Vigilância em Saúde. Nesta Edição:

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Diretoria de Epidemiológica Gerência de Doenças Imunopreveníveis e Programa de Imunizações Nesta Edição: 1. Perfil da Meningite em Alagoas de 2007 a 2015. 2. Intensificação das Ações de, Prevenção e Controle da Meningite em Alagoas. No Brasil em 2009, foram confirmados 21.141 casos de meningites, o que representou uma redução de 21% em comparação ao ano 2000, em que ocorreram 26.931 casos. Em 2010, foram implantadas novas vacinas no calendário vacinal oferecido pelo Ministério da Saúde, sendo elas: Pneumocócica 10, com doses no 2º, 4º e 6º mês e reforço aos 12 meses; Meningocócica com doses no 3º e 5º mês com reforço aos 15 meses. Essa medida ampliou a cobertura e imunoprevenção contra os patógenos das meningites mais incidentes na população, principalmente os que infectam as crianças, deixando com sequelas e levando mais facilmente a óbito pela imaturidade das células de defesa ao responder contra o patógeno. Para a saúde pública, considera-se importante o controle da doença meningocócica pelo risco de transmissão e letalidade da mesma. É importante ressaltar que há 10 anos, não há ocorrência de surtos de doença meningocócica nos 102 municípios alagoanos. ANO 4 Nº 01 SEMESTRAL JUNHO 15 No ano passado, em Alagoas, até a SE 20 de 2014 houveram 14 casos de doença meningocócica, este ano comparando com o mesmo período houveram 6 casos, havendo uma redução de 58% do número de casos. A meningite é uma doença do Sistema Nervoso Central (SNC), caracterizada por um processo inflamatório do espaço subaracnóideo e das membranas leptomeníngeas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. Os pacientes acometidos apresentam febre alta e vômito, sem foco de infecção aparente, acompanhado de cefaleia intensa, rigidez de nuca, sonolência, torpor, sonolência, torpor, irritação, diminuição da sucção em lactentes, abaulamento de fontanela e convulsões. Crianças de até nove meses podem não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea, outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, como febre, irritabilidade ou agitação, choro. O indivíduo que apresentar três ou mais sinais e sendo persistente, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa alimentação. A meningite ainda pode ser classificada de acordo com o seu agente etiológico: meningite bacteriana, meningite viral e meningite fúngica. A evolução da doença fornece a indicação da etiologia, pois na meningite viral as manifestações agudas são observadas em poucas horas, na meningite bacteriana de horas a um dia e na meningite fúngica ou tuberculosa de dias a duas semanas.

Em geral, a transmissão e de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (residentes na mesma casa, colega de dormitório ou alojamento, namorado) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente. A transmissão fecal - oral e de grande importância em infecções por enterovírus. Este boletim tem o objetivo: Monitorar a situação epidemiológica das meningites no Estado durante os últimos 8 anos; Produzir e disseminar informações epidemiológicas; Detectar surtos de doença meningocócica. Gráfico 01 - Casos Confirmados de Meningite, 2007 até a SE 20 de 2015. De acordo com o gráfico 1 é possível observar um aumento significativo de casos confirmados no ano de 2012 para 2013, com uma diferença de aproximadamente 90 casos. Diante disso, o Núcleo de Doenças Imunopreveníveis (NDIP) emitiu um sinal de alerta para o ano corrente a fim de que houvesse a diminuição e a padronização que vinha ocorrendo desde 2008. No ano de 2014, ocorreu uma redução do número de casos, 131 casos confirmados, em comparação com o ano de 2013, que apresentou 224 casos. Em 2015 até a SE 20, houveram 29 casos confirmados no estado de Alagoas, sendo a incidência da meningite monitorada pelo NDIP. Gráfico 02 - Número de casos de meningite por sexo faixa etária nos anos de 2007 até a SE 20 de 2015. No gráfico 2 é possível observar que a maioria dos casos aconteceu na faixa etária de 20-34 anos. Nota-se um decrescimento com o avançar das idades. Em todas as idades é possível observar o número maior de casos no sexo masculino. As meningites de maior relevância para o Estado são as causadas por bactérias, como a Meningite causada por Neisseria Meningitidis sorogrupo C, a Meningite por H. Influenzae, a Meningite por Streptococcus Pneumoniae e Tuberculose Meningoencefálica, todas estas apresentam medidas de proteção por meio de imunização.

