José Serrano. tipos de projectos que se podem desenvolver no sector do turismo



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Transcrição:

José Serrano tipos de projectos que se podem desenvolver no sector do turismo

José Serrano

tipos de projectos que se podem desenvolver no sector do turismo Neste ponto vamos referir os tipos de projectos que se podem desenvolver no sector do turismo, dando indicações das características de cada um, e, de uma forma muito sucinta os passos a dar para instruir o processo de licenciamento. Uma vez que se trata de informação muito vasta, apenas se referem os principais aspectos, remetendo para a legislação em vigor tudo o não estiver especificado. No final de cada ponto pode-se encontrar o regime jurídico respeitante a cada tipo de empreendimento. 3.1. EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS 1 Os empreendimentos turísticos são os estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento temporário, restauração ou animação de turistas. Podem ser integrados num dos seguintes tipos: Estabelecimentos hoteleiros (3.1.1.); Meios complementares de alojamento turístico (3.1.2.); Parques de campismo públicos e privativos (3.1.3.); Conjuntos turísticos (3.1.4.). Tal como foi referido a título de introdução vamos referir alguns passos a dar para licenciar o seu empreendimento turístico, no entanto esta informação não dispensa a consulta da legislação aplicável. Para licenciar um empreendimento turístico o promotor deve dirigir-se à Câmara Municipal do município onde pretende vir a desenvolver o seu projecto, e este segue o Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação. Pode ser feito um pedido de informação prévia para saber da possibilidade de vir a instalar um empreendimento turístico. No âmbito deste pedido a Câmara Municipal consulta 2 a Direcção Geral do Turismo no prazo de 10 dias a contar da recepção do requerimento, e outras entidades quando necessário, que emitem parecer no prazo de 30 dias (o parecer da DGT é vinculativo). A Câmara pronuncia--se no prazo de 20 ou 30 dias após a recepção dos pareceres, consoante se trate de procedimento de autorização ou licenciamento, respectivamente. Tipos Licenciamento Pedido de informação prévia Atenção: Os projectos de arquitectura devem respeitar as normas técnicas básicas de eliminação de barreiras arquitectónicas para melhoria do acesso aos edifícios dos cidadãos portadores de deficiência. 1 Adaptado de Manual de Procedimentos Administrativos Direcção-Geral do Turismo, 4.ª edição 2 Também deverá ser consultada a Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento do Território (DRAOT, actualmente na CCDR Alentejo) quando não haja plano de urbanização, plano de pormenor ou licença ou autorização de loteamento que prevejam o uso proposto D 3

Licenciamento Licença Utilização Turística Vistoria Alvará Classificação Ultrapassada a fase anterior, caso o promotor tenha feito pedido de informação prévia, pode dar-se início ao processo de licenciamento ou autorização de operações urbanísticas. Os projectos de arquitectura são apresentados à Câmara Municipal para aprovação, bem como o projecto de segurança contra incêndios. Estes carecem de parecer, da Direcção-Geral do Turismo no primeiro caso, e do Serviço Nacional de Bombeiros no segundo, sendo a Câmara Municipal a requerê- -los junto dessas entidades. As autoridades de saúde e a Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território 3 também são consultadas no âmbito do pedido de licenciamento. Concluída a obra e equipado o empreendimento turístico, o interessado requer à Câmara Municipal a emissão de licença ou autorização de utilização turística. Esta é precedida de uma vistoria que se realiza no prazo de 30 dias a contar da data do pedido de concessão da licença ou autorização de utilização turística, após a qual, o Presidente da Câmara tem 20 dias para deliberar no caso de se tratar de procedimento de autorização e 30 dias no caso de se tratar de procedimento de licenciamento, a contar em ambos os casos a partir da data da realização da vistoria, ou do prazo para a sua realização. Concedida a licença ou a autorização de utilização turística, o titular requer ao Presidente da Câmara a emissão do alvará que a titula, o qual deve ser emitido no prazo de 30 dias. Estando na posse do alvará de licença de utilização turística, no prazo de dois meses, o interessado deve requerer à Direcção-Geral do Turismo a aprovação definitiva da classificação dos empreendimentos turísticos. Esta aprovação é sempre precedida de vistoria a efectuar pela referida entidade. O requerimento deve fazer-se acompanhar de cópia do alvará da licença de utilização turística. A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias a contar da data de apresentação do comprovativo do pagamento das taxas. No prazo de 15 dias da realização da vistoria, a Direcção Geral do Turismo deve aprovar a classificação do empreendimento e fixar a capacidade máxima. As obras a realizar nos empreendimentos turísticos que não careçam de licenciamento municipal nem autorização da DGT, carecem sempre de autorização do Serviço Nacional de Bombeiros. Nestes casos os promotores devem solicitar à Câmara Municipal a dispensa para comprovação junto das entidades financiadoras. 3 A consulta à DRAOT é feita caso esta não se tenha pronunciado no âmbito do pedido de informação prévia D 4

