AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2013-2014 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. CORREIA MATEUS RESPOSTA AO CONTRADITÓRIO ANÁLISE DO CONTRADITÓRIO Realizada a Avaliação Externa nos dias 17 a 20 de fevereiro de 2014, foi remetido o respetivo Relatório ao Agrupamento o qual, em sede de contraditório, vem afirmar que não foi informado das condições de avaliação e sublinhar algumas evidências do trabalho realizado, com base nos quais pretende que seja reapreciada a classificação atribuída. Em síntese, o Agrupamento alega o seguinte: 1. Parte preambular do contraditório O Agrupamento vem dizer que: RESPOSTA O Agrupamento recebeu uma mensagem eletrónica do Senhor Inspetor-Geral de Educação e Ciência no dia 09.10.2013, onde, entre outras informações, se dá conta do enquadramento legal da avaliação externa e da possibilidade de obtenção de informação adicional sobre a mesma através da consulta da página da IGEC na internet. Recebeu, também, no dia 14.11.2013, através de mensagem eletrónica do Senhor Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial do Centro da IGEC, um convite para participar numa reunião no dia 05.012.2013 ( ) com o objetivo de apresentar o modelo de avaliação externa (2.º ciclo) e esclarecimento de eventuais dúvidas. O senhor diretor do, ou alguém por si designado, não compareceu nesta reunião. Durante a visita ao Agrupamento, que incluiu, na Sessão de Apresentação, uma sinopse da atividade por parte da equipa de avaliadores, não foram evidenciadas dúvidas sobre o processo de avaliação externa. 1
Considera-se, assim, que o Agrupamento teve ao seu alcance a possibilidade de se informar e de esclarecer todas as suas dúvidas referentes à Avaliação Externa das Escolas. 2. Caracterização do Agrupamento RESPOSTA Desconhece-se a existência oficial de uma estrutura com a designação referida pelo Agrupamento, designadamente no âmbito do quadro legal vigente. De acordo com a lista de unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita no ano escolar de 2013-2014, divulgada pela Direção-Geral de Educação em http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaoespecial/index.php?s=directorio&pid=40, o Agrupamento possui duas unidades de apoio especializado. Assim, a equipa entende que nada há a retificar no relatório quanto a este ponto. 3. Domínio Resultados campo de análise: Resultados Académicos Sobre esta matéria, o Agrupamento alega que: 2
Na sua avaliação, a equipa teve em consideração o contexto do Agrupamento, incluindo os aspetos ora referidos no contraditório. Não considera, portanto, justificável qualquer alteração ao texto do relatório. 4. Domínio Resultados campo de análise: Resultados Sociais No campo de análise Resultados Sociais, o Agrupamento refere que: RESPOSTA Relativamente a esta matéria importa recuperar o que, em sede de relatório, se afirma a propósito do comportamento dos alunos: Neste domínio, a falta de harmonização dos critérios de avaliação pedagógica ao nível das diferentes disciplinas/departamentos curriculares e de uma aplicação mais uniforme pelos docentes das normas de conduta dentro das salas de aula não favorecem a interiorização e o respeito das regras de convivência em espaço escolar. (nossos grifos). Assim, parece-nos clara a relação entre a falta de harmonização de critérios e de aplicação de regras comuns de atuação das equipas pedagógicas (v.g. conselhos de turma), e a melhoria do comportamento dos alunos. Desta forma a equipa entende nada alterar ao texto inicial. 5. Domínio Resultados campo de análise: Reconhecimento da Comunidade Neste campo o Agrupamento vem dizer: 3
De facto, na resposta ao inquérito por questionário, levado a cabo pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência, 83,8% dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos assinalam concordar (45%) ou concordar muito (38,8%) com a questão: Conheço os critérios de avaliação, bem como concordar (42,6%) ou concordar muito (44,2%) com a questão: Conheço as regras de comportamento da Escola. Porém a questão levantada pela equipa vai para além do mero conhecimento, pelos alunos, dos critérios de avaliação ou das regras de comportamento, situando-se ao nível da interiorização e cumprimento das mesmas; isto é, ao nível do resultado/desempenho dos alunos. Resultado que, pode afirmar-se, não satisfaz os trabalhadores docentes e não docentes (vide campo de análise Reconhecimento da Comunidade) e que é consistente com a apreciação dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos relativamente ao item do questionário da IGEC Nas aulas há um ambiente de tranquilidade e respeito : apenas 34,2% afirma concordar (26,4%) ou concordar totalmente (7,8%) com esta afirmação. A equipa de avaliadores reconhece, no relatório, a existência de uma estratégia neste âmbito por parte do Agrupamento (parágrafo 2.º do campo de análise). A referência à harmonização dos critérios de avaliação pedagógica, ora questionada, sinaliza tão-somente uma área suscetível de melhoria tendo em vista a criação de climas mais favoráveis à aprendizagem. Desta forma, entende-se manter na íntegra o texto original. 6. Domínio Prestação do serviço educativo campo de análise: Práticas de Ensino O Agrupamento vem expor como segue: 4
