A RELIGIÃO CATÓLICA NA EDUCAÇÃO FEMININA: INSTITUTO TERESA VALSÉ (SALESIANAS) 1959-1970. RESUMO



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Transcrição:

5857 A RELIGIÃO CATÓLICA NA EDUCAÇÃO FEMININA: INSTITUTO TERESA VALSÉ (SALESIANAS) 1959-1970. Luciete Diniz Castro 1 Universidade Federal de Uberlândia RESUMO O presente trabalho, pretende contribuir com a História das instituições de ensino da cidade de Uberlândia MG, na linha de pesquisa História e Historiografia da Educação, particularmente, na área da História das Instituições Educacionais. Este projeto tem como objeto de pesquisa o Instituto Teresa Valsé (Salesianas), escola de cunho confessional. O período que se pretende trabalhar é de 1959 a 1970, caracterizado por uma orientação religiosa e pela prática de seus anos iniciais quando atuou apenas na educação feminina nas modalidades de externato, internato e semi-internato, delimitando este período no ano de 1970, quando a instituição abre vagas para o sexo masculino e também passou a cobrar mensalidades dos alunos por falta de doações. O Instituto Teresa Valsé foi fundado na cidade de Uberlândia-MG, em fevereiro de 1959. Sempre pertenceu `a rede privada de educação, embora não cobrasse mensalidades dos alunos e sobrevivesse de doações dos pais. Além do curso primário,este passou a oferecer, a partir de 1961, o curso ginasial (5ª a 8ª séries do 1º grau). Esteve, inicialmente, sob a direção da Irmã Rita A. Vieira, Madre Palmira (então inspetora) e ainda a irmã Catarina Muratore, ambas trazidas pelo Padre Mário Forestan, com o objetivo específico de fundarem o Instituto Teresa Valsé. Em 27 de maio de 1963, sabe-se que tal Instituto transferiu-se para um prédio próprio, onde está localizado atualmente. O referido terreno foi doado por Joaquim Barbosa e por seus irmãos, sendo localizado nos fundos de uma chácara pertencente aos mesmos. O prédio atual foi erguido por voluntários e inclusive pelas então alunas do Instituto com materiais doados. Segundo a atual diretora do Instituto, Ir. Raquel Vieira da Luz, no início de seu funcionamento havia um total de 80 (oitenta) alunas, número este que foi se expandindo no decorrer dos anos. Eram alunas que residiam na cidade de Uberlândia, nas fazendas e em outras cidades próximas, por isso, algumas alunas permaneciam internas até que terminassem o Curso Primário e, às vezes, o início do curso ginasial após a sua criação. No período proposto para o trabalho de pesquisa (1959-1970), a escola sobrevivia de realizações de bingos, barraquinhas e doações. A partir de 1970, devido à grande demanda de alunas e às poucas doações, a escola, por falta de opção, teve que passar a cobrar mensalidades. Todas as aulas eram voltadas para a religião e as alunas recebiam formação religiosa completa, desde as orações diárias até a catequese. Além disso, assistiam diariamente às missas e ainda faziam trabalhos manuais para ajudarem na manutenção da escola e, logicamente, aprender atividades que fossem voltadas para a formação da mulher. Portanto, pretende-se, com a referente pesquisa, desvendar quais relações essas transformações guardam com as mudanças políticas e religiosas na cidade de Uberlândia, bem como no Estado de Minas Gerais no período de 1959 a 1970. Tem como objetivo compreender a gênese e os primeiros anos de funcionamento da referida Escola, seus marcos históricos e processos administrativos e pedagógicos, enfocando, principalmente, a religião católica na educação feminina, e seu papel no contexto histórico da cidade de Uberlândia- MG. Esta pesquisa trata da busca e investigação de elementos que nortearam o surgimento e a consolidação do Instituto Teresa Valsé, dada a necessária delimitação espaço-temporal, caracterizando-se pelas principais obras e pesquisas a partir de diversos procedimentos, traçando um paralelo com as informações coletadas, buscando renovar e ampliar propostas relacionadas à História e Historiografia da Educação. 1 lucietediniz@yahoo.com.br

