COP-15 Matriz Energética Desafios do Crescimento Econômico Porto Alegre, 13 de Outubro de 2010
7.000 6.000 6.084 5.279 Mt. CO2 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Estados Unidos China União Européia (27) 4.151 1.750 1.239 1.221 Rússia Índia Japão Alemanha Canadá 842 610 560 496 479 473 457 416 Reino Unido Iran México Itália Coréia do Sul Fonte: Climate Analysis Indicators Tool (CAIT) Version 6.0. (Washington. DC: World Resources Institute. 2009). 415 Austrália Ucrânia Indonésia França 408 402 349 348 Brasil Espanha África do Sul 343 Nota: Dados referentes ao ano de 2005
ESTRUTURA DA OFERTA DE ENERGIA NO BRASIL x NO MUNDO (tep & %) Fonte: Ministério de Minas e Energia (MME) -2009
ESTRUTURA DA OFERTA DE ENERGIA NO BRASIL ANOS 2008/2009 (tep) Fonte: Ministério de Minas e Energia (MME) -2009
ESTRUTURA DA OFERTA DE ENERGIA NO BRASIL ANOS 2008/2009 (CONT...) Na tabela comparativa composição da Oferta Interna de Energia de 2009 e 2008, se observa: Um crescimento da participação das fontes renováveis de energia; A demanda total de energia recua 3,5%, as fontes renováveis recuam apenas 0,9%; O item outras renováveis apresenta um acréscimo de 10,2%,sobre 2008, devido ao aumento de 38% da produção de biodiesel e da da geração eólica e do uso de lixívia na produção de celulose.
MATRIZ DE CONSUMO FINAL DE ENERGIA por SETOR (% e tep) 100% 90% 80% 70% 6,8 9,6 7,8 19,3 31,2 34,7 10,8 USO NÃO- ENERGÉTICO OUTROS SETORES 60% 50% 28,4 7,5 8,1 SETOR ENERGÉTICO 40% 30% 30,4 21,3 TRANSPORTE 20% 10% 34,7 21,4 28,1 INDÚSTRIA 0% BRASIL 2009 OECD 2007 OUTROS 2007 Fonte: Ministério de Minas e Energia (MME) -2009 225,2 4.119 4.436 milhões tep
MATRIZ DE CONSUMO INDUSTRIAL DE ENERGIA por FONTES (% e tep) Fonte: Ministério de Minas e Energia (MME) -2009
MATRIZ DE CONSUMO DE ENERGIA EM TRANSPORTES POR FONTES(% e tep) Fonte: Ministério de Minas e Energia (MME) -2009
COMPARAÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA POR GRUPOS DE PAÍSES E TIPO DE ATIVIDADE.(*) (EM %) Região/País Energia Transporte Processos industriais Agricultura LULUCF (**) Lixo Total Mundo 48,8 11,8 3,4 13,8 18,6 3,6 100 Anexo I 63,3 18,6 3,6 8,2-6,2 100 Não-Anexo I 36,9 6,1 3,2 15,6 35,1 3 100 China 64,6 4,6 7,9 21,4-1 2,5 100 Índia 52,3 6,8 3,5 34,8-2,2 4,8 100 Indonésia 7,9 2 0,5 4 83,6 1,9 100 Coréia do Sul 68,8 17,5 9,2 2,8 0,2 1,6 100 Brasil 8,8 5,7 1,5 20,1 62 1,8 100 México 50,5 16,6 3,5 8,2 15,8 5,3 100 África do Sul 73,7 9,6 2,7 10,7 0,5 2,9 100 Fonte:SOUSA, Eduardo Leão. Etanol: Desafios e Oportunidades nos Mercados Nacional e Internacional. (*) Os dados referentes ao Brasil são do inventário publicado em 2004 (**)Mudança no uso do solo. Fonte: Economia & Energia
BRASIL- AÇÕES PARA MITIGAÇÃO DE EMISSÕES ATÉ 2020 (1.000t CO 2 equiv) Ações de Mitigação (NAMAs) 2020 (tendencial) Amplitude da redução 2020 (mi tco2) Proporção de Redução Uso da terra 1084 669 669 24,7% 24,7% Red Desmatamento Amazônia (80%) 564 564 20,9% 20,9% Red Desmatamento no Cerrado (40%) 104 104 3,9% 3,9% Agropecuária 627 133 166 4,9% 6,1% Recuperação de Pastos 83 104 3,1% 3,8% ILP - Integração Lavoura Pecuária 18 22 0,7% 0,8% Plantio Direto 16 20 0,6% 0,7% Fixação Biológica de Nitrogênio 16 20 0,6% 0,7% Energia 901 166 207 6,1% 7,7% Eficiência Energética 12 15 0,4% 0,6% Incremento do uso de biocombustíveis 48 60 1,8% 2,2% Expansão da oferta de energia por Hidroelétricas 79 99 2,9% 3,7% Fontes Alternativas (PCH, Bioeletricidade, eólica) 26 33 1,0% 1,2% Outros 92 8 10 0,3% 0,4% Siderurgia substituir carvão de desmate por plantado 8 10 0,3% 0,4% Total 2703 975 1052 36,1% 38,9%
