C.L.C. Cidade Vs Campo [Escrever o nome da empresa] C.L.C.
FICHA TÉCNICA Exercício nº 2 Data de Aplicação 13.07.10 NOME DO EXERCÍCIO Cidade Vs Campo DESTINATÁRIOS Formandos Duração 630 minutos Tipo de Avaliação Avaliação Formativa Pré Requisitos Recursos / Equipamentos Orientações Pedagógicas OBJECTIVOS Resultado Esperado Computador e material de escrita Compreender as noções de ruralidade e urbanidade, compreendendo diferentes modos de vida e impactos socioprofissionais. INSTRUÇÃO Trabalho de Pares: Identificar as vantagens e as desvantagens da vida na Cidade Vs a vida no Campo de acordo com os parâmetros apresentados. DESENVOLVIMENTO A Vida na Cidade Esclareçam-me! Nas últimas vezes (poucas, muito poucas mesmo) que me tenho deslocado à grande cidade, tenho-me deparado com um cenário deveras preocupante. Amigos meus sentados no sofá, frente à televisão e com uma mesinha (tipo para refeição de bebé) onde, num computador portátil, navegam pela rede. Ecrã a três metros + ecrã a meio metro! Alienação total A amostra não é pertinente, mas é preocupante. Sobretudo a seguir ao jantar, filhos na cama (ou ligados a outros ecrãs), são longas horas de zapping [ ]. Gostaria de pensar que estas situações são excepcionais e que a regra não se assemelha, nem por sombras, a esta pequena, pequeníssima amostra. Mas tenho cá um dedinho adivinho que me diz que não é assim tão rara esta nova "forma de vida". Eu, que vivo no campo e que quando visito os meus amigos da zona os encontro a podar ( ), a rachar lenha para a lareira, a apanhar favas, a jogar futeboladas com os filhos, a dormir, quando o tempo permite, nas suas camas-de-rede ou mesmo a apanhar caracóis; os encontro, pela noite, a ler junto à lareira (no Inverno) e a conviver com os amigos nos alpendres nas cálidas noites de Verão algarvias, espanto-me e entristeço-me com estas tendências urbanas emergentes. Já não bastava a alienação da maior parte dos trabalhos (empregos?) que para não se beliscar a auto-estima, se propagandeiam interessantíssimos, mas que vendo bem, são inúteis e dolorosos? Anos de vida ligados a ecrãs no trabalho e na alegre casinha. Anos e anos de vida passados nos esconsos interiores de automóveis e transportes públicos aspergindo fumarolas mortais na atmosfera cinzenta e envenenada. 2
"Estranha forma de vida" num espaço onde há de tudo. Onde a oferta é tão variada que bloqueia a capacidade de escolha da maioria dos mortais. Excesso de informação difícil de manipular e processar que se revela letal para a vida. [ ] (http://quintacativa.blogs.sapo.pt) Vida na cidade e vida no campo na luz da ribalta Na União Europeia, as pessoas preferem viver no campo ou na cidade? Esta é uma das perguntas do inquérito sobre a qualidade de vida na Europa (EQLS). O relatório decorrente do inquérito analisa as diferenças entre as zonas urbanas e as zonas rurais da Europa, com base em alguns indicadores da qualidade de vida: rendimento e nível de vida; habitação; emprego e educação; conciliação entre a vida profissional e familiar; integração no mundo do trabalho, sistema de ensino, situação familiar, círculo de amigos, serviços e bem-estar subjectivo. A conclusão mais evidente é que, nos países mais ricos da União Europeia, existem menos diferenças de qualidade de vida entre as zonas urbanas e as zonas rurais. Nos novos Estados-Membros, as diferenças são mais pronunciadas. Com efeito, menos pessoas que vivem em zonas rurais se consideram bem pagas, em comparação com as pessoas que vivem nas zonas urbanas. Do mesmo modo, as mulheres que vivem nas zonas rurais têm um nível de educação inferior às que vivem nas zonas urbanas. Já a conciliação entre a vida profissional e familiar é um indicador homogéneo na União Europeia: o pressuposto inicial dos investigadores de que esta era mais satisfatória nas zonas rurais não se confirmou. Em toda a União Europeia, as pessoas que vivem nas zonas urbanas são consideravelmente mais optimistas. Estas conclusões têm repercussões a nível político, pois revelam que as zonas rurais dos países mais pobres da União Europeia necessitam de maior apoio. O relatório, realizado pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, demonstra que a ideia de que as pessoas que vivem nas zonas rurais têm uma melhor qualidade de vida não é correcta. As desvantagens de quem vive nas zonas rurais não parecem ser compensadas por uma visão especialmente positiva da vida. (http://ec.europa.eu) Viver na cidade ou no campo? A cidade ou o campo? Qual o melhor local para viver e para satisfazer as necessidades? Em todo o lado se podem observar diversas classes sociais, pessoas cultas, umas com muitos bens e outras 3