5858 Alunas do Instituto Teresa Valsé TRABALHO COMPLETO A proposta dessa pesquisa é resultado de estudos realizados durante reuniões de grupos de estudos na Universidade Federal de Uberlândia, em que houve oportunidade de participar e conhecer algumas temáticas relacionadas à produção científica em uma perspectiva histórica para a reconstrução de uma instituição escolar. Fiquei entusiasmada em poder contribuir para o desenvolvimento e a reflexão da Educação Escolar Brasileira no contexto da memória local e regional. Vislumbra-se a possibilidade de compreender melhor às questões relacionadas à História e Historiografia das instituições escolares. A escolha do objeto específico de estudo relaciona-se com o um grande interesse em pesquisar uma escola confessional, bem como a educação feminina, dentro de instituição; resultado de experiências vividas enquanto moradora e educadora em diversas instituições escolares na cidade de Uberlândia-MG; sendo sujeito dessa construção, também por ter contribuído para o ensino fundamental, enquanto professora. Assim, a abordagem investigativa se restringirá ao momento crucial de adaptação do educandário à demanda de ensino da cidade de Uberlândia e região, demonstrando sua enorme importância para o desenvolvimento educacional e sua vinculação com a busca crescente de popularização de ensino no período em pauta. Segundo (NAGLE, 2001, 9-51), a década dos 20, foi de grandes mudanças e transformações para a história do Brasil no setor político, econômico e social. No setor econômico houve um aumento da industrialização e da produção do café, com maior destaque em Minas e São Paulo. Inicia-se também uma grande concentração no setor urbano, diminuindo então a população rural. Mudanças também no setor político, onde infiltra o tenentismo com voto, amor à Pátria e ordem. Para (NAGLE, 2001, p.37), essas mudanças no setor político e econômico afeta o setor social identificada como: nacionalismo, catolicismo, tenentismo e outras. Podemos destacar uma característica marcante no século XX, como o entusiasmo pela educação e o otimismo pedagógico, com o renascimento do escolanovismo, e possibilidades de melhorar o ensino em geral, priorizando o primário, valorizando a criança, acabando com o analfabetismo, reformando o currículo (priorizando as disciplinas que reforcem o nacionalismo e amor à pátria), bem como o crescimento de instituições nas séries iniciais. Segundo (GERMANO, 2005, p.49), O início dos anos 60 foi problemático para as leis brasileiras, pois o país enfrentava uma crise econômica e política de grandes proporções. Para (GERMANO, 2005), o país estava vivendo um período conturbado da história brasileira, no plano político o período foi caracterizado pela ruptura constitucional deflagrada pela ditadura militar que estabeleceu o regime de execução.

5859 No plano educacional, após a aprovação da primeira LDBN em 1961, a situação era de impasse agravada pelo crescimento da demanda escolar resultante do crescimento democrático acelerado pela urbanização e o êxodo rural. O elevado grau de analfabetismo e o baixo percentual de escolarização da população economicamente ativa permitem inferir que, nas condições do capitalismo brasileiro, a política educacional pós-64 contribuiu para a exclusão social das classes populares, ou seja, a política educacional privilegiou o topo da pirâmide social. Visando atender às classes baixas da cidade de Uberlândia - MG e região, foi criado o Instituto Teresa Valsé (Salesianas) 2, com o objetivo de valorizar o ser humano no contexto histórico educacional, social e cultural, atuando inicialmente com o sexo feminino. A educação da jovem mulher é uma escolha prioritária que se delineia nos diversos países com iniciativas sempre mais definidas: da criação de cooperativas de trabalho em ambientes populares à recuperação de meninas que nas periferias das grandes cidades são facilmente vítimas da prostituição; da inserção no trabalho às iniciativas culturais e de profissionalização para que as jovens, com maior consciência, saibam lutar pela própria dignidade e pela elaboração de uma cultura ao feminino.(www.portalsalesianas.com.br) 11/03/2006. A identidade feminina ainda no século XX era marcada por um sistema paradoxal entre os sexos, pelas desigualdades e discriminações em múltiplos aspectos, portanto aprender as qualidades ideais para ser uma dona de casa, mãe e esposa era o alicerce perfeito para uma boa formação. Para (ALMEIDA, 2004, p. 75), Educar o sexo feminino passou a ser uma necessidade que se impunha cada vez mais diante da sociedade urbanizada que ditava novas regras de convivência no espaço citadino. Para isso a educação se ampliou quantitativamente e escolas começaram a ser inauguradas: colégios católicos, escolas protestantes e escolas públicas, todas herdeiras de um mesmo pressuposto: 2 As Irmãs Salesianas constituem uma família religiosa nascida do coração de Dom Bosco e da fidelidade criativa de Santa Maria Domingas Mazzarello. Um autor contemporâneo identificou a fundadora como um testemunho constante da alegria. Mas, atenção, diz o escritor, a sua vida foi uma luta, e a alegria foi a arma que usou contra a hipocrisia, o espírito permissivo, os horizontes medíocres, as limitações. Alegria para ela era igual a lucidez, igual a coragem. Justamente deste tronco forte, nasce e se expande a grande família de mulheres que de camponesas se fizeram rapidamente capazes de ultrapassar as distâncias. Quando a co-fundadora Maria Domingas Mazzarello morreu, em 1881, sua família religiosa tinha apenas 9 anos de história, no entanto as Salesianas já estavam espalhadas pela Itália, acolhidas na França e projetadas em direção à longínqua América Latina. A inculturação do carisma é mais um horizonte aberto nestes últimos anos: em cada país do mundo em que as Salesianas estão presentes surgiram vocações que realizaram as intuições dos Santos Fundadores dentro da cultura, atentas às etnias minoritárias, à pastoral indígena, às expressões dos povos que, em várias formas e de muitos modos, respondem ao único chamado do Senhor Jesus. Dentro destas coordenadas que permitem conjugar a atenção aos jovens e à sua educação, com a evolução da cultura e os lugares concretos em que se constrói o sistema de valores de uma sociedade, as Salesianas estão buscando também, e de modo sempre mais profundo, um novo estilo de vida religiosa que realize no hoje a encarnação do Evangelho.(www.portalsalesianas.com.br) (11/03/2006)