3.1.1. Estabelecimentos hoteleiros São os empreendimentos turísticos destinados a proporcionar, mediante remuneração, serviços de alojamento e outros serviços acessórios ou de apoio, com ou sem fornecimento de refeições. Os estabelecimentos hoteleiros podem ser classificados em 6 grupos: Hotéis, classificam-se atendendo à sua localização, à qualidade das suas instalações, dos seus equipamentos e mobiliário e dos serviços que ofereçam, nas categorias de 5*, 4*, 3*, 2* e 1* e ainda como hotéis rurais; Hotéis-apartamentos (aparthotéis), classificam-se atendendo à sua localização, à qualidade das suas instalações, dos seus equipamentos e mobiliário e dos serviços que ofereçam, nas categorias de 5*, 4*, 3*, 2*; Pensões, classificam-se atendendo à sua localização, à qualidade das suas instalações, dos seus equipamentos e mobiliário e dos serviços que ofereçam, nas categorias de Albergaria, 1.ª, 2.ª e 3.ª; Estalagens, são os estabelecimentos hoteleiros instalados num ou mais edifícios, que pelas suas características arquitectónicas, estilo do mobiliário e serviço prestado, se integrem na arquitectura regional e disponham de zona verde e logradouro, com as categorias de 5* e 4*; Motéis, são estabelecimentos hoteleiros situados fora dos centros urbanos e na proximidade das estradas constituídas por unidades de alojamento independentes com entradas directas do exterior e com um lugar de estacionamento privativo e contíguo à unidade de alojamento, com as categorias de 3* e 2*. Pousadas, são estabelecimentos hoteleiros pertencentes à ENATUR (actualmente estes estabelecimentos são explorados pelo grupo Pestana). Grupos 3.1.2. Meios Complementares de Alojamento São os empreendimentos destinados a proporcionar, mediante remuneração, alojamento temporário com ou sem serviços acessórios e de apoio, em conformidade com as características e tipo de estabelecimento. Existem três grupos de meios complementares de alojamento turístico: Aldeamentos turísticos, são estabelecimentos de alojamento turístico constituídos por um conjunto de instalações interdependentes, situadas num espaço delimitado, que se destinem a proporcionar, mediante remuneração, alojamento e outros serviços complementares e de apoio a turistas. Podem classificar-se com as categorias de 5*, 4* e 3*; Apartamentos turísticos, são os estabelecimentos constituídos por fracções de edifícios independentes, mobiladas e equipadas, que se destinem a proporcionar, mediante remuneração, alojamento e outros serviços complementares e de apoio a turistas. Podem classificar-se com as categorias de 5*, 4*, 3* e 2*; Moradias turísticas, são constituídos por um edifício autónomo, de carácter unifamiliar, mobilado e equipado, que se destinem a proporcionar, mediante remuneração, alojamento e outros serviços complementares e de apoio a turistas. Podem classificar-se com as categorias de 1.ª e 2.ª. Grupos D 5

3.1.3. Parques de Campismo Públicos e Privativos Parques de Campismo Público Parques de Campismo Privativos Parques de Campismo Associativos São os empreendimentos instalados em terrenos devidamente delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a instalação de tendas, reboques, caravanas e demais material e equipamento necessário à prática de campismo, mediante remuneração, abertos ao público em geral. Os parques de campismo privativos diferenciam-se dos públicos pelo facto da frequência ser restrita aos associados, e beneficiários das respectivas entidades proprietárias ou exploradoras. Os parques de campismo privativos pertencentes ou explorados pela Federação Portuguesa de Campismo ou explorados pelos clubes e colectividades nela inscritos são qualificados como Parques de Campismo Associativos Os parques de campismo podem classificar-se na categorias de 4*, 3*, 2* e 1*. 3.1.4. Conjuntos Turísticos São as instalações enquadradas num espaço demarcado, funcionalmente interdependente, que integrem exclusivamente um ou vários estabelecimentos hoteleiros ou meios complementares de alojamento turístico, estabelecimentos de restauração ou de bebidas e pelo menos um estabelecimento, iniciativa, projecto ou actividade declarada de interesse para o turismo e que estejam submetidos a uma mesma administração. Legislação aplicável Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos: Decreto-Lei nº 55/02, de 11/2003 (altera o Decreto.Lei nº 167/97, de 04/07) instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos; Decreto-Lei nº 305/99, de 06/08 (altera o Dec.Lei nº 167/97 de 04/07) instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos; Decreto-Lei nº 167/97, de 04/07 (alterado pelo Dec.Lei nº 305/99, de 06/08) aprova o regime juridico de instalação e funcionamento de empreendimentos turísticos. Decreto-Regulamentar nº 14/2002, de 12/03 (altera o Decreto-Regulamentar nº 33/97, de 17/09) regula os parques de campismo públicos e privativos; Decreto-Regulamentar nº 22/2002, de 02/04 (altera o Decreto-Regulamentar nº 20/99, de 13/09) regula os conjuntos turísticos; Decreto-Regulamentar nº 16/99, de 18/08 (altera o Dec.Reg. nº 36/97 de 25/09) regula os requisitos das instalações e funcionamento dos estabelecimentos hoteleiros; Decreto-Regulamentar nº 14/99, de 10/08 (altera o Dec.Reg. nº 34/97 de 17/09) regula os requisitos das instalações e do funcionamento dos meios complementares de alojamento; Decreto-Regulamentar nº 6/2000, de 27/04 (altera o anexo III do Dec.Reg. nº 34/97 de 17/09) regula os requisitos das instalações e do funcionamento dos meios complementares de alojamento; Decreto-Regulamentar nº 20/99, de 13/09 (alterado pelo Dec.Reg. nº 22/02, 02/04) regula os conjuntos turísticos; Decreto-Regulamentar nº 33/97, de 17/09 (alterado pelo Dec.Reg. nº 14/02, 12/03) regula os parques de campismo públicos; Decreto-Regulamentar nº 34/97, de 17/09 (alterado pelo Dec.Reg. nº 14/99, 14/08) regula meios complementares de alojamento Decreto-Regulamentar nº 36/97, de 25/09 (alterado pelo Dec.Reg. nº 16/99, 18/08) regula os estabelecimentos hoteleiros Portaria nº 1229/2001, de 25/10 revoga as tabelas A, B, C, D, F, I do Despacho Normativo nº 105/90 de 14/09 tabela das taxas de vistoria aos empreendimentos turísticos. Portaria nº 351/2001, de 09/04 alteração do artigo 8.º da Portaria nº 1069/97, de 23/10, Livro de Reclamações; Portaria nº 25/2000, de 26/01 aprova os modelos, fornecimento e distribuição das placas de classificação dos empreendimentos turísticos, TER, parques de campismo privativos e estabelecimentos de restauração e bebidas(revoga as portarias n. os 1070/97, de 23/10 e 6/98, de 12/02); Portaria nº 365/99, de 19/05 altera a Portaria nº 1069/97 de 23/10 no que respeita ao preço e condições de pagamento do livro de reclamações (revoga portaria nº 05/98, 06/01); Portaria nº 930/98, de 24/10 aprova o modelo do alvará de utilização turística e o modelo de alvará de licença de utilização para serviços de restauração e bebidas; Portaria nº 1071/97, de 23/10 aprova os mecanismos inerentes à implementação e organização do registo dos empreendimentos turísticos e dos estabelecimentos de restauração e bebidas classificados de luxo e qualificados de típicos; Portaria nº 1069/97, de 23/10 (alterada pela Portaria nº 365/99 de 19/05) aprova o modelo, preço, fornecimento, distribuição, utilização e instrução do livro de reclamações. D 6

