O MONTE LÍBANO SEGUNDO UM PEREGRINO MUÇULMANO (1184)

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1 O MONTE LÍBANO SEGUNDO UM PEREGRINO MUÇULMANO (1184) 34 Thiago Damasceno Pinto Milhomem 1 Resumo: No mundo árabe-islâmico do século XII surgiu um gênero literário denominado riḥla (relato de viagem), cuja característica principal foi o registro, por escrito, em uma estrutura textual narrativo-descritiva, das jornadas de viajantes. Estes eram peregrinos em direção a Meca, principal cidade santa do Islã. Um pioneiro do gênero foi o muçulmano Ibn Ŷubayr, que viajou pelo Oriente Médio durante as Cruzadas, entre 1183 e Dentre as muitas realidades observadas pelo peregrino, serão destacadas, neste trabalho, suas descrições sobre o Monte Líbano, considerado um lugar sagrado e privilegiado por abrigar eremitas, homens detentores de notável simbolismo religioso. Palavras-chaves: Islã, viagens, relato de viagens (riḥla), sagrado Abstract: Mount Lebanon According to a Muslim Pilgrim (1184) In the Arab-Islamic world of the XII century a literary genre called riḥla (travel report) arose, whose main characteristic was the written record, in a narrative-descriptive textual structure, of travelers' journeys. Those pilgrims were heading to Mecca, Islam's main holy city. A pioneer of the genre was the Muslim Ibn Ŷubayr, who traveled through the Middle East during the Crusades, between 1183 and Amongst the many realities observed by the pilgrim, in this work his descriptions of Mount Lebanon will be highlighted, a sacred and privileged place for housing hermits, men with remarkable religious symbolism. Key-words: Islam, travel, travel report (riḥla), sacred 1 Mestrando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade Federal de Goiás (UFG). (Residente em Goiânia-GO, Brasil. thiagodamascenohistoria@gmail.com; Currículo Lattes:

2 35 Introdução Uma figura peculiar no mundo árabe-islâmico i do Medievo era a do viajante. Fosse por motivos religiosos, comerciais, políticos ou pessoais, a viagem no Islã ii medieval tinha relações com a religião e a busca por erudição formal. Para a cultura islâmica, a viagem é uma expressão religiosa e um método de construção do conhecimento iii. É de fato interessante a ligação entre os termos árabes ᶜilm (conhecimento, ciência) e ᶜālam (mundo), os dois derivados da raiz consonantal ᶜlm. A raiz comum aos dois termos mostra uma concepção de conhecimento formado a partir do ato de viajar. A viagem mais importante para um muçulmano é a peregrinação a Meca (ḥaŷŷ), a cidade santa mais importante para o Islã. Essa peregrinação é um dos cinco pilares da religião, sendo obrigatória para todo fiel com meios físicos e materiais suficientes para cumprir o rito. As peregrinações islâmicas estavam inseridas em um contexto maior de viagens que envolviam não só o périplo com fins comerciais, mas também com objetivos eruditos. Nessa atividade, destacou-se o ibérico Ibn Ŷubayr iv, muçulmano nascido na cidade de Valência em 10 de rabīᶜ de 540, segundo o calendário islâmico, ou no dia 1 de setembro de 1145, e morto em Alexandria em 27 de šaᶜbān de 614 ou 29 de novembro de 1217, aos 72 anos. Ibn Ŷubayr viajou três vezes pela região que hoje é denominada Oriente Médio, sendo que, após sua primeira viagem, realizada entre 578/1183 e 581/1185 v, ele escreveu um relato de viagens (riḥla) baseado nas suas diversas observações das sociedades conhecidas. Tal obra vi tornou-se uma importante fonte documental sobre o Oriente no final do século VI/XII, período em que a região foi agitada pelos eventos políticos, militares e culturais influenciados pelas Cruzadas. O texto de Ibn Ŷubayr - originalmente escrito em árabe clássico ao estilo de prosa rimada em tom poético - é composto por discursos de diversos tipos, dentre os quais, o religioso. Nesse âmbito, o peregrino descreveu o Monte Líbano e os homens religiosos, os eremitas, que atuavam no monte e no seu entorno. Serão analisadas, neste artigo, essas descrições, que demonstram a concepção do monte como um lugar sagrado.