praticamente sem nada, enfim, vivemos numa sociedade onde as diferenças são muito notórias e fazem toda a diferença. Primeiro, ao falar-se em cidade, o pensamento recaía logo numa uma sociedade de elevado poder económico, uma maior posse de bens e de cultura, enquanto que o campo destinava-se aos mais pobres, aos que tinham mais dificuldade, aos mais necessitados. Mas, hoje em dia, tanto a cidade como o campo são mistos. Em ambos existem pessoas necessitadas e não tão necessitadas. A pouco e pouco, as diferenças existentes foram diminuindo, mas ainda existem, ainda continuam. Parte das pessoas prefere viver na cidade, devido aos bons e rápidos acessos e a uma boa qualidade de vida, mas uma outra parte prefere habitar no campo, na aldeia, devido à tranquilidade, à falta de agitação, de barulho, de stress, o que é bom e agradável. Eu aprecio os dois lugares: o campo e a cidade. A cidade, por ser um meio onde é fácil ter acesso aos meios de transporte, meios de comunicação, à educação e aos vários serviços, ou seja, acesso ao conforto, à qualidade de vida e onde a população está mais próxima do que necessita para então satisfazer as suas necessidades. Por outro lado, o campo é também um lugar muito escolhido, pois dá-nos o silêncio de que precisamos, a paz que procuramos, a liberdade merecida. Só o campo nos transmite o aroma agradável, o ar puro, límpido, capaz de ser respirado. Pode-se também ouvir o chilrear dos pássaros, observar-se o verde da vegetação, a coloração, a frescura das plantas e das flores. Neste sentido, ambos os locais são bons para viver. (http://www.dodouro.com) A cidade e o campo... ( ) A cidade é muito diferente do campo em todos os aspectos. As pessoas da cidade são mais independentes, stressadas, preocupam-se mais consigo do que com os outros, não entram em grandes conversas, têm uma forma diferente de se vestir e de se arranjar. Os postos de trabalho são diferentes dos do campo. Normalmente, as pessoas estão empregadas em hospitais, lojas e/ou pelo Estado. A cidade tem de tudo um pouco. Normalmente, as pessoas não precisam de se afastar muito das suas casas para irem às compras ou ao cinema. Em suma, a cidade oferece melhor qualidade de vida às pessoas, excepto quanto ao nível ambiental. O campo é muito mais calmo do que a cidade. As pessoas normalmente cumprimentam-se quando se cruzam na rua, partilham os seus bons e maus momentos umas com as outras, são mais solidárias do que as pessoas da cidade e não se produzem tanto diariamente. Acho que o fazem mais em ocasiões especiais. Até há alguns anos atrás, a agricultura era a actividade económica mais importante, mas agora deixou de o ser. Hoje em dia, muito poucas pessoas da minha região praticam a agricultura. A olaria deixou de ter a sua 4
importância, mas alguns jovens estão a tentar que não acabe por completo. O campo não oferece grandes oportunidades de escolha de emprego. É evidente que há alguns postos de trabalho iguais aos da cidade, mas é diferente. Relativamente às condições ambientais, o campo oferece melhores condições, mas antigamente esta situação era mais notável, devido aos incêndios que têm decorrido nestes últimos anos. A vida das pessoas do campo não é tão agitada como a das que vivem nas cidades, sobretudo, nas grandes cidades. Em suma, viver no campo e na cidade tem vantagens e desvantagens como tudo na vida. (http://personalbook.blogs.sapo.pt) Tarefa: Após leitura e análise dos textos e debate sobre os temas dos mesmos, procure preencher a grelha que se segue, identificando evidências, vantagens e desvantagens da vida na cidade e no campo, reflectindo sobre os seguintes itens: Ambiente; Saúde; Educação; Profissões; Serviços; Conciliação entre família e emprego; Habitação; Associativismo; Socialização. Cultura; Emprego; A Vida na Cidade Evidências Ambiente; Os níveis de poluição são elevados devido aos transportes motorizados e à proximidade da indústria. Profissões; Um grande leque de áreas a explorar. Habitação; Existe muita procura o que torna as rendas mais caras, caracteriza-se mais por apartamentos. Cultura; Uma grande variedade de acontecimentos com fácil acesso. Saúde; Existem mais infra-estruturas vocacionadas para a área da saúde. Serviços; Uma grande oferta a trabalhar 24 horas por dia oferecendo rápido atendimento. Associativismo; Uma grande variedade. Emprego; Existem muitos postos de trabalho e também existe uma grande variedade dos mesmos. Educação; Nas cidades é onde as universidades se encontram, existem também muitas escolas com uma variadíssima oferta de cursos. Conciliação entre família e emprego; a vida é muito stressante sem muito tempo para a família, havendo muita gente que precisa de dois empregos Socialização: Existem muito mais pessoas. 5