CARACTERÍSTICAS DA MATRIZ DE OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA ü A matriz elétrica brasileira está estruturada com uma participação de geração hidroelétrica na ordem de 77%. ü Esta matriz tem como base a existência de centrais hidroelétricas com grandes reservatórios que estocam água em períodos de chuva permitindo a sua conversão em energia elétrica no período seco do ano. üsão estes reservatórios que possibilitam uma oferta regular de energia elétrica ao longo de todo ano, mesmo com um regime hidrológico irregular. üembora ainda existam mais de 150 GW de recursos hídricos a serem explorados, a maior parte deste potencial se localiza na Região Norte do país. ücomo a Região Norte é geograficamente plana, haverá uma limitação para construção de grandes reservatórios, ocasionando uma crescente redução da capacidade de regularização da oferta de energia elétrica. üesta redução da capacidade de regularização da oferta de energia associada à demanda crescente por energia elétrica torna necessária a diversificação da matriz energética brasileira, com a inserção de outras fontes aptas para operarem na base do sistema no período seco do ano. üa inserção destas novas fontes configura uma transição da matriz elétrica brasileira de uma estrutura hídrica para uma composição hidrotérmica.
PLANO DECENAL DE EXPANSÃO- 2010/2019- GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA O Plano Decenal Expansão, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética(EPE) na área de geração de Energia Elétrica adotou as seguintes diretrizes e premissas: Necessidade de planejar o fornecimento de EE priorizando as energias renováveis; Destacamente a energia eólica devido ao custo da mesma já se apresentar competitivo, frentes as demais, nos últimos leilões realizados atualmente (R$148/MWh); O desenvolvimento da s usinas eólicas,de biomassa e PCH s consideram o potencial econômico e posição geográfica das mesmas, em cada região do país. Em função da disponibilidade fontes de potencial hídrico e de energias renováveis, com os respectivos custos de geração, não foram previstos projetos termoelétricos além dos já contratados ou em construção. O acréscimo de fonte de energia nuclear será somente ao referente a usina de Angra 3, prevista para entrar em operação e m 2015.
PDE- 2010/2019- ACRÉSCIMO DE CAPACIDADE INSTALADA TERMELÉTRICA
PDE- 2010/2019- ACRÉSCIMO DE CAPACIDADE INSTALADA CONTRATADA & PLANEJADA
EVOLUÇÃO CAPACIDADE INSTALADA POR FONTE DE GERAÇÃO(MW)- PDE 2019 Fonte: EPE
EVOLUÇÃO CAPACIDADE INSTALADA POR FONTE DE GERAÇÃO(MW)- PDE 2019 A tabela anterior indica o planejamento do Setor Elétrico para os anos de 2010-2019, elaborado pela EPE- Empresa Pesquisa Energética, nele podemos verificar que ao longo do período: Aumento de 100% da capacidade de geração com óleo combustível, gás natural e carvão; Aumento de 50% capacidade de geração com hidroeletricidade( UHE e PCH); Aumento de 100% na capacidade de geração com biomassa e eólica. No ano de 2019 a parcela de produção de fonte hídrica na composição da matriz de energia elétrica sofrerá redução dos atuais 77% para cerca de 74%; A parcela de produção de fonte térmica mantêm a participação de 15% que possui hoje ; E a parcela de energia renováveis, energia eólica e biomassa, aumenta a sua participação em 40%, passando dos atuais 6% para 8,6%. Até 2019 o Brasil manterá a mesma matriz de geração de energia elétrica, sendo que parcela da energia de fonte hídrica será substituída por energia de fonte eólica ou biomassa.
