INFORMATIVO 14/2014 LEI Nº 13.043/2014: CONVERSÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 651/2014



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Transcrição:

Novo Hamburgo, 14 de novembro de 2014. INFORMATIVO 14/2014 LEI Nº 13.043/2014: CONVERSÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 651/2014 Foi publicada hoje, no Diário Oficial, a Lei nº 13.043/2014, resultante da conversão, com emendas, da Medida Provisória nº 651/2014, que dispõe, entre outras providências, sobre os fundos de índice de renda fixa, sob a responsabilidade tributária na integralização de cotas de fundos ou clubes de investimento por meio da entrega de ativos financeiros, sobre a tributação das operações de empréstimos de ativos financeiros e sobre a isenção de Imposto de Renda na alienação de ações de empresas pequenas e médias e prorroga o prazo de que trata a Lei nº 12.431/2011, o REFIS, desoneração da folha de pagamento, legislação do PIS e COFINS. Dentre as alterações, destacamos: INTEGRALIZAÇÃO DE COTAS DE FUNDOS OU CLUBES DE INVESTIMENTO POR MEIO DA ENTREGA DE ATIVOS FINANCEIROS Na integralização de cotas de fundos ou clubes de investimento por meio da entrega de ativos financeiros, fica o administrador que receber os ativos a serem integralizados responsável pela cobrança e pelo recolhimento do Imposto de Renda devido sobre o ganho de capital, observado: a) o disposto no inciso I do caput do art. 70 da Lei nº 11.196/2005 ; b) em relação aos ativos financeiros sujeitos ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), a responsabilidade pelo recolhimento do imposto será da instituição ou entidade que faça o pagamento ao beneficiário final, ainda que não seja a fonte pagadora inicial;

c) que cabe ao investidor que integralizar cotas de fundos e clubes de investimento com ativos financeiros a responsabilidade de comprovar o custo de aquisição dos ativos, observando-se que: c.1) a comprovação será feita por meio da disponibilização ao responsável tributário de nota de corretagem de aquisição, de boletim de subscrição, de instrumento de compra, venda ou doação, de declaração do imposto sobre a renda do investidor, ou de declaração do custo médio de aquisição, conforme instrução da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); c.2) cabe ao investidor disponibilizar previamente ao responsável tributário os recursos necessários para o recolhimento do Imposto de Renda devido e do IOF, quando aplicável; c.3) o investidor é responsável pela veracidade, integridade e completude das informações prestadas e constantes dos documentos mencionados na letra c.1 ; d) o custo de aquisição ou o valor da aplicação financeira não comprovado será considerado igual a zero, para fins de cômputo da base de cálculo do Imposto de Renda devido sobre o ganho de capital; e) que é vedada a integralização de cotas de fundos ou de clubes de investimento por meio da entrega de ativos financeiros que não estejam custodiados ou escriturados em pessoa jurídica autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelo Banco Central do Brasil a prestar tal serviço; f) que não se aplica o disposto nas letras a a e à integralização de cotas de fundos ou clubes de investimento por meio da entrega de imóveis, hipótese em que cabe ao cotista o recolhimento do Imposto de Renda, na forma prevista na legislação específica; GANHOS DE CAPITAL AUFERIDOS POR COTISTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO E DE TÍTULOS DO TESOURO NACIONAL Os rendimentos e ganhos de capital auferidos por cotistas de fundos de investimento, cujas cotas sejam admitidas à negociação no mercado secundário administrado por bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado, cujas carteiras sejam compostas por ativos financeiros que busquem refletir as variações e rentabilidade de índices de renda fixa (Fundos de Índice de Renda Fixa) e cujos regulamentos determinem que suas carteiras sejam compostas, no mínimo, por

