Rua do Horto, 931 Horto Florestal São Paulo CEP Tel.:
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- Armando Lage Aires
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1 1. Introdução O presente documento trata de informações referente à zona de amortecimento do Parque Estadual Cantareira. As informações aqui prestadas tem o objetivo de contribuir com a construção do plano de arborização baseado em um diagnóstico participativo e integrado entre as diferentes instituições e agentes que atuam direta ou indiretamente com a temática arborização na região que compreende a atuação da Subprefeitura Jaçanã/Tremembé, abrangendo a face sul da unidade de conservação. Face ao exposto serão apresentadas a seguir o conteúdo definido no plano de manejo da unidade aprovado em 2009, que versa sobre os objetivos da zona de amortecimento e das restrições quanto as atividades a serem realizadas nessa área. 2. Parque Estadual da Cantareira e as restrições de uso na Zona de Amortecimento O Parque Estadual da Cantareira com 7.916,52 hectares de florestas protegidas, representa o mais importante remanescente florestal, localizado em uma zona da Região Metropolitana de São Paulo extremamente complexa do ponto de vista da dinâmica do uso da terra. Criado com o objetivo original de proteção aos mananciais para garantir um importante serviço ambiental de abastecimento de água para a Região Metropolitana de São Paulo, o Parque Estadual da Cantareira tornou-se um dos maiores remanescentes florestais, com extensão, representatividade e diversidade na região da Serra da Cantareira e um referencial em áreas urbanas protegidas. Quanto a qualidade da água, de forma geral as águas superficiais do Parque conservam as características naturais de ambientes não perturbados. Uma das características que contribui para isso é o fato de que, exceto em uma das subbacias, o fluxo de água da sua rede de drenagem se dá do interior do Parque para a área externa. Destaca-se, portanto a importância do Parque na conservação destes recursos hídricos.
2 De acordo com a Lei 9.985/2000, art. 25 que versa sobre a zona de amortecimento (ZA) das unidades de conservação, o PEC possui sua zona de amortecimento estabelecida através do plano de manejo aprovado em 2009, tendo como objetivo geral Proteger e recuperar os mananciais, os remanescentes florestais e a integridade da paisagem na Zona de Amortecimento do Parque Estadual da Cantareira, para garantir a manutenção e recuperação da biodiversidade, dos seus recursos hídricos e dos corredores ecológicos existentes. 2.1 Usos ou atividades não permitidas na zona de amortecimento do PEC dentro do Município de São Paulo A seguir são apresentadas os usos ou atividades não permitidas para toda ZA no Municipio de São Paulo combinada com o respectivo diretor da cidade: plano Corte raso de vegetação em um quilômetro de raio do limite do Parque Estadual da Cantareira; exceto na Zona Especial de Interesse Social, desde que contemple compensação florestal com faixa de proteção mínima de 50 metros do limite do Parque. Ampliação de ocupação dos lotes acima de 20% da taxa de ocupação atual nas ZPDS, ZEPEC, ZER, ZEPAM e ZEPAG; Ampliação da impermeabilização dos lotes acima de 20% da taxa de ocupação atual nas ZPDS, ZEPEC, ZER, ZEPAM e ZEPAG; Ampliação de áreas de pecuária e melíferas (exótica) nas ZPDS, ZEPAM e ZEPAG; Abertura de estradas ou rodovias em superfície na ZEPEC, ZEP, ZEPAG, ZEPAM e ZPDS; Ampliação de vias de circulação e estradas secundárias na ZEPEC, ZEP, ZEPAG, ZEPAM e ZPDS; Implantação de novos aterros sanitários, industriais, inertes ou semelhantes nas ZEPAG;
