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2 Informa-se que no dia 5 de março de 2013, a Mota-Engil, SGPS, S.A. (a Mota-Engil ou o Emitente ) tomou a decisão de aumentar o montante nominal global máximo do empréstimo obrigacionista denominado Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2013/2016 para e o número máximo de obrigações a emitir ( Obrigações ) para A possibilidade de realizar este aumento encontra-se prevista no prospeto de oferta pública de subscrição e de admissão à negociação ao Euronext Lisbon gerido pela Euronext Lisbon Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. relativo ao mencionado empréstimo obrigacionista denominado Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2013/2016, o qual foi aprovado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 7 de fevereiro de 2013 e divulgado em 8 de fevereiro de 2013 ( Prospeto ), que agora se altera da seguinte forma: Na página 1 do Prospeto, a identificação do Prospeto é substituída pelo seguinte parágrafo: Prospeto de oferta pública de subscrição e de admissão à negociação no Euronext Lisbon gerido pela Euronext Lisbon Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. de até obrigações escriturais, nominativas, com valor nominal unitário de 500, representativas do empréstimo obrigacionista denominado Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2013/2016 no montante global de até A primeira frase do segundo parágrafo da página 3 do Prospeto é substituída pela seguinte frase: O Prospeto refere-se à oferta pública de subscrição ( Oferta ) de obrigações com o valor global máximo de até com taxa de juro fixa de 6,85 por cento ao ano e maturidade em 2016, emitidas pela Mota-Engil e designadas Obrigações Taxa Fixa Mota- Engil 2013/2016 ( Obrigações ). O segundo e o terceiro parágrafos do texto relativo ao elemento E.2.b do Sumário - Motivos da oferta, afetação das receitas e montante líquido estimado das receitas, constante da página 19 do Prospeto, são respetivamente substituídos pelos seguintes: Caso a Oferta seja integralmente subscrita, o valor bruto do encaixe da operação será de O montante líquido da operação corresponderá ao valor bruto do encaixe deduzido das despesas e comissões associadas e das despesas obrigatórias e dos custos com a divulgação da operação, que serão suportadas pela Mota-Engil, sendo estimado em cerca de , pressupondo que a Oferta se concretize pelo seu montante máximo, ou seja, O primeiro parágrafo do texto relativo ao elemento E.3 do Sumário - Termos e condições da oferta, constante da página 19 do Prospeto, é substituído pelo seguinte: A Oferta configura-se numa oferta pública de subscrição dirigida ao público em geral, tendo

3 como objeto até Obrigações com o valor nominal unitário de 500 e global de até O segundo parágrafo da secção 14.1 Interesses de pessoas singulares e coletivas envolvidas na Oferta, constante da página 70 do Prospeto, é substituído pelo seguinte: O Emitente pagará, pressupondo que a Oferta se concretize pelo seu montante máximo, ou seja, , um montante total de , incluindo as comissões de organização e coordenação global, a pagar ao Organizador e ao Coordenador Global, de liderança conjunta, a pagar aos Líderes Conjuntos, e de colocação, a pagar aos Colocadores. O segundo parágrafo da secção 14.2 Motivos da Oferta e afetação das receitas, constante da página 70 do Prospeto, é substituído pela seguinte frase: As receitas ilíquidas da Emissão são no montante máximo de Este montante será deduzido das comissões de colocação referidas na secção do presente Prospeto, bem como dos custos com consultores e publicidade, no montante de aproximadamente e dos custos de admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado Euronext Lisbon que se estima que sejam de aproximadamente O texto da secção Montante, constante da página 71 do Prospeto, é substituído pelo seguinte: Serão emitidas até Obrigações, com o valor nominal unitário de 500 (quinhentos euros) e global de até (cento e setenta e cinco milhões de euros), mediante subscrição pública (conforme indicado no Capítulo 16 (Termos e Condições da Oferta)). O primeiro parágrafo da secção Condições a que a Oferta se encontra sujeita, constante da página 79 do Prospeto, é substituído pelo seguinte parágrafo: A Oferta diz respeito a até (trezentas e cinquenta mil) obrigações, com o valor nominal unitário de 500 (quinhentos euros) e global de até (cento e setenta e cinco milhões de euros). A primeira frase da secção Remuneração, constante da página 82 do Prospeto, é substituída pela seguinte: Pressupondo que a Oferta se concretizará pelo seu montante máximo, ou seja, , o Emitente pagará comissões no montante total de , incluindo as comissões de organização e coordenação global, a pagar ao Organizador e ao Coordenador Global, de liderança conjunta, a pagar aos Líderes Conjuntos, e de colocação, a pagar aos Colocadores. No Capítulo 19 Definições, a definição de Emissão, constante da página 99 do Prospeto, é substituída pela seguinte:

4 Emissão significa a emissão pela Mota-Engil de obrigações no montante global de até , com taxa de juro fixa de 6,85% ao ano e maturidade em 2016; O Prospeto, conforme alterado pela adenda aprovada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 21 de fevereiro de 2013 e por esta adenda, aprovada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 6 de março de 2013, que se encontram disponíveis para consulta nos mesmos locais em que o Prospeto está disponível, deve ser lido em conjunto com as mencionadas adendas. Poderão ser transmitidas ordens de subscrição relativas à Oferta até ao dia 13 de março de 2013 (inclusive). A presente adenda confere aos investidores o direito de alterar ou revogar as ordens de aceitação da Oferta já transmitidas até ao dia 8 de março de 2013 (inclusive), data a partir da qual as ordens serão irrevogáveis. Aos termos iniciados com letra maiúscula nesta adenda deverá ser atribuído o significado que têm no Prospeto. O pagamento das Obrigações, após o apuramento dos resultados da Oferta em sessão especial na Euronext Lisbon, será efetuado por débito em conta do respetivo investidor no dia 18 de março de Lisboa, 6 de março de 2013 O Emitente O Organizador e Coordenador Global e responsável pela assistência à Oferta Os Líderes Conjuntos

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6 ÍNDICE ADVERTÊNCIAS... 3 CAPÍTULO 1 Sumário... 7 CAPÍTULO 2 Fatores de risco CAPÍTULO 3 Responsáveis pela informação CAPÍTULO 4 Revisores oficiais de contas e auditores do Emitente CAPÍTULO 5 Antecedentes e evolução do Emitente CAPÍTULO 6 Panorâmica geral das atividades do Emitente CAPÍTULO 7 Estrutura organizativa do Emitente CAPÍTULO 8 Informação sobre tendências CAPÍTULO 9 Previsões ou estimativas de lucros CAPÍTULO 10 Órgãos de administração, de direção e de fiscalização do Emitente CAPÍTULO 11 Principais acionistas do Emitente CAPÍTULO 12 Informações financeiras acerca do ativo e do passivo, da situação financeira e dos lucros e prejuízos do Emitente CAPÍTULO 13 Contratos significativos do Emitente CAPÍTULO 14 Informações essenciais CAPÍTULO 15 Condições das Obrigações CAPÍTULO 16 Termos e condições da Oferta CAPÍTULO 17 Informações de natureza fiscal CAPÍTULO 18 Índice da informação inserida mediante remissão - documentação acessível ao público CAPÍTULO 19 Definições

7 ADVERTÊNCIAS A forma e o conteúdo do presente prospeto ( Prospeto ) obedecem ao preceituado no Código dos Valores Mobiliários ( Código dos Valores Mobiliários ), ao disposto no Regulamento (CE) n.º 809/2004, da Comissão, de 29 de abril de 2004, que estabelece normas de aplicação da Diretiva 2003/71/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito à informação contida nos prospetos, bem como os respetivos modelos, à inserção por remissão, à publicação dos referidos prospetos e divulgação de anúncios publicitários, conforme alterado ( Regulamento dos Prospetos ) e à demais legislação e regulamentação aplicável, sendo as entidades que a seguir se indicam no âmbito da responsabilidade que lhes é atribuída nos termos do disposto nos artigos 149.º, 150.º e 243.º do Código dos Valores Mobiliários responsáveis pela veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação nele contida à data da sua publicação. Nos termos do artigo 149.º do Código dos Valores Mobiliários, são responsáveis pelo conteúdo da informação contida no Prospeto, a Mota-Engil, SGPS, S.A. (a Mota-Engil ou o Emitente ), os titulares do órgão de administração e os titulares do órgão de fiscalização do Emitente, a sociedade de revisores oficiais de contas e o auditor externo do Emitente e os intermediários financeiros encarregados da assistência à Oferta (a este respeito vide o Capítulo 3 (Responsáveis pela informação)). Nos termos do disposto do artigo 149.º, n.º 4 do Código dos Valores Mobiliários, as pessoas ou entidades responsáveis pela informação contida no Prospeto não poderão ser responsabilizadas meramente com base no Sumário, ou em qualquer tradução deste, salvo se o mesmo contiver menções enganosas, inexatas ou incoerentes quando lido em conjunto com as outras partes do Prospeto. O Prospeto refere-se à oferta pública de subscrição ( Oferta ) de obrigações com o valor global máximo de até (o qual poderá ser aumentado por opção do Emitente até ao dia 6 de março de 2013, inclusive) com taxa de juro fixa de 6,85 por cento ao ano e maturidade em 2016, emitidas pela Mota- Engil e designadas Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2013/2016 ( Obrigações ). O pagamento de juros relativo às Obrigações será efetuado semestral e postecipadamente e as Obrigações serão integralmente reembolsadas, pelo seu valor nominal, de uma só vez, a 18 de março de A emissão de Obrigações ( Emissão ) será realizada através de subscrição pública entre 25 de fevereiro de 2013 e 13 de março de A Emissão é representada por valores mobiliários escriturais, nominativos, inscritos em contas abertas em nome dos respetivos titulares junto de intermediários financeiros legalmente habilitados, nos termos do disposto no Código dos Valores Mobiliários e demais legislação e regulamentação em vigor. O Prospeto diz ainda respeito à admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon gerido pela Euronext Lisbon Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. ( Euronext ) e foi objeto de aprovação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários ( CMVM ) como autoridade competente nos termos da Diretiva 2003/71/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de novembro de 2003, relativa ao prospeto a publicar em caso de oferta pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação e que altera a Diretiva 2001/34/CE, conforme alterada ( Diretiva dos Prospetos ) como um prospeto de oferta pública de subscrição e de admissão à negociação, encontrandose disponível em formato físico na sede do Emitente e sob a forma eletrónica em em e nos websites dos Bancos Colocadores. Nos termos do artigo 118.º do Código dos Valores Mobiliários, a aprovação do Prospeto pela CMVM não envolve qualquer garantia por parte da CMVM quanto ao conteúdo da informação, à situação económica ou financeira do Emitente, à viabilidade da Oferta ou à qualidade dos valores mobiliários e apenas respeita à verificação da sua conformidade com as exigências de completude, veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação e à verificação dos requisitos impostos pela lei portuguesa nos termos da Diretiva dos Prospetos. Nos termos do artigo 234.º, n.º 2, do Código dos Valores Mobiliários, a decisão de admissão à negociação pela Euronext não envolve qualquer garantia por parte da Euronext quanto ao conteúdo da informação, à situação económica e financeira do Emitente, à 3

8 viabilidade da Oferta e à qualidade dos valores mobiliários emitidos. As Obrigações serão integradas na Central de Valores Mobiliários ( CVM ) operada pela Interbolsa - Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. ( Interbolsa ). Será solicitada a admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon das Obrigações, sendo previsível que a mesma venha a ocorrer após o apuramento e divulgação dos resultados da Oferta. O Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. ( Espírito Santo Investment Bank ou Organizador e Coordenador Global ), na qualidade de organizador e coordenador global responsável por assegurar a organização e coordenação global dos serviços a prestar ao Emitente no âmbito da preparação e do lançamento da Oferta, é responsável, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 149.º e 243.º do Código dos Valores Mobiliários, pela prestação dos serviços de assistência previstos no artigo 337.º do Código dos Valores Mobiliários, devendo assegurar o respeito pelos preceitos legais e regulamentares em especial quanto à qualidade da informação, nos termos e para efeitos da alínea (a) do artigo 113.º, n.º 1 do Código dos Valores Mobiliários, bem como pela assessoria ao processo de admissão à negociação das Obrigações. O Espírito Santo Investment Bank, o Banco Comercial Português, S.A., atuando através da sua Área de Banca de Investimento (Millennium investment banking), o Banco Popular Portugal, S.A. e o Banif Banco de Investimento, S.A., enquanto líderes conjuntos ( Líderes Conjuntos ), são responsáveis, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 149.º e 243.º do Código dos Valores Mobiliários, pela prestação do serviço de assistência à Oferta correspondente à preparação do Prospeto, conforme previsto no artigo 337.º, n.º 2, al. (a) do Código dos Valores Mobiliários. Nos termos do Código dos Valores Mobiliários, os intermediários financeiros têm deveres legais de prestação de informação aos seus clientes relativamente a si próprios, aos serviços prestados e aos produtos objeto desses serviços. Não obstante, para além do Emitente, nenhuma entidade foi autorizada a dar informação ou prestar qualquer declaração que não esteja contida no Prospeto ou que seja contraditória com informação contida no Prospeto. Caso um terceiro venha a emitir tal informação ou declaração, a mesma não deverá ser tida como autorizada pela, ou feita em nome do Emitente e, como tal, não deverá ser considerada fidedigna. Nem a emissão do Prospeto nem a emissão ou subscrição das Obrigações deverão ser tomadas como confirmação de que não houve qualquer alteração nas atividades do Emitente ou das sociedades que de si dependem e com quem consolida contas desde a data do Prospeto ou de que a informação nele contida, em qualquer altura posterior à data do Prospeto, reúne as características exigidas por lei quanto à informação a prestar a investidores, sem prejuízo da obrigação do Emitente publicar adenda ou retificação nos casos legalmente exigíveis. A existência do Prospeto não assegura que a informação nele contida se mantenha inalterada desde a data da sua disponibilização. Não obstante, se entre a data da sua aprovação e a data de admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado Euronext Lisbon for detetada alguma deficiência no Prospeto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome conhecimento de qualquer facto anterior não considerado no Prospeto, que seja relevante para a decisão a tomar pelos destinatários da Oferta, o Emitente deverá requerer imediatamente à CMVM a aprovação de adenda ou de retificação do Prospeto. No Capítulo 2 (Fatores de risco), estão referidos riscos associados à atividade do Emitente e aos valores mobiliários objeto da Oferta. Os potenciais investidores devem ponderar cuidadosamente os riscos associados à detenção das Obrigações, bem como as demais advertências constantes do Prospeto antes de tomarem qualquer decisão de aceitação dos termos da Oferta. Para quaisquer dúvidas que possam subsistir quanto a estas matérias, os potenciais investidores deverão informar-se junto dos seus consultores jurídicos, financeiros ou outros. Os potenciais investidores devem também informar-se sobre as implicações legais e fiscais existentes no seu país de residência que decorrem da aquisição, detenção, oneração ou alienação das Obrigações que lhes sejam aplicáveis. O Prospeto não constitui uma oferta das Obrigações nem um convite à subscrição das Obrigações por 4

9 parte do Organizador e Coordenador Global. O Prospeto não configura igualmente uma análise quanto à qualidade das Obrigações nem uma recomendação à sua subscrição. Qualquer decisão de investimento deverá basear-se na informação do Prospeto no seu conjunto e ser efetuada após avaliação independente da condição económica, da situação financeira e dos demais elementos relativos ao Emitente. Nenhuma decisão de investimento deverá ser tomada sem prévia análise, pelo potencial investidor e pelos seus eventuais consultores, do Prospeto no seu conjunto, mesmo que a informação relevante seja prestada mediante a remissão para outra parte do Prospeto ou para outros documentos incorporados no mesmo. Sempre que uma queixa relativa à informação contida no Prospeto for apresentada em tribunal, o investidor queixoso poderá, nos termos da legislação interna dos Estados-Membros da União Europeia, ter de suportar os custos de tradução do mesmo antes do início do processo judicial. A distribuição do Prospeto ou a aceitação dos termos da Oferta, com consequente subscrição e detenção das Obrigações aqui descritas, pode estar restringida em certas jurisdições. Aqueles em cuja posse o Prospeto se encontre deverão informar-se e observar essas restrições. Declarações relativas ao futuro Algumas declarações incluídas no Prospeto constituem declarações relativas ao futuro. Todas as declarações constantes do Prospeto, com exceção das relativas a factos históricos, incluindo, designadamente, aquelas que respeitam à situação financeira, receitas e rentabilidade (incluindo, designadamente, quaisquer projeções ou previsões financeiras ou operacionais), estratégia empresarial, perspetivas, planos e objetivos de gestão para operações futuras da Mota-Engil, constituem declarações relativas ao futuro. Algumas destas declarações podem ser identificadas por termos como antecipa, acredita, estima, espera, pretende, prevê, planeia, pode, poderá e poderia ou expressões semelhantes. Contudo, estas expressões não constituem a única forma utilizada para identificar declarações relativas ao futuro. Estas declarações relativas ao futuro ou quaisquer outras projeções contidas no Prospeto envolvem riscos conhecidos e desconhecidos, incertezas e outros fatores que poderão determinar que os efetivos resultados ou desempenho da Mota-Engil, bem como os resultados da sua atividade, sejam substancialmente diferentes daqueles que resultam expressa ou tacitamente das declarações relativas ao futuro. Tais declarações relativas ao futuro baseiam-se em convicções presentes, pressupostos, expectativas, estimativas e projeções dos administradores e da equipa executiva da Mota-Engil, declarações públicas da Mota-Engil, estratégia empresarial presente e futura bem como no contexto em que virão a operar no futuro. Tendo em conta esta situação, os potenciais investidores deverão ponderar cuidadosamente estas declarações relativas ao futuro previamente à tomada de qualquer decisão de investimento relativamente às Obrigações. Diversos fatores poderão determinar que os resultados da Mota-Engil sejam significativamente diferentes daqueles que resultam expressa ou tacitamente das declarações relativas ao futuro. Caso algum destes riscos ou incertezas se verifique, ou algum dos pressupostos venha a revelar-se incorreto, os eventos descritos no Prospeto poderão não se verificar ou os resultados efetivos poderão ser significativamente diferentes dos descritos no Prospeto como antecipados, esperados, previstos ou estimados. Estas declarações relativas ao futuro reportam-se apenas à data do Prospeto. A Mota-Engil não assume qualquer obrigação ou compromisso de divulgar quaisquer atualizações ou revisões a qualquer declaração relativa ao futuro constante do Prospeto de forma a refletir qualquer alteração das suas expectativas decorrente de quaisquer alterações aos factos, condições ou circunstâncias em que os mesmos se basearam, salvo se, entre a data de aprovação do Prospeto e a data de admissão à negociação das Obrigações, for detetada alguma deficiência no Prospeto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome conhecimento de qualquer facto anterior não considerado no Prospeto, que sejam relevantes para a decisão a tomar pelos destinatários da Oferta ou pelos investidores em mercado regulamentado, situação 5

10 em que o Emitente deverá imediatamente requerer à CMVM aprovação de adenda ou retificação do Prospeto. No Prospeto, salvo quando do contexto claramente decorrer sentido diferente, os termos e expressões iniciados por letra maiúscula, terão o significado que lhes é apontado no Capítulo 19 (Definições). No Prospeto, qualquer referência a uma disposição legal ou regulamentar inclui as alterações a que a mesma tiver sido e/ou vier a ser sujeita e qualquer referência a uma Diretiva inclui o correspondente diploma de transposição no respetivo Estado Membro da União Europeia. Tipo de Oferta A Oferta é uma oferta pública de subscrição em Portugal e destina-se a investidores indeterminados, ou seja, ao público em geral, desde que sejam pessoas residentes ou com estabelecimento em Portugal. A Oferta não constitui uma oferta ou promoção de venda, compra ou subscrição de quaisquer títulos, particularmente no que respeita a qualquer pessoa a quem estejam legalmente vedadas essas operações, ou em qualquer jurisdição onde seja considerada ilegal a respetiva venda, compra ou subscrição das Obrigações, designadamente os Estados Unidos da América, a Área Económica Europeia (incluindo Reino Unido e Holanda), Austrália, Canadá, África do Sul e o Japão. Em particular as Obrigações não foram nem serão registadas ao abrigo do US Securities Act de 1933 ou de qualquer outra legislação sobre valores mobiliários aplicável nos Estados Unidos da América e não podem ser, direta ou indiretamente, promovidas ou vendidas nos Estados Unidos da América, ou em qualquer dos seus territórios e possessões ou áreas que se encontrem sujeitas a essa jurisdição, ou a uma US Person ou em seu benefício, conforme disposto na Rule 902(k), Regulation S do US Securities Act de Informação obtida junto de terceiros O Emitente confirma que a informação obtida junto de terceiros, incluída no Prospeto, foi rigorosamente reproduzida e que, tanto quanto é do seu conhecimento e até onde se pode verificar com base em documentos publicados pelos terceiros em causa, não foram omitidos quaisquer factos cuja omissão possa tornar a informação menos rigorosa ou suscetível de induzir em erro. 6

