Circular 15, de 05/07/ Direcção de Serviços dos Impostos do Selo e das Transmissões do Património
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- Ana Luísa Machado Viveiros
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1 Circular 15, de 05/07/ Direcção de Serviços dos Impostos do Selo e das Transmissões do Património Tributação de várias realidades sujeitas a imposto do selo, especialmente, ao nível das instituições de crédito Circular 15, de 05/07/ Direcção de Serviços dos Impostos do Selo e das Transmissões do Património Tributação de várias realidades sujeitas a imposto do selo, especialmente, ao nível das instituições de crédito Lei n.º 150/99, de 11 de Setembro Artº s 1º; 3º, nºs 1 a 3; e 6º Código do Imposto do Selo (CIS) Artºs 2º; 3º, nº 3, al. e); 4º, nºs 1 e 2, al. a); 6º, nº 1, als c) a h), m) e o); 12º; 13º, al. c), f) e g); 14º, al. a); 17º, nº 2; 19º; 21º e 29º, nº 1 Tabela Geral anexa ao Código do Imposto do Selo (TG) N.ºs 2; 4; 8; 10; 12; 15 Pontos 17.1; a ; e ; 23.1 e 23.2 Razão das instruções Após a prorrogação da data da entrada em vigor do Código do Imposto do Selo e respectiva Tabela, aprovados pela Lei n.º 150/99, de 11 de Setembro, suscitaram-se várias dúvidas sobre a sua aplicação Estudado o assunto, foi, por despacho de 29/06/2000, de Sua Excelência o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, sancionado o seguinte entendimento I REGIME TRANSITÓRIO PREVISTO NA LEI N.º 150/99 Diploma preambular 1.Face ao disposto no n.º 2 do art.º 3.º da citada Lei n.º 150/99, alterado pela Lei n.º 176-A/99, de 30 de Dezembro, que altera a Lei n.º 87-B/98, de 31 de Dezembro (Orçamento do Estado para 1999), passou a Tabela Geral a aplicar-se aos contratos celebrados a partir da data da entrada em vigor do novo Código, ou seja, 1 de Março de 2000, e não 1 de Janeiro de 2000, como inicialmente estava previsto. O que são "novos contratos" 1.1.Assim, e face ao disposto no n.º 2 do mesmo artigo, a regra da segunda prorrogação aplica-se aos contratos celebrados anteriormente a 01/03/2000, entendendo-se como primeira prorrogação a que ocorra logo após essa data de 01/03/2000, independentemente do número de prorrogações que tenham ocorrido anteriormente. Contratos de prazo indeterminado 1.2.Os contratos de prazo indeterminado, nas situações em que a lei os admita, não vêm contemplados no direito transitório, dada a impossibilidade da sua prorrogação. Daí que, a partir da entrada em vigor do novo Código, não se devam considerar "novos contratos". Abertura de crédito 1
2 1.3..No tocante às aberturas de crédito efectuadas até à data de , para além de distinguir entre aberturas de crédito simples e aberturas de crédito em conta corrente, há que definir a que tipo de aberturas de crédito se aplica o regime transitório. Assim: Conceito de abertura de crédito O que se entende por abertura de crédito no regime transitório: Antes de mais, afirma-se que a regra contida no art.º 3.º, n.º 3, da Lei n.º 150/99, de 11 de Setembro, não se aplica, sem mais, a quaisquer operações de financiamento (lato sensu) que admitam a realização de sucessivos desembolsos e reembolsos por parte dos mutuários. Em primeiro lugar, a citada norma transitória apenas se aplica a contratos de abertura de crédito, como, expressamente, refere o seu texto. O conceito de abertura de crédito, tendo em conta que se trata de contratos celebrados antes da entrada em vigor do Código do Imposto do Selo, só pode ser o que é dado pelo artigo 1 da Tabela Geral do Imposto do Selo (TGIS), em vigor até 29 de Fevereiro de 2000, que se transcreve, na parte que interessa: "Para os efeitos deste artigo, entende-se por abertura de crédito a obrigação que alguém assume, por meio de instrumento público, escrito particular ou correspondência, de fornecer a outrem fundos, mercadorias ou outros valores, quer seja para utilizar no País, quer no estrangeiro". Em segundo lugar, deve ter-se em mente que a citada norma transitória só é de aplicar aos contratos de abertura de crédito em conta corrente, como o inculca a remissão para o ponto da Tabela anexa ao Código, excluindo, portanto, as restantes figuras do referido ponto Interessa, por último, ter em conta que só poderão ser incluídos no regime transitório a que alude o citado n.º 3 do art.º 3.