Novas ocorrências de Lecane no plâncton de distintos ambientes da planície de inundação do alto rio Paraná

Documentos relacionados
Composição, Riqueza e Abundância do Zooplâncton na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná

Locais de Amostragem

Lagoas fechadas COMPONENTE BIÓTICO ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM RESUMO INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES. Lagoa do Ventura (LVEN):

Resumo. Introdução. ictioplâncton são de extrema importância na determinação dos períodos e locais de desova, tornando-se fundamentais tanto para a

ICTIOPLÂNCTON Resumo

ROTIFERS OF THE UPPER PARANÁ RIVER FLOODPLAIN: ADDITIONS TO THE CHECKLIST

Eixo Temático ET Biologia Aplicada DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ROTIFERA EM UM LAGO NATURAL RASO DA REGIÃO DA MATA NORTE, PERNAMBUCO, BRASIL

Limnologia dos hábitats da planície do alto Paraná: padrões de variação espaço-temporais e influência dos níveis fluviométricos

Supplement of Temperature dependence of the relationship between pco 2 and dissolved organic carbon in lakes

Composição e Biomassa Fitoplanctônica em Ambientes da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná

Estrutura das Algas Perifíticas na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná

Species composition of rotifers in different habitats of an artificial lake, Mato Grosso do Sul State, Brazil

Larvas de Chironomidae (Diptera) da planície de inundação do alto

ICTIOFAUNA DO RIACHO DO JAPIRA, BACIA DO TIBAGI, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR

2.4. Zoobentos. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 89. Introdução. Materiais e métodos. Resultados e discussão

LIMNOLOGIA FÍSICA E QUÍMICA

Capítulo 21. Introdução

Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: Universidade Anhanguera Brasil

Novo Atlas do Zooplâncton da Represa da Pampulha.

RESUMO INTRODUÇÃO SIDINEI MAGELA THOMAZ (COORDENADOR), ANDERSON MEDEIROS DOS SANTOS (PÓS-GRADUANDO)

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

Distribuição da comunidade zooplanctônica em um trecho do médio Rio Grande no município de Passos (MG), Brasil.

PERIFÍTON RESUMO INTRODUÇÃO

Assembléias de Peixes das Lagoas Sazonalmente Isoladas da Planície de Inundação do Alto Rio Paraná.

COMPOSIÇÃO DO ZOOPLÂNCTON EM DIFERENTES AMBIENTES DO LAGO CAMALEÃO, NA ILHA DA MARCHANTARIA, AMAZONAS, BRASIL.

Macrófitas aquáticas

Composição de amebas testáceas (Protozoa-Rhizopoda) de dois córregos do Estado de São Paulo, incluindo novos registros para o Brasil

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA DO RESERVATÓRIO DE ILHA SOLTEIRA E SUA APLICAÇÃO EM ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA.

VARIAÇÃO NA RIQUEZA DAS ESPÉCIES ZOOPLANCTÔNICAS EM LAGOAS MARGINAIS DO RIO CUIABÁ (PANTANAL - MT)

1.1. Aspectos geológicos e geomorfológicos

Rotíferos como indicadores da qualidade de água em cultivo de tilápias (Oreochromis niloticus) com utilização de águas salobras

VARIAÇÃO ESPACIAL DE ROTÍFEROS PLANCTÔNICOS: DIVERSIDADE E RIQUEZA DE ESPÉCIES

Capítulo 15. Macrófitas aquáticas. Introdução. Métodos

ZOOPLÂNCTON DE UM TRECHO DO RIO LARANJINHA (BACIA DO RIO PARANAPANEMA), ESTADO DO PARANÁ, BRASIL TÍTULO

Pesquisas Ecológicas de Longa Duração PELD. A Planície Alagável do Alto Rio Paraná - Sítio 6 ZOOBENTOS

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA. Suleni Oliveira do Nascimento 1 & Erlei Cassiano Keppeler 2

ANALISES FISICO QUIMICA DO LAGO JABOTI

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Área de estudo constituída pelo lago Jaitêua e sua réplica, o lago São Lourenço, Manacapuru, Amazonas, Brasil...

FORMAÇÃO DE CANAIS POR COALESCÊNCIA DE LAGOAS: UMA HIPÓTESE PARA A REDE DE DRENAGEM DA REGIÃO DE QUERÊNCIA DO NORTE, PR

MUDANÇA DA COMPOSIÇÃO VEGETACIONAL NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE UMA ILHA ALUVIAL (ILHA MUTUM, RIO PARANÁ)

A HIDROQUÍMICA DO RIO PARANÁ APÓS A BARRAGEM DE PORTO PRIMAVERA. The Hydrochemistry of the Parana River after Porto Primavera Dam


55) Hoplosternum littorale (Hancock, 1828)

Catalogação de imagens orbitais a partir da cobertura de nuvem e nível fluviométrico do Alto rio Paraná