75% de ativos financeiros que integrem o índice de renda fixa de referência, sujeitam-se ao Imposto de Renda exclusivamente na fonte, por ocasião do resgate ou da alienação das cotas ou da distribuição de rendimentos, às seguintes alíquotas: a) 25%, no caso de Fundos de Índice de Renda Fixa cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de repactuação igual ou inferior a 180 dias; b) 20%, no caso de Fundos de Índice de Renda Fixa cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de repactuação superior a 180 dias e igual ou inferior a 720 dias; e c) 15%, no caso de Fundos de Índice de Renda Fixa cuja carteira de ativos financeiros apresente prazo médio de repactuação superior a 720 dias; Os Fundos de Índice de Renda Fixa que descumprirem o percentual mínimo de composição definido anteriormente ficarão sujeitos à incidência do Imposto de Renda à alíquota de 30% durante o prazo do descumprimento; A periodicidade e a metodologia de cálculo do prazo médio de repactuação referido serão estabelecidas em ato do Ministro de Estado da Fazenda; A base de cálculo do Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos e ganhos auferidos por cotistas de Fundo de Índice de Renda Fixa será: a) no resgate de cotas - a diferença entre o valor da cota efetivamente utilizado para resgate, conforme condições estipuladas no regulamento do fundo, e o valor de integralização ou de aquisição da cota no mercado secundário, excluídos o valor do IOF e o dos custos e despesas incorridos, necessários à realização das operações; b) na alienação de cotas em mercado secundário - a diferença entre o valor da alienação e o valor de integralização ou de aquisição da cota no mercado secundário, excluídos o valor do IOF e o dos custos e despesas incorridos, necessários à realização das operações; e c) na distribuição de qualquer valor - o valor distribuído; São responsáveis pelo recolhimento do Imposto de Renda devido: a) na alienação de cotas em mercado secundário - a instituição ou entidade que faça o pagamento dos rendimentos ou ganhos ao beneficiário final, ainda que não seja a fonte pagadora original; e b) no resgate de cotas e na distribuição de qualquer valor - o administrador do fundo;

TRIBUTAÇÃO NAS OPERAÇÕES DE EMPRÉSTIMO DE AÇÕES E OUTROS TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS A remuneração auferida pelo emprestador nas operações de empréstimo de ações de emissão de companhias abertas realizadas em entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) será tributada pelo Imposto de Renda de acordo com as disposições previstas no art. 1º da Lei nº 11.033/2004, observando-se que: a) no caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro real, a referida remuneração será reconhecida pelo emprestador ou pelo tomador como receita ou despesa, conforme o caso, segundo o regime de competência; b) fica responsável pela retenção e pelo recolhimento do Imposto de Renda a entidade de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários autorizada pela CVM; O valor, integral ou parcial, reembolsado ao emprestador pelo tomador, decorrente dos proventos distribuídos pela companhia emissora das ações durante o decurso do contrato de empréstimo, é isento do Imposto de Renda para o emprestador, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior, observando-se que o valor do reembolso será: a) integral em relação aos proventos correspondentes às ações tomadas em empréstimo, caso ocorra o reembolso em decorrência do pagamento de valor equivalente: a.1) aos dividendos, em qualquer hipótese; e a.2) aos juros sobre o capital próprio (JCP), quando o emprestador não for sujeito ao Imposto de Renda de que trata o 2º do art. 9º da Lei nº 9.249/1995, por ser entidade imune, fundo ou clube de investimento, ou entidade de previdência complementar, sociedade seguradora e Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), no caso de aplicações dos recursos de que trata o art. 5º da Lei nº 11.053/2004 ; ou b) parcial em relação ao JCP correspondente às ações tomadas em empréstimo, deduzido o valor equivalente ao Imposto de Renda que seria retido e recolhido pela companhia em nome do emprestador na hipótese de o emprestador não ter colocado suas ações para empréstimo junto às entidades nos demais casos;

