Distribuição Orçamentária Interna Material de Consumo e Material Permanente
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- Felipe Candal Philippi
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1 Distribuição Orçamentária Interna Material de Consumo e Material Permanente Petrolina, maio de
2 1 Introdução UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVASF Inaugurada no exercício de 2013, a distribuição orçamentária interna propicia, aos Colegiados Acadêmicos da Univasf, o gerenciamento de créditos orçamentários para a realização de compras que permitam atender suas demandas setoriais, conforme priorização por eles estabelecida. No presente documento, apresenta-se a distribuição orçamentária para o exercício Com a sua divulgação, pretendemos evidenciar a metodologia pela qual os créditos foram alocados entre as unidades acadêmicas, especialmente os critérios utilizados e os valores resultantes da aplicação dessa metodologia. Deve-se ressaltar que esse planejamento orçamentário de 2016 foi elaborado com base na Proposta de Lei Orçamentária Anual para esse exercício, já aprovada no Congresso Nacional, mas ainda sujeito a ajustes, de acordo com a apuração de resultado fiscal do Governo Federal. Dessa forma, e considerando a possibilidade de contingenciamento futuro de créditos, esclarecemos que poderá haver necessidade de redimensionamento e/ou reprogramação nas aquisições, no âmbito da metodologia Leds, situação essa em que buscaremos realizar as adequações com o mínimo de impacto possível às atividades acadêmicas da Univasf. 2 Metodologia utilizada na distribuição interna dos créditos A forma pela qual os créditos foram alocados às unidades acadêmicas primou pela equidade no tratamento entre os Colegiados, utilizando o número de matrículas existentes no período como base para os cálculos, mas respeitando as diferenças oriundas das distintas necessidades entre os cursos existentes. Nessa perspectiva, como mecanismo de justiça distributiva, o conceito de alunoequivalente foi utilizado para tornar comparável o número de matrículas ofertadas pelos diversos colegiados. Esse conceito procura contemplar tais distinções a partir de pesos diferenciados para cada agrupamento de cursos, por área de conhecimento, conforme estabelecido pelo Ministério da Educação (Sesu/MEC, 2005) 1. 1 SESU/MEC. Cálculo do aluno equivalente para fins de manutenção das Ifes. Brasília:
3 Os pesos por grupo, ao seu turno, procuram traduzir os custos associados às estruturas dos cursos, contemplando as diferenças entre aqueles que exigem maior volume de dispêndio de recursos e aqueles que demandam valores menores. Além do peso do grupo, os cálculos consideraram mais dois elementos da heterogeneidade entre os Colegiados: o funcionamento em campi distantes da sede da Universidade e a existência de cursos em processo de estruturação para formação das primeiras turmas 2. O primeiro elemento contempla os colegiados dos campi localizados fora do eixo Juazeiro-Petrolina. Para este ano, o segundo critério, ao contrário do ano anterior, voltará a refletir na distribuição, uma vez que temos dois cursos de graduação sem turmas formadas, quais sejam: Ecologia e Geografia. O número de alunos equivalentes de cada curso, dessa forma, foi obtido a partir da seguinte fórmula: Na qual: Nº AE = (Nº de Matrículas) x (Peso do Grupo - MEC) x (Adicional Fora de Sede) x (Adicional Estruturação) Nº AE = Número de alunos equivalentes; Nº