IHU / UNISINOS 3/5/2018 DESIGUALDADE NO VALE DOS SINOS
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- Luiz Fernando Marcelo Bandeira Barros
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1 IHU / UNISINOS 3/5/2018 DESIGUALDADE NO VALE DOS SINOS Profa. Dra. Angélica Massuquetti Programa de Pós-Graduação em Economia Escola de Gestão e Negócios
2 TÓPICOS Desigualdade Ponto de Partida! Teorias do Crescimento Regional Desigualdade no Brasil Desenvolvimento e Desigualdade Rio Grande do Sul Vale do Rio dos Sinos Desenvolvimento Regional versus Desenvolvimento Local
3 D E S I G U A L D A D E
4 PONTO DE PARTIDA! População e atividade econômica estão desigualmente distribuídas no espaço. A aglomeração de pessoas e empresas é a regra e não a exceção. As regiões mais produtivas possuem um efeito de aglomeração autopropulsor de renda, inovação, riqueza e desenvolvimento. Os fatores econômicos fundamentais talento, inovação e criatividade não estão distribuídos equitativamente pela economia. As pessoas e as empresas se aglomeram em função das vantagens de produtividade, economias de escala e transmissão de conhecimento que essa densidade costuma proporcionar. A aglomeração é a regra! DAL PIZZOL, A. C. C.; MASSUQUETTI, A. Urbanização e desenvolvimento: um mundo plano ou acidentado? Revista SODEBRAS, v. 9, n. 104, p , ago
5 CAMPO TEÓRICO Anos 1950 Teorias do Crescimento Regional Produção de um conjunto de teorias de crescimento regional com ênfase nos fatores de aglomeração. Autores enfatizaram o desenvolvimento de espaços subnacionais: F. Perroux: Note sur la notion depôle de croissance (O conceito de polo de crescimento) G. Myrdal: Economic theory and under-developed regions (Teoria econômica e regiões subdesenvolvidas) A. Hirschmann: The strategy of ecomic development (A estratégia do desenvolvimento econômico) COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
6 TEORIAS DO CRESCIMENTO REGIONAL François Perroux O crescimento econômico não é homogêneo: O crescimento não aparece simultaneamente em toda a parte, ao mesmo tempo. Ao contrário, ele se manifesta em pontos ou polos de crescimento, com intensidades variáveis; mais tarde, ele se expande por diversos canais e com efeitos finais variáveis sobre toda a economia (PERROUX, 1955, p. 146, grifo nosso). Críticas/Fatos As indústrias implantadas não foram capazes de difundir inovações tecnológicas para outras indústrias (cadeia produtiva). Houve uma maior concentração regional das atividades econômicas nos países que tiveram experiências de desenvolvimento regional fundamentadas no conceito de polo de crescimento. COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
7 TEORIAS DO CRESCIMENTO REGIONAL Gunnar Myrdal Há assimetrias regionais (mais acentuadas em países mais pobres). Disparidades regionais crescentes: [ ] uma determinada modificação induz o surgimento de outras modificações que deslocam o sistema na mesma direção que a primeira, ampliando-a (MYRDAL, 1957, p. 13). Mobilidade dos fatores produtivos causam desequilíbrios cumulativos: Causalidade circular e cumulativa. Solução: políticas públicas de intervenção sobre as regiões menos desenvolvidas. Políticas de desenvolvimento regional! COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
8 TEORIAS DO CRESCIMENTO REGIONAL Processo cumulativo de atração gera uma espiral ascendente de crescimento para as áreas de recepção dos fatores. Processo cumulativo de repulsão gera uma espiral descendente de crescimento nas áreas de doação dos fatores. Economia de escala considera a relação do custo médio por unidade com o volume produzido. Economia de escopo acontece quando a redução nesse custo médio se dá pela produção conjunta de mais de um produto ou serviço.