5860 educar as mulheres para tornar melhores os homens, instruir futuras mães para que contribuísse para a grandeza da pátria. Nessa perspectiva, era de suma importância educar mulheres com formação voltada não só para o lar, como também para uma doutrina religiosa. O fim último da educação era preparar a mulher para o serviço doméstico e o cuidado com o marido e os filhos. (ALMEIDA, 2004, p. 70), Assim, este projeto tem como objeto de pesquisa o Instituto Teresa Valsé (Salesianas), escola de cunho confessional marcada caracteristicamente por uma orientação religiosa e pela prática de seus anos iniciais quando atuou apenas na educação feminina nas modalidades de externato, internato e semi-internato; período que se pretende trabalhar, delimitando este período no ano de 1970 quando, a instituição abre vagas para o sexo masculino, devido ao fechamento da escola de nome Cristo Rei dos Salesianos, na cidadã de Uberlândia MG. O Instituto Teresa Valsé foi fundado na cidade de Uberlândia-MG, em fevereiro de 1959, numa chácara localizada à Av. Brasil, nº 2.781.Esta chácara cedida por Cícero Diniz 3. Sempre pertencendo à rede privada de educação, embora não cobrava mensalidades dos alunos e sobrevivia de doações dos pais. Além do curso primário, este passou a oferecer, a partir de 1961, o curso ginasial (5ª a 8ª séries do 1º grau). Esteve, inicialmente, sob a direção da Irmã Rita A. Vieira, Madre Palmira (então inspetora) e ainda a irmã Catarina Muratore, ambas trazidas pelo Padre Mário Forestan, com o objetivo específico de fundarem o Instituto Teresa Valsé. Em 27 de maio de 1963, sabe-se que tal Instituto transferiu-se para um prédio próprio, onde está localizado atualmente (Av. Mato Grosso, nº 1625, Bairro Brasil). O referido terreno foi doado por Joaquim Barbosa e por seus irmãos, sendo localizado nos fundos de uma chácara pertencente aos mesmos. O prédio atual foi erguido por voluntários e inclusive pelas então alunas do Instituto com materiais doados. Na chácara, foi feito, logo após o início das aulas, uma capelinha com um Oratório 4 nas suas dependências, onde as alunas e professoras missionárias se reuniam diariamente para rezar e festejar. O dia de sua inauguração foi comemorado com uma missa. Segundo a atual diretora do Instituto, Ir. Raquel Vieira da Luz, no início de seu funcionamento havia um total de 80 (oitenta) alunas, número este que foi se expandindo no decorrer dos anos. Eram alunas que residiam na cidade de Uberlândia, nas fazendas e em outras cidades próximas, por isso, algumas alunas permaneciam internas até que terminassem o Curso Primário e, às vezes, o início do curso ginasial após a sua criação. Conforme (ALMEIDA, 2004, p.74), As cidades do interior viram florescer vários estabelecimentos de ensino para onde iam as filhas dos fazendeiros (...). Para o referido autor, essas instituições que surgiam nas cidades eram católicas e somente para elite, enquanto as instituições públicas ficavam para as meninas carentes. Fato esse de grande relevância para o período em apreço, por o Instituto Teresa Valsé ser uma instituição privada, mas não cobrava mensalidades, atendendo preferencialmente as jovens carentes da cidade e região. Segundo o relado de uma ex-aluna do Instituto Teresa Valsé 5 no ano de 1960, essa instituição era para pessoas carentes, enquanto um outro colégio Nossa Senhora das Lágrimas, que atuava na cidade de Uberlândia MG era para a elite. Conforme informações fornecidas pela referida diretora, as aulas eram ministradas por cinco outras irmãs missionárias que cursaram o magistério e especializaram-se em disciplinas específicas. Lecionavam, além de matérias básicas, como Português, Matemática, Geografia, História da Educação e Ciências, também aulas especializadas de Artes, Inglês, Espanhol e Francês. Eram incluídos ainda Cursos de Catequese, Crisma e a Eucaristia. Aos domingos, as comemorações religiosas, a catequese e a recreação, baseadas nos valores humanos, eram atividades levadas também para o exterior da instituição, geralmente bairros periféricos da cidade. 3 Empresário bem sucedido na cidade de Uberlândia MG, no referido período. 4 Oratório: relativo a orador, pequeno armário com imagens religiosas. 5 Entrevistada realizada por uma ex-aluna do Instituto Teresa Valsé, professora Genoveva Maria Rodrigues; no dia 28/06/2005 às 20:00 h.