º os contratos de abertura de crédito em que seja possível estabelecer um nexo de causalidade inequívoco entre esses contratos e as utilizações efectuadas ao abrigo dos mesmos, de forma a poder apurar-se, designadamente, se o imposto do selo, devido na data do contrato, foi efectivamente arrecadado e entregue nos cofres do Estado. Por contrato de abertura de crédito em conta corrente deve entender-se aquela modalidade de abertura de crédito, que, definida nos termos anteriores, permite ao creditado (beneficiário do crédito) a reconstituição do crédito, na parte já utilizada, que o banco se comprometeu a fornecer-lhe Aberturas de crédito simples: O imposto, como é óbvio, deveria ter sido liquidado e arrecadado na data da celebração do contrato, à taxa de 5%o prevista no artigo 1 da anterior Tabela Geral do Imposto do Selo, independentemente da data em que seja utilizado o crédito. Se a abertura de crédito tiver sido realizada por prazo indeterminado, o que muito dificilmente ocorrerá, só há lugar ao pagamento do imposto inicial e já referido. Todavia, se se tratar de contrato celebrado com prazo determinado, então, se houver prorrogações do prazo, que ocorram na vigência do Código do Imposto do Selo, a sua sujeição a imposto surgirá por força do n.º 2 do citado art.º 3.º da Lei n.º 150/ Aberturas de crédito em conta corrente: 2
3 Também, neste caso, dever-se-ia ter procedido à liquidação e arrecadação do imposto, na data da celebração do contrato, à taxa de 5%o, já mencionada, independentemente, da data em que seja utilizado o crédito, desde que as utilizações ocorram até e nunca excedam, em qualquer momento, o montante do crédito de que se assumiu a obrigação de fornecer, porque, nesta situação, ter-se-á de pagar imposto sobre o mencionado excesso. Findo o referido período transitório, que, por força do n.º. 3 do citado art.º 3.º, termina em , todas as utilizações de crédito que se fizerem a partir de , estão sujeitas a imposto, nos termos da parte final do aludido n.º 3. Observa-se, no entanto, que o regime transitório previsto no n.º 3 do referido art.º 3.º só se aplica aos contratos de abertura de crédito em conta corrente, celebrados antes da entrada em vigor do Código do Imposto do Selo e cujo termo, nessa data, se encontre previsto para além de ; aplica-se, ainda, aos contratos de abertura de crédito em conta corrente que tenham sido celebrados até ao início da vigência do Código e cujo prazo termine antes de ; os contratos, nas mesmas condições, mas cujo termo se verifique entre a data da entrada em vigor do Código do Imposto do Selo e e venham a ser prorrogados, são regidos pelo n.º 2 do citado art.º 3.º. II APLICAÇÃO DO NOVO CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO E TABELA ANEXA A) Actos, contratos e operações relacionados com a actividade financeira Entidades obrigadas à apresentação das garantias 1.As entidades obrigadas à apresentação das garantias referidas no art.º 3.º, n.º 3, alínea e) do CIS são os clientes do Banco. Documentos, actos ou contratos celebrados ou emitidos no estrangeiro 2.O conteúdo da alínea a) do nº 2 do artº 4º do CIS tem um sentido amplo. Efectivamente, desde que haja lugar a tributação, de conformidade com o art.º 1.º do Código, os documentos estão sujeitos a imposto quer sejam apresentados a entidades públicas ou privadas, uma vez que a norma legal em causa não faz quaisquer excepções. Cheques passados no estrangeiro 3.Quanto aos cheques, passados no estrangeiro e apresentados a pagamento em Portugal não estão sujeitos a selo. É que o n.º 4 da Tabela Geral, anexa ao Código, tributa, apenas, os cheques "passados no território nacional". Foi, pois, vontade expressa do legislador afastar da incidência os cheques "passados no estrangeiro". Logo, não estando sujeitos, não podem ser tributados. Empréstimos efectuados em Portugal a não residentes 4.Os empréstimos efectuados por residentes em Portugal a entidades não residentes neste território estão sujeitos a imposto, por força da regra geral do princípio da territorialidade, prevista no n.º 1 do art.º 4.º do Código. Juros cobrados por instituições de crédito sediadas em Portugal a sucursais suas estabelecidas num país estrangeiro 5.Os juros cobrados por instituições de crédito sediadas em Portugal a sucursais suas estabelecidas num país estrangeiro, que não seja Estado-membro da União Europeia, estão sujeitos a imposto do selo, por força, mais uma vez se afirma, da regra geral prevista 3
4 no n.º 1 do art.º 4.º do citado Código, a não ser que haja lugar a isenção, nos termos da parte final da alínea e) do n.º 1 do art. 6.º do Código (domicílio no Estado cumpridor dos princípios decorrentes do Código de Conduta). Os escritos de contratos de empréstimos de títulos beneficiam de isenção de imposto 6.Os empréstimos de títulos são operações a prazo sobre valores mobiliários, nos termos dos artigos 253.º e 256º. do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. Como tal, os escritos de contratos de tais operações encontram-se incluídos na isenção a que respeita a alínea c) do n.º 1 do referido artigo 6.º, desde que se realizem no âmbito daquelas normas. Salienta-se, no entanto, que a isenção consignada nas alíneas c) e d) do n.º 1 do artigo 6º. do Código, constituindo mera transposição da que constava, respectivamente, dos artigos 92, alínea c), e 94, n.