Vantagens Ambiente; Recolha e tratamento dos resíduos. Aproveitamento colectivo das energias renováveis. Profissões; Maior oportunidade para se exercer a profissão que se deseja. Habitação; Muita variedade de design e muitas habitações novas. Cultura; Muitos espaços culturais como museus, teatros, cinemas entre outros. Saúde; Muitos médicos nas diferentes áreas da medicina. Serviços; Muita abundância e oferta de farmácias, clínicas, lojas, supermercados, creches, correios entre outros. Associativismo; Muita variedade e abundância de associações desportivas culturais. Emprego; Existe mais oferta de emprego tanto em full como em part-time. Desvantagens Ambiente; A poluição do ar, água e dos solos é elevada. Existe também muita poluição sonora. Profissões; Maior competitividade. Habitação; Pouca privacidade, muitos apartamentos Cultura; Não é muito virada para as tradições. O acesso à mesma é normalmente pago. O planeamento urbanístico por vezes é mau. Saúde; A poluição e o estilo de vida stressante leva as pessoas a adquirirem problemas de saúde. Serviços; Esperas muito longas, por exemplo quando se vai ao IEFP. Associativismo; Pouco virado para as tradições mais antigas e para os idosos. Emprego; Como existe muita oferta, os ordenados por vezes são baixos e os contratos de curta duração. Educação; Maior variedade de cursos, professores, amigos e escolas. Educação; escolas. Existe mais marginalidade nas Conciliação entre família e emprego; Maior probabilidade de se obter um salário bom que permita pagar as necessidades da família. Socialização: Existem muito mais pessoas para se conhecer e relacionar. Conciliação entre família e emprego; Pouco tempo para a família, o desconhecimento do comportamento dos familiares. A solidão para os idosos. Socialização: Pouca confiança entre as pessoas que se conhece. 6
Conclusão A cidade oferece-nos um leque de oportunidades incomparáveis às de uma vida rural. Mas compensará a longo prazo, vivendo sobre pressão, poluição e barulho o tempo todo? Mas, para se ambicionar algo grande para o futuro é preciso avançar em busca de oportunidades, então a melhor solução é mesmo a cidade, conhecer pessoas, aumentar o grau de educação, elaborar uma boa vida profissional e melhorar a nossa sociedade com isso. E então depois de se conseguir todo aquilo que nos comprometemos, chegamos àquela altura que queremos e necessitamos de um estilo de vida mais pacato. Urbanismo Aspectos a melhorar Segurança Acção social Educação Transportes Habitação Emprego Saúde Associativismo Acções de melhoria 1. Melhor planeamento urbanístico, melhorando os cursos de água, melhorando também os acessos para pedestres, transportes e deficientes, preservar e reconstruir o património. 2. Mais acções de sensibilização a respeito das drogas, porque este é um dos grandes problemas nas cidades em particular. 3. Mais acções sociais para os idosos e deficientes que carecem de companhia e ajuda. 4. Mais meios de transporte públicos, para que os níveis de poluição sejam menores. 5. Mais produção de energia por meios renováveis e construção de ETARES. 6. Mais policiamento nas ruas, porque existe muita violência e roubos nas cidades. 7. Mais recolha de resíduos e reciclagem. 8. Mais subsídios de arrendamento, para famílias carenciadas. 9. Mais bolsas de estudo porque torna-se muito difícil para os estudantes pagar escola e casa. 10. Mais formação no emprego, para que exista mais profissionalidade e daí mais segurança. 11. Melhoria no acesso à saúde, mais ambulâncias, mais hospitais públicos, mais médicos e enfermeiros. 12. Acções para melhoria de hábitos alimentares, a falta de tempo leva muitas pessoas a comerem fast-food. 13. Mais investimento nos Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha e em creches públicas. 7