Portaria nº 1068/97, de 23/10 aprova os sinais normalizados dos empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e de bebidas, Turismo no Espaço Rural; Portaria nº 1064/97, de 21/10 aprova os procedimentos de instrução de pedido de licenciamento dos empreendimentos turísticos; Portaria nº 1063/97, de 21/10 aprova as medidas de segurança contra risco de incêndio; Portaria nº 773/97, de 09/10 aprova os mecanismos inerentes à implementação e organização do registo dos empreendimentos turísticos e dos estabelecimentos de restauração e bebidas classificados de luxo e qualificados de típicos; Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação: Decreto-lei nº 177/2001, de 04/06 (altera o Dec.Lei nº555/99, de 16/12) altera o regime jurídico da urbanização e da edificação; Decreto-lei nº 13/2000, de 20/07 (suspende a vigência do Dec.Lei nº 555/99, de 16/12) altera o regime jurídico da urbanização e da edificação; Decreto-Lei nº 555/99, de 16/12 estabelece o regime jurídico da urbanização e da edificação (alterado pelo Dec.Lei nº177/2001, de 04/09); Portaria nº 1110/2001, de 19/09 elementos que devem instruir os pedidos de informação prévia de licenciamento e de autorização referentes a todos os tipos de operações urbanísticas. Normas Técnicas de Eliminação das Barreiras Arquitectónicas: Decreto-Lei nº 123/97, de 22/05 normas técnicas básicas de eliminação das barreiras arquitectónicas em edifícios públicos, equipamentos colectivos e via pública para melhoria da acessibilidade das pessoas com mobilidade condicionada. 3.2. ESTABELECIMENTOS DE RESTAURAÇÃO E BEBIDAS 4 Estabelecimentos de restauração, são os estabelecimentos destinados a proporcionar, mediante remuneração, refeições e bebidas para serem consumidos no próprio estabelecimento ou fora dele. Mediante a actividade podem denominar-se como: restaurante, marisqueira, casa de pasto, pizzeria, snack-bar, self-service, eat-driver, take-away e fast-food; Estabelecimentos de bebidas, são os estabelecimentos destinados a proporcionar, mediante remuneração, bebidas e serviços de cafetaria para consumo no próprio estabelecimento ou fora dele. Mediante a actividade podem denominar-se como: bar, cervejaria, café, pastelaria, confeitaria, boutique de pão quente, cafetaria, casa de chá, gelataria, pub e taberna; Estabelecimentos de restauração ou bebidas com salas ou espaços destinados a dança, podem denominar-se como: discoteca, clube nocturno, boite, night club, cabaret e dancing; Estabelecimentos de restauração e bebidas mistos, os que prestam simultaneamente serviços de restauração e bebidas, conforme os requisitos mencionados anteriormente. Os processos para a instalação deste tipo de estabelecimentos são apresentados na Câmara Municipal da área onde pretende desenvolver o seu projecto, e seguem o regime jurídico de urbanização e edificação. Pode ser feito um pedido de informação prévia junto da Câmara que,caso se trate de um estabelecimento com sala ou espaços de dança,deve consultar o Governador Civil,que se deve pronunciar no prazo de 30 dias. A Câmara deve pronunciar-se no prazo de 20 dias a contar do requerimento ou da data de recepção do parecer do Governo Civil. O licenciamento da construção deve ser requerido à Câmara Municipal e instruído de acordo com a Portaria nº 1110/2001 de 19/09. O licenciamento ou autorização carece sempre de parecer do Serviço Nacional de Bombeiros e da Autoridade de saúde. Estabelecimentos de restauração Estabelecimentos de bebidas Estabelecimentos de restauração ou bebidas com salas de dança Estabelecimentos de restauração ou bebidas mistos Informação prévia Licenciamento 4 Adaptado de Manual de Procedimentos Administrativos Direcção-Geral do Turismo, 4.ª edição D 7