5861 No período proposto para o trabalho de pesquisa (1959-1970), a escola sobrevivia de realizações de bingos, barraquinhas e doações. A partir de 1970, devido à grande demanda de alunas e às poucas doações, a escola, por falta de opção, tiveram que passar a cobrar mensalidades. A nomeação da direção do Instituto Teresa Valsé era feita a partir da sede da Rede Salesiana 6 de Escolas, localizada na cidade de Belo Horizonte-MG, onde a cada 06 (seis) anos era enviada uma outra Missionária, que deveria assumir o cargo de diretora na escola. Informou-se também que não existia o cargo de vice-direção; sempre que necessário, havia a colaboração de outras duas Missionárias, enviada por uma Madre Superior. Sendo uma escola confessional, percebe se que seus fundamentos se constituem de valores impressos nas ações pedagógicas, na disciplina escolar, no currículo. Na relação professor-aluno, na filosofia da escola, dentre outros. Nesse sentido, o caráter religioso da educação era bem marcante, tendo grande destaque entre as disciplinas. Todas as aulas eram voltadas para a religião e as alunas recebiam formação religiosa completa, desde as orações diárias até a catequese. Além disso, assistiam diariamente às missas e ainda faziam trabalhos manuais para ajudarem na manutenção da escola e, logicamente, aprender atividades que fossem voltadas para a formação da mulher. Visto que as professoras ensinavam o que aprenderam desde o magistério, como relata (ALMEIDA, 2004, p.83), Nos colégios católicos as freiras encarregavam-se de instruir e educar as meninas, e nas escolas particulares eram as mulheres as principais agentes educativas. Neste sentido verifica-se a influência da religião no currículo escolar, bem como o caráter dogmático dos processos educacionais, justificados pelo fato de se tratar de uma escola confessional católica. O Instituto Tereza Valsé representou grande conquista no campo educacional para a cidade e região considerando sua filosofia de educação, atendendo as necessidades de determinados grupos da comunidade, visto que a época a religião, especialmente a católica, era uma das principais fontes controladoras da ordem social e do processo educacional. Conforme (NAGLE, 2001, p.147): A posição da liderança católica pendurou durante a década de 1920 (...). Uma outra preocupação é com relação ao contexto histórico em que se inserem sistemas de ensino característicos da segunda metade do século XX. Isto se justifica no sentido de obter os elementos norteadores que proporcionaram as condições essenciais para a gênese e a consolidação do Instituto Teresa Valsé da cidade de Uberlândia, bem como, a religião católica na educação feminina para a escola. O período que se pretende trabalhar (1959-1970) insere-se também no período do Regime Militar (1964-1985), onde a educação se espelhou no caráter antidemocrático da proposta ideológica do governo. Pensava-se em erradicar definitivamente o analfabetismo, através de um programa nacional, levando-se em conta as diferenças sociais, econômicas e culturais de cada região, onde muitos educadores e alunos passaram a ser perseguido em função de posicionamentos ideológicos sendo presos e até demitidos professores. Muitos também foram calados para sempre; alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada e outros trocaram de função. A União Nacional dos Estudantes foi proibida de 6 Esta congregação é chamada de Filhas de Maria Auxiliadora, pois o fundador, Dom Bosco, tinha uma grande devoção pela Virgem Maria que, segundo ele foi Ela quem tudo fez e nela colocou toda a sua confiança. Além disso, D.Bosco confiava muito em São Francisco Sales, que pautou sua vida na caridade e doçura. Acreditava que seus passos iriam guiar seu trabalho. Por isso, a escolha do termo Salesianos. As Salesianas constituem uma rede mundial de educação inserida nos diversos contextos sociais e culturais. São chamadas a uma missão educativa, que se fundamenta nos princípios evangélicos, expressos no Sistema Educativo de Dom Bosco e de Madre Mazzarello, que se baseia em três princípios básicos: A razão, que desperta nos jovens o entusiasmo pelo estudo, pela pesquisa, pela busca de convicções, pela construção do conhecimento, pela re-significação da realidade, pela capacidade de assimilar sentidos oferecidos pelo mundo da comunicação. A religião, que oferece a chave de interpretação do mundo e de si mesmo e que dá o significado último da existência, como fonte de equilíbrio e sentido para a vida. A amorosa (amabilidade), que é uma prática educativa orientada para as relações humano-éticas: Educar é questão do coração. Estabelece-se, assim, com o jovem um diálogo que o ajuda a construir seu projeto de vida. A obra salesiana busca, nesse sentido, a qualidade da educação, com presença significativa da religião. (www.instituto teresavalse.com.br).