9 TEORIAS DO CRESCIMENTO REGIONAL Albert Hirschmann Progresso econômico não é homogêneo. Concentração espacial do crescimento: Pontos de crescimento ou polos de crescimento. Discute a questão regional usando os conceitos de efeitos para frente (forward linkages) e para trás (backward linkages): Os efeitos para trás: externalidades decorrentes da implantação de indústrias, que, ao aumentarem a demanda de insumos no setor a montante, viabilizariam suas escalas mínimas de produção na região determinada. Os efeitos para frente: resultariam da oferta de insumos, que tornaria viáveis os setores que se posicionassem a jusante. Papel do poder público no desenvolvimento regional: Desenvolvimento de regiões atrasadas. COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
10 TEORIAS DO CRESCIMENTO REGIONAL A partir da década de 1950 Essas teorias passaram a inspirar estudos analíticos e políticas públicas de desenvolvimento regional. Krugman (1998, p , grifo nosso) afirma que: [ ] a ideia de que a aglomeração de produtores numa localização em particular traz vantagens, e que estas vantagens, por sua vez, explicam a aglomeração, é antiga. KRUGMAN, Paul. Development, Geography and Economic Theory (The Ohlin Lectures; 6). Massachusetts: MIT Press, COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
11 SÍNTESE - BRASIL Crescimento econômico concentrado Desigualdade socioeconômica Qual é a solução? Onde está o Estado? Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
12 DESIGUALDADE NO BRASIL Os 10% da população com os maiores rendimentos detinham 43,3% da massa de rendimentos do país. A parcela dos 10% com os menores rendimentos detinha 0,7% desta massa. As pessoas que faziam parte do 1% da população brasileira com os maiores rendimentos recebiam, em média, R$ Esse valor é 36,1 vezes maior que o rendimento médio dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 754). Na região Nordeste essa razão foi de foi 44,9 vezes e na região Sul, 25 vezes. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Rendimento de todas as fontes, de 2017 (IBGE, 11/4/2018).
13 DESIGUALDADE NO BRASIL No Brasil, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ As regiões Norte (R$ 810) e Nordeste (R$ 808) apresentaram os menores valores e a região Sul, o maior (R$ 1.567). 13,7% dos domicílios brasileiros recebiam dinheiro referente ao Programa Bolsa Família. As regiões Norte (25,8%) e Nordeste (28,4%) apresentaram os maiores percentuais. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de R$ 324. O índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi 0,549. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Rendimento de todas as fontes, de 2017 (IBGE, 11/4/2018).
14 MAS QUAL É O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO? O Produto Interno Bruto (PIB) foi, durante décadas, o principal indicador de desenvolvimento econômico. No entanto, observou-se a necessidade de se alcançar, além do crescimento econômico: melhor padrão de vida para a população; renda mais equitativa; erradicação do analfabetismo e de doenças transmissíveis por falta de condições mínimas de moradia e de saneamento, etc. Assim, o desenvolvimento deixou de ser estritamente econômico e passou a ser pensado a partir da dimensão social. BRESSER-PEREIRA, L. C. Estratégia nacional e desenvolvimento. Revista de Economia Política, vol. 26, n. 2 (102), p , abril-junho/2006.
15 Recentemente: MAS QUAL É O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO? Desenvolvimento humano tornou-se a expressão mais adequada para transmitir a ideia não apenas de desenvolvimento econômico e social, mas também político e ambiental. Políticas públicas são formuladas com o intuito de promover o desenvolvimento econômico, a segurança, a liberdade, a justiça social etc. Não alcançamos o bem-estar da população apenas com uma distribuição de renda mais igual, precisamos ampliar as liberdades dos indivíduos com relação às suas capacidades e às oportunidades que estão à sua disposição. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2018).