A equipa de avaliadores reconhece a existência de alguns procedimentos de acompanhamento e supervisão da prática letiva referidos, registando-os no corpo do relatório (vide campos de análise do domínio 2), os quais teve em conta na formulação dos juízos avaliativos e na ponderação final das classificações atribuídas. O Agrupamento refere que o coordenador, sempre que necessário, garante igualmente a supervisão das aulas dos docentes do seu departamento. Ora, na avaliação da equipa, o trabalho realizado ao nível da qualidade do planeamento educativo e a aposta em medidas globais de promoção do sucesso escolar poderia traduzir-se em melhores aprendizagens e resultados (v.g. provas finais nacionais de Português). A sinalização, no relatório, de um reforço do acompanhamento e supervisão da prática letiva não deve ser interpretada como uma exigência legal (como evoca o Agrupamento), mas sim como uma área do trabalho escolar suscetível de melhoria (entre outras), tendo em vista potenciar, nomeadamente, as aprendizagens e os resultados dos alunos. O texto do relatório, julgamos, não deixa dúvidas sobre o sentido e alcance desta asserção: O acompanhamento e a supervisão da prática letiva são insuficientes tendo em conta, por um lado, o esforço realizado ao nível da qualidade do planeamento educativo e a aposta em medidas globais de promoção do sucesso escolar e, por outro lado, os resultados que têm sido alcançados. A inexistência de procedimentos regulares de observação de aulas fragiliza a estratégia do Agrupamento neste campo, diminuindo a capacidade efetiva de regulação das práticas docentes tendo em vista o seu desenvolvimento profissional e a superação de fragilidades na aprendizagem dos alunos. A equipa mantém, assim, a sua posição e o texto inicial. 7. Pontos Fortes e Áreas de Melhoria O Agrupamento vem argumentar que: 5
Na redação das áreas de melhoria os avaliadores tiveram em conta a necessidade de identificar de forma clara os aspetos suscetíveis de aperfeiçoamento mais relevantes para o progresso do Agrupamento sem, contudo, lhes conferir um cariz prescritivo ou excessivamente circunscrito, de modo a permitir a adoção de diferentes soluções pelo Agrupamento. Assim, a equipa considera ajustado o que sobre a matéria fez constar do projeto de relatório, nada tendo a alterar no mesmo. 8. Conclusão Por fim, o Agrupamento apresenta ainda a seguinte síntese: 6
Sobressai do exposto pelo Agrupamento o argumento de que (...) a classificação obtida não traduz o empenho de todos os atores ( ), não estando a ser devidamente reconhecido pela sua tutela. e que ( ) estamos em crer que foram reunidas as evidências necessárias de boas práticas ( ). Ora, o quadro de referência definido para o 2.º ciclo da avaliação externa fixa uma forte relação entre os resultados escolares e as classificações a atribuir na avaliação externa, relação esta que se reflete de uma forma clara nos descritores da escala de avaliação. Conforme expresso na parte final do ponto 3.1 do relatório, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O referido empenho dos atores e a existência de boas práticas, reconhecidas pela equipa de avaliadores e abundantemente ilustradas no relatório, ainda não se traduziu em melhores aprendizagens e resultados de forma a alcançar um patamar acima do esperado e, deste modo, justificar uma classificação do Agrupamento superior à atribuída. CONCLUSÃO 1. Parte preambular do contraditório Considera-se que o Agrupamento teve ao seu alcance a possibilidade de se informar e de esclarecer todas as dúvidas referentes ao processo de Avaliação Externa das Escolas. 2. Caracterização do Agrupamento Os elementos constantes do relatório estão de acordo com a informação disponibilizada pela Direção- Geral de Educação, nada havendo a retificar. 7
3. Resultados Atentos aos critérios que norteiam o processo de Avaliação Externa das Escolas não se reconhece fundamento sólido no contraditório do Agrupamento, para alterar a classificação de Bom atribuída no domínio dos Resultados. 4. Prestação do Serviço Educativo O conteúdo do relatório de avaliação não é posto em causa pelo Agrupamento, pelo que não há lugar à alteração na classificação de Bom atribuída no domínio Prestação do Serviço Educativo. 5. Liderança e Gestão Não ressaltando qualquer debilidade que seja apontada pelo contraditório, não se justifica a alteração ao teor do Relatório e, por conseguinte, à classificação de Bom atribuída neste domínio. Área Territorial de Inspeção do Centro 17-07-2014 A Equipa de Avaliação Externa: Mª Conceição Prata, Branco Silva e José Brites Ferreira 8