5862 funcionar, Universidades foram invadidas, contribuindo assim ao contrário do que se propunha para a decadência do ensino. Portanto, pretende-se com a referente pesquisa, desvendar quais relações essas transformações guardam com as mudanças políticas e religiosas na História das instituições de ensino da cidade de Uberlândia MG, bem como no Estado de Minas Gerais no período de 1959 a 1970, realizando um trabalho de descrição, análise e reflexão buscando as razões e o efeito de implantação do Ensino Escolar no Brasil, especialmente no século XX, devido às tendências de valorização do ensino, caracterizada na Primeira República, onde tal ideário era formado por bandeiras liberais que propunham a liberdade de ensino, a gratuidade, a laicidade, e a obrigatoriedade. Verifica-se também a possibilidade de estar em consonância com a tendência nacional na linha de pesquisa História e Historiografia da Educação, particularmente, na área da História das Instituições Educacionais. Este trabalho tem por objetivo compreender a gênese e os primeiros anos de funcionamento da referida Escola, seus marcos históricos e processos administrativos e pedagógicos, enfocando, principalmente, a religião católica na educação feminina, e seu papel no contexto histórico da cidade de Uberlândia - MG e região. Pretende-se também, analisar a fundação do Instituto Teresa Valsé nas décadas de 60 a 70 e sua lógica organizacional, bem como a necessidade de uma escola confessional para a cidade e região; entender o contexto educacional local, do período, e suas necessárias relações com o contexto regional, estadual e nacional; investigar a educação religiosa dada às alunas e se esta convergia com a visão de mundo da comunidade; Esta pesquisa trata da busca e investigação de elementos que nortearam o surgimento e a consolidação do Instituto Teresa Valsé, dada a necessária delimitação espaço-temporal, caracterizando-se pelas principais obras e pesquisas a partir de diversos procedimentos, traçando um paralelo com as informações coletadas, buscando renovar e ampliar propostas relacionadas à História e Historiografia da Educação. Conforme MAGALHÃES, (Mímeo, p 2) Do ponto de vista historiográfico, a reinvenção da identidade de uma instituição educativa não se obtém através de abordagem descritiva, ou justificativa, também não se confina à relação das instituições educativas com o seu meio envolvente. Compreender e explicar a existência histórica de uma instituição educativa é, sem deixar de integrá-la na realidade mais ampla que é o sistema educativo, contextualizá-la, implicando-a no quadro de evolução de uma comunidade e de uma região, é por fim sistematizar e (re)escrever-lhe o itinerário de vida na sua multidimensionalidade, conferindo um sentido histórico. Daí a preocupação com o contexto histórico em investigar a história numa perspectiva local, regional e espacial. A memória desafia o historiador para uma explicação da ordem, da organização dos espaços, dos tempos e das coisas. (MAGALHÃES, p.11).. Sabe-se, no entanto, que esse trabalho é apenas o início de uma longa e árdua jornada, a qual também deve ser trilhada por outros pesquisadores, pois para GATTI, (1996, p. 04) [...] nesta nova forma de trabalhar com a produção do conhecimento histórico, valorizam-se não só os aportes teóricos utilizados na investigação, mas também às fontes iconográficas, às fontes orais, entre outras; ou seja, o processo de construção de uma interpretação do passado se faz no diálogo necessário entre nossas idéias e concepções e os indícios que conseguimos agrupar para daí elaborar nossas interpretações.

