UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO II ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO ADMINISTRATIVO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO II ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO ADMINISTRATIVO JANNE RODRIGUES DA SILVA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: regime jurídico, problemas e soluções devidas Natal 2017

2 JANNE RODRIGUES DA SILVA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: regime jurídico, problemas e soluções devida Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Direito Administrativo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para obtenção do título de especialista em Direito Administrativo. Orientador: Prof. Dr. Vladimir da Rocha França Natal 2017

3 Silva, Janne Rodrigues Unidades de Conservação do estado do Rio Grande do Norte: regime jurídico, problemas e soluções devidas / Janne Rodrigues Silva. Natal, f.: il. Monografia (Especialização em Direito Administrativo) -Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Pós Graduação em Direito Administrativo. Natal, RN, Orientador: Prof. Dr. Vladimir da Rocha França. 1. Unidades de conservação - Rio Grande do Norte - Monografia. 2. Regime jurídico - Monografia. 3. Problemas jurídicos - Unidades de conservação - Monografia. 4. Soluções - Monografia. I. França, Vladimir da Rocha. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/UF/Biblioteca Setorial do CCSA CDU 351:502(813.2)

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5 AGRADECIMENTOS Por ser muito católica, inicio agradecendo a Deus e sua Mãe, Maria, por me darem o dom de sempre querer aprender mais e não deixarem eu desistir diante das dificuldades. Aos amores da minha vida, meus pais, que sempre me apoiam em tudo. Gostaria de deixar registrado também, o agradecimento ao meu Prof. Orientador, Vladimir França, que indiretamente me provocou a escrever e querer aprender mais Direito Ambiental. Ainda, um agradecimento especial à Isabel, uma colega de trabalho que muito discutiu comigo e disponibilizou material, sempre atenciosa e calma. Enfim, agradeço à todos os que por algum motivo contribuíram para a realização deste trabalho.

6 O conhecimento nos faz responsáveis. Che Guevara

7 RESUMO O presente estudo tem como objetivo apresentar as Unidades de Conservação Norte Riograndense e apontar o regime jurídico, diferentes problemas que cada unidade apresenta que muitas vezes são os mesmos e, por fim, apresentar soluções para a correta instituição das Unidades de Conservação, fazendo jus a toda legislação específica que trata da matéria. A metodologia utilizada foram bibliográficas e documentais, com as contribuições de vários autores sobre a temática do presente estudo, e a pesquisa documental baseia-se nas legislações estaduais que tratam, exclusivamente, da criação das Unidades de Conservação que ainda não receberam um tratamento aprofundado, visando selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair todos os sentidos. Palavras-chave: Unidades de Conservação do Estado do Rio Grande do Norte. Regime jurídico. Criação das Unidades de Conservação. Problemática. Soluções devidas.

8 ABSTRACT The present study aims to present the North Riograndense Conservation Units and point out the legal regime, different problems that each unit presents that are often the same and, finally, to present solutions for the correct institution of the Conservation Units to all specific legislation dealing with the matter. The methodology used was bibliographical and documentary, with the contributions of several authors on the subject of the present study, and documentary research is based on state legislations that deal exclusively with the creation of Conservation Units that have not yet received a thorough treatment, aiming to select, treat and interpret the raw information, seeking to extract all the senses. Keywords: Conservation Units of the state of Rio Grande do Norte. Legal regime. Creation of Conservation Units. Problematic. Solutions due.

9 LISTA DE SIGLAS APA Áreas de Proteção Ambiental APAJ Área de Proteção Ambiental Jenipabu APARC Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais COSERN Companhia Energética do Rio Grande do Norte IDEMA Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente PEMP Parque Estadual Mata da Pipa RDS Reserva de Desenvolvimento Sustentável REFAUTS Reserva Faunística Costeira de Tibau do Sul RN Rio Grande do Norte SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação SPU Superintendência do Patrimônio da União ZEE Zoneamento Ecológico Econômico

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REGIME JURÍDICO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Regime jurídico especial das unidades de conservação Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC Unidades de Conservação como bens públicos PANORAMA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Divisão das Unidades de Conservação à luz do SNUC Unidades Estaduais de Conservação Ambiental do Rio Grande do Norte Unidades de Proteção Integral Estadual Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves Parque Estadual Mata da Pipa (Pemp) Parque Estadual Ecológico Pico do Cabugy Parque Estadual Florêncio Luciano Unidades de uso sustentável Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guarairas (APA Bonfim-Guarairas) Área de Proteção Ambiental Jenipabu (Apaj) Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais (Aparc) Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una (APA Piquiri-Una) Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RDS Ponta do tubarão) PROBLEMAS JURÍDICOS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Da criação das Unidades de Conservação Da gestão das Unidades de Conservação Unidades de Conservação e Direito de Propriedade Desapropriação Problemas jurídicos das Unidades de Conservação Norte-Rio-Grandenses Problemas jurídicos nas Unidades de Conservação de Proteção Integral Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves Parque Estadual Mata da Pipa (Pemp)...33

11 Parque Ecológico Estadual Pico do Cabugy e Parque Estadual Florêncio Luciano Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guarairas Área de Proteção Ambiental Jenipabu Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais Área de Proteção Ambiental Piquiri-Uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão SOLUÇÕES DEVIDAS PARA AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Quanto à criação das Unidades de Conservação Quanto ao manejo da conservação das Unidades de Conservação Quanto a gestão das Unidades de Conservação Quanto a estrutura física das Unidades de Conservação CONSIDERAÇÕES FINAIS...47 REFERÊNCIAS...49

