TERMO DE OBRIGAÇÕES A CUMPRIR

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1 TERMO DE OBRIGAÇÕES A CUMPRIR O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, inscrito no CNPJ sob o n / , com sede na Rua Urucuia, n 48, Bairro Floresta, Belo Horizonte MG, CEP , neste ato representando pela sua Presidente Yula de Lima Merola. CONSIDERANDO que é direito do cidadão receber dos Entes Públicos a prestação de assistência farmacêutica e que o acesso à saúde deve ser garantido a todos de forma universal, igualitária e plena, nos termos do disposto nos art.196 a art.200 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1.988; CONSIDERANDO que os Municípios, nos termos do disposto no artigo 30, VII, da Constituição da República Federativa do Brasil de e, nos termos da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1.990, art.6, I, d, devem prestar serviços de saúde à população; e que tais serviços incluem a prestação da assistência farmacêutica; CONSIDERANDO que a dispensação de medicamentos, definida no inciso XV do artigo 4º da Lei n 5.991, de 17 de dezembro de 1.973, é atividade privativa do profissional farmacêutico, nos termos do artigo 1º, inciso I, do Decreto nº , de 07 de abril de 1981; CONSIDERANDO que a dispensação de medicamentos somente pode ser realizada nos estabelecimentos discriminados no artigo 6º da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973; CONSIDERANDO o disposto na Portaria n 344, de 12 de maio de 1.998, da ANVISA, que aprova o Regulamento Técnico sobre substancias e medicamentos sujeitos a regime de controle especial e que tal regulamento, em seu Art.67, é expresso ao determinar que tais produtos devem ficar sob a guarda do profissional farmacêutico; CONSIDERANDO o disposto na Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA RDC n 20, de 05 de maio de 2011, que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação; 1

2 CONSIDERANDO a Resolução n 577, de 25 de julho de 2013, do Conselho Federal de Farmácia, que dispõe sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de empresas e estabelecimentos que, dispensam, comercializam, fornecem e distribuem produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos para a saúde; CONSIDERANDO que o Município não possui, atualmente, profissionais farmacêuticos em seus quadros suficientes para assegurar a assistência farmacêutica nas farmácias públicas, nos termos do que exigem a Lei n /2014 e a Lei n 5.991/73, bem como as Resoluções n 577/2013 e n 579/2013 do Conselho Federal de Farmácia; CONSIDERANDO a Resolução SES nº 3792/2013 que Estabelece normas gerais sobre a presença de profissionais farmacêuticos em hospitais de pequeno porte, Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento; CONSIDERANDO o intuito do Município de reorganizar a Assistência farmacêutica; CONSIDERANDO que o Conselho de Farmácia, dentro das atribuições legais lhe foram conferidas pela Lei 3.820/1960, fiscaliza os estabelecimentos farmacêuticos com o fim de apurar se as atividades farmacêuticas desempenhadas em tais locais são desenvolvidas por profissional habilitado e devidamente registrado no Conselho de Profissão, in casu, Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais CRF/MG; CONSIDERANDO que os fiscais do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, em cumprimento ao dever legal imposto aos mesmos, se dirigem aos estabelecimentos farmacêuticos pertencentes ao Município para fiscalizá-los e procedem à autuação desses sob o fundamento da inexistência de profissional farmacêutico no desempenho da atividade de farmácia, aplicando, após o devido processo administrativo, a multa prevista no parágrafo único do Art.24 da Lei n 3.820/60; CONSIDERANDO a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 do Ministério da Saúde que regulamenta os Núcleos Ampliado de Saúde da Família (NasF) e a Portaria de 28 de dezembro de 2012 do Ministério da Saúde. 2

3 CONSIDERANDO a LEI COMPLEMENTAR No 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 (Lei da Responsabilidade Fiscal) que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Firmam o presente TERMO DE OBRIGAÇÕES A CUMPRIR, consoante as cláusulas e condições seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA DO OBJETO 1. Constitui objeto do presente Termo a fixação de parâmetros de conduta para as partes, atribuindo-lhes responsabilidades, para que os estabelecimentos farmacêuticos pertencentes ao Município de XXXXXXXXXx MG tenham farmacêutico, responsável técnico, nos termos da legislação vigente, em especial a Lei n /2014 e Lei n 5.991/73, bem como e Resoluções nº577/2013 e n 579/2013 do Conselho Federal de Farmácia. CLÁUSULA SEGUNDA OBRIGAÇÕES 2.1. São obrigações do Município de XXXXXXX /MG: Providenciar para que todos os estabelecimentos farmacêuticos pertencentes ao Município tanto aqueles em funcionamento, como aqueles que vierem a ser instalados, possuam registro nos quadros do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais e Farmacêutico Responsável Técnico Providenciar para que todos os estabelecimentos farmacêuticos pertencentes ao Município tanto aqueles em funcionamento, como aqueles que vierem a ser instalados, venham ter a presença e assistência técnica de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento dos mesmos de acordo com o tipo de estabelecimento. (Tabela em anexo) Providenciar a Certidão de Regularidade, até 31 de março de cada exercício, ou quando houver alteração de horário de funcionamento ou de farmacêutico responsável 3