Comunidades perifíticas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS. Sandra Cristina Deodoro

Educação Ambiental Educação continuada

Configuração da página Papel A4. Tipo de Fonte: Times New Roman - TNR. Elemento textual - Espacejamento Entre linhas 1,5. Margem superior 3 cm

COMPORTAMENTO DE COLONIZAÇÃO DE DRUSAS DE BIVALVIA) EM SEU INÍCIO DA INVASÃO NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO ALTO RIO PARANÁ

ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS BACHARELADO EM BIOLOGIA

COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE COPEPODA (CRUSTACEA) NA COLUNA D ÁGUA EM AÇUDE DO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Macroinvertebrados Bentônicos Bioindicadores

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS

Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: Universidade Anhanguera Brasil

CORPOS D ÁGUA DA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO RIO PARANÁ: GÊNESE E MORFOLOGIA. ¹ Vanda Maria Silva Kramer; ² José Cândido Stevaux.

A Abrangência das Cheias na Planície do Rio Paraná, no Complexo Baia-Curutuba-Ivinheima

Influência do efeito de borda na riqueza de formigas em Cerradão

FAUNA DE CHIRONOMIDAE (DIPTERA) EM DOIS RESERVATÓRIOS DA REGIÃO CENTRO-OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Protocolo padronizado para coleta de parâmetros ambientais em igarapés de pequeno porte.

Acta Scientiarum. Biological Sciences ISSN: Universidade Estadual de Maringá Brasil

Oligochaeta (Annelida) de ambientes aquáticos continentais do Estado do Mato Grosso do Sul (Brasil)

Rotifera das zonas limnética e litorânea do reservatório de Tapacurá, Pernambuco, Brasil

Influência do ambiente no conteúdo calórico e na condição fisiológica de duas espécies migradoras de peixes neotropicais

Fontes de energia e estrutura trófica da ictiofauna exploradora de fundo da planície de inundação do alto rio Paraná

MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS PRESENTES NO RIO DO CAMPO E CÓRREGO DOS PAPAGAIOS, CAMPO MOURÃO PARANÁ

Relações entre fatores ambientais e a distribuição de ovos e larvas de peixes na sub-bacia bacia do rio Ivinhema, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

19) Leporinus friderici (Bloch, 1794)

CARACTERIZAÇÃO ALIMENTAR DO ACARÁ (Geophagus brasiliensis) NA LAGOA DOS TROPEIROS, MINAS GERAIS.

Zooplâncton ARTIGO ORIGINAL. Zooplankton

Introdução. Estudos ecológicos na Ilha de Santa Catarina Ecologia de Campo UFSC 2011

PEA Projeto em Engenharia Ambiental

Variação temporal de fatores limnológicos em ambientes da planície de inundação do alto rio Paraná (PR/MS Brasil)

Estrutura e dinâmica dos rotíferos no reservatório de Corumbá, Estado de Goiás, Brasil

COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DO ZOOPLÂNCTON EM UM CÓRREGO URBANO

Sensoriamento Remoto Aplicado Ambientes Aquáticos

ESTUDOS DOS MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS À VEGETAÇÃO AQUÁTICA NO RIO NOVO - FAZENDA CURICACA, POCONÉ, MT

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

Variabilidade Nucleotídica Mitocondrial de Hoplias aff. malabaricus da Planície de Inundação do Alto rio Paraná

Giovanni Guimarães Landa 1 *, Laura Maria Rull del Aguila 1 e Ricardo Motta Pinto- Coelho 2

A INFLUÊNCIA DAS CREVASSES NA DINÂMICA DE INUNDAÇÃO DA PLANÍCIE DO ALTO RIO PARANÁ RESUMO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

A Geomorfologia da Área Ribeirinha ao Rio Paraná no Segmento entre os Rios Paranapanema e Ivinheima (PR e MS).

Atividades de Recuperação Paralela de Ciências

COMPOSIÇÃO ZOOPLANCTÔNICA DA BAÍA SINHÁ MARIANA, PANTANAL DE BARÃO DE MELGAÇO, MT 1

2.5. Ostracoda. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 91. Introdução. Área de estudo. Material e Métodos

DIETA DE Trachelyopterus galeatus LINNAEUS, 1766 (PISCES: AUCHENIPTERIDAE) PRESENTES NO RESERVATÓRIO DE SANTA CRUZ, APODI RN

38) Auchenipterus osteomystax (Ribeiro, 1918)

Estudo da diversidade da comunidade tecamebiana (protozoa: rhizopoda) na sub-bacia hidrográfica do Rio Poxim-SE.