º 4, da anterior Tabela Geral do Imposto do Selo, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 85/96, de 29 de Junho, apenas se aplica às operações realizadas em bolsas nacionais. A isenção concedida às comissões pela alínea f) do n.º 1 do art. 6º do Código aplica-se a todas as comissões cobradas após a entrada em vigor do novo Código 7.A isenção concedida às comissões pela alínea f) do n.º 1 do art. 6.º do Código aplica-se a todas as comissões cobradas após a entrada em vigor do novo Código. Na verdade, a partir de , por força dos artºs. 1.º e 6.º da Lei n.º 150/99, o Regulamento do Imposto do Selo e a Tabela Geral do Imposto do Selo foram substituídos, respectivamente, pelo Código do Imposto do Selo e pela Tabela Geral anexa. Ora, como é a cobrança das comissões que constitui o facto tributário e dado que o mesmo ocorre já na vigência do novo diploma, é lógico que a isenção deva aplicar-se a todos os factos tributários ocorridos na sua vigência e não excepcionados nas normas transitórias, que é, precisamente, o caso. A isenção concedida às operações referidas nas alíneas g) e h) do n.º 1 do art.º 6 do Código aplica-se às realizadas desde O prazo de um ano a que se referem as alíneas g) e h) do n.º 1 do art.º 6.º do Código não pode considerar-se um alargamento do prazo de 180 dias estabelecido para as operações de tesouraria previsto no art.º 54 da anterior TGIS, uma vez que, não se pode falar, em termos técnicos, de que se alargou o prazo de isenção. Na verdade, enquanto, na anterior Tabela, as citadas operações de tesouraria se encontravam excluídas da tributação, ou seja, não se encontravam sujeitas a imposto, a partir da data da entrada em vigor da nova Tabela Geral, em , as operações financeiras realizadas por prazo não superior a um ano, nas condições a que aludem as alíneas g) e h) do n.º 1 do citado art.º 6.º, estão sujeitas a imposto, embora dele isentas. Sendo assim, não há dúvida de que se trata de situações tributárias diferentes. Logo, a isenção prevista nas citadas alíneas g) e h) só se aplica às operações financeiras aí enunciadas, realizadas a partir de Âmbito de aplicação da isenção concedida ao crédito por prazo improrrogável de seis dias - alínea m) do n.º. 1 do art.º. 6º do Código 9.A alínea m) do n.º 1 do art.º 6.º atribui isenção ao "crédito concedido por prazo improrrogável não superior a 6 dias úteis, a contar da data do contrato", tal como já acontecia com o art.º 1 da anterior Tabela Geral. Esta alínea aplica-se aos contratos de concessão de crédito, quando comprovadamente titulados e desde que dos mesmos conste o seu prazo improrrogável. O prazo deve contar-se a partir da data da "concessão do crédito" - que é a data do contrato - nos precisos termos da citada alínea, e não da sua 4
5 utilização, porque, dado o curto espaço de tempo que medeia entre a concessão e o reembolso do crédito, o legislador pressupôs que, na maioria das situações, as datas da concessão e da utilização coincidirão. Assim, não estão abrangidas pela isenção as situações de utilização de crédito sob a forma de conta corrente e de descoberto bancário. "Conta-ordenado" 10.A isenção referida na alínea o) do n.º 1 do art.º 6.º do CIS abrange o valor correspondente ao ordenado creditado mensalmente na conta designada geralmente como "conta ordenado", pelo que as importâncias creditadas que excedem esse montante ficam sujeitas a imposto. Os benefícios fiscais concedidos por leis especiais mantêm-se após a entrada em vigor do Código do Imposto do Selo 11.Os benefícios fiscais em sede de imposto do selo, concedidos por leis especiais, mantêm-se, após a entrada em vigor do Código do Imposto do Selo, aprovado pela referida Lei n.º 150/99. É que, além de terem sido concedidos por leis especiais, há que ter em conta que o imposto do selo não foi abolido; o seu regime jurídico é que foi alterado. Nos cheques editados a obrigação tributária nasce no momento da recepção, após a personalização 12.Nos cheques editados por instituições de crédito domiciliadas em território nacional, a obrigação tributária, nos termos da alínea c) do art.º 13.º, nasce no momento da recepção de cada impressão, derivada da personalização dos cheques em nome do cliente, quer a impressão seja realizada pela própria instituição de crédito, quer haja necessidade de recorrer a entidades externas. Na verdade, só nesse momento é que há possibilidade de identificar o cheque, como objecto de tributação, pois é a altura em que é reconhecível, quer pelo seu número, quer pelo seu titular, quer, ainda, pelo número da conta. Letras e livranças em branco 13.As letras e livranças em branco têm de ser tributadas, no momento em que possam ser preenchidas nos termos previstos na convenção de preenchimento, tal como expressamente refere a alínea f) do art.