes % % % TRANSPORTES % % % Aquisição de Veículos Pessoais % % % Despesa com a Utilização de Veículos Pessoais % % % Serviços de Transporte 83 9% 49 6% 86 10% Foram as famílias de dimensão numerosa que aplicaram maior fatia da despesa aos transportes (16%), sendo que a parcela que se destinou à aquisição de veículos foi mais reduzida (49%, aquém dos 52% das restantes famílias); o montante para os serviços de transporte foi bastante modesto, apenas 6%. Art6_Qd19 Quadro 19 Despesa individual das famílias numerosas ou não numerosas com transportes, 2000 Despesa individual com transportes das famílias numerosas e não numerosas, desfavorecidas ou não, 2000 Famílas numerosas Famílias não numerosas Desfavorecidas Restantes Desfavorecidas Restantes % % % % DESPESA TOTAL % % % % da qual: Transportes % % 204 7% % TRANSPORTES % % % % Aquisição de Veículos Pessoais % % 59 29% % Despesa com a Utilização de Veículos Pessoais % % % % Serviços de Transporte 38 9% 54 6% 45 22% 96 9% P adrões de consumo das famílias numerosas em Portugal - caracterização com base no inquérito aos orçamentos familiares de 2000 Os serviços de transporte revelaram-se especialmente atractivos para as famílias desfavorecidas mas não numerosas, nas quais se enquadram grande parte das famílias com idosos. As famílias numerosas, mesmo as de mais baixos recursos, não prescindiram do uso do veículo pessoal, o que, somando a aquisição com a utilização, representou em média por indivíduo (equivalente) o valor de 374 euros no ano de Hotéis, restaurantes, cafés e similares Art6_Qd20 Quadro 20 Despesa individual das famílias numerosas e não numerosas com hotéis, restaurantes, cafés e similares, 2000 Total Famílias numerosas Famílias não numerosas % % % DESPESA TOTAL % % % da qual: Hotéis, restaurantes, cafés e similares % % 622 9% HOTÉIS, RESTAURANTES, CAFÉS E SIMILARES % % % Despesas em Restaurantes, Cafés e Similares % % % Despesas em Hotéis e Similares 20 3% 15 3% 20 3%

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