EMISSÕES DE CO 2 POR FONTE DE GERAÇÃO (kg/mwh) Fonte de Energia Emissão de CO 2 Gás Natural (ciclo aberto) 440 Gás Natural (ciclo combinado) 400 Óleo 550 Carvão 800 Hidroelétrica 25 Eólica 28 Fonte: União Européia (2006). A tabela acima ilustra com clareza que: ünão haverá impacto positivo na redução das emissões de CO 2 a maior presença de usinas eólicas/biomassa com a retirada equivalente de usinas de fonte hídrica ; üpode se esperar uma maior quantidade de emissão de CO 2 em razão da maior quantidade de MWh gerados por termelétricas, em especial na região Nordeste.
EMISSÕES DE CO 2 POR FONTE DE GERAÇÃO (kg/mwh) Fonte de Energia Emissão de CO 2 Gás Natural (ciclo aberto) 440 Gás Natural (ciclo combinado) 400 Óleo 550 Carvão 800 Hidroelétrica 25 Eólica 28 Fonte: União Européia (2006). A tabela acima ilustra com clareza que: ünão haverá impacto para redução das emissões de CO 2 a maior presença de usinas eólicas/biomassa com a retirada equivalente de usinas de fonte hídrica; üpode se esperar uma maior quantidade de emissão de CO 2 em razão da maior quantidade de MWh gerados por termelétricas, em especial na região Nordeste.
POTENCIAL DE EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA (Valores Médios)
EFICIÊNCIA N. Segmento Econômico ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS DE ALTA Medida de Eficiência Custo Energia Poupada US$/kW h Potencial de Economias TW h/ano 1 COM Refrigeração mais Eficiente 0,004 3,0 2 IND Fornos/caldeiras mais Eficientes 0,011 7,5 3 COM Condicionador de Ar mais Eficiente 0,012 5,6 4 RES Bomba de Calor para AQS 0,013 3,4 5 IND Motores mais Eficientes 0,014 5,8 6 IND Medidas de Manutenção 0,015 15,6 7 IND Processos Eletrolíticos mais eficientes 0,016 2,8 8 IP Substituição de Lâmpadas Incandescentes 0,016 0,3 9 COM Equipamentos mais eficientes para fluorescentes 0,019 9,3 10 IND Iluminação mais eficiente 0,024 2,7 11 IP Adequação de Lâmpadas e Reatores 0,025 2,6 12 RES Lâmpadas Incandescentes mais eficientes 0,027 1,1 13 RES Condicionador de Ar mais Eficiente 0,027 2,4 14 RES Refrigeração mais Eficiente 0,029 13,1 15 RES Freezers mais Eficientes 0,029 2,8 16 IP Substituição de Lâmpadas Vapor de Mercúrio 0,030 3,4 17 RES Controle para chuveiros elétricos 0,031 4,0 18 COM Substituição Fluorescentes normais/compactas 0,036 9,3 19 IND Controle de Velocidade para motores 0,042 9,9 20 RES Substituição Fluorescentes normais/compactas 0,044 6,5
US$/kWh ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS DE ALTA EFICIÊNCIA Gráfico da Oferta de Conservação de Eletricidade em 2010 no Brasil - Cenário de Implementação de Tecnologias Avançadas 0,042 19 20 0,036 18 0,029 0,024 14 17 0,019 0,015 0,011 2 3 4 5 6 7 9 0,004 1 3,0 10,5 25,3 40,9 53,3 62,1 75,2 85,4 94,7 111,1 TWh/Ano Fonte: Geller, H. O Uso Eficiente da Eletricidade: Uma Estratégia de desenvolvimento para o Brasil, 1994
ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS DE ALTA EFICIÊNCIA As tabelas e gráfico anterior ilustra que: ühá um potencial de redução no consumo de energia na faixa de 4 a 18% na indústria; ühá um potencial de redução no consumo de energia na faixa de 7 a 12% na área de serviços; üas tecnologias de alta eficiência estão disponíveis e a custos competitivos com os custos de geração de energia; ühá um potencial de redução no consumo de energia equivalente a 10% que representa cerca de 40GWh/ano e uma redução de 3.200 toneladas de CO 2 equivalentes; üno período de 2010 a 2019 há um potencial de redução de 28.800 toneladas de CO 2 equivalentes com eficiência energética. üo valor acima é quase o dobro do valor máximo para mitigação prometido pelo Brasil no documento do COP-15 com eficiência energética.
OBRIGADO