de Matrículas = Número de alunos matriculados, excetuando-se a matrícula vínculo, em cada curso 3 ; Peso do Grupo - MEC = Peso do grupo ao qual pertence a área de conhecimento do curso, conforme estabelecido pelo Ministério da Educação; 2 Esses dois elementos não foram utilizados para os cursos de Pós-Graduação, vistos que estes, quando stricto sensu, têm disponibilidade de outras fontes de recursos para o seu desenvolvimento, a exemplo do Programa de Apoio à Pós-Graduação Proap, da Capes, e do Fundo de Infraestrutura CT-Infra, da Finep. 3 Com exceção do Curso de Mestrado em Extensão Rural, cuja implantação ocorre em 2016, utilizou-se o número de matrículas vínculo do período , informado pela Secretaria de Registro e Controle Acadêmico SRCA/Univasf. Chama-se atenção, para o caso dos cursos de pós-graduação stricto sensu, nos quais são considerados para fins de cálculo do número de alunos equivalentes, todos alunos matriculados, exceto as matrículas especiais. Tal especificidade deve-se ao fato de que, uma vez terminando o curso das disciplinas os alunos dos programas de pós são caracterizados como matrícula vínculo, fato que é incompatível com a necessidade que o estudante tem em utilizar os laboratórios e seus insumos na fase de elaboração da pesquisa, o que demanda a aplicação de recursos. Para o curso de Mestrado em Extensão Rural, utilizou-se o número de vagas disponibilizadas em edital. 3
4 Adicional Fora de Sede = Utilizou-se o fator 1,10 para os cursos realizados nos Campi de Senhor do Bonfim-BA e de São Raimundo Nonato-PI e o fator 1,00 para os demais; e Adicional Estruturação = fator 1,15 para os cursos que ainda não formaram a primeira turma e o fator 1,00 para os demais 4. Feito isso, obtiveram-se os percentuais de participação de cada curso no número total de alunos equivalentes. A partir desses percentuais, os valores foram distribuídos. 3 Resultados da metodologia aplicada: valores por curso Foram distribuídos entre os cursos, os valores de R$ ,69 e de R$ ,78 referentes, respectivamente, ao Custeio material de consumo e ao Capital equipamentos e bens permanentes. 5 Esses valores foram definidos subtraindo-se do orçamento da Univasf (1) (grupos material de consumo e equipamentos/bens permanentes) os valores necessários às atividades administrativas e comuns 6 (2). A diferença entre eles (1 2), desse modo, constituiu o valor dividido entre os Colegiados, a partir dos critérios anteriormente expostos. Para os cursos de graduação (93,3% das matrículas ofertadas) destinaram-se 90% do total dos valores distribuídos. Para os cursos de pós-graduação stricto sensu (5,2% das matrículas ofertadas) esse percentual foi de 7,5% e para a pós-graduação lato sensu (1,5% das matrículas ofertadas) foram alocados 2,5% da parcela em questão. 4 A situação específica do curso de Medicina (Paulo Afonso - BA) terá suas demandas tratadas no âmbito da programação orçamentária específica, de acordo com as orientações da Propladi junto ao Colegiado; 5 Foi possível, em relação ao exercício anterior, manter o valor destinado ao Custeio material de consumo, sendo necessária a dedução 50% (cinquenta por cento) na rubrica de capital bens permanentes, equipamentos e obras, vez que essa rubrica é alvo prioritário de eventuais cortes, dada a sua característica de investimento e não de manutenção das atividades básicas. Outrossim, é importante frisar que, diante do reconhecido cenário de instabilidade