Será devido pelo tomador o Imposto de Renda à alíquota de 15% incidente sobre o valor correspondente ao JCP distribuído pela companhia emissora do papel objeto do empréstimo em ambientes, na hipótese de operação de empréstimo de ações que tenha, como parte emprestadora, pessoa física ou jurídica sujeita ao Imposto de Renda e, como parte tomadora, a entidade imune, o fundo ou clube de investimento ou, no caso de aplicações dos recursos de que trata o art. 5º da Lei nº 11.053/2004 : a) entidade de previdência complementar; b) sociedade seguradora; ou c) Fapi; No caso do tomador de ações por empréstimo, a diferença positiva ou negativa entre o valor da alienação e o custo médio de aquisição desses valores será considerada ganho líquido ou perda do mercado de renda variável, sendo esse resultado apurado por ocasião da recompra das ações, podendo na apuração do Imposto de Renda, ser computados como custo da operação as corretagens e demais emolumentos efetivamente pagos pelo tomador, observando-se que os valores de que trata a lei e serão computados como: a) despesa dedutível, no caso de tomador pessoa jurídica tributada com base no lucro real; e b) custo da operação, nos demais casos; O imposto também incidirá sobre as operações de empréstimo de títulos e valores mobiliários sujeitos à tributação pelo Imposto de Renda, de acordo com o disposto no art. 1º da Lei nº 11.033/2004, que tenham, como parte emprestadora, pessoa física ou jurídica sujeita ao Imposto de Renda e, como parte tomadora: a) entidade imune; b) fundo ou clube de investimento; ou c) no caso de aplicações dos recursos de que trata o art. 5º da Lei nº 11.053/2004 : c.1) entidade de previdência complementar; c.2) sociedade seguradora; ou c.3) Fapi; O tomador será responsável pelo pagamento do Imposto de Renda à alíquota de 15% incidente sobre os rendimentos distribuídos pelo título ou valor mobiliário sujeito à tributação pelo Imposto de Renda de acordo com o disposto no art. 1º da Lei nº 11.033/2004, objeto do contrato de

empréstimo, aplicando-se, no que couber, os 1º a 4º do art. 8º da norma em referência. E de outro lado, o emprestador pessoa física ou jurídica dos ativos será responsável pelo pagamento da diferença entre o percentual previsto no art. 1º da Lei nº 11.033/2004, e a alíquota de 15% sobre o rendimento distribuído pelo objeto do contrato de empréstimo, aplicando-se, no que couber, os 1º a 4º do art. 8º da mesma norma. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE ALIENAÇÃO EM BOLSA DE VALORES DE AÇÕES DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Observados os requisitos do art. 17 da norma em referência, fica isento do Imposto de Renda o ganho de capital auferido por pessoa física, até 31.12.2023, na alienação, realizada no mercado à vista de bolsas de valores, de ações que tenham sido emitidas por companhias que, cumulativamente: a) tenham as suas ações admitidas à negociação em segmento especial, instituído por bolsa de valores, que assegure, através de vínculo contratual entre a bolsa e o emissor, práticas diferenciadas de governança corporativa, contemplando, no mínimo, a obrigatoriedade de cumprimento das seguintes regras: a.1) realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA), a valor econômico estabelecido em laudo de avaliação, em caso de saída da companhia do segmento especial; a.2) resolução de conflitos societários por meio de arbitragem; a.3) realização de oferta pública de aquisição para todas as ações em caso de alienação do controle da companhia, pelo mesmo valor e nas mesmas condições ofertadas ao acionista controlador (tag along); e a.4) previsão expressa no estatuto social da companhia de que seu capital social seja dividido exclusivamente em ações ordinárias; b) tenham valor de mercado inferior a R$ 700.000.000,00: b.1) na data da oferta pública inicial de ações da companhia, para as companhias de capital fechado em 10.07.2014;