5863 Acredita-se que, convivendo por muitos anos numa escola que adotava certos procedimentos em relação à religião, tal rotina diária poderia influenciar de alguma forma as alunas a entrarem para a vida religiosa. Para ROMANELLI (1978, p.178), (...) a igreja está sempre comprometida, com a ordem social. Assim, evidentemente, é fabuloso perceber o quanto um determinado estudo pode contribuir para a elucidação de aspectos históricos e se tornar um poderoso mecanismo na reestruturação social, atuando inclusive como elemento de transformação. Algumas questões se colocam nesse primeiro momento. Como era organizada a instituição, no período compreendido entre os anos de 1959 e 1970? Que influência tinha a religião católica educação feminina? Qual a importância de uma escola confessional para a cidade de Uberlândia? A formação dada às mulheres na escola convergia com a visão de mundo da comunidade? Através da abordagem da história das instituições escolares de Uberlândia, especialmente do Instituto Teresa Valse, encontra-se a possibilidade de contribuir para a reconstrução de parte significativa da vida cultural e social da cidade. Além disso, vê-se também a possibilidade de estar em consonância com a tendência nacional em História e Historiografia da Educação de realizar estudos voltados especialmente para a questão da Escola Privada no Brasil. Pretende-se buscar como fontes: Fichas de Documentos do corpo docente; Relatórios de inspeção escolar; Relação de diretores, professores e alunos que 3passaram pelo instituto, desde seu início até 1970; Notícias publicadas em Periódicos Escolares; Regimento Escolar, Livros de Ata, Termos de Posse, Termos de Visita Oficiais, grades curriculares, programa de curso, manuais, diários de classe, provas, exames, termos de matrícula e de exames, sumários, bem como também, entrevistas à Diretora, ex-diretoras e ex-alunas; que forem possíveis de serem localizados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ARAÚJO, J. C e GATTI JR., D.(orgs). Novos temas em História da Educação Brasileira: instituições escolares e educação na imprensa. Campinas/Uberlândia. Autores associados/ EDUFU 2002. AZEVEDO, F. (1978). Os sistemas escolares. In: PEREIRA, L. & FORACCHI, M. M. (orgs) Educação e Sociedade: leituras de sociologia da educação. 9ª ed. São Paulo: Nacional, p. 138 149. BUFFA, E. (2002). História e filosofia das instituições escolares. In: ARAÚJO, J. C. & GATTI JÚNIOR, D. (orgs). Novos temas em história da educação brasileira: instituições escolares e educação na imprensa. Campinas: Autores Associados; Uberlândia: EDUFU, p. 107 128. CÂNDIDO, A. (1978). A estrutura da escola. In: PEREIRA, L. & FORACCHI, M. M. (orgs). Educação e Sociedade: leituras de sociologia da educação. 9ª ed São Paulo: Nacional, p. 107 128. DURKHEIM, È, WEBER, M., MARX, K & PARSONS, T. (2001) Introdução ao pensamento sociológico. São Paulo: Centauro, p. 73 74. DERMEVAL, S., LOMBARD, J. C., SANFELICE, J. L. (orgs). História e história da Educação: O debate Teórico-Metodológico Atual. 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados: HISTEDBR, 2000. (Coleção Educação Contemporânea). FERREIRA, Aurélio Buarque Hollanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. 5ª edição revista e ampliada do minidicionário Aurélio. 1ª impressão-rio de Janeiro, 2001. Edição Especial para o FNDE/PNLD 2004. GARAY, L. (1998). A questão institucional e as escolares: conceitos e reflexões. In: BUTELMAN, I. (org). Pensando as instituições: teorias e práticas em educação. Porto Alegre: Artmed, p. 109 136.

