CARACTERIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS FORMAIS



Documentos relacionados
Municípios de TOCANTINS 56% Municípios de TOCANTINS que não participaram do mapeamento

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Termo de Referência INTRODUÇÃO E CONTEXTO

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC. Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC)

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

BASE DE DADOS GEOGRÁFICOS - Mosaico Landsat 8 - Ano

BASE DE DADOS GEOGRÁFICOS - Mosaico Landsat 5 - Ano

Capacitação para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE Vaga

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Etapas para a Elaboração de Planos de Mobilidade Participativos. Nívea Oppermann Peixoto, Ms Coordenadora Desenvolvimento Urbano EMBARQ Brasil

CECAD Consulta Extração Seleção de Informações do CADÚNICO. Caio Nakashima Março 2012

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI N , DE 17 DE JANEIRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes

PROJETO DE PESQUISA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM COMO APOIO AO ENSINO SUPERIOR EM IES DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS ESTADO DA BAHIA

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Plano Plurianual

Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

CARTA DO PARANÁ DE GOVERNANÇA METROPOLITANA

PROGRAMA BOM NEGÓCIO PARANÁ- APOIO AO EMPREENDEDORISMO AVALIAÇÃO DO NÚCLEO MARINGÁ

Edital 1/2014. Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica

RELATÓRIO DE GESTÃO PROGRAMA: ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO- (0512)

PROJETO LAVOURA COMUNITÁRIA

Programas Abril de 2013

ELABORAÇÃO DE PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO MEIO RURAL DO MUNICÍPIO DE JAÚ -SP

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças.

PROJETO IICA/BRA/09/005 TERMO DE REFERÊNCIA: MODALIDADE PRODUTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº D, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Diagnóstico de oportunidades de quebra de barreiras para acesso às políticas públicas da Agricultura Familiar em São Félix do Xingu, Pará.


FICHA PROJETO - nº 075-MA

Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

TERMO DE REFERENCIA. Programa Pernambuco: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher

DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS

Capacitação de Recursos Humanos para o Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional

A Política de Meio Ambiente do Acre tendo como base o Zoneamento Ecológico. gico-econômico

DECRETO N 037/2014. O Prefeito Municipal de Santa Teresa Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais,

Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade PROBIO II AÇÕES DO MMA

Programa Amigo de Valor FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA DE APOIO PARA O DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DA SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CARTA DE SERVIÇOS AO CIDADÃO. Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização GESPÚBLICA

Planejamento Turístico para Promoção do Turismo de Base Comunitária: experiências no Amazonas e no Pará

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PROGRAMAS E PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO NO PÓLO DO CANTÃO

Planejando a Próxima Década. Alinhando os Planos de Educação

Escola de Gestão Pública de Palmas em novas instalações

Ações para o turismo de base comunitária na contenção da degradação do Pantanal

RELATÓRIO DAS OFICINAS SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA

Nota Técnica n o 101/2005 SRC/ANEEL. Em 16 de setembro de 2005.

Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar a função de Gerente de Projetos Pleno.

I. Elaborar, planejar, organizar e implementar aulas de Matemática baseadas na proposta metodológica da Matemática Realística;

Portal dos Convênios - Siconv. Disponibilização de Programas. Manual do Usuário Versão 2

A. Critérios para Avaliação e Aprovação de Cursos Novos de História

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável

Notas técnicas. Objetivo

PROPOSTAS DO III SEMINARIO SUL BRASILEIRO DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL GRUPO DE TRABALHO PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O TURISMO RURAL

PROGRAMA DE INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DE VALOR (ICV)

Metodologia. Quais são as informações disponíveis?

ANEXO I ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS FIA Cada projeto deve conter no máximo 20 páginas

SEMINÁRIO. Agricultura Familiar no Amazonas: Desafios para Inovação e Sustentabilidade. 25 a 27 de novembro de Felipe Santos da Rosa

Atribuições do órgão conforme a Lei nº 3.063, de 29 de maio de 2013: TÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

GUIA DE ARGUMENTOS DE VENDAS

INVENTÁRIO DAS FONTES POLUIDORAS/CONTAMINANTES DOS RECURSOS VIVOS MARINHOS DO BRASIL

INC.EM.T.IVA Católica

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

DOCUMENTO TÉCNICO DO PROJETO

TERMO DE REFERENCIA PARA COMPILAÇÃO E MAPEAMENTO DE IMOVEIS RURAIS

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC

TERMO DE REFERENCIA Nº 04

TERMOS DE REFERÊNCIA

Monitoramento e assessoria técnica para ações de saneamento básico

MODALIDADES ALTERNATIVAS DE CENSOS DEMOGRÁFICOS: DISTRIBUIÇÃO DAS AGÊNCIAS

Compilar, organizar e disponibilizar os resultados das pesquisas científicas sobre a Unidade de Conservação;

SESI. Empreendedorismo Social. Você acredita que sua idéia pode gerar grandes transformações?

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE TELES PIRES

Recepção aos Gestores Municipais Eleitos e Reeleitos Uma parceria entre a CAIXA e os Municípios

Harmonização entre Demanda e Oferta de Cursos Técnicos de Nível médio Orientações às CREs

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE GESTÃO, ARTICULAÇAO E PROJETOS EDUCACIONAIS

5.2. Programa de Mobilização e Desmobilização da Mão de Obra. Revisão 00 NOV/2013

Estratégias para a implantação do T&V

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

Etapa 01 Proposta Metodológica

UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL


EDITAL DE ABERTURA 07/2015 PARA INSCRIÇÕES E SELEÇÃO CURSO DE ELABORAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO INSTITUCIONAL

EDITAL DE COMPOSIÇÃO DO COMITÊ GESTOR DO PROGRAMA MUNICIPAL DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA UFMG

REGULAMENTO DO LABORATÓRIO INTEGRADO DE DESIGN E ENGENHARIA DE PRODUTO - LIDEP

Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO PROJETO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA - BICO DO PAPAGAIO - ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO CARACTERIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS FORMAIS SÉRIES ZEE - TOCANTINS / BICO DO PAPAGAIO / Caracterização das Org. Sociais Formais - NORTE DO ESTADO DO TOCANTINS - Palmas 2003

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Marcelo de Carvalho Miranda Governador Luiz Inácio Lula da Silva Presidente Raimundo Nonato Pires dos Santos Vice-Governador José Alencar Gomes da Silva Vice-Presidente SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE Lívio William Reis de Carvalho Secretário Nilton Claro Costa Subsecretário Ricardo Ribeiro Dias Diretor de Zoneamento Ecológico-Econômico Belizário Franco Neto Diretor de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Glênio Benvindo de Oliveira Diretor de Orçamento Félix Valóis Guará Diretor de Planejamento Joaquín Eduardo Manchola Cifuentes Diretor de Pesquisa e Informações Ana Maria Demétrio Diretora de Administração e Finanças Eder Soares Pinto Diretor de Ciência e Tecnologia MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima Ministra SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DA AMAZÔNIA Jörg Zimmermann Secretário (substituto) SECRETARIA TÉCNICA DO SUBPROGRAMA DE POLÍTICAS DE RECURSOS NATURAIS Francisco José de Barros Cavalcanti Secretário Técnico PROGRAMA PILOTO PARA PROTEÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS DO BRASIL PPG-7 Alberto Lourenço Coordenação Geral Cooperação Financeira para o : União Européia - CEC Rain Forest Fund - RFT Cooperação Técnica: Departament for International Development - DFID Parceria: Banco Mundial