político-econômica nacional, tais valores (custeio e capital) são suscetíveis a alterações/deduções, a depender de eventuais restrições orçamentárias impostas pelo Governo Federal às IFES, situação na qual informaremos à comunidade possíveis ajustes e seus desdobramentos no exercício atual da metodologia Leds. 6 As atividades aqui compreendidas como administrativas correspondem às ações de Pró-reitorias, Secretarias, Prefeitura Universitária, Coordenações de Campus e outros setores gerenciais, bem como as que implicam despesas comuns a todos os setores (administrativos e acadêmicos). Incluem-se, nessa categoria, os gastos necessários à contratação de serviços como fornecimento de água, energia elétrica, vigilância, limpeza, apoio administrativo e aquisição de materiais de expediente, dentre outros. 4
5 mencionados: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVASF Os quadros seguintes apresentam os valores obtidos para os três tipos de cursos Quadro 01: Distribuição do Orçamento (Consumo e Bens Permanentes) entre os Colegiados Acadêmicos de Graduação CURSO Fonte: Propladi Quadro 02: Distribuição do Orçamento (Consumo e Bens Permanentes) entre os Colegiados Acadêmicos de Pós-Graduação Stricto Sensu Fonte: Propladi (a) MATRÍCULAS (b) PESO DO GRUPO (c) ADICIONAL CURSO FORA (d) ADICIONAL (e) NÚMERO DE ALUNOS EQUIVALENTES (MEC) DA SEDE ESTRUTURAÇÃO = a x b x c x d (ei)/11.137, , ,80 (gi) + (hi) Administração 404 1,00 1,00 1,00 404,00 3, , , ,40 Arqueologia e preservação patrimonial 157 1,00 1,10 1,00 172,70 1, , , ,91 Artes Visuais 110 1,50 1,00 1,00 165,00 1, , , ,52 Ciências Biológicas 264 2,00 1,00 1,00 528,00 4, , , ,53 Ciências da Natureza SBF 254 1,00 1,10 1,00 279,40 2, , , ,05 Ciências da Natureza SRN 170 1,00 1,10 1,00 187,00 1, , , ,51 Ciências Farmacêuticas 333 2,00 1,00 1,00 666,00 5, , , ,26 Ciências Sociais_Bacharelado 106 1,00 1,00 1,00 106,00 0, , , ,94 Ciências Sociais_Licenciatura 116 1,00 1,00 1,00 116,00 1, , , ,74 Ecologia 40 2,00 1,10 1,15 101,20 0, , , ,15 Educação Física_Bacharelado 164 1,50 1,00 1,00 246,00 2, , , ,07 Educação Física_Licenciatura 118 1,50 1,00 1,00 177,00 1, , , ,71 Enfermagem 137 1,50 1,00 1,00 205,50 1, , , ,90 Engenharia Agrícola e Ambiental 191 2,00 1,00 1,00 382,00 3, , , ,41 Engenharia Agronômica 286 2,00 1,00 1,00 572,00 5, , , ,50 Engenharia Civil 286 2,00 1,00 1,00 572,00 5, , , ,50 Engenharia da Computação 224 1,50 1,00 1,00 336,00 3, , , ,23 Engenharia da Produção 249 2,00 1,00 1,00 498,00 4, , , ,15 Engenharia Elétrica 258 2,00 1,00 1,00 516,00 4, , , ,34 Engenharia Mecânica 252 2,00 1,00 1,00 504,00 4, , , ,35 Geografia 40 2,00 1,10 1,15 101,20 0, , , ,15 Medicina 419 4,50 1,00 1, ,50 16, , , ,04 Medicina Veterinária 322 4,50 1,00 1, ,00 13, , , ,46 Psicologia 347 1,00 1,00 1,00 347,00 3, , , ,22 Zootecnia 138 4,50 1,00 1,00 621,00 5, , , ,28 Total ,50 100, , , ,32 (f) PERCENTUAL = (g) Valor (R$) Consumo = (fi) x (h) Valor (R$) Capital = (fi) x (j) Total (R$) = CURSO (a) (b) PESO DO (c) ADICIONAL (d) ADICIONAL (e) NÚMERO (f) PERCENTUAL (g) Valor (R$) (h) Valor (R$) (j) Total (R$) MATRÍCULAS CURSO FORA DE ALUNOS Consumo = EQUIVALENTE S = a x b x c x (fi) x Capital = (fi) x GRUPO (MEC) DA SEDE ESTRUTURAÇÃO d = (ei)/734, , ,23 = (gi) + (hi) Ciência Animal 26 4,50 1,00 1,00 117,00 15, , , ,22 Ciências da Saúde e Biológicas 58 2,00 1,00 1,00 116,00 15, , , ,16 Ciência dos Materiais 19 2,00 1,00 1,00 38,00 5, , , ,01 Ciências Veterinárias no