b.2) em 10.07.2014, para as ações das companhias que já tenham efetuado oferta pública inicial de ações na mesma na data; ou b.3) na data da oferta pública de ações subsequente, para as companhias já enquadradas nos casos a que se referem as letras a.1 e a.2 ; c) tenham receita bruta anual inferior a R$ 500.000.000,00, apurada em balanço consolidado, no exercício social imediatamente anterior ao da: c.1) data da oferta pública inicial de ações da companhia, para as companhias de capital fechado em 10.07.2014; c.2) em 10.07.2014, para as ações das companhias que já tenham efetuado oferta pública inicial de ações na mesma data; ou c.3) data da oferta pública de ações subsequente, para as companhias já enquadradas nos casos a que se referem as alíneas a.1 e a.2 ; e c.4) verifique-se distribuição primária correspondente a, no mínimo, 67% do volume total de ações de emissão pela companhia: c.4.1) na oferta pública inicial de ações de emissão da companhia, para as companhias de capital fechado desde 10.07.2014; c.4.2) na oferta pública inicial de ações de emissão da companhia, para as companhias de capital aberto em 10.07.2014; e c.4.3) caso exista, na oferta pública de ações subsequente, realizada desde 10.07.2014; Ficam isentos do Imposto de Renda os rendimentos auferidos por pessoa física no resgate de cotas de fundos de investimento em ações constituídos sob a forma de condomínio aberto e que atendam aos requisitos previstos no art. 18 da referida norma, observando-se que os fundos de investimento em ações deverão: a) possuir, no mínimo, 67% de seu patrimônio aplicado em ações cujos ganhos sejam isentos do Imposto de Renda conforme disposto no art. 16 da mesma norma; b) ter prazo mínimo de resgate de 180 dias; e c) ter a designação FIA-Mercado de Acesso.

PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Foram também alteradas as regras referentes às publicações ordenadas pela Lei nº 6.404/1976, das companhias que atendam aos requisitos estabelecidos no art. 16 na norma referenciada, as quais serão feitas por meio do site na Internet da CVM e da entidade administradora do mercado em que as ações da companhia estiverem admitidas a negociação. Assim, tais companhias ficam dispensadas de fazer suas publicações no órgão oficial da União, ou do Estado ou do Distrito Federal e em outro jornal de grande circulação editado na localidade em que está situada a sede da companhia durante o período em que fizerem jus ao benefício estabelecido no art. 16. REABERTURA DO REFIS: ATÉ 1º DE DEZEMBRO DE 2014 Foi alterado o art. 2º da Lei nº 12.996/2014 para determinar que fica reaberto, até o dia 1º.12.2014, o REFIS, atendidas as demais condições estabelecidas em lei. REINSTITUIÇÃO DO REINTEGRA: CRÉDITO PRESUMIDO PARA EXPORTADORES A norma também reinstituiu o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que tem por objetivo devolver parcial ou integralmente o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados, observando-se que: a) no âmbito do Reintegra, a pessoa jurídica que exporte os bens de que trata o art. 23 da referida norma poderá apurar crédito, mediante a aplicação de percentual estabelecido em portaria do Ministro de Estado da Fazenda, sobre a receita auferida com a exportação desses bens para o exterior, observando-se que o fará jus crédito a partir da publicação da Portaria mencionada. Ressalta-se que o percentual referido poderá variar entre 0,1% e 3%, admitindo-se diferenciação por bem; b) considera-se também exportação a venda a empresa comercial exportadora (ECE), com o fim específico de exportação para o exterior;

c) entende-se como receita de exportação o valor do bem no local de embarque, no caso de exportação direta, ou o valor da nota fiscal de venda para ECE, no caso de exportação via ECE; O valor do crédito apurado não será computado na base de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL). O crédito do Reintegra somente poderá ser compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela RFB, observada a legislação específica; ou ressarcido em espécie, observada a legislação específica; O Poder Executivo regulamentará o disposto nos arts. 21 a 28 da norma em referência, contemplando a relação de que trata o inciso II do caput do art. 23 da mesma norma. PIS E COFINS SOBRE A RECEITA DE ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA Com relação à Lei nº 9.718/1998, destacamos que: a) o art. 3º, 2º, dispõe que, para fins de determinação da base de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, excluem-se da receita bruta, entre outros, as receitas de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei nº 6.404/1976, decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível; b) a pessoa jurídica poderá excluir da base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita decorrente da alienação de participação societária o valor despendido para aquisição dessa participação, desde que a receita de alienação não tenha sido excluída da base de cálculo das mencionadas contribuições na forma da letra a ; c) a Cofins, no regime cumulativo, incidente sobre as receitas decorrentes da alienação de participações societárias deve ser apurada mediante a aplicação da alíquota de 4%. Destacamos também as alterações das Leis nº 10.637/2002, art. 8º, XIII, e da Lei nº 10.833/2003, art. 10, XXX, os quais estabelecem que devem permanecer sujeitas às regras do regime cumulativo, para efeito da contribuição para o PIS/Pase e da Cofins, as receitas decorrentes da alienação de participações societárias.

