RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S.A.

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1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

2 Demonstrações Financeiras Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 Conteúdo Relatório dos Auditores Independentes Balanços Patrimoniais Demonstrações dos Resultados Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstrações dos Fluxos de Caixa

3 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da Rodovias Integradas do Paraná S.A. Maringá - Paraná Opinião Examinamos as demonstrações financeiras da Rodovias Integradas do Paraná S.A. ( Companhia ), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os seus aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Rodovias Integradas do Paraná S.A., em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras. Somos independentes em relação à Companhia de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

4 Outros assuntos Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior As demonstrações financeiras da Rodovias Integradas do Paraná S.A. referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas e sobre elas emitimos relatório de auditoria datado de 16 de fevereiro de 2017, sem ressalvas. Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos auditores A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

5 Responsabilidade dos auditores independentes pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. Obtivemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia. Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza significativa em relação a eventos ou circunstâncias que possa causar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza significativa devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

6 Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Maringá, 16 de fevereiro de CRC-RJ-2026-O/5 Mário Vieira Lopes Contador CRC-RJ /0

7 RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Balanços Patrimoniais Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais) Ativo Nota Passivo Nota Circulante Circulante Caixa e equivalentes de caixa Fornecedores Contas a receber Empréstimos e financiamentos Estoques Obrigações sociais e trabalhistas Despesas antecipadas Impostos, taxas e contribuições Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social Créditos vinculados Outros passivos Outros ativos Não circulante Não circulante Depósitos judiciais Fornecedores Ativo fiscal diferido Empréstimos e financiamentos Provisões civeis, fiscais, e trabalhistas Imobilizado Outros tributos diferidos Intangível Outros passivos contingentes Patrimônio líquido Capital social 13.a Reservas de lucros 13.b As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

8 RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Demonstrações dos Resultados Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por lote de mil ações) Nota Receita operacional líquida Custo do serviço prestado 15.a ( ) ( ) Lucro Bruto Receitas (despesas) operacionais Despesas gerais e administrativas 15.b (33.906) (31.262) Despesas tributárias (3.732) (3.310) Depreciação e amortização (1.594) (1.309) Outras receitas operacionais, líquidas Lucro antes do resultado financeiro Resultado financeiro líquido 17 (22.007) (22.661) Lucro antes dos impostos Contribuição social e imposto de renda (16.572) (20.420) Corrente (2.757) (5.170) Diferido (13.815) (15.250) Lucro líquido do exercício Número de ações - em lotes de mil Lucro por lote de mil ações As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

9 RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais) Reservas de Lucros Capital Social Subscrito Legal Estatutárias Retenção de lucros Lucros Acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de Aprovação de dividendos propostos (16.417) - (16.417) Aumento de capital (6.212) - (18.787) - - Lucro líquido do exercício Distribuição do resultado: Reservas de lucros Legal (3.634) - Estatutária (3.452) - Retenção de lucros (34.009) - Dividendos antecipados (31.583) (31.583) Saldos em 31 de dezembro de Aprovação de dividendos propostos (17.261) - (17.261) Aumento de capital (3.634) - (14.253) - - Lucro líquido do exercício Distribuição do resultado: Reservas de lucros Legal (2.785) - Estatutária - - (24.271) Retenção de lucros (69.457) - Dividendos antecipados (7.739) (7.739) Saldos em 31 de dezembro de As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

10 RODOVIAS INTEGRADAS DO PARANÁ S/A Demonstrações dos Fluxos de Caixa Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais) Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Lucro líquido do exercício Ajustes para conciliar o Lucro líquido ao Caixa e equivalentes de caixa consumido pelas atividades operacionais: Depreciação e amortização Resultado de construção (33.530) (43.513) Despesa financeira e atualizações Variação nos ativos e passivos operacionais: Contas a receber (2.036) (798) Estoques (1.597) Despesas antecipadas (875) (896) Impostos a recuperar Créditos vinculados (5.436) (7.612) Outros ativos 151 (254) Depósitos judiciais (1.523) (777) Impostos e contribuições diferidos Fornecedores (12.350) Imposto de renda e contribuição social 550 (5.486) Provisões civeis, fiscais, e trabalhistas (28.915) (33.675) Outras obrigações circulantes e não circulantes (3.598) Caixa líquido gerado nas atividades operacionais Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos Aquisição de imobilizado (4.652) (2.848) Aquisição de intangível ( ) ( ) Caixa líquido gerado nas atividades de investimentos ( ) ( ) Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento Novos empréstimos e financiamentos Pagamentos de principal (70.317) (45.582) Pagamentos de juros (17.375) (14.396) Pagamento de dividendos (25.726) (48.000) Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos Aumento (redução) líquido no caixa e caixa equivalentes (12.643) Demonstração da variação do caixa e equivalentes de caixa No início do exercício No final do exercício Aumento (redução) líquido no caixa e caixa equivalentes (12.643) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

