Workshop Produção Amora e Framboesa e Conservação pós colheita de Pequenos Frutos 11 de Fevereiro 2013 Auditório Municipal Camara Ponte da Barca Apoios: Bernardo Portal Madeira Engº- Doutorado Ciências Agrárias FCUP Tel. 91 90 56 253 Região Norte Sede: Urbanização das Fontainhas, Praça da Galiza, 33 4980-639 - Ponte da Barca Tlf: 25848834 Tlm: 96827 17 30 Região Centro Rua da Estrada, Avanca (Estarreja). Tlm:914 280 347
Pequenos frutos Bagas - frutos moles, suculentos, que não se abrem quando maduros, e sementes membranosas ou tenras.(ex. Groselha, mirtilo e uva) Drupas e polidrupas - frutos moles, suculentos, que não se abrem quando maduros, e sementes envolvidas num endocarpo pétreo ou coriáceo.(ex. Amoras e framboesas) Pseudo-fruto de aquénios - receptáculo carnudo, entumescido, em que as sementes (verdadeiros frutos) são aquénios.(ex. Morango) Bagas de sépalas acrescentes(physalis alkekengi e Physalis peruviana) -Outros
A designação de frutos vermelhos não é, de todo, a mais correcta, pois existem framboesas, uvas, camarinhas e groselhas que são brancas ou douradas. E igualmente é errado referirmo-nos como frutos silvestres, uma vez que apenas algumas variedades de morangos alpinos, algumas groselhas e os mirtilos silvestres é que são verdadeiramente próximos das qualidades silvestres, os restantes pequenos frutos cultivados são variedades muito melhoradas ou mesmo híbridos.
Tal como no caso das árvores fruteiras também neste segmento a família Rosaceae é a que contribui com maior número de espécies e variedades: Rosaceae = Cereja; Morango; Framboesa, Amora e seus híbridos Moraceae = Morus spp.(amoreira) Ericaceae = Mirtilo, Medronho, Camarinha(Corema album) Vitidaceae = Videira Saxifragaceae(sin. Grossulaceae) = Groselhas (espécies do género Ribes spp.) Outros...
Actinidiaceae Actinidia arguta Ou baby kiwi
Goji Cereja do Rio grande Feijoa Kunkuat Cornus mas
Apesar de na maioria destes frutos a mecanização das culturas já ter evoluído muito, dada a fragilidade destas frutas, a parte que é destinada para o mercado de consumo em fresco exige uma colheita manual e cuidada, pelo que o seu preço é e será sempre elevado!
Portugal é altamente competitivo na produção de pequenos frutos. 1 - Elevada disponibilidade de mão de obra (cada vez mais disponível) 2 Clima suave, que permite produzir mais cedo e até mais tarde, e até frutos que não se produzem no resto da Europa 3 Está próximo dos maiores mercados consumidores (a Europa) e os pequenos frutos não gostam de viajar... 4 Tem os salários mais baixos. (altamente competitivos) (a China da Europa).
O sistema produtivo de pequenos frutos está perfeitamente adaptado ao modelo binomial minifundio/agricultura familiar 1 Área pequena (por exemplo 1 ha), pode assegurar um posto de trabalho permanente. 2 A elevada necessidade, pontual, de mão de obra, pode ser facilmente colmatada com ao tradicional sistema de inter-ajuda familiar, agregando mais valia económica à exploração, e quer crianças e idosos podem ajudar. Adicionalmente, estas culturas, têm-se revelado, adpatadas à poliactividade (produção nas horas vagas, com ganhos adicionais na economia doméstica, como sucede em Sever do Vouga).