16 DESENVOLVIMENTO Dimensões: 1. Renda; 2. Educação; 3. Saúde; 4. Saneamento básico; 5. Energia; 6. Segurança; 7. Trasporte público; 8. Comunicação; 9. Política; 10. Ambiental; 11. Lazer; 12. IDH IDHM IDESE Outros índices e indicadores... Desenvolvimento Humano
17 COMO É O DESENVOLVIMENTO (E A DESIGUALDADE) NO RIO GRANDE DO SUL?
18 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E SUAS REGIÕES
19 COREDE VALE DO RIO DOS SINOS E SEUS MUNICÍPIOS Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
20 RIO GRANDE DO SUL E DENSIDADE DEMOGRÁFICA Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
21 RIO GRANDE DO SUL E DENSIDADE DEMOGRÁFICA Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
22 RIO GRANDE DO SUL E POPULAÇÃO Municípios com população superior a 100 mil habitantes Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
23 RIO GRANDE DO SUL E TAXA DE URBANIZAÇÃO Taxa de urbanização por COREDEs Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
24 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E PIB
25 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E VAB
26 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E VAB INDÚSTRIA
27 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E VAB SERVIÇOS
28 RIO GRANDE DO SUL E TRABALHO E RENDA Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
29 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E SAÚDE
30 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E SAÚDE
31 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E EDUCAÇÃO
32 Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2018). IDHM
33 RIO GRANDE DO SUL E IDHM IDHM 1991/2000/2010 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
34 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E IDHM RENDA
35 RIO GRANDE DO SUL E IDHM EDUCAÇÃO Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
36 RIO GRANDE DO SUL E IDHM LONGEVIDADE Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
37 FEE (2018). IDESE
38 FEE(2018). RIO GRANDE DO SUL E IDESE
39 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E IDESE
40 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E BLOCO RENDA
41 RIO GRANDE DO SUL E BLOCO EDUCAÇÃO Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018).
42 Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2018). RIO GRANDE DO SUL E BLOCO SAÚDE
43 IDESE SÍNTESE RIO GRANDE DO SUL Rio Grande do Sul possui médio desenvolvimento (0,751). Redução do desenvolvimento no estado ( ) em razão da queda do índice do bloco Renda, que foi de -3,1%. Desenvolvimento concentrado em determinadas regiões de acordo com a dimensão investigada: Geral: COREDES Noroeste Colonial e Serra apresentam alto desenvolvimento. Renda: é possível incluir o COREDE Metropolitano Delta do Jacuí neste grupo. Educação: nenhum COREDE alcançou o alto desenvolvimento; e melhores posições no ranking do estado: Fronteira Noroeste, Norte e Noroeste Colonial, mas todos com médio desenvolvimento. Saúde: a grande maioria dos COREDES atingiu o alto desenvolvimento, com exceção apenas dos COREDES Campanha, Vale do Rio dos Sinos, Jacuí-Centro, Fronteira Oeste e Sul.
44 COMO É O DESENVOLVIMENTO (E A DESIGUALDADE) NO VALE DO RIO DOS SINOS?
45 INDICADORES MUNICIPAIS DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS Municípios FEEDados (2018). PIB (R$ mil) PIB per capita (R$) Estimativas Populacionais Número de Vínculos Empregatícios Taxa de Analfabetismo (15 anos ou mais) (%) Araricá , , ,93 Campo Bom , , ,18 Canoas , , ,62 Dois Irmãos , , ,04 Estância Velha , , ,62 Esteio , , ,65 Ivoti , , ,88 Nova Hartz , , ,35 Nova Santa Rita , , ,55 Novo Hamburgo , , ,36 Portão , , ,63 São Leopoldo , , ,17 Sapiranga , , ,91 Sapucaia do Sul , , ,33
46 ÍNDICE DE GINI DO ESTADO, DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS E DE SEUS MUNICÍPIOS 2000/2010 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Rio Grande COREDE do Sul Vale do Rio dos Sinos Araricá Campo Bom Canoas Dois Irmãos Estância Velha Esteio Ivoti Nova Hartz Nova Novo Santa Rita Hamburgo Portão São Leopoldo Sapiranga Sapucaia do Sul FEEDados (2018).
47 IDESE DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 IDESE Bloco Saúde Bloco Renda Bloco Educação FEEDados (2018). Alto (acima de 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499) nível de desenvolvimento.
48 IDESE DOS MUNICÍPIOS DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS 0,900 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 0,000 Araricá Campo Bom Canoas Dois Irmãos Estância Velha Esteio Ivoti Nova Hartz Nova Santa Rita Novo Hamburgo Portão São Leopoldo Sapiranga Sapucaia do Sul FEEDados (2018). Alto (acima de 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499) nível de desenvolvimento.