Licença de utilização Vistoria Alvará Estabelecimentos de restauração ou bebidas de luxo ou típicos Após a obra concluída o promotor deve requerer ao Presidente da Câmara Municipal a emissão da licença ou autorização de utilização. No prazo de 30 dias é realizada uma vistoria, após a qual o Presidente da Câmara tem 20 dias para deliberar no caso de se tratar de procedimento de autorização e 30 dias no caso de se tratar de procedimento de licenciamento,a contar em ambos os casos a partir da data da realização da vistoria,ou do prazo para a sua realização. Concedida a licença/autorização o titular deve requerer ao Presidente da Câmara a emissão do alvará que a titula que deve ser emitido num prazo de 30 dias a contar da data de recepção do requerimento. Os estabelecimentos de restauração e bebidas podem ser classificados de luxo ou qualificados típicos, se cumprirem os requisitos definidos no regulamento. O pedido de classificação deve ser feito mediante requerimento à Direcção Geral do Turismo, sendo feita uma vistoria no prazo de 45 dias, devendo esta entidade pronunciar-se no prazo de 15 dias após a vistoria. Legislação aplicável Regime Jurídico dos Estabelecimentos de restauração e de bebidas: Decreto-Lei nº 57/2002, de 11/03 altera o Dec.Lei nº 168/97 de 04/07, que aprovou o regime jurídico das instalações e do funcionamento dos estabelecimentos de restauração e bebidas. Decreto-Lei nº 9/2002, de 24/01 restrições à venda e consumo de bebidas alcoólicas; Decreto-Lei nº 263/2001, de 28/09 Sistemas de segurança privada; Decreto-Lei nº 222/2000, de 9/9 altera o artigo 46.º do Dec.Lei. nº 168/97, de 4/9 registo central de estabelecimentos de restauração e bebidas. Decreto-Lei nº 139/99, de 24/04 (alterado pelo Dec.Lei nº 57/02 de 11/03) altera algumas disposições do Dec.Lei nº 168/97 de 04/07 que aprovou o regime jurídico das instalações e do funcionamento dos estabelecimentos de restauração e bebidas; Decreto-Lei nº 168/97, de 04/07 (alterado pelo Dec.Lei nº 139/99 de 24/04) aprova o regime jurídico da instalação e funcionamento dos estabelecimentos de restauração e bebidas; Declaração de Rectificação nº 10AR/99, 30/06 de ter sido rectificado o Dec.Lei nº 139/99, que altera algumas disposições do Dec.Lei nº 168/97, de 04/07; Decreto-Regulamentar nº 4/99, de 01/04 (altera o Dec.Reg. nº 38/97 de 25/09) regula os estabelecimentos de restauração e de bebidas; Decreto-Regulamentar nº 38/97, de 25/09 (alterado pelo Dec.Reg. nº 04/99 de 01/04) regula os estabelecimentos de restauração e de bebidas; Portaria nº 1229/2001, de 25/10 fixa as taxas a serem cobradas pela Direcção Geral de Turismo, pelas vistorias requeridas pelos interessados, aos empreendimentos turísticos; Portaria nº 351/2001, de 09/04 alteração do artigo 8.º da Portaria nº 1069/97, de 23/10, Livro de Reclamações; Portaria nº 262/2000, de 13/05 determina que em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas que prestem serviço de cafetaria seja obrigatória a afixação em local bem visível,e de forma clara e bem legível de uma tabela de preços e as condições de prestação de serviços (revoga as portarias nº 357-B/97, 6/4 e 1028/83, de 9/12 e o despacho normativo nº 39-A/82 de 6/04); Portaria nº 25/2000, de 26/01 aprova os modelos, fornecimento e distribuição das placas de classificação dos empreendimentos turísticos, TER, parques de campismo privativos e estabelecimentos de restauração e bebidas; Portaria nº 365/99, de 19/05 (altera a portaria nº 1069/97, 23/10) preço e condições de pagamento do livro de reclamações (revoga portaria nº 5/98, 6/01); Portaria nº 26/99, de 16/01 estabelece a obrigação de sistemas de segurança privada para estabelecimentos de restauração e bebidas que disponham de salas/espaços de dança; Portaria nº 930/98, de 13/05 aprova o modelo de alvará de licença de utilização turística e o modelo do alvará de licença de utilização para serviços de restauração e de bebidas; Portaria nº 1071/97, de 23/10 aprova os mecanismos inerentes à implementação e organização do registo dos empreendimentos turísticos e dos estabelecimentos de restauração e bebidas classificados de luxo e qualificados de típicos; Portaria nº 1069/97, de 23/10 (alterada pela portaria nº 365/99 de 19/05) aprova o modelo, o preço, fornecimento, distribuição, utilização e instrução do livro de reclamações; Portaria nº 1068/97, de 23/10 aprova os sinais normalizados dos empreendimentos turísticos, dos estabelecimentos de restauração e bebidas e TER; Portaria nº 1063/97, de 21/10 aprova as medidas de segurança contra riscos de incêndio; D 8

3.3. TURISMO NO ESPAÇO RURAL 5 O Turismo em Espaço Rural consiste no conjunto de actividades,serviços de alojamento e animação a turistas em empreendimentos de natureza familiar, realizados e prestados mediante remuneração,em zonas rurais. O turismo no espaço rural compreende os serviços de hospedagem prestados nas seguintes modalidades: Turismo de Habitação, é o serviço de hospedagem de natureza familiar prestado a turistas em casas antigas particulares utilizadas simultaneamente como habitação do proprietário e que, pelo seu valor arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativas de uma determinada época, nomeadamente os solares e casas apalaçadas; Turismo Rural, é o serviço de hospedagem, de natureza familiar, prestado a turistas em casas rústicas particulares utilizadas simultaneamente como habitação do proprietário, e, que pela sua traça materiais construtivos e demais características, se integrem na arquitectura típica regional; Agro-Turismo, é o serviço de hospedagem, de natureza familiar, prestado em casas particulares utilizadas simultaneamente como habitação do proprietário e integradas em explorações agrícolas que permitam aos hóspedes o acompanhamento e conhecimento da actividade agrícola ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de acordo com as regras estabelecidas pelo responsável das casas e empreendimentos; Turismo de Aldeia, é o serviço de hospedagem prestado num empreendimento composto por um conjunto de, no mínimo, cinco casas particulares situadas numa aldeia e exploradas de forma integrada, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria dos seus proprietários; Casas de Campo, são as casas particulares situadas em zonas rurais que prestem um serviço de hospedagem, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria dos seus proprietários. Turismo de Habitação Turismo Rural Agro-Turismo Turismo de Aldeia Casas de Campo São ainda consideradas no TER os seguintes empreendimentos turísticos: Hotéis Rurais, são os estabelecimentos hoteleiros situados em zonas rurais e fora das sedes de concelho cuja população,de acordo com o último censo realizado, seja superior a 20.000 habitantes,que prestem o serviço de alojamento e outros serviços acessórios ou de apoio,com fornecimento de refeições. Aos Hotéis Rurais, aplicam-se os procedimentos relativos aos estabelecimentos hoteleiros. O licenciamento dos Hotéis Rurais segue as normas aplicáveis aos estabelecimentos hoteleiros e o regime jurídico da urbanização e edificação. Parques de Campismo Rurais, são os terrenos destinados permanentemente ou temporariamente à instalação de acampamentos, integrados ou não em explorações agrícolas, cuja área não seja superior a 5000 m 2 e se encontrem devidamente marcados durante o período de funcionamento. Estes seguem as normas definidas no Decreto-Lei nº 192/82 de 19/05. Hotéis Rurais Parques de Campismo Rurais 5 Adaptado de Manual de Procedimentos Administrativos Direcção-Geral do Turismo, 4.ª edição D 9

