Código Fiscal do Investimento (Decreto-Lei n.º 162/2014 de 31 de outubro)

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1 Código Fiscal do Investimento (Decreto-Lei n.º 162/2014 de 31 de outubro) Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo Regime Fiscal de Apoio ao Investimento RFAI Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial II -SIFIDE II Regime por Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos - DLRR O presente documento faz um resumo do novo Código Fiscal ao Investimento (CFI) publicado a 31 de outubro. Assim é apresentada de forma simplificada a revisão do Código Fiscal do Investimento cujo o objetivo foi adaptá-lo ao novo quadro legislativo europeu aplicável aos auxílios estatais para o período e, por outro lado, reforçar os diversos regimes de benefícios fiscais ao investimento, em particular no que se refere a investimentos que proporcionem a criação ou manutenção de postos de trabalho e se localizem em regiões menos favorecidas.

2 Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo Este benefício aplica-se apenas aos investimentos superiores a 3 milhões de euros e nos seguintes setores de atividade: Indústria extrativa e indústria transformadora; Turismo, incluindo as atividades com interesse para o turismo; Atividades e serviços informáticos e conexos; Atividades agrícolas, aquícolas, piscícolas, agropecuárias e florestais; Atividades de investigação e desenvolvimento e de alta intensidade tecnológica; Tecnologias da informação e produção de audiovisual e multimédia; Defesa, ambiente, energia e telecomunicações; Atividades de centros de serviços partilhados. As empresas beneficiárias antes da assinatura do contrato terão de demonstrar que apresentam uma Autonomia Financeira de, pelo menos, 20%. Este benefício fiscal exige uma candidatura em formulário eletrónico à AICEP (projetos acima de 25 milhões) ou ao IAPMEI nos restantes casos. Essa candidatura terá de ser submetida antes de se iniciar o projeto de investimento. 1

3 Regime Fiscal de Apoio ao Investimento RFAI Este benefício fiscal não obriga qualquer candidatura apenas exige que todo o processo fique arquivado no Dossier Fiscal da empresa. As atividades abrangidas são as mesmas previstas nos Benefícios Contratuais. O presente benefício fiscal exige a criação e manutenção de postos de trabalho por um período mínimo de 3 anos, sendo também este o período de manutenção dos investimentos que proporcionam o benefício. O benefício traduz-se numa dedução à coleta do IRC de 25% (nas regiões do Norte, Centro e Alentejo) das aplicações relevantes, no entanto no Algarve, na Península de Setúbal e em determinados municípios de Lisboa a taxa será de apenas 10%. O limite anual corresponde a 50% da coleta do IRC, no entanto a parte não deduzida poderá ser utilizada nos 10 anos seguintes. As empresas com menos de 3 anos podem ainda beneficiar de não existir limite à dedução à coleta, podendo assim traduzir-se numa isenção integral de IRC em períodos de investimento e criação de postos de trabalho. O RFAI contempla ainda isenção de IMT, IMI e Imposto do Selo quando o investimento contempla aquisição de imóveis. 2

4 Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial II -SIFIDE II Este benefício exige também um processo de candidatura que deverá ser submetido até ao final do mês de julho do ano seguinte à ocorrência das atividades de investigação e desenvolvimento. As aplicações relevantes para o SIFIDE II são no essencial despesas com pessoal (incluindo dirigentes), despesas de funcionamento, despesas com serviços prestados por entidades do SCT e equipamentos para as atividades de I&D. O benefício poderá ir até à concorrência da coleta do IRC (não existindo limite), na parte das despesas que não tenha tido comparticipação do Estado a fundo perdido. A parte da dedução não efetuada por insuficiência de coleta de IRC poderá ter utilizada nos 8 exercícios seguintes. A entidade do Ministério da Economia com a competência para analisar estas candidaturas deverá comunicar à AT por via eletrónica, até ao final do mês de fevereiro, as empresas beneficiárias e a despesa considerada elegível. 3

5 Regime por Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos - DLRR Este benefício fiscal criado pela Lei de Orçamento de Estado de 2014 e não sofreu qualquer alteração agora. Contudo, importa relembrar os seus principais requisitos: Aplicam-se às PME independentemente dos setores de atividade; O benefício traduz-se numa dedução à coleta correspondente a 10% dos lucros retidos e reinvestidos (as aplicações relevantes são idênticas às do RFAI). O reinvestimento terá de ser concretizado num prazo máximo de 2 anos a partir do fim do período de tributação em que os lucros foram retidos; O limite deste benefício é de 25% da coleta do IRC no ano em que o lucro é retido e a dedução não é reportável para exercícios seguintes; Este benefício fiscal é acumulável com o RFAI e os Benefícios Contratuais; O benefício exige a constituição de uma reserva que não pode ser distribuída aos sócios durante um prazo mínimo de 5 anos. 3

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