12 9 1 INTRODUÇÃO Hoje vivemos uma realidade onde diversos países do mundo, desde a segunda metade do século passado, perceberam a necessidade de preservar o meio ambiente para manter uma qualidade de vida e garantir vida para as próximas gerações. Nesse contexto, passou a repercutir pelo mundo o conceito de preservação ambiental. O Brasil, como era de se esperar, aderiu ao movimento e intensificou a produção legislativa em matéria preservacionista. Assim, a Constituição Federal, no seu art. 225, caput, declara que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo às presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988). Esta norma constitucional traz, ainda, o conceito de conservação ecológica, que compreende a preservação, a manutenção, a utilização sustentada, a restauração e a melhoria do ambiente natural. Desta forma, surgiram as Unidades de Conservação, espaços territorialmente protegidos para fauna e flora, em que a proteção se dá em maior ou menor escala, a depender da espécie instituída. Entretanto, ainda existe vasta controvérsia acerca do conceito jurídico dos espaços territoriais especialmente protegidos, bem como do regime administrativo a que são submetidas essas áreas. Ocorre ainda aqui no Brasil, choques entre direito de propriedade e direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, que acabam por se mostrar inevitáveis, e, ao mesmo tempo, bastante intensos. Isto porque, a criação de determinadas Unidades de Conservação não se limita apenas a áreas públicas, o que faz com que os proprietários de áreas privadas terminem por sofrer uma série de restrições, quando não a desapropriação. Aqui, no Estado do Rio Grande do Norte, a realidade é a mesma. As instituições das Unidades de Conservação notadamente possuem diversos conflitos quanto à natureza jurídica dos espaços territoriais especialmente protegidos, o regime administrativo dessas áreas, quanto ao manejo de conservação e até a simples estrutura física de apoio. Diante disso, o presente trabalho se presta a contextualizar o panorama das Unidades de Conservação Norteriograndenses, apresentar as maiores problemáticas e, com base em normas específicas concluir com soluções devidas para correta instituição das áreas protegidas.

13 10 2 REGIME JURÍDICO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 2.1 Regime jurídico especial das unidades de conservação Preambularmente, necessário, definir o que são as unidades de conservação. Como bem explica Benatti (1997), os espaços territoriais especialmente protegidos são áreas geográficas públicas ou privadas (porção do território nacional) dotadas de atributos ambientais que requeiram sua sujeição, pela lei, a um regime jurídico de interesse público que implique sua relativa imodificabilidade e sua utilização sustentada, tendo em vista a preservação e proteção da integridade de amostras de toda a diversidade de ecossistemas, a proteção ao processo evolutivo das espécies, a preservação e proteção dos recursos naturais. Portanto, são espaços naturais sensíveis que merecem alguma forma de proteção jurídica, mas não há necessidade de especificar o local exato, sua localização se dá mais pelo seu bioma 1, por característica de localização geográfica ou pelo papel ecológico desempenhado. Pode-se citar como exemplos desses espaços territoriais a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Pantanal Mato-Grossense, a Serra do Mar, a zona costeira, manguezais, várzeas, dunas, restingas e as florestas que são consideradas como reservas legais e de preservação permanente. Contudo, espaços territoriais especialmente protegidos não são sinônimos de unidades de conservação, pois estas são as espécies daqueles. Como lembra o constitucionalista Silva (1994), um espaço territorial se converte numa unidade de conservação, quando assim é declarado expressamente, para lhe atribuir um regime jurídico mais restritivo e mais determinado. A base constitucional para que o Poder Público possa instituir unidades de conservação está no art. 225, 1º, incisos I, II, III e IV, da Constituição Federal (BRASIL, 1988). Assim, a delimitação dessas áreas será feitas por decreto ou lei, a depender do caso. Porém, a Constituição não permitiu à Administração supressões ou alterações dessas sem o consentimento do Congresso Nacional. O constituinte não proibiu a utilização e exploração econômica dessas áreas, contudo, proibiu utilização que alterasse as características e atributos que deram especial proteção à área. Ainda sob a proteção da Carta Magna, o art. 24 estabelece a competência legislativa concorrente entre a União e os Estados, para temas como florestas e conservação da natu- 1 No glossário do livro de Clements (1949) encontra-se a seguinte definição para bioma: Biome - A community of plants and animals, usually of the rank of a formation: a biotic community. Ele se caracterizaria pela uniformidade fisionômica do clímax vegetal e pelos animais de maior relevância, possuindo uma constituição biótica característica.