Pedido de informação prévia Licenciamento Licença de utilização turística Vistoria Alvará Classificação Podem ainda ser consideradas como integradas no TER, as actividades de animação ou diversão que se destinem à ocupação dos tempos livres dos turistas e contribuam para a divulgação dos produtos e tradições de uma região, designadamente o seu património natural paisagístico e cultural, os itinerários temáticos, a gastronomia, a caça, a pesca, os jogos e transportes tradicionais. O processo de licenciamento de unidades de Turismo em Espaço Rural decorre na Câmara Municipal do concelho da área onde pretende desenvolver o projecto,de acordo com o estabelecido no regime jurídico da urbanização e edificação. Pode ser feito um pedido de informação prévia para saber da possibilidade de instalar o empreendimento de turismo no espaço rural. No âmbito deste pedido a Câmara Municipal no prazo de 10 dias a contar do requerimento,consulta diversas entidades,entre as quais a Direcção Regional do Ministério da Economia (DRE) do Alentejo,em Évora (no caso da nossa região) e a Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural (actual IDRHA),cujos pareceres são vinculativos. É ainda consultada a Região de Turismo Planície Dourada,no caso da nossa região,sem prejuízo de outras consultas previstas no regime jurídico da urbanização e edificação. Estas entidades devem pronunciar-se no prazo de 30 dias a contar da data da recepção da documentação. A Câmara Municipal pronuncia-se em definitivo no prazo de 20 dias ou 30 6 dias,após recepção dos pareceres ou após a data limite para emissão dos mesmos. Ultrapassada a fase anterior,caso o promotor tenha feito pedido de informação prévia,pode dar-se início ao licenciamento ou autorização de operações urbanísticas. Os projectos de arquitectura são apresentados à Câmara Municipal para aprovação,que consulta as entidades acima referidas que se devem pronunciar no prazo de 30 dias a contar da data da recepção da documentação. Concluída a obra e equipado o empreendimento,o interessado requer à Câmara Municipal a emissão de licença ou autorização de utilização para turismo no espaço rural. Esta é precedida de vistoria que se realiza no prazo de 30 dias a contar da data do pedido de concessão de licença ou autorização. A licença deve ser emitida no prazo de 20 ou 30 dias,a contar da data da realização da vistoria,caso se trate de procedimento de autorização ou de licenciamento,respectivamente. Concedida a licença,o titular requer ao Presidente da Câmara Municipal a emissão do alvará que a titula,o qual deve ser emitido no prazo de 30 dias a contar da recepção do requerimento. No prazo de 2 meses a contar da data de emissão do alvará,o interessado deve requerer à DRE Alentejo a aprovação definitiva da classificação. O requerimento deve fazer-se acompanhar da cópia do alvará da licença ou autorização de utilização para turismo no espaço rural. A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias a contar da data de apresentação do comprovativo do pagamento das taxas. No prazo de 15 dias a contar da vistoria a DRE Alentejo deve aprovar a classificação quanto à modalidade de hospedagem e fixar a respectiva capacidade máxima. Quando as obras não estejam sujeitas a licenciamento municipal, mas se destinam a alterar a classificação ou capacidade máxima do empreendimento ou possam pôr em causa os requisitos mínimos, carecem de autorização da DRE Alentejo. 6 No caso dos projectos localizados em zonas não abrangidas por plano de pormenor ou operação de loteamento D 10

Regime Jurídico do Turismo no Espaço Rural: Decreto-lei nº54/2002, de 11/03 estabelece o novo regime jurídico de instalação e funcionamento dos empreendimentos de turismo no espaço rural; Decreto-Regulamentar nº13/2002, de 12/03 estabelece os requisitos mínimos de instalação e funcionamento do turismo no espaço rural; Decreto-Lei nº 192/82, de 19/05 cria os Parques de Campismo Rurais; Portaria nº 351/2001, de 09/04 altera a Portaria nº 1069/97 de 23/10 que aprova o modelo, preços, fornecimento, distribuição, utilização e instrução do Livro de Reclamações; Portaria nº 1229/2001, de 25/10 fixa as taxas a serem cobradas pela Direcção-Geral do Turismo pelas vistorias requeridas pelo interessado aos empreendimentos turísticos. Portaria nº 25/2000, de 26/01 aprova os modelos das placas de classificação (revoga as portarias nº 1070/97, 23/10 e 6/98, 12/02); Portaria nº 365/99, de 19/05 (altera a Portaria nº 1069/97, 23/10) preço e condições de pagamento do livro de reclamações (revoga portaria nº 5/98, 6/01); Portaria nº 1069/97, de 23/10 (alterada pela Portaria nº 365/99, de 19/05) aprova o modelo, preço, fornecimento e distribuição, utilização e instrução do livro de reclamações; Portaria nº 1068/97, de 23/10 sinais normalizados dos empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e de bebidas e empreendimentos de turismo no espaço rural; Legislação aplicável 3.4. TURISMO DE NATUREZA 7 Turismo de Natureza é o produto turístico composto por estabelecimentos, actividades e serviços de alojamento e animação turística e ambiental realizados e prestados em zonas integradas na rede nacional de áreas protegidas 8. Compreende os serviços de hospedagem prestados em: Casas e empreendimentos turísticos de turismo no espaço rural; Casas de natureza nas seguintes modalidades:. Casas-Abrigo, o serviço de hospedagem prestado a turistas em casas recuperadas a partir do património do Estado cuja função original foi desactivada, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria do seu proprietário;. Centros de Acolhimento, as casas construídas de raíz ou adaptadas a partir de edifícios existentes, que permitam o alojamento de grupos, com vista à educação ambiental, visitas de estudo e de carácter científico;. Casas-Retiro, as casas recuperadas, mantendo o carácter genuíno da sua arquitectura, a partir de construções rurais tradicionais ou de arquitectura tipificada, quer sejam ou não utilizadas como habitação própria do seu proprietário. Integram-se no turismo de natureza as actividades de animação ambiental nas modalidades de: Animação; Interpretação Ambiental; Desporto Natureza. O licenciamento das Casas de Natureza decorre na Câmara Municipal da área onde pretende instalar o seu projecto, e deve ser feito de acordo com o regime jurídico da urbanização e edificação. Pode haver lugar ao pedido de informação prévia, que é facultativo. Para o efeito quando a Direcção Geral do Turismo e o Instituto de Conservação da Natureza devam emitir parecer, estes pronunciam-se no prazo de 30 dias a contar da recepção da documentação. Casa-Abrigo Centro de Acolhimento Casa-Retiro Animação Ambiental Licenciamento Pedido de Informação prévia 7 Adaptado de Manual de Procedimentos Administrativos Direcção-Geral do Turimo, 4.ª edição 8 Rede Nacional de Áreas Protegidas criadas pelo Dec.Lei nº 19/93 de 23/01 D 11

