- a necessidade de disciplinar a prescrição de receitas agronômicas para gerar uma correta informação ao usuário de agrotóxicos fitossanitários;
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- Pedro Henrique Fernandes
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1 RESOLUÇÃO SEAPPA N 20, DE 06 DE AGOSTO DE 2018 Dispõe sobre procedimentos para habilitação visando a prescrição de receitas agronômicas, mediante a utilização de aplicativo informatizado da SEAPPA, e dá outras proviências O Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta do Processo Administrativo n E /001670/2018, Considerando: - a necessidade de disciplinar a prescrição de receitas agronômicas para gerar uma correta informação ao usuário de agrotóxicos fitossanitários; - a Constituição do Estado do Rio de Janeiro, artigo 255, inciso II, que determina que cabe diretamente ao Estado exigir o cumprimento dos receituários agronômicos; - a Lei Federal n 7.802/89, artigo 13, que determina que o comércio direto aos usuários e o efetivo uso de agrotóxicos exige apresentação de receita agronômica; - o Decreto Federal nº 4.074/2002, artigo 66, que determina as exigências de conteúdo da receita; - a Lei Estadual nº 3.972/2002, artigo 9o, que determina que o comércio e uso de agrotóxicos somente será permitido mediante prescrição, através de receituário; - a Lei Estadual nº 6.441/2013, artigo 6, 3, que indica que a prescrição inadequada de agrotóxicos não cadastrado, sujeita o infrator às penalidades previstas em Lei; - o Decreto Estadual n /2014, artigo 10, que determina que os agrotóxicos somente poderão ser comercializados diretamente aos usuários e utilizados mediante apresentação de receita agronômica prescrita por profissional legalmente habilitado; e
2 - o Decreto Estadual n /2014, artigo 37, que dá competência ao Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento para baixar Resoluções em casos não previstos no Decreto em epigrafe, resolve: Art. 1 Definir as normas para habilitação de Engenheiros Agrônomos e Engenheiros Florestais, para a prescrição da Receita Agronômica no Sistema de Controle Informatizado de Monitoramento de Agrotóxicos, hospedado no sítio Art. 2 Implantar modelo de Receita Agronômica a ser utilizado no Estado do Rio de Janeiro - Anexo I. Art. 3 Para prescrição da Receita Agronômica no Sistema de Controle Informatizado de Monitoramento de Agrotóxicos, o Engenheiro Agrônomo ou Florestal, deverá efetuar sua habilitação na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento - SEAPPA, através da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal - CDSV, da Superintendência de Defesa Agropecuária - SDA, com a entrega dos Anexos previstos no art. 4º devidamente preenchidos e sem rasuras, bem como o atendimento obrigatório às formalidades elencadas no Art. 8º da presente Resolução. 1 Para todos os efeitos, será considerado habilitado o profissional que atenda aos requisitos estipulados na presente Resolução. 2 Os interessados podem entregar a documentação necessária à habilitação nas Unidades SEAPPA/SDA, cuja relação será disponibilizada link alojado no site Art. 4 Para o registro junto à SEAPPA/SDA/CDSV, o requerente deverá apresentar devidamente preenchidos os Anexos abaixo relacionados, com a juntada, por cópia, dos documentos citados. I - requerimento - Anexo II; II - dados cadastrais - Anexo III; III - termo de compromisso - Anexo IV;
3 IV - Banco de Assinaturas - Anexo V; V - cópia do RG; VI - cópia do /CPF; VII - cópia do registro no respectivo conselho de classe. 1 A habilitação será concedida através da emissão pela SEAPPA/ SDA/CDSV do Certificado de Habilitação - Anexo VI 2 O habilitado deverá informar à SEAPPA/SDA/CDSV, por meio do formulário próprio constante do Anexo VII: I - mudança em seus dados cadastrais; II - interesse no cancelamento de sua habilitação. Art. 5 O habilitado terá sua habilitação suspensa, quando for reincidente em autuações de infração contra a Legislação que regula a Receita Agronômica. 1 A suspensão será por 30 dias, a partir do termino do prazo recursal ou até decisão negativa do recurso apresentado. 2 Os recursos interpostos, contra o Auto de Infração terão efeitos suspensivos até decisão final do julgamento. 3 A SEAPPA/SDA/CDSV deverá realizar a devida comunicação ao profissional que tiver a habilitação suspensa. Art. 6 O habilitado terá sua habilitação cancelada pela SEAPPA/ SDA/CDSV, mantido o direito ao contraditório e ampla defesa, quando: I - deixar de prestar as informações solicitadas nos prazos estipulados e não comparecer às notificações emitidas pela SEAPPA/SDA/CDSV;
4 II - em casos de reincidências de cometimento de infração anteriormente aplicada à suspensão; III - solicitada pelo habilitado. Art. 7 Uma nova habilitação somente poderá ser requerida depois de transcorrido o prazo de 01 (um) ano do último cancelamento. Art. 8 Para prescrição de Receita Agronômica, o habilitado deverá obrigatoriamente: I - indicar o nome do usuário, de forma individualizada, exclusiva por usuário, indicando o CPF/CNPJ; II - indicar o local da aplicação de forma clara e precisa, com as referências usuais para áreas rurais, de forma a garantir a rastreabilidade do local da aplicação do agrotóxico; III - Indicar, de forma única, o diagnóstico constando o nome comum do problema fitossanitário. O diagnóstico pressupõe a análise do trinômio cultura - agente etiológico - ambiente e das condições do usuário e do local de aplicação; IV - Indicar, de forma única, a cultura que será tratada, pelo seu nome comum; V - fazer a recomendação explícita para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do produto; VI - indicar o(s) produto(s) que conste(m) do Cadastro Estadual de Agrotóxicos Fitossanitários e as culturas autorizadas na bula do produto; VII - indicar a quantidade total a ser adquirida, que deverá ser proporcional à área de tratamento, número de aplicações e embalagens disponíveis para a compra; VIII - indicar a dose que deverá ser específica para o caso concreto, devendo ser traduzida para a realidade do equipamento de aplicação do produtor;
5 IX - indicar o equipamento de aplicação específico a ser utilizado pelo usuário, de acordo com a sua realidade; X - indicar a época de aplicação, o número e o intervalo entre aplicações, que devem ser claros e respeitar o limite de aplicações constante da bula; de reentrada; XI - indicar para cada caso específico o intervalo de segurança ou o intervalo resistência; XII - fazer as recomendações quanto ao manejo integrado de pragas e de XIII - indicar as precauções do uso de acordo com a bula do produto e outras específicas que se fizerem necessárias, onde devem constar todas as restrições para a aplicação; usuário; e XIV - fazer a recomendação expressa da obrigatoriedade do uso do EPI pelo XV - fazer constar a assinatura do profissional que deverá ser igual à assinatura do documento oficial apresentado por ocasião da habilitação, além do CPF e do no do registro do profissional. Art. 9 Será disponibilizado para consulta pública, link no site para acesso à lista de habilitados a emissão de receita agronômica e seus respectivos contatos. Art. 10. A Receita Agronômica será válida somente se prescrita e assinada nos termos previstos na legislação em vigor. Art. 11. O não atendimento desta Resolução acarretará em sanções previstas na legislação em vigor, em especial no Decreto Estado nº /2014. Art. 12. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 06 de agosto de 2018.
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