Não interessa produzir toneladas Interessa produzir valor. Comércio Externo (Janeiro a Setembro) Volume em Toneladas 2011 2012 Variação ImportaçãoExportaçãoImportaçãoExportaçãoImportação Exportação Mirtilo 203 261 220 154 8,10% -41% Amora 18 174 38 119 114,30% -32% Cereja 1.887 45 987 102-47,7 127 Figo 62 1 24 0-62% -95,80% Framboesa 47 1.880 50 2.216 6,70% 17,80% Groselha 29 17 8 20-72,90% 14,40% Kiwi 6.853 4.683 5.037 6.076-26,50% 29,70% Morango 7.092 2.969 15.274 4.093 115,40% 37,90% Uva de mesa 17.238 3.756 13.782 2.562-20% -31,80% Fonte: Dados provisórios INE A framboesa representa 1/3 da tonelagem exportada de kiwi, e no entanto representou quase o triplo do valor nas exportações Comércio Externo (Janeiro a Setembro) Valor (Mil Euros) 2011 2012 Variação (2012-2011) ImportaçãoExportaçãoSaldo ImportaçãoExportação Saldo ImportaçãoExportação Mirtilo 443 1.300 857 769 951 182 73,50% -26,80% Amora 96 673 577 430 952 522 345,50% 41,40% Cereja 3.794 138-3.656 2.336 339-1.997-38,40% 145,90% Figo 101 3-98 121 2-119 19,50% -48,90% Framboesa 753 15.396 14.643 458 19.799 19.341-39,10% 28,60% Groselha 81 152 71 77 1.037 960-4,10% 581,10% Kiwi 7.166 4.366-2.800 6.616 7.226 610-7,70% 65,50% Morango 16.379 7.756-8.623 25.118 9.535-15.583 53,30% 22,90% Uva de mesa 23.505 5.081-18.424 20.650 5.020-15.630-12,10% -1,20% Total 52.318 34.865-17.453 56.575 44.861-11.714 8,10% 28% Fonte: Dados provisórios INE (adaptado)
Sistemas produtivos em Portugal: 1 Norte Produção ao ar livre ou em abrigo. Produção elevada. Maior facilidade de produção. Mas preços menos atractivos. 2 Sul Produção em abrigo (por vezes com plantas frigorificadas). Maior 2 Sul Produção em abrigo (por vezes com plantas frigorificadas). Maior dificuldade e custo de produção. Mas preços muito mais actactivos, por se produzir fora de época.
Produzir morango fora de época Inovar...
Dados actuais na revista Pequenos Frutos, Dezembro 2012.
20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Amora 2012 Kg Rungis 125 gr /kg 19-Jun 26-Jun 3-Jul 10-Jul 17-Jul 24-Jul 31-Jul 7-Ago 14-Ago 21-Ago 28-Ago 4-Set 11-Set 18-Set 25-Set 2-Out 9-Out
Groselha 2012 Kg Nantes 125 gr /kg 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Tem a vantagem de em camara frigorífica e atmosfera controlada se conseguir conservar durante até 8 meses.
25 20 15 10 5 0 Cotação Mirtilo 2012 Kg Francoforte 250 gr Munique 250 gr Rungis125 gr 7-Mai 14-Mai 21-Mai 28-Mai 4-Jun 11-Jun 18-Jun 25-Jun 2-Jul 9-Jul 16-Jul 23-Jul 30-Jul 6-Ago 13-Ago 20-Ago 27-Ago 3-Set 10-Set 17-Set 24-Set 1-Out 8-Out
MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS ACÇÃO N.º 1.1.1 INVESTIMENTOS DE PEQUENA DIMENSÃO ACÇÃO 1.1.2 INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES ACÇÃO 1.1.3 17
INVESTIMENTOS DE PEQUENA DIMENSÃO ACÇÃO 112 Beneficiários: pessoas singulares ou colectivas que exerçam a actividade agrícola. 18
INVESTIMENTOS DE PEQUENA DIMENSÃO ACÇÃO 112 O investimento deve ser de montante igual ou superior a 5000 e inferior a 25 000 em: equipamentos para melhoramento ambiental e da eficiência energética das explorações equipamento e máquinas agrícolas pequenas construções e melhoramentos fundiários pequenas plantações plurianuais 19
INVESTIMENTOS DE PEQUENA DIMENSÃO ACÇÃO 112 Forma e nível dos apoios 50% quando a exploração se situe em zona desfavorecida; 40% no caso de a exploração se situar em zona não desfavorecida. 20
INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES ACÇÃO 113 Beneficiários Os jovens agricultores que se instalem, pela primeira vez, numa exploração agrícola; As pessoas colectivas que revistam a forma de sociedade por quotas com a actividade agrícola como objecto social, desde que os sócios gerentes que sejam detentores da maioria do capital social tenham mais de 18 e menos de 40 anos à data de apresentação do pedido e se instalem pela primeira vez como tal. 21
INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES ACÇÃO 113 Despesas elegíveis: Edifícios Plantações plurianuais Instalação de pastagens biodiversas Máquinas e equipamentos novos Investimentos associados ao cumprimento de normas ambientais, de higiene e de bem-estar animal. Aquisição de prédios rústicos até ao montante de 10 % das despesas elegíveis Programas informáticos aquisição. Processos de certificação reconhecidos. Honorários técnicos até 5 % do custo total das restantes despesas elegíveis 22
INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES ACÇÃO 113 Apoios: O prémio à primeira instalação é de 40% do valor do investimento até aos seguintes limites: Produtor individual Pessoa colectiva 30000 40000 23
INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES ACÇÃO 113 Apoios: Apoio ao investimento: A acrescer ao prémio de primeira instalação, o promotor pode beneficiar ainda de APOIO AO INVESTIMENTO. Zona Desfavorecida Produção Primária Transformação e comercialização 60% 40% Restantes zonas 50% 40% 24
INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES ACÇÃO 113 Exemplo: Para um investimento com despesas elegíveis de 75000 Fonte Financiamento Percentagem Valor Prémio à primeira instalação 40% x 75000 30000 Apoio ao investimento 60% x 75000 45000 Capital Próprio 0% x 75000 0 Total 75000 25
MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS - ACÇÃO N.º 1.1.1 Beneficiários Pessoas singulares ou colectivas que exerçam actividade agrícola ou as que se dediquem à transformação ou comercialização de produtos agrícolas desde que sejam PME ou tenham menos de 750 empregados ou um volume de negócios inferior a 200 milhões de euros Agrupamentos complementares de empresas Outras pessoas colectivas que, não exercendo actividade agrícola, sejam constituídas exclusivamente por pessoas que exerçam essa actividade e tenham por fim exclusivo a realização de operações para os seus membros. 26
MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS - ACÇÃO N.º 1.1.1 Tipologia das intervenções a apoiar: Componente 1: Investimentos em explorações agrícolas para a produção primária de produtos agrícolas Componente 2: Investimentos na transformação e comercialização de produtos agrícolas 27
MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS - ACÇÃO N.º 1.1.1 Apoios (Componente 1): Nível Base do apoio Majorações cumuláveis Zona Desfavorecida Jovem Agricultor 30% 10% 10% 5% Associado OP 28
MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS - ACÇÃO N.º 1.1.1 Apoios (Componente 2): Nível Base do apoio Majorações cumuláveis Região de Convergência PME 25% 10% 5% NãoPME 12,5% 10% 2,5% Org. Produtores 29
30
FRAMBOESA Bem/Serviço Quantidade (unid.; kg; m2) Prc unitário ( ) Realização de análises elementares ao solo 2 24 Correcção ph do solo (calcário, sacos 40 kg) 126 600 Fertilizantes químicos (10-26-26) saco 40kg 37 1200 Adubo orgânico 893 2500 Preparação do terreno 1 700 Plantas framboesa (0,5x1,5) 10000 12000 Tuturamento Postes de madeira e arames (com montagem) 1 9100 Sistema de Rega 1 6000 Tela para controlo de infestantes e aplicação 8000 2100 Cinturões, baldes de apanha, tesouras 30 420 Total 34644 31
FRAMBOESA NOTA IMPORTANTE: Os investimentos atrás descritos tem como pressuposto que o hectare ideal não inclui itens como: captação de água, casa de máquinas, estufa, sistemas de aproveitamento de energias renováveis, electrificação, socalcos, movimentação de terras, rede anti-pássaro, etc. 32
Demonstração de Resultados Previsional Euros ANO 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Vendas 15000 27500 45000 50000 50000 50000 50000 50000 45000 40000 Custos de Produção 6440 6440 6440 6440 6440 6440 6440 6440 6440 6440 Gastos com o pessoal 11046 14171 18546 19796 19796 19796 19796 19796 18546 17296 (Resultado antes de depreciações) -2486 6889 20014 23764 23764 23764 23764 23764 20014 16264 Gastos de depreciação e amortização 3464 3464 3464 3464 3464 3464 3464 3464 3464 3464 Resultado Antes de Impostos -5950 3425 16550 20300 20300 20300 20300 20300 16550 12800 Pressuposto 10.000 kg/ha/ano Preço venda fresco, médio, 5 /kg http://contamaisconsultoria.wordpress.com/ 33