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO Projeto de Gestão Ambiental Integrada -Bico do Papagaio- Zoneamento Ecológico-Econômico Execução pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente Seplan, Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico DZE, em convênio com o Ministério do Meio Ambiente MMA, por meio do Subprograma de Política de Recursos Naturais SPRN / Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil PPG-7 CARACTERIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS FORMAIS - Norte do Estado do - TEXTO EXPLICATIVO ORGANIZADO POR Lindomar Ferreira dos Santos Rodrigo Sabino Teixeira Borges

CRÉDITOS DE AUTORIA TEXTO EXPLICATIVO Lindomar Ferreira dos Santos Rodrigo Sabino Teixeira Borges Coordenação editorial a cargo da Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico - DZE Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente - Seplan Revisão de Texto Waleska Zanina Amorim SANTOS, Lindomar Ferreira dos; BORGES, Rodrigo Sabino Teixeira. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan). Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Projeto de Gestão Ambiental Integrada da Região do Bico do Papagaio. Zoneamento Ecológico-Econômico. Caracterização das Organizações Formais do Norte do Estado do. Org. por Lindomar Ferreira dos Santos e Rodrigo Sabino Teixeira Borges. Palmas, Seplan/DZE, 2003. 90p., Ilust. Séries ZEE - / Bico do Papagaio / Caracterização das Organizações Sociais Formais. Executado pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan), por meio de convênio com o Ministério do Meio Ambiente. 1. Caracterização das Organizações Sociais Formais. 2. Zoneamento Ecológico- Econômico. 3. Gestão Territorial. 4. Norte do. Ilustrações. I.. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente. II. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico. III. Título. CDU 502.34:316.42 (811.7)

Palavra do Governador O meu governo, após ampla discussão com a sociedade, definiu como um dos seus macroobjetivos no PPA 2004-2007 o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, tendo como orientações básicas a redução das desigualdades regionais, a promoção de oportunidades à população tocantinense e a complementaridade com as iniciativas em nível nacional para os setores produtivo e ambiental na Amazônia Legal e no Corredor Araguaia-. Para o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, entre outras ações, temos conduzido a elaboração dos zoneamentos ecológico-econômicos e dos planos de gestão territorial para as diversas regiões do Estado. Estas ações permitem a identificação, mapeamento e descrição das áreas com importância estratégica para a conservação ambiental e das áreas com melhor capacidade de suporte natural e socioeconômico para o desenvolvimento das atividades e empreendimentos públicos e privados. Fico feliz em entregar à sociedade mais um produto relacionado ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Plano de Gestão Territorial da Região Norte do, e ratifico o meu compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população residente na referida área, pautado na viabilização de atividades e empreendimentos, na redução da pobreza e na conservação dos recursos hídricos e biodiversidade. Confio plenamente no uso das informações desta publicação e afirmo que o Estado do caminha, a passos largos, rumo a um novo estágio de desenvolvimento econômico e social, modelado pela garantia de boa qualidade de vida às próximas gerações. Marcelo de Carvalho Miranda Governador

A Word from the Governor My government, after a broad discussion with society, has defined as one of its macro objectives in the 2004-2007 PPA (Pluriannual Plan) the increase of the State s output with sustainable development, having as basic guidelines the reduction of regional inequalities, the promotion of opportunities to the people and the complement of the national level initiatives for the Legal Amazon and the Araguaia- corridor production and environmental sectors. To increase production with sustainable development, among other actions, we are setting up ecological-economic zoning and territorial management plans for the various State regions. These actions allow the categorizing, mapping and description of environmental conservation areas of strategic importance and of the areas with better natural and socioeconomic support capacity for carrying-out the public and private activities and enterprises. I m glad to bring forth another product of the Ecological-Economic Zoning and of the State North Region Territorial Management Plan, and confirm my commitment with the improvement of the region s people quality of life, centered on the feasibility of the activities and enterprises, in poverty reduction and in the preservation of the water resources and biodiversity. I fully endorse the use of the information of this booklet and am truly confident that the State is heading, with large steps, towards a new stage of economic and social development, designed to ensure the best quality of life to the next generations. Marcelo de Carvalho Miranda Governor

Apresentação O Governo do Estado do tem conseguido incorporar o segmento ambiental no planejamento e gestão das políticas públicas. Por meio do Zoneamento Ecológico-Econômico, considerado o ponto estratégico do Estado para possibilitar avanços no desenvolvimento econômico com conservação e proteção ambiental, a Seplan tem, eficientemente, gerado produtos que subsidiam a gestão do território tocantinense. Buscando aumentar a lista de produtos do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), disponíveis para a sociedade e os órgãos dos governos federal, estadual e municipal, apresento o estudo Caracterização das Organizações Sociais Formais do Norte do Estado do, o qual foi elaborado com recursos do Tesouro do Estado e do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), através do Ministério do Meio Ambiente e do Banco Mundial. O presente trabalho envolve uma série de informações levantadas pela equipe da Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico da Seplan nos trabalhos de identificação e caracterização dos principais agentes sociais do Norte do Estado do. O estudo apresenta e discute os dados sobre as organizações sociais formais segundo sua quantidade e localização das sedes; motivos de criação; estratégias de captação de recursos físicofinanceiros e capacitação dos associados; representatividade; e interesses predominantes, objetivos e planos futuros. O objetivo principal deste trabalho foi gerar informações em quantidade e qualidade suficientes para a elaboração do Plano de Gestão Territorial do Norte do Estado do. Sumarizando, o estudo ora apresentado supre parcialmente a carência de informações sócio econômicas sobre o norte do Estado e se traduz numa contribuição desta Seplan para a ampliação do conhecimento sobre as condições de vida do povo tocantinense e subsídio para o planejamento regional. Lívio William Reis de Carvalho Secretário do Planejamento e Meio Ambiente

Resumo Este relatório trata da caracterização das organizações sociais formais existentes no Norte do Estado do - área do Projeto de Gestão Ambiental Integrada da Região do Bico do Papagaio, fazendo parte dos trabalhos de levantamento, identificação e caracterização dos principais agentes que atuam na área em questão. O levantamento e identificação das organizações sociais formais foi realizado por meio de: i) consultas às diversas secretarias do governo do Estado, prefeituras municipais e entidades representativas da sociedade civil e da iniciativa privada, e; ii) entrevistas diretivas realizadas com informanteschave na área em estudo. Após cruzamento e consolidação destes dados, foi cadastrado um universo 329 organizações sociais formais, das quais 53 foram contactadas. A análise contempla dados sobre as organizações sociais formais segundo sua quantidade e localização das sedes; motivos de criação; estratégias de captação de recursos físico-financeiros e capacitação dos associados; representatividade; e interesses predominantes, objetivos e planos futuros.

