Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal
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- Isabella Elisa Nobre Alvarenga
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1 HORÁRIO ESPECIAL PARA SERVIDOR ESTUDANTE E OUTROS Cód.: HES Nº: 32 Versão: 18 Data: 02/10/2018 DEFINIÇÃO Horário especial concedido ao servidor estudante; portador de deficiência ou que possua cônjuge, filho ou dependente com deficiência; instrutor em curso de formação; ou participante de banca examinadora ou de comissão para exames orais. REQUISITOS BÁSICOS 1. Se servidor estudante: a) ser estudante de 1º, 2º ou 3º graus, supletivo ou pós-graduação; b) haver incompatibilidade entre o horário escolar e o horário de trabalho; 2. Se servidor portador de deficiência ou que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência: a) haver a necessidade de horário especial comprovada por junta médica oficial, independentemente de compensação. 3. Se servidor instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal: a) ser instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; b) haver incompatibilidade entre o horário da instrução no curso e o horário de trabalho; 4. Se servidor participante de banca examinadora ou de comissão para exames orais: a) ser participante de banca examinadora ou de comissão para exames para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; b) haver incompatibilidade entre o horário de participação na banca ou comissão e o horário de trabalho; DOCUMENTAÇÃO 1. Se servidor estudante: a) requerimento do servidor ao dirigente de sua Unidade/Órgão; b) proposta do servidor de horário alternativo para compensação da carga horária exigida para o cargo ocupado, com a concordância da chefia imediata; c) declaração da Instituição Escolar especificando curso, duração do período letivo, turno e horário das atividades escolares. 1
2 d) Se servidor portador de deficiência ou que possua cônjuge, filho ou dependente com deficiência: laudo médico emitido por junta médica oficial. e) Se servidor instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal: declaração do órgão da administração pública federal, comprovando a atuação como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído, especificando a duração do curso e os horários das atividades. f) Se participante de banca examinadora ou de comissão para exames orais: declaração do órgão responsável, comprovando a participação na banca ou comissão, especificando a duração e os horários das atividades. FORMULÁRIOS DAP 198 Horário Especial para Servidor Estudante e Outros Requerimento ou DAP 032 Horário Especial para Servidor ou Familiar Portador de Deficiência Requerimento INFORMAÇÕES GERAIS Servidor Estudante e Outros 1. O horário especial será concedido ao servidor estudante quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o do órgão ou unidade de exercício, sem prejuízo do exercício do cargo. (Art. 98 da Lei nº 8.112/90 e Art. 33 da Instrução Normativa nº 2 de 12/09/2018) 2. Será concedido horário especial ao servidor que atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal. (Art. 98, 4º, e art. 76-A, inciso I, da Lei nº 8.112/90, incluído pela Lei nº /2006) 3. Também será concedido horário especial ao servidor que participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos. (Art. 98, 4º, da Lei nº 8.112/90 e art. 76- A, inciso II, da Lei nº 8.112/90, incluído pela Lei nº /2006) 4. Para concessão do horário especial será exigida a compensação de horário no órgão ou unidade de exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. (Art. 98, 1º, da Lei nº 8.112/90, alterado pela Lei nº 9.527/97 e Art. 33 1º da Instrução Normativa nº 2 de 12/09/2018) 5. A compensação de horário do servidor estudante não deverá ultrapassar mais do que duas horas além de sua jornada regular diária. (Art. 33 2º da Instrução Normativa nº 2 de 12/09/2018) 6. Não se pretendeu deferir horário diferenciado de trabalho ao servidor que se submeta a curso indiscriminadamente. O preceito pretende salvaguardar a frequência à escola daqueles que estejam cursando o ensino regular nas escolas oficiais, desde que não seja possível conciliar o horário escolar e o de repartição. (Item 4 do Parecer DRH/SAF nº 161/91) 7. Se entende como abrangidos pelo referido art. 98 [da Lei nº 8.112/90] os cursos de 1º, 2º e 3º graus, supletivos e os de pós-graduação, compensadas as horas não trabalhadas. (Item 5 do Parecer DRH/SAF nº 161/91) 8. Para que a Administração conceda o horário especial ao servidor estudante é necessário que sejam cumpridos cumulativamente os seguintes requisitos: comprovação de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição; ausência de prejuízo ao exercício do cargo; e compensação de horário no órgão em que o servidor tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. (Item 15 da Nota Técnica 2