14 reza. Sendo neste último caso, o art. 225, 1º, inciso III, estabeleceu a criação de espaços territoriais especialmente protegidos (BRASIL, 1988). Nesse sentido, o ordenamento jurídico estabeleceu normas próprias: a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.918/1981), o Código Florestal (Lei Federal nº /2012) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) (Lei Federal nº 9.985/2000). Contudo, apesar da Carta Constitucional reconhecer, expressamente, a existência desses marcos legislativos no que tange à proteção do meio ambiente, eles não se confundem, segundo o Professor Antunes (2017), o Código Florestal é voltado para a generalidade dos ecossistemas e biomas, e o SNUC especificamente voltado para as áreas merecedoras de proteção especial. Como se demonstrará, ambos não podem ser aplicados simultaneamente sobre um mesmo território, prevalecendo a lei especial sempre que o Poder Público tenha, regularmente, instituído uma Unidade de Conservação, qualquer que seja sua categoria. Do mesmo modo ensina Carlos Maximiliano, se existe antinomia entre a regra geral e a peculiar, específica, esta, no caso particular, tem supremacia. Preferem-se as disposições que se relacionam mais direta e especialmente com o assunto de que trata: In toto jure generi per speciem derogatur, et illud potissimum habetur quod ad speciem directum est em toda disposição do Direito, o gênero é derrogado pela espécie, e considera-se de importância preponderante o que respeita diretamente à espécie (MAXIMILIANO, 2011, p. 111). Em um desfeche, observamos que as discussões quanto a proteção ambiental tomaram corpo após a Constituição de 1988, que determinou que fosse demarcada áreas de especial proteção em razão de seus atributos ambientais (BRASIL, 1988). Em seguida surgiu o SNUC que regulou a matéria. Ou seja, foi determinado as unidades de conservação um regime jurídico especial e, por conseguinte, excluíram a incidência do Código Florestal sobre estas áreas protegidas. Não obstante, quando a Constituição Federal define o direito a meio ambiente ecologicamente equilibrado, ela está querendo dizer que se trata de direito de que todos devem usufruir como condição essencial para vida. Essa ideia já se continha na Lei Federal nº 6.938, de 31 de janeiro de 1981, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente (BRASIL, 1981). No art. 3º, I, define o meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, 2 Cf. BRASIL. Lei nº , de 25 de maio de Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e , de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no , de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 maio Disponível em: < Acesso em: 2 set

15 12 química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. E no artigo 2º, I, o meio ambiente é considerado como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo vista o uso coletivo. (DI PIETRO, 2014, p. 219). 2.2 Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC Como bem já abordado no tópico anterior o SNUC é caracterizado como lei especial a ser aplicada em áreas de especial proteção em razão de seus atributos ambientais. Veio a regulamentar o art. 225, 1º, incisos I, II, III e IV da Constituição Federal. A Lei do SNUC, Lei Federal nº 9.985/2000, de 18 de julho de 2000, foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, que trouxe de forma detalhada importantes aspectos legais condizentes à criação das unidades de conservação. O art. 2º, I do SUNC, conceitua unidade de conservação como [...] espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. (BRASIL, 2000, não paginado). Percebemos que o conceito de unidade de conservação apresenta às perspectivas elencadas pelo Poder Constituinte Originário, quando propõe a conservação de espaços territoriais com ecossistemas relevantes. Mais a frente, veremos que as unidades de conservação são divididas em diversas categorias, todas na iminência de garantir a proteção integral ou sustentável do Meio Ambiente. Assim as unidades de conservação constituem estruturas de gestão participativa que obrigatoriamente devem ser criadas por ato normativo do Poder Público, que pode ser Federal, Estadual ou Municipal, sendo administrada por um órgão que recebe esta responsabilidade de acordo com a unidade de Federação na qual é criada a unidade de conservação. Depreende-se que o Sistema Nacional de Unidade de Conservação, consiste em um importante instrumento de gestão que auxilia na proteção dos ecossistemas brasileiros. O SNUC vislumbra a reestruturação dos ecossistemas danificados pela ação do homem, bem como a proteção dos ecossistemas que ainda não foram objeto da cobiça humana, limitando assim em muito a ação do homem dentro do espaço territorial legalmente criado.

16 Unidades de Conservação como bens públicos A Constituição Federal (art. 225) garante o direito de todos ao desfrute do meio ambiente. Assegura que os indivíduos são detentores de um direito público subjetivo do uso do meio ambiente, sem que isso descaracterize a relação de domínio público e privado que recai sobre as coisas dotadas de relevância ambiental (BRASIL, 1988). O artigo supracitado, da Carta Magna, eleva o meio ambiente ao uso comum do povo. Como bem leciona Floriano Marques Neto, na sua obra Bens Públicos, neste sentido, temos que a locução constitucional nos remete muito mais à garantia do uso por todos e qualquer um, no sentido de que cada indivíduo, presente e de futuras gerações, tem o direito constitucional à fruição deste bem, uso este serviente a sua sadia qualidade de vida. (MARQUES NETO, 2014). Di Pietro (2014) ensina que a expressão uso comum do povo, quando aplicada ao meio ambiente, refere-se a uma coisa incorpórea, que pertence a roda coletividade. trata-se de bem insuscetível de avaliação patrimonial.trata-se de coisas cuja proteção ultrapassa a esfera dos direitos individuais para entrar na categoria dos interesses difusos. Por isso mesmo, o uso do bem está sujeito a normas especiais de proteção, de modo a assegurar que o exercício dos direitos de cada um se faça sem prejuízo do interesse de todos. Malgrado o traço comum que caracterizou as unidades de conservação, sempre apontando para garantir o uso de todos. Nesse raciocínio o Código Civil Brasileiro descreve as classes de bens, considerando a titularidade por um ente público, mas também considerou o objeto a que se destinam, vide: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (BRASIL, 2002, não paginado, grifo nosso). Assim, os bens públicos de uso comum do povo, como o próprio dispositivo transcrito exemplifica, são os rios, mares, estradas, ruas, praças, enfim, aqueles destinados à utilização geral pela coletividade, que deles pode dispor em igualdade de condições e, em regra, sem a necessidade de prévio consentimento do Poder Público.