11 Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 (Em milhares de reais) 1 - Contexto Operacional Rodovias Integradas do Paraná S.A. ( Companhia ) tem sede na Rodovia PR 317, número 7246, Parque Industrial em Maringá/PR, sendo regida pelo Estatuto Social e pelas disposições legais e regulamentares que lhe são aplicáveis. A Companhia tem por objeto exclusivamente a recuperação, o melhoramento, a manutenção, a conservação, a operação e a exploração do Lote 02 e trechos rodoviários, conforme descrito no Anexo III do Edital de Concorrência Internacional n 002/96 DER/PR, Edital de Segunda Etapa e Contrato número 072/97, mediante a cobrança de pedágio e a prestação de serviços inerentes, acessórios e complementares, bem como a conservação e a manutenção dos trechos rodoviários de acesso ao referido Lote cuja extensão total é de 547 km percorrendo 26 municípios do Estado do Paraná. A Concessão tem prazo de 24 anos e é regulamentada pela Lei 9.277/96 nos termos do Convênio 003/96, celebrado entre o Ministério dos Transportes e o Estado do Paraná, findando em 26 de novembro de O Departamento de Estradas de Rodagem DER/PR, a fim de resguardar a adequada prestação de serviços e o fiel cumprimento do contrato por parte da concessionária, reserva a si o direito de alterar unilateralmente o contrato, modificando o Programa de Exploração do Lote e de intervir na concessão por intermédio de decreto do Governador do Estado do Paraná, assegurado o direito de ampla defesa e resguardados os interesses econômicos e financeiros da empresa concessionária, nos termos do contrato de concessão. O não cumprimento das cláusulas contratuais confere ao DER/PR, a seu exclusivo critério, a faculdade de aplicar sanções administrativas (advertências e multas), ou ainda declarar a caducidade da concessão, desde que as irregularidades sejam apuradas em processo administrativo, assegurado o direito da Companhia de ampla defesa. A concessão pode ser extinta por advento do término da vigência contratual, encampação, caducidade, rescisão, anulação e falência ou extinção da empresa concessionária. Como efeitos da eventual extinção da concessão, cessam para a concessionária todos os direitos do contrato, revertendo-se ao DER/PR, incluindo os direitos e privilégios decorrentes da concessão, os bens transferidos para a administração da concessionária, assim como os bens reversíveis incorporados durante o período de concessão.

12 .2. O Termo Aditivo 141/2015 teve por objetivo promover a recomposição do equilíbrio econômicofinanceiro do CONTRATO DE CONCESSÃO. O instrumento abordou diversas situações, e dentre elas adotou o Conceito de Fluxo de Caixa Marginal de acordo com a Resolução nº 3.651/11, de 11 de abril de 2011 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para remunerar os novos investimentos que não constam no PER do contrato original. O reequilíbrio, portanto, parte do estabelecimento de degraus de aumentos tarifários para os anos de 2015 a 2018 para fazer frente ao novo volume de investimentos pactuados e distribuídos pelo aditivo. De acordo com o Termo Aditivo 141/2015, a Companhia terá para os anos subsequentes o seguinte cronograma de investimentos e o degrau tarifário residual: Cronograma de investimentos em milhares de reais e programação do próximo degrau tarifário: ANOS SOMA Investimentos Base: Jan/ Investimentos Base: Dez/17 % Investimentos do Ano/Total % 42% 24% 22% 12% DEGRAUS - TA 141/2015 5,17% 0,00% 0,00% 0,00% O montante de investimentos a serem realizados pela Companhia até o final da concessão será de R$ (preço base de 2017) ou R$ (preço base de 1997). De acordo com o instrumento contratual, os degraus de aumentos de tarifas de pedágio foram acordados para os períodos de maior volume de investimentos. Vale ressaltar que até o momento a Concessionária está adimplente com as obras pactuadas com o Poder Concedente definidas contratualmente. 2 - Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo as disposições da Lei das Sociedades por Ações e as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Elas estão convergentes às normas internacionais de contabilidade (IFRS), adotadas no Brasil por meio dos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

13 .3. As demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia e foram arredondadas para milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma. A Companhia não possui controladas e por isso não elabora demonstrações financeiras consolidadas. Em 2017 não houve outros resultados abrangentes (ORA), motivo pelo qual a Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA) não é apresentada. A Diretoria da Companhia autorizou a conclusão destas demonstrações financeiras em reunião realizada em 16 de fevereiro de Principais Práticas Contábeis a) Estimativas contábeis A confecção destas demonstrações financeiras exigiu da Administração a aplicação de julgamento e a realização de estimativas que podem divergir quando de sua realização. As principais incertezas e estimativas que apresentam risco significativo estão relacionadas à avaliação das provisões e à determinação da taxa de amortização do direito de concessão. Durante o exercício de 2015, a Administração adequou a taxa de amortização do direito de concessão. A alteração da estimativa contábil teve como objetivo alinhar a confrontação das receitas e despesas da Companhia, possibilitando a aplicação mais adequada do princípio da competência, o que faz com que a informação se torne mais relevante e fidedigna. b) Receitas de Serviços A receita de pedágio é reconhecida quando da utilização da rodovia pelos usuários. As demais receitas acessórias da concessão são reconhecidas pelo regime de competência. A receita de construção da infraestrutura é mensurada com base no estágio de conclusão, que é determinado pela proporção dos custos já incorridos em relação ao custo total estimado da obra. c) Caixa e equivalentes de caixa Abrangem os saldos em caixa e os investimentos financeiros cujo o vencimento é de até três meses após o reconhecimento inicial e que, concomitantemente, apresenta um risco insignificante de alteração de valor.

14 .4. d) Contas a receber Estão registradas pelo preço inicial líquido de eventuais perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa (PECLD). A perda é reconhecida quando existe evidência objetiva de desvalorização do valor recuperável do crédito ocorrida após seu reconhecimento inicial. e) Imobilizado Registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação acumulada e da perda por impairment acumulada. Os bens são depreciados durante o menor prazo entre sua vida útil e o prazo da concessão. O método de depreciação e as vidas úteis são revisados anualmente. f) Intangível Contrato de concessão direito de exploração Representa o direito de cobrar pelo uso da infraestrutura da concessão (denominado pedágio). É mensurado pelo valor dos custos incorridos. Esse ativo intangível é amortizado à medida do recebimento das tarifas de pedágio pelos usuários das rodovias administradas pela Companhia. A taxa de amortização reflete a curva de receita que é estimada anualmente. Outros Registrados ao custo de aquisição ou construção, deduzido da amortização acumulada e da perda por impairment acumulada. Os ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados, e os demais pela sua respectiva vida útil. g) Avaliação do valor recuperável de ativos (teste de impairment) Os ativos da Companhia são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando há evidências, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda e, se houver, a mesma é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassar seu valor recuperável, que é o maior entre o valor líquido de venda e o valor em uso do ativo. Em 2016 e 2017 não foi identificado nenhum evento indicando a não recuperabilidade dos ativos da Companhia.

15 .5. h) Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos tomados são reconhecidos inicialmente pelo valor justo no recebimento dos recursos. São subsequentemente apresentados ao custo amortizado, ou seja, acrescidos de encargos, juros e variação cambial proporcionais ao período incorrido (pro rata temporis). i) Provisões cíveis, fiscais e trabalhistas As provisões são reconhecidas no passivo da Companhia quando existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de eventos passados, a saída de recursos necessária para liquidar a obrigação é provável e seu valor pode ser estimado com razoável segurança. A constituição e a reversão de uma provisão são apresentadas na Demonstração do Resultado. j) Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 20 por mês para imposto de renda e de 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido. Os tributos diferidos representam as diferenças temporárias entre as bases fiscais e contábeis de ativos e passivos na data do balanço multiplicadas pelas alíquotas dos tributos. O saldo do ativo e do passivo fiscal diferidos é apresentado líquido. k) Ajuste a valor presente Conforme avaliado pela Companhia, não houve a necessidade de ajustar a valor presente nenhum dos ativos e passivos. 4 - Caixa e Equivalentes de Caixa Caixa e bancos Aplicações financeiras As aplicações financeiras referem-se substancialmente a Certificados de Depósitos Bancários - CDB, remuneradas à taxa média de 100% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.

16 Contas a Receber Os principais valores referem-se a Via Fácil Dbtrans, CGMP, Visa Vale Pedágio e Conectcar. Em sua maioria, os créditos têm liquidez imediata ou vencimento inferior a três meses. Após avaliação da Administração, não foi constituída perda estimada com créditos de liquidação duvidosa (PECLD), pois não existe evidência de que os créditos não sejam recebidos ou estejam desvalorizados. Seu valor contábil em 31 de dezembro de 2017 é R$ (R$ em 2016). 6 - Créditos Vinculados Referem-se à garantia prestada em favor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, em decorrência do Contrato de Financiamento firmado com a instituição. Em 31 de dezembro 2017 o valor contábil é de R$ (R$ em 2016). 7 - Ativo e Passivo Fiscal Diferido No ativo fiscal diferido, a Concessionária registrou os impostos e contribuições diferidos sobre as adições temporárias de contingências tributárias, cíveis, trabalhistas e demais provisões, cujos efeitos ocorrerão no momento da realização dos valores a que deram origem às bases de cálculo. Base de cálculo IR diferido Ativo Ativo CSLL Base de IR diferido Total cálculo diferido CSLL diferido Total Diferenças Temporárias No passivo fiscal diferido, são classificados os impostos e contribuições incidentes sobre o resultado da construção da Companhia oriundos da aplicação das normas ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão e CPC 17 (R1) Contratos de Construção e que não possuem efeito de caixa. Tributos Diferidos Passivo Passivo PIS COFINS ISSQN IR CSLL Total PIS COFINS ISSQN IR CSLL Total

17 Imobilizado Os bens apresentados no grupo imobilizado são aqueles não vinculados ao contrato de concessão e constituem-se, basicamente, de equipamentos de comunicação, hardware, software e móveis e utensílios, cujo valor residual em 2017 é de R$ (R$ em 2016). Taxas de Depreciação a.a. Depreciação Custo Acumulada Líquido Líquido Máquinas e Equipamentos 6% a 25% (3.496) Equipamentos de Comunicação 10% a 20% (2.538) Hardware 7% a 25% (3.768) Terrenos Móveis e Utensílios 5% a 20% (1.073) Outros 10% a 25% (899) Adiantamento por conta de Imobilização Total (11.774) Intangível Os valores reconhecidos como Ativo Intangível referem-se, substancialmente, ao direito da concessionaria decorrente dos investimentos realizados, quando comparados com o estabelecido no plano de negócio contratual, tendo o saldo de R$ em 31 de dezembro de 2017 (R$ em 2016). A amortização do Ativo Intangível do corrente ano foi impactada pelos eventos decorrentes do Termo Aditivo 141/2015 ao contrato de concessão assinado em 26 de novembro de 2015, no qual foram estabelecidos novos níveis de investimentos e novos níveis de receitas a serem realizados e integralmente amortizados até o fim da vigência do prazo de concessão em Com isso, a amortização ficou vinculada à curva de receita devido aos degraus anuais de crescimento da tarifa, alinhados com os novos investimentos pactuados até o fim da vigência do prazo de concessão em 2021.

18 .8. Dessa forma, com a revisão e adequação da curva de amortização, houve o correto confronto de receitas e despesas pelo regime de competência e respeitando o fluxo de benefício econômico de acordo com o CPC 04 Ativo Intangível e a ICPC 01 Contratos de Concessão. Portanto, diante dos novos fatos e circunstâncias, a revisão da vida útil foi realizada atendendo ao preconizado no CPC 04 Ativo Intangível, tratando-se inequivocamente de uma mudança de estimativa contábil prospectiva, de acordo com o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erros. A seguir demonstramos a movimentação anual do intangível: Taxas de Amortização Amortização a.a. Custo Acumulada Líquido Líquido Contrato de concessão * ( ) Outros (2.600) Total ( ) *A taxa de amortização é baseada na curva dos benefícios econômicos esperados. Saldo inicial (+) Adições (+) Transferências (-) Amortizações / Baixas ( ) ( ) Saldo final Fornecedores Circulante Fornecedores nacionais Retenções contratuais Não circulante Retenções contratuais Total

19 .9. As retenções contratuais referem-se a valores retidos dos prestadores de serviços e constituem garantia de cumprimento de obrigações decorrentes do contrato Empréstimos e Financiamentos As operações estão contratadas com garantia de alienação fiduciária dos bens em favor dos bancos intermediadores. As captações junto ao BNDES destinadas aos investimentos são garantidas pelo empenho total das ações da companhia em favor do banco, além de todos os créditos decorrentes da exploração da concessão e de eventuais indenizações. Saldo inicial (+) Adições (+) Despesa financeira e atualizações (-) Pagamento (87.692) (59.193) Saldo final Operação Vencimento Indexador Taxa BNDES Finame 15/05/2018 Pré-fixado 3,00% 9 11 BNDES Finame 15/05/2018 Pré-fixado 3,00% BNDES Finame 15/05/2018 Pré-fixado 3,00% 3 48 BNDES Finame 01/12/2018 Pré-fixado 4,00% BNDES Finame 01/12/2018 Pré-fixado 4,00% BNDES Finame 16/01/2017 TJLP 4,50% - 1 BNDES Finame 16/04/2017 Pré-fixado 4,50% - 22 BNDES Finan. para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2019 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2019 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2019 TJLP 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2019 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2021 TJLP 0,00% BNDES Finame 15/04/2019 Pré-fixado 6,00% BNDES Finame 15/04/2019 Pré-fixado 6,00% BNDES Finan. para investimento 15/01/2020 TJLP 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2020 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2020 TJLP 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2020 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2021 TJLP 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2021 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2021 TJLP + 1% 2,42% BNDES Finan. para investimento 15/01/2021 TJLP + 1% 2,42% Total dos Empréstimos (-) parcela a curto prazo Passivo Não Circulante Longo Prazo Total dos Empréstimos

20 .10. O cronograma de vencimentos dos empréstimos e financiamentos é o seguinte: Total Os principais covenants desses financiamentos são o índice de cobertura da dívida (ICSD) e participação de capital de terceiros (PCT). A Companhia vem cumprindo todos eles Provisões Cíveis, Fiscais, Trabalhistas e Administrativas Periodicamente a Administração reavalia, em conjunto com os seus Assessores Jurídicos, as atuais ações judiciais e processos administrativos perante tribunais e órgãos governamentais, ajustando o valor contábil das provisões para cobrir as perdas prováveis estimadas. As variações dos saldos das referidas Provisões ocorreram pela liquidação, mudança de risco das ações e pela adequação das bases de mensuração aplicáveis a essas provisões que definem o contingenciamento dessas demandas judiciais. Isso acontece quando uma decisão judicial sobre uma ação tenha impacto direto no valor contingenciado ou que altere o seu risco de perda. As contrapartidas da constituição e da reversão são reconhecidas no resultado do exercício. Cíveis Fiscais Trabalhistas Administrativas Outras (*) Saldo inicial Constituição Reversão (19.960) - (2.554) (12.305) - (34.819) (50.752) Pagamento (2.525) (73) (108) - - (2.706) (6.133) Atualização monetária Saldo final * A Companhia assumiu contratualmente, desde o início da Concessão, passivos com empreiteiros que na época prestavam serviços para o Poder Concedente. Em adição aos valores já provisionados pela expectativa de perda ser provável, a Companhia também tem um saldo de passivo contingente de R$ 196 (R$ em 2016) de ações judiciais e processos administrativos com expectativa de perda possível.

21 Patrimônio Líquido a) Capital social O capital social subscrito e totalmente integralizado é de R$ (R$ em 2016) e está representado em ações ordinárias nominativas com direito a voto, e ações preferenciais. No exercício de 2017 houve um aumento de capital no montante de R$ , com parte da Reserva Legal de R$ e parte da Reserva de lucros de R$ , conforme decisão da Assembleia realizada em 30 de novembro de b) Reservas de lucros Legal É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 20% do capital social, cujo montante em 31 de dezembro de 2017 é de R$ (R$ em 2016). Estatutária A partir de 2017, por deliberação dos acionistas, a Companhia está desobrigada da constituição da Reserva Específica de Restituição de Capital, previsto no Capítulo VI, Artigo 25, 1.º do Estatuto Social, ficando o valor já constituído disponível para futuros aumentos de capital ou distribuição de dividendos conforme a deliberação do Conselho Administrativo. Retenção de lucros Constituídas nos termos do art. 196 da Lei nº 6.404/76, cujo montante em 31 de dezembro de 2017 é de R$ (R$ em 2016). Dividendos O estatuto social prevê a distribuição mínima de 25% do lucro líquido ajustado. Qualquer excedente é alocado em contas patrimoniais até sua liquidação financeira.

22 Receita Operacional Líquida Receita Bruta Pedágio Serviços Construção* Deduções (42.386) (38.652) Descontos incondicionais (7.371) (4.733) ISSQN (18.463) (16.935) PIS / COFINS (13.477) (12.361) ISSQN/ PIS/COFINS s/receita de Construção (3.075) (4.623) Receita líquida *A receita de construção não gera efeito para o caixa Custo dos Serviços Prestados e Despesas Gerais e Administrativas a) Custo do serviço prestado Pessoal Material de uso e consumo Mão de obra terceirizada Custo de Construção Gerais Operação e conservação b) Despesas Gerais e Administrativas Pessoal Mão de obra terceirizada Gerais Operação e conservação Participação nos lucros e resultados

23 Outras Receitas (Despesas) operacionais, líquidas Aluguel de faixa de domínio Reversão de provisões Constituição de provisão (6.499) (9.270) Outras Total A constituição e reversão das provisões referem-se as perdas prováveis. As contrapartidas das mesmas são reconhecidas no passivo não circulante Resultado Financeiro Líquido Rendimento sobre aplicações financeiras Descontos obtidos 30 7 Juros recebidos 9 5 Total das receitas Juros sobre empréstimo e financiamento (19.974) (16.494) Variação monetária passiva (3.574) (10.597) Despesas e tarifas bancárias (1.252) (850) Juros pagos (41) (15) Total das despesas (24.841) (27.956) Resultado financeiro, líquido (22.007) (22.661) 18 - Instrumentos Financeiros Os valores contábeis dos instrumentos financeiros são representados principalmente por aplicações financeiras, contas a receber, fornecedores, empréstimos e financiamentos. Todos eles são mantidos pelo custo amortizado, e têm seu valor justo muito próximo ao valor contábil líquido.

24 .14. Os instrumentos financeiros operados pela Companhia, têm como objetivo administrar a disponibilidade financeira de suas operações. A administração dos riscos envolvidos nessas operações é feita através de mecanismos do mercado financeiro, que buscam minimizar a exposição dos ativos e passivos da Companhia, protegendo a rentabilidade dos contratos e o patrimônio da Companhia. A Companhia atualmente não possui instrumentos financeiros derivativos contratados Seguros de Garantias e Responsabilidades a) Em garantia ao bom cumprimento das obrigações assumidas na execução do contrato de concessão, e em atendimento ao disposto no artigo 21, letra a do Estatuto Social, a Companhia possui em 2017 os seguintes seguros: a.1) Pottencial Seguradora S/A, devidamente inscrita no CNPJ sob no / , apólice de Seguro-Garantia no valor de R$ (R$ em 2016); a.2) Tokio Marine Seguradora S/A, devidamente inscrita no CNPJ sob no / , apólice de Seguro-Responsabilidade Civil no valor de R$ (R$ em 2016); a.3) Sompo Seguros S/A, devidamente inscrita no CNPJ sob no / e Axa Corporate Seguros S/A inscrita no CNPJ sob nº / , apólice de Seguro- Riscos Operacionais (All Risk) no valor de R$ (R$ em 2016); a.4) Benkley International do Brasil Seguros S/A inscrita no CNPJ sob nº / , apólice de Seguro-Riscos Engenharia 2018 no valor de R$ ; a.5) AIG Seguros Brasil S/A, devidamente inscrita no CNPJ sob no / , apólice de Seguro D&O no valor de R$ (R$ em 2016); Face à natureza de suas atividades e à descentralização das suas instalações, a Companhia adota política de contratar cobertura de seguros com base no conceito securitário de perda máxima provável, o que corresponde ao valor máximo passível de destruição em um mesmo evento. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis e, consequentemente, não foram revisadas pelos nossos auditores independentes. Rel019