49 IDESE (BLOCO SAÚDE) DOS MUNICÍPIOS DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS 1,000 0,900 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 0,000 Araricá Campo Bom Canoas Dois Irmãos Estância Velha Esteio Ivoti Nova Hartz Nova Santa Rita Novo Hamburgo Portão São Leopoldo Sapiranga Sapucaia do Sul FEEDados (2018). Alto (acima de 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499) nível de desenvolvimento.
50 0,900 IDESE (BLOCO RENDA) DOS MUNICÍPIOS DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 0,000 Araricá Campo Bom Canoas Dois Irmãos Estância Velha Esteio Ivoti Nova Hartz Nova Santa Rita Novo Hamburgo Portão São Leopoldo Sapiranga Sapucaia do Sul Fonte: FEEDados (2018). Alto (acima de 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499) nível de desenvolvimento.
51 IDESE (BLOCO EDUCAÇÃO) DOS MUNICÍPIOS DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS 0,900 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 0,000 Araricá Campo Bom Canoas Dois Irmãos Estância Velha Esteio Ivoti Nova Hartz Nova Santa Rita Novo Hamburgo Portão São Leopoldo Sapiranga Sapucaia do Sul FEEDados (2018). Alto (acima de 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499) nível de desenvolvimento.
52 RANKING MUNICIPAL DO COREDE VALE DO RIO DOS SINOS IDESE E BLOCOS Município IDESE Ivoti 0,818 Dois Irmãos 0,799 Nova Hartz 0,706 Araricá 0,682 Sapucaia do Sul 0,679 Município Bloco Saúde Dois Irmãos 0,872 Ivoti 0,853 São Leopoldo 0,776 Canoas 0,771 Araricá 0,766 Município Bloco Renda Dois Irmãos 0,796 Ivoti 0,777 Nova Hartz 0,647 Araricá 0,599 Sapucaia do Sul 0,578 Município Bloco Educação Ivoti 0,824 Estância Velha 0,768 Nova Santa Rita 0,655 São Leopoldo 0,648 Canoas 0,640 FEEDados (2018). Alto (acima de 0,800), médio (entre 0,500 e 0,799) e baixo (abaixo de 0,499) nível de desenvolvimento.
53 SÍNTESE COREDE VALE DO RIO DOS SINOS Dentre os 28 COREDES do Rio Grande do Sul: Vale do Rio dos Sinos encontra-se apenas: 17ª posição no IDESE geral; 8ª em Renda; 23ª em Educação; 25ª em Saúde. As disparidades regionais refletem a concentração dos investimentos públicos e privados em determinadas regiões e atividades econômicas.
54 QUAL SERIA A SOLUÇÃO PARA O VALE CONSTITUIÇÃO DE 1988 DO RIO DOS SINOS? Reorganização política, administrativa e fiscal no país. Descentralização: COREDES Aproximação dos atores da sociedade civil e do mercado com os governos locais que implementam as ações sociais. Novo paradigma de desenvolvimento econômico para o estado do Rio Grande do Sul, pensado no âmbito local e representado pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento Econômico (COREDES). Oficializados em 1994 durante o governo de Alceu Collares ( ). Inicialmente eram 22 Coredes: + 2 COREDES em 2004; + 2 COREDES em 2007; + 2 COREDES em Formando, assim, um grupo de 28 COREDES. FRAGA, W. S.; MASSUQUETTI, A.; FELTRIN, L.; SCHUMACHER, G. S. Os gastos sociais municipais e os indicadores de qualidade de vida dos municípios gaúchos: o caso do COREDE Metropolitano Delta do Jacuí ( ). Economia e Desenvolvimento (Santa Maria), Santa Maria, v. 1, p , 2012.