17 14 Consequentemente, o uso comum, quando afetado a um bem, gera direito a coletividade a acessar este uso. Por isso, que para Floriano Marques Neto são quatro os elementos caracterizadores do uso comum: a) generalidade; b) impessoalidade; c) incondicionalidade; e d) impregnação nas características do bem (MARQUES NETO, 2014). Seguindo a abordagem do r. autor, a generalidade do uso do bem consiste disponibilizar o uso diretamente a todos, independente da situação jurídica. Maria Sylvia di Pietro registra que o uso comum é aberto a todos ou a uma coletividade de pessoas para ser exercido anonimamente, em igualdade de condições sem necessidade de consentimento expresso por toda a Administração (DI PIETRO, 2015). A generalidade aqui tratada liga-se à impessoalidade. O uso comum deve se dar em condições equânimes entre todos os usuários. A isonomia do uso deve ser vista, estritamente, quanto ao uso comum afetado, impedindo que neste bem de uso comum exista outros possíveis usos, de modo a tirar vantagens do modo uniforme para todos os indivíduos. Quanto trata o uso do bem como incondicional, quer dizer que para se utilizar o bem não terá que se atender a condição específica, subjetiva ou individual prévia. A forte característica é a ausência de subordinação do uso a requisitos ou condição que tem que ser atendidas por alguns usuários e outros não. Seguindo a visão de Marques Neto (2014), na impregnação nas características do bem, o bem é determinado pelo uso. A configuração física do bem predica uma tendência a um tipo de uso. Exemplo que o próprio autor cita e fortalece o entendimento das unidades de conservação ser uso de bem comum é no caso do uso comum de bens naturais, tal característica advém da circunstância de que o uso destas coisas da natureza não é exauriente nem excludente. Supostamente todos podem fazer uso sem consumir a coisa, nem impedir o uso de outrem. Disto discorreria a proposição de que, podendo todos usar da coisa natural sem exaurí-la ou sem excluir os demais pretendentes ao uso, tal bem seria necessariamente de uso comum. Desta feita, as unidades de conservação, pelas características acima tratadas, entendemos como de uso comum, uma vez que pressupõe a disponibilidade do bem a uma oportunidade geral, impessoal e incondicionada pelos indivíduos.

18 3 PANORAMA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Divisão das Unidades de Conservação à luz do SNUC Antes de tratarmos especificamente das unidades de conservação do Estado do Rio Grande do Norte importante entender como a legislação específica as define. A Lei do SNUC, Lei Federal nº 9.985/2000, divide as unidades de conservação em duas categorias: as Unidades de Proteção Integral, garantindo a preservação total da natureza; e as Unidades de Uso Sustentável, que permite seu uso de forma controlada (BRASIL, 2000). Ensina Antunes (2017), considerando as unidades de conservação de proteção integral, como os Parques têm como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. É, portanto, uma unidade de conservação aberta à visitação pública, mediante normas previamente estabelecidas. É de se observar, contudo, que o seu regime de visitação é, em tese, mais amplo e liberal do que o vigente em outras unidades de conservação integral. Ele é estabelecido em áreas públicas, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. Enquanto as Unidades de Uso Sustentável são constituídas, conforme o art. 14 do SNUC, pelas: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural (BRASIL, 2000). As unidades de conservação deverão ser criadas através de ato normativo do Poder Público, que deve necessariamente ser precedida por estudos técnicos e consulta pública. Trata, ainda, o art. 27 do SNUC, que as unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo 3, devendo este abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas, devendo este ser elaborado em prazo máximo de 05 (cinco) anos, a contar da data de criação da unidade (BRASIL, 2000). 3 A Lei do SUNC, no art. 2º, inciso XVII, define plano de manejo como documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. (BRASIL, 2000, não paginado).

19 Unidades Estaduais de Conservação Ambiental do Rio Grande do Norte O Estado do Rio Grande do Norte possui atualmente 238 (duzentos e trinta e oito) mil hectares em unidades estaduais de conservação, o que corresponde a 4,5% (quatro vírgula cinco por cento) do seu território. Estas unidades estão localizadas, em sua maior parte, ao longo do litoral potiguar, sendo 2,58% (dois vírgula cinquenta e oito por cento) no ecossistema marinho, 1,08% (um vírgula oito por cento) no ecossistema costeiro, 0,8% (zero vírgula oito por cento) em ecossistema de mata atlântica e o restante na caatinga (INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017a). As unidades de conservação do Rio Grande do Norte legalmente instituídas são 04 (quatro) unidades de Proteção Integral, sendo eles: Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves, Parque Ecológico Pico do Cabugi, Parque Estadual Mata da Pipa e Parque Florêncio Luciano; e 05 (cinco) unidades de Uso Sustentável, sendo elas: Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíra, Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una, Área de Proteção Ambiental Jenipabu, Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais e Reserva de Desenvolvimento Sustentável estadual Ponta do Tubarão. Vide mapa do Rio Grande do Norte com as unidades de conservação estaduais (figura 1) (INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017c). Figura 1 - Mapa do RN com as unidades de conservação estaduais