3 Viajar e Relatar: o gênero riḥla As viagens foram importantes nos primeiros tempos do Islã para a formação de sua doutrina, pois sua prática estava relacionada ao preenchimento dos vazios interpretativos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. Para os fiéis, seu conteúdo foi revelado por Deus para o Profeta Muḥammad em um período de vinte e três anos vii. Até a morte do Profeta, a única fonte de conduta para os fiéis era o livro sagrado, formado, em suma, por um conjunto de princípios e não por uma doutrina sistemática e profunda sobre seus vários temas. Séculos de estudos e de ação dos eruditos muçulmanos foram necessários para complementar o texto sagrado no campo das leis e dos dogmas. Isso ocorreu devido ao fato de o Alcorão ter sido insuficiente para responder as questões de uma sociedade em expansão. Após a morte do Profeta, crentes viajaram para compilar seus atos, pronunciamentos, decisões e até silêncios e, assim, cobrir as brechas do Alcorão. Essa ação foi feita predominantemente nos anos do Califado Abássida (132/ /1258). Viajantes reuniram e organizaram um grande número de testemunhos sobre o Profeta, registrando-os por escrito. Assim, a viagem foi associada à construção do saber e do conhecimento, com base na experiência, com destaque, nesse processo, para o prestígio de centros urbanos como Meca, Medina, Basra, Kufa e Damasco viii. O método de autenticação e confirmação para esses relatos foi o isnād, que consistia na citação da cadeia de transmissores, sendo esses considerados homens religiosos com moral íntegra ix. Esse método colaborou com o processo de legitimação dos relatos sobre o Profeta (aḥādīt) e com a formação da Sunna, campo de saber tradicional que se tornou uma das fontes do direito islâmico, tendo atingido o mesmo estatuto jurídico do Alcorão x. Desse modo, no Islã medieval, viajar era um método de estudos e obrigação para os candidatos à erudição, tanto para especialização nas ciências alcorânicas quanto nas ciências naturais, que hoje correspondem a áreas como Astronomia, Matemática e Medicina xi. A prática de viajar produziu obras escritas com diversas características, mas que podem ser agrupadas em um gênero literário comum denominado riḥla xii. 36

4 O gênero literário dos relatos de viagens árabe-islâmicos surgiu em um contexto específico: Cruzadas. O movimento complexo, que incluiu lutas armadas e momentos de intercâmbio cultural entre cristãos e muçulmanos, xiii foi o pano de fundo para o nascimento da riḥla. Mas deve-se também apresentar os anos antecedentes a esse nascimento. Pertencem aos séculos II/VIII-III/IX os primeiros roteiros de viagens do mundo islâmico, constituídos por descrições em parte objetivas e em parte fantasiosas das rotas, pontos de comércio e produtos comercializáveis. Desde os primeiros tempos do Islã as cidades e o comércio eram responsáveis pela organização de relações sociais, econômicas e culturais xiv. Conforme o mundo islâmico crescia, se fazia necessário um reconhecimento dos diferentes territórios assimilados e de suas características, como relevo, clima, riquezas da natureza e traços culturais de suas populações. Tais saberes tinham relação direta com a conscientização do espaço e de saberes matemáticos que influenciaram no surgimento dos chamados livros geográficos. Essas obras eram encarregadas principalmente a funcionários de governos, que escreviam sobre impostos, rotas e defesas fronteiriças. Contudo, aos poucos, os autores desse tipo de obra se preocuparam com os elementos humanos, de forma que a tecnicidade dos livros geográficos saiu para instigar obras ao estilo geografia administrativa, que se preocupava com a fé islâmica, com a representação das terras habitadas por muçulmanos e com a localização do centro do mundo em Meca, alvo dos peregrinos xv, mas nesse mesmo período - séculos II/VIII-III/IX - também havia narrativas árabes sobre viagens feitas fora do mundo islâmico, cujos temas eram os costumes das sociedades que os viajantes conheciam xvi. Outro tipo de viagem e relato era a riḥla ḥiŷāziyya, referente, geralmente, às cidades santas e, precisamente, aos lugares santos do ocidente da Península Arábica (Ḥiŷāz). A emoção religiosa foi destaque nesse tipo relato, pois sua motivação principal era a peregrinação ritual a Meca. Assim, esse tipo de relato, considerado sagrado, constitui-se como guia de viagem para os peregrinos, facilitando a peregrinação xvii. Nesse quadro histórico de jornadas, o viajante era admirado no mundo islâmico, principalmente o peregrino, por isso a hospitalidade fez parte da dinâmica social islâmica, facilitando assim a vida dos peregrinos quando longe de casa. Além do direito de hospedagem, os peregrinos eram beneficiados com esmolas e também com uma 37