ECOLOGIA TRÓFICA DA TRAIRA Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) INTRODUZIDA NO RESERVATÓRIO DE CACHOEIRA DOURADA GO/MG

Checklist dos Rotifera (Animalia) do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

Xanthophyceae planctônicas da planície de inundação do alto rio Paraná

DISPERSÃO E PRIMEIRO REGISTRO DA ESPÉCIE INVASORA Kellicottia bostoniensis (ROTIFERA: BRACHIONIDAE) EM DOIS RESERVATÓRIOS BRASILEIROS

O estado da arte da biodiversidade de rotíferos planctônicos de ecossistemas límnicos de Pernambuco

Capítulo PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL RESUMO

ANÁLISE DAS CHEIAS OCORRENTES NOS ANOS DE 1983 E 1990 NA PLANÍCIE ALUVIAL DO RIO IVAÍ POR MEIO DE IMAGENS ORBITAIS E VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS

2.4 - Zoobentos. Introdução. Materiais e métodos

Transcrição:

Novas ocorrências de Lecane no plâncton de distintos ambientes da planície de inundação do alto rio Paraná Ciro Yoshio Joko *, Fábio Amodêo Lansac-Tôha, Eliza Akane Murakami e Claudia Costa Bonecker Programa de Pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil. *Autor para correspondência. E-mail: cjokos@gmail.com RESUMO. A planície de inundação do alto rio Paraná possui grande diversidade de rotíferos, com 288 táxons planctônicos registrados. Estudos realizados, nesse ecossistema, desde 1992, mostram que Lecanidae é a família mais especiosa, com 45 táxons registrados. Este trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência dessa família em ambientes ainda não-estudados e consequentemente contribuir para a diversidade de rotíferos nessa planície de inundação. Foram registradas sete novas ocorrências de Lecane em amostras do plâncton: L. bifurca, L. rhytida, L. subtilis, L. crepida, L. bulla styrax, L. obtusa, e L. thienemanne. Embora os táxons descritos fossem encontrados no plâncton, essa família caracteriza-se por ser tipicamente não-planctônica. Dessa forma, visando ampliar o conhecimento sobre a diversidade dessa família na planície de inundação do alto rio Paraná, estudos exclusivamente taxonômicos devem explorar a grande heterogeneidade de hábitats presente nessa planície, como, por exemplo, a região marginal e as extensas áreas colonizadas por macrófitas aquáticas. Palavras-chave: taxonomia, Lecanidae, rotíferos, planície de inundação, rio Paraná. ABSTRACT. New occurrences of Lecane in plankton in different environments of the upper Paraná river floodplain. The upper Paraná river floodplain possesses a great diversity of rotifers, with 288 planktonic taxa recorded. Surveys performed in this ecosystem since 1992 have shown that Lecanidae is the most abundant family, with 45 registered taxa. The main goal of the present study was to investigate the occurrence of this family in environments that have not yet been studied. Seven new occurrences of Lecane were recorded in plankton samples: L. bifurca, L. rhytida, L. subtilis, L. crepida, L. bulla styrax, L. obtusa, and L. thienemanne. Although the described taxa were found in plankton, this family is characterized by being typically non-planktonic. As such, exclusively taxonomic studies must explore the great habitat heterogeneity in this floodplain, e.g., the littoral region and the extensive areas colonized by aquatic macrophytes, aiming to expand knowledge on the diversity of this family in the upper Paraná river floodplain. Key words: taxonomy, Lecanidae, rotifers, floodplain, Paraná river. Introdução A planície de inundação do alto rio Paraná apresenta grande diversidade de rotíferos, sendo atualmente registrados 288 táxons planctônicos (Lansac-Tôha et al., 1997; 2004a; 2004b; Bonecker et al., 1998; 2005; Serafim et al., 2003; Aoyagui, 2006). Isso pode ser atribuído ao fato de esses organismos serem extremamente oportunistas, por causa da amplitude de nichos que podem ocupar e a sua alta taxa reprodutiva (Nogrady, 1993). Esses atributos, somados à grande diversidade de hábitats presentes nas planícies de inundação, permitem que esses organismos apresentem alta riqueza de espécies. Dentre as famílias de rotíferos que ocorrem na planície, Lecanidae é a mais especiosa, com 45 táxons registrados (Lansac-Tôha et al., 1997; 2004a; 2004b; Bonecker et al., 1998; 2005; Serafim et al., 2003; Aoyagui, 2006). O grande número de táxons dessa família não é exclusivo da planície de inundação do alto rio Paraná, sendo esse padrão registrado para diversos ambientes tropicais (Green, 1972; Bienert, 1986; Koste, 1986; Pourriot, 1996). Este trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência dessa família em ambientes ainda não estudados e, consequentemente, contribuir para o conhecimento da diversidade de rotíferos na planície de inundação.