20 17 Fonte: Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte (2017c) A gestão destas unidades compete ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN), o qual planeja, define, propõe a criação, implanta e administra as Unidades Estaduais de Conservação de forma participativa, assegurando a proteção da natureza e qualidade de vida das gerações presentes e vindouras. 3.3 Unidades de Proteção Integral Estadual Essas unidades de conservação têm por objetivo primordial a preservação da natureza, sendo permitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. Entende-se como uso indireto aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição; conforme art. 2º, inciso IX, da Lei Federal nº 9.985/2000 (BRASIL, 2000). As legislações e doutrinas específicas reconhecem a existência, das seguintes unidades de conservação no núcleo deste grupo: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre. No Rio Grande do Norte, atualmente, só existem Parques. O Decreto Estadual nº , de 05 de setembro de 1977, aprovou o regulamento dos Parques Estaduais (RIO GRANDE DO NORTE, 1977a). De acordo com o Decreto Estadual supracitado, os Parques Estaduais são bens do Estado do Rio Grande do Norte, instituídos pelo Governo Estadual e administrados pelo

21 18 órgão ambiental, executor da política estadual de controle e preservação do meio ambiente, e destinado ao uso comum do povo, sendo submetidos à condição de inalienabilidade e indisponibilidade, no seu todo ou em parte, ficando vedado qualquer empreendimento público ou privado, bem como atividade, que venha alterar ou comprometer os objetivos de sua instituição (RIO GRANDE DO NORTE, 1977a) Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves 4 O Parque das Dunas, como é conhecido pela população potiguar e denominada em seu decreto de criação, é o único parque urbano sobre dunas no Brasil. Localizado em Natal, possui uma área de (um mil, cento e setenta e dois) hectares. Criado por meio do Decreto Estadual nº 7.237, de 22 de novembro de 1977, foi a primeira Unidade de Conservação do Rio Grande do Norte. Em 19 de janeiro de 1979, o Decreto Estadual nº 7.538, aprovou a regulamento do Parque das Dunas. Tratando de seus objetivos e de sua constituição, áreas de preservação, áreas e locais de interesse turístico, zona especial de uso controlado, da Via Costeira e outras disposições (RIO GRANDE DO NORTE, 1979a). Porém, a finalidade da criação do Parque das Dunas apresenta-se no Decreto Estadual nº 7.237/1977 5, garantindo que sua finalidade é preservar a topografia e a respectiva vegetação, razão do seu valor paisagístico e da função que desempenha as dunas na formação dos lençóis de água subterrânea, bem como disciplina a ocupação do solo através da implantação de uma adequada infraestrutura viária e urbanística de acordo com os estudos técnicos promovidos pelo Poder Executivo (RIO GRANDE DO NORTE, 1977b). Podemos, então, dizer que o Parque das Dunas, contribui tanto na recarga do lençol freático da cidade quanto na purificação do ar. Seu ecossistema de dunas é rico e diversificado, abriga uma fauna e flora de grande valor bioecológico, que inclui espécies em processo de extinção. Ressalvamos que o Decreto Estadual de criação declara de utilidade pública, para fins de desapropriação, bens situados na área das dunas, adjacentes ao Oceano Atlântico, no município do Natal (RIO GRANDE DO NORTE, 1977b). Para atender a essa finalidade, o próprio decreto instituiu que o Governo Estadual solicitaria aos Governos da União e do Município do Natal a cessão das áreas dos seus respectivos domínio. E, autorizou a Procuradoria 4 Por meio da Lei Estadual nº 6.789, de 14 de julho de 1995, passou a denominar-se PARQUE ESTADUAL DUNAS DE NATAL JORNALISTA LUIZ MARIA ALVES. 5 Cf. art. 2º do Decreto Estadual nº 7.237/1977 (RIO GRANDE DO NORTE, 1977b).

22 19 Geral do Estado, como representante judicial, adotar as medidas necessárias quanto à transferência da respectiva área ao domínio do Estado. Assim, por meio de Decreto Federal nº , de 22 de novembro de 1978, ficou autorizado a cessão, sob o regime de aforamento, ao Estado do Rio Grande do Norte, do terreno de marinha e acrescidos, no trecho compreendido entre os bairros de Ponta Negra e Areia Preta, com a área, aproximada, de ,00m² (quatrocentos e dezenove mil metros quadrados), limitando-se, ao norte, com o imóvel nº 316 da Avenida Governador Sílvio Pedrosa e, ao sul, com o imóvel nº 58 da Avenida Beira Mar, no Município de Natal, Estado do Rio Grande do Norte 6 (BRASIL, 1978). Nessa diapasão, o Decreto Estadual nº 7.717, de 18 de outubro de 1979, declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação, bens situados na orla marítima entre as praias de Areia Preta e Ponta Negra (RIO GRANDE DO NORTE, 1979b). E a Portaria Federal nº 110, de 07 de fevereiro de 1980, autoriza Superintendência do Patrimônio da União a promover a cessão, sob regime de aforamento, ao Estado do Rio Grande do Norte, do terreno situado no bairro de Lagoa Nova, com área aproximada de m² (seiscentos e dois mi metros quadrado) (BRASIL, 1980). Em 06 de fevereiro de 1985, por meio do Decreto Estadual nº 9.193, declarou como de utilidade pública cinco lotes de terrenos, equivalente a uma superfície de 4.950m² (quatro mil, novecentos e cinquenta metros quadrado), situado na Praia de Ponta Negra. Essa área destina-se à execução complementar do plano urbanístico denominado Parque das Dunas/Via Costeira, no trecho de ligação com estrada Natal-Ponta Negra (RIO GRANDE DO NORTE, 1985). A regulamentação deste decreto se deu por meio do Decreto Estadual nº , de 13 de fevereiro de 1989, que, também, disciplinou a ocupação da Via Costeira, na área compreendida entre a via de tráfego e a faixa da Marinha (RIO GRANDE DO NORTE, 1989a). Como visto, todas as legislações apontadas tratam, especificamente, quanto a regularização da área declarada como um bem público. Não obstante, importante esclarecer que o Plano de Manejo 7 foi aprovado pelo Decreto Estadual nº , de 07 de junho de 1989 (RIO GRANDE DO NORTE, 1989b) Parque Estadual Mata da Pipa (Pemp) 6 Cf. arts. 1º e 2º do Decreto Federal nº /1978 (BRASIL, 1978). 7 Segundo o art. 2º, inciso XVII da Lei do SNUC, o Plano de Manejo é documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade (BRASIL, 2000).