3 Implantação de novas áreas de mineração de granito na ZEPAG; Instalação de novas áreas de produção de pinus sp nas ZPDS, ZEPAG e ZLT. 2.2 Uso ou atividade recomendável para toda a ZA no município de São Paulo: Criação de UCs de proteção integral; Criação de Parques urbanos; Criação de Parques Lineares; Aumento de área de praças e jardins existentes; Em terrenos vagos avaliar a possibilidade de criação de áreas verdes; Nas ZPAG, incentivar a adoção de agricultura sustentável; Nas ZPAG, incentivar o uso de recreação e lazer nas áreas após o encerramento da atividade minerária; Permitir áreas de produção de eucalipto nas ZPDS, ZPAG, ZM e ZLT como alternativa econômica sem necessidade de corte de vegetação nativa e sob fiscalização do município Na Subprefeitura do Jaçanã/Tremembé, a Zona de Amortecimento engloba um setor da Macrozona de Reestruturação e Qualificação Urbana enquadrada como Zona Exclusivamente Residencial de Baixa Densidade. Esta área urbana denominada Bairro jardim foi incluída na Zona de Amortecimento com o objetivo de garantir a manutenção de suas características que exercem uma menor pressão sobre o Parque Estadual da Cantareira, ou seja, densidades demográfica e construtiva baixas, propriedades de médias a grandes dimensões e presença significativa de vegetação nasruas e jardins. Levando-se em consideração as atividades que colaboram com a perda de fragmentos florestais significativos na zona de amortecimento na face sul do PEC, destaca-se a instalação do empreendimento rodoanel Mario Covas-trecho norte, que margeia a unidade de conservação desde da região de Taipas até o Municipio de Guarulhos. Além do Rodoanel, podemos mencionar ainda as ocupações irregulares no entorno do núcleo engordador
4 no bairro da Barrocada, Av. Sezefredo Fagundes e Fernão Dias. Ainda na região da Fernão Dias, algumas áreas estão sendo utilizadas como botafora, sendo que a atividade tem provocado soterramento de parte da vegetação nativa existente no local. Diante desse cenário temos de considerar que a Área de Entorno ou a Zona de Amortecimento das Unidades de Conservação estão intimamente relacionadas com a manutenção da conectividade, palavra de significado amplo, mas que em termos da sobrevivência das espécies, está relacionada com a possibilidade de assegurar a existência do fluxo gênico entre fragmentos de diferentes tamanhos e com isso reduzir o efeitos negativos da endogamia. Outra importante função dos remanescentes florestais da ZA é a de minimizar os impactos físicos diretos na UC, como intensificação de processos erosivos, contaminação de recursos hídricos e altaração da drenagem natural. Nesse sentido, incide impactos significativos para a manutenção dos processos ecólogicos nos fragmentos florestais de menor tamanho por interromper ou excluir uma área utilizada para alimentação ou abrigo para fauna nativa. A perda de cobertura vegetal nativa na ZA incidi ainda mais sobre esses fragmentos de menor tamanho que juntos formam uma rede de fragmentos que se interligam com a UC. Isso porque, invariavelmente ações de supressão nesses fragmentos dificultam o deslocamento de fauna e podem ocasionar o afugentamento da mesma para residências e vias de circulação de veículos. Além de todos os aspectos mencionados quanto a perda de cobertura vegetal no entorno da UC, temos que ressaltar que as ocupações desordenadas no entorno do Parque afetam significativamente as pressões à unidade com relação ao aumento de caça a animais silvestres, captações irregulares de água e efeito de borda.
5 Registros Fotográficos da Zona de Amortecimento do PEC Nucleo Engordador Foto 1: Vista das ocupações a beira da Rodovia Fernão Dias. Foto 2: Vista das ocupações entre a Rodovia Fernão Dias e a Av. Coronel Sezefredo Fagundes.
6 Foto 3: Vista de outro ângulo das contruções Foto 4: Note que a paisagem era composta por vegetação nativa antes das construções
7 Foto 5: Área utilizada como bota-fora Foto 6: Vista de outro ângulo da área de descarte.
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