166 Joko et al. Material e métodos Área de estudo O rio Paraná é o décimo maior rio do mundo em descarga (5,0 10 8 m 3 ano -1 ) e o quarto, em área de drenagem (2.810 6 km 2 ) (Agostinho e Zalewski, 1996). A planície de inundação do alto rio Paraná é formada por três subsistemas (Baía, Paraná e Ivinheima) e permanece como remanescente de áreas alagáveis, representando o último trecho do rio Paraná em território brasileiro livre de barramento (cerca de 230 km), e está localizada entre o reservatório de Porto Primavera (Estado de São Paulo) e o reservatório de ltaipu (Estado do Paraná) (Stevaux, 1994). Foram amostrados, durante o período de 2000 a 2005, 36 ambientes da planície (Figura 1): três rios, 16 lagoas abertas (com diferentes níveis de conectividade com a calha principal dos rios), 13 lagoas fechadas (sem comunicação com a calha principal dos rios) e quatro canais. Esses ambientes estão localizados nos principais subsistemas da planície, que estão associados ao rio Paraná e a dois importantes tributários na margem direita (rios Baia e Ivinheima). Figura 1. Mapa da área de estudo com as 36 áreas de amostragem (1-Lagoa Peroba; 2-Lagoa Ventura; 3-Lagoa do Zé do Paco; 4-Canal do Ipoitã; 5-Lagoa Boca do Ipoitã; 6-Lagoa dos Patos; 7-Lagoa Capivara; 8-Rio Ivinheima; 9-Lagoa do Finado Raimundo; 10-Lagoa do Jacaré; 11-Lagoa Sumida; 12-Lagoa do Cervo; 13-Canal Cortado; 14-Lagoa das Pombas; 15-Canal Curutuba; 16-S Ressaco do Manezinho; 17- Lagoa do Osmar; 18-Lagoa da Traíra; 19-Lagoa do Guaraná; 20-S Ressaco do Bilé; 21-Ressaco do Leopoldo; 22-Lagoa Genipapo; 23- Lagoa Clara; 24-S Ressaco do Pau Véio; 25-Rio Paraná; 26-Lagoa Pousada; 27-Lagoa das Garças; 28-Rio Baía; 29-Lagoa Fechada; 30- Lagoa Pousada das Garças; 31-Lagoa dos Porcos; 32-Lagoa do Aurélio; 33-Baía Canal; 34-Lagoa Maria Luiza; 35-Lagoa do Gavião; 36- Lagoa da Onça).