MENINGITE Na tabela 1, abaixo, observa-se quais as idades mais atingidas pelos diversos tipos de meningite de 2007-2015 ( até a SE 20). Tabela 02 - Número de casos de Meningite por evolução. Alagoas, 2007 até a SE 20 de 2015. Tabela 01 - Número de casos de Meningite por Faixa Etária segundo ano do início de sintomas. Alagoas, 2007 SE 20 de 2015. De acordo com a tabela acima pode-se observar, que a faixa etária mais acometida pelas meningites é a faixa etária de 20-34 anos com o total de 269 casos durante a séria histórica avaliada. Vale ressaltar que esta faixa etária não é grupo prioritário para a vacina, porém dispõe de meios de precauções a exemplo da quimioprofilaxia e das medidas básicas de higiene, um vez que a transmissão se dá por meio do contato direto, como já citado anteriormente. O Núcleo de Doenças Imunopreveníveis e o Programa de Imunizações da SESAU em parceria com os municípios vem desenvolvendo um monitoramento rápido das coberturas vacinais articulando para que cada município continuem com as campanhas de monitoramento com o objetivo de aumentar as coberturas vacinais do estado de Alagoas. Na tabela 2, é mostrado que o ano 2007 apresentou maior número de óbitos, seguido por 2013, com 24 óbitos. O número de óbitos é maior na fase adulta, entre 20 a 34 anos, equivalente a 30,5%, seguido da faixa 35 a 49 anos, correspondendo a 19,7% dos casos. Esses dados, mostram que os adultos são a maioria na evolução por óbito na meningite. O que mostra que os profissionais de saúde devem identificar os contatos íntimos dos pacientes, já que muitas vezes, estes pacientes, vivem em ambientes fechados e hábitos de higiene precários. Os contatos íntimos dos acometidos por meningite meningocócica e meningite causada por Haemophilus influenzae, devem realizar a quimioprofilaxia, que não assegura o efeito protetor absoluto e prolongado, mas tem sido adotada na falta de meios disponíveis mais eficazes de proteção (vacina). Os dados mostram ainda que no aspecto da faixa etária entre 20-34 anos com etiologia por MOE é necessária uma maior especificação por parte das redes laboratoriais na detecção desses agentes.

% de Cobertura Vacinal Nº de Casos de Meningite por Haemophilus MENINGITE Quanto as coberturas vacinais durante de 2010 até 2014, para os imunopreveníveis das principais meningites; segundo dados obtidos pelo PNI-Alagoas, através do programa SI-PNI, são: Gráfico 03 Percentual de cobertura vacinal contra Meningite por Haemophillus. Alagoas, 2007 até a SE 20 de 2015. Gráfico 04 Percentual de cobertura vacinal contra Meningite por Pneumococo. Alagoas, 2007 até a SE 20 de 2015. 120 100 3,5 3 80 60 40 20 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nº de Casos 0 0 0 3 1 2 3 3 2 1 0 Cob. Vacinal 104,6 104,8 95,4 90,9 106 99 90,3 87 92 90 108,7 Fonte: SIPNI/SINANNET/DIVEP/SESAU De acordo com o gráfico 3, pode-se observar o aumento do número de casos nos anos 2008, 2010 e 2012, especificamente, estes anos apresentam as menores taxa de coberturas vacinais, durante a série histórica. A faixa etária 1 4 anos, foi a mais acometida por Meningite pelo Haemophilus influenzae apresentando 7 casos da doença no intervalo 2007-2015. O que mostra que devem ser observados a atualização do cartão vacinal dessas crianças, as medidas de higiene e o ambiente em que estão inseridas, para realizar estratégias de controle deste agravo, principalmente, durante a infância, já que há o risco de sequelas da meningite que podem persistir durante toda a vida. 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Fonte: SIPNI/SINANNET/DIVEP/SESAU Em 2011, observa-se um aumento no número de casos de Meningite por Pneumococo. Vale ressaltar que a introdução da vacina para este tipo de meningite foi introduzida no calendário básico vacinal das crianças em 2010, porém o impacto contra esta doença só pode ser visualizado em 2012, com redução no número de casos e óbitos para a faixa etária de 2 meses a menores de 2 anos de idade. A faixa etária 5-9 anos foi a mais acometida, apresentando 18 casos de 2007 a 2015, isso reforça a importância do comprometimento dos municípios diante do alcance da cobertura vacinal adequada da população que seria no mínimo de 95%, pois diante da figura avaliada observa-se que não houve o alcance das metas em nenhum dos períodos analisados. A faixa etária mais acometida por este agravo foi de 5 a 9 anos de idade, faixa etária não coberta por esta vacina. Isso demonstra que os profissionais de saúde, em especial da atenção básica, deve realizar ações de educação em saúde, esclarecer a comunidade medidas de higiene e prevenção da doença, uma vez que a disseminação do agente etiológico se dá através de tosse, espirros, gotículas de saliva, sendo maior a transmissão em ambientes fechados e com pouca ventilação.