23 20 Este Parque foi instituído, por meio do Decreto Estadual nº , de 12 de setembro de 2006, a partir da transformação de parcela da Unidade de Conservação da Área de Proteção Integral Bonfim/Guarairas, o qual veremos no tópico das Unidades de Conservação de Uso Sustentável (RIO GRANDE DO NORTE, 2006). O objetivo da criação do Pemp é a preservação da mata atlântica remanescente na área, dotada de grande relevância ecológica e beleza cênica, e também, a necessidade de proteção e conservação das formações naturais do litoral norte-rio-grandense, além de possibilitar a realização de pesquisas científicas, incentivar atividades de educação e interpretação ambiental e turismo ecológico, oferecendo à comunidade alternativas de espaço para recreação. O Parque Estadual Mata da Pipa está localizado no município de Tibau do Sul e apresenta uma área de 290,88 ha (duzentos e noventa vírgula oitenta e oito hectares). O plano de Manejo foi instituído pela Portaria Estadual nº 066/2014, emitida pelo Diretor Geral, à época, do Idema, além de aprovado em reunião no Conselho Gestor Parque Estadual Ecológico Pico do Cabugy Este Parque possui ha (dois mil, cento e sessenta e quatro hectares) e foi regulamentado pelo Decreto Estadual nº , de 16 de março de 2000, que regulamenta a Lei Estadual nº , de 07 de dezembro de 1988 (RIO GRANDE DO NORTE, 2000a). O Pico do Cabugy é uma formação geológica que se eleva a 590m (quinhentos e noventa metros) de altitude e apresenta diversidade significativa, pois é um dos raros remanescentes da atividade vulcânica no território nacional, e o seu pico e entorno é caracterizado pela existência de vegetação específica da caatinga. Essas principais características é o fator de atração de visitantes motivados pela prática de turismo ecológico, de aventura, pedagogia e contemplativo, o que leva a necessidade de criação de instrumentos jurídicos capazes de ordenar o uso e a ocupação do parque, possibilitando dotar o local de uma infra estrutura de apoio ao ecoturismo e ao desenvolvimento de atividades científicas, sem depreciar o meio ambiente. 8 Toda Unidade de Conservação (UC) tem um conselho gestor, que tem como função auxiliar o chefe da UC na sua gestão, e integrá-la à população e às ações realizadas em seu entorno (BRASIL, 2017). 9 Cf. RIO GRANDE DO NORTE. Lei nº 5.823, de 07 de dezembro de Dispõe sobre a criação e proteção do Parque. Ecológico do Cabugy e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 10 set

24 Parque Estadual Florêncio Luciano Criado, por meio do Decreto Estadual nº , de 10 de agosto de 1988, de área desapropriado pelo Governo do Estado da bacia da barragem construída no local denominado Boqueirão de Parelhas. Possui 446,02 ha (quatrocentos e quarenta e seis vírgula dois hectares) de área total, localizado no município de Parelhas (RIO GRANDE DO NORTE, 1988). O Parque Estadual Florêncio Luciano, foi criado com a destinação de constituir a reserva ecológica e ao desenvolvimento de atividades produtivas. 3.4 Unidades de uso sustentável As Unidades de Proteção de Uso Sustentável visa conciliar o uso sustentável dos recursos naturais com a conservação da natureza, por isso admitem atividades que envolvem coleta e uso dos recursos naturais, mas desde que praticado de forma que os recursos ambientais renováveis e os processos ecológicos estejam assegurados. São sete as categorias de uso sustentável, sendo: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva Particular do Patrimônio Natural e Reserva Extrativista. No Estado do Rio Grande do Norte há quatro Áreas de Proteção Ambiental (APA) e uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). De acordo com a Lei Federal nº 9.985/ SNUC, essas unidades apresentam as seguintes características e objetivos (BRA- SIL, 2000): Art. 15: Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. [...] Art. 20: Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da