Novas ocorrências de Lecane 167 As amostras, utilizadas nesse trabalho, pertencem à coleção do Laboratório de Zooplâncton Nupélia/UEM e são referentes às campanhas trimestrais do projeto Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), na planície de inundação do alto rio Paraná. As amostras foram coletadas na região limnética e, para cada amostra, foram filtrados 600 L de água, com auxílio de moto bomba, em rede de plâncton de 68 µm. As amostras foram fixadas em solução de formoldeído 4%, tamponada com carbonato de cálcio. O material foi triado com auxílio de microscópio óptico (Olympus CX31, com magnitude de até 100x), e os indivíduos encontrados foram separados para melhor visualização e manipulação. Para a representação visual dos táxons, foram feitas fotos com auxílio de máquina fotográfica (Nikon Coolpix L1), acopladas ao microscópio óptico. Os desenhos foram feitos em mesa digitalizadora (Genius mouse pen 8x6, com resolução máxima de 4064 LPI), pelas imagens obtidas por máquina fotográfica. A caracterização morfométrica dos táxons foi realizada através de microscópio óptico (Olympus CX31, na magnitude de 40x), com membrana reticulada. Resultados e discussão No presente estudo, foram registrados 40 táxons de Lecane (Tabela 1), sendo sete novas ocorrências, L. bifurca (Bryce, 1892), L. rhytida Harring e Myers, 1926, L. subtilis Harring e Myers, 1926, L. crepida Harring, 1914, L. bulla styrax (Harring e Myers, 1926), L. obtusa (Murray, 1913) e L. thienemanni (Hauer, 1938), para o plâncton na planície de inundação do alto rio Paraná. Os táxons L. bifurca, L. rhytida, L. subtilis e L. crepida já haviam sido registrados, anteriormente, em estudos da meiofauna, nessa mesma planície (Pereira, 2001). Na planície de inundação do alto rio Paraná, foram registrados, até o momento, 45 táxons de Lecanidae (Lansac-Tôha et al., 1997; 2004a; 2004b; Bonecker et al., 1998; 2005; Serafim et al., 2003; Aoyagui, 2006). Ao longo dos estudos da comunidade zooplanctônica da planície, houve crescente acréscimo de novos registros de táxons de rotíferos. A riqueza de Lecanidae ampliou de 26 táxons, encontrados em Lansac-Tôha et al. (1997), a um total de 45 táxons registrados até o momento (Lansac- Tôha et al., 2004a, 2004b; Bonecker et al., 1998, 2005; Serafim et al., 2003; Aoyagui, 2006). A maior riqueza pode estar relacionada ao aumento de hábitats estudados na planície. Bonecker et al. (1998), em estudos de plâncton litorâneo, registraram quatro novos táxons, e Serafim et al. (2003), em coletas próximas a banco de macrófitas, encontraram oito novos táxons. Além desses, Pereira (2001) registrou, em amostras de meiofauna perifítica associadas à macrófitas, 32 táxons de Lecane, sendo oito novas ocorrências para a planície. No presente estudo, o número de indivíduos de cada táxon encontrado foi baixo. Isso pode estar relacionado à preferência da família Lecanidae por hábitats litorâneos, pois os táxons registrados foram descritos por (1996) como sendo de região marginal, em estudo de biogeografia de Lecane. Para a planície de inundação, Pereira et al. (2007) considerou Lecanidae, juntamente com Bdelloidea, os grupos com maiores abundâncias em regiões com macrófitas aquáticas. Tabela 1. Inventário faunístico de Lecanidae, registrado em diferentes ambientes da planície de inundação do alto rio Paraná, no período de 2000 a 2005 (* nova ocorrência para o plâncton; + nova ocorrência na planície). Lecane aculeata (Jakubski, 1912) Lecane ludwtgii ludwigi (Eckstein, 1883) Lecane amazonica (Murray, 1913) Lecane ludwigii ecordes Lecane bifurca (Bryce, 1892) * + Lecane ludwigii ohiensis (Herrick, 1885) Lecane bulla bulla (Gosse, 185 I) Lecane luna (O. F. Muller, 1776) Lecane bulla goniata (Harring e Myers, 1926) Lecane lunaris Ehrenberg, 1832 Lecane bulla styrax (Harring e Myers, 1926) * Lecane lunaris crenata (Harring, 1913) Lecane closterocerca (Schmarda, 1859) Lecane monostyla (Daday, 1897) Lecane cornuta (O. F. Muller, 1786) Lecane obtusa (Murray, 1913) * Lecane crepida Harring, 1914 * + Lecane papuana (Murray, 1913) Lecane curvicornis (Murray, 1913) Lecane proiecta Hauer, 1956 Lecane curvicornis nitida (Murray, 1913) Lecane pyriformis (Daday, 1897) Lecane doryssa Harring, 1914 Lecane quadridentata (Ehrenberg, 1832) Lecane elsa Hauer, 1931 Lecane rhytida Harring e Myers, 1926 * + Lecane furcata (Murray, 1913) Lecane robertosonae, 1993 Lecane halycista Harring e Myers, 1926 Lecane signifera (Jennings, 1896) Lecane hamata (Stokes, 1896) Lecane stenroosi (Meissner, 1908) Lecane hastata (Murray, 1913) Lecane stichaea Harring, 1913 Lecane hornemanni (Ehrenberg, 1834) Lecane subtilis Harring e Myers, 1926 * + Lecane inopinata Harring e Myers, 1926 Lecane thienemanni (Hauer, 1938) * Lecane leontina (Turner, 1892) Lecane ungulata (Gosse, 1887)

168 Joko et al. Segundo Bonecker et al. (1998), a ocorrência de táxons litorâneos, na região limnética, pode estar associada à ação da água que lava a vegetação marginal, arrastando os indivíduos bentônicos ou perifíticos para a água aberta. Lansac-Tôha et al. (1997), também, acreditam que o grande número de táxons de rotíferos encontrados em ambientes lênticos em relação aos ambientes lóticos da planície pode estar relacionado à presença de vegetação marginal nesses ambientes. José de Paggi (1996), também, associou o alto número de espécies de rotíferos de duas lagoas da região do médio Paraná (Argentina) à presença de bancos de macrófitas submersas e flutuantes. As lagoas Clara, Genipapo, Onça, Maria Luiza e Boca do Ipoitá possuem presença de gramíneas e ciperáceas em suas margens, além de bancos de macrófitas (Comunello et al., 2000). O canal Baía, apesar de ser o único ambiente semilótico, possuí bancos fixos de macrófitas, além de vegetação de pastagem, em suas margens. Essas características podem ter contribuído para a ocorrência dos táxons de rotíferos registrados na região limnética dos ambientes estudados. Lecane rhytida Harring e Myers, 1926 Medidas morfométricas Tabela 2. Plancha I Figura 1a e b. Koste, 1978, pl. 69, Figura 11;, 1995: 54, figs. 115-117. Lórica ovalada. Placa ventral menor que a placa dorsal lateralmente. Ornamentação nas duas placas, sendo mais evidente na placa dorsal. Margem anterior e posterior com formato côncavo, nãoacentuado e com as margens sobrepostas. Espinhos anterolaterais, acompanhando a concavidade da margem anterior. Sulcos laterais bem marcados. Dobras transversais e longitudinais incompletas. Pseudo-segmento do pé robusto, com dilatação na região anterior e extrapolando a margem dorsal. Dois pés relativamente curtos e retos, com o afinamento na região posterior, formando uma angulação marcante. Tabela 2. Medidas morfométricas de Lecane rhytida. Dimensões Comprimento da placa ventral 80-100 81 Comprimento da placa dorsal 75-84 77 Largura da placa ventral 59-65 62 Largura da placa dorsal 66-69 69 Comprimento do pé 36-41 38 Comentários: primeira ocorrência no plâncton da planície de inundação do alto rio Paraná, ocorrendo no canal Baía (subsistema Baía). Foi registrada anteriormente em amostras de meiofauna na lagoa Boca do Ipoitã (subsistema Ivinheima) e na lagoa da Onça (susbsistema Baía) (Pereira, 2001). Figuras 1 a 7. Plancha I. 1a e b. Lecane rhytida; 2a e b. L. crepida; 3. L. bifurca; 4a e b. L. obtusa; 5. L. thienemanni; 6. L. bulla styrax; 7a, b e c. L. subtilis. Lecane crepida Harring, 1914 Medidas morfométricas Tabela 3. Plancha I Figura 2a e b. Koste, 1978, pl. 76, Figura 6c-d;, 1995: 113, figs. 268-269. Lorica com formato retangular na região anterior e afinalado, na região posterior, após a dobra transversal. Placa dorsal menor que a placa ventral. Ambas as placas com ornamentações. Espinhos anterolaterais. Margens anterior ventral e dorsal sobrepondo-se paralelamente. Dobra transversal completa. Pseudo-segmento do pé extravasando a margem posterior. Dois pés com unhas nas extremidades, sem unhas acessórias. Comentários: primeiro registro dessa espécie para o plâncton na planície de inundação do alto rio Paraná. Ocorreu na lagoa Clara (subsistema Paraná). Anteriormente, registrada em amostras de meiofauna, na lagoa Boca do Ipoitã (subsistema Ivinheima) (Pereira, 2001).