Sumário LISTA DE FIGURAS...xiii LISTA DE QUADROS... xv LISTA DE TABELAS...xvii LISTA DE SIGLAS... xix 1 - INTRODUÇÃO...1 1.1 Apresentação...1 1.2 Localização e acesso...2 1.3 Material e base de dados...4 1.4 Metodos...4 1.4.1 Coleta dos dados primários...4 1.4.2 Coleta dos dados secundários...4 2 RESULTADOS E DISCUSSÕES...7 2.1 Dados obtidos nas consultas...7 2.1.1 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro)...7 2.1.2 Secretaria do Trabalho e Ação Social (Setas)...7 2.1.3 Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)...7 2.1.4 Banco de dados da Seplan/DZE...7 2.2 Quantidade e localização das sedes...8 2.2.1 Regiões Político-Administrativas e Áreas Programa...8 2.2.2 Municípios...10 2.3 Motivos de criação...12 2.4 Estratégias de captação de recursos físico-financeiros e capacitação de associados...13 2.5 Representatividade...16 2.6 Interesses predominantes, objetivos e planos futuros...19 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...25 xi

ANEXOS...27 Anexo I Organizações sociais formais identificadas...30 Anexo II Organizações sociais formais contactadas...46 Anexo III Índice de representatividade das organizações sociais formais...51 xii

Lista de Figuras 1 Localização da área do ZEE do Norte do Estado do... 3 2 Formulário para coleta de dados utilizado nos trabalhos de campo.... 6 3 Norte do Estado do : quantidade de organizações sociais formais identificadas segundo Regiões Político-Administrativas e Áreas Programa.... 9 4 Norte do Estado do : municípios classificados segundo intervalos de quantidade de organizações sociais formais identificadas... 11 xiii

xiv

Lista de Quadros 1 Norte do Estado do : classificação dos motivos/agentes de criação das organizações sociais formais por municípios segundo questionários aplicados... 14 2 Norte do Estado do : interesses predominantes das organizações sociais formais identificadas por municípios.... 22 3 Organizações sociais formais identificadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Araguatins... 29 4 Organizações sociais formais identificadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Augustinópolis... 31 5 Organizações sociais formais identificadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Tocantinópolis.... 34 6 Organizações sociais formais identificadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Xambioá.... 37 7 Organizações sociais formais identificadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Araguaína... 39 8 Organizações sociais formais identificadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Colinas do... 44 9 Organizações sociais formais contactadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Araguatins... 47 10 Organizações sociais formais contactadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Augustinópolis... 47 11 Organizações sociais formais contactadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Tocantinópolis... 48 12 Organizações sociais formais contactadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Xambioá... 48 13 Organizações sociais formais contactadas na Região Político-Administrativa e Área Programa de Araguaína... 49 xv

xvi

Lista de Tabelas 1 Norte do Estado do : quantidade de organizações sociais formais existentes em 2001 por Região Político- Administrativa e Área Programa... 8 2 Norte do Estado do : quantidade de organizações sociais formais existentes em 2001 e população residente por município... 12 3 Norte do Estado do : freqüência de motivos e/ou agentes de criação de organizações sociais formais segundo questionários aplicados... 14 4 Norte do Estado do : estratégias utilizadas pelas organizações sociais formais para a captação de recursos físico-financeiros segundo questionários aplicados... 15 5 Norte do Estado do : estratégias utilizadas pelas organizações sociais formais para capacitação dos associados segundo questionários aplicados... 15 6 Norte do Estado do : Número de organizações sociais formais, segundo o perfil de atuação, Região Político-Administrativa e município... 17 7 Norte do Estado do : valores máximos, médios e mínimos dos índices de representatividade das organizações sociais identificadas, segundo Região Político-Administrativa e município... 18 8 Norte do Estado do : percentual de organizações sociais formais com objetivos consistentemente definidos, segundo questionários aplicados... 19 9 Norte do Estado do : percentual de organizações sociais formais que manifestaram intenção de desenvolver novas atividades, segundo questionários aplicados... 19 10 Norte do Estado do : classificação das organizações sociais formais conforme a coerência entre objetivos atuais e planos futuros para o desenvolvimento de novas atividades, segundo questionários aplicados... 20 11 Norte do Estado do : classificação das organizações sociais formais a partir do cruzamento de informações sobre existência de objetivos consistentes e a coerência entre objetivos atuais e planos futuros para o desenvolvimento de novas atividades... 20 12 Índice de representatividade das organizações sociais formais na Região Político-Administrativa e Área Programa de Araguatins... 52 xvii

13 Índice de representatividade das organizações sociais formais na Região Político-Administrativa e Área Programa de Augustinópolis... 54 14 Índice de representatividade das organizações sociais formais na Região Político-Administrativa/Área Programa de Tocantinópolis... 57 15 Índice de representatividade das organizações sociais formais na Região Político-Administrativa e Área Programa de Xambioá... 61 16 Índice de representatividade das organizações sociais formais na Região Político-Administrativa/Área Programa de Araguaína... 63 17 Índice de representatividade das organizações sociais formais na Região Político-Administrativa e Área Programa de Colinas do... 66 xviii

Lista de Siglas APA-TO Alternativas para a Pequena Agricultura no CNPJ Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNS Confederação Nacional dos Seringueiros CPF Cadastro de Pessoas Físicas DZE Diretoria de Zoneamento Econômico-Ecológico GTA Grupo de Trabalho Amazônico FACIET Federação das Associações Comerciais e Industriais do FAET Federação da Agricultura do Estado do Fetaet Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do GPS Global Position System Ibama Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária MMA Ministério do Meio Ambiente Naturatins Instituto Natureza do PGAI Projeto de Gestão Ambiental Integrada PPG-7 Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Prodivino Instituto Social do Divino Espírito Santo RPA Região Político-Administrativa e Área Programa xix

RG Registro Geral Ruraltins Instituto de Desenvolvimento Rural do Seagro Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Sebrae Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Senar Serviço Brasileiro de Aprendizagem Rural Seplan Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente Setas Secretaria do Trabalho e Ação Social SIG Sistema de Informação Geográfica SPRN Subprograma de Políticas de Recursos Naturais ZEE Zoneamento Ecológico-Econômico xx