5 flexibilização da Šarīᶜa, a lei islâmica: desobrigação às cinco orações diárias e até ao jejum do ramaḍān xviii em caso de ataque e/ou dominação por parte de inimigos. Retornando da peregrinação, o viajante recebia o título de ḥāŷŷ (peregrino). No Islã medieval, o peregrino era considerado um herói, sendo considerando quase santo devido às grandes distâncias percorridas e aos perigos transpostos para chegar e voltar de Meca xix. Outro gênero, a viagem em busca de ciência (riḥla fī ṭalab al-ᶜilm) parecia mais com uma literatura biográfica, mas uma nova obra, surgida no final do século V/XI, deu novo impulso à tradição dos relatos de viagens. Essa obra ficou conhecida como Ordenación del viaje (Tartīb ar-riḥla), de Abū Bakr Ibn ᶜArabī (468/ /1148), nascido na cidade de Sevilha. Esse autor é considerado o iniciador do gênero literário riḥla, pois tem um estilo situado na intersecção entre o tratado geográfico e o testemunho de estudos. Já o valenciano Ibn Ŷubayr (540/ /1217) foi um dos primeiros autores a redigir um relato de viagens autêntico, não um testemunho de estudos em si. Com esse peregrino, natural da cidade de Valência, o gênero riḥla foi do campo do saber para a literatura, influenciando diretamente viajantes e escritores posteriores, como o famoso magrebino Ibn Baṭṭūṭa (703/ / ou 779/1377), também denominado de Príncipe dos Viajantes ou Viajante do Islã. Ibn Baṭṭūṭa viajou, por aproximadamente vinte e nove anos, pelos atuais territórios da Península Ibérica, norte da África, Oriente Médio e Ásia Central, percorrendo cerca de cento e vinte e um mil quilômetros em territórios que hoje correspondem a quarenta e quatro países. Seu relato de viagem foi redigido pelo seu escriba e poeta da corte marínida de Fez, no atual Marrocos, Ibn Ŷuzayy ( ). Outros viajantes-escritores influenciados por Ibn Ŷubayr foram: Ibn Saᶜīd al- Magribī ( ), Al-ᶜAbdarī (1289), Ibn Rušayd (morto em 1321), at-tuŷībī (morto em 1329), al-qantūrī (morto em 1365), at-tiŷanī e Abū l-baqā` Jālid al-balawī, esses dois últimos do século XIV xx. Convém enfatizar que a riḥla é uma viagem de exploração e de descobrimentos, de contatos com o Outro. É a viagem científica do Islã, por meio da qual os muçulmanos eruditos medievais conheceram diversas sociedades e desenvolveram seus 38

6 conhecimentos nas áreas da geografia, da filosofia e das ciências de um modo geral xxi. Como defende Sofía Rueda, em termos de estrutura textual, é característico da riḥla, e do gênero relato de viagem como um todo, a predominância da descrição, como modalidade discursiva, sobre a narratividade xxii. Vejamos mais sobre a conceituação desse gênero. 39 El término arábigo riḥla significa viaje, partida, marcha, salida, emigración, periplo, itinerario, relato de viaje Es justamente esta última acepción la que se especializó para dar nombre a un género que ocupa un lugar destacado en la literatura árabe. Efectivamente, en el siglo XII aparece cuajado algo nuevo en las letras árabes, el género riḥla que no es otra cosa que el relato de viaje, la relación de viaje cuyo valor e interés, en rigor, radica más en su naturaleza de documento histórico, que en la de ser específicamente manifestación de un género literario aunque en su mejor momento, por su talante, estaría a medio camino entre la geografía descriptiva y la novela de aventuras - xxiii. Logo, riḥla tem sentido de viagem, de relato de viagem específico e de um gênero literário originado no século VI/XII. Usa-se aqui a noção de gênero oriunda do latim genus-eris, que significa origem, classe, espécie, geração, tempo de nascimento, palavras com o sentido de reunir e classificar as obras literárias segundo determinados critérios, como estratégias semelhantes de estruturação, permitindo filiar cada obra literária a uma classe ou espécie xxiv. Além disso, é importante frisar, como afirma Almeida xxv, que o texto de uma riḥla é composto por vários tipos discursivos que transitam pelas mais diversas áreas, sob a ótica dos conhecimentos atuais, como história, antropologia, religião, dentre outras. Neste artigo, o foco de análise serão os discursos religiosos do peregrino Ibn Ŷubayr, que contribuíram para caracterizar o Monte Líbano como uma localidade sacra. Monte Líbano: Um Lugar Sagrado As primeiras impressões de Ibn Ŷubayr sobre o Monte Líbano reúnem informações e crenças do viajante em relação ao grupo ismaelita, um dos ramos do xiismo xxvi, vertente do Islã a qual o ibérico se opunha. Em seguida, ele registrou informações mais objetivas sobre a localização do monte.

7 Detrás de ella se halla la montaña del Líbano, que es muy alta y se extiende en sentido longitudinal vecina al mar. En sus laderas están las fortalezas pertenecientes a los herejes ismāᶜīlíes, secta que se ha separado del islam y pretende (encontrar) los caracteres de la divinidad en un ser humano. Les fue reservado por el destino un demonio de forma humana llamado Sinān, que los ha engañado con mentiras y quimeras; los ha seducido valiéndose de ellas y los ha hechizado con absurdos. Así pues, lo han tomado pro divinidad, adorándole y sacrificando por él sus personas, y permanecen sometidos a él y acatando sus órdenes. En el momento que ordene a uno de ellos arrojarse de lo alto de una montaña, éste se tirará y se apresurará (a ir) hacia la perdición para satisfacerlo. Dios extravía a quien quiere y guía a quien quiere con su poder. En él alabado sea buscamos refugio contra la ruptura de la fe, y le pedimos la protección contra el extravío de los herejes. No hay señor sino Él, ni digno de adoración excepto Él! 40 El monte Líbano susodicho es el límite entre el país de los musulmanes y el de los francos, pues tras él está Anṭākiya (Antioquía), Latakia (Laodicea) y otras que son de sus ciudades. Dios la restituya a los musulmanes! En la ladera del citado monte hay una fortaleza llamada Ḥiṣn al-akrād (la Fortaleza de los Kurdos), que pertenece a los francos y desde donde envían algaras contra Ḥamāt (Ephiphania) y Ḥimṣ (Emesa). Se ve a simple vista desde las dos (ciudades) xxvii. O viajante informou que o Monte Líbano estava no limite entre o país dos muçulmanos e o dos francos. No contexto cruzadístico das viagens de Ibn Ŷubayr, os muçulmanos utilizavam o termo franco, do árabe franŷ, para se remeterem, de forma generalizada, aos cristãos ocidentais, principalmente aqueles oriundos da região que hoje corresponde à França, região de proveniência da maioria dos cruzados. Estes, como afirma Amin Maalouf, eram vistos pelos muçulmanos, tanto árabes quanto turcos e curdos, como invasores dos seus territórios e, as Cruzadas, eram consideradas, geralmente, uma guerra xxviii. Para compreender mais o fenômeno das Cruzadas, é preciso também levantar apontamentos sobre o contexto cristão no mundo ocidental. Para Pierre Bonnassie, as Cruzadas podem ser entendidas como um movimento de longa duração caracterizado por migrações armadas do Ocidente rumo ao Oriente xxix. Segundo Fátima Regina Fernandes, as Cruzadas foram um movimento surgido no Ocidente e que levou a um longo enfrentamento militar principalmente nas regiões da