º. 13º. do Código. O que deve entender-se por "realização" da operação de crédito 14.O momento da "realização" da operação de crédito, previsto na alínea g) do art.º 13.º do Código é aquele em que o crédito é utilizado. É que a citada alínea g) refere-se não só às aberturas de crédito, como também aos mútuos, aos empréstimos bancários propriamente ditos e a outras formas de concessão de crédito. Utilizou-se um termo com sentido amplo, de molde a abranger não só os contratos reais, em que a entrega do crédito é elemento essencial do contrato, mas também todas as situações, em que a utilização do crédito é diferida para momento ou momentos posteriores à celebração do contrato. Em termos conclusivos, pode afirmar-se que a operação de crédito se realiza quando o crédito é utilizado. A contabilidade - e não os meros elementos de suporte - deve reflectir directamente o imposto liquidado e suportado 15. Para cumprimento das obrigações contabilísticas, nos termos do art.º 19.º do Código, é claro que esta norma não se limita a exigir que as aplicações informáticas contenham a 5
6 informação necessária para a entrega do imposto. Efectivamente, ao declarar que a contabilidade e não os meros elementos de suporte deve ser organizada de modo a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco dos elementos necessários à verificação do imposto do selo liquidado e suportado, o legislador pretendeu claramente que a contabilidade reflectisse directamente o imposto liquidado e suportado, não se satisfazendo que esse fim fosse cumprido por informação exterior à contabilidade. O registo a que se referem os n.ºs 2 e 3 do art.º 19.º é, efectivamente, como resulta, "a contrario", do seu n.º 4, o registo contabilístico das operações, o que obriga a um desdobramento do plano de contas para além do estabelecido pelo Banco de Portugal. A obrigação imposta pelo n.º 2 é "para cumprimento do n.º 1", ou seja, para que a contabilidade possa reflectir os elementos necessários à verificação do imposto liquidado e suportado, não fazendo sentido a redução desse dever ao de possuir uma mera informação de suporte que justifique os saldos contabilísticos de acordo com as regras do Código. Quais as entidades que passam cheques 16.No art.º 21.º, o termo "passar" é sinónimo de entregar os cheques ao cliente. Portanto, as entidades que passam os cheques são as que procedem à sua edição e os mandam imprimir, nos termos do n.º 1 do art.º 29.º do CIS, ou seja, as instituições de crédito, as quais terão obrigatoriamente um registo dos cheques impressos, de acordo com o n.º 3 deste artigo. Aliás, já, anteriormente, o 1.º do art.º 99.º do Regulamento do Imposto do Selo, assim como os artigos 46, 47 e 48 da Tabela respectiva se referiam a "cheques passados" com o significado de "cheques editados" ou "entregues aos clientes". Tributação das garantias 17.Só estão sujeitas a imposto pelo novo regime as garantias, a que se refere o n.º 10 da Tabela Geral, emitidas após a data da entrada em vigor do Código do Imposto do Selo, o que inclui, obviamente, as emitidas após essa mesma data, ainda que ao abrigo de contratos de abertura de crédito formalizados em data anterior, dado tratar-se de factos tributários que ocorrem na vigência deste Código. O princípio subjacente ao n.º 10 da TG é o de que será havido como garantia qualquer instrumento jurídico destinado ao cumprimento da obrigação e que implique diminuição do património do garante. A prorrogação das garantias 18.No caso de garantias emitidas após a data da entrada em vigor do Código, em relação às quais se verifiquem prorrogações, há que observar o seguinte: Primeiras prorrogações (automáticas): Na altura da emissão, o imposto é liquidado pela taxa correspondente ao prazo do contrato de garantia, devendo partir-se do pressuposto de que a prorrogação não vai ocorrer. Se se der a prorrogação, há que, nessa altura, corrigir a liquidação, aplicando a taxa correspondente ao somatório do tempo que mediar entre a data da emissão e o limite temporal coberto pela primeira prorrogação. Prorrogações não automáticas efectuadas antes do 30.º dia anterior ao termo do prazo: Na data da prorrogação, há que corrigir a liquidação inicial, aplicando-se a taxa correspondente ao somatório do prazo que medeia entre o prazo inicial e o termo do prazo ocasionado pela prorrogação. 6