1 Introdução 1.1 - Apresentação O presente trabalho é resultado de uma das atividades do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) dentro do Projeto de Gestão Ambiental Integrada (PGAI) da Região do Bico do Papagaio, que pertence ao Subprograma de Políticas de Recursos Naturais (SPRN) - Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7). Este subprograma foi implementado através de convênio entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan). O Norte do Estado do, com uma estrutura produtiva predominantemente rural, tem sofrido profundas transformações nos últimos 50 anos, tendo como principais fatores de modificação a abertura da rodovia BR 153 (Belém-Brasília), a expansão da fronteira agrícola a partir do sudoeste do Maranhão e sudeste do Pará, a abertura da rodovia Trasamazônica e a grande expansão da pecuária extensiva principalmente a partir do norte goiano (HÉBETTE & ACEVEDO, 1979). Destaca-se nesse contexto a baixa renda da população e sua profunda relação de dependência com os governos estadual e municipal, os conflitos históricos pela posse da terra, os conflitos entre extrativistas e agropecuaristas, a presença de comunidades indígenas e a atuação de organizações internacionais, configurando-se um cenário com grande diversidade e contraposição de interesses. A participação social no ZEE do Norte do Estado do é resultado da interação entre as pessoas que gerenciam/executam os trabalhos técnicos e os agentes sociais, de modo a assegurar que a diversidade de interesses ali presente possa ser identificada e contemplada nas discussões em busca do consenso acerca das melhores formas de se promover o ordenamento e adequação de uso dos recursos naturais da região. Na prática a participação social permitirá a formulação de políticas públicas e ações da iniciativa privada, organizações sociais e agências internacionais de desenvolvimento mais coerentes com a realidade local, garantindo maior comprometimento da população com as mesmas e, consequentemente, a maximização dos seus impactos positivos e minimização dos seus impactos negativos ao longo dos anos. A estratégia adotada pela Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE) da Seplan para promover a participação social no ZEE-do Norte do Estado do envolve esforços de divulgação do processo de zoneamento ecológico-econômico, levantamento de dados, identificação e caracterização dos principais agentes sociais, participação em reuniões e eventos, além de cooperações técnicas para a capacitação da equipe da Seplan/DZE em trabalhos participativos. Como parte dos trabalhos de identificação e caracterização dos principais agentes sociais do Norte do Estado do, a Seplan/DZE realizou um trabalho de campo em maio de 1999 e três trabalhos de campo no período de outubro a novembro de 2000, os quais tiveram como objetivo precípuo subsidiar a caracterização das organizações sociais formais existentes na área delimitada para o ZEE do Norte do Estado do. Assim, o presente relatório apresenta e discute os 1

dados levantados nos trabalhos de campo, objetivando retratar a atual situação das organizações sociais formais 1 da área do PGAI da Região do Bico do Papagaio - Norte do Estado do - e recomenda outras ações para complementar a identificação e caracterização das diversas organizações que ali atuam. 1.2 - Localização e acesso A área em estudo tem cerca de 34.218km². Delimita-se a norte, no município de São Sebastião do, pela coordenada de 5º10'00" de latitude sul; a sul, no município de Bandeirantes do, pela coordenada de 8º25'00" de latitude sul; a oeste pelo rio Araguaia, no município de Pau D Arco, tendo por limite ocidental a coordenada de 49º20'20" de longitude oeste; e a leste pelo rio, no município de Tocantinópolis, tendo por limite oriental a coordenada de 47º 22' 40" de longitude oeste (Figura 1). Situada no norte do Estado do a área abrange os municípios de Aguiarnópolis, Ananás, Angico, Aragominas, Araguaína, Araguatins, Araguanã, Arapoema, Augustinópolis, Axixá do, Bandeirantes do, Buriti do, Cachoeirinha, Carmolândia, Carrasco Bonito, Darcinópolis, Esperantina, Itaguatins, Luzinópolis, Maurilândia do, Muricilândia, Nazaré, Palmeiras do, Pau D Arco, Piraquê, Praia Norte, Riachinho, Sampaio, Santa Fé do Araguaia, Santa Terezinha do, São Bento do, São Miguel do, São Sebastião do, Sítio Novo do, Tocantinópolis, Wanderlândia e Xambioá. O acesso terrestre, a partir de Palmas, se dá através de dois percursos. No primeiro, segue-se pela rodovia TO-080 até a cidade de Paraíso do e daí rumo norte pela BR-153 (Belém-Brasília), passando por Miranorte, Guaraí e Colinas do, 1 - No presente relatório o conceito de organização social formal corresponde às pessoas jurídicas de direito privado, constituídas sob a forma de associação, fundação ou sociedade civil sem fins lucrativos, cujos objetivos vinculam-se à implementação de ações de relevância social, notadamente nas áreas de geração de renda, mobilização social, proteção e preservação ambiental, ensino, desenvolvimento tecnológico e saúde. alcançando-se, então, Araguaína. Neste ponto, após haver percorrido-se aproximadamente 410km, adentrase na área em estudo. Na segunda opção, parte-se de Palmas pela rodovia TO-010 em direção à cidade de Lajeado, num trecho de 50km, donde se segue, após travessia do rio em balsa, por mais 21km até o município de Miracema do. Desta localidade, percorremse mais 21km pela rodovia TO-342 até Miranorte e daí rumo norte pela BR-153 até Araguaína, seguindo a mesma rota anterior. Na área do Plano de Gestão Ambiental Integrada da Região do Bico do Papagaio (PGAI-Bico do Papagaio) destacam-se as rodovias: BR-153 (Nova Olinda- Araguaína-Wanderlândia-Xambioá), BR-226 (Wanderlândia-Darcinópolis-Palmeiras do - Aguiarnópolis), BR-230 (São Paulo-Transaraguaiatrevo TO-134-Luzinópolis-Aguiarnópolis), TO-010 (Wanderlândia-Ananás-Povoado Trecho Seco-Natal- Transaraguaia-Araguatins-Buriti do -São Sebastião do ), TO-126 (Aguiarnópolis- Tocantinópolis-Maurilândia do -Itaguatins- Sítio Novo do -São Miguel do -Bela Vista), TO-134 (Darcinópolis-Angico-Luzinópolis-São Bento do -Axixá do ), TO-164 (Povoado Brasilene-Santa Fé do Araguaia- Muricilândia-Aragominas-Novo Horizonte-Carmolândia- Araguanã-Xambioá), TO-201 (Sítio Novo do - Axixá do -Augustinópolis-Buriti do - Vila -Esperantina-Pedra de Amolar), TO-210 (Ananás-Angico), TO-222 (Filadélfia-Araguaína-Novo Horizonte-Aragominas-Muricilânda-Santa Fé do Araguaia-Pontão), TO-230 (Bandeirantes do -Povoado Brasilene-Arapoema-Pau D Arco), TO-403 (Itaúba-Sampaio), TO-404 (Araguatins- Augustinópolis-Itaúba-Praia Norte), TO-415 (Palmeiras do -Pedra Vermelha-Santa Terezinha do -Nazaré), TO-416 (trevo BR-153-Riachinho- Ananás) e TO-420 (Piraquê-trevo BR-153). Partindo-se das rodovias estaduais e federais existe uma boa rede de estradas municipais e de fazendas.. 2