8 Síria e da Palestina, entre os séculos XI e XIII, e na Península Ibérica entre os séculos VIII e XV xxx. O contexto ocidental de surgimento das Cruzadas foi singular: após uma época de relativa pacificação das invasões de germânicos, húngaros, nórdicos e muçulmanos, do século XI em diante a Europa passou a vier um período de crescimento demográfico, econômico e social. Estações do ano mais bem definidas contribuíram para melhores colheitas. Havia mais bocas para se alimentar e mais homens para lutar. Mas também havia problemas de ordem político-militar. Os senhores de terra mudaram o sistema de sucessão de bens, legando patrimônio apenas aos primogênitos, gerando ociosidade nos filhos de segunda nobreza. Não se pode também esquecer os conflitos entre os poderes temporal e espiritual, envolvendo papas e imperadores. Esses conflitos incentivaram a convocação para a Primeira Cruzada pelo papa Urbano II no Concílio de Clermont em Clermont Ferrand, na França, em 25 de novembro de A convocação papal aos cristãos para lutar contra os infiéis muçulmanos no Oriente a fim de libertar o Santo Sepulcro de Cristo foi a resposta do papa ao pedido de auxílio do imperador bizantino Aleixo I, cujos territórios na Ásia Menor estavam prestes a ser invadidos pelos turcos seljúcidas. O imperador bizantino queria apenas auxílio contra os turcos, e o Papado viu nisso uma oportunidade para canalizar as pressões internas ocidentais e expandir a Cristandade xxxi colocando-se como soberano da Cristandade latina e grega xxxii. Nesse contexto, dois mundos diferentes entre si, a Cristandade e o mundo islâmico xxxiii, iriam começar uma série de relações tanto pacíficas quanto beligerantes xxxiv. Tradicionalmente, os estudos historiográficos consideram a existência de oito cruzadas no Oriente, tendo a primeira sido convocada em 1095 e, a última, em 1270 xxxv. Como destaca Fernandes, a despeito do fracasso cristão na última cruzada e da retomada de Jerusalém pelos turcos, os conflitos contaram com vitórias militares cristãs e muçulmanas, bem como com acordos entre ambos os lados. Também houve interações culturais. O conhecimento mútuo, entre cristãos e muçulmanos, antecedeu e sobreviveu às Cruzadas. Logo, como já mencionado, a troca de influências culturais também fez parte do saldo final do movimento no medievo. No entanto, o fator decisivo que permite a continuidade do movimento durante séculos é a coexistência de momentos e espaços de conflito entre cristãos e muçulmanos com momentos e espaço de convivência pacífica, dentro e fora da Cristandade xxxvi. 41

