ISSN Dezembro, Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002
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- Maria das Graças Ramalho Rodrigues
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1 ISSN Dezembro, Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002
2 República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Presidente Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues Ministro Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Conselho de Administração José Amauri Dimárzio Presidente Clayton Campanhola Vice-Presidente Alexandre Kalil Pires Dietrich Gerhard Quast Sérgio Fausto Urbano Campos Ribeiral Membros Diretoria-Executiva da Embrapa Clayton Campanhola Diretor-Presidente Gustavo Jauark Chianca Herbert Cavalcante de Lima Mariza Marilena T. Luz Barbosa Diretores-Executivos Embrapa Tabuleiros Costeiros Lafayette Franco Sobral Chefe-geral Maria de Fátima Silva Dantas Chefe Adjunto de Administração Maria de Lourdes da Silva Leal Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Luiz Alberto Siqueira Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios
3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Tabuleiros Costeiros Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ISSN Dezembro, Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Manuel Alberto Gutiérrez Cuenca Cristiano Campos Nazário Aracaju, SE 2003
4 Disponível em Embrapa Tabuleiros Costeiros Av. Beira Mar, 3250 Caixa Postal 44 Fone: ** Fax: ** Comitê Local de Publicações Presidente: Maria de Lourdes da Silva Leal Secretária-Executiva: Aparecida de Oliveira Santana Membros: Emanuel Richard de Carvalho Donald Ederlon Ribeiro de Oliveira Marcondes Maurício de Albuquerque Denis Medeiros dos Santos Jefferson Luis da Silva Costa Hélio Wilson Lemos de Carvalho Supervisora editorial: Aparecida de Oliveira Santana Editoração eletrônica: Wesleane Alves Pereira 1ª edição 2003 Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, o constitui violação dos direitos autorais (Lei n 9.610). CUENCA, M.A.G.; NAZÁRIO, C.C. Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e p, (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos, 62). Disponível em http// Coco - Ceará - Brasil CDD: Embrapa 2003
5 Autores Manuel Alberto Gutiérrez Cuenca M.Sc. Economia Agrícola, Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Tel: Cristiano Campos Nazário Estudante de Economia - Universidade Federal de Sergipe, Estagiário da Embrapa Tabuleiros Costeiros Tel: cristian@cpatc.embrapa.br
6 Sumário Introdução... Objetivo Geral... Objetivo Específico... Comportamento da Produção... Comportamento da Área Colhida... Comportamento do Rendimento... Conclusões... Referências Bibliográficas... Apêndices
7 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Manuel Alberto Gutiérrez Cuenca Cristiano Campos Nazário Introdução O coco é um fruto tropical com demanda bastante acentuada no mercado internacional de óleos e outros derivados. O total mundial produzido, em 2002, chegou aos 49,6 milhões de toneladas. Indonésia, Filipinas e Índia com 28%, 27% e 19% do total, respectivamente, constituem-se nos maiores produtores. O Brasil com uma produção de mil toneladas, ocupa o quarto lugar na produção mundial, ainda que não muito próximo da produção dos três maiores produtores mundiais da cultura (FAO, 2003). A produção nacional, em 2002 concentrava-se regionalmente assim: Nordeste(73%), Sudeste(12%) e Norte(12%). Os estados de maior produção neste ano foram: Bahia(38%), Pará(11%), Ceará(1), Espírito Santo(8%), Pernambuco(8%), Sergipe(5%), Rio Grande do Norte(5%); Paraíba(3%), Rio de Janeiro(3%) e Alagoas com apenas 2% (IBGE,2003). A cocoicultura no Brasil tem, nos últimos vinte anos sofrido períodos com forte tendência à queda de preços, provocada pela queda internacional de derivados do coco, principalmente do óleo de coco. O aviltamento dos preços pagos ao produtor brasileiro, provocou em vários estados nordestinos queda nas suas produções, pelo desestimulo do produtor em utilizar tecnologia capaz de elevar os rendimentos, comprometendo seriamente a formação do PIB agrícola na região. A mencionada queda dos preços médios anuais pagos ao produtor, foi constatada em trabalho realizado pela FGV, citado por Pires et al.(1999), no qual os autores mostram que o
8 08 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 cocoicultor recebia por cada fruto o valor de R$ 0,53(preço base Nov/97), diminuindo para R$ 0,36, em dezembro de Outro fator determinante na queda da produção em alguns estados nordestinos é o fato da queda do rendimento dos coqueirais, devido à existência de cultivos, em sua maioria, com idades superiores aos 50 anos(cuenca, 1997, 1998a, 2000). Apesar de apresentar queda na produção de alguns estados, no período em análise, o agronegócio do coco tem potencial de crescimento e se constitui em boa alternativa de investimento no setor agrícola, desde que sejam solucionados problemas tecnológicos na conservação da água engarrafada e problemas fitosanitários que vem enfrentando desde as décadas passadas. O Estado do Ceará, em 1950, obteve uma produção de 15,8 milhões de frutos (8% da produção brasileira), ocupando o quinto lugar no ranking nacional. Em 1960, a produção passou para 47,9 milhões de frutos, representando 11% do total produzido no Brasil, ficando em quarto lugar naquele ano. No ano de 1970, o mesmo teve uma produção de 65,0 milhões frutos(1 da produção brasileira), chegando a ser o quarto colocado. Em 1980, o Ceará chegou ser o primeiro colocado no ranking nacional, com uma produção de 117,5 milhões de frutos (22% do total nacional). Em 1990, o Estado caiu para a segunda posição no ranking, respondendo por 18% de todo o coco produzido no país, com seus 133,5 milhões de frutos. Finalmente em 2002, produziu-se 202,4 milhões de frutos (1 do total brasileiro), passando a ser o terceiro Estado maior produtor do Brasil (Cuenca e Costa, 2001). Objetivo Geral O objetivo principal deste trabalho foi a analise da evolução total e anual média da área colhida, quantidade produzida e do rendimento por hectare da cocoicultura nos Tabuleiros Costeiros do Ceará (TC/CE); assim como a participação de cada município nos totais estaduais e da mencionada região, no período compreendido entre 1990 e 2002.