Figura 1 Localização da área do ZEE do Norte do Estado do 3

O transporte fluvial restringe-se a pequenas embarcações que trafegam pelos rios Araguaia e, apresentando apenas expressividade local. Com exceção de Araguatins e Araguaína, as sedes municipais aqui abrangidas possuem improvisados campos de pouso para pequenos aviões. Araguatins conta com pista pavimentada, mas com o transporte aéreo limitado à operação de táxis aéreos, enquanto Araguaína recebe vôos regionais das principais empresas de aviação comercial do país. 1.3 - Material e base de dados Para a realização do estudo de caracterização das organizações sociais formais da área do ZEE do Norte do Estado do, foram utilizados os seguintes dados e materiais - planos de informação de sistema viário, cobertura vegetal e uso da terra da base de dados do Zoneamento Econômico-Ecológico da Seplan, na escala 1:250.000; - mosaico de imagens do sensor ETM+ do satélite Landsat 7, composição colorida das bandas TM3(B), TM4(G) e TM5(R) em meio digital e impresso em papel sulfite, na escala 1:100.000, referente às órbita/ponto 222/64(24/07/1997), 222/65 (08/07/1997), 223/64 (28/05/1997), 223/65 (28/05/1997) e 223/66 (28/05/1997); - GPS marca TRIMBLE, modelo PRO-XR; - filmadoras e máquinas fotográficas para registro e coleta de dados e informações; - 150 cópias do formulário para coleta de dados, e; - Cadernos para anotações de campo. 1.4 - Métodos 1.4.1 - Coleta dos dados secundários Inicialmente foram feitas consultas nas diversas secretarias do governo do Estado, prefeituras municipais e entidades representativas da sociedade civil e da iniciativa privada, sobre a existência, em seus arquivos, de cadastros de organizações sociais com sede nos municípios de interesse para o ZEE do Norte do. Foram obtidos 2 arquivos em meio digital e 1 arquivo em meio analógico (papel). Nestes arquivos foram selecionados dados básicos (nome e localização da sede) das diversas organizaçoes sociais formais situadas nos municípios da área em questão, excluindo-se aquelas que possuiam informações inconsistentes. Finalmente, agregando-se estas informações com os dados já existentes na Seplan, criou-se um cadastro geral com 329 organizações sociais, contendo nome, formas de contato e município de localização, o qual encontra-se disponível no Anexo I (quadros 3 a 8). 1.4.2 - Coleta dos dados primários Ainda nas dependências da Seplan/DZE foram feitos contatos prévios por telefone com os informantes chaves das organizações sociais ou pessoas ligadas a estes, no intuito de agendar as reuniões e tomar todas as providencias necessárias à sua realização. No campo, os contatos com os informantes chaves foram estabelecidos de duas maneiras: i) diretamente pelos técnicos da Seplan/DZE e ii) mediados pelos técnicos dos escritórios locais do Instituto de Desenvolvimento Rural do (Ruraltins). Os dados primários foram coletados na área em estudo por meio de entrevista diretiva com os informantes chaves, realizadas nos meses de maio de 1999 e de outubro a novembro de 2000. O roteiro das entrevistas baseou-se em formulário estruturado na Seplan/DZE, apresentado na Figura 2, sendo preenchidas cópias dos formulários e feitas fieis transcrições de comentários. Nos intervalos entre as entrevistas foram discutidas e anotadas, pelos técnicos do Seplan/DZE, as impressões acerca das conversas realizadas sobre aspectos considerados relevantes para a consolidação do zoneamento ecológicoeconômico. Há de se ressaltar que a coleta de informações foi contingenciada pela disponibilidade de tempo e recursos financeiros. Assim, foram contactadas 53 4

organizações sociais da área em estudo, as quais representam cerca de 16,1% do total identificado no Norte do Estado do. O nome, formas de contato e município de localização das organizações sociais contactadas encontram-se disponível no Anexo II (quadros 9 a 13). 5

CARACTERIZAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS FORMAIS DA REGIÃO DO PGAI-BICO DO PAPAGAIO - FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS - IDENTIFICAÇÃO NOME: MUNICÍPIO: ANO DE FUNDAÇÃO: ENDEREÇO: REGIÃO DE ATUAÇÃO: N.º DE ASSOCIADOS: CONTATOS (FONE, FAX, ETC.): FINS LUCRATIVOS? SIM ( ) NÃO ( ) HISTÓRICO DE CRIAÇÃO PRINCIPAIS OBJETIVOS: ATUAÇÃO ATIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO: PROJETOS REALIZADOS: PARCERIAS: ASPECTOS GERENCIAIS EXISTE UMA POLÍTICA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS? QUAIS AS PRINCIPAIS FONTES DE RECURSOS? EXISTE UMA POLÍTICA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DOS ASSOCIADOS? QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA A ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO? EXISTEM PLANOS FUTUROS PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS ATIVIDADES? EXISTEM CONFLITOS COM OUTRAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS, PODER PÚBLICO OU INICIATIVA PRIVADA? Figura 2 Formulário para coleta de dados utilizado nos trabalhos de campo 6

2 Resultados e Discussões Neste item são apresentados os dados obtidos nas consultas realizadas, o banco de dados da Seplan/DZE, além de uma avaliação das organizações sociais formais no Norte do Estado do segundo sua quantidade e localização das sedes, motivos de criação, estratégias de captação de recursos físico-financeiros e capacitação dos associados, representatividade, interesses predominantes, objetivos e planos futuros. 2.1 - Dados obtidos nas consultas Seguem abaixo as informaçoes básicas dos arquivos obtidos nas consultas preliminares às secretarias do governo do Estado do, prefeituras municipais e entidades representativas da sociedade civil e da iniciativa privada, bem como a base final gerada na Seplan/DZE. 2.1.1 - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro) Formato: arquivo do MS Access em meio digital (460 KB). Conteúdo: município, descrição (nome das organizações sociais), quantidade de associados, nome, CPF 2 e RG 3 do presidente, endereço da sede, data do cadastramento junto a Seagro, telefones para contato e data do início e fim do mandato do presidente. Área de abrangência: todo o Estado 2 - Cadastro de Pessoas Físicas. 3 - Registro Geral. 2.1.2 - Secretaria do Trabalho e Ação Social (Setas) Formato: relatório do MS Access em papel. Conteúdo: nome, endereço, telefone e CNPJ 4 da entidade, nome do presidente e cidade onde se localiza a sede. Área de abrangência: todo o Estado 2.1.3 - Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) Formato: arquivo do MS Word em meio digital (66,5 KB). Conteúdo: nome da entidade, presidente, endereço, fone / fax, e-mail e cidade onde se localiza a sede. Área de abrangência: todo o Estado 2.1.4 - Banco de dados da Seplan/DZE Formato: arquivo do MS Access em meio digital (444 KB). Conteúdo 5 : - nome da organização (329 registros); - município e endereço da sede (329 registros); - região de atuação; 4 - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas. 5 - O cadastro da Seplan contém basicamente nome, município de localização das sedes e formas de contato das 329 organizações sociais identificadas. As outras informações listadas no banco de dados dizem respeito às 53 organizações efetivamente contactadas nos trabalhos de campo realizados pelos técnicos da Seplan/DZE. 7