4 técnico, a contar da assinatura do presente termo para as unidades farmacêuticas Municipais em funcionamento Providenciar para que, a cada exercício, sejam contratados profissionais em número suficiente para assegurar assistência farmacêutica em horário integral de funcionamento dos estabelecimentos farmacêuticos pertencentes ao Município Tendo em vista o disposto no art.23 da Lei de Responsabilidade Fiscal e conforme a proposta de assistência farmacêutica enviada pelo Município, para o ano de XXXXX, a Certidão de Regularidade será expedida, após análise dos requerimentos assinados pelo farmacêutico e representante legal do município conforme o tipo de estabelecimento: Tipo de estabelecimento Farmácia sem dispensação de medicamentos da Port. 344/98 e Antimicrobianos Farmácia de Centro de Saúde Farmácia de Unidade Mista/Policlínica Farmácia de todos Horário de assistência farmacêutica Não precisa declarar horário de assistência Durante todo horário de funcionamento da farmácia Durante todo horário de funcionamento da farmácia Durante todo horário de funcionamento da farmácia Farmácia privativa de Pronto atendimento/upa Farmácia privativa de Hospital De acordo com a Deliberação 02/2018 do CRF/MG De acordo com a Deliberação 02/2018 do CRF/MG O prazo de adequação será até 31 de agosto de 2019, data final para envio dos documentos necessários para expedição da Certidão de Regularidade de todos os estabelecimentos farmacêuticos Nas unidades farmacêuticas sem dispensação ao usuário de medicamentos da Portaria 344/98 e de Antimicrobianos, cada farmacêutico poderá ser Responsável Técnico por até 09 (nove) estabelecimentos conforme a modalidades do NASF e o número de equipes vinculadas e não estarão obrigados a declarar horário de assistência; Nos estabelecimentos constantes do item 2.1.7, poderão ser administrados, no ato do atendimento médico e para uso ambulatorial, em caráter de urgência, medicamentos da 4

5 Portaria 344/98 e de antimicrobianos, sob a responsabilidade do farmacêutico Diretor técnico da respectiva unidade, devendo as doses complementares, após a devida prescrição médica, serem dispensadas por farmácia devidamente supervisionada por farmacêutico responsável técnico presente durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento Os farmacêuticos Responsáveis pelas Farmácias sem dispensação de medicamentos da Port. 344/98 e antimicrobianos devem protocolar junto com o requerimento para obtenção de Certidão de Regularidade projeto de atenção/cuidado farmacêutico que será desenvolvido nas unidades de saúde São responsabilidades do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais: Proceder à fiscalização, no intuito de verificar o cumprimento do presente Termo, assegurando, assim, a continuação da validade do mesmo Emitir as Certidões de Regularidade para os estabelecimentos da estrutura do Município que possuírem assistência farmacêutica, para o presente exercício conforme acordado no presente Termo. CLÁUSULA TERCEIRA COMINAÇÕES: 3.1 O descumprimento injustificado por parte do Município de xxxxxxxxx/mg de qualquer das obrigações previstas neste Termo, culminará com o cancelamento das Certidões de Regularidade expedidas. CLÁUSULA QUINTA DO FORO: 4.1. Fica eleito o foro da Justiça Estadual da Comarca de Belo Horizonte - MG, para dirimir quaisquer dúvidas ou litígios que versem sobre a questão do objeto deste Termo. E, por estarem assim justas e tratadas, assinam o presente TERMO DE OBRIGAÇÕES A CUMPRIR, em 3 (três) vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas 5

6 instrumentárias abaixo identificadas, o qual produzirá seus efeitos a partir da data de sua celebração. Belo Horizonte, xx de xxxxx de 2018 Prefeito do Município de XXXXXXXXX Yula de lima Merola Presidente do CRF/MG 6

7 Tipos de estabelecimentos Posto de Saúde: Unidade destinada à prestação de assistência a uma determinada população, de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença intermitente ou não do profissional médico. Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde: Unidade para realização de atendimentos de atenção básica e integral a uma população, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou especialista nestas áreas. Podendo ou não oferecer: SADT e Pronto atendimento 24 Horas. Policlínica: Unidade de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias especialidades, incluindo ou não as especialidades básicas, podendo ainda ofertar outras especialidades não médicas. Podendo ou não oferecer: SADT e Pronto atendimento 24 Horas. Hospital Geral: Hospital destinado à prestação de atendimento nas especialidades básicas, por especialistas e/ou outras especialidades médicas. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência. Deve dispor também de SADT de média complexidade. Podendo Ter ou não SIPAC. Hospital Especializado: Hospital destinado à prestação de assistência à saúde em uma única especialidade/área. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência e SADT. Podendo Ter ou não SIPAC Geralmente de referência regional, macro regional ou estadual. Unidade Mista: Unidade de saúde básica destinada à prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação, sob administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por médico especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/emergência e SADT básico ou de rotina. Geralmente nível hierárquico 5. Pronto Socorro Geral: Unidade destinada à prestação de assistência a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato. Podendo ter ou não internação. Pronto Socorro Especializado: Unidade destinada à prestação de assistência em uma ou mais especialidades, a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato. 7