Revisão aprovada na CECA pela Deliberação nº 2491 de 05.10.91, publicada no



Documentos relacionados
Notas: Aprovada pela Deliberação CECA n 4887, de 25 de setembro de 2007 Republicada no DOERJ de 08 de novembro de 2007.

NORMA TÉCNICA CONTROLE DE CARGA ORGÂNICA NÃO INDUSTRIAL CPRH N 2.002

b) esgotos sanitários gerados em indústrias com sistema de tratamento independente.

ANEXO NORMATIVIDAD DE BRASIL

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS

Estaleiro e Base Naval para a Construção de Submarinos Convencionais e de Propulsão Nuclear

Eficiência de remoção de DBO dos principais processos de tratamento de esgotos adotados no Brasil

Localização: margem esquerda do ribeirão Arrudas (região outrora conhecida como Marzagânia) Tratamento preliminar: perímetro urbano de Belo Horizonte

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS E EFLUENTES NA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS

AEROTEC SANEAMENTO BÁSICO LTDA.

Sistemas Compactos de Tratamento de Esgotos Sanitários para Pequenos Municípios

Introdução ao Tratamento de Efluentes LíquidosL. Aspectos Legais. Usos da Água e Geração de Efluentes. Abastecimento Doméstico

DZ-942.R-7 - DIRETRIZ DO PROGRAMA DE AUTOCONTROLE DE EFLUENTES LÍQUIDOS - PROCON ÁGUA

feema - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente Curso de Legislação e Normas para o Licenciamento Ambiental Junho de 2002

NORMA TÉCNICA CONTROLE DE CARGA ORGÂNICA EM EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS CPRH N 2.001

Numa fossa séptica não ocorre a decomposição aeróbia e somente ocorre a decomposição anaeróbia devido a ausência quase total de oxigênio.

Química das Águas - parte 3

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ETAPAS DE UM TRATAMENTO DE EFLUENTE

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOMBINHAS 3ª AUDIÊNCIA PÚBLICA

NORMA TÉCNICA INSTRUÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS CPRH N 2.005

TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

Introdução ao Tratamento de Resíduos Industriais

Controle de Qualidade do Efluente e Monitoramento da ETE

PROTEÇÃO AMBIENTAL. Professor André Pereira Rosa

Aplicação de Reúso na Indústria Têxtil

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR

feam FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE PARECER TÉCNICO

Um pouco da nossa história

RESOLUÇÃO ARSAE-MG 015, de 24 de janeiro de 2012.

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE

Licenciamento e Controle Ambiental em Abatedouros de Frangos

E-07/ /05 FEEMA - FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

Tratamento de Efluentes na Indústria e Estabelecimentos de Alimentos

GUIA DE PREENCHIMENTO

Parâmetros de qualidade da água. Variáveis Físicas Variáveis Químicas Variáveis Microbiológicas Variáveis Hidrobiológicas Variáveis Ecotoxicológicas

DECRETO N , DE 8 DE JUNHO DE 1997 TÍTULO VI DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS NA REDE COLETORA DE ESGOTOS DEC DE

REUSO PLANEJADO DA ÁGUA: UMA QUESTÃO DE INTELIGÊNCIA...

Sumário. manua_pratic_05a_(1-8)_2014_cs4_01.indd 9 26/05/ :40:32

Superintendência de Água e Esgoto Av. Hugo Alessi, 50 Industrial Araguari-MG Tel: sae@netsite.com.br

LANÇAMENTO DE EFLUENTES

Tecnologia EM no Tratamento de Águas e Efluentes

Anexo IX. Ref. Pregão nº. 052/2011 DMED. ET Análises de Água e Efluentes

Aplicação do software Elipse E3 na Estação de Tratamento de Esgoto ABC ETEABC, em São Paulo

ESGOTAMENTO. Conceitos básicosb

ANEXO V QUESTIONÁRIO AMBIENTAL

Resoluções RESOLUÇÃO Nº 9, DE 31 DE AGOSTO DE 1993

ATO nº 03/2009. Artigo 2º - Para os efeitos deste Ato, são considerados efluentes especiais passíveis de recebimento pelo SAAE:

SISTEMA DE LODOS ATIVADOS SISTEMA DE LODOS ATIVADOS SISTEMA DE LODOS ATIVADOS SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE CONEMA RESOLUÇÃO Nº 01/2014

INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PCA SUINOCULTURA

O processo de tratamento da ETE-CARIOBA é composto das seguintes unidades principais:

Sistema Integrado de Licenciamento - SIL

Análise Técnica. 1. Introdução

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Sistemas de Tratamento de Efluentes Líquidos Industriais

Professor Antônio Ruas. 1. Créditos: Carga horária semanal: 4 3. Semestre: 2 4. Introdução ao estudo dos esgotos.