11 CAPÍTULO 1 SUMÁRIO Os sumários são constituídos por requisitos de divulgação denominados Elementos. Estes elementos são numerados em secções de A - E (A.1 - E.7). O presente Sumário contém todos os Elementos que devem ser incluídos num sumário para o tipo de valores mobiliários e emitente em causa. A numeração dos Elementos poderá não ser sequencial uma vez que há Elementos cuja inclusão não é, neste caso, exigível. Ainda que determinado Elemento deva ser inserido no Sumário tendo em conta o tipo de valores mobiliários e emitente em causa, poderá não existir informação relevante a incluir sobre tal Elemento. Neste caso, será incluída uma breve descrição do Elemento com a menção Não Aplicável. Secção A Introdução e Advertências A.1 Advertências O presente Sumário deve ser entendido como uma introdução ao Prospeto. Qualquer decisão de investimento nas Obrigações deve basear-se numa análise do Prospeto no seu conjunto pelo investidor. Sempre que for apresentada em tribunal uma queixa relativa a informação contida num prospeto, o investidor queixoso poderá, nos termos da legislação interna dos Estados-Membros, ter de suportar os custos de tradução do prospeto antes do início do processo judicial. Só pode ser assacada responsabilidade civil às pessoas que tenham apresentado o Sumário, incluindo qualquer tradução do mesmo, e apenas quando o Sumário for enganador, inexato ou incoerente quando lido em conjunto com as outras partes do Prospeto ou não fornecer, quando lido em conjunto com as outras partes do Prospeto, as informações fundamentais para ajudar os investidores a decidirem se devem investir nestas Obrigações. A.2 Autorizações para ofertas subsequentes Não Aplicável. O Emitente não irá utilizar o Prospeto para proceder à subsequente revenda dos valores mobiliários denominados Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2013/2016. Secção B Emitente B.1 Denominações jurídica e comercial do Emitente B.2 Endereço e forma jurídica do Emitente, legislação ao abrigo da qual o Emitente exerce a sua atividade e país em que está registado Mota-Engil, SGPS, S.A., sociedade aberta. A denominação comercial utilizada mais frequentemente é Mota-Engil. Para efeitos do Prospeto a denominação utilizada, conforme as Definições, é Mota-Engil. O Emitente é uma sociedade anónima com o capital aberto ao investimento do público (sociedade aberta), constituída ao abrigo da lei portuguesa, com sede na Rua do Rego Lameiro, n.º 38, Porto, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de registo e pessoa coletiva e com o capital social integralmente subscrito e realizado no valor de ,00. A Mota-Engil rege-se pelas leis gerais aplicáveis às sociedades comerciais e, em especial, às sociedades gestoras de participações sociais, nomeadamente o Código das Sociedades Comerciais e o Decreto-lei n.º 495/88, de 30 de 7

12 dezembro, pela legislação complementar aplicável às sociedades abertas, como seja o Código dos Valores Mobiliários, e pelos seus estatutos. B.4.b Tendências recentes mais significativas Não aplicável. A Mota-Engil não prevê que qualquer tendência, incerteza, pedido, compromisso ou ocorrência venha a afetar significativamente a sua situação económico-financeira no exercício em curso. B.5 Descrição do Grupo Mota- Engil e da posição do Emitente no seio do mesmo B.9 Previsão ou estimativa dos lucros A Mota-Engil é a empresa-mãe do Grupo Mota-Engil, formado pela Mota- Engil e pelas sociedades que com ela se encontram em relação de domínio ou de grupo, nos termos do artigo 21.º do Código dos Valores Mobiliários. Em relação a todas estas sociedades, a Mota-Engil, enquanto empresa-mãe, é responsável pela coordenação da sua atuação, assegurando a representação dos interesses comuns a todas aquelas sociedades. Não aplicável. Este Prospeto não contém qualquer previsão ou estimativa de lucros futuros. B.10 Reservas no relatório de auditoria Não aplicável. Não há reservas para os relatórios de auditoria da Mota- Engil. B.12 Informação financeira histórica fundamental selecionada sobre o Emitente As demonstrações financeiras consolidadas da Mota-Engil relativas aos exercícios de 2010 e 2011 encontram-se auditadas. Não foi elaborado qualquer relatório de auditor registado na CMVM relativo ao período intercalar findo em 30 de setembro de Dados financeiros selecionados do Emitente: (valores em milhares de euros) 30-Set Set Dez Dez-10 Vendas e Prestações de Serviços EBITDA mg. EBITDA 13% 13% 14% 12% EBIT mg. EBITDA 8% 8% 8% 7% Resultados financeiros (68.251) (66.018) (79.714) (50.928) Resultado líquido consolidado Resultado líquido consolidado (Grupo) Resultado líquido por ação 0,13 0,11 0,17 0,19 Cash Flow Operacional Total dívida líquida Dívida líquida / Ebitda 3,2 4,3 3,4 4,3 Ativo Total Total do Capital Próprio EBITDA = Resultado operacional + amortizações + provisões e perdas de imparidade Cash-flow operacional = EBITDA + Variações de Fundo Maneio Dívida Líquida / EBITDA: EBITDA anualizado com 4º trimestre de 2011 e Não ocorreu qualquer alteração significativa na posição financeira ou comercial do Emitente subsequentes ao período coberto pelas informações financeiras históricas. B.13 Acontecimentos recentes B.14 Dependência do Emitente face a Não aplicável. Não ocorreu qualquer acontecimento recente que tenha afetado o Emitente e que seja significativo para a avaliação da sua solvência. A Mota-Engil não depende de qualquer outra entidade. Não obstante, à empresa FM Sociedade de Controlo, SGPS, S.A. é atribuível direta e 8

13 outras entidades B.15 Descrição sumária das principais atividades do Emitente indiretamente 67,78% do capital social do Emitente. O objeto social da Mota-Engil é, de acordo com os seus estatutos, a gestão de participações sociais de outras sociedades, como forma indireta de exercício de atividades económicas. O Grupo Mota-Engil desenvolve um vasto leque de atividades ligadas à Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços, Concessões de Infraestruturas de Transportes e Mineração. O Grupo Mota-Engil tem como missão assegurar a capacidade de resposta para cada novo desafio, procurando garantir uma permanente competitividade e inovação nas soluções apresentadas, reforçando o posicionamento internacional através de parcerias estratégicas complementares, projetando os seus negócios à medida de cada mercado concretizado numa visão única e integrada de Grupo para um futuro económico sustentável. B.16 Estrutura acionista Na presente data, a estrutura de participações qualificadas, com indicação do número de ações detidas e a percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, que são do conhecimento da Mota-Engil, é a seguinte: Acionistas Nº de ações % Capital Mota Gestão e Participações, SGPS, SA ,48% António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota ,59% Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos ,80% Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa ,83% Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles ,07% Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos ,01% Atribuível à FM Sociedade de Controlo, SGPS, SA ,78% Kendall II, SA ,63% Investment Opportunities, SA ,30% Banco Privado Português, SA ,13% Atribuível à Privado Holding SGPS, SA ,06% B.17 Notação de risco do Emitente Não aplicável. A Mota-Engil não dispõe de notação de risco (rating), não tendo também sido solicitada notação de risco para as Obrigações. Secção C Valores Mobiliários C.1 Tipo e categoria dos valores mobiliários As Obrigações são valores mobiliários nominativos, escriturais, exclusivamente materializados pela sua inscrição em contas abertas em nome dos respetivos titulares, de acordo com as disposições legais em vigor. Às Obrigações foi atribuído o código ISIN PTMENKOM0001 e o código CFI DBFUFR. C.2 Moeda As Obrigações serão emitidas em euros. 9

14 C.5 Restrições à transferência C.8 Direitos associados aos valores mobiliários Não aplicável. Não existem restrições à livre transferência das Obrigações. As Obrigações constituem uma responsabilidade direta, incondicional e geral do Emitente, que empenhará toda a sua boa fé no respetivo cumprimento. As Obrigações não terão qualquer direito de preferência relativamente a outros empréstimos presentes ou futuros não garantidos contraídos pelo Emitente, correndo pari passu com aqueles, sem preferência alguma de uns sobre os outros, em razão de prioridade da data de emissão, da moeda de pagamento ou outra. As receitas e o património geral do Emitente respondem integralmente pelo serviço da dívida do presente empréstimo obrigacionista. Os juros das Obrigações estão sujeitos à retenção na fonte de IRS ou IRC à taxa em vigor, sendo esta liberatória para efeitos de IRS e pagamento por conta para efeitos de IRC aquando do pagamento a entidade residentes (esta cláusula constitui um resumo do regime geral e não dispensa a consulta da legislação aplicável). Caso se verifique qualquer situação de incumprimento relativa às Obrigações, cada Obrigacionista poderá exigir o reembolso antecipado das Obrigações de que seja titular, sem necessidade de uma qualquer deliberação prévia da Assembleia Geral de Obrigacionistas, e terá direito a receber os respetivos juros devidos até à data em que se efetuar aquele reembolso. Os Obrigacionistas que desejem exercer a opção de reembolso antecipado deverão comunicar a sua intenção, por carta registada dirigida ao Conselho de Administração e endereçada à sede social do Emitente, devendo a mesma proceder ao respetivo reembolso das Obrigações no prazo de 10 (dez) dias úteis após ter recebido a referida notificação. O empréstimo é regulado pela lei Portuguesa. Para resolução de qualquer litígio emergente do presente empréstimo obrigacionista, é competente o foro da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro. C.9 Condições associadas aos valores mobiliários A taxa de juro dos cupões é fixa e igual a 6,85% ao ano (taxa anual nominal bruta, sujeita ao regime fiscal em vigor). Cada investidor poderá solicitar ao seu intermediário financeiro a simulação da rendibilidade líquida, após impostos, comissões e outros encargos. Os juros são calculados tendo por base meses de 30 (trinta) dias cada, num ano de 360 (trezentos e sessenta) dias. Os juros das Obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 18 de março e a 18 de setembro de cada ano até à data de reembolso das Obrigações. O primeiro período de contagem de juros iniciase a 18 de março de 2013 e o primeiro pagamento de juros ocorrerá a 18 de setembro de O empréstimo tem uma duração de três anos, sendo o reembolso efetuado ao valor nominal das Obrigações, de uma só vez, em 18 de março de 2016, salvo se ocorrer o vencimento antecipado, nos termos previstos supra, ou se 10

15 as Obrigações forem adquiridas pelo Emitente para amortização nos termos legais. A taxa de rendibilidade efetiva é aquela que iguala o valor atual dos fluxos monetários gerados pela Obrigação ao seu preço de compra, pressupondo capitalização com idêntico rendimento. Taxa de rendibilidade ilíquida de impostos: 6,96028% Taxa de rendibilidade líquida de impostos: 4,9879% As taxas de rendibilidade apresentadas dependem de alguns pressupostos e poderão também ser afetadas por eventuais comissões a cobrar pelas instituições que asseguram o serviço financeiro do empréstimo. Cálculo da Taxa de Rendibilidade Efetiva (TRE): em que: Pc: preço de compra da Obrigação Juros: cupão semestral t: períodos semestrais n: maturidade (expressa em semestres); i: taxa de rendibilidade nominal anual; TRE: Taxa de rendibilidade efetiva anual; VR: Valor de reembolso; T: Taxa de imposto. Utilizou-se como pressuposto para o cálculo da taxa de rendibilidade efetiva líquida de impostos uma taxa de imposto sobre os juros de 28%. Os Obrigacionistas poderão, a todo o tempo, tomar as diligências necessárias para proceder à eleição do Representante Comum dos Obrigacionistas, nos termos da legislação em vigor. C.10 Instrumentos derivados C.11 Admissão à negociação em mercado regulamentado Não aplicável. As Obrigações não têm componente que constitua um instrumento derivado associado ao pagamento de juros. Será solicitada a admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado Euronext Lisbon, pelo que os titulares das Obrigações poderão transacioná-las em mercado secundário, após a data de admissão à negociação. A admissão à negociação não garante, por si só, uma efetiva liquidez das Obrigações. A Mota-Engil pretende que a admissão à negociação ocorra com a maior brevidade possível, sendo previsível que a mesma ocorra no dia 18 de março de 2013, após obtenção de autorização por parte da Euronext. Secção D - Riscos D.2 Principais riscos O investimento em obrigações, incluindo as Obrigações do Emitente, 11

16 específicos do Emitente envolve riscos. Deverá ter-se em consideração toda a informação contida no Prospeto e, em particular, os riscos que em seguida se descrevem, antes de ser tomada qualquer decisão de investimento. Qualquer dos riscos que se destacam no Prospeto poderá ter um efeito negativo na atividade, resultados operacionais, situação financeira, perspetivas futuras da Mota-Engil ou capacidade desta para atingir os seus objetivos. As Obrigações constituem uma responsabilidade direta, incondicional e geral do Emitente, que empenhará toda a sua boa fé no respetivo cumprimento. As Obrigações são obrigações comuns do Emitente, a que corresponderá um tratamento pari passu com todas as outras obrigações de pagamento presentes e futuras do Emitente não especialmente garantidas, sem prejuízo dos privilégios que resultem da lei. A ordem pela qual os fatores de risco são a seguir apresentados não constitui qualquer indicação relativamente à probabilidade da sua ocorrência ou à sua importância. Riscos relativos à Mota-Engil e às suas atividades Riscos conjunturais Em resultado da crise de crédito vivida na Europa, foram estabelecidas diversas medidas para conceder fundos aos países da zona Euro que se encontram em dificuldades financeiras e que procurem esse apoio. Apesar das referidas medidas, os riscos em torno das perspetivas económicas para a zona Euro permanecem do lado descendente, estando sobretudo relacionados com o ritmo lento da implementação de reformas estruturais, questões geopolíticas e desequilíbrios em importantes países industrializados, fatores que poderão atrasar a recuperação do investimento privado, do emprego e do consumo. Não obstante a Mota-Engil concentrar as suas operações em quatro polos geográficos Portugal, África, Europa Central e América Latina, a parte do negócio e atividades da Mota-Engil localizada em Portugal e na Europa Central poderá vir a ser afetada pela crise que afeta a zona Euro, podendo ter um impacto adverso nos negócios da Mota-Engil ou nos resultados das suas atividades. Os potenciais investidores nas Obrigações devem assegurar que têm conhecimento suficiente da crise na zona Euro, da crise financeira global e do desenvolvimento da situação económica e ponderar estes fatores na sua avaliação dos riscos e méritos de investir nas Obrigações. Em particular, o risco de instabilidade na zona Euro e de redenominação das Obrigações em nova moeda Em resultado da crise que afeta a Europa, em especial a zona Euro, e das preocupações sobre o endividamento de determinados países da zona Euro, foram adotadas diversas medidas, embora persistam dúvidas sobre a sua capacidade para cumprir as obrigações por si assumidas e a estabilidade do Euro. Assim, estes acontecimentos poderão levar a que sejam reintroduzidas divisas individuais num ou mais Estados Membros, ou em circunstâncias mais extremas, o Euro poderá vir a ser extinto. Os possíveis ajustamentos que decorrerão de tal evento, incluindo a taxa de câmbio entre a atual divisa 12

17 e a nova divisa com curso legal em Portugal, poderão afetar o valor das Obrigações. Em circunstâncias em que o Euro continue a existir, mas deixe de ser a moeda com curso legal em Portugal ou deixe de ser a única moeda com curso legal em Portugal, o valor da nova divisa com curso legal em Portugal poderá descer, quando comparado com o Euro, o que significa que as Obrigações terão um valor inferior ao que teriam se continuassem a ser denominadas em Euro. As consequências legais e contratuais para os titulares de obrigações denominadas em Euro serão determinadas pelas leis em vigor no momento. Estes potenciais desenvolvimentos ou perceções de mercado relativamente a este assunto e outros relacionados podem ter efeito adverso no valor das Obrigações. Riscos financeiros A Mota-Engil está exposta a uma variedade de riscos financeiros, merecendo especial enfoque os riscos de taxa de crédito, liquidez, taxa de câmbio e taxa de juro. Estes riscos financeiros resultam do desenrolar das atividades da Mota-Engil e induzem incertezas quanto à capacidade de geração de fluxos de caixa e de retornos adequados à remuneração dos capitais próprios. Embora a Mota-Engil prossiga uma política de gestão dos riscos financeiros, a Mota-Engil não pode excluir a possibilidade de algum ou uma combinação dos riscos financeiros a seguir elencados ou outros que não são atualmente considerados relevantes ou são desconhecidos, afetar de forma adversa os negócios da Mota-Engil ou os resultados das suas atividades. Risco de crédito As atividades da Mota-Engil estão sujeitas a risco de crédito, de natureza operacional e de tesouraria, que é, em certa medida, potenciado pelos atuais desequilíbrios macroeconómicos. A exposição do Grupo Mota-Engil ao risco de crédito prende-se sobretudo com as contas a receber decorrentes do desenrolar normal das suas diversas atividades, merecendo especial atenção nas atividades de prestação de serviços. De qualquer modo, e sem prejuízo de o Grupo Mota-Engil não se encontrar exposto a um risco de crédito significativo com nenhum cliente em particular, uma vez que as atividades desenvolvidas assentam num elevado número de clientes, espalhados por diversas áreas de negócio e polos geográficos, a exposição da Mota-Engil a risco de crédito poderá afetar adversamente os seus negócios ou os resultados das suas atividades. Risco de liquidez A continuada volatilidade no setor financeiro e no mercado de capitais, os incumprimentos, ou os receios de incumprimento, de uma ou mais instituições financeiras, poderá levar a uma redução da liquidez em todo o mercado, comprometendo assim a capacidade da Mota-Engil financiar a sua atividade corrente e eventuais investimentos futuros, ou de assegurar o refinanciamento de operações em condições de remuneração por si consideradas adequadas, nomeadamente dos empréstimos obrigacionistas ainda não reembolsados, incluindo as Obrigações. A Mota-Engil não pode todavia antever as condições de crédito futuras dos mercados financeiros, em particular no que se refere a liquidez. A acrescida 13

18 dificuldade em aceder a financiamento devido à menor disponibilidade das instituições financiadoras em virtude da escassa liquidez poderá, tal como o custo mais elevado de obtenção de financiamento, afetar adversamente os negócios da Mota-Engil ou os resultados das suas atividades. Risco de taxa de câmbio A exposição do Grupo Mota-Engil a risco cambial resulta sobretudo da presença de várias das suas participadas em diversos mercados, nomeadamente Angola e Europa Central, em que a atividade representa uma parcela cada vez mais importante do volume de negócios, mas também, desde 2009, da presença na América Central e do Sul, em especial nos mercados peruano, mexicano e brasileiro, que trazem novos desafios, com a exposição a novas moedas e novas realidades económico-financeiras. Sem prejuízo da implementação de uma política de cobertura de risco de taxa de câmbio com o objetivo de reduzir a volatilidade em investimentos e operações expressas em moeda externa (moedas que não o euro), com recurso à contratação de instrumentos financeiros pela Mota-Engil para minorar este risco e procurar uma menor sensibilidade dos resultados a flutuações cambiais, a Mota-Engil não pode antever a evolução das taxas de câmbio e o seu impacto. Se as taxas de câmbio oscilarem adversamente, isso poderá afetar negativamente os negócios da Mota-Engil e/ou os resultados das suas atividades. Risco de taxa de juro Não obstante a implementação de uma política de gestão de risco de taxa de juro que tem por objetivo otimizar o custo da dívida e visar uma reduzida volatilidade nos encargos financeiros, controlando e mitigando o risco de perdas resultantes de variações das taxas de juro a que se encontra indexada a dívida financeira do Grupo Mota-Engil, maioritariamente denominada em euros, a Mota-Engil não pode antever a evolução das taxas de juro e o seu impacto. Em conformidade, se as taxas de juro aumentarem mais que o esperado ou se as condições de obtenção de novos financiamentos forem mais onerosas, tal poderá afetar negativamente os negócios da Mota-Engil e/ou os resultados das suas atividades. Outros riscos relacionados com a Mota-Engil e a sua atividade A Mota-Engil não desenvolve diretamente atividades operacionais A Mota-Engil, enquanto sociedade gestora de participações sociais (SGPS), desenvolve direta e indiretamente atividades de gestão sobre as suas participadas, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas depende dos cash flows gerados pelas suas participadas. A Mota-Engil depende, assim, da distribuição de dividendos por parte das sociedades suas participadas, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos e de outros cash flows gerados por essas sociedades. A capacidade das sociedades participadas pela Mota-Engil disponibilizarem / repagarem fundos à Mota-Engil dependerá, em parte, da sua capacidade de gerar cash flows positivos no âmbito das suas atividades operacionais. A capacidade destas sociedades de, por um lado, distribuir dividendos e, por outro, pagar juros e reembolsar empréstimos concedidos pela Mota-Engil, está sujeita, em particular, a restrições estatutárias e fiscais, aos respetivos 14

19 resultados, às reservas disponíveis e à sua estrutura financeira, as quais poderão ter um impacto adverso nos resultados da Mota-Engil. A Mota-Engil poderá ser afetada por alterações da legislação e regulamentação fiscais ou da sua interpretação pelas autoridades fiscais A Mota-Engil poderá ser afetada adversamente por alterações fiscais em Portugal, na União Europeia e em outros países onde desenvolve as suas atividades. A Mota-Engil não controla essas alterações fiscais, ou alterações de interpretação das leis fiscais por parte de qualquer autoridade fiscal. Alterações significativas na legislação fiscal em Portugal, na União Europeia ou nos países onde a Mota-Engil desenvolve as suas atividades, ou dificuldades na implementação ou cumprimento de novas leis e regulamentação fiscais, poderão ter um impacto adverso nos negócios da Mota-Engil ou nos resultados das suas atividades. A Mota-Engil está sujeita a uma aquisição ou alteração de controlo Uma eventual aquisição ou alteração relevante de controlo da Mota-Engil por um seu acionista (atual ou futuro) poderá ter impacto na atual estratégia societária, nos principais mercados onde atua, nas suas operações, negócios e recursos, podendo ter um efeito adverso nos resultados das suas atividades. Riscos relativos aos mercados nos quais opera e à sua atividade A Mota-Engil desenvolve indiretamente a sua atividade em várias áreas de negócio e em vários mercados conforme descrito neste Prospeto. Quanto à sua atividade desenvolvida em Portugal, para além dos riscos conjunturais acima referidos dever-se-á ter em conta que, no que se refere à atividade de construção, obras públicas e promoção imobiliária, o desempenho das empresas do Grupo Mota-Engil depende dos níveis de investimento público e privado podendo existir uma correlação entre os indicadores macroeconómicos destas grandezas financeiras e o volume de negócios do Grupo Mota-Engil. Não deverão, portanto, ser excluídos os riscos de uma redução da atividade nesta área de negócio decorrente das condições macroeconómicas regionais, embora, não existam, nem estejam em curso, obras públicas cujo eventual cancelamento se preveja possa ter impacto significativo no valor da Mota-Engil. Ainda no que se refere à atividade em Portugal, encontram-se em renegociação os contratos com a EP - Estradas de Portugal, S.A. referentes às subconcessões de vias de comunicação. Tal como em anteriores situações, a empresa não antevê um impacto significativo no valor dos seus ativos, nomeadamente na subsidiária através da qual esta operação se desenvolve. De igual forma, existem riscos operacionais nas atividades de tratamento e recolha de resíduos sólidos, tratamento e distribuição de água e saneamento básico, operação de transporte ferroviário e concessões de terminais portuários. Na maioria destas atividades existe um peso significativo dos custos com pessoal, pelo que também, quanto a este aspeto, não deverão ser excluídos os riscos associados à instabilidade quanto ao desempenho dos recursos humanos. Na atividade desenvolvida nos mercados externos, para além da 15

20 dependência em relação ao investimento, que poderemos designar por riscoprocura, acresce, por ser especialmente relevante, o potencial impacto dos riscos associados à logística dos fornecimentos e, consequentemente, do desenvolvimento dos trabalhos e da prestação de serviços nos mercados da América Latina e, especialmente, de África. Já no caso da Europa Central, merecem especial atenção os riscos associados à organização das condições de concorrência. Qualquer destes riscos é de verificação e amplitude incerta, pelo que a ocorrência de qualquer um deles, ou de outros com estes direta ou indiretamente conexos, poderá ter um impacto adverso nos negócios da Mota-Engil ou nos resultados das suas atividades. D.3 Principais riscos específicos dos valores mobiliários Riscos gerais relativos às Obrigações As Obrigações podem não ser um investimento adequado para todos os investidores Cada potencial investidor nas Obrigações deve determinar a adequação do investimento em atenção às suas próprias circunstâncias. Em particular, cada potencial investidor deverá: (i) (ii) (iii) (iv) Ter suficiente conhecimento e experiência para realizar uma avaliação ponderada das Obrigações, das vantagens e dos riscos de um investimento nas Obrigações e da informação contida ou incorporada por remissão neste Prospeto ou em qualquer adenda ou retificação ao mesmo; Ter acesso e conhecer instrumentos analíticos apropriados para avaliar, no contexto da sua particular condição financeira, um investimento nas Obrigações e o impacto das mesmas na sua carteira de investimentos; Ter recursos financeiros suficientes e liquidez que permitam suportar todos os riscos inerentes a um investimento nas Obrigações; Perceber aprofundadamente os termos e as condições aplicáveis às Obrigações e estar familiarizado com os mercados financeiros relevantes com assessoria de um consultor financeiro ou outro adequado, bem como cenários possíveis relativamente a fatores económicos, de taxas de juro ou outros que possam afetar o seu investimento e a sua capacidade de suportar os riscos aplicáveis. Assembleias de Obrigacionistas, modificações e renúncias A legislação e regulamentação aplicável contêm regras sobre convocação de assembleias de Obrigacionistas para deliberar acerca de matérias que afetem os seus interesses em geral. Aquelas regras preveem que a tomada de decisões com base em determinadas maiorias vincule todos os Obrigacionistas, incluindo aqueles que não tenham participado nem votado numa determinada assembleia e aqueles que tenham votado em sentido contrário à deliberação aprovada. As Condições das Obrigações também preveem que o representante comum (caso exista), possa acordar determinadas modificações às Condições das Obrigações, que sejam de natureza menor e ainda de natureza formal ou 16

21 técnica ou efetuadas para corrigir um erro manifesto ou cumprir disposições legais imperativas, nos termos que vierem a ser previstos no regulamento de funções do representante comum. Regras fiscais portuguesas aplicáveis a não residentes Nos termos do Decreto-Lei n.º 193/2005, de 7 de novembro, os rendimentos de capitais pagos aos titulares não residentes das Obrigações (que, no caso de pessoas coletivas, não sejam detidas em mais de 20% por residentes em Portugal) e as mais-valias resultantes da alienação de tais Obrigações estarão isentos de imposto sobre o rendimento em Portugal, caso determinados requisitos de prova, que atestem a não residência em Portugal (nem em qualquer jurisdição de tributação privilegiada nos termos da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, atualizada à data em vigor) do respetivo titular dos rendimentos, estejam devidamente cumpridos. Na falta de entrega, entrega fora de prazo ou entrega incorreta dos documentos legalmente exigíveis, as entidades registadoras diretas (isto é, os intermediários financeiros com contas de controlo na CVM) terão de proceder à retenção na fonte à taxa de 25%, 28% ou 35%, consoante os casos). Os Obrigacionistas não residentes deverão obter o seu próprio aconselhamento fiscal de modo a garantir que cumprem todos os procedimentos relativos ao tratamento fiscal adequado dos pagamentos recebidos no âmbito da detenção das Obrigações. O Emitente não assume a obrigação de pagamento de montantes brutos, caso seja aplicável qualquer retenção na fonte nos pagamentos devidos, por falta de entrega, entrega fora de prazo ou entrega incorreta dos documentos legalmente exigíveis. Lei aplicável e alterações legais Os direitos dos investidores enquanto Obrigacionistas serão regidos pelo direito português, podendo alguns aspetos diferir dos direitos usualmente reconhecidos a obrigacionistas de sociedades regidas por sistemas legais que não o português. Não pode ser assegurado que não venha a ocorrer uma qualquer alteração legal (incluindo fiscal), regulatória ou na interpretação ou aplicação das normas jurídicas aplicáveis que possa ter algum tipo de efeito adverso nos direitos e obrigações do Emitente e/ou dos investidores ou nas Obrigações. Riscos gerais do mercado O mercado secundário em geral Será solicitada a admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado Euronext Lisbon, pelo que os investidores poderão transacioná-las em mercado, após a respetiva data de admissão. Porém, a admissão não garante, por si só, uma efetiva liquidez das Obrigações. Assim, as Obrigações não têm um mercado estabelecido na data da sua emissão e tal mercado pode não vir a desenvolver-se. Se um mercado se desenvolver, poderá não ter um elevado nível de liquidez, pelo que os investidores poderão não ter a possibilidade de alienar as Obrigações com facilidade ou a preços que lhes possibilitem recuperar os valores investidos ou realizar um ganho comparável a investimentos similares que tenham realizado em mercado secundário. A falta de liquidez poderá ter um efeito 17

22 negativo no valor de mercado das Obrigações. Os investidores devem estar preparados para manter as Obrigações até à respetiva data de vencimento. Para além desta Emissão, a Mota-Engil tem atualmente os seguintes empréstimos obrigacionistas emitidos e ainda não reembolsados: (i) Empréstimo obrigacionista no valor nominal global de , atualmente no montante de , sem garantias, pelo prazo de cinco anos, denominado Mota-Engil, SGPS/ Taxa Variável. (ii) Empréstimo obrigacionista no valor nominal global de , sem garantias, pelo prazo de cinco anos, denominado Mota-Engil, SGPS/ Taxa Variável. Risco de taxa de juro e de controlos cambiais O Emitente pagará o capital e juros relativos às Obrigações em euros (a Moeda Selecionada ), o que coloca certos riscos relativamente às conversões cambiais, caso os investimentos financeiros de um investidor sejam essencialmente denominados numa moeda (a Moeda do Investidor ) diversa da Moeda Selecionada. Tais riscos incluem o risco de que as taxas de câmbio possam sofrer alterações significativas (incluindo devido à depreciação da Moeda Selecionada ou à reavaliação da Moeda do Investidor) e o risco de as autoridades com jurisdição sobre a Moeda do Investidor ou sobre a Moeda Selecionada poderem impor ou modificar controlos cambiais. Uma valorização da Moeda do Investidor relativamente à Moeda Selecionada fará decrescer (i) o rendimento equivalente das Obrigações na Moeda Selecionada, (ii) o capital equivalente das Obrigações na Moeda Selecionada e (iii) o valor de mercado equivalente das Obrigações na Moeda Selecionada. Os governos e autoridades monetárias das jurisdições em causa poderão impor (como já aconteceu no passado) controlos de câmbio suscetíveis de afetar adversamente uma taxa de câmbio aplicável. Em consequência, os investidores poderão receber um capital ou juro inferior ao esperado ou nem vir a receber capital ou juro. O juro a que as Obrigações conferem direito é calculado com referência a uma taxa fixa. Em conformidade, o investimento nas Obrigações envolve o risco de modificações subsequentes nas taxas de juro de mercado poderem afetar negativamente o valor das Obrigações. Em particular, se as taxas de juro de mercado (designadamente a Euribor) subirem, então será expectável que o valor de mercado das Obrigações desça. Considerações sobre a legalidade do investimento As atividades de certos investidores estão sujeitas a leis e regulamentos em matéria de investimentos e/ou a revisão ou regulação por certas autoridades. Cada potencial investidor deve recorrer aos seus próprios consultores jurídicos para determinar se, e em que medida, (i) as Obrigações são investimentos que lhes são legalmente permitidos, (ii) as Obrigações podem ser usadas como colateral para diversos tipos de empréstimos, e (ii) outras restrições são aplicáveis à subscrição/aquisição das Obrigações. As instituições financeiras devem consultar os seus consultores jurídicos, financeiros ou outros ou as entidades regulatórias adequadas para 18

23 determinar o tratamento apropriado das Obrigações nos termos das regras de gestão de risco de capital aplicáveis ou outras regras similares. E.2.b Motivos da oferta, afetação das receitas e montante líquido estimado das receitas Secção E - Oferta A Oferta visa obter fundos para financiar a atividade corrente do Emitente, permitindo-lhe aumentar a maturidade média da sua dívida e adequar o perfil de amortização à esperada expansão dos seus negócios conforme previsto no Plano Estratégico Ambição 2.0. Caso a Oferta seja integralmente subscrita, o valor bruto do encaixe da operação será de , o qual poderá ser aumentado, por opção do Emitente, até ao dia 6 de março de 2013, inclusive (e, nesse caso, será publicado aviso aos subscritores no website da CMVM). O montante líquido da operação corresponderá ao valor bruto do encaixe deduzido das despesas e comissões associadas e das despesas obrigatórias e dos custos com a divulgação da operação, que serão suportadas pela Mota- Engil, sendo estimado em cerca de , pressupondo que a Oferta se concretize pelo seu montante máximo, ou seja, E.3 Termos e condições da oferta A Oferta configura-se numa oferta pública de subscrição dirigida ao público em geral, tendo como objeto até Obrigações com o valor nominal unitário de 500 e global de até Este montante poderá ser aumentado, por opção do Emitente, até ao dia 6 de março de 2013, inclusive (e, nesse caso, será publicado aviso aos subscritores no website da CMVM). O preço de subscrição das Obrigações é de 500 por cada obrigação. Cada ordem de subscrição deve, pelo menos, referir-se a 2 (duas) Obrigações ( 1.000) e, a partir desse montante mínimo, a múltiplos de 1 (uma) Obrigação ( 500). O número máximo de Obrigações que pode ser subscrito por cada investidor está limitado à quantidade de Obrigações oferecidas à subscrição e ao processo de rateio descrito abaixo. O pagamento das Obrigações que forem atribuídas a cada subscritor, após o apuramento dos resultados da Oferta (o qual se prevê que ocorra no dia 14 de março de 2013), será efetuado por débito em conta no dia 18 de março de 2013, data em que também terá lugar a liquidação física das Obrigações, não obstante os intermediários financeiros poderem exigir, aos seus clientes, o provisionamento das respetivas contas no momento da entrega da ordem de subscrição pelo correspondente montante. As despesas inerentes à realização da operação, nomeadamente comissões bancárias, serão integralmente pagas a contado, no momento da liquidação financeira da Oferta, sem prejuízo de o intermediário financeiro em que seja apresentada a ordem de subscrição poder exigir o provisionamento do respetivo montante no momento da receção da ordem de subscrição. Dado que as Obrigações são representadas exclusivamente sob a forma escritural, podem existir custos de manutenção das contas onde estarão registadas as Obrigações que sejam adquiridas no âmbito desta Oferta. À subscrição das Obrigações estarão associadas outras despesas e comissões, pelo que o subscritor poderá, em qualquer momento prévio à subscrição, 19

24 solicitar ao intermediário financeiro, a simulação dos custos do investimento que pretende efetuar, por forma a obter a taxa interna de rentabilidade do mesmo. Os subscritores suportarão ainda quaisquer encargos eventualmente cobrados pelo intermediário financeiro onde sejam entregues as ordens de subscrição. O preçário das comissões cobradas pelos intermediários financeiros está disponível no website da CMVM ( O investidor deve tomar em consideração essa informação antes de investir, nomeadamente calculando os impactos negativos que as comissões devidas ao intermediário financeiro custodiante podem ter na rendibilidade do investimento (para pequenos montantes investidos esse investimento pode nem sequer ser rentável). As Obrigações são nominativas e escriturais, exclusivamente materializadas pela inscrição em contas abertas em nome dos respetivos titulares, de acordo com as disposições legais em vigor, às quais foi atribuído o código ISIN PTMENKOM0001 e o código CFI DBFUFR. A entidade responsável pela manutenção dos registos é a Interbolsa, com sede na Avenida da Boavista, 3433, Porto. Caso a procura não exceda o número de Obrigações disponíveis, não haverá lugar a rateio, sendo a Oferta eficaz relativamente a todas as Obrigações objeto de ordens de subscrição validamente emitidas. Se o total de obrigações solicitadas for superior ao número máximo de obrigações disponíveis, proceder-se-á a rateio das mesmas, de acordo com a aplicação sucessiva, enquanto existirem obrigações por atribuir, dos seguintes critérios: 1. Atribuição de 4 (quatro) Obrigações a cada ordem de subscrição (ou do número de Obrigações solicitadas, no caso de este ser inferior a 4 (quatro)). No caso de o número de Obrigações disponíveis ser insuficiente para garantir esta atribuição serão satisfeitas as ordens que primeiro tiverem dado entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens que entrarem num mesmo dia útil). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia útil em que for atingido e ultrapassado o Montante Máximo da Emissão, serão sorteadas as ordens a serem satisfeitas; 2. Atribuição das restantes Obrigações solicitadas em cada ordem de subscrição de acordo com a respetiva data em que deram entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext, sendo dada preferência às que primeiro tenham entrado (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens que entrarem num mesmo dia útil). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia útil em que for atingido e ultrapassado o Montante Máximo da Emissão, será atribuído um número de Obrigações adicional proporcional à quantidade solicitada na respetiva ordem de subscrição, e não satisfeita pela aplicação do critério anterior, em lotes de 1 (uma) Obrigação, com arredondamento por defeito. 3. Atribuição sucessiva de mais 1 (uma) Obrigação às ordens de subscrição que, após a aplicação dos critérios anteriores mais próximo ficarem da atribuição de 1 (um) lote adicional de 1 (uma) Obrigação. 20

25 No caso de o número de Obrigações disponível ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão sorteadas as ordens a serem satisfeitas. O período de subscrição decorre entre as 8h30 do dia 25 de fevereiro de 2013 e as 15h00 do dia 13 de março de 2013, podendo as ordens de subscrição ser recebidas até ao termo deste prazo. A aceitação da Oferta por parte dos seus destinatários deverá manifestar-se durante o período acima identificado junto dos Bancos Colocadores (o ActivoBank, o Banco BIC, o Banco BPI, o Millennium bcp, o Banco Best, o BES, o Espírito Santo Investment Bank, o BES Açores, o Banco Finantia, o Banco Popular, o BPI, o Banif Investimento e o Banif) ou de outros intermediários financeiros legalmente habilitados, sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem, mediante a transmissão de ordem de subscrição ou entrega dos boletins de subscrição expressamente elaborados para o efeito. Os destinatários da Oferta têm o direito de alterar/revogar a sua ordem de subscrição através de comunicação escrita dirigida ao intermediário financeiro que a recebeu, em qualquer momento até cinco dias antes do termo do prazo da Oferta, ou seja até às 15h00 do dia 8 de março de 2013 (inclusive). Os resultados da oferta serão processados e apurados numa sessão especial de apuramento de resultados da Oferta da Euronext, que se espera realizar a 14 de março de Os resultados da Oferta serão tornados públicos em 14 de março de 2013 através de um anúncio publicado pelo Emitente no seu website ( e no website da CMVM ( salvo eventuais adiamentos ao calendário da Oferta que sejam comunicados ao público. A liquidação física e financeira da Oferta e a emissão das Obrigações deverá ocorrer no segundo dia útil após a divulgação dos resultados da Oferta, isto é no dia 18 de março de 2013, data a partir da qual se inicia a contagem de juros. E.4 Interesses significativos para a oferta e situações de conflito de interesses O Organizador e Coordenador Global, na qualidade de intermediário financeiro responsável pela organização e coordenação global da Oferta, e cada um dos Bancos Colocadores, enquanto membros do sindicato de colocação e na qualidade de intermediários financeiros responsáveis por desenvolver os melhores esforços em ordem à distribuição das Obrigações, têm um interesse direto de cariz financeiro na Oferta a título de remuneração pela prestação daqueles serviços. Dada a natureza da Oferta, não existem situações de conflito de interesses, de pessoas singulares e coletivas envolvidas na Oferta. E.7 Despesas estimadas cobradas ao investidor pelo Emitente A Mota-Engil, na qualidade de Emitente, não cobrará quaisquer despesas aos subscritores. Contudo, os subscritores poderão ter que pagar aos intermediários financeiros comissões ou outros encargos sobre o preço de subscrição das Obrigações, os quais constam dos preçários destes, que se encontram disponíveis no website da CMVM ( devendo tais comissões ou outros encargos ser indicados pelo intermediário financeiro recetor da ordem de subscrição. 21

26 CAPÍTULO 2 FATORES DE RISCO As Obrigações constituem uma responsabilidade direta, incondicional e geral do Emitente, que empenhará toda a sua boa fé no respetivo cumprimento. As Obrigações são obrigações comuns do Emitente, a que corresponderá um tratamento pari passu com todas as outras obrigações de pagamento presentes e futuras do Emitente não especialmente garantidas, sem prejuízo dos privilégios que resultem da lei. Os potenciais investidores nas Obrigações deverão, previamente à realização do seu investimento, consultar cuidadosamente a informação incluída no Prospeto ou nele inserida por remissão e formar as suas próprias conclusões antes de tomar uma decisão de investimento, considerando no seu processo de tomada de decisão, em conjunto com a demais informação contida neste Prospeto, os fatores de risco adiante indicados, relacionados com o Emitente (vide secção Riscos relativos à Mota-Engil e às suas atividades) e relacionados com os valores mobiliários objeto da Oferta (vide secção 2.2 Riscos relacionados com as Obrigações) e a demais informação e advertências que se encontram contidas neste Prospeto. Os potenciais investidores nas Obrigações deverão ainda ter em conta que os riscos identificados no Prospeto são os riscos mais significativos e suscetíveis de afetar o Grupo Mota-Engil e/ou a capacidade de o Emitente cumprir as suas obrigações relativamente às Obrigações, pelo que não são os únicos a que a Mota-Engil se encontra sujeita, podendo haver outros riscos e incertezas, atualmente desconhecidos ou que o Emitente atualmente não considera significativos e que, não obstante, poderão ter um efeito negativo nas suas atividades, na evolução dos negócios, nos resultados operacionais, na situação financeira, nos proveitos, no património e na liquidez, nas perspetivas futuras da Mota-Engil ou na capacidade desta para atingir os seus objetivos. A ordem pela qual os fatores de risco são a seguir apresentados não constitui qualquer indicação relativamente à probabilidade da sua ocorrência ou à sua importância. 2.1 Riscos relativos à Mota-Engil e às suas atividades Riscos conjunturais Em resultado da crise de crédito vivida na Europa, particularmente em Espanha, na Grécia, em Itália, na Irlanda e em Portugal, a Comissão Europeia criou o Fundo Europeu de Estabilização Financeira ( FEEF ) e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira ( MEEF ) para conceder fundos aos países da zona Euro que se encontram em dificuldades financeiras e que procurem esse apoio. Em março de 2011, o Conselho Europeu acordou na necessidade de os países da zona Euro implementarem um mecanismo permanente de estabilidade, o Mecanismo Europeu de Estabilidade ( MEE ), que será ativado por acordo mútuo, para assumir o papel do FEEF e do MEEF no fornecimento de apoio financeiro externo aos países da zona Euro depois de junho de Apesar das referidas medidas, persistem as preocupações relativas à carga de dívida de determinados países da zona Euro e à sua capacidade de cumprir as obrigações financeiras futuras, à estabilidade do euro em geral e à adequação deste como moeda única dadas as circunstâncias económicas e políticas adversas individualmente consideradas em alguns Estados Membros. Os elevados níveis de dívidas soberanas e défices fiscais em vários Estados Membros levantam preocupações relativas à condição financeira das instituições de crédito, das seguradoras e de outras sociedades (i) com sede nos Estados Membros em causa, (ii) com exposição direta ou indireta aos mesmos, ou (iii) cujos prestadores de serviços, financiadores ou fornecedores estejam expostos a esses Estados Membros. Um decréscimo significativo na notação de risco de crédito de um ou mais Estados soberanos ou instituições financeiras poderá ter um efeito negativo no sistema financeiro como um todo e afetar adversamente alguns dos mercados em que o Emitente opera, de formas difíceis de prever. 22

27 De acordo com o Boletim Mensal do Banco Central Europeu relativo a Janeiro de 2013, o produto interno bruto real da zona Euro desceu 0.1% no terceiro trimestre de As estatísticas e os indicadores de inquéritos disponíveis continuam a apontar para um novo enfraquecimento da atividade, que deverá prolongar-se no ano de 2013, refletindo o impacto negativo, na despesa interna, do fraco sentimento dos consumidores e dos investidores e de uma procura externa moderada. Não obstante, mais recentemente, verificou-se uma estabilização geral de vários indicadores de conjuntura, embora em níveis baixos, e a confiança nos mercados financeiros melhorou significativamente. No decurso de 2013, prevê-se que tenha início uma recuperação gradual, acompanhada de uma melhoria significativa da confiança nos mercados financeiros, devendo o fortalecimento da procura externa apoiar o crescimento das exportações. Os riscos em torno das perspetivas económicas para a zona Euro permanecem do lado descendente, estando sobretudo relacionados com o ritmo lento da implementação de reformas estruturais, questões geopolíticas e desequilíbrios em importantes países industrializados, fatores que poderão atrasar a recuperação do investimento privado, do emprego e do consumo. Não obstante a Mota-Engil levar a cabo as suas operações em quatro polos geográficos Portugal, África, Europa Central e América Latina como forma de mitigação dos riscos de natureza conjuntural/cíclica, a parte do negócio e atividades da Mota-Engil localizada em Portugal e na Europa Central poderá vir a ser afetada pela crise que afeta a zona Euro, podendo ter um impacto adverso nos negócios da Mota-Engil ou nos resultados das suas atividades. Os potenciais investidores nas Obrigações devem assegurar que têm conhecimento suficiente da crise na zona Euro, da crise financeira global e do desenvolvimento da situação económica e ponderar estes fatores na sua avaliação dos riscos e méritos de investir nas Obrigações. Adicionalmente, as restrições orçamentais tanto em Portugal como na Polónia (país onde a Mota-Engil desenvolve a maioria da sua atividade na Europa Central), poderão igualmente ter um impacto conjuntural adverso nos negócios e resultados da Mota-Engil nestes mercados. É assim importante conhecer as perspetivas de médio e longo prazo para o investimento público nestes dois países para melhor aferir o respetivo risco e impacto nos negócios da Mota-Engil. É igualmente importante conhecer os indicadores macroeconómicos (proxy para a evolução investimento privado) e os programas de médio e longo prazo para o investimento público em infraestruturas dos países em que a Mota-Engil opera em África e na América Latina, para aferir da sustentabilidade da dimensão dos negócios das suas empresas nestas regiões. Os potenciais investidores nas Obrigações devem assegurar que percecionam corretamente a proporção que cada região tem nos negócios totais da Mota-Engil Em particular, o risco de instabilidade na zona Euro e de redenominação das Obrigações em nova moeda Em resultado da crise que afeta a Europa, em especial a zona Euro, e das preocupações sobre o endividamento de determinados países da zona Euro, foram adotadas diversas medidas, embora persistam dúvidas sobre a sua capacidade para cumprir as obrigações por si assumidas e a estabilidade do Euro. Assim, estes acontecimentos poderão levar a que sejam reintroduzidas divisas individuais num ou mais Estados Membros, ou em circunstâncias mais extremas, o Euro poderá vir a ser extinto. Sendo o Euro a moeda com curso legal em Portugal e especificada para as Obrigações, se, a qualquer momento após a data da Emissão: (i) passar a existir mais do que uma moeda com curso legal em Portugal; ou (ii) a moeda com curso legal em Portugal passar a ser diferente do Euro, a moeda em que as Obrigações serão denominadas (e em que serão cumpridos os pagamentos relativos às Obrigações) será a nova moeda com curso legal em Portugal e o Emitente poderá ajustar as Condições das Obrigações (sem prejuízo da aprovação dos Obrigacionistas nos termos da secção ), conforme determinar conveniente e adequado para acautelar os efeitos de tal redenominação nas Obrigações e determinará a vigência dos referidos ajustamentos. Tais ajustamentos, incluindo a taxa de câmbio entre a atual divisa e a nova divisa com curso legal em Portugal, poderão afetar o valor das Obrigações. Em circunstâncias em que o Euro continue a existir, mas deixe de ser a moeda com curso legal em Portugal ou deixe de ser a única moeda com curso legal em Portugal, o valor da nova divisa com curso legal em Portugal poderá descer, quando comparado com o Euro, o que significa que as Obrigações terão um valor inferior ao que teriam se 23

28 continuassem a ser denominadas em Euro. As consequências legais e contratuais para os titulares de obrigações denominadas em Euro serão determinadas pelas leis em vigor no momento. Estes potenciais desenvolvimentos ou perceções de mercado relativamente a este assunto e outros relacionados podem ter efeito adverso no valor das Obrigações Riscos financeiros A Mota-Engil está exposta a uma variedade de riscos financeiros, merecendo especial enfoque os riscos de taxa de crédito, liquidez, taxa de câmbio e taxa de juro. Estes riscos financeiros resultam do desenrolar das atividades da Mota-Engil e induzem incertezas quanto à capacidade de geração de fluxos de caixa e de retornos adequados à remuneração dos capitais próprios. A política de gestão dos riscos financeiros prosseguida pela Mota-Engil visa minimizar os impactos e efeitos adversos decorrentes da incerteza característica dos mercados financeiros, que se reflete em diversas vertentes e exige especial atenção e medidas concretas e efetivas de gestão. Em matéria de gestão dos riscos financeiros, a postura da Mota-Engil é cautelosa e conservadora, pelo que a empresa recorre, quando entende que tal é aconselhável, a instrumentos derivados para cobertura de riscos, sempre na perspetiva de que estes se relacionem com as suas atividades normais e correntes, não assumindo nunca posições em derivados ou outros instrumentos financeiros que se revistam de carácter especulativo. Os diversos tipos de riscos financeiros estão inter-relacionados e as diversas medidas de gestão, ainda que específicas de cada um deles, encontram-se em larga medida ligadas, contribuindo essa integração para a prossecução do mesmo objetivo, isto é, a diminuição da volatilidade dos fluxos de caixa e das rentabilidades esperadas. Não obstante esta abordagem relativamente aos riscos financeiros, a Mota-Engil não pode excluir a possibilidade de algum ou uma combinação dos riscos financeiros a seguir elencados ou outros que não são atualmente considerados relevantes ou são desconhecidos, afetar de forma adversa os negócios da Mota-Engil e/ou os resultados das suas atividades Risco de crédito As atividades da Mota-Engil estão sujeitas a risco de crédito, de natureza operacional e de tesouraria, que é, em certa medida, potenciado pelos atuais desequilíbrios macroeconómicos. A exposição do Grupo Mota-Engil ao risco de crédito prende-se sobretudo com as contas a receber decorrentes do desenrolar normal das suas diversas atividades, merecendo especial atenção nas atividades de prestação de serviços. Para monitorizar este risco, e a fim de controlar o crédito concedido a clientes mediante a verificação da evolução do nível de crédito concedido e a análise de imparidades aos valores a receber, a Mota-Engil implementa uma política de gestão de risco de crédito que tem por objetivo garantir que as participadas da Mota-Engil promovem a efetiva cobrança e recebimento dos seus créditos sobre terceiros nos prazos estabelecidos e/ou negociados para o efeito. A mitigação deste risco é conseguida preventivamente, antes da exposição ao risco pelo recurso a entidades fornecedoras de informação e perfis de risco de crédito que permitem fundamentar a decisão de concessão de crédito. Posteriormente, depois de concedido o crédito, a Mota-Engil promove estruturas de controlo de crédito e cobrança e, nalguns casos mais particulares, recorre à contratação de seguros de crédito junto de seguradoras credíveis do mercado. Estas medidas contribuem para procurar manter os créditos sobre clientes dentro de níveis não suscetíveis de afetar a saúde financeira das participadas da Mota-Engil. O Grupo Mota-Engil opera há mais de 65 anos em regime de continuidade em Angola país onde, como é do conhecimento público, a economia petrolífera representa 85% do produto interno bruto ( PIB ), pelo que o valor dólar por barril influencia de sobremaneira a capacidade de Angola investir em infraestruturas ou mesmo solver os seus compromissos. As políticas tomadas pelo executivo angolano têm levado a um 24

29 contínuo reforço das reservas cambiais pelo que, de acordo com os dados do Orçamento Geral de Estado para 2013, as Reservas Internacionais Liquidas ( RIL ) terão terminado o ano de 2012 em USD 33,7 mil milhões, valor que compara com USD 26,1 mil milhões no ano anterior, e que reflete o desempenho favorável da componente externa. O Orçamento Geral de Estado para o ano de 2013, já aprovado, prevê um crescimento real do PIB de 7,1%, sendo que o sector petrolífero deverá crescer 6,6% e o sector não petrolífero deverá crescer 7,3%. Não obstante a verificação destes valores muito positivos da economia Angolana, a Mota-Engil tem procurado intervir em projetos de construção com financiamento garantido a partir do OGE, ou financiado por organismos internacionais, procurando ainda complementar a oferta angariando linhas de financiamento internacionais e mesmo nacionais diretamente ao estado Angolano permitindo desta forma que nos projetos adjudicados à empresa, seja assegurado um fluxo de recebimentos ajustado aos seus custos de produção, e o suporte direto de grande parte dos custos de importação de materiais e bens associados à produção, evitando assim os constrangimentos à obtenção de divisas e sua exportação. Apesar de todas estas ações o financiamento do fundo de maneio assume em Angola um desafio importante que o Grupo Mota-Engil tem sabido gerir também com o apoio da Banca Angolana, desempenhando esta um importante papel no financiamento da economia. De qualquer modo e, sem prejuízo de o Grupo Mota-Engil não se encontrar exposto a um risco de crédito significativo com nenhum cliente em particular, uma vez que as atividades desenvolvidas assentam num elevado número de clientes, espalhados por diversas áreas de negócio e polos geográficos, a exposição da Mota-Engil a risco de crédito poderá afetar adversamente os seus negócios e/ou os resultados das suas atividades Risco de liquidez Desde a segunda metade de 2007, as perturbações que se verificaram nos mercados globais de crédito, juntamente com o repricing do risco de crédito e a deterioração dos mercados imobiliários, em particular nos Estados Unidos, têm contribuído para uma crescente degradação das condições nos mercados financeiros e tiveram um impacto negativo na confiança dos investidores. Este enquadramento macroeconómico e financeiro apresenta um conjunto de constrangimentos, nomeadamente a escassez de liquidez no mercado e o consequente aumento dos spreads cobrados às empresas, afetando negativamente os mercados interbancários e de dívida em termos de volume, maturidade e margens e implicando uma crescente dificuldade no acesso ao crédito bancário. A continuada volatilidade no setor financeiro e no mercado de capitais, os incumprimentos, ou os receios de incumprimento, de uma ou mais instituições financeiras, poderá levar a uma redução da liquidez em todo o mercado, comprometendo assim a capacidade da Mota-Engil financiar a sua atividade corrente e, eventuais investimentos futuros, ou de assegurar o refinanciamento de operações em condições de remuneração por si consideradas adequadas, nomeadamente dos empréstimos obrigacionistas ainda não reembolsados, incluindo as Obrigações. A política de gestão de risco de liquidez prosseguida pela Mota-Engil tem como objetivo garantir que, a todo o tempo, a Mota-Engil e as suas participadas dispõem dos meios financeiros (saldos e fluxos financeiros de entrada) suficientes para poderem fazer face aos compromissos financeiros (fluxos financeiros de saída) por si assumidos quando estes se tornam exigíveis. Com base nos cash flows estimados, e tendo em consideração o cumprimento dos compromissos normalmente existentes nos contratos de financiamento, a Mota-Engil monitoriza as previsões de tesouraria do Grupo Mota-Engil, incluindo os montantes das linhas de crédito não utilizadas, os montantes de caixa e equivalentes de caixa. A obtenção de elevados níveis de flexibilidade financeira, fundamental para a gestão deste risco, tem vindo a ser prosseguida pelo recurso às seguintes medidas de gestão: 25

30 (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) Estabelecimento de relações de parceria com as entidades financiadoras, assegurando o seu apoio financeiro ao Grupo Mota-Engil numa ótica de longo prazo, nas melhores e/ou nas mais desfavoráveis conjunturas, que ciclicamente afetam todos os negócios; Contratação e manutenção de linhas de crédito excedentárias de curto prazo, que se constituem como reservas de liquidez, disponíveis para utilização a todo o momento; Realização de um rigoroso planeamento financeiro, por empresa, concretizado na elaboração e revisão periódica de orçamentos de tesouraria, possibilitando a previsão antecipada de excedentes e défices futuros de tesouraria, e a otimização e gestão integrada de fluxos financeiros entre participadas do Grupo Mota-Engil; Financiamento dos investimentos no médio e longo prazo, adequando as maturidades da dívida e o plano de pagamento das responsabilidades resultantes do financiamento à capacidade de geração de fluxos de caixa de cada projeto ou empresa; Início do processo de negociação do refinanciamento de empréstimos de médio e longo prazo a vencer no ano, com, pelo menos, seis meses de antecedência sobre a respetiva maturidade; Manutenção de uma estrutura de dívida nas empresas, com níveis de financiamento no médio e longo prazo situados entre os 60% e 70%, reduzindo assim a sua dependência de fundos mais voláteis de curto prazo, criando-se alguma imunização a fatores conjunturais dos mercados financeiros; Escalonamento do vencimento da dívida financeira ao longo do tempo, procurando estender a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência de alguns ativos de longo prazo detidos pelo Grupo Mota-Engil; Procura de novas fontes de financiamento e de novos financiadores, com o objetivo de: (i) (ii) Diversificação geográfica captação de recursos nos diversos mercados em que o Grupo Mota-Engil desenvolve as suas atividades; Diversificação de instrumentos de dívida captação de fundos junto de fontes alternativas. A Mota-Engil não pode todavia antever as condições de crédito futuras dos mercados financeiros, em particular no que se refere a liquidez. A acrescida dificuldade em aceder a financiamento devido à menor disponibilidade das instituições financiadoras em virtude da escassa liquidez poderá, tal como o custo mais elevado de obtenção de financiamento, afetar adversamente os negócios da Mota-Engil ou os resultados das suas atividades Risco de taxa de câmbio A exposição do Grupo Mota-Engil a risco cambial resulta sobretudo da presença de várias das suas participadas em diversos mercados, nomeadamente Angola e Europa Central, em que a atividade representa uma parcela cada vez mais importante do volume de negócios, mas também, da presença na América Central e do Sul, em especial nos mercados peruano, mexicano e brasileiro, que trazem novos desafios, com a exposição a novas moedas e novas realidades económico-financeiras. Em termos de gestão de risco cambial, a Mota-Engil procura, sempre que tal se mostra possível ou é aconselhável, realizar coberturas naturais de valores em exposição pelo recurso a dívida financeira denominada na moeda externa em que se expressam os valores em risco. Sempre que tal não se revele possível ou adequado e o risco cambial seja relevante, a Mota-Engil promove a contratação ou realização de outras operações baseadas em instrumentos derivados, estruturadas, numa lógica de minimização do seu custo, nomeadamente para cobertura de riscos em transações cambiais futuras, com grande grau de certeza quanto a montante e data de realização. 26

31 Sem prejuízo da implementação de uma política de cobertura de risco de taxa de câmbio com o objetivo de reduzir a volatilidade em investimentos e operações expressas em moeda externa (moedas que não o euro), com recurso à contratação de instrumentos financeiros pela Mota-Engil para minorar este risco e procurar uma menor sensibilidade dos resultados a flutuações cambiais, a Mota-Engil não pode antever a evolução das taxas de câmbio e o seu impacto. Se as taxas de câmbio oscilarem adversamente, isso poderá afetar negativamente os negócios da Mota-Engil e/ou os resultados das suas atividades Risco de taxa de juro Até 2008, foram realizadas por várias áreas de negócio da Mota-Engil diversas operações de fixação ou limitação de variação nas taxas de juro em empréstimos, sobretudo indexadas à Euribor, por contratação de swaps ou realização de outras operações estruturadas sobre derivados, a custo zero, que contribuíram (e contribuirão, no futuro), para a redução da sensibilidade dos custos financeiros a eventuais movimentos ascendentes nas taxas de juro. A contratação destas operações teve como racional subjacente a prossecução do objetivo de realização e/ou manutenção da cobertura em cerca de 30% da dívida corporativa do Grupo, emitida normalmente em regime de taxa indexada ou variável. Após 2008, face à estagnação a que têm estado votadas as taxas de juro de curto e médio/longo prazo, estáveis em mínimos históricos, na sequência da grave e prolongada crise económico-financeira que atravessamos, não têm sido realizadas novas operações de cobertura deste risco, estando o Grupo Mota- Engil, contudo, atento à inversão de tendências que acompanharão a retoma das economias nos anos que se avizinham. Não obstante a implementação de uma política de gestão de risco de taxa de juro que tem por objetivo otimizar o custo da dívida e reduzir a volatilidade nos encargos financeiros, controlando e mitigando o risco de perdas resultantes de variações das taxas de juro a que se encontra indexada a dívida financeira do Grupo Mota-Engil, maioritariamente denominada em euros, a Mota-Engil não pode antever a evolução das taxas de juro e o seu impacto. Em conformidade, se as taxas de juro aumentarem mais do que o esperado ou se a obtenção de novos financiamentos se tornar mais onerosa do que no passado, tal poderá afetar negativamente os resultados das suas atividades Outros riscos relacionados com a Mota-Engil e a sua atividade A Mota-Engil não desenvolve diretamente atividades operacionais A Mota-Engil, enquanto sociedade gestora de participações sociais (SGPS), desenvolve direta e indiretamente atividades de gestão sobre as suas participadas, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas depende dos cash flows gerados pelas suas participadas. A Mota-Engil depende, assim, da distribuição de dividendos por parte das sociedades suas participadas, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos e de outros cash flows gerados por essas sociedades. A capacidade das sociedades participadas pela Mota-Engil disponibilizarem / repagarem fundos à Mota-Engil dependerá, em parte, da sua capacidade de gerar cash flows positivos no âmbito das suas atividades operacionais. A capacidade destas sociedades de, por um lado, distribuir dividendos e, por outro, pagar juros e reembolsar empréstimos concedidos pela Mota-Engil, está sujeita, em particular, a restrições estatutárias e fiscais, aos respetivos resultados, às reservas disponíveis e à sua estrutura financeira, as quais poderão ter um impacto adverso nos resultados da Mota-Engil A Mota-Engil poderá ser afetada por alterações da legislação e regulamentação fiscais ou da sua interpretação pelas autoridades fiscais A Mota-Engil poderá ser afetada adversamente por alterações fiscais em Portugal, na União Europeia e em outros países onde desenvolve as suas atividades. A Mota-Engil não controla essas alterações fiscais, ou alterações de interpretação das leis fiscais por parte de qualquer autoridade fiscal. Alterações significativas na legislação fiscal em Portugal, na União Europeia ou nos países onde a Mota-Engil desenvolve as suas atividades, ou dificuldades na implementação ou cumprimento de novas leis e 27

32 regulamentação fiscais, poderão ter um impacto adverso nos negócios da Mota-Engil ou nos resultados das suas atividades A Mota-Engil está sujeita a uma aquisição ou alteração de controlo A Mota-Engil é uma sociedade aberta, tendo como principais acionistas os referidos no Capítulo 11 (Principais Acionistas). Uma eventual aquisição ou alteração relevante de controlo da Mota-Engil por um seu acionista (atual ou futuro) poderá ter impacto na atual estratégia societária, nos principais mercados onde atua, nas suas operações, negócios e recursos, podendo ter um efeito adverso nos resultados das suas atividades Riscos relativos aos mercados nos quais opera e à sua atividade A Mota-Engil desenvolve indiretamente a sua atividade em várias áreas de negócio e em vários mercados conforme descrito neste Prospeto. Quanto à sua atividade desenvolvida em Portugal, para além dos riscos conjunturais acima referidos dever-se-á ter em conta que, no que se refere à atividade de construção, obras públicas e promoção imobiliária, o desempenho das empresas do Grupo Mota-Engil depende dos níveis de investimento público e privado podendo existir uma correlação entre os indicadores macroeconómicos destas grandezas financeiras e o volume de negócios do Grupo Mota-Engil. Não deverão, portanto, ser excluídos os riscos de uma redução da atividade nesta área de negócio decorrente das condições macroeconómicas regionais, embora, não existam, nem estejam em curso, obras públicas cujo eventual cancelamento se preveja possa ter impacto significativo no valor da Mota-Engil. Ainda no que se refere à atividade em Portugal, encontram-se em renegociação os contratos com a EP - Estradas de Portugal, S.A. referentes às subconcessões de vias de comunicação. Tal como em anteriores situações, a empresa não antevê um impacto significativo no valor dos seus ativos, nomeadamente na subsidiária através da qual esta operação se desenvolve. Adicionalmente, grande parte da atividade das empresas do Grupo Mota-Engil que se dedicam a esta área de negócio depende, quanto à formação da sua estrutura de custos, da evolução dos preços internacionais de alguns commodities, como sejam, entre outros, o petróleo, o aço e o cimento. Por fim, ainda na mesma área de negócio, as empresas do Grupo Mota-Engil estão sujeitas a riscos de índole contratual (na medida em que grande parte dos serviços que presta são enquadrados por contratos específicos que são, no entanto, enquadrados por legislação e regulamentos sectoriais) e regulamentar (dado que a operação depende da obtenção de alvará geral e licenças específicas para determinadas atividades/tarefas). De igual forma, existem riscos operacionais nas atividades de tratamento e recolha de resíduos sólidos, tratamento e distribuição de água e saneamento básico, operação de transporte ferroviário e concessões de terminais portuários. Na maioria destas atividades existe um peso significativo dos custos com pessoal, pelo que também, quanto a este aspeto, não deverão ser excluídos os riscos associados à instabilidade quanto ao desempenho dos recursos humanos. Na atividade desenvolvida nos mercados externos, para além da dependência em relação ao investimento, que poderá ser designada por risco-procura, acresce, por ser especialmente relevante, o potencial impacto dos riscos associados à logística dos fornecimentos e, consequentemente, do desenvolvimento dos trabalhos e da prestação de serviços nos mercados da América Latina e, especialmente, de África. Em África, a componente logística de transporte de pessoas, equipamento e materiais (gasóleo, ferro, cimento e outros) constitui um desafio às grandes obras sendo pois necessário prever o seu custo e tempo nos orçamentos e prazos a prestar aos clientes. Acresce que, em face da dimensão de muitos dos projetos desenvolvidos na região, a concorrência comercial conta com as maiores empresas mundiais do sector. Já no que se refere à América Latina, nos mercados em que a Mota-Engil opera, é relevante o valor de obras de complexidade técnica elevada, dada a tipologia do terreno, sendo frequente o desenvolvimento de projetos de mineração ou obras de arte acima dos 2 mil, ou mesmo 3 mil metros de altitude, com a natural dificuldade ao nível do transporte dos meios de produção. Já no caso da Europa Central, merecem 28

33 especial atenção os riscos associados à organização das condições de concorrência, pois fruto da redução do número e valor dos projetos de infraestruturas a desenvolver na região tem-se verificado o surgimento de um excesso de agentes no mercado e tem sido comum o aviltamento dos preços, aspetos que criam desequilíbrios concorrenciais. Qualquer destes riscos é de verificação e amplitude incerta, pelo que a ocorrência de qualquer um deles, ou de outros com estes direta ou indiretamente conexos, poderá ter um impacto adverso nos negócios da Mota-Engil ou nos resultados das suas atividades. 2.2 Riscos relacionados com as Obrigações Riscos gerais relativos às Obrigações As Obrigações podem não ser um investimento adequado para todos os investidores Cada potencial investidor nas Obrigações deve determinar a adequação do investimento em atenção às suas próprias circunstâncias. Em particular, cada potencial investidor deverá: (v) (vi) (vii) (viii) Ter suficiente conhecimento e experiência para realizar uma avaliação ponderada das Obrigações, das vantagens e dos riscos de um investimento nas Obrigações e da informação contida ou incorporada por remissão neste Prospeto ou em qualquer adenda ou retificação ao mesmo; Ter acesso e conhecer instrumentos analíticos apropriados para avaliar, no contexto da sua particular condição financeira, um investimento nas Obrigações e o impacto das mesmas na sua carteira de investimentos; Ter recursos financeiros suficientes e liquidez que permitam suportar todos os riscos inerentes a um investimento nas Obrigações; Perceber aprofundadamente os termos e as condições aplicáveis às Obrigações e estar familiarizado com os mercados financeiros relevantes com assessoria de um consultor financeiro ou outro adequado, bem como cenários possíveis relativamente a fatores económicos, de taxas de juro ou outros que possam afetar o seu investimento e a sua capacidade de suportar os riscos aplicáveis Assembleias de Obrigacionistas, modificações e renúncias As Condições das Obrigações constantes do Capítulo 15 (Condições das Obrigações), bem como a legislação e regulamentação aplicável, contêm regras sobre convocação de assembleias de Obrigacionistas para deliberar acerca de matérias que afetem os seus interesses em geral. Aquelas regras preveem que a tomada de decisões com base em determinadas maiorias vincule todos os Obrigacionistas, incluindo aqueles que não tenham participado nem votado numa determinada assembleia e aqueles que tenham votado em sentido contrário à deliberação aprovada. As Condições das Obrigações também preveem que o representante comum (caso exista) possa acordar determinadas modificações às Condições das Obrigações, que sejam de natureza menor e ainda de natureza formal ou técnica ou efetuadas para corrigir um erro manifesto, ou cumprir disposições legais imperativas, nos termos que vierem a ser previstos no regulamento de funções do representante comum Regras fiscais portuguesas aplicáveis a não residentes Nos termos do Decreto-lei n.º 193/2005, de 7 de novembro, os rendimentos de capitais pagos aos titulares não residentes das Obrigações (que, no caso de pessoas coletivas, não sejam detidas em mais de 20% por residentes em Portugal) e as mais-valias resultantes da alienação de tais Obrigações estarão isentos de imposto sobre o rendimento em Portugal, caso determinados requisitos de prova, que atestem a não residência em Portugal (ou em qualquer jurisdição de tributação privilegiada nos termos da Portaria n.º 29

34 150/2004, de 13 de fevereiro, atualizada à data em vigor) do respetivo titular dos rendimentos, estejam devidamente cumpridos. Na falta de entrega, entrega fora de prazo ou entrega incorreta dos documentos legalmente exigíveis, as entidades registadoras diretas (isto é, os intermediários financeiros com contas de controlo na CVM) terão de proceder à retenção na fonte à taxa de 25%, 28% ou 35%, consoante os casos (vide o Capítulo 17 (Informações de natureza fiscal). Os Obrigacionistas não residentes deverão obter o seu próprio aconselhamento fiscal de modo a garantir que cumprem todos os procedimentos relativos ao tratamento fiscal adequado dos pagamentos recebidos no âmbito da detenção das Obrigações. O Emitente não assume a obrigação de pagamento de montantes brutos, caso seja aplicável qualquer retenção na fonte nos pagamentos devidos, por falta de entrega, entrega fora de prazo ou entrega incorreta dos documentos legalmente exigíveis Lei aplicável e alterações legais Os direitos dos investidores enquanto Obrigacionistas serão regidos pelo direito português, podendo alguns aspetos diferir dos direitos usualmente reconhecidos a obrigacionistas de sociedades regidas por sistemas legais que não o português. Não pode ser assegurado que não venha a ocorrer uma qualquer alteração legal (incluindo fiscal), regulatória ou na interpretação ou aplicação das normas jurídicas aplicáveis que possa ter algum tipo de efeito adverso nos direitos e obrigações do Emitente e/ou dos investidores ou nas Obrigações Riscos gerais do mercado O mercado secundário e a liquidez das Obrigações Será solicitada a admissão à negociação das Obrigações no mercado regulamentado Euronext Lisbon, pelo que os investidores poderão transacioná-las em mercado, após a respetiva data de admissão. Porém, a admissão não garante, por si só, uma efetiva liquidez das Obrigações. Assim, as Obrigações não têm um mercado estabelecido na data da sua emissão e, tal mercado pode não vir a desenvolver-se. Se um mercado se desenvolver, poderá não ter um elevado nível de liquidez, pelo que os investidores poderão não ter a possibilidade de alienar as Obrigações com facilidade ou a preços que lhes possibilitem recuperar os valores investidos ou realizar um ganho comparável a investimentos similares que tenham realizado em mercado secundário. A falta de liquidez poderá ter um efeito negativo no valor de mercado das Obrigações. Os investidores devem estar preparados para manter as Obrigações até à respetiva data de vencimento. Para além desta Emissão, a Mota-Engil tem atualmente os seguintes empréstimos obrigacionistas emitidos e ainda não reembolsados: (i) (ii) Empréstimo obrigacionista no valor nominal global de , atualmente no montante de , sem garantias, pelo prazo de cinco anos, denominado Mota-Engil, SGPS/ Taxa Variável ; Empréstimo obrigacionista no valor nominal global de , sem garantias, pelo prazo de cinco anos, denominado Mota-Engil, SGPS/ Taxa Variável Risco de taxa de juro e de controlos cambiais O Emitente pagará o capital e juros relativos às Obrigações em euros (a Moeda Selecionada ), o que coloca certos riscos relativamente às conversões cambiais, caso os investimentos financeiros de um investidor sejam essencialmente denominados numa moeda (a Moeda do Investidor ) diversa da Moeda Selecionada. Tais riscos incluem o risco de que as taxas de câmbio possam sofrer alterações significativas (incluindo devido à depreciação da Moeda Selecionada ou à reavaliação da Moeda do Investidor) e o risco de as autoridades com jurisdição sobre a Moeda do Investidor ou sobre a Moeda Selecionada poderem impor ou modificar controlos cambiais. Uma valorização da Moeda do Investidor 30

35 relativamente à Moeda Selecionada fará decrescer (i) o rendimento equivalente das Obrigações na Moeda Selecionada, (ii) o capital equivalente das Obrigações na Moeda Selecionada e (iii) o valor de mercado equivalente das Obrigações na Moeda Selecionada. Os governos e autoridades monetárias das jurisdições em causa poderão impor (como já aconteceu no passado) controlos de câmbio suscetíveis de afetar adversamente uma taxa de câmbio aplicável. Em consequência, os investidores poderão receber um capital ou juro inferior ao esperado ou nem vir a receber capital ou juro. O juro a que as Obrigações conferem direito é calculado com referência a uma taxa fixa. Em conformidade, o investimento nas Obrigações envolve o risco de modificações subsequentes nas taxas de juro de mercado poderem afetar negativamente o valor das Obrigações. Em particular, se as taxas de juro de mercado (designadamente a Euribor) subirem, então será expectável que o valor de mercado das Obrigações desça. 2.3 Considerações sobre a legalidade do investimento As atividades de certos investidores estão sujeitas a leis e regulamentos em matéria de investimentos e/ou a revisão ou regulação por certas autoridades. Cada potencial investidor deve recorrer aos seus próprios consultores jurídicos para determinar se, e em que medida, (i) as Obrigações são investimentos que lhes são legalmente permitidos, (ii) as Obrigações podem ser usadas como colateral para diversos tipos de empréstimos, e (ii) outras restrições são aplicáveis à subscrição/aquisição das Obrigações. As instituições financeiras devem consultar os seus consultores jurídicos, financeiros ou outros ou as entidades regulatórias adequadas para determinar o tratamento apropriado das Obrigações nos termos das regras de gestão de risco de capital aplicáveis ou outras regras similares. 31

36 CAPÍTULO 3 RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO 3.1 Responsáveis pela informação contida no Prospeto A forma e conteúdo do Prospeto obedecem ao preceituado no Código dos Valores Mobiliários, ao disposto no Regulamento dos Prospetos e à demais legislação e regulamentação aplicáveis. No âmbito da responsabilidade que lhes é atribuída nos termos do disposto nos artigos 149.º, 150.º e 243.º do Código dos Valores Mobiliários, são responsáveis pela suficiência, veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação contidas no Prospeto, à data da sua publicação, as seguintes entidades: (i) Emitente: a Mota-Engil, SGPS, S.A., sociedade aberta, com sede na Rua do Rego Lameiro, n.º 38, Porto, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto com o número único de matrícula e de identificação fiscal , com o capital social de ,00, na qualidade de entidade emitente; Conselho de Administração do Emitente: Composição do Conselho de Administração no mandato anterior, correspondente ao quadriénio Em 31 de Março de 2006, foi eleito o Conselho de Administração ( CA ) da Mota-Engil, o qual tinha a seguinte composição: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente) Eng. António Jorge Campos de Almeida (Vice-Presidente) Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (Vogal) Eng.ª Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles (Vogal) Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha (Vogal) Professor Doutor Luís Valente de Oliveira (Vogal Independente) Dr. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (Vogal Independente) Dr. António Manuel da Silva Vila Cova (Vogal Independente) Em 06 de Junho de 2008, renunciou ao cargo de Vogal do CA o Dr. António Manuel da Silva Vila Cova. Em 28 de Março de 2008, foram eleitos para o CA: Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vice-Presidente) Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar (Vogal) Dr. Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins (Vogal) Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves (Vogal) Em 26 de Maio de 2008 foi eleito para o CA, o Dr. Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho (Vice-Presidente). Em 02 de Fevereiro de 2009, renunciou ao cargo de Vice-Presidente do CA o Eng. António Jorge Campos de Almeida e foi eleito para Vogal do CA o Dr. José Luís Catela Rangel de Lima. 32

37 Em 15 de Abril de 2009 foi eleito Vogal do CA, o Dr. António Manuel da Silva Vila Cova. Já no que concerne ao mandato atual, correspondente ao quadriénio , foram eleitos, em 31 de Março de 2010: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente) Dr. Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho (Vice-Presidente) Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vice-Presidente) Dr. Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins (Vice-Presidente) Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (Vogal) Eng. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles (Vogal) Dr. Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal) Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar (Vogal) Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves (Vogal) Eng.º José Luís Catela Ragel de Lima (Vogal) Professor Doutor Luís Valente de Oliveira (Vogal Independente) Dr. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (Vogal Independente) Dr. António Manuel da Silva Vila Cova (Vogal Independente) Dra. Maria Isabel da Silva Ferreira Rodrigues Peres (Vogal) Em 29 de setembro de 2011, o Eng.º José Luís Catela Ragel de Lima renunciou ao cargo de Vogal do CA. Em 28 de dezembro de 2011, o Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves renunciou ao cargo de Vogal do CA. Em 24 de fevereiro de 2012, foram eleitos para o CA: Eng. Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Dr. Pedro Manuel Teixeira Rocha Antelo (Vogal) Em 7 de janeiro de 2013, o Dr. Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho renunciou ao cargo de Vice-Presidente do CA e foi eleito Vogal do CA o Dr. José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas. Em 11 de janeiro de 2013, a Eng. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles renunciou ao cargo de Vogal do CA. (ii) Conselho Fiscal do Emitente: o Conselho Fiscal da Mota-Engil eleito para o quadriénio 2011/2014 é composto pelos seguintes membros: Prof. Doutor Alberto João Coraceiro de Castro (Presidente) Dr. José Rodrigues de Jesus (Efetivo) Dr. Horácio Fernando Reis e Sá (Efetivo) Dr. Pedro Manuel Seara Cardoso Perez (Suplente) 33

38 (iii) Revisor Oficial de Contas do Emitente e Auditor Externo: A sociedade de revisores oficiais de contas António Magalhães e Carlos Santos, SROC, com sede no Porto, na Rua do Campo Alegre, n.º 606, 2.º andar - Salas 201/203, inscrita na Ordem de Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 53 e registada na CMVM sob o n.º 1975, representada pelo Dr. Carlos Alberto Freitas dos Santos, ROC n.º 177, foi responsável pela certificação legal de contas relativa à informação financeira individual e consolidada do Emitente referentes aos exercícios de 2010 e A sociedade de revisores oficiais de contas Deloitte & Associados, SROC, S.A., com sede em Lisboa, no Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, n.º 1 6.º andar, inscrita na Ordem de Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 43 e registada na CMVM sob o n.º 231, representada pelo Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, ROC n.º 746, foi responsável pelo relatório de auditoria realizado por auditor registado na CMVM relativo à informação financeira individual e consolidada do Emitente referentes aos exercícios de 2010 e (iv) (v) (vi) Intermediário financeiro encarregado de organizar e coordenar a Oferta: Banco Espírito Santo Investimento, S.A. (Espírito Santo Investment Bank), com sede na Rua Alexandre Herculano, n.º 38, em Lisboa, enquanto intermediário financeiro responsável pela prestação dos serviços de assistência à Oferta legalmente previstos. Líderes Conjuntos da Oferta: Espírito Santo Investment Bank, com sede na Rua Alexandre Herculano, n.º 38, em Lisboa, Banco Comercial Português, S.A., atuando através da sua Área de Banca de Investimento (Millennium investment banking) e, para efeitos da Oferta, com estabelecimento na Avenida José Malhoa, n.º 27, em Lisboa, Banco Popular Portugal, S.A., com sede na Rua Ramalho Ortigão, n.º 51, em Lisboa, e Banif Banco de Investimento, S.A., com sede na Rua Tierno Galvan, Torre 3, 15.º Piso, em Lisboa, enquanto Líderes Conjuntos da Oferta e responsáveis pela prestação do serviço de assistência à Oferta correspondente à preparação do Prospeto. Consultor jurídico: Vieira de Almeida & Associados - Sociedade de Advogados, R.L., na qualidade de consultor jurídico é responsável pela informação constante do Capítulo 17 (Informações de natureza fiscal). Nos termos dos artigos 149.º e 243.º do Código dos Valores Mobiliários, as entidades acima referidas são responsáveis pelos eventuais danos causados pela desconformidade do Prospeto com o disposto nos artigos 7.º e 135.º do Código dos Valores Mobiliários. 3.2 Declaração sobre a informação constante do Prospeto A Mota-Engil e as demais entidades que, nos termos do ponto 3.1 (Responsáveis pela informação contida no Prospeto), são responsáveis pela informação ou parte da informação nele contida, vêm declarar que, tendo efetuado todas as diligências razoáveis para o efeito e, tanto quanto é do seu melhor conhecimento, as informações constantes do prospeto ou da(s) parte(s) do prospeto pelas quais são responsáveis são conformes com os factos a que se referem e não contêm omissões suscetíveis de afetar o seu alcance. Nos termos dos artigos 137.º e 149.º, n.º 3 do Código dos Valores Mobiliários, a responsabilidade das entidades acima referidas é excluída se provarem que o destinatário tinha ou devia ter conhecimento da deficiência de conteúdo do prospeto à data da emissão da sua declaração contratual ou em momento em que a respetiva revogação ainda era possível. Por força do disposto no artigo 150.º, alíneas (a) e (b) do Código dos Valores Mobiliários, o Emitente responde, independentemente de culpa, em caso de responsabilidade dos membros do seu conselho de administração ou de fiscalização e dos intermediários financeiros encarregues da assistência à Oferta. Nos termos do artigo 243.º, alínea (b), do Código dos Valores Mobiliários, o direito à indemnização deve ser exercido no prazo de seis meses após o conhecimento da deficiência do prospeto ou da sua 34

39 alteração e cessa, em qualquer caso, decorridos dois anos a contar da divulgação do prospeto, ou da alteração que contém a informação ou previsão desconforme. 35

40 CAPÍTULO 4 REVISORES OFICIAIS DE CONTAS E AUDITORES DO EMITENTE 4.1 Revisor Oficial de Contas Remissão para o ponto 3.1 do presente Prospeto. 4.2 Auditor Externo Remissão para o ponto 3.1 do presente Prospeto. 36

41 CAPÍTULO 5 ANTECEDENTES E EVOLUÇÃO DO EMITENTE 5.1 Denominação jurídica e comercial do Emitente A denominação jurídica do Emitente é Mota-Engil, SGPS, S.A. e a denominação comercial mais frequente é Mota-Engil. Para efeitos do Prospeto a denominação utilizada, conforme as Definições, é Mota-Engil. 5.2 Registo e número de pessoa coletiva do Emitente A Mota-Engil é uma sociedade anónima com o capital aberto ao investimento do público, com sede na Rua do Rego Lameiro, n.º 38, Porto, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número de registo e de pessoa coletiva , com o capital social integralmente subscrito e realizado no valor de , Constituição do Emitente A Mota-Engil foi constituída a 16 de agosto de 1990 por tempo indeterminado. 5.4 Sede, forma jurídica e legislação que regula a atividade do Emitente A Mota-Engil tem sede na Rua do Rego Lameiro, n.º 38, freguesia de Campanhã, concelho do Porto e o seu número de telefone é o (+351) A Mota-Engil é uma sociedade gestora de participações sociais sob a forma de sociedade anónima aberta ao investimento do público, constituída e funcionando ao abrigo das leis da República Portuguesa, pelo que, nos termos do artigo 2.º dos seus estatutos, o seu objeto social consiste na gestão de participações sociais de outras sociedades, como forma indireta de exercício de atividades económicas. Os artigos 4.º e 5.º dos respetivos estatutos preveem ainda que a Mota-Engil pode adquirir e alienar participações em sociedades de direito nacional ou estrangeiro, com objeto igual ou diferente do referido no artigo segundo, em sociedades reguladas por leis especiais e em sociedades de responsabilidade ilimitada e associar-se com outras pessoas jurídicas para, nomeadamente, formar novas sociedades, incluindo sociedades anónimas europeias, agrupamentos complementares de empresas, agrupamentos europeus de interesse económico, consórcios e associações em participação. A Mota-Engil rege-se pelas leis gerais aplicáveis às sociedades gestoras de participações sociais, nomeadamente pelo Código das Sociedades Comerciais e pelo Decreto-lei n.º 495/88, de 30 de dezembro e pelos seus estatutos, não tendo a sua atividade mais legislação ou regulamentação específicas que lhe sejam aplicáveis. O capital social da Mota-Engil é de ,00, sendo representado por ações ordinárias com o valor nominal de um Euro cada uma e encontra-se integralmente subscrito e realizado. 5.5 Acontecimentos recentes com impacto na avaliação da solvência do Emitente Desde a data das últimas contas anuais auditadas, não ocorreu qualquer acontecimento excecional, governamental, político, fiscal e económico recente que tenha afetado a Mota-Engil e/ou as respetivas participadas, que seja significativo para a avaliação da sua solvência. 5.6 Pacto social e estatutos do Emitente Os estatutos da Mota-Engil, que se encontram depositados na Conservatória de Registo Comercial do Porto e disponíveis no website do Emitente ( são incluídos por remissão no presente Prospeto vide Capítulo 18 (Índice de informação inserida por remissão documentação acessível ao público). 37

42 5.7 Investimentos O Grupo Mota-Engil concretizou, ao longo dos primeiros nove meses de 2012, um investimento líquido global de cerca de 151 milhões de euros, significativamente superior ao registado em igual período de Este incremento é justificado pelo crescimento também significativo da atividade nos mercados externos, com destaque para o Malawi, Peru e Moçambique. Deverá ser também realçado o investimento relevante nos negócios da área de ambiente e serviços no mercado português, nomeadamente o investimento nas concessões de abastecimento de água e saneamento e nas concessões portuárias. A evolução do investimento do Grupo Mota-Engil pode ser detalhada como segue: (valores em milhares de euros) 30-Set Set Portugal Engenharia & Construção Concessões Água Concessões Portuárias Resíduos Outros Mercados Externos Angola Moçambique Malawi Polónia Peru Outros No quarto trimestre de 2012, a Mota-Engil chegou a acordo para a aquisição da maioria do capital social de uma empresa construtora brasileira (Empresa Construtora Brasil, S.A., ECB ) por 52,6 milhões de reais (cerca de 19,4 milhões de euros). Este investimento enquadra-se nos objetivos de expansão internacional preconizados no seu plano estratégico. Prevê-se que, com esta aquisição, a Mota-Engil América Latina passe a contar com uma significativa contribuição do mercado brasileiro para o seu volume de negócios, aproveitando para o efeito as oportunidades existentes no curto e médio prazo mas, acima de tudo, as perspetivas quanto à sustentabilidade da atividade de construção de infraestruturas no país. Com 67 anos de história, a ECB acumula know-how em várias áreas da construção, sendo de destacar a experiência em segmentos como as infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, manutenção urbana e saneamento, infraestruturas industriais e mineiras, barragens e concessões rodoviárias. Com exceção dos investimentos relativos a concessões de água (incluindo saneamento básico), rodoviárias e portuárias, cujos financiamentos assentam em esquemas clássicos de Project Finance, todos os restantes investimentos são financiados através de um mix adequado de capitais próprios e capitais alheios do Grupo Mota-Engil, obedecendo à política interna de gestão de risco e de investimentos do Grupo Mota-Engil. Em 30 de setembro de 2012, o valor do investimento no Peru inclui também um montante (17 milhões de euros) relacionado com uma concessão portuária em regime de Project Finance. Não foram assumidos compromissos firmes relativos a investimentos futuros, sendo que, relativamente aos investimentos referidos no parágrafo anterior, e por via dos atuais negócios, não estão previstas dotações de capital por parte da Mota-Engil nas respetivas empresas nas participadas que agregam esses negócios (Indaqua, Ascendi e Tertir Concessões). 38

43 6.1 Principais atividades CAPÍTULO 6 PANORÂMICA GERAL DAS ATIVIDADES DO EMITENTE Há 66 anos que a Mota-Engil vem construindo uma reputação de excelência e liderança em matéria de vendas no setor da construção em Portugal 1, sendo atualmente o maior grupo português no setor da construção e serviços 2, a quinta maior empresa exportadora nacional 3 (tendo recebido o Prémio Exportação na categoria de grandes empresas, no âmbito da primeira edição dos Prémios Exportação & Internacionalização, promovido pelo Banco Espírito Santo, S.A.), assumindo-se ainda como a vigésima nona maior construtora europeia em volume de negócios 4. A Mota-Engil, através das sociedades em que participa, desenvolve um vasto leque de atividades ligadas às seguintes principais áreas: - Engenharia & Construção - obras de infraestruturas rodoviárias, aeroportuárias, ferroviárias e portuárias, obras hidráulicas, incluindo barragens, assim como obras de construção de edifícios públicos, de hospitais, de escolas, de edifícios de escritórios e comércio, de edifícios habitacionais, de edifícios industriais, de edifícios agro-industriais, de silos e chaminés; - Ambiente & Serviços - Resíduos atividades desenvolvidas pelo Subgrupo Suma ao nível da recolha, gestão e transporte de resíduos (incluindo resíduos sólidos e urbanos, hospitalares, tóxicos e perigosos e industriais) e limpeza urbana - Água atividades desenvolvidas pelo Subgrupo Indaqua ao nível das concessões municipais e parcerias público-privadas ao nível do abastecimento de água, saneamento e recolha de águas residuais e pluviais; - Logística atividades desenvolvidas pelo Subgrupo Tertir ao nível da operação de terminais marítimos e rodo-ferroviários, de logística integrada e de transporte ferroviário de mercadorias; - Multi-Serviços - manutenção de edifícios e instalações, reabilitação de condutas, arquitetura paisagística, construção e manutenção de espaços verdes e campos de golfe, parques de estacionamento e mailing direto; - Concessões de transportes - atividades desenvolvidas ao nível das concessões de infra-estruturas de transportes rodo-ferroviárias, com presença em Portugal, Moçambique, México e Brasil. - Mineração atividades de prospeção, extração e exploração. 6.2 Principais mercados O Grupo Mota-Engil está presente em 19 países (Portugal, Espanha, Irlanda, Eslováquia, Hungria, Polónia, República Checa, África do Sul, Angola, Cabo Verde, Malawi, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Zâmbia, Zimbabwe, Brasil, Colômbia, México, Peru), 3 continentes e concentra as operações de 214 empresas em quatro polos geográficos Portugal, África, Europa Central e América Latina, procurando projetar os seus negócios à medida de cada mercado numa visão única e integrada. A estratégia de internacionalização do Grupo Mota-Engil, ainda que se apoie numa fase inicial nos negócios da construção, passa também pelo desenvolvimento de negócios nas áreas do ambiente e serviços e das concessões, em cada país em que está presente Revista Exame (Edição Especial Maiores e Melhores ). Revista Exame (Edição Especial Maiores e Melhores ). Revista Expresso (1000 Maiores Edição 2011). Deloitte: European Powers of Construction 2011 (disponível em 39

44 Portugal A Mota-Engil assume em Portugal a liderança na maioria das áreas de negócio em que atua como é o caso dos setores de construção civil e obras públicas 5, gestão de resíduos, operação portuária e concessões municipais de águas, representando no seu conjunto um significativo nível de atividade num modelo de negócio diversificado que tem procurado replicar nas restantes geografias. Num percurso de permanente investimento, inovação e reconhecida capacidade de gestão, Portugal tem representado um importante e significativo suporte ao processo de internacionalização e de diversificação das suas atividades para outras geografias. África África é um mercado natural para o Grupo Mota-Engil, dada a presença em Angola há mais de 65 anos que permite ter neste mercado uma Marca de referência, a Mota-Engil Angola. Com uma atividade muito representativa em outros mercados como Moçambique e o Malawi, e outros em expansão como África do Sul, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e o Zimbabwe, a Mota-Engil atua cada vez mais no âmbito da África Austral. O Grupo Mota-Engil tem vindo a alargar geograficamente a sua atividade em África, avaliando novos mercados e a diversificação para novas áreas de negócio, estabelecendo um compromisso com o desenvolvimento destas economias com elevado potencial. O investimento na área da mineração constitui o mais recente exemplo desse mesmo compromisso com África. Europa Central No processo de construção europeia e da aproximação dos países da Europa Central e de Leste aos restantes países da União Europeia, o desenvolvimento das infraestruturas é um fator determinante. Com esse objetivo, o Grupo Mota-Engil procurou em devido tempo posicionar-se na região, através da centralização das operações na Polónia como principal mercado de atuação. Através da Mota-Engil Central Europe, com um percurso de quinze anos e uma posição entre as dez maiores empresas polacas no setor da construção 6, o Grupo Mota-Engil encontra-se preparado para dar resposta a projetos na Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria. América Latina A presença do Grupo Mota-Engil na América Latina iniciou-se em 1998 no Peru, tendo o Grupo Mota- Engil efetuado um investimento contínuo no reforço da capacidade de execução e no desenvolvimento de competências técnicas para tornar a Mota-Engil Peru numa empresa diversificada na área de engenharia e construção, sendo atualmente uma referência no mercado peruano. Mais recentemente, o Grupo decidiu entrar em novas geografias da região, como o Brasil, México e Colômbia, reforçando o crescimento e a diversificação em áreas como a construção de estradas, gestão portuária ou projetos de concessões de autoestradas como são os casos no México (Perote-Xalapa) e Brasil (Rodovias do Tietê). 5 6 Liderança em matéria de vendas -Revista Exame (Edição Especial Maiores e Melhores ). PMR Publications Road Construction Sector in Poland 2011 Development forecasts for

45 CAPÍTULO 7 ESTRUTURA ORGANIZATIVA DO EMITENTE 7.1 Estrutura Organizativa A Mota-Engil lidera um grupo empresarial, o Grupo Mota-Engil, cujas atividades económicas se encontram descritas no Capítulo 6 do Prospeto. Enquanto sociedade gestora de participações sociais, a Mota-Engil exerce indiretamente aquelas atividades económicas, por intermédio de participações noutras sociedades. A situação económica e financeira da Mota-Engil está, por isso, diretamente dependente da atividade e resultados das suas participadas. Ao abrigo do disposto no Código das Sociedades Comerciais, o Emitente estabelece uma relação de domínio ou de grupo com as seguintes empresas, agrupadas por área geográfica de negócio, em função da responsabilidade de gestão: Empresa-Mãe do Grupo e atividades conexas Mota-Engil, SGPS, S.A., Sociedade Aberta Largo do Paço Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. ME 3I, SGPS, S.A. MESP Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A. MESP Central Europe Sp. z o. o. Mota-Engil Finance, BV Mota-Engil Indústria e Inovação, SGPS, S.A. RTA - Rio Tâmega, Turismo e Recreio, S.A. SGA Sociedade de Golfe de Amarante, S.A. Portugal - Engenharia e Construção Aurimove Sociedade Imobiliária, S.A. Calçadas do Douro - Sociedade Imobiliária, Lda. Carlos Augusto Pinto dos Santos & Filhos S.A. Corgimobil - Empresa Imobiliária das Corgas, Lda. Edifício Mota Viso Soc. Imobiliária, Lda. Edipainel Sociedade Imobiliária, Lda. Grossiman, S.L. Mercado Urbano - Gestão Imobiliária, S.A. Mil e Sessenta Sociedade Imobiliária, Lda. Motadómus - Sociedade Imobiliária, Lda. Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A. Mota-Engil Ireland Construction Limited ME REAL Estate Mota-Engil Real Estate Portugal, S.A. Nortedomus, Sociedade Imobiliária, S.A. Planinova Sociedade Imobiliária, S.A. Sedengil Sociedade Imobiliária, Lda. Portugal - Ambiente e Serviços Áreagolfe - Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golf, S.A. CH&P Combined Heat & Power Anadia, Sociedade Unipessoal, Lda. CH&P Combined Heat & Power Coja, Unipessoal, Lda. Citrave - Centro Integrado de Tratamento de Resíduos de Aveiro, S.A. Correia & Correia, Lda. 41

46 EMSA Empreendimentos e Exploração de Estacionamentos, S.A. Emsway Park Gestão de Estacionamentos, Lda. Enviroil SGPS, Lda. Enviroil II Reciclagem de Óleos Usados, Lda. FCT - Ferrol Container Terminals S.L.U Glan Agua, Ltd InvestAmbiente - Recolha de Resíduos e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, S.A. Liscont - Operadores de Contentores, S.A. Lokemark - Soluções de Marketing, S.A. Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações e Construção, S.A. Mota-Engil Energia, S.A. Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A. Mota-Engil Ireland Services Ltd. Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A. Multiterminal - Soc. De Estiva e Tráfego, S.A, Nova Beira - Gestão de Resíduos, S.A. Novaflex - Técnicas do Ambiente, S.A. Proempar - Promoção e Gestão de Parques Empresariais e Tecnológicos, S.A. PTT - Parque Tecnológico do Tâmega, S.A. Real Verde - Técnicas de Ambiente, S.A. Resiges - Gestão de Resíduos Hospitalares, Lda. Resilei Tratamento de Resíduos Industriais, S.A. Rima Resíduos Industriais e Meio Ambiente, S.A. Sealine - Navegação e Afretamentos, Lda. SIGA - Serviço Integrado Gestão Ambiental, S.A. SLPP - Serviços Logísticos de Portos Portugueses, S.A. Socarpor - Soc. Cargas Port. (Aveiro), S.A. Socarpor - Soc. Gestora de Participações Sociais (Douro / Leixões), S.A. STM - Sociedade de Terminais de Moçambique, Lda. Sol-S Internacional, Tecnologias de Informação, S.A. Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A. SRI - Gestão de Resíduos, Lda. Suma Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. Suma (Douro) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. Suma (Esposende) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. Suma (Matosinhos) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. Suma (Porto) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. Takargo-Trasporte de Mercadorias, S.A. TCL - Terminal de Contentores de Leixões, S.A. Ternor - Sociedade de Exploração de Terminais, S.A. Tertir - Concessões Portuárias, SGPS, S.A. Tertir - Terminais de Portugal, S.A. Transitex Colombia, S.A.S. Transitex - Trânsitos de Extremadura, S.A. Transitex - Trânsitos de Extremadura, S.L. Transitex do Brasil Serviços de Logística, Ltda. 42

47 Transitex Global Logistics Operations Transitex México, S.A. de C.V. Transitex Moçambique, Lda. Transitex Peru SAC Tratofoz - Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A. Triu - Técnicas de Resíduos Industriais e Urbanos, S.A. Vibeiras Sociedade Comercial de Plantas, S.A. África AGIR - Ambiente e Gestão Integrada de Resíduos, Lda. Automatriz, S.A. Cecot - Centro de Estudos e Consultas Técnicas, Lda. Emocil Empresa Moçambicana de Construção e Promoção Imobiliária, Lda. Fatra - Fábrica de Trefilaria de Angola, S.A. Fibreglass Sundlete (Moç), Lda. GT - Investimentos Internacionais SGPS, S.A. Mota-Engil Minerals Mining Investment B.V. Mota & Companhia Maurícias, Lda. Mota Internacional Comércio e Consultadoria Económica, Lda. Mota-Engil África, BV Mota-Engil África, SGPS, S.A. Mota-Engil Angola, S.A. Mota-Engil Engenharia e Construção África, S.A. Mota-Engil S.Tomé e Principe, Lda. Penta - Engenharia e Construção, Lda. Prefal Préfabricados de Luanda, Lda. Rentaco Angola Equipamentos e Transportes, Lda. Sonauta - Sociedade de Navegação, Lda. Tracevia Angola - Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. Traversofer - Industrie et Services Ferroviaires SARL VBT - Projectos e Obras de Arquitectura Paisagística, Lda. Vista Waste Management, Lda. Europa Central Bergamon, A.S. Bicske Plaza Kft. Bohdalecká Project Development s.r.o. Centralna Project Development Sp. z o.o. Devonská Project Development A.S. Dmowskiego Project Development, Sp. z.o.o. Ekosrodowisko Spólka z.o.o. Eltor, S.A. Hungária Hotel Kft. Immo Park Warszawa, Sp. z.o.o. Immo Park, Sp. z.o.o. Jeremiasova Project Development, s.r.o. Kilinskiego Project Development Sp. z.o.o. Kilinskiego Property Investment Sp. z.o.o. 43

48 Kordylewskiego Project Development Sp. z o.o. Legowa Project Development Sp. z o.o. MEŚ, Mota-Engil Środowisko Sp. z o.o. Metroepszolg, Zrt M-Invest Bohdalec, A.S., v likvidaci M-Invest Devonska, s.r.o. Mota-Engil Brand Management B.V. Mota-Engil Central Europe Ceska Republika, AS Mota-Engil Central Europe Hungary Beruházási és Építoipari Kft. Mota-Engil Central Europe PPP Sp. z.o.o Mota-Engil Central Europe Romania S.R.L. Mota-Engil Central Europe Slovenská Republika, AS Mota-Engil Central Europe, S.A. Mota-Engil Central Europe, SGPS, S.A. Mota-Engil Investitii AV s.r.l. Mota-Engil Magyarország Zrt. Mota-Engil Parking 1 Sp. z.o.o Mota-Engil Parking 2 Sp. z.o.o Mota-Engil Project 1 Kft. Mota-Engil Real Estate Hungary Kft Mota-Engil Real Estate Management, sp. z.o.o. Mota-Engil, Brands Development Limited Nowohucka Project Development Sp. z o.o. Piastowska Project Development Sp. z o.o. Przedsiebiorstwo Robót Drogowo - Mostowych w Lublinie Sp z o.o. Sikorki Project Development Sp. z o.o. Soltysowska Project Development Sp. z o.o. Steinerova Project Development A.S. Száz - Invest Project Development Kft. Tabella Holding, BV Tetenyi Project Development Kft Wilanow Project Development SP. z.o.o. Wilenska Project Development Sp. z.o.o. Zöld-Project 2 Kft. Zsombor Utcai Kft. América Latina MEBR Engenheria, Consultoria e Participações, Ltda. MK Contractors, LLC Mota-Engil Brasil Participações, Ltda. Mota-Engil Colômbia, S.A.S. Mota-Engil México, S.A. de C.V. Mota-Engil Peru, S.A. Terminais Portuários Euroandinos Paita, S.A. Tertir Peru, S.A. Tracevia do Brasil - Sistemas de Telemática Rodoviaria Ltda. Em relação a todas estas sociedades, o Emitente atua como empresa-mãe, sendo responsável pela 44

49 coordenação da sua atuação e assegurando a representação dos interesses comuns a todas aquelas sociedades. A tabela seguinte identifica as restantes participações sociais detidas pela Mota-Engil: Empresa-Mãe do Grupo e atividades conexas Martifer, SGPS, S.A. Nortenha Angola, SGPS, S.A. Portugal - Engenharia e Construção Berd - Projecto Investigação e Engenharia de Pontes, S.A. Haçor, Conc. Edifício do hospital da ilha terceira, S.A. HL - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. Parquegil - Planeamento e Gestão de Estacionamento, S.A. Probigalp Ligantes Betuminosos, S.A. Turalgo-Sociedade de Promoção Imobiliária e Turística do Algarve, S.A. Portugal - Ambiente e Serviços África Águas de S. João, E.M., S.A. Ambilital Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM. Chinalog - Serviços Logísticos e Consultadoria, Lda. Citrup Centro Integrado de Resíduos, Lda. Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para Tratamento de Resíduos Sólidos, E. I. M. HEPP - Hidroenergia de Penacova e Poiares, Lda. Ibercargo Rail, S.A. Indaqua - Indústria e Gestão de Águas, S.A. Indaqua Fafe - Gestão de Águas de Fafe, S.A. Indaqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. Indaqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. Indaqua Santo Tirso/Trofa - Gestão de Águas de Santo Tirso e Trofa, S.A. Indaqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A. Logz - Atlantic Hub, S.A. Manvia II Condutas, Lda. Operestiva - Empresa de Trabalho Portuário de Setúbal, Lda. Sadoport - Terminal Marítimo do Sado, S.A. Tersado - Terminais Portuários do Sado, S.A. Akwangola, S.A. Cimertex & Companhia- Comércio Equip. e Ser. Técnicos, Lda. Asinter Comércio Internacional, Lda. Cimertex Angola Sociedade de Máquinas e Equipamentos, Lda. Auto Sueco Angola, S.A. Vista Energy Environment & Services, S.A. Novicer-Cerâmicas de Angola, Lda. Icer Indústria de Cerâmica, Lda. Vista Water, Lda. Europa Central Bay 6.3 Kft. Bay Office Kft. Bay Park Kft. 45