Novas ocorrências de Lecane 169 Tabela 3. Medidas morfométricas de Lecane crepida. Dimensões Comprimento da placa ventral 80-116 80 Comprimento da placa dorsal 68-104 66 Largura da placa ventral 53-68 53 Largura da placa dorsal 45-52 42 Comprimento do pé 30-40 30 Comprimento da unha 9-16 10 Lecane bifurca (Bryce, 1892) Medidas morfométricas Tabela 4. Plancha I Figura 3. Koste, 1978, pl. 79, Figura 10; Sarma, 1988: 266, Figura 13a;, 1995: 139, figs. 350-353. Lorica com placa ventral inconsistente e menor que a placa dorsal lateralmente. Margem anterior ventral com pequena fissura na região mediana. Margem dorsal retilínea ou disforme. Pseudosegmento do pé grande. Pé simples, robusto e curto, com unhas separadas por fissura longitudinal, separando-as em disposição paralela e até divergente. Tabela 4. Medidas morfométricas de Lecane bifurca. Dimensões Comprimento da placa ventral 48-58 51 Comprimento da placa dorsal 48-58 45 Largura da placa ventral 42-58 41 Largura da placa dorsal 42-58 46 Comprimento do pé 15-19 16 Comprimento da unha 3-5 3,5 Comentários: primeiro registro dessa espécie no plâncton na planície de inundação do alto rio Paraná, ocorrendo na lagoa da Onça (subsistema Baía). É de difícil visualização, por causa do pequeno tamanho e lórica frágil (com fácil deformação). Anteriormente, foi registrada na meiofauna, da lagoa Boca do Ipoitã (subsistema Ivinheima) e lagoa da Onça (susbsistema Baía) (Pereira, 2001). Lecane obtusa (Murray, 1913) Medidas morfométricas Tabela 5. Plancha I Figura 4a e b. Koste, 1978, pl. 81, Figura 2a-b;, 1995: 151, Figura 375; Pourriot, 1996: 47, Figura 10. Lorica com margem lateral dorsal maior que a margem lateral ventral. Margem anterior dorsal levemente convexa, na região mediana da abertura. Margem anterior ventral levemente côncava, na região mediana da abertura. Placa ventral com dobra transversal e longitudinal incompletas. Pseudo-segmento do pé alongado e ultrapassando a margem posterior das placas dorsal e ventral. Pé simples e robusto na região posterior, com unhas separadas por fissura longitudinal. Tabela 5. Medidas morfométricas de Lecane obtusa. Dimensões Comprimento da placa ventral 62-90 61 Comprimento da placa dorsal 53-78 61,6 Largura da placa ventral 45-62 4,7 Largura da placa dorsal 45-78 61 Comprimento do pé 22-35 33 Comprimento da unha 6-13 7,4 Comentários: novo registro para a planície de inundação do alto rio Paraná, ocorrendo apenas na região litorânea da lagoa Genipapo (subsistema Paraná). Sua principal diferença em relação à L. galeata é o pseudo-segmento do pé que ultrapassa a margem posterior, característica não-presente nesta última espécie. Lecane thienemanni (Hauer, 1938) Medidas morfométricas Tabela 6. Plancha I Figura 5. Koste, 1978, pl. 84, Figura 14a-b (como L. hamata var. thienemanni);, 1995: 192, figs. 502-504. Lórica pequena, com a placa dorsal extravasando lateralmente a placa ventral, sendo a placa ventral maior posteriormente que a placa dorsal. Discreta ornamentação na placa dorsal. Margem ventral côncava e margem dorsal retilínea. Espinhos anterolaterais provenientes da placa ventral. Pseudosegmento do pé robusto e ultrapassando a margem posterior. Pé simples robusto e pontiagudo, a partir da região mediana. Tabela 5. Medidas morfométricas de Lecane bifurca. Dimensões Comprimento da placa ventral 76-123 63 Comprimento da placa dorsal 64-70 62 Largura da placa ventral 46-55 46 Largura da placa dorsal 62-64 59 Comprimento do pé 32-38 30 Comentários: novo registro para a planície de inundação do alto rio Paraná, ocorrendo na lagoa Genipapo, subsistema Paraná. Lecane bulla styrax (Harring e Myers, 1926) Medidas morfométricas Tabela 6.