MENINGITE Gráfico 05 Percentual de cobertura vacinal contra Doença Meningocócica (MM, MCC e MM + MCC). Alagoas, 2007 até a SE 20 de 2015. Fonte: SIPNI/SINANNET/DIVEP/SESAU O gráfico 5 mostra que a faixa etária mais acometida por Doença Meningocócica está entre 10 a 14 anos, apresentando 12 casos em 2007, havendo redução do número deste agravo ao longo da série histórica. Um fator dificultador da quebra da cadeia de transmissão da doença é que o agente etiológico dissemina-se, principalmente, em locais fechados, com pouca ventilação, grande aglomerado de pessoas, medidas de higiene precárias. A imunoprevenção tem papel primordial diante deste agravo, o que requer dos profissionais de saúde compromisso para o alcance da meta de 95% de cobertura vacinal e atividades de educação em saúde para prevenção e controle da doença. Nos casos em que houver risco de transmissão deste agravo, o Núcleo de Doenças Imunopreveníveis deve ser informado e devese realizar a quimioprofilaxia nos contatos íntimos do paciente, o mais precoce possível para impedir a propagação da doença. No diagrama de controle abaixo, representado pelo gráfico 6, mostra a incidência de doença meningocóccica no período de 2005-2015. É possível perceber que a incidência em 2015, ano analisado, está bem abaixo da linha média, isso indica que os casos de doença meningocóccica em Alagoas estão sob controle. A doença apresenta endemicidade, porém, conforme o diagrama, há 10 anos não há episódios de surtos e nem epidemias deste agravo. Para dar continuidade a este comportamento epidemiológico, os municípios devem estar comprometidos com o controle desta doença e em qualquer suspeita de casos devem informar ao Núcleo de Doenças Imunopreveníveis, realizar ações de quimioprofilaxia nos contatos, busca ativa de sintomáticos para impedir a propagação do agente etiológico, consequentemente, da meningite. Outra medida de controle da meningite é a imunoprevenção, cabe aos municípios a responsabilidade do alcance da meta de cobertura vacinal de no mínimo de 95% população. Gráfico 06 - Diagrama de Controle da Doença Meningocócica confirmada, até a SE 20 do ano de 2015, Alagoas.