Semiárido 23 4,50 1,00 1,00 103,50 14, , , ,50 Engenharia Agrícola 30 2,00 1,00 1,00 60,00 8, , , ,99 Física em Rede Nacional 21 2,00 1,00 1,00 42,00 5, , , ,84 Matemática em Rede Nacional 24 1,50 1,00 1,00 36,00 4, , , ,31 Recursos Naturais do Semiárido 30 2,00 1,00 1,00 60,00 8, , , ,99 Agronomia - Produção Vegetal 29 2,00 1,00 1,00 58,00 7, , , ,30 Psicologia 19 1,00 1,00 1,00 19,00 2, , , ,22 Educação Física 22 1,50 1,00 1,00 33,00 4, , , ,55 Extensão Rural* 26 2,00 1,00 1,00 52,00 7, , , ,77 TOTAL ,50 100, , , ,86 5
6 Quadro 03: Distribuição do Orçamento (Consumo e Bens Permanentes) entre os Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu CURSO (a) (b) PESO DO (c) (d) ADICIONAL (e) NÚMERO DE (f) PERCENTUAL (g) Valor (R$) (h) Valor (R$) (j) Total (R$) = ADICIONAL ALUNOS MATRÍCULAS GRUPO CURSO Consumo = (fi) Capital = (fi) x EQUIVALENTES = a x b FORA DA (MEC) SEDE ESTRUTURAÇÃO x c x d = (ei)/89,5 x , ,74 (gi) + (hi) Residências Multiprofissionais 40 1,00 1,00 1,00 40,00 44, , , ,45 Residências Médicas 45 1,00 1,00 1,00 45,00 50, , , ,18 Especialização em Prática 1 4,50 1,00 1,00 4,50 5,03 948, , ,65 Hospitalares em Cães e Gatos TOTAL 86 89,50 100, , , ,28 Fonte: Propladi 4 Utilização dos créditos distribuídos Os valores constantes nos quadros acima deverão ser gastos na aquisição de bens, indicados pelos respectivos cursos, durante o exercício 2016, respeitando-se a segmentação Consumo/Permanente. Para tanto, a Propladi levantará as demandas de cada setor, através da Metodologia de Levantamento das Demandas Setoriais Leds, entre 03 e 18 de maio de Feito isso, a demanda institucional será consolidada e o empenho de créditos orçamentários para atendimento às necessidades será providenciado. 5 Considerações finais Como parte do planejamento de compras da Univasf, cuja atual metodologia está em uso desde o exercício de 2012, a distribuição orçamentária parte do seguinte pressupostobase: de que os recursos da instituição para as atividades de ensino, pesquisa e extensão devem, tanto quanto possível, ser utilizados considerando as definições estabelecidas pelos setores que desenvolvem, cotidianamente, essas mesmas atividades finalísticas. Nesse entendimento, a qualidade da execução orçamentária efetuada a cada ano é elevada na medida em que parte considerável dos gastos pode ser realizada visando suprir necessidades identificadas pelas próprias unidades acadêmicas, mediante a eleição interna de suas prioridades. 7 Para esse processo, a Propladi realizou reuniões de orientação em cada campus da Universidade, entre 05 e 19 de abril de 2016, além de uma reapresentação ocorrida no dia 26 de abril, nas quais tratou dos indicadores de atendimento às demandas do Leds 2015 e dos aperfeiçoamentos da metodologia para o ano corrente. 6
7 Por sua vez, cabe aos setores administrativos, em especial às Pró-reitorias e Secretarias, o gerenciamento de ações cujos impactos tenham natureza trans-setorial, isto é, capazes de atender simultaneamente necessidades comuns a diversas unidades, bem como superar déficits estruturais de difícil resolução para as unidades acadêmicas isoladamente. Por conseguinte, espera-se que a distribuição orçamentária operada neste exercício, proporcione maior vinculação do orçamento disponível às ações finalísticas da Univasf e, nos períodos posteriores, possa suscitar aperfeiçoamentos do modelo (re)distributivo utilizado. 7
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