170 Joko et al. Plancha I Figura 6. Koste, 1978, pl. 83, Figura 3a-b;, 1995: 143, Figura 360. Lorica com angulação na região mediana e alongada verticalmente. Margem lateral da placa ventral, sobrepondo à margem dorsal. Margem anterior ventral e dorsal côncavas, sendo a margem ventral com a concavidade mais acentuada. Dobra transversal incompleta. Pseudo-segmento do pé curto, não ultrapassando a margem posterior. Pé simples e comprido, com a região posterior longa e fina, sem unha e nem fissura longitudinal. Tabela 6. Medidas morfométricas de Lecane bulla styrax. Dimensões (2 indivíduos) Comprimento da placa ventral 105 Comprimento da placa dorsal 115 Largura da placa ventral 86 Largura da placa dorsal 82 Comprimento do pé 53 Comentários: forma menos comum de Lecane bulla, mas co-ocorrendo com as formas típicas e goniata. Pode, ainda, ser facilmente confundida com a forma típica. Diferencia-se das demais formas de L. bulla, principalmente, por apresentar pé com a região terminal bem afinalada e sem presença de pseudo-unhas fundidas e nem unhas acessórias. Lecane subtilis Harring e Myers, 1926 Medidas morfométricas Tabela 7. Plancha I Figura 7a, b e c. Koste, 1978, pl. 72, Figura 11a-b;, 1995: 83, figs. 202-203; José de Paggi, 2001: 27, Figura 8. Lorica, com margens laterais da placa ventral e dorsal enrugadas. Ornamentação nas placas ventral e dorsal, sendo mais evidente nesta última. Margens anterior ventral e dorsal retilíneas ou podendo apresentar discreta convexidade. Dobra transversal incompleta. Pseudo-segmento do pé ultrapassando a margem posterior. Dois pés retos, com unhas grandes. Tabela 7. Medidas morfométricas de Lecane subtilis. Dimensões Comprimento da placa ventral 60-75 73 Comprimento da placa dorsal 54-70 66 Largura da placa ventral 50-55 53 Largura da placa dorsal 50-60 51 Comprimento do pé 20-24 22 Comprimento da unha 5-8 5 Comentários: novo registro para o plâncton na planície de inundação do alto rio Paraná, ocorrendo na lagoa Maria Luiza (subsistema Baía). Anteriormente, registrada em amostras de meiofauna na lagoa Boca do Ipoitã (subsistema Ivinheima) (Pereira, 2001). Conclusão Apesar do grande conhecimento sobre a diversidade de Lecane, na planície de inundação do alto rio Paraná, o registro de novas ocorrências, neste estudo, indica que novos táxons podem ser encontrados. Os trabalhos já realizados, em grande parte, foram na região limnética dos ambientes, e a maioria dos táxons de Lecanidae, apesar de serem constantemente encontrados no plâncton, tem preferência por hábitats não-planctônicos. Dessa forma, visando ampliar o conhecimento sobre a diversidade de rotíferos nessa planície, os estudos taxonômicos devem tentar contemplar a grande heterogeneidade de habitats e microhabitats da planície, como regiões litorâneas e as extensas áreas colonizadas por macrófitas aquáticas. Agradecimentos Os autores agradecem ao Nupélia (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura) e PELD (sítio 6 da Pesquisa Ecológica de Longa Duração), pela infra-estrutura e pelos recursos que possibilitaram a realização desse trabalho. Ao CNPq, pela concessão de bolsa de Pós-graduação ao primeiro autor. À Érica Mayumi Takahashi, pela tradução do resumo. Referências AGOSTINHO, A.A.; ZALEWSKI, M. A planície alagável do alto rio Paraná: importância e preservação = Upper Paraná river floodplain: importance and presevartion. Maringá: Eduem, 1996. AOYAGUI, A.S.M. Diversidade de rotíferos na planície de inundação do alto rio Paraná (PR/MS-Brasil). 2006. Tese (Doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais) Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2006. BIENERT JR., R.W. A new species of Lecane (Rotifera: Lecanidae) from subtropical Florida. Hydrobiologia, Dordrecht, v. 141, p. 175-177, 1986. BONECKER, C.C. et al. Planktonic and non planktonic rotifers in two environments of upper Paraná river floodplain, state of Mato Grosso do Sul-MS, Brazil. Braz. Arch. Biol. Technol., Curitiba, v. 41, n. 4, p. 447-456, 1998. BONECKER, C.C. et al. Diversity and abundance of the planktonic rotifers in different environments of the Upper Paraná River floodplain (Paraná State Mato Grosso do Sul State). Hydrobiologia, Dordrecht, v. 546. n. 1, p. 405-414, 2005.