9 Nesse contexto complexo, Ibn Ŷubayr transitou pelo Oriente Médio poucos anos antes da Terceira Cruzada ( ). Pelos seus escritos, é possível perceber que ele não só concebia as guerras cruzadísticas com um forte teor sacro, mas também concebia certos locais ligados a religiosidades, como o Monte Líbano, como lugares sagrados. O teórico Mircea Eliade entende o sagrado como algo absolutamente diferente do profano xxxvii, e este é tudo que é natural. O sagrado é a manifestação de uma realidade diferente das realidades naturais. Posto isso, pode-se deduzir que o fenômeno da sacralização alimenta o imaginário. Ao se analisar as obras de Jacques Le Goff xxxviii e Gilbert Durand xxxix, pode-se concluir que os dois autores concordam que o imaginário abarca todas as representações da sociedade, toda a experiência humana, coletiva ou individual, como as ideias sobre a morte, futuro e corpo. O imaginário pode ser visto como um museu mental em que estão as imagens passadas, presentes e as que ainda serão produzidas por dada sociedade. E o imaginário, como bem ressalta Barros xl, enquanto produto de um meio social dinâmico, não pode ser encarado como algo estático, pois envolve vários objetos no seu campo de investigação como padrões de representações, repertório de símbolos e imagens e suas relações com a vida social e política, bem como uma função em cerimônias e rituais, em temas que instigam à literatura e até nos modos de vestir e teatralizar o poder. Colocados esses conceitos e, tendo consciência que, demograficamente, o monte Líbano no século VI/XII era entendido como um ermo, é necessário apresentar os apontamentos que Le Goff faz sobre o deserto no Medievo e um tipo humano que o habitava: o eremita. Essa figura também mereceu a atenção de Ibn Ŷubayr em suas descrições sobre o Monte Líbano. 42 Todo aquel de los extranjeros que, en estas regiones, Dios ha favorecido con la vida solitaria, puede quedarse, si quiere, en una aldea, donde hallará buena vida y ánimo sereno. El pan le vendrá en abundancia de las gentes de la aldea; mientras, él se encargará de las funciones de imán, o de enseñanza, o de lo que quiera. Cuando se haya hartado de la estancia (allí), marchará a otra aldea, o subirá al monte Líbano, o al monte de al-ŷūdī, en el que encontrará piadosos eremitas (murīdīn) dedicados a Dios, poderoso y grande. Permanecerá con ellos lo que quiera y se irá a donde quiera xli.

10 Para Le Goff, o deserto, autêntico ou imaginário, desempenhou papel importante nas grandes religiões euroasiáticas, que são o judaísmo, o cristianismo e o Islã. De forma habitual, o deserto, nessas religiões, representou os valores opostos aos da cidade, sendo seu estudo importante para conhecer a história das sociedades e suas culturas. Apesar de focar nas representações cristãs medievais, os apontamentos de Le Goff são adequados quando se observa no Islã no mesmo período. No Oriente, o deserto é uma realidade ambivalente: é ao mesmo tempo geográfico-histórica e simbólica. A história do deserto, aqui e além, agora e logo, foi sempre feita de realidades espirituais e materiais misturadas entre si, de um vaivém constante entre o geográfico e o simbólico, o imaginário e o econômico, o social e o ideológico xlii. Nesse ambiente, figuras e/ou personagens como o eremita e o caçador selvagem e louco são mediadores ambíguos, desempenhando os papéis assimétricos do estado selvagem e da cultura. No entanto, diferente do caçador, o eremita é popular. As pessoas vão a ele se confessar, buscar conselhos, bênçãos e curas. De todos os religiosos, o eremita é o que está mais próximo da cultura popular autêntica, do folclore. O deserto é o ponto mais distante da cultura dos eruditos. O eremita também vive ao lado de marginais, como afirma Le Goff. E, em um contexto complexo como o das Cruzadas, o eremita entrava em contato não só com guerreiros, mas também como fiéis dos dois credos monoteístas, como registrou Ibn Ŷubayr em relação aos religiosos do Monte Líbano. 43 Es asombroso que los cristianos, vecinos del monte Líbano, cuando ven a uno de estos solitarios musulmanes les traen sustento y los tratan bien, y dicen: Éstos son de los que se han consagrado a Dios, poderoso y grande; por tanto, la asociación con ellos es necesaria. Este monte está entre las más fértiles montañas del mundo; en él se hallan toda clase de frutas, hay aguas corrientes y extensas umbrías. Raramente hay un lugar donde el ascetismo y la renuncia al siglo estén ausentes. Si la conducta de los cristianos, (pese) a lo contrario de su credo, es esta conducta, cúal te parece (que será) la de los musulmanes unos con otros? De lo más extraordinario que se cuenta, está el que los fuegos de la discordia se enciendan entre los dos grupos, musulmanes y cristianos; a veces las dos partes se enfrentan y se alinean en posición de combate; sin embargo, caravanas de

11 musulmanes y de cristianos van y vienen entre ellos sin que se opongan. ( ). Ninguno de los mercaderes cristianos es estorbado ni obstaculizado (en territorio musulmán). Los cristianos, en su territorio, hacen pagar a los musulmanes un impuesto y gozan de una seguridad extrema. También los mercaderes cristianos pagan en el territorio de los musulmanes por sus mercancías; hay acuerdo entre ellos y armonía en todas las circunstancias. Las gentes de guerra están ocupadas en sus guerras; el pueblo permanece en paz; los bienes de este mundo son para quien vence. Ésta es la conducta de la gente de este país en sus guerras. En lo concerniente a los conflictos internos (fitna), que tienen lugar entre los emires musulmanes y sus reyes, tampoco (éstos) llegan a los sujetos ni a los mercaderes; e en paz o en guerra, la seguridad no les abandona en ninguna circunstancia. La condición de este país en eso es tan extraordinaria que la referencia acerca de ella no se agotaría. Dios, por su gracia, exalte la palabra del islam! xliii 44 Essa citação é um exemplo do intercâmbio entre cristãos e muçulmanos no relato de Ibn Ŷubayr, registrado quando o peregrino conheceu uma região que atualmente faz parte da Síria, no mês de ŷumāda I de 580 ou agosto-setembro de O viajante descreveu, em primeiro lugar, sobre os eremitas piedosos do Monte Líbano. Em seguida, registrou a complexidade de relações entre cristãos e muçulmanos, escrevendo sobre a tolerância dada ao comércio e às rotas de viagens. Essa tolerância, deduz-se, contribuiu não só com as atividades comerciais, mas também com as jornadas religiosas, como a peregrinação a Meca. Considerações Finais O surgimento do gênero literário riḥla esteve diretamente relacionado ao seu contexto: o século VI/XII. Oriundo de uma época de expansão do Islã e de avanço dos cristãos cruzados no Oriente, a riḥla ajudou a preencher lacunas nos campos de reconhecimento de territórios e de costumes de sociedades, necessidades imprescindíveis em um contexto dinâmico e multifacetado como o das Cruzadas. Dentre os vários tipos de discursos componentes de uma obra do gênero riḥla, o discurso religioso foi alimentado pelo e alimentou o imaginário de sua época. As leituras de tais discursos contribuem para que nós, homens e mulheres do presente,