9 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Objetivo Específico 09 Disponibilizar dados estatísticos da mencionada região, organizados em tabelas, dentro do período de anos mencionados, tendo como público alvo estudantes, professores e pesquisadores de órgãos e instituições. Dar suporte técnico a empresários que buscam alternativas tecnico-econômicas para investimentos, em fruticultura tropical, que lhes possibilitam maiores retornos pôr hectare plantado. Comportamento da Produção A quantidade produzida no Estado apresentou aumento de 51% e os Tabuleiros Costeiros do Ceará aumentou a produção em 47%, no período em análise. No início do período, a produção de coco nos Tabuleiros Costeiros representava 95% da produção obtida no Estado, caindo para 92% no ano 2002 (Tabela 1). Mostrando que a cocoicultura como atividade agrícola neste como nos demais estados nordestinos tende a migrar para áreas não litorâneas, devido à supervalorização das terras nesta região provocada pelo surgimento de empreendimentos tanto imobiliários como turísticos, ocorridos principalmente nos municípios próximos à zona litorânea e que até pouco tempo eram grandes produtores de coco (CUENCA E NAZÁRIO, 2002). Nos TC/CE são 44 municípios envolvidos com a cocoicultura. A participação de cada município na produção estadual em 2002 foi nos seguintes porcentuais: Trairi (17%), Itarema (1), Acaraú (1), Paraipaba (9%), Itapipoca (6%) e Amontada (6%). Concentrando-se, dessa maneira, nesses seis municípios cerca de 58% de toda a produção estadual. Desta maneira a participação média desses municípios ficou da seguinte forma: Trairi (14%), Itarema (9%), Itapipoca (9%), Acaraú (8%), Amontada (7%) e Paraipaba (4%) (Tabela 2). Analisando a produção obtida nos anos de 1990 e 2002, constatou-se que 14 municípios dos TC/CE, apresentaram diminuição nas quantidades produzidas, incluindo-se neste grupo alguns dos municípios que em 1990 estiveram entre os seis principais produtores do Estado tais como: Aracati que teve uma queda de 91%, Icapuí (62%), Itapipoca (3), Caucaia (16%). Por outro lado a forte evolução positiva de alguns municípios fez com que a supremacia no ranking de
10 10 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 municípios maiores produtores se alterasse, no final do mencionado período, destacando-se os municípios de Paraipaba que teve um aumento na produção de 1996%, Itarema (168%); Acaraú (163%) e Trairi ( 114%). O município de Amontada foi o único dos municípios analisados a não apresentar crescimento satisfatório, evoluindo apenas 1%, no período analisado. A evolução média anual no período em estudo dos municípios, que em 2002 ocuparam lugar de destaque na produção cearense ficou assim: Amontada (4%), Trairi(11%), Itarema (12%), Itapipoca (14%), Acaraú(16%), Beberibe (17%) e Paraipaba (35%). É interessante observar os porcentuais de evolução, no período, de alguns municípios que mesmo com baixa participação na produção estadual superaram em muito o aumento na quantidade produzida, são eles: Limoeiro do Norte, que teve uma evolução de 2567%, Aracoiaba (1878%), Baturité (140), Horizonte (1113%), Paracuru (65) e Russas (536%) (Tabela 3). Analisando a evolução bianual, observou-se que na maioria dos municípios do TC/CE houve alternância de sinais e diferentes magnitudes de variações entre um biênio e outro. O comportamento da evolução bianual entre os municípios que em 2002 apareciam como maiores produtores de coco foi a seguinte: Trairi que no biênio 1998/1999 se destacou como o mais importante, chegando a evoluir 105% e em 1995/1996 a produção sofreu uma derrocada de 25%. Itarema apresentou sua maior evolução bianual em 1998/1999 (104%) e também a maior queda no biênio 1992/1993(24%); Acaraú em 1998/1999 ficou com o maior pico na evolução 177% e registrou a maior queda em 1995/1996(-35%); Itapipoca obteve o seu melhor biênio em 1994/1995 com aumento de 107% e o biênio de diminuição mais acentuada foi o de 1992/1993(-83%) e Amontada teve a maior variação bianual, representada pelo biênio 1998/1999, registrando 65% de incremento na produção e o seu pior desempenho deu-se em 1994/1995 (37%) (Tabela 3). Comportamento da Área Colhida No período de 1990 a 2002, a área colhida com coco tanto na região dos TC/CE, quanto no estado do Ceará sofreu um aumento de 8% e 1, respectivamente. Em 1990, a maior parte da área cultivada com coco
11 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e concentrava-se nos Tabuleiros Costeiros (96%), caindo para 94% em O município de Aracati que em 1990 concentrava 17% de área colhida estadual, destacando-se naquele ano como o primeiro produtor. Em 2002, caiu para décimo oitavo lugar, ocupando apenas 1% da área colhida. Itapipoca foi outro município que perdeu espaço na cocoicultura estadual, passando do segundo para o quarto lugar entre 1990 e O mesmo aconteceu com Icapuí, que em 1990 concentrava 14% da produção estadual e era o terceiro no ranking, passando em 2002 a responder por apenas 2% da área estadual e a ocupar o décimo terceiro lugar. O oposto ocorreu com o município de Trairi que em 1990 respondia por 11% da área colhida estadual, em 2002 passou a participar com 17%, evoluindo de quarto em 1990 para primeiro no ranking em Já o município de Beberibe apresentou o mesmo porcentual de 1990 em 2002, evoluindo no ranking de nono a quarto lugar. Os mesmos municípios evoluíram no ranking do quarto e nono lugares, respectivamente em 1990, para o primeiro e quinto lugares, respectivamente, em 2002 ( Tabela 5). No que se refere a evolução da área colhida na região dos TC/CE, observa-se que alguns municípios apresentaram porcentuais de evolução que superaram os 50, no período em analise, tais como Horizonte com 165 de aumento de área colhida, Aracoiaba (1355%), Baturité (110), Chorozinho (80), Paraipaba (731%), Paracuru (65), Pacajus (60) e Limoeiro do Norte (52). Entretanto, a evolução de área colhida dos municípios que em 2002 ocuparam posição de destaque na produção cearense apenas Paraipaba superou a evolução apresentada por este último grupo, no qual houve as seguintes evoluções: Acaraú (208%), Itarema (13), Trairi (65%) e ainda dois municípios do mencionado grupo decresceram sua área colhida; Itapipoca (-34%) e Amontada (-17%) (Tabela 6). Analisando a evolução média anual, percebe-se que os maiores porcentuais registrados não foram entre os principais municípios produtores. Paracuru foi o que atingiu a maior média de crescimento (153%), seguido de Aracoiaba (77%), Chorozinho (71%), Horizonte (63%), Baturite (62%), Caucaia (59%) e Granja (52%) (Tabela 6). Estudando as variações bianuais, também na Tabela 6, observa-se que as maiores variações entre os principais municípios produtores do Estado foram
12 12 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 as seguintes: O município de Trairi apresentou no biênio de 1996/1997 sua maior evolução em área colhida (67%), no biênio anterior 1995/1996 seu pior índice de área colhida(25%). Em Acaraú houve dois biênios de evoluções significativas 1990/1991(86%) e 1998/1999 (72%), o pior biênio para este município foi o de 1995/1996(-23%). Itapipoca registrou sua melhor evolução bianual em 1994/1995(107%) e teve dois biênios de redução de área colhida, 1992/1993 (-71%) e 1995/1996 (-14%). Amontada teve o seu melhor aumento de área em 1996/1997(19%) e decaiu em 37% no biênio 1994/1995. Itarema registou dois biênios com incrementos em torno dos 25% 1990/1991 e 1996/1997 e em outros dois biênios a área aumentou em /1992 e 1994/1995, teve um único biênio 1992/1993 em que a produção diminuiu (14%). Em todos esses municípios, como aconteceu em Trairi, houve a partir do biênio 1998/1999 reduções consecutivas de área colhida até 2002 (Tabela 6). Comportamento do Rendimento No Estado do Ceará, o rendimento dos coqueirais que em 1990 era de frutos/ha passou em 2002 para frutos/ha, incrementando-se portanto em 38%. Na região dos Tabuleiros Costeiros, o rendimento saiu de frutos/ha em 1990, para frutos/ha em 2002, resultando numa evolução da produtividade igual a 37%, nos últimos doze anos (Tabela 7). Esses porcentuais deixam claro que no Ceará não se fizeram sentir, em demasia, os impactos negativos ocasionados pelos baixos preços do produto, a idade avançada dos coqueirais e problemas fitosanitários, fatores estes responsáveis pela redução do rendimento e da rentabilidade das unidades produtivas em outros estados nordestinos (CUENCA E NAZÁRIO, 2002). Um dos fatores que seguramente contribuiu para o aumento do rendimento tanto no Estado como nos TC/CE foi a implantação de novos plantios, utilizando variedades de coqueiro anão e híbrido. Aumentos no rendimento foram fundamentais para que municípios como Paraipaba, por exemplo, que em 1990 obtinha 5000 frutos/ha e frutos/ha em 2002, passasse nesse ano a ocupar o terceiro lugar entre os municípios maiores produtores, respondendo por 9% da produção cearense, posição que em 1990 foi de décimo sétimo e respondia por apenas 1% da produção estadual. Analisando a evolução do rendimento entre 1990 e 2002 observa-se porcentuais
13 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e muito diferentes em cada município dos TC/CE, chegando a evoluir 33 em Limoeiro do Norte, 114% em Icapuí, 112% em Aracati, 48% em Camocim e 38% nos municípios de Maracanaú e Pacatuba. As evoluções registradas, no mesmo período, pelos sete municípios de maior participação na produção estadual em 2002 foram as seguintes: Trairi (3), Itarema (16%), Paraipaba (152%), Amontada (21%), Itapipoca (7%), Beberibe (113%). O município de Acaraú, apesar de se o terceiro produtor naquele ano registrou uma queda no período de 15% (Tabela 8). Na mesma Tabela verifica-se que, em 1990, dos 44 municípios participantes da produção de coco no Ceará, 36 conseguiram média de rendimento acima da média estadual. Em 2002, devido a algumas modificações nos rendimentos individuais dos municípios, verifica-se que naquele ano o número de municípios que ficou acima da média estadual foi de apenas 22, sendo interessante observar que os municípios de Itapipoca e Beberibe apesar de estarem entre os sete maiores produtores, em 2002, obtiveram rendimentos inferiores à média cearense. A análise da variação bianual apresentada na Tabela 8 mostra porcentuais dos mais variados. Os municípios, mesmo localizados na região litorânea do Estado, não possuem as mesmas características edafoclimáticas nem tão pouco seus coqueirais são colhidos na mesma época. Alguns produtores alegam aos preços pagos, assim sendo, em algumas épocas ou anos, quando os preços não lhes são favoráveis, postergam a colheita a espera de melhores preços, afetando a quantidade produzida daquele ano para aumentá-la no ano seguinte. Como resultado surge os altos e baixos picos de um biênio para outro, tanto na produção, como na área colhida, consequentemente afetando o rendimento, quando aquelas duas não variarem proporcionalmente e/ou na mesma direção. Analisando apenas o comportamento dos sete principais produtores observa-se que nos biênios 1998/1999 e 1993/1994 foram os únicos em que nenhum dos municípios apresentaram redução no rendimento, enquanto que no biênio 1992/1993 todos com exceção de Trairi, apresentaram diminuição. O comportamento do rendimento nos demais biênios do período analisado foi o seguinte: no período de 1990/1991, apenas Itapipoca teve crescimento (15%), Itarema(1%), Paraipaba e Beberibe, não apresentaram variação, enquanto que Acarau e Amontada apresentaram quedas de 28% e 24%, respectivamente. Em 1991/1992 Trairi, Acaraú, Paraipaba e Beberibe tiveram o rendimento nulo,
14 14 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 o município de Itarema apresentou queda de 2% e Itapipoca aumentou o rendimento em apenas 3%. No biênio 1994/1995, os municípios de Itarema, Acaraú, Amontada e Itapipoca também apresentaram rendimento nulo. Os municípios de Trairi(-1%), Paraipaba(-4%) e Beberibe (-4%), apresentaram rendimento negativo. No biênio 1995/1996, o único dos municípios que ultrapassou os 10 de evolução foi Paraipaba que conseguiu 141%. Nesse biênio houve outros três municípios que apresentaram sinais positivos: Itarema(11%), Beberibe(1) e Trairi(), e os demais reduziram seu rendimento: Itapipoca (-17%), Acaraú(- 16%) e Amontada (-5%). Em 1996/1997 registrou-se diminuição de rendimento nos municípios de Itarema (-4%), Paraipaba(-9%) e Beberibe (-16%), e aumento em Acaraú (21%), Itapipoca (2), Amontada (6%) e ficando inalterado em Trairi. No biênio 1997/1998 foi verificado um aumento, apenas em Acaraú (1%) e Beberibe (9%). Nos demais municípios, houve uma queda; Paraipaba (-19%), Itapipoca (-13%), Itarema (-9%), Trairi (-8%) e Amontada (-5%). No biênio 1999/2000 os municípios de Trairi, Amontada e Itapipoca não experimentaram alteração no rendimento, em Itarema e Acaraú ele foi reduzido em 14%, respectivamente e só teve aumento em Paraipaba(3%) e Beberibe (24%). No biênio 2000/2001 apenas Itarema e Itapipoca tiveram uma pequena diminuição de rendimento (1%, cada), em Trairi e Beberibe não houve evolução, já Paraipaba, Acaraú e Amontada apresentaram evoluções de 2%, 3% e 26%, respectivamente. No último biênio analisado, o de 2001/2002, a situação só não foi tão ruim como a do biênio 1992/1993, porque houve dois municípios que apresentaram evolução muito expressivas, foram eles: Paraipaba com 33% e Beberibe com 64%, os outros cinco tiveram diminuição de rendimento muito significativas como segue: Trairi(-1), Itarema (-12%), Acaraú e Amontada (-17%, cada) e Itapipoca (-35%). E interessante observar que dos sete municípios principais produtores, apenas Paraipaba e Beberibe não apresentaram quedas no rendimento desde o biênio 1998/1999, isto possivelmente deve-se ao grau de organização dos produtores, principalmente no caso de Paraipaba, onde os mesmos formaram a Associação de Agricultores Orgânicos (ADAO). Os produtores da mencionada associação
15 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 vêm aplicando técnicas modernas de produção, obtendo maiores rendimentos por hectare, comercializando sua produção através da associação de produtores e consumidores, desse modo apropriam-se de maiores margens de comercialização na cadeia produtiva. 15 A organização dos produtores tem se mostrado eficiente na hora da comercialização, através da redução da margem dos atravessadores, as quais são maiores quanto mais desorganizados são os agricultores (CUENCA E NAZÁRIO, 2002). Conclusões Em 2002, 92% dos coqueirais do estado do Ceará, encontra-se localizado na região dos Tabuleiros Costeiros e Baixadas Litorâneas, apesar da sua participação na produção estadual ter diminuído em 3%, no período analisado. A tendência a queda de preços pagos ao produtor e a alta valorização das terras litorâneas do Nordeste, tem comprometido o desempenho e a aplicação de determinadas tecnologias nos coqueirais brasileiros, principalmente, em se tratando dos plantios existentes no coração dos Tabuleiros Costeiros do Nordeste. Apesar destes e outros problemas que os cocoicultores vêm enfrentando em alguns estados, o agronegócio do coco tem potencial de crescimento e se constitui em boa alternativa de investimento no setor agrícola, desde que sejam solucionados problemas tecnológicos na conservação da água engarrafada e os fitosanitários que vem enfrentando desde as décadas passadas. Os graves problemas da cocoicultura que tem afetado outros estados nordestinos como Alagoas e Sergipe, pouco ou nenhum impacto negativo tem trazido ao desempenho da cultura no estado do Ceará, onde a quantidade produzida, produtividade e área colhida aumentou nos últimos doze anos 51%, 38% e 1, respectivamente. No ano de 2002, a rentabilidade da cultura, obtida na região dos TC/CE (R$1.613,08/ha) foi conseguida em grande parte pelo grau de organização dos cocoicultores cearenses, superando a rentabilidade conseguida no Nordeste (R$1.537,85/ha). No Brasil, a rentabilidade média de R$ 1.795,63/ha é altamente influenciada pela alta rentabilidade conseguida pela região Sudeste (R$ 4.014,01/ha) (IBGE, 2003).
16 16 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Referências Bibliográficas AGRIANUAL. Agrianual 2003 Anuário da Agricultura brasileira. São Paulo:FNP Consultoria & Comércio ed. Argos. CUENCA, M.A.G.; COSTA, W.V. - Estatísticas da Cocoicultura no Brasil /2001. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos, 29) CUENCA, M.A.G.; NAZÁRIO, C.C. - A COCOICULTURA NOS TABULEIROS COSTEIROS ALAGOANOS - Sua evolução entre 1990 e Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, No CLP do CPATC. CUENCA, M.A.G. Perfil Caracterização agrossocioeconômica dos produtores de coco do município de Pacatuba- SE. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Pesquisa em Andamento 50). CUENCA, M.A.G. Diagnóstico agrossocioeconômico da agropecuária no município de Barra dos Coqueiros. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 1998a. 9p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Comunicado Técnico 20). CUENCA, M.A.G. Importância econômica do coqueiro. In: FERREIRA, J.M.S; WARWICK, D.R.N; SIQUEIRA, L.A.(Eds). A cultura do coqueiro no Brasil 2.ver e amp. Brasília: Embrapa SPI, 1998b. Cap.1. CUENCA, M.A.G. Perfil agrossocioeconômico dos produtores de coco do município de Caucaia-CE. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos 15). FAO, Fundation Agricultural Organization, Roma :FAOSTAT Database Gateway FAO. Disponível: consultado no mês de novembro de PIRES, M. de M.; SÃO JOSE, A.R.; RUFINO, J.L.dos S.; BRAGA, M. J. Aspectos Econômicos da Cultura de Coco no Brasil. In COCO: Produção e mercado. Vitória da Conquista-BA, DFZ/UESB, p. PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL IBGE- Rio de Janeiro: IBGE - Sistema IBGE de recuperação automática SIDRA. Disponível: consultado no mês de outubro de 2003.
17 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e Apêndices Tabela 1 - Quantidade(mil frutos) produzida de coco nos TC CE Municipios Acaraú Amontada Aquiraz Aracati Aracoiaba Barreira Barroquinha Baturité Beberibe Camocim Cascavel Caucaia Chaval Chorozinho Cruz Eusébio Fortaleza Granja Guaiúba Horizonte Icapuí Itapipoca Itapiúna Itarema Limoeiro do Norte Maracanaú Maranguape Marco Morada Nova Ocara Pacajus Pacatuba Paracuru Paraipaba Pentecoste Pindoretama Russas Santana do Acaraú São Gonçalo do Amarante São Luís do Curu Trairi Tururu Umirim Uruburetama TOTAL TC CE 90 A TOTAL CE 90 A %TC EM REL CE 90 A % 94% 95% 92% 92% 92% 92% 93% 94% 95% 94% 93% 92%
18 18 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Tabela 2 - Participação (%) dos municípios dos TC CE na produção de coco Municipios Acaraú 8% 8% 9% 8% 13% 12% 11% 1 Amontada 5% 7% 7% 6% 6% 6% 7% 6% Aquiraz 4% 5% 4% 3% 3% 3% 3% 4% Aracati 7% 1% Aracoiaba 2% 1% 1% 1% 1% Barreira Barroquinha 1% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% Baturité Beberibe 2% 3% 2% 2% 3% 4% 3% 6% Camocim 2% 8% 6% 6% 4% 4% 4% 3% Cascavel 2% 2% 4% 6% 4% 4% 3% 4% Caucaia 7% 1% 1% 7% 4% 4% 4% 4% Chaval Chorozinho Cruz 3% Eusébio 1% 1% Fortaleza Granja Guaiúba Horizonte Icapuí 8% 2% 2% 2% 1% 1% 1% 2% Itapipoca 9% 7% 9% 9% 1 1 9% 6% Itapiúna Itarema 7% 14% 13% 11% 14% 12% 11% 1 Limoeiro do Norte 1% Maracanaú Maranguape Marco Morada Nova Ocara Pacajus Pacatuba Paracuru 1 2% 1% 1% 2% 2% 3% 3% Paraipaba 2% 9% 7% 7% 5% 5% 7% 9% Pentecoste 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% Pindoretama 1% 1% 1% 1% 1% Russas 1% Santana do Acaraú Média 9% 7% 4% 4% 1% 3% 4% 4% 5% 2% 5% 9% 1 4% 4% 1% 1% % 9% 2% 11% 2% 2% 4% 8% 6% 9% 13% 6% 1% 1% 2% % 7% 4% 1 1% 2% 2% 4% 7% 4% 8% 15% 7% 1% 1% 2% % 7% 4% 9% 1% 2% 3% 6% 3% 7% 13% 7% 9% 1% 1% 1% % 7% 4% 8% 2% 2% 3% 7% 2% 8% 3% 7% 1 2% 1% 1% % 8% 4% 8% 1% 2% 2% 3% 7% 2% 8% 4% 6% 11% 2% 1% 1% - São Gonçalo do Amarante 1% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 1% 1% 2% São Luís do Curu Trairi 12% 11% 9% 13% 11% 11% 13% 18% 15% 19% 19% 18% 17% 14% Tururu Umirim Uruburetama TOTAL CE 90 A
19 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e Tabela 3 - Evolução porcentual da quantidade produzida de coco nos TC do Ceará / / / / / / 1996 Municípios Acaraú 34% 6% -21% 25% 7% -35% 23% 1% 177% -1 3% -15% 16% 163% 1996 / / / / / / 2002 Média Amontada -18% 3% -2 29% -37% -16% 25% -5% 65% 2% 31% -16% 4% 1% Aquiraz 10-17% 2-27% 2% -34% 62% 25% 2% 27% 13% 158% Aracati -3 12% -1-96% -16% 74% 13% 96% 4% -91% Aracoiaba 9% -3% 3% 58% -7% 1925% -1% -33% -9% 2% 162% 1878% Barreira -17% 222% -38% -4% 53% 17% -7% 5% 19% 178% Barroquinha 36% -34% 4% 46% 8% 65% 1% -5% 6% 4% 11% 159% Baturité 10-5% 21% 617% 2% -1% -35% 45% -4% 62% 140 Beberibe -8% 18% -4% -9% 1% 14% 91% 4 64% 17% 38 Camocim 19% -2% 2% 28% 3% 91% -5% 5% 5% 15% 4% -21% 12% 195% Cascavel -34% -4% -6% -4 85% 9 14% 9% 43% Caucaia -2 13% 2% -94% 22% 1072% 1% 3% 83% -16% Chaval -28% -9% 9% 14% 5% -79% 62% 174% 43% 33% 19% 52% Chorozinho -24% -8% 504% -9% 71% 17% 11% 47% 748% Cruz -28% 1% -5 19% 31% -93% 64% 29% 12% 19% -6% -89% Eusébio -38% -1 7% 115% 32% -24% -45% 17% 4% 5% -13% Fortaleza -7% 25% -52% -17% -4% 69% -22% -5% -1% -44% Granja -4% -4% -13% 5% -96% 25% 38 67% 25% 32% -6 Guaiúba 4 13% 2% -22% -5% 17% 19% -6% 12% 6% 75% Horizonte -19% -2-4% -4% 494% 48% -12% 48% 7% 64% % Icapuí -17% 13% 2% -85% -6% 36% 11% 85% 3% -62% Itapipoca 2 3% -83% 67% 107% -51% 58% 13% 66% 3% -1% -34% 14% -3 Itapiúna -7% -3% -3% 41% -1 4% 3% 9% -1% 3% 29% Itarema 26% 18% -24% 2 13% 21% -9% 104% -14% -1% -1 12% 168% Limoeiro do Norte % -2 7% 653% -61% 349% -4% 87% 2567% Maracanaú -5 25% 76% -5% 19% 1 6% 38% Maranguape 11% 25% -1 2% 35% -3% -23% 72% -8% -7% 8% 89% Marco % 7% 55% 47% 82% 8% 38% - Morada Nova -9% 9% 6% -5% -2-2% -2 Ocara -82% -1-53% 6% 111% 3% -1-14% -4% -87% Pacajus -17% -4% 265% -2% 26% 26% 8% 2 27% 483% Pacatuba 1-39% 13% 253% 1% -72% 53% -28% 1 17% -8% Paracuru 1775% -2 25% -2% -9 5% 5% 175% 31% 4% 159% 65 Paraipaba 18% % -4% 172% -9% 2 5% 13% 31% 33% 35% 1996% Pentecoste 363% -2 25% -4% -42% 39% 14% 8% 24% 4% 34% 465% Pindoretama -38% -1 2% -72% 18% -3% % -44% Russas -17% -1 7% 112% -1 18% -31% 223% 58% 29% 536% Santana do Acaraú -4% 4% -4% -43% 228% % 2 32% 264% São Gonçalo do Amarante % -4% -37% 12% -1% 43% -12% 9% 4% 13% 132% São Luís do Curu 30-23% -58% 25% 23% -35% 25% 21% 63% Trairi -5% 1% -1% -25% 67% -8% 105% 5% -9% 11% 114% Tururu -78% 6% 26% 88% 11% 4% -38% Umirim 255% -14% 25% 25% -1 11% 24% 375% Uruburetama 13% -22% -1% -41% 1-3% -44% 1990 / 2002 TOTAL TC CE 90 A % 15% -28% 15% 4% -41% 24% 12% 64% 2% 5% -2% 6% 47% TOTAL UF 90 A % 14% -25% 14% 4% -4 22% 11% 61% 4% 5% -1% 6% 51% % (TC-Tot CE) 90/2002 1% -3% 1% -1% 2% 1% 3% -1% -1% -2%
20 20 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Tabela 4- Área (ha) colhida com coco no TC CE Municipios Acaraú Amontada Aquiraz Aracati Aracoiaba Barreira Barroquinha Baturité Beberibe Camocim Cascavel Caucaia Chaval Chorozinho Cruz Eusébio Fortaleza Granja Guaiúba Horizonte Icapuí Itapipoca Itapiúna Itarema Limoeiro do Norte Maracanaú Maranguape Marco Morada Nova Ocara Pacajus Pacatuba Paracuru Paraipaba Pentecoste Pindoretama Russas Santana do Acaraú São Gonçalo do Amarante São Luís do Curu Trairi Tururu Umirim Uruburetama TOTAL TC CE 90 A TOTAL CE 90 A %TC EM REL CE 90 A % 96% 96% 92% 92% 92% 93% 94% 94% 95% 95% 94% 94%
21 Tabela 5 - Concentração (%) da área colhida de coco por municípios do TC do Ceará Municipios Média Acaraú 4% 7% 7% 8% 8% 8% 12% 1 8% 12% 12% 12% 12% 9% Amontada 7% 7% 7% 7% 7% 4% 8% 7% 6% 5% 5% 5% 5% 6% Aquiraz 1% 3% 2% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 4% 4% 4% 4% 3% Aracati 17% 16% 14% 12% 12% 11% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 7% Aracoiaba 1% Barreira Barroquinha 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% Baturité Beberibe 3% 3% 2% 3% 3% 2% 4% 4% 4% 6% 6% 6% 6% 4% Camocim 2% 2% 2% 2% 2% 2% 5% 4% 4% 3% 3% 3% 3% 3% Cascavel 2% 2% 2% 2% 2% 2% 4% 3% 5% 4% 4% 4% 4% 3% Caucaia 6% 5% 5% 5% 5% 5% 1% 1% 7% 6% 5% 5% 5% 5% Chaval Chorozinho Cruz 4% 4% 4% 2% 3% 3% 1% 2% Eusébio 1% 1% Fortaleza Granja Guaiúba Horizonte 1% Icapuí 14% 13% 12% 13% 13% 12% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 7% Itapipoca 14% 14% 12% 4% 4% 8% 9% 9% 1 9% 9% 8% 8% 9% Itapiúna Itarema 6% 7% 7% 7% 7% 8% 15% 16% 13% 13% 12% 12% 12% 1 Limoeiro do Norte Maracanaú Maranguape Marco Morada Nova Ocara Pacajus Pacatuba Paracuru 7% 8% 8% 7% 2% 2% 1% 3% 2% 3% 3% 4% Paraipaba 1% 1% 2% 2% 1% 3% 3% 3% 3% 3% 4% 4% 2% Pentecoste 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% Pindoretama 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% Russas Santana do Acaraú Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 São Gonçalo do Amarante 1% 1% 1% 2% 2% 1% 3% 2% 2% 2% 1% 2% 1% 2% São Luís do Curu Trairi 11% 1 9% % 2 17% 17% 17% 17% 17% 14% Tururu Umirim Uruburetama TOTAL CE 90 A
22 Tabela 6 - Evolução porcentual da área colhida com coco no TC do Ceará Municípios 1990 / / / / / / / / / / / / Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e Média Acaraú 86% 6% 1% 7% -23% 1% 72% 5% 3% 13% 208% Amontada 8% 3% 1% 3% -37% -11% 19% 3% 2% 4% 1% -1% -17% Aquiraz % 17% 153% 19% 20 Aracati -25% -97% 75% -4% -96% Aracoiaba 9% 5-6% 871% -3% 77% 1355% Barreira 222% -31% 1 17% 144% Barroquinha 37% 34% 6% 1% 6% 95% Baturité 10 25% 65 3% -3% -36% 62% 110 Beberibe -17% 2 5% 91% 12% 9% 126% Camocim 5% 4% 21% 24% 4% 11% 3% 2% 6% 10 Cascavel 4% 103% 9% 111% Caucaia -9 16% 779% 59% Chaval 3% -83% % 29% 52% Chorozinho 86-6% 71% 80 Cruz 3% -46% 19% 2-93% 56% 1% 1% 4% -3% -9 Eusébio 122% 61% -37% -46% 8% 2 Fortaleza 17% -52% 3-23% -2% -44% Granja -96% 70 25% 52% -6 Guaiúba 4-14% 17% 4% 4 Horizonte 66 68% 9% 7% 17% 63% 165 Icapuí -86% 25% -5% -82% Itapipoca 4% -71% 107% -41% 32% 29% 3% 2% 5% -34% Itapiúna -7% 7% -7% 7% Itarema 25% 2-14% 2 2% 26% 13% 2% 8% 13 Limoeiro do Norte % % 52 Maracanaú % 5% Maranguape 11% 2 3% -3% 17% 4% 56% Marco % -27% 25% 2 8% 18% - Morada Nova Ocara -73% -63% 67% -6% -83% Pacajus 325% 9% 12% 15% 8% 8% 31% 60 Pacatuba 1-39% 13-57% 4% -33% Paracuru 1775% -86% 122% 31% 153% 65 Paraipaba 18% % 48% 1 28% 22% 731% Pentecoste 363% -46% 7 1% 32% 35% 465% Pindoretama -71% 25% 173% 11% Russas 103% 7% -23% 112% 66% 22% 487% Santana do Acaraú 83% 16% 42% 12% 203% São Gonçalo do Amarante 14-12% 13% -12% 9% 12% 132% São Luís do Curu 30-68% 54% -35% 21% 3 Trairi -25% 67% 24% 5% 2% 6% 65% Tururu -7 67% -5 Umirim 28 23% 28 Uruburetama -55% -5% -55% TOTAL TC CE 90 A % 12% -14% 1% 5% -48% 22% 17% 22% 4% 2% 2% 3% 8% TOTAL UF 90 A % 11% -1 1% 4% -48% 21% 17% 21% 4% 2% 2% 3% 1 % (TC-Tot CE) 90/2002 1% -4% 1% 1% -2% 1990 /
23 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e Tabela 7 - Rendimento(frutos/ha) do coco no TC CE 1990/2002. Municipios Acaraú Amontada Aquiraz Aracati Aracoiaba Barreira Barroquinha Baturité Beberibe Camocim Cascavel Caucaia Chaval Chorozinho Cruz Eusébio Fortaleza Granja Guaiúba Horizonte Icapuí Itapipoca Itapiúna Itarema Limoeiro do Norte Maracanaú Maranguape Marco Morada Nova Ocara Pacajus Pacatuba Paracuru Paraipaba Pentecoste Pindoretama Russas Santana do Acaraú São Gonçalo do Amarante São Luís do Curu Trairi Tururu Umirim Uruburetama TOTAL TC CE 90 A TOTAL CE 90 A Dif de Rend (TC e CE) -1% -2% -1% -1% -1% -1% -1% -2%
24 24 Comportamento da cocoicultura nos tabuleiros costeiros do Ceará. Sua evolução entre 1990 e 2002 Tabela 8 - Evolução porcentual do rendimento do coco nos municípios dos TC do Ceará / / / / / / 1996 Municípios Acaraú -28% -22% 25% -16% 21% 1% 61% -14% 3% -17% 1% -15% 1996 / / / / / / 2002 Média Amontada -24% -2 25% -5% 6% -5% 61% 26% -17% 4% 21% Aquiraz -17% 73% -13% -34% -36% 25% 1% 27% 2% -14% Aracati -7% 12% -1 22% -16% 13% 96% 9% 112% Aracoiaba -3% 3% 6% -2% 109% 2% -33% -9% 2% 6% 36% Barreira -17% -1-4% 4 17% -7% 5% 2% 14% Barroquinha -34% 4% 46% 8% 24% 1% -5% 3% 4% 33% Baturité -5% -3% -4% -1% 2% 1% 45% -4% 3% 25% Beberibe -8% 18% -4% 1-16% 9% 24% 64% 8% 113% Camocim 14% -2% -3% 5% 3% 54% -5% 5% 1% 4% 1% -22% 4% 48% Cascavel -34% -4% -6% -42% 85% -6% 14% 1% -32% Caucaia -2 13% 2% -38% 5% 33% 1% 3% -16% Chaval -3-9% 9% 14% 5% 24% -63% 83% 43% 6% Chorozinho -24% -8% -37% -3% 71% 17% 11% 2% -6% Cruz -28% -3% -9% 9% -5% 5% 29% 11% 18% -9% 2% 7% Eusébio -38% -1 7% -3% -18% 22% 3% 17% 4% -1% -27% Fortaleza -2 25% -36% -4% 3 69% -22% -5% 3% Granja -4% -4% -13% 5% -5% 25% -4 67% 3% Guaiúba 13% 2% -9% -5% 19% -6% 12% 2% 25% Horizonte -19% -2-4% -4% -22% -12% -19% 48% 4-1% -31% Icapuí -17% 13% 2% 6% -6% 9% 11% 85% 9% 114% Itapipoca 15% 3% -41% 67% -17% 2-13% 66% -1% -35% 5% 7% Itapiúna -3% -3% 32% -3% -3% 3% 9% -1% 3% 29% Itarema 1% -2% -12% 11% -4% -9% 81% -14% -1% -12% 3% 16% Limoeiro do Norte 7% 143% -61% 349% -4% 36% 33 Maracanaú 25% -2-5% 31% 1 3% 38% Maranguape 25% -1-15% 3-3% -21% 47% -8% -7% 3% 21% Marco % 24% 22% 82% 24% - Morada Nova -9% 9% 6% -5% -2-2% -2 Ocara -33% -1 26% 6% 27% 3% -1-14% -1% -2 Pacajus -17% -4% -14% -11% 12% 9% 11% -1% -17% Pacatuba 13% 54% 1% -36% 53% -28% 1 6% 38% Paracuru -2 25% -2% -29% 5% 5% 24% 4% 1% Paraipaba -2 25% -4% 141% -9% -19% 5% 3% 2% 33% 13% 152% Pentecoste -2 25% -4% 7% -18% 14% 7% -6% 4% 1% Pindoretama -38% -1 2% -5% -6% -3% 3% 1-4% -44% Russas -17% -1 7% 4% -1 11% -1 52% -5% 2% 8% Santana do Acaraú -4% 4% -4% -69% 182% -65% 237% 2 25% 2 São Gonçalo do Amarante -2 25% -4% -29% 12% -1% 26% 4% 1% São Luís do Curu 137% -58% 25% -2 25% 9% 25% Trairi -5% 1% -1% -8% 66% -1 4% 3 Tururu -25% 6% 26% 13% 11% 3% 25% Umirim -7% -14% 25% 25% -1 11% 3% 25% Uruburetama 13% 73% -1% -41% 1 4% 25% 1990 / 2002 TOTAL TC CE 90 A % 3% -16% 13% -1% 13% 1% -4% 34% -1% 3% -3% 3% 37% TOTAL UF 90 A % 3% -17% 13% 15% 1% -5% 33% 3% -2% 3% 38%
25 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa Agropecuária dos Tabuleiros Costeiros Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Av. Beira-Mar, 3250, Caixa Postal 44 CEP , Aracaju, SE Fone (0**79) Fax (0**79) sac@cpatc.embrapa.br MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
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