25 22 diversidade biológica. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. (BRASIL, 2000, não paginado). Assim, o Rio Grande do Norte (RN) possui a Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guarairas, Área de Proteção Ambiental Jenipabu, Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais, Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guarairas (APA Bonfim-Guarairas) Por meio do Decreto Estadual nº , de 22 de março de 1999, foi criado esta APA, situada nos municípios de Nísia Floresta, São José de Mipibu, Goianinha, Senador Georgino Avelino, Tibau do Sul e Arês. Possui uma área superior a hac (quarenta e dois mil hectares) (RIO GRANDE DO NORTE, 1999). O objetivo da APA Bonfim-Guarairas é ordenar o uso, proteger e conservar os ecossistemas dunas, mata atlântica e manguezal, bem como as lagoas, rios e demais recursos hídricos, como também, as espécies vegetais e animais. Assegurando assim, a preservação ambiental de uma extensa área de tabuleiros, dunas, dezenas de lagoas, bem como o importante Complexo Lagunar de Bonfim e Papeba-Guarairas, região de intensa atividade turística e presença de cultivo de camarão. Considerando sua extensão territorial, configura-se como a maior Unidade Estadual de Conservação em área emersa do Estado do Rio Grande do Norte. Em seu interior existe a Floresta Nacional de Nísia Floresta 10, o Parque Estadual Mata da Pipa e a Reserva Faunística de Tibau do Sul 11. Há ainda, no interior da APA Bonfim-Guarariras um posto avançado da reserva biosfera da mata atlântica, representado pelo Santuário Ecológico de Pipa, no município de Tibau do Sul. 10 Unidade de Conservação Federal. Flona de Nísia Floresta. Criado em 27 de setembro de Possui 168,84 (cento e sessenta e oito vírgula oitenta e quatro) hectares (RIO GRANDE DO NORTE, 1999). 11 A Reserva Faunística Costeira de Tibau do Sul (Refauts) foi instituída por meio do Decreto nº 14, de 17 de março de 2006, visando resguardar a fauna marinha e costeira e organizar o uso do território no município de Tibau do Sul (RIO GRANDE DO NORTE, 1999).

26 Área de Proteção Ambiental Jenipabu (Apaj) A APAJ foi criada por meio do Decreto Estadual nº , de 17 de maio de 1995, está situada nos municípios de Extremoz e Natal, com uma área de hac (mil, oitocentos e oitenta e um hectar). Seu objetivo é ordenar o uso, proteger e preservar os ecossistemas de praias, mata atlântica e manguezal, bem como as lagoas, rios e demais recursos hídricos, além das dunas e das espécies vegetais e animas. Assegurando assim, a preservação ambiental de uma área de tabuleiro, dunas, bem como o Complexo Dunar de Jenipabu, região de intensa atividade turística (RIO GRANDE DO NORTE, 1995). Esta APA é a que possui maior potencial turístico, chegando a ser o cartão postal do Estado, por isso foi estabelecido normas de uso e metas ambientais específicas que garantem a proteção dos recursos naturais, recuperação de áreas degradas e promoção do desenvolvimento sustentável, por meio do zoneamento ecológico econômico 12, Lei Estadual nº 9.254, de 06 de outubro de 2009 (RIO GRANDE DO NORTE, 2009). Cabe destacar que a atividade de passeio de buggy nas Dunas de Jenipabu está estabelecida há vários anos, antes do ordenamento apresentado pelo zoneamento, por meio do Decreto Estadual nº , de 12 de setembro de 2006 (RIO GRANDE DO NORTE, 2006) Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais (Aparc) A Área de Proteção Ambiental Recifes de Corais foi criada por meio do Decreto Estadual nº , de 06 de junho de 2001, abrangendo a região marinha compreendendo a faixa costeira dos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros, com uma área de mais de hac (cento e trinta e seis mil hectares) (RIO GRANDE DO NORTE, 2001). O objetivo da Aparc é proteger a biodiversidade e a vida marinha presentes na área com ocorrência de recifes de corais e suas adjacências; controlar e normatizar as práticas de ecoturismo comercial, do mergulho e pesca local; desenvolver na comunidade local, nos empreendimentos e nos visitantes uma consciência ecológica e conservacionista sobre o patrimônio natural e os recursos ambientais marinhos; incentivar a utilização de equipamentos de pesca artesanal ecologicamente correto e incentivar a realização de pesquisas para a identifi- 12 O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) trata-se de um instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, o qual estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população (SIRVINSKAS, 2015)

27 24 cação e o comportamento dos organismos marinhos, visando propiciar um maior conhecimento do ecossistema 13. Esta APA é um dos pontos turísticos mais visitado no RN. Considerando a biodiversidade marinha presente na Aparc com a ocorrência de recifes de corais (o mais diverso habitat marinho do mundo), podendo haver a prática de mergulho submarino, visitação aos bancos de corais, pesca artesanal e pesquisas científicas, tudo em face às belezas naturais da região marinha que abrange a faixa costeira dos municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros. A Aparc possui Plano de Manejo e Zoneamento, pois é necessário manter o controle turístico e diminuir pressões antrópicas impostas aos ambientes recifais, os famosos Parrachos de Maracajaú, Rio do Fogo e Perobas. Uma das principais regras de controle é a limitação de quotas diárias de visitação turística; para cada visitantes é cobrada uma tarifa ambiental, definida por meio da Portaria Idema nº 027/2013 (INSTITUTO DE DESENVOLVI- MENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017b) Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una (APA Piquiri-Una) A APA Piquiri-Una foi criada pelo Decreto Estadual nº , de 06 de junho de 1990, com uma área de hac (doze mil hectares) (RIO GRANDE DO NORTE, 1990). No entanto seus limites foram ampliados, por meio do Decreto Estadual nº , de 22 de março de 2011, passando a ter uma área de ,45 hac (quarenta mil, setecentos e sete vírgula quarenta e cinco hectares), situada nos municípios de Goianinha, Canguaretama, Espírito Santo, Pedro Velho e Várzea (RIO GRANDE DO NORTE, 2011). Os objetivos da APA foram tratados no Decreto Estadual nº , de 18 de setembro de 2012, o qual acresceu o parágrafo único no art. 1º do Decreto Estadual nº /2011 (RIO GRANDE DO NORTE, 2012). Assim, o objetivo da APA Piquiri-Una é proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, pois a maior característica é a presença dos biomas da mata atlântica e da caatinga, assim como os rios que compõem as sub-bacias dos Rios Curimataú, Catú e Jacú. A Portaria nº 167-Idema, de 01 de novembro de 2013, instituiu o Plano de Manejo da APA Piquiri-Una, definindo estratégias de atuação, nas áreas de fiscalização e educação 13 Cf. Decreto Estadual nº /2001, art. 1º, parágrafo único, incisos I, II, III, IV e V (BRASIL, 2001).