Novas ocorrências de Lecane 171 COMUNELLO, E.E. et al. Descrição dos locais de amostragem. Programa PELD/CNPq, 2000. Relatório técnico. Disponível em: <http://www.peld.uem.br/>. Acesso em: 21 fev. 2008. GREEN, J. Freshwater ecology in the Mato Grosso, Central Brazil. III. Associations of Rotifera in meander lakes of the Rio Suiá Missú. J. Nat. Hist., London, v. 6. p. 229-241, 1972. JOSÉ DE PAGGI, S. Rotifera (Monogononta) diversity in subtropical waters os Argentina. Ann. Limnol., Toulouse, v. 32, n. 4, p. 209-220, 1996. JOSÉ DE PAGGI, S. Diversity of Rotifera (Monogononta) in wetlands of Río Pilcomayo National Park, Ramsar Site (Formosa, Argentina). Hydrobiologia, Dordrecht, v. 462, p. 25-34, 2001. KOSTE, W. Rotatoria die Rädertiere Mitteleuropas. Begründet von Max Voight. Monogononta. Berlin: Gebrüder Borntraeger, 1978. KOSTE, W. Über die oootrenfaua in Gewässen südöstich on Concepción, Paraguay, Sädamerika. Osnabrucker Natturwiss. Mitt., Osnabruck, v. 12, p. 129-155,1986. LANSAC-TÔHA, F.A. et al. Composição, distribuição e abundância da comunidade zooplanctônica. In: VAZZOLER, A. E.A. et al. (Ed.). A planície de inundação do alto rio Paraná: aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos. Maringá: Eduem, 1997. p. 117-156. LANSAC-TÔHA, F.A. et al. Composition, species richness and abundance of zooplankton community. In: THOMAZ, S. M. et al. (Ed.). The upper Paraná river and its floodplain: physical aspects, ecology and conservation. Leiden: Backhuys Publishers, 2004a. p. 145-190. LANSAC-TÔHA, F.A. et al. Zooplankton in the Upper Paraná River floodplain: composition, richness, abundance and relationships with the hydrological level and the connectivity. In: AGOSTINHO A.A. et al. (Ed.). Structure and functioning of the Paraná River and its floodplain: LTER Site 6 (PELD-Sítio 6). Maringá: Eduem, 2004b. p. 75-84. NOGRADY, T. Rotifera: biology, ecology and systematics. Dordrecht: SPB Academic Publishing, 1993. PEREIRA, S.R.S. Meiofauna perifítica em ambientes lênticos da planície de inundação do alto rio Paraná. 2001. Tese (Mestrado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais)- Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2001. PEREIRA, S.R.S. et al. Influence of water level on periphyte meiofaunal abundance in six lagoons of the Upper Paraná River floodplain, Brazil. Acta Limnol. Bras., São Carlos, v. 19, n. 3, p. 273-283, 2007. POURRIOT, R. Rotifers from Petit Saut reservoir (French Guyana), with the description of a new taxon. Hydrobiologia, Dordrecht, v. 331, p. 43-52, 1996. SARMA, S.S.S. New records of freshwater rotifers (Rotifera) from Indian waters. Hydrobiologia, Dordrecht, v. 160, p. 263-269, 1988. SEGERS, H. Rotifera. The Hague: SPB. Academics, 1995. v. 2. SERAFIM JR., M. et al. Rotifers of the Upper Paraná River floodplain: additions to the checklist. Braz. J. Biol., São Carlos, v. 63, n. 2, p. 207-212, 2003. STEVAUX, J.C. Geomorfologia, sedimentologia e paleoclimatologia do alto curso do rio Paraná (Porto Rico, PR). Bol. Paraná Geocienc., Curitiba, v. 42, p. 97-112, 1994. Received on April 03, 2007. Accepted on October 28, 2007.