7 Esta interpretação fundamenta-se no princípio geral que dimana do Código e da Tabela, ou seja, o de que as garantias são tributadas em função do prazo. Garantias associadas a contragarantias 19.O contrato para prestação de garantia, na medida em que consubstancia uma promessa, está sujeito, apenas, ao selo do n.º 8 da Tabela Geral. O termo de garantia associado, por seu lado, configura o escrito em que é formalizada a constituição da garantia. Sendo assim, uma vez que a garantia é especialmente tributada, o escrito não está sujeito ao selo do referido n.º 8 da Tabela. Se houver uma contragarantia associada ao contrato de prestação de garantia e de constituição da mesma, tudo no mesmo documento, há lugar ao pagamento de imposto pela garantia e pela contragarantia, mas não pelo escrito, pelos motivos que se vêm referindo. Garantias por prazo indeterminado 20.Às garantias prestadas por prazo indeterminado aplica-se o prazo superior a 5 anos, a que se refere o ponto 10.3 da Tabela Geral, por interpretação extensiva. Na verdade, tem de entender-se que, não estipulando as partes um prazo para a sua validade, quiseram as mesmas que a garantia valesse indefinidamente, dentro dos limites da Ordem Jurídica, como é evidente. Tributação dos cartões de crédito 21.Sobre a dúvida havida na tributação dos cartões de crédito, quando não há cobrança de juros, independentemente da entidade que emite o cartão se poder reembolsar a qualquer momento dos valores utilizados, há que ter em consideração que a tributação das operações financeiras a que se refere o ponto 17.1 da Tabela não implica que haja cobrança de juros. Basta, tão só, que haja utilização de crédito, nos termos aí definidos. No caso dos cartões de crédito, os seus titulares, nos termos contratualmente estipulados, durante um prazo fixo, não pagam qualquer juro. Ora, como se referiu, este facto, de per si, não configura uma exclusão da tributação do crédito. O que pode questionar-se é se a utilização do cartão, durante esse período, contratualmente fixado, é equivalente à utilização de crédito. Efectivamente, não é. Na verdade, o que há é um diferimento, no tempo, do pagamento dos bens ou serviços adquiridos através do cartão, resultante do contrato, de que beneficia o seu titular. Se o reembolso à entidade emitente do cartão não se verificar no prazo acordado, daí resultará, como é óbvio, um financiamento, cuja tributação está prevista no ponto da Tabela anexa ao Código. Conceito de "nova concessão de crédito", previsto no ponto 17.1 da Tabela Geral 22.O conceito de "nova concessão de crédito", previsto no ponto 17.1 da Tabela Geral, aplica-se, antes de mais, às prorrogações de prazo de contratos celebrados na vigência do Código do Imposto do Selo. No entanto, também passará a ser aplicável a todas as prorrogações que, embora respeitantes a contratos celebrados antes da entrada em vigor do Código, ocorram já na vigência do mesmo e que, por força do n.º 2 do art.º 3.º da referida Lei n.º 150/99, hajam de considerar-se novos contratos. Prorrogações dos contratos No que toca, especificamente, às primeiras prorrogações do prazo dos contratos, assim como às prorrogações não automáticas do seu prazo efectuadas antes do 30.º dia anterior 7
8 ao seu termo, há que atentar nas seguintes hipóteses: Primeiras prorrogações (automáticas): Na altura da celebração do contrato, o imposto é liquidado pela taxa correspondente ao prazo do contrato, devendo partir-se do pressuposto de que não ocorre a prorrogação. Se se der a prorrogação, há que, nessa altura, corrigir a liquidação, aplicando a taxa correspondente ao tempo que mediar entre a data inicial e o limite temporal coberto pela primeira prorrogação, de harmonia com a parte final da alínea g) do art.º 13.º do Código do Imposto do Selo. Prorrogações não automáticas efectuadas antes do 30.º dia anterior ao termo do prazo: Na data da prorrogação, há que corrigir a liquidação inicial, aplicando-se a taxa correspondente ao prazo que medeia entre o prazo inicial e o termo do prazo ocasionado pela prorrogação, de harmonia com a parte final da alínea g) do art.º 13.º do referido Código. Além das situações descritas, pode ocorrer que o prazo fixado no contrato seja alargado por períodos de tempo não coincidentes com o período inicialmente acordado. Se tal ocorrer, então, na data da efectivação das alterações contratuais, há que, também, corrigir a liquidação, utilizando-se a taxa que corresponder ao prazo inicialmente previsto acrescido do prazo adicional, de modo que a taxa final seja correspondente ao tempo total durante o qual o crédito é utilizado, nos termos previstos na alínea g) do referido art.º 13º. Esta interpretação fundamenta-se, além do citado art.º 13.