TRIBUTAÇÃO INCENTIVADA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Foi alterado o art. 2º, 1º, da Lei nº 12.431/2011, para dispor que, no caso de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico, constituída sob a forma de sociedade por ações, dos certificados de recebíveis imobiliários e de cotas de emissão de fundo de investimento em direitos creditórios, constituídos sob a forma de condomínio fechado, relacionados à captação de recursos com vistas em implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Executivo federal, os rendimentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no País sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda, exclusivamente na fonte, às alíquotas a seguir, observando-se que aplicam-se somente aos ativos que atendam ao disposto nos 1º, 1º-A, 1º-B, 1º-C e 2º do art. 1º, emitidos entre a data da publicação da regulamentação mencionada no 2º do art. 1º e 31.12.2020: a) zero, quando auferidos por pessoa física; e b) 15%, quando auferidos por pessoa jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, pessoa jurídica isenta ou optante pelo Simples Nacional. REFIS: APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS FISCAIS NO PAGAMENTO DE DÉBITOS E DEMAIS DISPOSIÇÕES SOBRE PARCELAMENTOS No tocante ao parcelamento de débitos tributos e contribuições federais, o contribuinte que tiver débitos de natureza tributária, vencidos até 31.12.2013, perante a RFB ou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) poderá, mediante requerimento, utilizar créditos próprios de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSL, apurados até 31.12.2013 e declarados até 30.06.2014, para a quitação antecipada dos débitos parcelados.

PIS E COFINS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: RECEITA SUJEITA AO REGIME CUMULATIVO A nova redação dada ao inciso XX do art. 10 da Lei nº 10.833/2003 tornou definitivo o regime cumulativo da Cofins e da contribuição para o PIS-Pasep as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil (na redação anterior, a sujeição dessas receitas nesse regime de tributação das contribuições seria encerrada 31.12.2015). DESONERAÇÃO DA FOLHA SE TORNA PERMANENTE E ALGUNS SETORES SÃO EXCLUÍDOS A desoneração da folha de pagamento se tornou definitiva (na redação anterior, a desoneração encerraria seus efeitos no dia 31 de dezembro de 2014). O Governo Federal, todavia, vetou a inclusão dos novos setores da economia que estavam previstos na legislação original, quais eram: engenharia e arquitetura (CNAE 711); transporte rodoviário de passageiros sob regime de fretamento; comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas (CNAE 4771-7/01); comércio varejista de produtos farmacêuticos, com manipulação de fórmulas (CNAE 4771-7/02). RESTITUIÇÃO DO SALDO CREDOR DE PIS/COFINS: INDUSTRIALIZAÇÃO OU IMPORTAÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICADOS NA POSIÇÃO 30.03 Poderá ser objeto de compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela RFB, observada a legislação específica aplicável à matéria; ou pedido de ressarcimento em espécie, observada a legislação específica aplicável à matéria: o saldo credor da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins apurado pelas pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou à importação dos produtos classificados na posição 30.03, exceto no código 3003.90.56, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e

3006.30.2 e nos códigos 3001.20.90, 3001.90.10, 3001.90.90, 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10 e 3006.60.00, todos da TIPI, sujeitas ao regime não cumulativo das contribuições, em relação a custos, despesas e encargos vinculados à produção e à comercialização dos referidos produtos, acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário.