SONDAGEM INDUSTRIAL RIO GRANDE DO SUL

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1 SONDAGEM INDUSTRIAL RIO GRANDE DO SUL

2 Janeiro de Atividade industrial segue fraca, mas otimismo aumenta A Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul do mês de janeiro, confirma a perspectiva de uma retomada da atividade industrial nos próximos meses. Os indicadores de nível de atividade seguem demostrando um cenário desfavorável à produção, porém, as expectativas quanto à evolução futura melhoraram significativamente. Desse modo, espera-se uma retomada gradual da atividade industrial nos próximos seis meses. Os índices de evolução da produção e emprego situaram-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos, ou seja, apontando quedas. O indicador de utilização da capacidade instalada (UCI) recuou de 72,0% em dezembro para 70,1% em janeiro. Ainda que sazonalmente esperada - o mês de janeiro tende a ser mais fraco que o mês anterior-, o valor do indicador de UCI em relação ao usual (44 pontos-menor valor da série) sugere uma atividade bem abaixo do padrão do mês. Há dez meses, a indústria gaúcha opera abaixo do usual. Apesar da queda na produção, os estoques de produtos finais voltaram a crescer, de modo que os níveis registrados continuam acima do planejado. As expetativas com relação à demanda, emprego e compras de matérias-primas são mais favoráveis para os próximos seis meses. Os indicadores não apenas situaram-se acima dos 50 pontos como cresceram significativamente em relação à última Sondagem. O abrandamento da política monetária e a expectativa de expansão da demanda interna influenciaram favoravelmente o sentimento do empresário. Em resumo, apesar do fraco desempenho no início do ano, a perspectiva é de uma retomada do crescimento nos próximos meses. Nível de atividade Atividade inicia o ano bem abaixo do usual O nível de atividade teve desempenho bastante negativo no primeiro mês do ano. No mês janeiro, as variáveis de evolução da atividade (produção e emprego) para todos os portes de empresa, mostraram indicadores abaixo dos 50 pontos. Ainda que o mês seja marcado normalmente por um nível de atividade fraco, os números apurados sugerem uma queda além Sondagem Industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 1

3 do usual. O volume de produção registrou um indicador de 44 pontos, o que retrata forte recuo. A proporção de empresários que declararam queda na produção foi de 38,3% ante 17,7% que informaram expansão. O desempenho negativo da produção abrange todos os portes de empresa, mas foi mais intenso nas pequenas (37,5%) e mais ameno nas médias (46,4 pontos). O indicador de emprego ficou em 49 pontos em janeiro, revelando uma estabilidade no número de empregados em relação ao mesmo anterior. Vale ressaltar que, a despeito da queda sistemática da produção ao longo dos últimos meses, o indicador de emprego varia menos, denotando a rigidez que caracteriza o mercado de trabalho diante dos altos custos inerentes às decisões de contratação e demissão. Essa avaliação com relação ao emprego no mês é compartilhada por todos os portes de empresa. O nível médio de utilização da capacidade instalada da indústria (70,1%) também caiu em relação a dezembro (72,0%). O movimento foi experimentado principalmente entre as pequenas (72% para 66%). A utilização de capacidade instalada efetiva em relação ao usual também decepcionou para todos os portes de empresas analisados. O indicador agregado registrou 44 pontos em janeiro, menor valor da série, revelando uso da capacidade bem abaixo do usual para o mês. Há dez meses, a indústria gaúcha opera com a capacidade aquém da normalidade. Volume de produção no mês Volume do emprego no mês AUMENTO AUMENTO jan-10 fev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 jul-10 ago-10 set-10 out-10 nov-10 dez-10 jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan QUEDA QUEDA 2008/1 2008/2 2008/3 2008/4 2009/1 2009/2 2009/3 2009/4 2010/1 2010/2 2010/3 2010/4 UCI no trimestre UCI em relação ao usual Sondagem Industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 2

4 ACIMA DO USUAL Percentual Médio ABAIXO DO USUAL 2010/1 2010/2 2010/3 2010/4 jan-10 fev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 jul-10 ago-10 set-10 out-10 nov-10 dez-10 jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 Estoques Apesar da queda da produção, empresas não conseguiram reduzir estoques Os estoques de produtos finais da indústria gaúcha voltaram a crescer no primeiro mês do ano. O indicador geral registrou 52 pontos, evidenciando um leve aumento. O indicador de estoques das grandes empresas ficou em 55,1 pontos, indicando uma expansão mais significativa. As pequenas empresas (51,1 pontos) e as médias empresas (49,4 pontos) ficaram muito próximo da estabilidade. Os estoques não apenas cresceram como mantiveram-se acima do planejado pelas empresas. O indicador de estoques-planejado/desejado alcançou 53 pontos, demonstrando que os estoques foram considerados excessivos em janeiro, especialmente, entre as médias (53,1 pontos) e grandes empresas (55 pontos). Estoques de produtos finais no mês Estoques de produtos finais - Planejado AUMENTO ACIMA DO PLANEJADO QUEDA ABAIXO DO PLANEJADO 2009/1 2009/2 2009/3 2009/4 2010/1 2010/2 2010/3 2010/4 jan-10 fev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 jul-10 ago-10 set-10 out-10 nov-10 dez-10 jan-11 fev-11 mar-11 abr-11 mai-11 jun-11 jul-11 ago-11 set-11 out-11 nov-11 dez-11 jan-12 Expectativas para os próximos seis meses Quadro geral de expectativas é mais favorável Sondagem Industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 3

5 O pessimismo diminuiu entre as empresas gaúchas em fevereiro. Com exceção das exportações, todos os indicadores de expectativas com relação aos próximos seis meses registram crescimento em relação ao mês anterior. O indicador geral relativo à expectativa para a demanda aumentou de 53 pontos para 59 pontos. Esse resultado mostra uma clara perspectiva de crescimento da atividade industrial para os próximos seis meses. As pequenas (61,4 pontos) e as médias (62,2 pontos) estão mais otimistas. Nas grandes empresas (55,8 pontos), o otimismo é mais moderado. As dificuldades existentes na economia internacional e o câmbio valorizado vêm mantendo contidas as expectativas dos empresários com relação às exportações, que sinalizam estabilidade (49,4 pontos). A avaliação é diferenciada entre os portes de empresas: as médias esperam crescimento (52,8 pontos) e as pequenas (45,8 pontos) e grandes empresas (48,5 pontos), queda.. As perspectivas com relação ao emprego também melhoraram. O indicador subiu de 52,1 pontos em dezembro para 53,2 pontos em janeiro, que significa expectativas positivas. Entre as médias (54,1 pontos) e grandes empresas (53,3 pontos) a expectativa é maior e menos intensa no caso das pequenas (51,5 pontos) No mesmo sentido, o indicador de compras de matérias-primas aumentou de dezembro (52,6 pontos) para janeiro (57,8 pontos) e traduz uma expectativa de forte crescimento nas compras da indústria de transformação gaúcha de todos os portes. Expectativas de quantidade exportada Expectativas de demanda 46 DE AUMENTO Abr09 Jul09 Out09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 fev/12 DE AUMENTO DE QUEDA DE QUEDA Jan09 Abr09 Jul09 Out09 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 fev/12 Expectativas de emprego Expectativas de compras de matéria-prima Sondagem Industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 4

6 58 DE AUMENTO DE QUEDA Abr08 Jul08 Out08 Jan09 Abr09 Jul09 Out09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 fev/12 Abr09 Jul09 Out09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 fev/12 EXPECTATVA DE AUMENTO DE QUEDA Perfil da amostra:142 empresas sendo 33 pequenas, 49 médias e 60 grandes. Período de coleta: De 01 a 15 de fevereiro de 2012 Obs.: A partir desse mês serão divulgados resultados por porte de empresa conforme a nova definição da EUROSTAT de acordo com o número de empregados: Pequenas empresas: 10 a 49 empregados Médias empresas: 50 a 249 empregados Grandes empresas: 250 ou mais empregados GLOSSÁRIO Como é feita a pesquisa? Realizada mensalmente. Trimestralmente, um conjunto adicional de questões é avaliado. Deve ser avaliada a partir de pontos situados entre seus limites: 0 (zero) : avaliação negativa, estoque abaixo do planejado ou UCI abaixo do usual. 50 (cinqüenta): indiferente, estoque dentro do planejado ou UCI dentro do usual. 100 (cem): avaliação positiva, estoque acima do planejado ou UCI acima do usual. Sondagem Industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 5

7 NOTA A Sondagem industrial é elaborada pela unidade de Política Econômica da CNI em conjunto com as Federações de Indústria de 23 estados do Brasil (no caso do RS Unidade de Estudos Econômicos - FIERGS), embora sejam consultadas empresas de todo o território nacional. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto com base em questionário próprio. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução ou expectativa de evolução da variável em questão. As alternativas estão associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75 e 100. As perguntas relativas ao nível de atividade, aos estoques e à situação financeira têm como referência o trimestre anterior. As questões de expectativas referem-se aos próximos seis meses. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas freqüências relativas das respostas. Os resultados gerais para cada uma das perguntas são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos de empresas Pequenas (entre 20 a 99 empregados), Médias (entre 100 e 499 empregados) e Grandes (500 empregados ou mais) utilizando-se como peso a variável Pessoal Ocupado em 31/12/2004, segundo a CEE/MTE. Sondagem Industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 6

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9 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DIRETORIA FIERGS GESTÃO 2011/2014 Presidente HEITOR JOSÉ MÜLLER Vice-presidente Gilberto Porcello Petry Humberto César Busnello José Antonio Fernandes Martins Paulo Eloi Grings Paulo Vanzetto Garcia Torquato Ribeiro pontes Netto DIRETORIA CIERGS GESTÃO 2011/2014 Presidente HEITOR JOSÉ MÜLLER Vice-presidente Ademar De Gasperi Antonio Roso Cláudio Affonso Amoretti Bier Oscar Alberto Raabe Ricardo Menna Barreto Felizzola As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista desta Federação. Este documento não constitui uma oferta ou convite para subscrever, comprar ou vender qualquer ativo e nem é base para qualquer tipo de contrato, comprometimento ou decisão de qualquer tipo. É permitida a reprodução deste texto e dos dados contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas Fonte: Unidade de Estudos Econômicos Equipe Técnica: Economista-Chefe: André Francisco Nunes de Nunes Economistas: Oscar André Frank Junior Thaís Waideman Niquito Núcleo Estatístico NEST Economista Responsável: Ricardo Filgueras Nogueira Assistente Administrativo: Gabriely Rodrigues Alves da Silva Estagiários: Guilherme Reis de Oliveira Geovani Paranhos Carolina Monteiro Daiane Zanon Av. Assis Brasil, 8787 Fone: (051) Fax: (051) Home page: economia@fiergs.org.br