º do Código, também, no princípio geral que dimana do mesmo Código e da Tabela, ou seja, o de que o crédito é tributado em função do prazo por que é utilizado. Além do mais, a não ser assim, estariam abertas todas as vias para as mais variadas fraudes, o que, de certo, não foi querido pelo legislador. A enumeração do ponto 17.1 da Tabela é exemplificativa 23.No referido ponto 17.1 da Tabela Geral, tributa-se a utilização de crédito, em virtude da sua concessão a qualquer título. A enumeração constante daquela norma é meramente exemplificativa e não taxativa. Tributação da cessão de crédito 24.No caso específico da cessão de crédito, o legislador pretendeu estender a tributação ao cessionário, não excluindo o cedente, sempre que a cessão envolva financiamento a um ou a outro, consoante o caso. O facto tributário não é a cessão, mas, sim, o financiamento associado. As taxas a aplicar, neste caso, serão as correspondentes ao período por que deve durar o citado financiamento. O leasing não está sujeito a imposto 25.Quanto ao leasing, o legislador não pretendeu tributá-lo, pois o leasing não é propriamente um meio de financiamento. Na verdade, segundo o artº 1.º do Decreto-Lei n.º 149/95, de 24.06, que institui o regime jurídico do contrato de locação financeira, "Locação financeira é o contrato pelo qual uma das partes se obriga, mediante retribuição, a ceder a outra o gozo temporário de uma coisa, móvel ou imóvel, adquirida ou constituída por indicação desta, e que o locatário poderá comprar, decorrido o período acordado, por um preço nele determinado ou determinável mediante simples aplicação dos critérios nele 8
9 fixados". Taxa a aplicar às aberturas de crédito, quando, nos termos contratuais, há prazo determinado ou for determinável 26.No caso de aberturas de crédito, simples ou no regime de conta corrente, em que o prazo de reembolso das respectivas utilizações se encontre determinado ou for determinável, nos termos do respectivo contrato, a tributação faz-se nos termos dos pontos a da Tabela Geral. Nota-se que o prazo é o que medeia entre cada utilização e o reembolso, nos termos contratados. Contagem do prazo a que se referem os pontos a da TG 27.Para efeitos de aplicação das taxas a que se referem os pontos a , o prazo a considerar é sempre aquele que for estipulado, na data do contrato e, como o que se tributa são as utilizações de crédito, o prazo, se se encontrar determinado ou for determinável, é o que medeia entre cada utilização e o reembolso do crédito, pelo que serão irrelevantes quaisquer alterações posteriores, designadamente, os reembolsos antecipados. O imposto a que se refere o ponto da TG calcula-se sobre os saldos-valor 28.O Imposto a que se refere o ponto da Tabela Geral deve ser calculado tendo em consideração não os saldos contabilísticos mas os saldos-valor diariamente apurados, uma vez que estes reflectem com maior rigor a dívida e, consequentemente, o imposto devido. Selo nas letras e livranças Juros 29.A incidência do imposto sobre os juros devidos por letras e livranças encontra-se expressamente referida nos pontos e da Tabela. A situação é precisamente igual à que resultava do Regulamento do Imposto do Selo e da Tabela anexa. Capital O mesmo acontece quanto ao imposto devido nos termos dos pontos 23.1 e 23.2 da actual Tabela Geral, correspondente ao capital emprestado e representado pelos respectivos títulos.trata-se, igualmente, da manutenção do regime existente, com a única diferença de que a taxa das letras passou a ser uniforme, enquanto, anteriormente, a taxa era diferenciada por escalões, passando a ser proporcional a partir de determinado montante. O selo devido é o dos pontos 23.1 e 23.2 e não o do ponto 17.1 da Tabela O crédito concedido através de letras e livranças não está sujeito ao selo do ponto 17.1 da Tabela Geral, para evitar a acumulação de taxas, nos termos do artigo 12.º do Código. Tratando-se de letras emitidas entre particulares não sujeitas a imposto alínea a) do art.º 13.º do CIS, quando apresentadas a desconto junto de qualquer instituição de crédito, ficarão sujeitas ao imposto previsto no ponto 17.1 da TG, visto estarmos perante uma operação de financiamento. Neste caso, deverá a instituição de crédito exigir que o emitente averbe no local destinado à menção do valor do imposto e data da liquidação a indicação de que se trata de letra não sujeita ao imposto. Precatórios cheques 9
10 30.A responsabilidade pela liquidação e entrega do imposto devido pela emissão de precatórios cheques compete à entidade que os emite. Se o emitente for um tribunal, então, tal responsabilidade competir-lhe-á, nos termos da alínea a) do art.º. 14º. do CIS. B) Escritos de quaisquer contratos não especialmente previstos na Tabela Geral Incidência do imposto a que se refere o nº 8 da TG 1.O imposto do selo previsto no referido nº 8 da TG incide apenas sobre os escritos de contratos não especialmente previstos na Tabela. A título de exemplo, citam-se as seguintes situações: a)os escritos dos contratos de abertura de crédito e de promessa de compra e venda de imóveis; b)os escritos de quaisquer contratos (v.g., empreitadas, subempreitadas e de fornecimentos de bens e serviços), incluindo os efectuados perante entidades públicas. Escritos de contratos que alterem contratos anteriores 2.No caso de escritos de contratos de financiamento, não é devido o imposto referido no citado nº 8, por se tratar de contrato especialmente previsto na TG (seu ponto 17.1). Se, porém, houver alteração desse contrato, o escrito que a titular só ficará sujeito a imposto previsto no mencionado nº 8 se tal alteração não introduzir modificações conducentes à tributação estabelecida no aludido ponto 17.1 da TG. Só é devido imposto sobre o original do escrito 3. O imposto do selo só é devido no original do escrito. Deverá, no entanto, fazer-se a menção a que alude o n.º 2 do art.º 17º do CIS em todos os exemplares do mesmo escrito. C) Notariado e actos notariais Actos especialmente tributados pela TG 1. Os notários deverão liquidar, para além do selo previsto no n.º 15, também o selo devido por outros actos ou contratos especialmente tributados pela TG (v.g. arrendamentos n.º 2; contratos de promessa de compra e venda - n.º 8; garantias n.º 10; utilização de crédito - ponto 17.1, etc.), quando neles tenham intervenção e o respectivo imposto não se mostre liquidado. Constituição da obrigação tributária 2.É que a obrigação tributária, nos termos da alínea a) do artigo 13.º do CIS, considera-se constituída no momento da assinatura pelos outorgantes dos actos e contratos, competindo a liquidação e o pagamento do imposto, no caso em apreço aos notários, de acordo com o disposto na alínea a) do artigo 14.º do CIS, apesar de os intervenientes serem pessoas colectivas ou singulares actuando no exercício de actividade de comércio, indústria ou prestação de serviços. Em relação, designadamente, a actos e contratos em que o sujeito passivo não seja qualquer das entidades mencionadas, só haverá lugar a imposto quando os mesmos forem apresentados perante as entidades referidas na citada alínea a) do artigo 14.º, que também são as competentes para a liquidação do imposto, dado que só nesta altura se constitui a obrigação tributária - alínea n) do artigo 13.º do CIS. Crédito 10
11 3.Saliente-se, no entanto, que, em relação ao crédito, e uma vez que a tributação passa a ser em função da sua utilização, nos contratos de mútuo, confissão de dívida ou de abertura de crédito, os notários deverão liquidar, para além do selo do ponto 15.1, o selo do n.º 17 respeitante ao crédito disponibilizado no acto da escritura, aplicando a taxa correspondente ao prazo estipulado. Caso não seja estipulado prazo, aplicar-se-á a taxa máxima, a não ser que se verifiquem os pressupostos de aplicação do regime previsto no ponto da Tabela. Habilitação de herdeiros e legatários 4.No caso concreto da habilitação de herdeiros e legatários, apesar de se tratar de acto realizado por escritura especial, não deixa de configurar uma realidade especialmente tributada, pelo que é devido o selo do ponto 15.1, bem como o do ponto 15.2, tal como já sucedia no regime anterior (art.ºs 68 e 93 da antiga Tabela). Partilha ou divisão e permuta ou troca 5. No que respeita à partilha ou divisão, deixam de ser tributadas no CIS e TG, em virtude de não virem ali referidas, ao contrário do que sucedia com a Tabela Geral do Imposto do Selo - TGIS (aprovada pelo Decreto nº , de ), que no seu artigo 123 expressamente as tributava. Assim, só a parte que excede a quota ideal (tornas), que algum ou alguns dos interessados na divisão ou partilha tiver que repor de bens levados em excesso, estará sujeita ao selo do n.º 1 da TG, por se considerar aquisição onerosa, sendo a matéria tributável determinada de acordo com o Código do Imposto Municipal de Sisa e do Imposto sobre as Sucessões e Doações (CIMSISD), por força do direito transitório (artigo 3.º, n.º 4 da referida Lei n.º 150/99, com a redacção do artigo 6.º da Lei n.º 176-A/99, de 30 de Dezembro). Quanto à permuta ou troca de bens imóveis que constavam do artigo 167 da TGIS, as mesmas configuram aquisições onerosas, como é óbvio, sujeitas, por conseguinte, ao selo do mesmo n.º1 da TG, sendo a matéria colectável também determinada nos termos do CIMSISD, por força do mesmo direito transitório (artigo 3.º, n.º 4 da Lei n.º 150/99). Procurações 6. Em relação às procurações, forenses ou não, apenas, estão sujeitas a imposto do selo previsto no ponto 15.4 da TG as que tiverem intervenção notarial, como, aliás, resulta do próprio título "Notariado e actos notariais" constante do n.º 15 da TG. Número de mandantes 7. Incidindo o imposto do selo, quando devido, sobre a procuração, é irrelevante para a liquidação do imposto o número de mandantes que a procuração contiver. Ratificações 8. Relativamente aos instrumentos de ratificação, embora estejam sujeitos à forma exigida para as procurações, de conformidade com o artigo 268.º do Código Civil, o certo é que são realidades diferentes, devendo, por conseguinte, ser tributados pelo ponto 15.7 da TG, como instrumentos notariais que são, nos termos da alínea b) do art. 16.º do Código do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 207/95, de 14 de Agosto. Testamentos 9. Quanto aos testamentos, estão sujeitos ao imposto do selo a que se referem os pontos 15.1 e 15.6 da TG, dado que se trata de actos diferentes, como, aliás, acontecia na anterior Tabela Geral do Imposto do Selo (artigos 93 e 162). 11
12 Em qualquer dos casos, o imposto será sempre liquidado pelos notários, ou seja, o do ponto 15.1 pelos notários que os lavrarem e o do ponto 15.6 quando se verificar a primeira produção de efeitos jurídicos, segundo a declaração dos interessados. D) Licenças concedidas por entidades públicas Licenças previstas nos pontos 12.3, e da TG 1. As licenças para funcionamento de estabelecimentos de restauração e bebidas são passíveis do selo referido no ponto 12.3 da TG, sendo os "Clubes nocturnos e outros estabelecimentos com espaço reservado para dança, designadamente bares e discotecas" tributados pelo ponto , e os "Outros estabelecimentos" pelo ponto , à semelhança, aliás, do que acontecia com o artigo 105 da anterior Tabela Geral do Imposto do Selo (TGIS), nomeadamente na sua verba III. Com efeito, o Decreto-Lei n.º 168/97, de 4 de Julho, que aprova o regime jurídico da instalação e do funcionamento dos estabelecimentos de restauração e de bebidas, no seu artigo 10.º, faz depender o seu funcionamento de "...apenas de licença de utilização para serviços de restauração ou de bebidas a emitir nos termos do disposto nos artigos seguintes, a qual constitui, relativamente a estes estabelecimentos, a licença prevista no artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 445/91, de 20 de Novembro", sendo esta licença requerida pelo interessado ao presidente da Câmara Municipal, depois de concluída a obra e equipado o estabelecimento (n.º 1 do artigo 11.º). Ora, é precisamente o acto administrativo da concessão desta licença que é determinante para a sujeição ao imposto do selo de que trata o citado n.º 12 da TG e no caso concreto o ponto 12.3, independentemente de essa licença ser passada pela Câmara Municipal ou pelo Governo Civil, através de alvará, como o exigia o Decreto-Lei n.º 328/86, de 30 de Setembro (artigo 37.º), entretanto revogado pela alínea e) do artigo 81.º do Decreto-Lei n.º 168/97, de 4 de Julho. 2. Esclarece-se, ainda, que esta licença (prevista no referido artigo 10.º do Decreto-lei n.º 168/97), dispensa, inclusivamente, o alvará de licença de utilização a emitir pelo presidente da Câmara Municipal, previsto no artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 445/91, de 20 de Novembro, que aprova o licenciamento de obras particulares. Licenças previstas no ponto 12.5 da TG 3. Quanto a outras licenças referidas no ponto 12.5 da TG, a sua redacção também não oferece dúvidas relativamente à tributação das mesmas, como sejam, as de obras particulares, de loteamento, de utilização de edifícios, de prestação de serviços (Decreto-Lei n.º 370/99, de 18 de Setembro), de ocupação de via pública, de publicidade, para canídeos, de obras nos cemitérios, de exploração de inertes, de condução de veículos (ciclomotores, tractores agrícolas, etc.), de feirante, de vendedor ambulante, para recintos de espectáculos, de caça, de pesca, para fins sanitários, etc, uma vez que se trata de licenças concedidas por autarquias locais, que cabem no âmbito do citado ponto 12.5 "Outras licenças não designadas especialmente na Tabela, concedidas pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais ou qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados...". Licenças concedidas a funcionários (referido ponto 12.5 da TG) 4. No tocante às licenças concedidas aos funcionários há que ter em conta que, unicamente, estão sujeitas ao selo em questão (ponto 12.5 da TG), as previstas no Capítulo IV (artigos 72.º a 92.º licenças sem vencimento do Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de Março, não estando, obviamente, incluídas as férias e as faltas que, constituindo um direito 12
13 dos funcionários referido no mesmo Decreto-Lei (artigo 2.º), não estão sujeitas ao aludido imposto do selo. Licenças não sujeitas a IVA (imposto sobre o valor acrescentado) 5. Por último, convém referir que, não estando estas licenças sujeitas a Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), por força do disposto no n.º 2 do artigo 2.º do respectivo Código - em virtude de as autarquias não serem sujeitos passivos do imposto quando realizem operações no exercício dos seus poderes de autoridade, mesmo que por elas recebam taxas ou quaisquer outras contraprestações - estão, obviamente, sujeitas a imposto do selo, pois, só assim não será, se estiverem abrangidas pela incidência do IVA e dele não isentas (n.º 2 do artigo 2.º do CIS). O Director-Geral, António Nunes dos Reis. 13
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