3 9. Atendidos os requisitos, deve ser concedido o horário especial ao servidor estudante, porquanto o dispositivo legal não deixa margem à discricionariedade da administração, constituindo a concessão do benefício, nesse caso, ato vinculado. (Recurso Especial STJ nº /RS-2002/ e Nota Técnica 10. O servidor não faz jus a faltar em dias de prova, tenha ou não sido beneficiado com horário especial de estudante. (Item 7 do Parecer DRH/SAF nº 161/91) 11. É obrigatória a compensação das horas não trabalhadas pelo servidor estudante, não podendo a compatibilização do horário de trabalho com o horário estudantil trazer prejuízo para o exercício do cargo. (Orientação Consultiva DENOR/SRH/MARE nº 5, de 15/9/97) 12. É necessário ressaltar que os interesses pessoais do servidor não podem sobrepor-se aos interesses da Administração. (Orientação Consultiva DENOR/SRH/MARE nº 5, de 15/9/97) 13. A forma de controle dessa compensação de horas não trabalhadas pelo servidor estudante fica a critério da área de Recursos Humanos do órgão, em virtude da maior ou menor flexibilidade que se pretenda dar ao horário daquela repartição, face às necessidades específicas da mesma, motivo pelo deve ser apresentado um horário de compensação dessas horas dentro da carga horária semanal de flexibilidade exigida pela legislação, em articulação com a unidade de lotação do servidor estudante. (Orientação Consultiva DENOR/SRH/MARE nº 5, de 15/9/97) Servidor ou Familiar Portador de Deficiência 14. Será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. (Art. 98, 2º, da Lei nº 8.112/90, incluído pela Lei nº 9.527/97) 15. As disposições constantes no item 14 dessa norma são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência. (Artigo 98, 3º, com redação dada pela Lei nº /2016) 16. A competência para realizar a avaliação é de junta médica oficial, que deverá aferir a condição de deficiente do cônjuge, filho ou dependente do servidor, sendo que essa avaliação deverá ser efetuada na forma das normas atualmente em vigor, quais sejam: O Decreto nº 3.298/1999 e o Decreto nº 5.296/2004. (Item 3, alíneas a e b do Ofício Circular nº 58/2017-MP) 17. Deverá ser avaliada a necessidade e a forma de acompanhamento por parte do servidor, levando em consideração a situação fática, as possibilidades de assistência à pessoa com deficiência, bem como o papel do servidor, além de outras questões que eventualmente devam ser consideradas para concluir pela concessão ou não do horário especial, a depender do caso concreto. (Item 3, alínea c do Ofício Circular nº 58/2017-MP) 18. A junta oficial poderá valer-se de pareceres da equipe multiprofissional a fim de subsidiar sua decisão. (Item 3, alínea d do Ofício Circular nº 58/2017-MP) 19. A junta oficial, ao estipular a nova jornada do servidor, deverá atuar com razoabilidade, de modo a garantir o direito ao horário especial ao servidor, mas sem impedi-lo de desempenhar as atribuições de seu cargo efetivo. (Item 3, alínea e do Ofício Circular nº 58/2017-MP) 20. O ato de concessão de horário especial do servidor portador de deficiência deve indicar a jornada reduzida de trabalho especificado em parecer conclusivo emitido por junta médica oficial bem como ser publicado em boletim interno. (ON/DENOR/SRH/MP nº 6/99) 21. O servidor com deficiência que já possui jornada de trabalho reduzida por determinação de junta médica oficial também poderá realizar o horário especial a servidor estudante, nos termos do art. 98 da Lei nº 8.112/1990, desde que cumpridos cumulativamente os seguintes requisitos: (Nota Técnica 3
4 a) Comprovação de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição; b) Ausência de prejuízo ao exercício do cargo; e c) Compensação de horário no órgão em que o servidor tiver exercício, respeitada a jornada máxima de trabalho estipulada pela junta médica, a fim de respeitar a integridade física do servidor. 22. As ausências consideradas justificadas e dispensadas de compensação são aquelas com a finalidade de cuidar da própria saúde ou de pessoa da família constante de seus assentamentos funcionais e não abarcam a situação na qual o servidor tenha a jornada de trabalho reduzida com vistas à prestação de assistência direta ao dependente. (Item 14 da Nota Técnica MPOG nº 924/2016) 23. A redução da jornada de trabalho, na forma prescrita pela junta médica oficial, já se destina a possibilitar ao servidor o tempo necessário para a assistência à pessoa com deficiência. (Item 18 da Nota Técnica MPOG nº 924/2016) 24. Caso não seja verificada a hipótese de concessão de horário especial, permanecendo o servidor, portanto, com sua jornada de trabalho integral, ser-lhe-á facultado ausentar-se