55 QUAL SERIA A SOLUÇÃO PARA O VALE COREDES DO RIO DOS SINOS? Articulação dos atores sociais, econômicos e políticos (sociedade civil, mercado e Estado), ajudando-os a se organizar para, então, poderem formular seus próprios modelos de desenvolvimento regional voltados para um desenvolvimento sustentável. O objetivo central dos COREDES é a promoção do desenvolvimento regional, compatibilizando competitividade, equidade e sustentabilidade. Além desse objetivo central, os COREDES têm mais seis objetivos que foram estabelecidos por lei: 1. Promoção do desenvolvimento regional harmônico e sustentável; 2. Integração dos recursos e das ações do governo na região; 3. Melhoria da qualidade de vida da população; 4. Distribuição equitativa da riqueza produzida; 5. Estímulo à permanência do homem em sua região; e 6. Preservação e recuperação do meio ambiente. FRAGA, W. S.; MASSUQUETTI, A.; FELTRIN, L.; SCHUMACHER, G. S. Os gastos sociais municipais e os indicadores de qualidade de vida dos municípios gaúchos: o caso do COREDE Metropolitano Delta do Jacuí ( ). Economia e Desenvolvimento (Santa Maria), Santa Maria, v. 1, p , 2012.
56 QUAL SERIA A SOLUÇÃO PARA O VALE DO RIO DOS SINOS? DESENVOLVIMENTO A PARTIR DE BAIXO Considera-se a importância: Envolvimento dos atores locais nos processos de análise e decisão; Mobilização local dos recursos produtivos do território; Valorização dos fatores e dos bens e serviços produzidos localmente; Processos de criação ou de difusão de inovações; Ganhos emergentes de uma melhor coordenação local de iniciativas; Aumento do valor acrescentado e localmente retido; COMO DESENVOLVER O TERRITÓRIO? Identificar os problemas que afetam o desenvolvimento. Identificar as melhores políticas. COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
57 QUAL SERIA A SOLUÇÃO PARA O VALE DO RIO DOS SINOS? COMO DESENVOLVER O TERRITÓRIO? Competitividade = F [quantidade, qualidade e aptidões produtivas da mão-de-obra (território ou atraídas); compartilhamento e difusão das inovações (território); rede de fornecedores e clientes (território); imagem externa do território; clima favorável para os negócios (redução dos custos de transação)]. Desenvolvimento dessas características é um processo: Educativo, social e político. Importância das instituições da sociedade. A ligação das empresas ao território, no entanto, não é permanente e estável: Construir e alimentar cuidadosamente essa atmosfera criativa de iniciativas e negócios constitui, portanto, o principal desafio para as políticas de desenvolvimento local. COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
58 QUAL SERIA A SOLUÇÃO PARA O VALE DO SÍNTESE RIO DOS SINOS? Melhorar o nível de vida num pequeno território: Conhecer os problemas e estrangulamentos; Conhecer seu potencial e oportunidades. Resumindo: identificação dos pontos fortes e fracos do território e ameaças e oportunidades. Cada território apresenta suas próprias especificidades, sendo o resultado da articulação entre: geografia, evolução histórica e trajetória econômica. Não faz sentido uma política nacional/estadual de desenvolvimento local. A estratégia deve ser local de baixo para cima e o território é o centro das políticas de desenvolvimento local. PÉS NO TERRITÓRIO E OLHOS NO MUNDO COSTA, J. S. et al. Compêndio de economia regional: métodos e técnicas de análise regional. Cascais (Portugal): Principia, v. 2.
59 TEMA DE PESQUISA E MOTIVAÇÃO Demanda Discente Graduação e PPGE Problemáticas construídas na dimensão pessoal/local dos discentes COREDE Vale do Rio dos Sinos COREDEs Fronteira Oeste, Jacuí Centro, Missões, Noroeste Colonial, Médio Alto Uruguai, Nordeste, Alto da Serra do Botucaraí, Alto Jacuí, Celeiro, Fronteira Noroeste e Produção COREDE Serra COREDE Metropolitano Delta do Jacuí + SDRs Araranguá, Blumenau, Joinville e Grande Florianópolis COREDE Vale do Caí RFP
60 OBRIGADA! DESIGUALDADE NO VALE DOS SINOS Profa. Dra. Angélica Massuquetti Programa de Pós-Graduação em Economia Escola de Gestão e Negócios
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