50 Bay Tower Kft. Bay Wellness Kft. Engber Kft. M-Invest Slovakia Mierova, s.r.o. Nádor Öböl Kft. Öböl Invest Kft. Öböl XI Kft. Sampaio Kft. América Latina Constructora Autopista Perote Xalapa S.A. de C.V. Mota-Engil-Opway Mexicana, S.A. De C.V. Grupo Ascendi 7.2 Dependência para com as entidades do Grupo Mota-Engil A Mota-Engil não depende de qualquer outra entidade. Não obstante, à empresa FM Sociedade de Controlo, SGPS, S.A. é atribuível direta e indiretamente 67,78% do capital social do Emitente. A Mota- Engil, enquanto sociedade gestora de participações sociais, não desenvolve diretamente qualquer atividade de caráter operacional, pelo que o cumprimento das obrigações por si assumidas depende dos cash flows gerados pelas suas participadas. Em conformidade, a Mota-Engil tem como principais ativos as ações representativas do capital social das sociedades por si participadas, pelo que depende da distribuição de dividendos por parte das sociedades suas participadas, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos e de outros cash flows gerados por essas sociedades (vide a este respeito Capítulo 2 (Fatores de risco)). 46

51 CAPÍTULO 8 INFORMAÇÃO SOBRE TENDÊNCIAS 8.1. Alterações Significativas A Mota-Engil atesta que não houve alterações significativas adversas desde a data de publicação dos seus últimos mapas financeiros auditados publicados (reportados a 31 de dezembro de 2011) Tendências, Incertezas, Pedidos, Compromissos ou outras ocorrências suscetíveis de afetar significativamente as perspetivas do Emitente A Mota-Engil não prevê que qualquer tendência, incerteza, pedido, compromisso ou ocorrência venha a afetar significativamente a sua situação económico-financeira no exercício em curso, para além das situações previstas no Capítulo 2 (Fatores de Risco). 47

52 CAPÍTULO 9 PREVISÕES OU ESTIMATIVAS DE LUCROS Este Prospeto não contém qualquer previsão ou estimativa de lucros futuros. 48

53 CAPÍTULO 10 ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DE DIREÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DO EMITENTE Nos termos do Código das Sociedades Comerciais e dos seus estatutos, a Mota-Engil adota o modelo de governo Latino / Clássico Reforçado, ou seja, um modelo em que a sua administração e fiscalização competem, respetivamente, a um Conselho de Administração ( Conselho de Administração ), a um Conselho Fiscal ( Conselho Fiscal ) e a um Revisor Oficial de Contas ( ROC ), que não faz parte do Conselho Fiscal. Assim, são órgãos sociais da Mota-Engil: o Conselho de Administração, a Assembleia Geral, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas. Apresenta-se de forma gráfica simplificada o organigrama dos vários órgãos sociais e comissões da Mota- Engil: Nesse âmbito, compete especialmente ao Conselho de Administração, deliberar sobre: (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) A aprovação dos planos de atividade e orçamentos do Emitente; A aquisição, locação financeira, alienação e oneração de quaisquer bens móveis; A aquisição, locação financeira, alienação e oneração de bens imóveis; A locação de quaisquer bens, móveis e imóveis, pelo Emitente, quer como locadora, quer como locatária; A constituição ou aquisição e, bem assim, a alienação ou oneração de participações em quaisquer sociedades e agrupamentos complementares de empresas ou outras modalidades de associação, nos termos dos artigos 4º e 5º dos estatutos; A aquisição ou alienação de quaisquer estabelecimentos mediante trespasse; A contração de empréstimos e a obtenção de garantias nos mercados financeiros nacional e internacional; A aplicação dos fundos disponíveis do Emitente conforme o interesse e as conveniências desta; 49

54 (i) (j) (l) (m) (n) O financiamento ou prestação de garantias a favor de sociedades participadas ou associadas, nas quais o Emitente tenha interesses que justifiquem tais operações; A designação de quaisquer pessoas, individuais ou coletivas, para exercício de cargos sociais noutras empresas; A constituição de mandatários do Emitente para a prática de determinados atos, com definição da extensão dos poderes inerentes aos respetivos mandatos; Declarar a falta definitiva de um membro do Conselho de Administração; A atribuição anual à Fundação Manuel António da Mota, de uma quantia que não poderá exceder 5% (cinco por cento) do resultado líquido do exercício obtido, no ano anterior, pelo Emitente. Compete ainda ao Conselho de Administração representar a sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e fazer seguir ações judiciais, confessá-las e nelas transigir ou desistir da instância ou do pedido, bem como comprometer-se em arbitragens. O Conselho de Administração reunirá bimestralmente e sempre que for convocado pelo presidente ou por dois administradores. O Conselho de Administração não pode deliberar sem que esteja presente ou representada a maioria dos seus membros, sendo que as deliberações serão tomadas por maioria de votos emitidos, tendo, em caso de empate, o presidente, ou quem o substitua na reunião, voto de qualidade Conselho de Administração Ao Conselho de Administração compete a representação da Mota-Engil e a prática de todos os atos necessários a assegurar a gestão dos negócios da Mota-Engil. De acordo com os estatutos da Mota-Engil, o Conselho de Administração é composto por um número mínimo de três e máximo de quinze membros (cada um deles designado por Administrador ) eleitos pela Assembleia Geral por maioria dos votos expressos, para um mandato com a duração de quatro anos. O presidente e os vice-presidentes do Conselho de Administração são escolhidos pela Assembleia Geral. Atualmente, a Mota-Engil tem um Conselho de Administração composto por catorze membros, incluindo um presidente, dois vice-presidentes e onze vogais. Seis dos seus membros exercem funções executivas e formam uma Comissão Executiva, que foi eleita e cujos poderes foram delegados pelo Conselho de Administração, e os demais oito administradores exercem funções não executivas. O Conselho de Administração da Mota-Engil, eleito para o quadriénio de 2010 a 2013, é composto pelos catorze membros a seguir identificados: Presidente: Vice-Presidentes: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Dr. Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins Vogais: Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Dr. Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Dr. Pedro Manuel Teixeira Rocha Antelo 50

55 Dr. Luís Filipe Cardoso da Silva Dra. Maria Isabel da Silva Ferreira Rodrigues Peres Professor Doutor Luís Valente de Oliveira Dr. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Dr. António Manuel da Silva Vila Cova Dr. José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Compete ao Conselho de Administração criar uma Comissão Executiva, a qual tem funções de gestão corrente da Mota-Engil, estabelecer, bem como, sempre que o entenda conveniente, alterar a sua composição, a repartição de funções entre os respetivos membros e o seu modo de funcionamento. As deliberações da Comissão Executiva são tomadas por maioria de votos expressos, tendo o seu presidente voto de qualidade. À Comissão Executiva foram delegados, pelo Conselho de Administração, todos os poderes relacionados com a gestão das atividades da Mota-Engil e de todas as suas participadas, na sua aceção mais estrita de tomada de opções táticas e controlo das linhas concretas de desenvolvimento das várias atividades, assumindo as responsabilidades de gestão executiva dos negócios do Grupo Mota-Engil em linha com as orientações e políticas definidas pelo Conselho de Administração. A Comissão Executiva pode discutir todos os assuntos da competência do Conselho de Administração, sem prejuízo de só poder deliberar nas matérias que lhe estão delegadas. Todos os assuntos tratados na Comissão Executiva, mesmo que incluídos na sua competência delegada, são dados a conhecer aos Administradores não executivos, que têm acesso às respetivas atas e documentos de suporte. As reuniões da Comissão Executiva realizam-se com uma periodicidade quinzenal, sendo, no início de cada exercício económico, calendarizadas as reuniões a realizar ao longo desse mesmo exercício. Todas as decisões respeitantes à definição da estratégia da Mota-Engil, bem como às políticas gerais da sociedade e à estrutura empresarial do Grupo Mota-Engil, são matéria da competência exclusiva do Conselho de Administração, não tendo a Comissão Executiva competências delegadas nesse âmbito. Os atuais membros da Comissão Executiva são os seguintes: Presidente: Vogais: Dr. Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins (CEO) Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Dr. José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas (CFO) Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Eng. Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Isabel da Silva Ferreira Rodrigues Peres Para os efeitos decorrentes do exercício das suas funções como membros do Conselho de Administração da Mota-Engil, o respetivo domicílio profissional corresponde ao da sede da Mota-Engil, ou seja, Rua do Rego Lameiro, n.º 38, Porto. Tanto quanto é do conhecimento da Mota-Engil, nenhum membro do Conselho de Administração exerce 51

56 qualquer atividade externa da qual resultem conflitos de interesses relevantes para a Mota-Engil. No relatório de governo societário da Mota-Engil relativo ao exercício de 2011 poderá ser encontrada informação mais detalhada com relação aos membros do Conselho de Administração então em funções, nomeadamente as suas qualificações profissionais, o número de ações representativas do capital social da Mota-Engil por si detidas, a data da primeira designação e termo do mandato, as funções desempenhadas noutras sociedades e ainda outras atividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas A fiscalização da Mota-Engil compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas, os quais exercem as funções que resultam da legislação aplicável e dos estatutos. O Conselho Fiscal é eleito pela Assembleia Geral, sendo composto por um mínimo de três membros, um dos quais será o seu presidente, devendo a maioria ser independente. O Conselho Fiscal da Mota-Engil eleito para o quadriénio de 2011 a 2014 é composto pelos quatro membros a seguir identificados: Presidente Vogais: Professor Doutor Alberto João Coraceiro de Castro Dr. José Rodrigues de Jesus (Efetivo) Dr. Horácio Fernando Reis e Sá (Efetivo) Dr. Pedro Manuel Seara Cardoso Perez (Suplente) Para os efeitos decorrentes do exercício das funções dos membros do Conselho Fiscal da Mota-Engil, o respetivo domicílio profissional corresponde ao da sede da Mota-Engil, ou seja, Rua do Rego Lameiro, n.º 38, Porto. A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas é designada pela Assembleia Geral sob proposta do Conselho Fiscal. A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Mota-Engil eleita para o quadriénio é a seguinte: António Magalhães e Carlos Santos, SROC, representada pelo Dr. Carlos Alberto Freitas dos Santos, ROC. O Auditor Externo da Mota-Engil registado na CMVM é o seguinte: Deloitte & Associados, SROC, SA, representada pelo Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves Tanto quanto é do conhecimento da Mota-Engil, nenhum membro do Conselho Fiscal, nem a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, nem o Auditor Externo, exercem qualquer atividade externa da qual resultem conflitos de interesses relevantes para a Mota-Engil. No relatório de governo societário da Mota-Engil relativo ao exercício de 2011, poderá ser encontrada informação mais detalhada em relação a cada um dos membros do Conselho Fiscal e sobre os representantes da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas e do Auditor Externo, nomeadamente as suas qualificações profissionais, o número de ações representativas do capital social do Emitente por si detidas, a data da primeira designação e termo do mandato, as funções desempenhadas noutras sociedades e ainda outras atividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos Conflitos de interesses de membros dos órgãos de administração, de direção e de fiscalização Não existem conflitos de interesses potenciais entre as obrigações de qualquer uma das pessoas que integram os órgãos de administração, de fiscalização e de quadros superiores para com a Mota-Engil ou para os seus interesses privados ou outras obrigações. 52

57 10.4 Assembleia Geral A Assembleia Geral da Mota-Engil é o órgão social que reúne todos os acionistas com direito a voto. A mesa da Assembleia Geral da Mota-Engil eleita para o quadriénio 2010/2013 tem a seguinte constituição: Presidente: Dr. Luís Neiva Santos Secretário: Dr. Rodrigo Neiva Santos É admitido, nos termos do disposto no artigo 22.º do Código dos Valores Mobiliários, o voto por correspondência, devendo as declarações de voto, ser endereçadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, dar entrada na sede da Mota-Engil, sita na Rua do Rego Lameiro, n.º 38, Porto, até às 18 horas do 3.º dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral, em envelope lacrado no qual deverá ser escrita a expressão declaração de voto. O sobrescrito contendo a declaração de voto deverá ser encerrado num outro acompanhado de carta emitida pelo acionista e dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, enviada por correio registado, nela expressando a sua vontade inequívoca de votar por correspondência. A declaração de voto por correspondência só será admitida quando assinada pelo titular das ações ou seu representante legal e acompanhada de cópia do bilhete de identidade do acionista, se este for uma pessoa singular ou, tratando-se de pessoa coletiva, acompanhada da prova da qualidade e dos poderes para o ato. De acordo com o número um do artigo vigésimo segundo dos estatutos, os acionistas poderão votar por correspondência. Para facilitar o exercício do voto por correspondência, a Mota-Engil disponibiliza um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência. Não se encontra para já prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por meios eletrónicos Comissões designadas no âmbito societário Para além da Comissão Executiva, o Conselho de Administração criou uma Comissão de Investimento, Auditoria e Risco, tal como infra descrita em maior pormenor. Tal comissão desempenha funções meramente auxiliares, cabendo as decisões unicamente ao órgão de administração Comissão de Investimento, Auditoria e Risco A Comissão de Investimento, Auditoria e Risco é composta, normalmente, por três membros permanentes (três administradores não-executivos, sendo um deles administrador independente), e poderá convidar outros responsáveis do Grupo Mota-Engil ligados aos projetos em avaliação. Esta comissão tem como principais funções e responsabilidades apreciar e sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projetos ao Conselho de Administração, examinar e emitir parecer sobre projetos de investimento ou desinvestimento, emitir parecer sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio e monitorizar operações financeiras e societárias relevantes. São elaboradas atas de todas as reuniões realizadas. Atualmente, são membros desta comissão a Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa, o Dr. Luís Filipe Cardoso da Silva e o Dr. António Manuel da Silva Vila Cova (administrador independente não-executivo) Comissão de Fixação de Vencimentos De acordo com os estatutos, a Comissão de Fixação de Vencimentos, eleita pela Assembleia Geral, tem por função definir a política de remunerações dos titulares dos órgãos sociais, fixando as remunerações aplicáveis, tendo em consideração as funções exercidas e a situação económica do Emitente. A Comissão de Fixação de Vencimentos acompanha e avalia o desempenho dos administradores executivos, verificando em que medida foram atingidos os objetivos propostos e fazendo repercutir essa avaliação de desempenho na fixação das remunerações variáveis dos mesmos, reunindo sempre que for necessário. A comissão eleita para o quadriénio é composta pelos seguintes membros: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa, ambos membros do órgão de administração e Eng. Manuel Teixeira Mendes. 53

58 Outras unidades e serviços A Mota-Engil encontra-se estruturada por direções coordenadas pela Comissão Executiva, com o apoio de diferentes unidades corporativas. A Comissão Executiva da Mota-Engil está diretamente envolvida na gestão diária das diversas unidades de negócio. As unidades corporativas estão orientadas para a coordenação dos diversos negócios, reportando à Comissão Executiva. Consta do relatório de governo societário de 2011 uma descrição destas diferentes unidades corporativas Regime de governo das sociedades De acordo com o modelo de governo adotado (modelo de governo Latino / Clássico Reforçado), a administração e fiscalização competem, respetivamente, a um Conselho de Administração e a um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas, tal como previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 278.º do Código das Sociedades Comerciais. Os estatutos da Mota-Engil encontram-se depositados na Conservatória de Registo Comercial do Porto e disponíveis do website da Mota-Engil ( e são incluídos por remissão no presente Prospeto, tal como previsto no mencionado capítulo 18 (Índice da informação inserida por remissão documentação acessível ao público). O Emitente segue as Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas, na versão publicada em janeiro de Tal como indicado no capítulo 18 (Índice da informação inserida por remissão documentação acessível ao público), o relatório de governo societário de 2011 da Mota-Engil encontra-se disponível para consulta nos locais aí referidos. No relatório de governo societário de 2011 da Mota-Engil, para o qual se remete integralmente, pode ser encontrada indicação discriminada sobre a atual situação respeitante à adoção das Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas constantes do Regulamento n.º 1/2010 da CMVM, por referência ao exercício findo em 31 de dezembro de A apreciação sobre o grau de cumprimento pela Mota-Engil das referidas recomendações é da responsabilidade da Mota-Engil, tendo já sido objeto de apreciação pela CMVM no seu Relatório Anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas relativo ao exercício de 2011 emitido no dia 27 de dezembro de

59 CAPÍTULO 11 PRINCIPAIS ACIONISTAS DO EMITENTE 11.1 Estrutura acionista O capital social da Mota-Engil é de , totalmente subscrito e realizado, encontrando-se representado por ações ordinárias ao portador com valor nominal de 1 (um) euro cada. Encontra-se admitida à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon a totalidade das ações que compõem o capital social do Emitente. Tendo por referência as comunicações efetuadas ao Emitente até à data deste Prospeto, nos termos do disposto no artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais, artigo 16.º Código dos Valores Mobiliários ou artigo 11.º do Regulamento n.º 5/2008 da CMVM, a estrutura de participações sociais qualificadas da Mota-Engil calculadas nos termos do artigo 20.º, n.º 1 do Código dos Valores Mobiliários é, por referência àquela data, a seguinte: Acionistas Nº de ações % Capital Mota Gestão e Participações, SGPS, SA ,48% António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota ,59% Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa ,80% ,83% Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles ,07% Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos ,01% Atribuível à FM Sociedade de Controlo, SGPS, SA ,78% Kendall II, SA ,63% Investment Opportunities, SA ,30% Banco Privado Português, SA ,13% Atribuível à Privado Holding SGPS, SA ,06% 11.2 Acordos com impacto na estrutura acionista A Mota-Engil não tem conhecimento da celebração de acordos parassociais da natureza dos mencionados no artigo 19.º do Código dos Valores Mobiliários relativamente ao exercício de direitos sociais na Mota- Engil. 55

60 CAPÍTULO 12 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ACERCA DO ATIVO E DO PASSIVO, DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E DOS LUCROS E PREJUÍZOS DO EMITENTE 12.1 Documentos inseridos por remissão Os seguintes documentos são inseridos por remissão (integralmente) e fazem parte deste Prospeto conforme indicado no Capítulo 18 (Índice da informação inserida mediante remissão - documentação acessível ao público), por forma a cumprir com os requisitos mínimos de informação contidos nos parágrafos 13.1, 13.2, 13.3 e 13.5 do Anexo IV ao Regulamento dos Prospetos: Relatórios e contas anuais individuais e consolidados da Mota-Engil relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2011, incluindo as opiniões dos auditores, a certificação legal de contas, as notas às demonstrações financeiras e o relatório de governo societário; Relatório de gestão e informação financeira consolidada intercalar dos primeiros nove meses de 2012, divulgado em 21 de novembro de Tais documentos encontram-se disponíveis para consulta no website da Mota-Engil ( e no sistema de difusão de informação da CMVM no seu website ( Os documentos inseridos por remissão no Prospeto contêm a informação disponível sobre a Mota-Engil à data em que são publicados e da sua inclusão não resulta, sob nenhuma circunstância, que não tenham existido alterações nos negócios da Mota-Engil desde a data de publicação ou que a informação seja correta em qualquer momento subsequente a essa data Período coberto pelas informações financeiras mais recentes O último exercício coberto por informações financeiras auditadas, quer consolidadas quer individuais, à data do Prospeto, reporta-se a 31 de dezembro de O último período coberto por informações financeiras não auditadas reporta-se a 30 de setembro de Não existem outras informações auditadas pelos Revisores Oficiais de Contas para além das que se encontram referidas no presente Prospeto Informação Financeira Enquadramento As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Mota-Engil foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o Grupo Mota-Engil, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standards Interpretation Committee (SIC) tal como adotadas pela União Europeia. Para o Grupo Mota-Engil, não existem diferenças entre os IFRS adotados pela União Europeia e os IFRS publicados pelo Internacional Accounting Standards Board. 1 de janeiro de 2005 correspondeu ao início do período da primeira aplicação pelo Grupo Mota-Engil dos IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro. As demonstrações financeiras consolidadas não auditadas do Grupo Mota-Engil relativas ao período findo em 30 de setembro de 2012 foram elaboradas de acordo com as políticas contabilísticas e métodos de cálculo adotados pelo Grupo Mota-Engil apresentadas no Relatório e Contas Consolidadas de 2011, tendo em consideração as disposições da IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar. 56