- data de criação; - nome do presidente; - formas de contato (329 registros); - número de associados; - histórico de criação; - atividades em desenvolvimento; - principais objetivos; - população alvo; relacionamento com outras organizações (governamentais ou não); - data do cadastro, e; - responsáveis pelo cadastro. Área de abrangência: área do ZEE do Norte do Estado do - (37 municípios). 2.2 - Quantidade e localização das sedes 2.2.1 - Regiões Político-Administrativas e Áreas Programa - parcerias estabelecidas; - fontes e formas de captação de recursos; - dificuldades encontradas na realização das atividades; - planos futuros; - projetos realizados; - formas de capacitação dos associados; - existência ou não de dificuldades de Englobando uma população de 346.423 habitantes, segundo os dados do Censo Demográfico realizado em 2000 pelo IBGE (2001), a área do ZEE do Norte do Estado do abrange 6 Regiões Político- Administrativas e Áreas Programa (Figura 3), nas quais foram identificadas 329 organizações sociais formais. Na Tabela 1 e na Figura 3, elaboradas a partir do banco de dados da Seplan/DZE, estão quantificadas as organizações sociais existentes segundo Região Político-Administrativas e Áreas Programa, bem como o percentual populacional que cada uma destas representa no contexto geral da área em questão. Tabela 1 Norte do Estado do : quantidade de organizações sociais formais existentes em 2001 por Região Político-Administrativa e Área Programa Região Político- Organizações Sociais Pop. Residente 3 Administrativa/Área Programa Nº % % Araguatins 50 15,2 12,4 Augustinópolis 58 17,6 17,4 Tocantinópolis 64 19,5 16,3 Xambioá 44 13,4 9,5 Araguaína 1 87 26,4 40,3 Colinas do 2 26 07,9 4,0 Total 329 100,0 100,0 Notas: 1 - Exceto municípios de Filadélfia, Nova Olinda e Palmeirante, os quais não fazem parte da área do PGAI da Região do Bico do Papagaio. 2 - Exceto municípios de Bernardo Sayão, Brasilândia do, Colinas do, Couto de Magalhães, Itaporã do, Juarina, Pequizeiro, Presidente Kennnedy e Tupiratins, os quais não fazem parte da área do PGAI da Região do Bico do Papagaio. 3 - Dados tabulados a partir do Censo Demográfico de 2000 (IBGE, 2001). 8

Figura 3 Norte do Estado do : quantidade de organizações sociais formais identificadas segundo Regiões Político-Administrativas e Áreas Programa 9

Avaliando-se os dados apresentados na Tabela 1, merecem destaque as regiões de Araguaína e Tocantinópolis, respectivamente, por apresentarem o maior número de organizações. A Região Político- Administrativa e Área Programa (RPA) Araguaína evidencia-se principalmente devido à cidade homônima, que detém o segundo maior contingente populacional do Estado do - segundo dados do IBGE (2001), o que explica a expressiva predominância de grupos sociais organizados em relação ao contexto geral do Norte do Estado do. A RPA Tocantinópolis destaca-se por apresentar o maior número de municípios na área em estudo, além de também englobar a cidade de Tocantinópolis que, fundada em 1858, tornou-se referência histórica no processo de formação regional. 2.2.2. - Municípios Na Tabela 2 estão discriminados o número de organizações sociais formais cadastradas e a população residente nos 37 municípios que fazem parte da área do ZEE do Norte do Estado do, bem como os percentuais que tais valores representam em relação ao conjunto da região. Ao se hierarquizar o quantitativo de organizações sociais formais identificadas no conjunto da área em estudo destaca-se primeiramente o município de Araguaína, com 13,7% das instituições, o que equivale a 45 organizações listadas, seguindo-se Araguatins (9,1%), Wanderlândia (5,2%), Augustinópolis (4,3%), Tocantinópolis (3,6%) e Arapoema (3,6%). Além de possuírem expressivo número de organizações sociais, Araguaína e Araguatins configuram-se como os municípios mais populosos da área em questão, percebendo, em termos percentuais, respectivos 32,6 e 7,5% de toda a população residente na mesma. Destacam-se também, em relação ao volume da população, os municípios de Tocantinópolis (6,6%), Augustinópolis (3,7%), Xambioá (3,5%) Ananás (3,0%) e Wanderlândia (3,0%). A Figura 4 apresenta os municípios do Norte do classificados segundo intervalos de quantidade de organizações sociais formais. O exame dos dados contidos na Tabela 2 indica existir uma relação entre a quantidade de organizações sociais formais e o contingente populacional, ou seja, os municípios mais populosos tendem a apresentar um maior número de organizações sociais. Entretanto, tal assertiva torna-se enviesada ao se considerar a proporção entre o volume populacional e o número de organizações sociais. Assim, embora o total de organizações sociais existentes em Araguatins seja um terço inferior àquele existente em Araguaína, ao se agregar à análise a comparação do contingente demográfico de ambos, respectivamente 26.008 e 113.090 habitantes, percebe-se claramente que há uma proporção mais eqüitativa na relação entre o número de organizações sociais e população em Araguatins. O mesmo ocorre também em municípios como Wanderlândia (10.249 habitantes e 17 organizações sociais identificadas) e Augustinópolis (12.895 habitantes e 14 organizações sociais identificadas), dentre outros. A partir do exame da listagem das organizações sociais formais identificadas na área do ZEE do Norte do, disponível no Anexo I (tabelas 2 a 7), nota-se que a maior parcela das organizações existentes em Araguaína é constituída por associações vinculadas ao meio urbano, como associações de moradores, que pela sua dinâmica de atuação tendem a agregar um número expressivo de pessoas. Em outro sentido, nos municípios de Araguatins e Wanderlândia, onde há um acentuado número de projetos de assentamento rural, grande parte das organizações sociais guarda vínculo com as comunidades pertencentes aos assentamentos, sendo formadas por associações, cooperativas e sindicatos rurais, entidades que por sua natureza de atuação congregam um número de associados não tão expressivo quanto associações que atuam no meio urbano. 10

Figura 4 Norte do Estado do : municípios classificados segundo intervalos de quantidade de organizações sociais formais identificadas 11