para consultas, exames e demais procedimentos relativamente a seu familiar, com a apresentação de documento que comprove tal situação, sendo dispensada a compensação de horário referente ao período consignado no atestado/declaração de comparecimento, desde que assinado por profissional competente. (Item 19 da Nota Técnica MPOG nº 924/2016) GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO EM CURSO OU CONCURSO 25. A jornada de trabalho do servidor público destina-se exclusivamente ao desempenho das atribuições do cargo, de modo que quaisquer compensações devem ocorrer em acréscimo à jornada semanal a que se sujeita o cargo, não se afigurando possível à Administração substituir a atividade das atribuições do cargo pelas de instrutoria ou outras sujeitas à Gratificação por Encargo em Curso ou Concurso, já que esta hipótese poderia, sem embargos, configurar desvio de função. (Item 2 da Nota Técnica SEI/MP nº 1005/2015) 26. Também será concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividades, no horário de trabalho, sujeitas à percepção da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso GECC. (Art. 34 da Instrução Normativa nº 2 de 12/09/2018) 27. Independentemente de as atividades ensejadoras da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso GECC serem realizadas no horário de trabalho ou não, o servidor somente poderá realizar até 120 (cento e vinte) horas de trabalhos anuais, acrescidas de mais 120 (cento e vinte) horas, em situação excepcional, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. (Art. 34 1º da Instrução Normativa nº 2 de 12/09/2018) 28. O sistema de controle eletrônico diário de frequência SISREF efetuará o registro das horas de trabalho relativas às atividades de Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso GECC por servidor, para o controle dos limites de que trata o item 27 desta norma. (Art. 34 1º da Instrução Normativa nº 2 de 12/09/2018) OUTRAS INFORMAÇÕES 29. O controle de assiduidade do servidor TAE far-se-á mediante registro manual de freqüência, com horários de entrada e saída, não obrigatoriamente sujeitos ao horário de funcionamento regular da Unidade Acadêmica e Administrativa ou estrutura equivalente da UFMG, nos seguintes casos (Incisos I e II do Art. 12 da Portaria UFMG nº 014/2015): a) Servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o horário da repartição; 4
5 b) Servidor com deficiência ou que tenha familiar com deficiência cônjuge ou companheiro (a), pais, filhos, padrasto ou madrasta, enteado (a) ou dependente que viva a suas expensas e conste em seu assentamento funcional; 30. Compete às chefias observar a flexibilidade nos horários de entrada e saída dos servidores e do uso da alternativa de interrupção para refeições, de uma a três horas. (OC/DENOR/SRH/MARE nº 05/97) 31. O servidor que exerce função comissionada ou de confiança não faz jus a concessão de horário especial, por não estar (o horário especial) submetido ao regime de dedicação integral ao serviço. (Ofício COGES/SRH/MP nº 80/2008) 32. Os servidores públicos federais com deficiência podem ser designados para funções de confiança e cargos comissionados sem prejuízo do direito à jornada especial prevista no art. 98, 2º da Lei nº 8.112/1990, devendo ser oportunizado à autoridade competente para designação a análise, no caso concreto, a compatibilidade entre jornada especial e a respectiva função, não cabendo à Administração Pública Federal editar atos normativos ou manifestar entendimentos que impeçam, de forma geral e indiscriminada, o exercício desse direito pelas pessoas com deficiência. (Item 15 da Nota Técnica MP nº 6.218/2017) 33. Os empregados públicos não estão alcançados pela Lei nº 8.112/1990, de forma geral, não se vislumbrando, portanto, amparo legal para a aplicação da Lei nº 8.112/90, a empregados celetistas. (Item 8 da Nota Técnica nº /2016) FUNDAMENTAÇÃO 1. Artigo 98, da Lei nº 8.112, de 11/12/90 (DOU 12/12/90), alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 (DOU 11/12/97). 2. Parecer DRH/SAF nº 161, de 28/6/91 (DOU 31/7/91). 3. Orientação Consultiva DENOR/SRH/MARE nº 5, de 15/9/ Orientação Normativa DENOR/SRH/MPOG nº 6, de 14/5/99 (DOU 17/5/99). 5. Ofício COGES/SRH/MP nº 80, de 20/06/ Nota Técnica CGNOR/DENOP/SEGEP/MP nº 90, de 08/05/ Portaria UFMG nº 014, de 25/02/ Nota Técnica SEI/MP nº 1005, de 22/10/ Nota Técnica MP nº 924, de 01/02/ Lei nº , de 12/12/2016 (DOU 13/12/2016). 11. Ofício Circular MP nº 58, de 22/02/ Nota Técnica MP nº /2016, de 27/03/ Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal, de 24/04/2017 (3ª edição). 14. Nota Técnica MP nº 6.218/2017, de 18/04/ Instrução Normativa nº 2, de 12/09/2018 (*) versão republicada em 21/09/
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