61 Durante o período findo em 30 de setembro de 2012 não foram emitidas nem se tornaram aplicáveis novas normas ou alterações às normas de contabilidade utilizadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do exercício de As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euro por esta ser a moeda principal das operações do Grupo Mota-Engil. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas em Euro de acordo com as políticas contabilísticas descritas na alínea xv) dos Principais critérios valorimétricos apresentados no Relatório e Contas Consolidadas de Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu conhecimento à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Mota-Engil adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados, os quais estão descritos na alínea xxv) dos Principais critérios valorimétricos apresentados no Relatório e Contas Consolidadas de A análise que se apresenta de seguida deverá ser lida conjuntamente com os documentos de prestação de contas da Mota-Engil, incluindo balanços, demonstrações de resultados e respetivas notas, inseridas por remissão no presente Prospeto. Por se entender ser a informação mais atual e relevante para a compreensão da performance e situação financeira do Emitente, no ponto infra apresenta-se um extrato do Relatório de Gestão e Informação Financeira Intercalar dos primeiros nove meses de 2012, o qual foi preparado e divulgado de acordo com as mesmas políticas contabilísticas do Relatório e Contas Consolidadas de As referidas demonstrações financeiras, incluindo as respetivas notas às contas, podem ser consultadas nos websites da CMVM ( e da Mota-Engil ( Para mais informação sobre as políticas contabilísticas adotadas pela Mota-Engil, consultar as notas às demonstrações financeiras consolidadas relativas aos exercícios referidos, as quais se encontram inseridas por remissão. Nos termos legais e regulamentares aplicáveis, as demonstrações financeiras consolidadas da Mota-Engil relativas aos exercícios de 2010 e 2011 encontram-se auditadas. Certos valores apresentados no Prospeto, incluindo informações financeiras e operacionais apresentadas em milhões, foram sujeitos a arredondamento e, como resultado, os totais dos referidos valores podem variar ligeiramente dos totais aritméticos reais de tais informações. As variações dos dados financeiros e outros expressas em montante e/ou percentagem são calculadas usando os dados numéricos das demonstrações financeiras incluídas no Prospeto ou a apresentação tabular de outros dados (sujeitos a arredondamentos) contidas no Prospeto, conforme aplicável, e não usando os dados numéricos na descrição narrativa dos mesmos Evolução da performance financeira Tal como referido supra, a informação financeira a detalhar refere-se ao período relativo aos primeiros nove meses de 2012, pelo que os valores a apresentar, salvo disposição em contrário, referem-se a este período, incluindo comparativos relativos a iguais períodos de anos anteriores Vendas e prestação de serviços Grupo Vendas e Prestação de Serviços por Áreas Negócio 9M Portugal - E&C 20% Portugal - A&S 18% 900 Milhões de Euros M10 9M11 9M12 América Latina 13% África 31% Europa Central 18% Crescimento, maior eficiência operacional, redução da dívida líquida e aumento da maturidade do 57

62 financiamento. Este é o resumo da performance económico-financeira do Grupo Mota-Engil ao longo dos primeiros nove meses do ano 2012 e no terceiro trimestre em particular. Foi por isso possível atingir, nos primeiros nove meses de 2012, um resultado líquido consolidado de 58 milhões de euros (2011: 46,1 milhões de euros), dos quais 25 milhões de euros atribuíveis ao Grupo Mota-Engil (2011: 22 milhões de euros). Tal como anunciado, o Grupo Mota-Engil procedeu a uma alteração da sua matriz de negócios, que passou a ser estabelecida por áreas geográficas, alterando a lógica de áreas de negócio anteriormente seguida. Desta forma, a partir de 1 de janeiro de 2012, o Grupo Mota-Engil passou a estar organizado nas seguintes quatro áreas de negócio principais: Portugal, África, América Latina e Europa Central. Os 675 milhões de euros de volume de negócios no terceiro trimestre permitiram que, nos primeiros nove meses de 2012, o volume de negócios do Grupo Mota-Engil tenha crescido 8,4%, atingindo em termos acumulados milhões de euros (informação a setembro 2011, doravante designada 2011: milhões de euros). Esta evolução foi possível devido à boa performance verificada nos mercados externos, com um crescimento de cerca de 31%, e dos negócios da área de ambiente e serviços. O peso relativo da atividade internacional do Grupo Mota-Engil atingiu, nos primeiros nove meses de 2012, um valor próximo de 62% em termos de volume de negócios (2011: 51%). A par desta evolução de atividades, também a carteira de encomendas internacional tem vindo a reforçar o seu peso no Grupo Mota-Engil. Destaque especial a este nível para a evolução registada nas empresas da região América Latina. Este crescimento da importância dos mercados externos é o resultado do sucesso da estratégia de internacionalização que o Grupo Mota-Engil tem vindo a seguir nos últimos anos e que, a par com o novo modelo organizacional, veio a ser reforçada com a mais recente atualização do Plano Estratégico do Grupo Mota-Engil: Ambição EBITDA Grupo EBITDA por Áreas Negócio 9M12 Milhões de Euros ,4 199,4 217,1 9M10 9M11 9M12 América Latina 10% Portugal - E&C 15% Portugal - A&S 26% África 46% Europa Central 3% Em termos de EBITDA, o crescimento verificado nos primeiros nove meses de 2012 face ao período homólogo do ano passado, no montante de 17,6 milhões de euros, ficou a dever-se, essencialmente, ao mercado africano (crescimento de 15,9 milhões de euros no EBITDA), sendo também de destacar a excelente performance operacional verificada no mercado nacional (crescimento de 4,9 milhões de euros no EBITDA). Se no mercado africano a contribuição para tal performance foi razoavelmente equilibrada entre os diversos países já os valores obtidos no mercado nacional foram fruto, especialmente, dos resultados nos segmentos de tratamento e distribuição de água, logística e manutenção, que mais do que compensaram a redução verificada nos segmentos de construção e recolha e tratamento de resíduos. A margem EBITDA consolidada atingiu 12,9% nos primeiros nove meses de 2012, que compara com 12,8% nos primeiros nove meses do ano anterior. Ou seja, o crescimento do volume foi acompanhado por uma melhoria na eficiência operacional, fruto da capacidade de utilizar de forma transversal (aos negócios diversificação e aos mercados internacionalização) o know-how, as melhores práticas e a qualidade 58

63 desenvolvida nos mercados mais maduros. Investimento 9M Evolução Investimento 151 Europa Central 7% América Latina 17% África 35% Portugal - E&C 11% Portugal - A&S 30% Milhões Euros M11 9M12 Mercado Interno - E&C Mercados Externos Mercado Interno - A&S Até setembro de 2012, o investimento líquido consolidado atingiu 151 milhões de euros (2011: 98 milhões de euros), com destaque para o investimento nos mercados externos, no montante de 90 milhões de euros (2011: 34 milhões de euros) e nos negócios de ambiente e serviços no mercado português, que totalizou 45 milhões de euros (inclui, principalmente investimento de manutenção e expansão nas concessões de abastecimento de água e saneamento, nomeadamente na Indaqua Matosinhos, Vila do Conde e Feira e nas concessões portuárias de Leixões TCL e Ferrol FCT). Analisando o investimento total pela sua natureza verificamos que o investimento de manutenção totalizou 40 milhões de euros, o investimento de expansão ascendeu a aproximadamente 102 milhões de euros e o investimento financeiro totalizou cerca de 9 milhões de euros. Evolução Endividamento corporativo Evolução Endividamento Total Milhões de Euros T 2T 3T 4T Milhões de Euros 800 Set11 Mar12 Set12 Em 30 de setembro de 2012, ainda que com um investimento superior ao verificado nos anos anteriores, o endividamento líquido total era significativamente inferior ao verificado em 30 de setembro de 2011 (menos 150 milhões de euros, que representa uma descida de 13%) e também inferior ao que se registava no final de Verificou-se pois, tal como no trimestre anterior, que têm tido consequências os esforços que têm vindo a ser feitos no sentido de contrariar a tradicional sazonalidade no comportamento da dívida consolidada do Grupo Mota-Engil. O endividamento corporativo (com recurso) ascendeu a 862 milhões de euros (dezembro de 2011: 883 milhões de euros). Deste montante, cerca de 544 milhões de euros encontravam-se alocados à atividade operacional do Grupo Mota-Engil, correspondendo o restante valor (317 milhões de euros) a investimento em associadas, que não contribuem para o EBITDA, e a ativos não estratégicos. Em setembro de 2012, o montante do endividamento líquido (sem recurso) era de cerca de 131 milhões de euros (dezembro de 2011: 121 milhões de euros). 59

64 Por outro lado, cabe destacar a estratégia desenvolvida pelo Grupo Mota-Engil no sentido de adequar a maturidade da sua dívida, até aqui com grande peso do curto prazo, que conduzirá ao reescalonamento para médio e longo prazo (com maturidades entre 2015 e 2018) de mais de 200 milhões de euros de dívida de curto prazo, reduzindo o peso desta para menos de 1/3 do total do endividamento no final do exercício. -80 Resultado financeiro 40 Resultado líquido atribuível Grupo Milhões de Euros ,0 66,0 68,3 9M10 9M11 9M12 Milhões de Euros ,7 22,0 25,3 9M10 9M11 9M12 Os resultados financeiros registaram, até final de setembro, o montante negativo de 68,3 milhões de euros (2011: negativo em 66 milhões de euros), o que representa um aumento de cerca de 3,4% dos encargos financeiros líquidos. Esta performance resultou, essencialmente, dos seguintes efeitos: aumento de cerca de 10 milhões de euros nos juros líquidos suportados; redução de cerca de 3 milhões de euros relacionada com a mais valia obtida na venda da operação dos resíduos no Brasil; redução de 4,8 milhões de euros devido a diferenças cambiais M M EBIT Financeiros MEP IRC EBIT Financeiros MEP IRC Milhões de Euros ,5 46,1 IM RL Milhões de Euros IM RL Nos primeiros nove meses de 2012, a rubrica de ganhos e perdas em empresas associadas (MEP no gráfico) contribuiu positivamente para o resultado com 9,7 milhões de euros (2011: 3,3 milhões de euros). Para este crescimento, de mais de 6 milhões de euros, contribuíram as seguintes variações: a Ascendi contribuiu com cerca de 14,8 milhões de euros para esta rubrica, valor ligeiramente inferior ao do período homólogo de 2011 (15,3 milhões de euros); a Martifer contribuiu negativamente com -13,3 milhões de euros (2011: -13,1 milhões de euros); a restante diferença resultou da melhoria dos resultados nas associadas em África. Fruto desta performance operacional e financeira, o resultado antes de impostos cresceu 31% para 78 milhões de euros (2011: 60 milhões euros) e o resultado líquido consolidado subiu 25,9% para 58 milhões de euros (2011: 46,1 milhões de euros), sendo a parcela de 25 milhões de euros atribuível ao Grupo Mota- Engil (2011: 22 milhões de euros). 60

65 Carteira de encomendas Carteira de encomendas Set América Latina 19% Portugal E&C 18% Europa Central 11% Portugal A&S 9% Milhões de Euros Dez-09 Dez-10 Dez-11 Set-12 África 43% A carteira de encomendas, no final de setembro de 2012, ascendia a cerca de 3,3 mil milhões de euros, dos quais 2,4 mil milhões de euros em mercados externos, representando cerca de 73% do total da carteira de encomendas. Como habitualmente, a carteira dos negócios fora da construção contempla apenas os contratos de prestação de serviços nos segmentos de resíduos e manutenção. O Grupo Mota- Engil não considera na carteira de encomendas as receitas previsíveis decorrentes dos contratos de concessão de água e saneamento e da exploração de terminais portuários. Análise por áreas de negócio Milhões de Euros Vendas e Prestação de Serviços M10 9M11 9M12 E&C A&S Milhões de Euros EBITDA 84,9 89,9 70, M10 9M11 9M12 E&C A&S O volume de negócios do Grupo Mota-Engil em Portugal atingiu, nos primeiros nove meses de 2012, o montante de 676 milhões de euros (2011: 764 milhões de euros), traduzindo-se numa redução de 11,6% face a idêntico período de Para esta redução contribuíram as descidas no volume de negócios no segmento de engenharia e construção (-20,8%) e no segmento de tratamento e recolha de resíduos (- 5,7%). Os restantes segmentos de ambiente e serviços, apesar do aumento verificado no seu volume de negócios, não conseguiram compensar os efeitos negativos referidos. Globalmente, os segmentos de ambiente e serviços obtiveram um volume de negócios consolidado de 300 milhões de euros (2011: 281 milhões de euros). Quanto à rentabilidade operacional obtida em Portugal, verificou-se um incremento da margem EBITDA para 13,3% (2011: 11,1%) e um crescimento de 5,8% do valor absoluto daquele indicador para 89,9 milhões de euros (2011: 84,9 milhões de euros). Estes resultados foram possíveis pelo aumento do peso dos segmentos de ambiente e serviços, mas igualmente, e ainda que com uma redução da sua atividade, pelo aumento da margem EBITDA das empresas de engenharia e construção, o que possibilitou a manutenção do respetivo valor absoluto do EBITDA consolidado (2012: 34 milhões de euros; 2011: 35 milhões de euros). 61

66 Tal como referido, o segmento de resíduos em Portugal registou um abrandamento, quer em termos de atividade (2012: volume de negócios de 62,7 milhões de euros; 2011: volume de negócios de 66,5 milhões de euros), quer em termos de EBITDA (2012: 14,3 milhões de euros; 2011: 15,5 milhões de euros). Já o segmento da logística continua a ser o que maior peso tem no volume de negócios de ambiente e serviços, tendo crescido 20% face aos valores obtidos em igual período do ano passado (140,7 milhões de euros de volume de negócios em 2012, que comparam com 117,2 milhões de euros em 2011) e 17% ao nível do EBITDA (25,9 milhões de euros em 2012, face a 22,1 milhões de euros em 2011). Este comportamento, fruto do aumento do movimento nos portos nacionais, mas também das melhorias operacionais que têm vindo a ser introduzidas através de uma gestão integrada das diversas concessões, começa, no entanto, a ser afetado pela instabilidade recente em alguns dos principais portos nacionais. No segmento do tratamento e distribuição de água, registou-se, nos primeiros nove meses de 2012, um aumento de 3,8% no volume de negócios e 16,6% no EBITDA que, mais uma vez, se deveu ao efeito de contabilização em proveitos dos investimentos nas redes de algumas concessionárias, não havendo a registar variações significativas no volume de negócios associado à atividade principal da Indaqua (empresa veículo do Grupo Mota-Engil para este segmento). O segmento das empresas da manutenção e energia manteve um pequeno crescimento ao nível do volume de negócios e melhorou a margem EBITDA, que atingiu 8,8%. África Vendas e prestação de serviços Ebitda Milhões de Euros M10 9M11 9M12 Milhões de Euros ,8 84,1 100,0 9M10 9M11 9M12 Tal como vem sendo referido e consta do Plano Estratégico Ambição 2.0, a presença do Grupo Mota- Engil nos mercados emergentes, e em África em particular, é já hoje significativa, sendo de assinalar o volume de negócios agregado alcançado no conjunto das regiões de África e América Latina (731 milhões de euros), que é já superior ao verificado em Portugal (676 milhões de euros). Em África, o 62

67 Grupo Mota-Engil está presente em: Angola, Moçambique, Malawi, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, que no seu conjunto representam 31% da atividade do Grupo Mota- Engil (2011: 25%). Mas os objetivos de alargamento desta presença para outros países levaram já ao estudo de vários projetos no Zimbabwe, Zâmbia, Tanzânia e Uganda, entre outros países. De janeiro a setembro de 2012, o volume de negócios em África ascendeu a 517 milhões de euros, registando um incremento de 34,1% face ao valor alcançado em idêntico período do ano passado (386 milhões de euros). Apesar da margem EBITDA da área de negócios ter sofrido um ligeiro decréscimo, passando de 21,8% nos primeiros nove meses de 2011 para 19,3% em idêntico período de 2012, a rentabilidade operacional em termos absolutos aumentou para 100 milhões de euros (2011: 84,1 milhões de euros). De referir que, nos primeiros nove meses de 2012, o negócio dos resíduos e limpeza urbana em Angola contribuiu com 20,5 milhões de euros em termos de volume de negócios (2011: 19,2 milhões de euros) e 8,7 milhões de euros em termos de EBITDA (2011: 9,6 milhões de euros). Destaque ainda para a carteira de encomendas desta área com cerca de milhões de euros em setembro de 2012 (dezembro de 2011: milhões de euros), o que suporta as perspetivas de crescimento do Grupo Mota-Engil neste mercado. Europa Central Vendas e prestação de serviços Ebitda Milhões de Euros M10 9M11 9M12 Milhões de Euros ,7 8,7 5,8 9M10 9M11 9M12 Na Polónia, o Grupo Mota-Engil conta ainda com uma carteira importante neste mercado, que compreende grandes contratos rodoviários e vários contratos de média dimensão em diferentes segmentos e regiões do país, num montante superior a 350 milhões de euros. Nos primeiros nove meses de 2012, o volume de negócios na Europa Central ascendeu a 314 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 22% face a idêntico período do ano passado (257 milhões de euros). No terceiro trimestre do ano, as condições no mercado polaco continuaram a degradar-se, tendo a margem EBITDA sofrido uma forte erosão neste período. Ainda assim, o Grupo Mota-Engil continua a ter a capacidade de manter o mesmo nível de qualidade e de cumprimento de prazos em todas as suas obras, o que se tem revelado como uma caraterística distintiva face à maior parte das empresas a operar neste segmento e mercado. De destacar também, pela negativa, a conclusão do processo de fecho das operações na Roménia, que implicou o registo de perdas no montante total de cerca de 5 milhões euros, tendo afetado o EBITDA no mesmo montante. 63

68 América Latina Vendas e prestação de serviços Ebitda Milhões de Euros M10 9M11 9M12 Milhões de Euros ,7 22,2 21,2 9M10 9M11 9M12 Na América Latina, região que registou até setembro o maior crescimento do volume de negócios, o Grupo Mota- Engil concentra atualmente a sua atividade no Peru e no México. Durante o terceiro trimestre registou-se, no entanto, o início da atividade de engenharia e construção no Brasil, ao mesmo tempo que se continuaram a estudar diversos projetos na Colômbia. Nos primeiros nove meses de 2012, o volume de negócios nesse mercado ascendeu a 214 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 36,7% face a idêntico período do ano passado (156 milhões de euros). Se expurgarmos os contributos da Geovision (empresa de resíduos no Brasil, cujo processo de alienação se iniciou no final de 2011, com a consequente respetiva desconsolidação) no volume de negócios e EBITDA nos primeiros nove meses de 2011, nos montantes de 48 milhões de euros e 6,7 milhões de euros, respetivamente, os crescimentos tornam-se ainda mais expressivos: crescimento de 97% no volume de negócios e 37% no EBITDA. No que se refere à rentabilidade operacional, foi possível manter a margem EBITDA próxima de 13%, embora o esforço de diversificação nesta região, principalmente em termos de tipologia de obras, possa vir a conduzir a uma pressão sobre esta margem. Em contrapartida, essa diversificação permitirá a mitigação dos riscos associados à excessiva concentração em termos de clientes e áreas de negócio dos mesmos. Por fim, e tal como já referido, a carteira de encomendas na região veio reforçada, tendo atingido no final do trimestre em análise o total de cerca de 614 milhões de euros. 64

69 Dados financeiros selecionados (valores em m ilhares de euros) 9 M eses Anual Vendas e Prestações de Serviços EBITDA m g.ebitda 13% 13% 14% 12% EBIT m g.ebitda 8% 8% 8% 7% Resultados financeiros (68.251) (66.018) (79.714) (50.928) Resultado líquido consolidado Resultado líquido consolidado (Grupo) Resultado líquido poração 0,13 0,11 0,17 0,19 Cash Flow Operacional Totaldívida líquida Dívida líquida /Ebitda 3,2 4,3 3,4 4,3 Ativo Total Totaldo CapitalPróprio Demonstrações dos resultados consolidados separadas para os primeiros nove meses findos em 30 de setembro de 2012 e 2011 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e Euro 9 M eses Anual 2011 Euro 2011 Euro 2010 Euro (não auditado) (não auditado) (auditado) (auditado) Vendas e prestações de serviços Outros proveitos Custo das m ercadorias e dos subcontratos ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado bruto Fornecim entos e serviços externos ( ) ( ) ( ) ( ) Custos com o pessoal ( ) ( ) ( ) ( ) Outros proveitos /(custos)operacionais ( ) ( ) ( ) Am ortizações ( ) ( ) ( ) ( ) Provisões e perdas de im paridade ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado operacional Proveitos e ganhos financeiros Custos e perdas financeiras ( ) ( ) ( ) ( ) Ganhos /(perdas)em em presas associadas Reclassificação de outro rendim ento integral - - Im posto sobre o rendim ento ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado consolidado líquido do período/exer Atribuível: a interesses que não controlam ao Grupo Resultado poração: básico 0,1306 0,1134 0,1727 0,1908 diluído 0,1306 0,1134 0,1727 0,

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