A Vida no Campo Evidências Ambiente; Muita diversidade de flora e fauna. Profissões; Pouca diversidade. Habitação; Casas antigas com poucas condições. Cultura; Muita tradição. Saúde; Poucas infoestruturas. Associativismo; Quase todas as vilas e aldeias têm Associações. Emprego; Pouco. Educação; Poucas escolas. Conciliação entre família e emprego; Muito tempo com a família. Socialização: Muita desertificação populacional. Vantagens Ambiente; Muita biodiversidade e pouca poluição e quase não existe poluição sonora. Profissões; Normalmente as pessoas herdam o negócio dos pais que já vai de gerações e é rentável, caso da cortiça, madeira, medronho, gado entre outros. Habitação; Casas rurais ao pé da Natureza. Cultura; Muito vocacionada para as tradições regionais, passando muito pela gastronomia, dança, música e artesanato, cultivando assim os valores culturais. Saúde; Uma vida mais saudável pela boa alimentação e convívio com a pouca poluição. Serviços; Pouco tempo de espera por existir pouca população. Associativismo; A existência de Associações de Caça, Bombeiros, Cooperativas Agrícolas, Desvantagens Ambiente; Muita indústria pecuária a largar dejectos para os fluxos de água. Profissões; Pouca oportunidade de arranjar trabalho na profissão que se deseja. Habitação; Casas remotas dos centros urbanos. Casas com poucas condições. Cultura; Poucos ou nenhuns museus, cinemas, teatros e complexos desportivos. Saúde: Centros de saúde por vezes remotos. Serviços; Inexistência de alguns serviços o que leva à deslocação, difícil por vezes por existirem poucos meios de transporte. Inexistência de serviços de 24 horas. Associativismo; poucas associações o que leva à solidão e a uma vida monótona. Emprego; Pouco emprego, a base é mais 8
Paróquias, que ajudam e dão companhia. Emprego; Muita pecuária e agricultura o que garante a subsistência das famílias. Educação; Escolas com pouca marginalidade. Conciliação entre família e emprego; As relações são mais fortes e existe mais tempo para a família. Socialização: Muita amizade e confiança. agricultura. Educação; Poucas escolas, poucos alunos. A inexistência de escola nas aldeias obriga as crianças a levantarem-se por vezes às 6 da manhã. Edifícios com poucas condições. Conciliação entre família e emprego; Inexistência de estruturas de apoio à família. Socialização: Invasão da privacidade. Conclusão A vida no campo é mais saudável que na cidade, mas carece muito de oportunidades de formação e de emprego, especialmente para os jovens, o que leva por vezes à desertificação destes lugares. É importante dinamizar as zonas rurais sem as destruir, aproveitando pois o que de melhor existe nelas, a fauna e a flora, construindo sítios onde a natureza humana e animal conviva. Só desta maneira é que preservaremos o que de melhor temos. Cultivar tanto a cultura como os solos que cada vez mais estão levados ao abandono é uma prioridade. E acima de tudo não deixar que as indústrias químicas destruam em pouco tempo o que demorou milhões de anos a ser criado pelas mãos da Natureza. Urbanismo Segurança Acção social Educação Transportes Habitação Emprego Saúde Associativismo Aspectos a melhorar Acções de melhoria 1. Melhor planeamento urbanístico, melhorando os cursos de água, melhorando também os acessos para pedestres, transportes e deficientes, preservar e reconstruir o património. 2. Mais acções de sensibilização a respeitam à desertificação populacional. 9
3. Mais acções sociais para os idosos e deficientes que carecem de companhia e ajuda. 4. Mais meios de transporte públicos para facilitar o acesso aos centros urbanos. 5. Mais produção de energia por meios renováveis e construção de ETARES. 6. Mais segurança florestal para prevenir crimes ambientais e pessoais. 7. Mais recolha de resíduos e reciclagem. 8. Mais subsídios de arrendamento, para famílias carenciadas. 9. Criação de escolas profissionais que tenham como objectivo dinamizar as potencialidades das zonas verdes. 10. Mais formação no emprego, para que exista mais profissionalidade e daí mais segurança. 11. Melhoria no acesso à saúde, mais ambulâncias, mais centros de saúde e serviços de urgências, mais médicos e enfermeiros. 12. Mais investimento nos Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha e em creches públicas. Reflexão: Este exercício foi muito agradável de realizar. São temas muito interessantes dos aspectos da vida e é sempre importante compreender o lado bom de viver na cidade e o lado bom de viver no campo. Não senti muitas dificuldades ao realizar este trabalho, para além disso contei com a ajuda do Miguel que tem sempre um ponto de vista diferente do meu. Também ao realizar este trabalho reflecti sobre vários problemas da sociedade, esta reflexão foi mais à imagem dos problemas que existem em Portugal, mas que não deixam de ser comuns ao Mundo. Todas estas comparações a respeito destes dois estilos de vida levaram à conclusão que defendo quase desde sempre, que temos que preservar a nossa Identidade cultural e ambiental. Afinal de contas se não formos nós a fazê-lo quem o fará? Trabalho Elaborado por: Tomé e Miguel, 21 de Setembro 2010 10