Tabela 2 Norte do Estado do : quantidade de organizações sociais formais existentes em 2001 e população residente por município Região Político- Organizações Sociais Residente Município Administrativa Número Percentual Número Percentual Araguatins 30 9,1 26.008 7,5 Cachoeirinha 1 0,3 2.017 0,6 Araguatins Esperantina 11 3,3 7.618 2,2 São Bento do 5 1,5 3.733 1,1 São Sebastião do 3 0,9 3.672 1,1 Augustinópolis 14 4,3 12.895 3,7 Axixá do 7 2,1 8.822 2,5 Buriti do 9 2,7 7.846 2,3 Augustinópolis Carrasco Bonito 5 1,5 3.216 0,9 Praia Norte 8 2,4 6.770 2,0 Sampaio 3 0,9 2.797 0,8 São Miguel do 7 2,1 8.480 2,4 Sitio Novo do 5 1,5 9.508 2,7 Aguiarnópolis 4 1,2 3.146 0,9 Angico 3 0,9 2.890 0,8 Darcinópolis 9 2,7 4.270 1,2 Itaguatins 8 2,4 6.382 1,8 Tocantinópolis Luzinópolis 4 1,2 2.022 0,6 Maurilândia 3 0,9 2.843 0,8 Palmeiras do 8 2,4 4.626 1,3 Nazaré do 8 2,4 5.149 1,5 Sta. Terezinha do 5 1,5 2.543 0,7 Tocantinópolis 12 3,6 22.793 6,6 Ananás 8 2,4 10.458 3,0 Araguanã 8 2,4 4.205 1,2 Xambioá Piraquê 9 2,7 2.349 0,7 Riachinho 9 2,7 3.673 1,1 Xambioá 10 3,0 12.151 3,5 Aragominas 11 3,3 6.166 1,8 Araguaína 45 13,7 113.090 32,6 Araguaína Carmolândia 1 0,3 2.016 0,6 Muricilândia 6 1,8 2.683 0,8 Colinas do Santa Fé do Araguaia 7 2,1 5.509 1,6 Wanderlândia 17 5,2 10.249 3,0 Arapoema 12 3,6 7.033 2,0 Bandeirantes do 5 1,5 2.611 0,8 Pau D'Arco 9 2,7 4.330 1,2 Total 329 100,0 346.423 100,0 Fonte: IBGE (2001). 2.3 - Motivos de criação Grosso modo, podem ser aventados como fatores que podem confluir para a criação de organizações sociais formais a existência de grupos sociais que detenham interesses comuns, o grau de organização das comunidades envolvidas, o estímulo de agentes internos e externos e a configuração territorial 6 subjacente. Por outro lado, no Norte do Estado do 6 - Segundo SANTOS (1996:83) a configuração territorial é o conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. o contingente populacional não se configurou como fator determinante para o estabelecimento das referidas organizações, ainda mais se considerarmos que o número de associados de cada entidade pode variar, dentre outros parâmetros, conforme interesse de atuação, localização geográfica e estrutura organizacional. Os dados referentes aos motivos e/ou agentes que engendraram a criação de organizações sociais formais no Norte do Estado do foram obtidos 12

em função da classificação das respostas concedidas pelos informantes-chave das 53 organizações sociais entrevistadas, no campo do formulário para coleta de dados referente ao campo histórico de criação, como pode ser observado no Quadro 1. Os principais organismos federais que atuam na área em estudo em prol da formalização de organizações sociais são o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Diversos órgãos do governo estadual também atuam na área, dentre os quais destaca-se o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do (Ruraltins), o Instituto Natureza do (Naturatins) e a Secretaria da Ação Social (Setas). Outros agentes identificados foram a Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do (Fetaet), a Confederação Nacional dos Seringueiros (CNS), a Igreja Católica, a Federação da Agricultura do Estado do (FAET), a Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado do (FACIET) e as associações motivadas por interesses político-partidário. Os motivos e/ou agentes de indução à criação de organizações sociais formais na área em estudo podem ser analisados com base na Tabela 3 Avaliando-se os dados disponibilizados no Quadro 1 e na Tabela 3, percebe-se que os principais agentes de incentivo à formalização de organizações sociais formais no Norte do Estado do são aqueles vinculados a órgãos do Governo Federal, fato decorrente em grande parte da atuação de organismos como o INCRA na implementação dos diversos assentamentos existentes na região. Os dados possibilitam constatar que as iniciativas desenvolvidas pela própria comunidade configuram-se como expressivos fatores de fomento à criação de organizações sociais, o que de certo modo expressa o nível de organização e mobilização social das comunidades envolvidas. Finalmente, além do incentivo dos órgãos federais e das ações engendradas pela comunidade, há de se salientar a atuação de agentes vinculados ao governo do Estado do. É interessante ressaltar que, por intermédio dos questionários aplicados, detectou-se em alguns casos a colaboração conjunta de agentes distintos para a formalização de organizações sociais. 2.4 - Estratégias de captação de recursos físicofinanceiros e capacitação de associados O levantamento das estratégias utilizadas pelas organizações sociais formais que atuam no Norte do Estado do visando à captação de recursos físico-financeiros e a capacitação do seu quadro de associados foi realizado por intermédio da classificação das respostas concedidas pelos entrevistados no formulário de coleta de dados, especificamente nos campos política de captação de recursos e política de capacitação profissional dos associados. Os dados disponibilizados na Tabela 4 apresentam as estratégias empregadas pelas organizações sociais para viabilizar o aporte de recursos físico-financeiros. Para grande parte das lideranças das organizações sociais formais entrevistadas a cobrança de mensalidades dos associados constitui a base de estratégias para a obtenção de recursos físicofinanceiros. Cerca de 49% das organizações sociais formais contactadas dependem exclusivamente da renda auferida através de mensalidades, enquanto aproximadamente 32% conjugam esta a outras fontes como o arrendamento de máquinas ou pasto, a prestação de serviços e a realização de eventos. Seguem em ordem de importância como fontes de captação de recursos físico-financeiros, os repasses efetuados por convênios realizados por entidades governamentais, sejam estas municipais, estaduais ou federais, totalizando cerca de 21% das opções listadas pelos entrevistados. Outro ponto a relevar é que apenas 3,8% das organizações contactadas não possuem estratégias claramente definidas para a captação de recursos físico-financeiros. 13

Quadro 1 Norte do Estado do : classificação dos motivos/agentes de criação das organizações sociais formais por municípios segundo questionários aplicados Município Número de Motivos/Agentes Organizações Sociais de Criação Aguiarnópolis 03 Orientação de órgãos do Governo Federal 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual Ananás 01 Orientação da FAET 04 Iniciativa da Comunidade Angico 02 Iniciativa da comunidade 01 Orientação de órgãos do Governo Federal Aragominas 01 Orientação do CNS 01 Iniciativa da comunidade Araguaína 01 Orientação Político-Partidária 01 Orientação de órgãos do Governo Federal Araguanã 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual 01 Orientação da Fetaet 02 Orientação de órgãos do Governo Federal Buriti do 03 Orientação de órgãos do Governo Estadual 01 Iniciativa da comunidade 01 Orientação do CNS Cachoeirinha 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual Carmolândia 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual Carrasco Bonito 01 Orientação da Fetaet Itaguatins 01 Orientação de órgãos do Governo Federal 01 Orientação da Fetaet Luzinópolis 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual Muricilândia 01 Orientação de órgãos do Governo Federal 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual 01 Orientação de órgãos do Governo Estadual 01 Orientação da Fetaet Nazaré do 02 Orientação da Igreja Católica 01 Iniciativa da comunidade 01 Orientação Político-Partidária Praia Norte 04 Orientação de órgãos do Governo Federal 01 Orientação da Fetaet Riachinho 02 Iniciativa da comunidade 01 Orientação da Fetaet Santa Terezinha do 01 Iniciativa da comunidade 01 Orientação Político-Partidária São Bento do 01 Orientação de órgãos do Governo Federal 01 Iniciativa da comunidade São Miguel do 02 Orientação do CNS Tabela 3 Norte do Estado do : freqüência de motivos e/ou agentes de criação de organizações sociais formais segundo questionários aplicados Motivos/Agentes de Indução a Criação de Organizações Sociais Percentual Orientação de órgãos do Governo Federal 26,4 Iniciativa da comunidade 24,5 Orientação de órgãos do Governo Estadual 18,9 Orientação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do 11,3 Orientação do Conselho Nacional de Seringueiros 7,6 Orientação Político Partidária 5,7 Orientação da Igreja Católica 3,7 Orientação da Federação da Agricultura do Estado do 1,9 Total 100,0 14