28 25 ambiental. Por meio deste mesmo ato foi instituído, também o zoneamento da APA, estabelecendo normas de uso e metas ambientais específicas para cada zona, visando à proteção dos recursos naturais, recuperação de áreas degradadas e a promoção do desenvolvimento sustentável (INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2013) Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RDS Ponta do tubarão) A RDS Estadual Ponta do Tubarão, foi criado por meio da Lei Estadual nº 8.349, de 18 de julho de 2003, possui uma área de, aproximadamente, ha (treze mil hectares) de extensão, situada nas regiões de Diogo Lopes e Barreiras, nos municípios de Macau e Guamaré (RIO GRANDE DO NORTE, 2003). A RDS tem como objetivo preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais pelas populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações.

29 26 4 PROBLEMAS JURÍDICOS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Conforme já tratado nos tópicos acima, a base constitucional para que o Poder Público institua uma unidade de conservação está amparado no art. 225, 1º, inciso III da Constituição Federal. Assim, observamos que a norma constitucional estabelece uma obrigação de fazer, cujo destinatário é o Poder Público, nos seus três níveis de administração. Sendo a demarcação das áreas protegidas feita com base no poder de polícia e de delimitação legal do exercício dos direitos individuais em benefício da coletividade. Assim, não há que se falar em uma limitação de direitos, o que ocorre é a necessidade de seu exercício dentro das balizas traçadas pela lei. Essas áreas protegidas são as unidades de conservação, que seu grau de preservação é variável, podendo ser intocáveis ou de uso diário, dependendo da categoria. A criação das unidades de conservação é um passo concreto em direção da preservação ambiental, podendo ser públicas ou privadas. Ressaltamos que as unidades de conservação são regidas por lei específica. Assim todas as unidades integrantes da Lei da SNUC devem adotar o modelo preceituado na Lei Federal, nº 9.985/2000, a qual estabelece hierarquia organizacional, representa avanços nas diretrizes e procedimentos para criação, implantação e gestão das unidades de conservação. O SNUC criou, inclusive, mecanismos de participação popular na gestão da conservação (BRA- SIL, 2000). Porém, mesmo com o advento da Lei do SNUC, há várias situações jurídicas a serem enfrentadas e, a principal delas é que a grande parte das unidades de conservação foram instituídas sem compreender a devida regularização fundiária. Somente com a efetiva implementação das unidades de conservação é que os objetivos dessas áreas poderão ser atingidos. A exemplo, o modelo de gestão das unidades, pois, atualmente, apresentam mais caráter administrativo do que de manejo. A falta de plano de manejo é um dos requisitos que dificulta a implementação. Há, ainda, a criação dos conselhos gestores das unidades, somente após a Lei do SNUC que passaram a ser obrigatórios na gestão, e mesmo assim, é necessário fortalecer a participação social, de forma que a população local e setores envolvidos compreendam os benefícios sociais e econômicos.

30 Da criação das Unidades de Conservação Considerando que a maior resistência ao tratar das unidades de conservação é a regularização fundiária, entendemos que a criação dessas unidades estão diretamente ligadas, vejamos o art. 22, da Lei Federal nº 9.985/2000: Art As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. [...] 2º - A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. 3º - No processo de consulta de que trata o 2º, o Poder Público é obrigado a fornecer informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas. [...] 6º - A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no 2º deste artigo. 7º - A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. (BRASIL, 2000, não paginado). Da leitura do artigo supracitado, observamos que as unidades de conservação são criadas por ato do poder público, de acordo com expressa determinação constitucional, assim, ao administrador não é possível deixar de criar em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos (ANTUNES, 2017, p. 968). Percebemos, também, que não foi exigido que as unidades de conservação fossem criadas por lei, motivo pelo qual temos unidades criadas por lei e decretos. Doravante, entendemos que a delimitação das áreas protegidas somente poderá ser feita por lei. É o que assegura a Constituição Federal quanto a supressão e alteração das áreas protegidas, que somente poderão ser feitas por lei em sentido formal e específica, conforme art. 225, inciso III, 1º da Constituição Federal (BRASIL, 1988). Todavia, nem só a desafetação 14 e a redução dos limites de uma área de conservação exigem lei específica, a alteração das finalidades dessa unidade também. A Lei do SNUC, 14 A desafetação é o fato ou manifestação de vontade do poder público, mediante o qual o bem de domínio público é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao domínio privado do Estado ou do administrado (CRETELLA JÚNIOR apud MACHADO, 2004).

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