12 possamos compreender melhor as conceituações das distintas realidades que faziam parte das vivências dos homens do passado. A escrita de Ibn Ŷubayr, encarada sob uma perspectiva documental, ou seja, como uma obra informativa, de registro, favorece o conhecimento e o entendimento do mundo árabe-islâmico medieval. Tal entendimento é fundamental nestes tempos, onde Islã, muçulmanos e árabes são alvos de estereótipos e preconceitos negativos que favorecem construções conceituais equivocadas e generalizantes sobre esse povo e essa cultura, que foram fundamentais para o desenvolvimento do Ocidente e do Oriente, bem como para as relações entre esses dois campos. 45 Referências Bibliográficas Fonte Documental IBN ŶUBAYR. A través del Oriente (Riḥla). Madrid: Alianza Editorial, S.A., Tradução, estudos, notas e índices por Felipe Maíllo Salgado. Leituras ALMEIDA, Maria Cândida Ferreira de. Palavras em viagem: um estudo dos relatos de viagens medievais muçulmanos e cristãos. In: Revista Afro-Ásia, nº 32, Universidade Federal da Bahia, Bahia, Brasil, 2005, p Disponível em: Acesso em 14/09/16. BISSIO, Beatriz. A viagem e as suas narrativas no Islã medieval. In: Revista Litteris, Rio de Janeiro, nº 04, edição quadrimestral, março de Disponível em: revistaliter.dominiotemporario.com/doc/narrativasdeviagem.pdf Acesso em 13/03/16. BONNASSIE, Pierre. Dicionário de História Medieval. Lisboa: Publicações Dom Quixote, CANEPA, Beatriz; OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio e a Questão Palestina. 2 ed. São Paulo: Moderna, CASTRO, Fátima Roldán. Geografía y viaje como motivos literarios en el mundo árabe islámico medieval. In: ehumanista/ivitra, nº 6, 2014, p Disponível em:

13 ra/volume6/2_14_roldan.pdf Acesso em 07/09/ DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3 ed. São Paulo: Contexto, DURAND, Gilbert. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: DIFEL, ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, FERNANDES, Fátima Regina. Cruzadas na Idade Média. In: MAGNOLI, Demétrio. (org.) História das guerras. 3 ed. São Paulo, Contexto, 2006, p FRANCO JÚNIOR, Hilário. As Cruzadas. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, GUZMÁN, Roberto Marín. Al-Rihla: el viaje científico en el Islam y sus implicaciones culturales. In: Revista Reflexiones, nº 89, 2010, p Disponível em: Acesso em 04/04/16. HAYWOOD; NAHMAD. Nueva gramática árabe. Madrid: Editorial Coloquio, S.A., Tradução de Francisco Ruiz Girela. HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, LE GOFF, Jacques. O deserto-floresta no Ocidente medieval. In: O maravilhoso e o quotidiano no Ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1990, p O imaginário medieval. Lisboa: Estampa, MAALOUF, Amin. As cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, MACEDO, José Rivair; MARQUES, Roberta Pôrto. Uma viagem ao Império do Mali no século XIV: o testemunho da rihla de Ibn Battuta ( ). In: Revista Ciências e Letras, Porto Alegre, nº 44, julho/dezembro de 2008, p PLANAS, Dolors Bramon. Viajeros musulmanes: origen y desmitificación de creencias medievales. In: Cuadernos Del Cemyr, 14, diciembre 2006, p Disponível em: Acesso em 10/10/16. RUEDA, Sofía M. Carrizo. Poética del relato de viajes. Kassel: Edition Reichenberger, 1997.