Licenciamento Licença de utilização Vistoria Alvará Classificação Licenciamento de animação ambiental Legislação aplicável Ultrapassada a fase anterior, caso o promotor tenha feito pedido de informação prévia, pode dar-se início ao licenciamento ou autorização de operações urbanísticas. Os projectos de arquitectura são apresentados à Câmara Municipal para aprovação que consulta as entidades acima referidas que se devem pronunciar no prazo de 30 dias a contar da data da recepção da documentação. Concluída a obra e equipado o empreendimento, o interessado requer à Câmara Municipal a emissão de licença ou autorização de utilização para Casa de Natureza. Esta é precedida de vistoria que se realiza no prazo de 30 dias a contar do requerimento. A licença deve ser emitida no prazo de 20 ou 30 dias a contar da data da realização da vistoria, caso se trate de procedimento de autorização ou de licenciamento, respectivamente. Concedida a licença o titular requer ao Presidente da Câmara Municipal a emissão do alvará que a titula, o qual deve ser emitido no prazo de 30 dias a contar da recepção do requerimento. No prazo de 2 meses a contar da data de emissão do alvará, o interessado deve requerer à DGT a aprovação definitiva da classificação. O requerimento deve fazer- -se acompanhar da cópia do alvará da licença ou autorização de utilização para Casas de Natureza. A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias a contar da data de apresentação do comprovativo do pagamento das taxas. O licenciamento das iniciativas e projectos de actividades, serviços e instalações de animação ambiental carece de licença, emitida pelo Instituto de Conservação da Natureza. Regime Jurídico do Turismo de Natureza: Decreto-Lei nº 56/2002 de 11/03 altera o Dec.-Lei nº 47/99 de 16/02 regula o Turismo de Natureza. Decreto-Lei nº 47/99, de 16/02 (alterado pelo Dec.-Lei nº 56/02 de 11/03) regula o Turismo de Natureza; Decreto Regulamentar nº 18/99, de 27/08 regula a animação ambiental nas áreas protegidas; Decreto-Regulamentar nº 2/99, de 17/02 regula os requisitos mínimos das instalações e funcionamento das casas de natureza; Resolução do Conselho de Ministros nº 112/98, de 25/08 Programa Nacional do Turismo de Natureza; Portaria nº 164/05, de 11/02 (Declaração de rectificação nº 12/05, 16/03), taxas a cobrar pela emissão de licenças de animação ambiental. 3.5. ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM Este tipo de estabelecimentos, embora não sejam considerados como alojamento turístico pelas entidades oficiais, representam uma importante quota das dormidas na nossa região. Pelas características do licenciamento, é à partida um processo mais simples e rápido, e pode constituir uma alternativa para os promotores deste tipo de projectos. A partir de 1997, com alterações introduzidas na legislação hoteleira esta categoria de alojamento deixou de ser licenciada pela Direcção-Geral do Turismo (art.79.º do Decreto-Lei nº 167/97,de 4/07, alterado pelo Dec.-Lei 55/2002 de 11/03), passando a ser competência das assembeleias municipais sob proposta do presidente da câmara, a regulamentação da instalação, exploração e funcionamento dos estabelecimentos de hospedagem, que podem ser designados por: Hospedarias; Casas de Hóspedes; Quartos Particulares. D 12

Na nossa região existem nove regulamentos aprovados para licenciar os estabelecimentos de hospedagem: Câmara Municipal de Aljustrel - Aviso nº 1861/2001 (2.ª Série) AP,DR nº 54, de 05/03/2001; Câmara Municipal de Alvito - Aviso nº 2010/2000 (2.ª Série) AP,DR nº 69, de 22/03/2000; Câmara Municipal de Beja - Edital nº 187/2001 (2ª Série) AP,DR nº 112, de 15/05/2001; Câmara Municipal de Mértola - Aviso nº 6094/98 (2ª Série) AP,DR nº 232, de 08/10/1998; Câmara Municipal de Castro Verde - Edital nº 28/2003 (2ª Série) AP,DR nº 13, de 16/01/2003; Câmara Municipal de Cuba - Aviso nº 3833/2001 (2.ª Série) AP,DR nº 108, de 10/05/2001; Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo - Aviso nº 2413/2000 (2.ª Série) AP,DR nº 76,de 30/03/2000; Câmara Municipal de Ourique - Aviso nº 5673/2004 (2.ª Série) AP,DR nº 175, de 27/07/2004; Câmara Municipal de Serpa - Aviso nº 180/2000 (2.ª Série) AP,DR nº 114, de 17/05/2000; Para mais informações aconselhamos uma consulta à Câmara Municipal do concelho onde pretende desenvolver o projecto ou ao Gabinete de Apoio ao Investidor da Região de Turismo Planície Dourada. 3.6. AGÊNCIAS DE VIAGENS São Agências de Viagens e Turismo, as empresas que exerçam: as actividades de organização e venda de viagens turísticas; reserva de serviços em empreendimentos turísticos, em casas e em empreendimentos de turismo no espaço rural e nos estabelecimentos ou projectos declarados de interesse para o turismo; bilheteira e reserva de lugares em qualquer meio de transporte; representação de outras agências de viagens e turismo, nacionais ou estrangeiras, ou de operadores turísticos estrangeiros, bem como a intermediação na venda dos respectivos produtos; recepção, transferência e assistência a turistas. Os principais requisitos para o exercício desta actividade,são: capital social de 99.759,58 euros prestação de caução 24.939,89 euros seguro de responsabilidade civil de 74.819,68 euros ser Cooperativa,EIRL ou Sociedade Comercial Há ainda lugar ao pagamento da taxa de licenciamento no valor de 12.469,95 euros. O exercício da actividade de agência de viagens e turismo é emitido na forma de alvará, o qual é concedido pela Direcção-Geral do Turismo. Do pedido de licença devem constar vários documentos (ver Dec. Lei nº 12/99). Requisitos Taxa de licenciamento Alvará D 13