5864 GATTI, Décio Jr, FILHO, Geraldo Inácio, ARAÚJO, José Carlos Souza e NETO, Wensceslau Gonçalves. História e Memória Educacional: A Construção de uma Historia das Instituições Brasileiras, 1996. GATTI JR, Décio e outros. História e Memória Educacional: gênese e consolidação do ensino escolar no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Revista História da Educação ASPHE/FAE/UFPel (3):59-93. Mar, 1998. GATTI JÚNIOR, Décio (2000). Reflexões teóricas sobre história das instituições educacionais. Ícone, Uberlândia: Centro Universitário do Triângulo, n. 6, p. 131-137. GERMANO, José Willington. Estado Militar e Educação no Brasil (1964-1965). São Paulo. 2ª ed. Cortez, 2000. GHIRALDELLI JR., Paulo. História da Educação. São Paulo, 2ª ed. Cortez, 1994. INÁCIO FILHO, Geraldo. A Monografia nos cursos de Graduação. 3ªedição revista e ampliada.- Uberlândia: Edufu, 2003. NAGLE, Jorge. Educação e Sociedade na Primeira República. Rio de Janeiro, DP7& A., 2001. MAGALHÃES, Justino. Contributo para a História das Instituições Educativas - entre a memória e o arquivo. Universidade do Minho (mimeo). MANACORDA, Mário Alighiero. História da Educação: da antiguidade aos nossos dias/ tradução de Mônaco Gaetano Lo; revisão da tradução Oliveira Rosa dos Anjos e Nosella Paolo, 11ª ed., São Paulo: Cortez, 2004. MEIHY, José Carlos Sebe. Manual de História Oral. 5ª edição: fevereiro de 2005. São Paulo, Edições Loyola, Brasil, 1996. NUNES, Antônio Carlos S., BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação. Minimanual de Pesquisa História. Uberlândia- MG- Brasil Editora: Claranto. 2ª edição, junho, 2004. ROMANELLI, Otaísa de Oliveira. História da Educação no Brasil. (1930-1973). Petrópolis, Vozes, 1987 SAVIANI, Dermeval.[et al.]. O Legado Educacional do Século XX no Brasil. Campinas SP: Autores Associados,2004. (coleção Educação Contemporânea) Outros Autores: Jane Soares de Almeida, Rosa Fátima de Souza, Vera Teresa Valdemarim. SAVIANI, Dermeval, LOMBARD, José Claudinei, SANFELICE, José Luis (orgs.) História e História da Educação. O debate teórico -Metodológico Atual. 2ª ed. Campinas, SP. Autores Associados: HISTEDBR, 2000. SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo. Cortez, 2000. SOUZA, Rosa Fátima. Tempos de Civilização: A implantação da Escola Primária Graduada no Estado de São Paulo. (1890 1910). São Paulo, ed. UNESP, 1998.

5865 WATSON, Fernando. A INERÊNCIA RELIGIOSA NAS QUESTÕES DEMOGRÁTICAS; os verdadeiros interesses por trás da política natalista defendida pela Igreja Católica. Rio de Janeiro. Editora Razão Cultural, 1999. (online) Disponível na Word Wide Web http://www.portalsalesianas.com.br/fma/fma_hist.htm (11/03/2006).. Anexos:

5866 Foto 01 Missa de inauguração do Instituto Teresa Valse (chácara doada) em fevereiro do ano de 1959, atividades, brincadeiras e muita oração. Foto 02 - Fundadores do Instituto Teresa Valsé: Reverendo Padre Mário Forestan, Madre Palmira, Irmã Catarina, Irmã Rita A. Vieira (Irmã Rita A. Vieira, primeira diretora do Instituto Teresa Valsé, que atuou durante oito anos consecutivos).

5867 Foto 03 Primeira turma da 4ª série ginasial com seu dd paraninfo e D. Almir Marques no ano de 1963. Foto 04 Todas as alunas no primário do ano de 1959 1960.

5868 Foto 05 Primeiro dia de aula com 82 alunas, muita festa e animação (1959) e também na mesma foto na parte de baixo, uma foto comemorando a primeira comunhão (um barracão que durante a semana era usada como sala de aula e aos domingos se transformava em capela para rezar). Foto 06 Papa João XXIII e antigas Freiras.