Tabela 4 Norte do Estado do : estratégias utilizadas pelas organizações sociais formais para a captação de recursos físico-financeiros segundo questionários aplicados Nº de Organizações Sociais Formais Formas de Captação de Recursos Físico-Financeiros Percentual 1 Mensalidades, arrendamento de máquinas, financiamentos 1,9 2 Mensalidades, arrendamento de pasto. 3,8 2 Governo Federal 3,8 26 Mensalidades 49,1 2 Mensalidades, arrendamento de máquinas. 3,8 4 Mensalidades, financiamentos 7,3 1 Mensalidades, Fetaet. 1,9 2 Mensalidades, Governo Municipal, arrendamento de máquinas. 3,8 3 Mensalidades, eventos. 5,6 1 Governo Municipal 1,9 1 Governo Federal, Governo Municipal 1,9 1 Mensalidades, Governo Municipal. 1,9 2 Governo Estadual, Governo Municipal 3,8 1 Governo Estadual, Governo Municipal, eventos 1,9 1 Mensalidades, venda da produção 1,9 1 Governo Estadual, prestação de serviços 1,9 2 Não possuem estratégia de captação de recursos. 3,8 A Tabela 5 ilustra os agentes mais comumente acionados pelas organizações sociais formais para a capacitação de seus membros associados. A maior parte das organizações sociais que atuam na área do PGAI-Bico do Papagaio capacitam seus associados por intermédio dos diversos órgãos do governo estadual, desenvolvendo também parcerias com organizações não governamentais e também com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequeno Empresas (Sebrae), sendo esta capacitação realizada através de cursos, palestras, convênios e treinamentos. Tabela 5 Norte do Estado do : estratégias utilizadas pelas organizações sociais formais para capacitação dos associados segundo questionários aplicados Nº de Organizações Sociais Formais Formas de Capacitação dos Associados (Recursos Humanos) Percentual 9 Governo Estadual 17,1 5 Governo Estadual, APA-TO 9,5 4 Sebrae 7,6 1 Governo Estadual, GTA, CNS, Visão Mundial. 1,9 2 Fetaet 3,8 1 Diocese, Governo Estadual. 1,9 2 Governo Estadual, Sebrae 3,8 1 Senar 1,9 1 Governo Estadual, Governo Municipal, Sebrae 1,9 1 Lumiar 1,9 1 Governo Federal, Governo Estadual, Governo Municipal, Sebrae 1,9 1 Governo Federal, Governo Estadual, Governo Municipal 1,9 24 Não capacitam seus associados 44,9 Por outro lado, cerca de 45% das organizações sociais contactadas formais na área não possuem estratégias definidas para capacitar seu quadro de associados, o que certamente pode comprometer sua manutenção e desenvolvimento. O acesso de membros de grupos e/ou comunidades vinculados às organizações sociais a atividades de capacitação profissional proporcionam a estes atores a atualização e o contato com novos conhecimentos, proporcionando-lhes subsídios para um melhor gerenciamento das atividades pessoais e organizacionais. Os dados gerados demonstram que quase 90% por cento das organizações sociais formais contactadas na área do ZEE do Norte do Estado do têm seu 15

campo de ação definido de forma objetiva. Por outro lado, um terço das mesmas não tencionam expandir sua ação para novos tipos de atividade, concentrandose tão somente nas atividades atualmente desenvolvidas. 2.5 - Representatividade Considerando a importância fundamental do envolvimento da sociedade na definição e implantação do modelo de gestão territorial para a área do ZEE do Norte do Estado do, o conhecimento sobre a representatividade das organizações sociais constitui mais um elemento a ser considerado no planejamento e realização das diversas formas de interação (consultas, oficinas, seminários, etc.). Os índices de representatividade das organizações sociais identificadas foram determinados a partir da realização de duas etapas distintas: 1) classificação das organizações sociais segundo seu perfil de atuação (urbano ou rural) e 2) cálculo dos índices de representabilidade. A classificação das organizações segundo seu perfil de atuação foi realizada com base nos seus respectivos nomes, conforme registros da Organização existentes no banco de dados da Seplan/DZE. A Tabela 6 apresenta o número de organizações sociais classificadas segundo o seu perfil de atuação em cada Região Político-Administrativa e Área Programa (RPA) e município do Norte do. Os Índices de representatividade das organizações sociais foram tomados como o resultado da divisão do seu número de associados pelo montante populacional urbano ou rural, em conformidade com seu perfil de atuação (ver Anexo III, tabelas 12 a 17). A Tabela 7 apresenta os valores máximos, médios e mínimos dos índices de representatividade atribuídos às organizações sociais identificadas, segundo as RPAs e municípios do Norte do Estado do. Observando a Tabela 6 verifica-se que a Região Político-Administrativa de Araguaína apresenta o maior número de organizações sociais com perfil de atuação urbana, enquanto que a RPA de Tocantinópolis apresenta o maior número de organizações sociais com perfil de atuação rural. Em nível municipal, Araguaína é o município com o maior número de organizações sociais com perfil de atuação urbana, enquanto Araguatins possui o maior número de organizações sociais com perfil de atuação rural. Ao proceder uma análise dos dados disponibilizados na Tabela 7, percebe-se que as RPAs de Colinas do e Araguatins apresentam as organizações sociais com maiores índices de representatividade, enquanto que, em sentido inverso, a RPA de Xambioá possui organizações sociais com menores índices. Com relação aos dados municipais, a Tabela 7 evidencia que os municípios de Itaguatins, Praia Norte, Carmolândia, Santa Terezinha do, Nazaré e Augustinópolis possuem as organizações sociais com maiores índices de representatividade. enquanto Sampaio e Cachoeirinha 7 possuem as organizações sociais formais com menor índice de representatividade. Vale lembrar que no planejamento e realização de interações com a sociedade (consultas, oficinas, seminários, etc.) além do índice de representatividade, devem ser considerados o maior número possível de informações sobre as organizações sociais, de modo a otimizar o tempo e os recursos humanos e financeiros para a consecução dos objetivos propostos. 7 Nestes dois municípios, o baixo índice de representatividade indicado, vincula-se ao pequeno número de número de organizações sociais formais identificadas associado à existência de entidades sem número de associados identificados. 16