14 SAID, Edward W. Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, SALGADO, Felipe Maíllo. Diccionario de historia árabe & islámica. Madrid: Abada Editores, Introducción. In: IBN ŶUBAYR. A través del Oriente (Riḥla). Madrid: Alianza Editorial, S.A., p Preámbulo. In: IBN ŶUBAYR. A través del Oriente (Riḥla). Madrid: Alianza Editorial, S.A., p SENKO, Elaine Cristina. Reflexões sobre a escrita e o sentido da história na Muqaddimah de Ibn Khaldun. São Paulo: Editora Ixtlan, SOARES, Angélica. Gêneros literários. São Paulo: Ática, 7ª edição, SONN, Tamara. Uma breve história do Islã. Rio de Janeiro: José Olympio, TERRA, Ernani. Leitura do texto literário. São Paulo: Contexto, TABELA DE TRANSLITERAÇÃO Letras Árabes na Forma Isolada ا ب ت ث ج ح خ د ذ ر ز Letras Transliteradas a / ` b t t ŷ ḥ j d d r z

15 س ش š ص ṣ ض ḍ ط ṭ ظ ẓ s 48 ع غ ف ق ك ل م ن ه و ي ᶜ g f q k l m n h w y As vogais breves ou sons vocálicos breves foram transliterados para os seguintes caracteres: a, i, u. As vogais longas ou sons vocálicos longos foram transliterados, respectivamente, para: ā, ī, ū. Para ficar de acordo com o relato de viagens de Ibn Ŷubayr, o sistema de transliteração adotado para as palavras e termos árabes segue as normas estabelecidas pela escola de arabistas espanhóis. A consulta a esse sistema de transliteração foi feita na obra Diccionario de Historia Árabe & Islámica, de Felipe Maíllo Salgado, publicada em 2013 pela Abada Editores, de Madrid. Para consultar o alfabeto árabe e suas regras gramaticais adotamos a obra Nueva Gramática Árabe, de Haywood-Nahmad, publicada em Madrid pela Editorial Coloquio, S.A., em 1992, traduzida do original em inglês para o espanhol por Francisco Ruiz Girela.

16 49 i Porção geográfica que abrange países com particularidades sociais e históricas, mas que também apresentam manifestações expressivas da etnia e da cultura árabe e que adotam a religião islâmica, concentrados no Oriente Médio e norte da África. As principais regiões desse mundo correspondem, histórica e atualmente, aos seguintes países: Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Jordânia, Síria, Iraque, Arábia Saudita e demais países da Península Arábica. CANEPA, Beatriz; OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio e a Questão Palestina. 2 ed. São Paulo: Moderna, ii Utiliza-se Islã como entidade política e cultural e islã como entidade religiosa. SALGADO, Felipe Maíllo. Diccionario de historia árabe & islámica. Madrid: Abada Editores, A palavra islã significa submissão ou entrega, no contexto religioso, entrega a Deus. Essa palavra é derivada do termo árabe salām, que possui a conotação de paz, tanto no sentido de ausência de guerra quanto no sentido de unificação espiritual, corporal, territorial e em outras áreas. Como religião, o islã nasceu no ano 610 cristão por meio das pregações do mercador Muḥammad Ibn ᶜAbdu Allāh ii ( ), do clã hāšim da tribo coraixita, da cidade de Meca. Posteriormente, a tradição religiosa denominaria Muḥammad como Profeta, considerando-o o mensageiro final enviado à humanidade pelo Deus único, Allāh em árabe. iii BISSIO, Beatriz. A viagem e as suas narrativas no Islã medieval. In: Revista Litteris, Rio de Janeiro, nº 04, edição quadrimestral, março de iv Lê-se ibini jubair, com o ŷ sendo pronunciando conforme o j dos idiomas inglês ou português e o r pronunciado de forma vibrada, igual ao r do idioma espanhol. v As datas neste trabalho serão citadas segundo o calendário lunar islâmico seguidas pelas datas do calendário solar cristão. Em casos de desinformação sobre as datas islâmicas, serão mencionadas apenas as datas cristãs. vi A versão dessa obra analisada para este artigo é uma tradução feita diretamente do árabe para o espanhol por Felipe Maíllo Salgado (n. 1954) e publicada com o título A través del Oriente (Riḥla). A terceira edição dessa tradução, em formato brochura com 568 páginas, foi publicada pela editora Alianza Literaria em Felipe Maíllo Salgado nasceu em Salamanca, Espanha. É filólogo, historiador e professor aposentado de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade de Salamanca. vii BISSIO, Beatriz. op. cit., viii Idem, ix SENKO, Elaine Cristina. Reflexões sobre a escrita e o sentido da história na Muqaddimah de Ibn Khaldun. São Paulo: Editora Ixtlan, x BISSIO, Beatriz. op. cit., xi Idem, xii Termo derivado do verbo raḥala que, nesse modo conjugado na terceira pessoa do singular no pretérito perfeito - significa (ele) foi embora, (ele) partiu. Riḥla tem os sentidos de selar um camelo, viagem e relato de viagem. ALMEIDA, Maria Cândida Ferreira de. Palavras em viagem: um estudo dos relatos de viagens medievais muçulmanos e cristãos. In: Revista Afro-Ásia, nº 32, Universidade Federal da Bahia, Bahia, Brasil, 2005, p xiii FERNANDES, Fátima Regina. Cruzadas na Idade Média. In: MAGNOLI, Demétrio. (org.) História das guerras. 3 ed. São Paulo, Contexto, 2006, p xiv MACEDO, José Rivair; MARQUES, Roberta Pôrto. Uma viagem ao Império do Mali no século XIV: o testemunho da rihla de Ibn Battuta ( ). In: Revista Ciências e Letras, Porto Alegre, nº 44, julho/dezembro de 2008, p xv CASTRO, Fátima Roldán. op. cit., xvi BISSIO, Beatriz. op. cit., xvii SALGADO, Felipe Maíllo. Introducción. In: IBN ŶUBAYR. A través del Oriente (Riḥla). Madrid: Alianza Editorial, S.A., p