Vistoria Legislação aplicável A decisão da DGT sobre o pedido de licença, deve ser tomada no prazo de 30 dias. A vistoria às instalações será realizada no prazo de 6 meses da data da concessão da licença. Regime Jurídico das Agências de Viagens: Decreto-Lei nº 12/99, de 11/01 (Altera o Dec.Lei nº 209/97 de 13/08), que regula o acesso e o exercício da actividade das agências de viagens e turismo; Decreto-Lei nº 209/97, de 13/08 (Alterado pelo Dec.Lei nº 12/99 de 11/01), regula o acesso e o exercício da actividade das agências de viagens; Declaração de Rectificação nº 21-D/97, de 29/11 rectifica algumas disposições do Decreto-Lei nº 209/97, de 13/08. Norma nº 24/93, de 28/09 responsabilidade civil geral das agências de viagens e turismo; Portaria nº 351/2001, de 09/04 (altera a Portaria nº 1069/97 de 23/10) modelo livro de reclamações; Portaria nº 365/99, de 19/05 altera a Portaria nº 1069/97 de 23/10 relativa ao preço e condições de pagamento do livro de reclamações; Portaria nº 1069/97, de 23/10 (alterada pela Portaria nº 365/99 de 19/05) aprova o modelo, preço, fornecimento, distribuição, utilização e instrução do livro de reclamações; Portaria nº 784/93, de 06/09 determina as taxas pelas concessões de licenças; Regulamento nº 12/99 norma nº 04/99 R de 15/05 apólice uniforme do seguro obrigatório de responsabilidade civil das agências da viagens e turismo. 3.7. EMPRESAS DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA Actividades próprias São empresas de animação turística as que tenham por objecto a exploração de actividades lúdicas, culturais, desportivas ou de lazer, que contribuam para o desenvolvimento turístico de uma determinada região e não sejam empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e bebidas, casas e empreendimentos de turismo no espaço rural, casas de natureza e agências de viagens ou operadores marítimo-turísticos. As empresas proprietárias ou exploradoras de empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e de bebidas, casas e empreendimentos de turismo no espaço rural, casas de natureza, agências de viagens e operadores marítimo- -turísticos podem exercer actividades de animação turística desde que cumpram os requisitos previstos na lei. Actividades próprias das empresas de animação turística: Marinas, portos e docas de recreio predominantemente destinados ao turismo e desportos; Autódromos e kartódromos; Balneários termais e terapêuticos; Parques temáticos; Campos de golfe; Embarcações com e sem motor, destinadas a passeios marítimos e fluviais de natureza turística; Aeronaves com e sem motor, destinadas a passeios de natureza turística, desde que a sua capacidade não exceda um máximo de seis tripulantes e passageiros; Instalações e equipamentos para salas de congressos, seminários, colóquios e conferências, quando não sejam partes integrantes de empreendimentos turísticos e se situem em zonas em que a procura desse tipo de instalações o justifique; D 14

Centros equestres e hipódromos destinados à prática de equitação desportiva e de lazer; Instalações e equipamentos de apoio à prática de windsurf, surf, bodyboard, wakeboard, esqui aquático, vela, remo, canoagem, mergulho, pesca desportiva e outras actividades náuticas; Instalações e equipamentos de apoio à prática da espeleologia, do alpinismo, do montanhismo, e de actividades afins; Instalações e equipamentos destinados à prática de paraquedismo, balonismo e parapente; Instalações e equipamentos destinados a passeios de natureza turística em bicicletas ou outros veículos de todo-o-terreno; Instalações e equipamentos destinados a passeios de natureza turística em veículos automóveis sem prejuízo do legalmente estipulado para utilização de meios próprios por parte destas empresas; Instalações e equipamentos destinados a passeios em percursos pedestres e interpretativos; As actividades, serviços e instalações de animação ambiental previstas no Decreto Regulamentar nº 18/99,de 27 de Agosto, sem prejuízo das mesmas terem de ser licenciadas de acordo com o disposto nesse diploma; Outros equipamentos e meios de animação turística, nomeadamente de índole cultural, desportiva, temática e de lazer. São consideradas actividades acessórias das empresas de animação turística, sem prejuízo do regime legal aplicável a cada uma delas, as seguintes actividades: As iniciativas ou projectos sem instalações fixas, nomeadamente os eventos de natureza económica, promocional, cultural, etnográfica, científica, ambiental ou desportiva, quer se realizem com carácter periódico ou isolado; A organização de congressos, seminários, colóquios, conferências, reuniões, exposições artísticas, museológicas, culturais e científicas; A prestação de serviços de organização de visitas a museus, monumentos históricos e outros locais de relevante interesse turístico. Os principais requisitos para o exercício desta actividade,são: capital social de 12.469,95 euros seguro de responsabilidade civil de 49.879,79 euros (os mínimos são actualizados por portaria conjunta dos ministros das Finanças e da Economia) ser Cooperativa,EIRL ou Sociedade Comercial Há ainda lugar ao pagamento da taxa de licenciamento no valor de 2.493,99 euros. Para poder exercer a actividade de animação turística é necessário uma licença, que é concedida pela DGT, a qual depende de alguns requisitos (ver Dec. Lei nº 204/00 alterado pelo Dec. Lei nº 108/02 de 18/04). A DGT dispõe de 45 dias a contar da data de recepção do requerimento para decidir sobre o pedido de licença. Regime Jurídico das Empresas de Animação Turística: Decreto de Lei nº 108/02 de 16/04 Altera o decreto-lei nº 204/00 de 1/09 que regula o acesso e o exercício da actividade das empresas de animação turística. Decreto-Lei nº 204/00, de 1/09 (alterado pelo Dec. Lei nº 108/02 de 16/04) regula o acesso e o exercício da actividade das empresas de animação turística; Portaria nº 96/01, de 13/02 aprova o modelo, preço, fornecimento, distribuição, utilização e instrução do livro de reclamações para uso dos utentes das empresas de animação turística; Portaria nº 138/01, de 1/03 fixa o montante das taxas devidas pela concessão da licença. Actividades acessórias Requisitos Taxa de licenciamento Licença Legislação aplicável D 15