Custos da exploração Os custos considerados são os seguintes: Honorários Retanchas Fertilizantes Produtos Fitossanitários Manutenção sistema rega Ferramentas Material de escritório Electricidade Comunicação Seguros GLOBALGAP Mão de Obra do promotor Mão de Obra da apanha e poda Nota 1 : Os custos de transporte, os custo embalamento já foram deduzidos no preço por razões de simplicidade de demonstração Nota 2 : Os valores considerados são líquidos de IVA. O imposto sobre o rendimento não foi considerado porque este é variável. Na esfera de IRS os rendimentos agrícolas, em conjunto com o somatório dos rendimentos que não ultrapassem o limite26410, não estão sujeitos a tributação 34
Cenário 1 Produção ao ar livre (variedade não remontante) Produção média no pico de 10.000 kg/ha Preços por kg: 5 Sem considerar ajudas PRODER Cenário de elevado interesse quer para agricultura empresarial (investimento) quer para agricultura familiar. Oportunidades: 1 - Aumentar produção 2 Melhores preços/época 1º anos balanço (-) explicado pela amortização do investimento inicial (não é perceptível em caso de apoio PRODER) 2º A mão-de-obra do empresário agrícola imputado como custo mão de obra. 35
Cenário 2 Produção de framboesa em estufa (variedade não remontante) Produção média no pico de 12.000 kg/ha Preço médio por kg: 6 Sem considerar ajudas PRODER Vantagens da utilização de estufa: A estufa é mais vantajosa para variedades remontantes, pois diminui muito o risco de perda do 2.º ciclo de produção; Possibilidade de antecipação ou postecipaçãoda produção e obtenção de melhores preços; Maiores produtividades por planta. http://contamaisconsultoria.wordpress.com/ 1º anos balanço (-) explicado pela amortização do investimento inicial (não é perceptível em caso de apoio PRODER) 2º A mão-de-obra do empresário agrícola imputado como custo mão de obra. 36
Produção de Framboesa em estufa Produção de Framboesa ao ar livre Investimento: -75644 Taxa de actualização: 2% Cash Flow Operação Cash Flow Actualizado Avaliação Financeira Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022-4800 9450 29400 35100 35100 35100 35100 35100 29400 23700-4800 9083 27704 32427 31791 31167 30556 29957 24600 19442 Cash Flow Acum. -80444-71362 -43658-11231 20560 51727 82283 112240 136841 156283 Valor Actual Líquido (VAL): 156283 Payback: 4 anos Investimento: -34644 Taxa de actualização: 2% Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Cash Flow -5950 3425 16550 20300 20300 20300 20300 20300 16550 12800 Operação Cash Flow -5950 3425 16550 20300 20300 20300 20300 20300 16550 12800 Actualizado Cash Flow Acum. -40594-37170 -20620-321 19979 40279 60578 80878 97427 110227 Valor Actual Líquido (VAL): 110227 Payback: 4 anos http://contamaisconsultoria.wordpress.com/ 37
Avaliação Financeira Produção de Mirtilo Investimento: 25520 Taxa de actualização: 2% Cash Flow Operação Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032-4102 -4102-4997 1337 4503 10837 14291 14291 14291 14291 15143 15143 15143 15143 11688 11688 8521 8521 8521 5355 Cash Flow -4102-3943 -4709 1235 4079 9623 12441 12197 11958 11724 12179 11940 11706 11476 8684 8514 6086 5966 5849 3604 Actualizado Cash Flow Act. -29622-33565 -38273-37039 -32960-23337 -10896 1301 13259 24983 37162 49102 60807 72283 80968 89482 95568 10153 10738 11098 Acum. 4 3 7 VAL: 110987 Payback: 7 anos Nota: Semelhança das rentabilidades das produções de mirtilo e framboesa (produções ao ar livre). 38
Em conclusão: - Há uma enorme diversidade de pequenos frutos. -Alguns ainda não têm mercado criado, mas ele existe e é receptivo a novidades ou a saudades. - A maioria adapta-se bem em Portugal - Todos são altamente rentáveis. Graças à procura e preços altos. - Exigem um bom sistema de logísitica (perecíveis) -Exigentes em mão de obra. Como pontos fortes Portugal permite: -Frutos de qualidade superior em aroma, sabor e cor (graças ao calor) - Elevadas produções - Disponibilidade de mão de obra barata (mais rentável que a apanha mecanica) -Produção muito precoce (no Sul a mais precoce da Europa).
www.agrotec.pt Assinatura promocional
Workshop Produção Amora e Framboesa e Conservação pós colheita de Pequenos Frutos Auditório Municipal Camara Ponte da Barca Bernardo Portal Madeira Engº- Doutorado Ciências Agrárias FCUP Tel. 91 90 56 253 Região Norte Sede: Urbanização das Fontainhas, Praça da Galiza, 33 4980-639 - Ponte da Barca Tlf: 25848834 Tlm: 96827 17 30 Região Centro Rua da Estrada, Avanca (Estarreja). Tlm:914 280 347