17 xviii Nono mês do calendário lunar islâmico, período em que os muçulmanos são instigados ainda mais à solidariedade e atividades coletivas e devem se abster de alimentos, líquidos, relações sexuais, pensamentos maldosos e outras intenções do nascer ao pôr-do-sol. O mês e sua ritualística são em lembrança e comemoração à Revelação Divina feita ao Profeta Muḥammad por meio do anjo Gabriel. Segundo a tradição, a primeira revelação foi feita quando o Profeta meditava no monte Ḥirā`, nas cercanias de Meca. Esse episódio ficou conhecido como Noite do Poder ou Noite do Destino. xix SALGADO, Felipe Maíllo. op. cit., xx Idem, xxi GUZMÁN, Roberto Marín. Al-Rihla: el viaje científico en el Islam y sus implicaciones culturales. In: Revista Reflexiones, nº 89, 2010, p xxii RUEDA, Sofía M. Carrizo. Poética del relato de viajes. Kassel: Edition Reichenberger, xxiii SALGADO, Felipe Maíllo. op. cit., 2007, p. 25. xxiv SOARES, Angélica. Gêneros literários. São Paulo: Ática, 7ª edição, xxv ALMEIDA, Maria Cândida Ferreira de. op. cit., xxvi Vertente político-religiosa do Islã. Historicamente, os xiitas compõem cerca de dez a quinze por cento dos fiéis muçulmanos, sendo, portando, uma minoria dentro de todo o corpo de crentes do Islã. A palavra xiita ou xiismo, formas aportuguesadas, vêm do termo árabe šīᶜa, que quer dizer partido, fração. Em termos históricos, remete à expressão árabe šīᶜa ᶜAlī ou šīᶜa min ᶜAlī, que significa partido de ᶜAlī, o quarto califa ortodoxo do Islã, primo e genro do Profeta Muḥammad. Assim, linguística e historicamente, xiita significa partidário de ᶜAlī e, por extensão, partidários dos descendentes de ᶜAlī, defensores da ideia de que o sucessor político do Profeta, o califa, deveria ser seu descendente por meio de ᶜAlī. xxvii IBN ŶUBAYR. A través del Oriente (Riḥla). Madrid: Alianza Editorial, S.A., 2007, p xxviii MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, xxix BONNASSIE, Pierre. Dicionário de História Medieval. Lisboa: Publicações Dom Quixote, xxx FERNANDES, Fátima Regina. op. cit., xxxi Por cristandade entende-se um espaço amplo que envolvia as margens do Mediterrâneo e incluía povos de várias etnias, dialetos, ritos e traços culturais distintos. (Idem, 2006, p. 100). Essa noção foi mais consolidada a partir do século XI em acordo com as prerrogativas papais de supremacia do poder espiritual sobre o temporal. Idem, xxxii Idem, xxxiii Por mundo islâmico entende-se uma grande área geográfica governada por dinastias muçulmanas com diversos elementos comuns. Segundo Tamara Sonn, esse mundo era dominado por instituições islâmicas e incluía uma parte considerável de populações não muçulmanas. O mundo islâmico também era caracterizado por certas formas ou símbolos externos, materiais e imateriais, como as mesquitas e a língua árabe. SONN, Tamara. Uma breve história do Islã. Rio de Janeiro: José Olympio, xxxiv FERNANDES, Fátima. op. cit., xxxv Primeira Cruzada ( ), Segunda Cruzada ( ), Terceira Cruzada ( ), Quarta Cruzada (1202, 1204), Quinta Cruzada ( ), Sexta Cruzada ( ), Sétima Cruzada ( ) e a Oitava Cruzada (1270). Pode-se também acrescentar a denominada Cruzada das Crianças (1212). FRANCO JÚNIOR, Hilário. As Cruzadas. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, xxxvi FERNANDES, Fátima. op. cit., 2006, p xxxvii ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 17. xxxviii LE GOFF, Jacques. O imaginário medieval. Lisboa: Estampa, xxxix DURAND, Gilbert. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: DIFEL,

18 xl BARROS, José D Assunção. O Campo da História: especialidades e abordagens. Petrópolis, RJ: Vozes, xli IBN ŶUBAYR. op. cit., p xlii LE GOFF, Jacques. O deserto-floresta no Ocidente medieval. In: O maravilhoso e o quotidiano no Ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1990, p , p. 43. xliii IBN ŶUBAYR. op. cit., p

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