3.8. ALUGUER DE AUTOMÓVEIS SEM CONDUTOR A indústria de Aluguer de Automóveis sem Condutor tem por objecto a exploração de: Veículos ligeiros de passageiros e mistos com lotação até nove lugares; Motociclos; Veículos de características especiais aprovados para o efeito pela Direcção-Geral de Transportes Terrestre (autocaravanas, caravanas, atrelados de campismo e barcos, atrelados para transporte de bagagens até 300kg, veículos adaptados ao transporte de valores, veículos adaptados à condução por deficientes físicos). Número mínimo de veículos Licenciamento Legislação aplicável Só podem exercer a actividade sociedades 5 com sede em território nacional e que se proponham explorar um número mínimo de veículos: 25 veículos (aluguer de veículos ligeiros de passageiros e mistos com lotação até nove lugares sem condutor); 10 motociclos (aluguer de motociclos sem condutor); 5 veículos (veículos de características especiais sem condutor). O exercício da indústria de aluguer de automóveis sem condutor depende da autorização a conceder pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres, ouvida a Direcção-Geral do Turismo, e será titulado por alvará de que constem os elementos de identificação do objecto do direito concedido. As empresas titulares de alvarás poderão ser autorizadas a abrir agências ou filiais, mediante despacho do Director-Geral de Transportes Terrestres, desde que as respectivas instalações independentes, nas quais poderão exercer, exclusivamente as actividades que lhe são próprias, sejam aprovadas pela Direcção-Geral do Turismo. As instalações devem obedecer aos requisitos mínimos fixados pela Direcção-Geral do Turismo, não podendo ser abertas ao público sem prévia aprovação em vistoria por essa Direcção-Geral. Legislação Aplicável Decreto-Lei nº 354/86, de 23/10 normas relativas à actividade de aluguer de automóveis de passageiros sem condutor; Despacho nº 1020/98, de 29/12 determina quais os veículos ligeiros com características especiais; Portaria nº 65/93, de 16/01 fixa o número mínimo de veículos por categoria; Decreto-Lei nº 44/92, de 31/03 altera o Decreto-Lei nº 354/86, de 23/10; Decreto-Lei nº 373/90, de 27/11 altera alguns artigos do Decreto-Lei nº 354/86, de 23/10; 5 Sob a forma de sociedades comerciais, com capital social mínimo de 49.879,8 Euros. D 16

3.9. ACTIVIDADES MARÍTIMO-TURÍSTICAS 1 A actividade marítimo-turística consiste nos serviços de natureza cultural, de lazer, de pesca turística e de táxi, prestados mediante a utilização de embarcações com fins lucrativos. Esta actividade é assegurada por um operador marítimo-turístico, constituído em empresário em nome individual ou numa sociedade comercial, incluindo as cooperativas, que tenha por objecto o exercício da actividade marítimo-turística. Pode ser exercida nas seguintes modalidades: Passeios marítimo-turísticos, com programas previamente estabelecidos e organizados; Aluguer de embarcações com tripulação; Aluguer de embarcações sem tripulação; Serviços efectuados por táxi; Pesca turística; Serviços de natureza marítimo-turística prestada mediante a utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem meios de locomoção próprios ou selados; Aluguer de motas de água e de pequenas embarcações dispensadas de registo; Outros serviços, designadamente os respeitantes a serviços de reboque de equipamentos de carácter recreativo, tais como bananas, pára-quedas, esqui aquático. No exercício da actividade marítimo-turística, podem ser utilizadas os seguintes tipos de embarcações: Embarcações registadas como auxiliares, designadas como marítimo-turísticas; Embarcações dispensadas de registo; Embarcações de recreio; Embarcações de comércio que transportem mais de 12 passageiros. Modalidades Tipos de embarcações As embarcações de recreio utilizadas na actividade não podem embarcar mais de doze pessoas, excluindo a tripulação. Estas embarcações só podem ser utilizadas na modalidade de aluguer, com ou sem tripulação e só é possível utilizá-las depois de, para o efeito, serem devidamente vistoriadas. A validade da vistoria de manutenção é limitada a um ano e a inspecção ao casco em seco deve ser efectuada de dois em dois anos. Licenciamento das actividade marítimo-turísticas Os interessados em exercer a actividade marítimo-turística devem solicitar o necessário licenciamento através de requerimento: Ao órgão local da Direcção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM) com jurisdição na área onde pretendem exercer a actividade (no caso da nossa região na Delegação de Beja da CCDR Alentejo ou na capitania do porto de Vila Real de Stº. António), caso utilizem:. Embarcações dispensadas de registo;. Embarcações registadas como auxiliares locais ou de porto, de recreio da navegação costeira restrita e/ou navegação em águas abrigadas;. Embarcações atracadas ou fundeadas e sem meios de locomoção próprios ou selados. Licenciamentos 1 Adaptado de legislação aplicável e do manual de Procedimentos Administrativos da DGT, 4ª edição. D 17

. Ao presidente do Conselho de Administração do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), se pretenderem utilizar embarcações com registo diferente.. Ao IPTM, no caso de utilização conjunta de embarcações (embarcações descritas nos dois pontos anteriores). Elementos necessários Do pedido de licenciamento deve constar: a identificação do requerente e indicação da sua residência ou sede; descrição da actividades a desenvolver, com referência da modalidade do exercício; as zonas onde pretende operar e locais de embarque a utilizar; a identificação das embarcações, incluindo a de assistência, quando exigida. O pedido deve ser acompanhado dos seguintes elementos: cartão de contribuinte; certidão do registo comercial, no caso de se tratar de sociedade comercial; autorização ou parecer prévio da autoridade portuária ou da entidade com jurisdição nos cais ou locais de embarque ou em outras infraestruturas a utilizar relativo à disponibilidade e à adequabilidade dos mesmos para a actividade que o operador se propõe efectuar; documento comprovativo da efectivação do seguro de responsabilidade civil. No caso das modalidades respeitantes aos passeios marítimo-turísticos, com programas previamente estabelecidos e organizados e a outros serviços de natureza marítimo-turística prestados com embarcações atracadas ou fundeadas, sem meios de locomoção próprios ou selados, as entidades licenciadoras devem solicitar parecer prévio, no prazo de 8 dias, à Direcção-Geral do Turismo (DGT), que se deverá pronunciar no prazo máximo de 20 dias, contados a partir da data de recepção. A não emissão de parecer no prazo legal, entende-se como favorável. No caso de parecer desfavorável, este é vinculativo. Licenças Legislação aplicável Apresentado o processo respeitante ao pedido de licenciamento, as entidades competentes dispõem de 45 dias contados a partir da data da recepção do requerimento, ou, no caso de terem sido solicitados pareceres, a partir da data de recepção dos mesmos, para decidir sobre o pedido e proceder à emissão das respectivas licenças. O IPTM deve informar a DGT sobre as licenças que emitiu. A licença é o documento que permite o exercício da actividade e que identifica o operador. Legislação Aplicável Decreto-Lei n.º 269/2003, de 28/10 Decreto-Lei nº178/2002, de 31/07 Decreto-lei nº21/2002, de 31/10 1 Adaptado de legislação aplicável e do manual de Procedimentos Administrativos da DGT, 4ª edição. D 18