Figura 1 Mapa de Alagoas por Doença Meningocócica confirmada, até a SE 20 do ano de 2015, Alagoas. PARICONHA DELMIRO GOVEIA ÁGUA BRANCA MATA GRANDE OLHO D ÁGUA CASA INHAPÍ PIRANHAS CANAPÍ OURO BRANCO MARAVILHA POÇO DAS TRINCHEIRAS CAMPO GRANDE OLHO D ÁGUA GRANDE SÃO BRAZ PORTO REAL COLÉGIO Diante da figura 1, observa-se os municípios com casos de doença meningocóccica até a SE 20 de 2015, o que permite sinalizar um alerta, principalmente, entre o municípios que não tiveram casos, porém são circunvizinhos sendo fundamental notificar todos os casos suspeitos e dar continuidade na investigação e conclusão com o intuito de quebrar a cadeia de transmissão. Dentre as medidas para essa quebra, estão a intensificação da vacinação em todas as áreas, mas especialmente nas áreas dos casos confirmados e circunvizinhos, como também as medidas quimioprofiláticas quando necessárias. Os dados representados no diagrama de controle (gráfico 6), apontam a baixa taxa de incidência da doença meningocócica no decorrer das SE de 2015, não sendo registrado nenhum caso de surto ou epidemia ao longo da série histórica 2005 a SE 20 de 2015. Mostrando a efetividade das ações de controle e prevenção deste agravo do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis e Programa de Imunizações Estadual unidos com os municípios do estado de Alagoas. Isso destaca a importância das ações de vacinação nestes municípios para estes patógenos e da vigilância a fim de que, deste modo, continue a evitar a possibilidade e surto ou epidemia, mediante às suas ações de quebra de cadeia. IGREJA NOVA PENE TEOTÔNIO VILELA PIAÇABUÇÚ CHÃ PRETA C ORU R IPE FELIZ DESERTO SANTANA MUNDAÚ SÃO IBATEGUARA NOVO JUNDIÁ JOSÉ LINO DA COLÔNIADE LAJE LEOPOLDINA MATRIZ DE JOAQUIMCAMARAGIBE UNIÃO GOMES S PALMARES BRANQUINHA FLEXEIRAS SÃO LUIS QUITUNDE JACUÍPE PORTO CALVO PORTO DE PEDRAS MARAGOGÍ SANTANA MINAR QUEBRANGULO PASSO DE CAMARAGIBE SENAR IPANEMA MURICÍ RUI PALMEIRA NEGRÃO IS CAJUEIRO MESSIAS RIACHOS ESTRELA CARNEIROS PALMEIRA CAPELA BARRA DE SANTO ANTONIO CACIMBINHAS DE PAULO S VIÇOSA ALAGOAS JACINTO ÍNDIOS SÃO JOSÉ OLHO PINBA DA TAPERA D ÁGUA OLIVENÇA MAR RIO LARGO PARIPUEIRA DAS VERMELHO ATALAIA FLORES MAJOR TANQUE ISIRO IGACÍ D ARCA SATUBA MACEIÓ MONTEI MARIBON COITÉ BELÉM RÓPOLIS SANTA LUZIA NORTE JACARÉ CRAÍBAS TAQUA PILAR S JARAMATAIA NÓIA RANA ANADIA COQUEIRO SECO PÃO DE AÇÚCAR HOMENS BOCA DA BATALHA PALESTINA MATA ARAPIRACA LIMOEIRO MARECHAL DEORO DE ANADIA SÃO MIGUEL BELO GIRAU LAGOA CAMPO S MONTE DA ALEGRE CAMPOS BARRASET DE SÃO MIGUEL PONCIANO CANOA JUNQUEIRO FEIRA ROTEIRO TRAIPÚ GRANDE SÃO SEBASTIÃO J. DA PRAIA CAMPESTRE JAPARATINGA S. M. MILAGRES Considerações finais Observa-se que no ano de 2013 houve maior número de casos confirmados pelos diversos tipos de meningites, isso reflete uma maior sensibilidade por parte dos profissionais de saúde em notificar os casos e investigá-los. Ao mesmo tempo, é importante ressaltar que houve uma redução do número de casos ao longo de 2014 e 2015 até a SE 20. Nota-se que os casos de meningite confirmados por faixa etária e sexo, acometeram mais o sexo masculino em relação ao feminino, com maior ocorrência entre a idade de 20 a 34 anos. Isso reflete a importância do desenvolvimento de estratégias preventivas para essa faixa etária. No que tange a prevalência das meningites por etiologias durante os anos de 2007 2015 (até a SE 20), observa-se que as meningites bacterianas, seguidas pelas virais e não especificadas, são as que mais acometem a população alagoana. Esses dados demonstram que as redes laboratoriais especifiquem quanto ao tipo do agente etiológico com o intuito de haver um combate específico ao patógeno. A vacinação mostra-se como meio eficaz no combate deste agravo, assim, o Núcleo de Doenças Imunopreveníveis incentiva que os municípios intensifiquem as vacinas dos agentes etiológicos causadores das meningites, nos quais são prevenidas pelos seguinte imunobiológicos: Pentavalente, Pneumocócica 10 e 23 valente, BCG e Meningocócica C. Quanto ao número de óbitos observa-se que é maior na fase adulta, entre 20 a 34 anos, acontecendo em maior proporção em relação a meningite por outras etiologias (MOE), seguidas pelas meningites bacterianas (MB). Já entre os menores de 5 anos o número de óbitos por etiologia é maior em relação a doença meningocóccica (MMC, MM e MMC+MM), seguidas pelas meningites bacterianas (MB).

MENINGITE Quanto ao controle da doença meningocócica, no ano de 2015 até a SE 20, foram detectados 3 casos espalhados em 2 municípios do Estado. Assim, o Núcleo de Doenças Imunopreveníveis deixa em alerta os municípios circunvizinhos, tanto na sensibilização dos casos suspeitos para serem notificados/investigados/concluídos como na realização da quebra da cadeia pela imunização e quimioprofilaxia quando conveniente. É importante listar as principais medidas de controle e prevenção das meningites: Evitar ambientes fechados; Evitar aglomerados de pessoas; Prática de hábitos de higiene adequados; Manter calendário vacinal das crianças atualizado; Evitar medidas drásticas (fechamento de escolas, isolar casas); Controle de contatos somente após confirmação; Realizar quimioprofilaxia em contatos íntimos do paciente acometido por meningite.