MARETE INDUSTRIAL APLICAÇÕES

PRAIA LIMPA É A NOSSA CARA. TRATAMENTO BIOLÓGICO DE EFLUENTES

Tanques Sépticos e Disposição de Efluentes de Tanques Sépticos

Sistema de Tratamento de Esgoto Sanitário. Categoria do projeto: III Projetos finalizados (projetos encerrados)

Notas: Aprovada pela Deliberação CECA nº 4.497, de 03 de setembro de Publicada no DOERJ de 21 de setembro de 2004.

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio

LEI N 1.192, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2007

O CONSELHO DE GESTÃO DA AGÊNCIA GOIANA DE REGULAÇÃO, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, no uso de suas atribuições legais e,

Formulário de Resíduos Sólidos

Fossas Sépticas, TIPO ECODEPUR De acordo com a Norma EN

As Diretrizes de Sustentabilidade a serem seguidas na elaboração dos projetos dos sistemas de abastecimento de água são:

CATÁLOGO DOS PRODUTOS QUIMICOS

POLUIÇÃO DE CORPOS D ÁGUA (Acqua Engenharia)

Tratamento de Efluentes

Limites de emissão para poluentes atmosféricos gerados em processos de geração de calor a partir da combustão de derivados da madeira.

Reuso macroexterno: reuso de efluentes provenientes de estações de tratamento administradas por concessionárias ou de outra indústria;

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE

RELATÓRIO ANUAL DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional Identificação: PROSHISET 06

Aula 1º P ESA A Importância do Tratamento dos Esgotos

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE PARA SELEÇÃO DE TIPOS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS PARA PEQUENAS COMUNIDADES

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES OPERACIONAIS DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NA ANÁLISE DE FÓSFORO TOTAL

GESTÃO AMBIENTAL. Avaliação de Impactos Ambientais ... Camila Regina Eberle

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE MATERIAIS E SERVIÇOS DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

GUIA DE PREENCHIMENTO

SISTEMA DE LODOS ATIVADOS

Produção Integrada da Batata DESTINO CORRETO DAS ÁGUAS RESIDUÁRIAS RIAS DA LAVAGEM DA BATATA. Prof. Alisson Borges DEA-CCA-UFV Araxá, agosto de 2007

Sandra Heidtmann 2010

Engº. Gandhi Giordano

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Bases de Apoio a Empresas Transportadoras de Cargas e Resíduos - Licença de Instalação (LI) -

Gestão Ambiental. para Empresas de Pequeno Porte

LIGAÇÃO COMERCIAL OU INDUSTRIAL DE ESGOTO

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE REATOR UASB NO TRATAMENTO DE EFLUENTES GERADOS POR HOSPITAL DA SERRA GAUCHA

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA. Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013

PARÂMETROS QUALITATIVOS DA ÁGUA EM CORPO HÍDRICO LOCALIZADO NA ZONA URBANA DE SANTA MARIA RS 1

ROTM800GF ROTM1000GF ROTM1500G2F

RESULTADOS PARCIAIS DO EMPREGO DE METODOLOGIA PARA INTEGRAR SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES AGROINDUSTRIAIS NO IFTRIÂNGULO UBERABA MG

de diminuir os teores de carbono e impurezas até valores especificados para os diferentes tipos de aço produzidos;

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Fausto Pinato)

Estudo de Caso de Sistemas de Tratamento de Efluentes Domésticos com o Uso de Indicadores Ambientais

REGULAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DA DISPOSIÇÃO DOS EFLUENTES SANITÁRIOS DO LOTEAMENTO NINHO VERDE I

Transcrição:

DZ - 205.R-5 DIRETRIZ DE CONTROLE DE CARGA ORGANICA EM EFLUENTES LIQUIDOS DE ORIGEM INDUSTRIAL NOTAS: Revisão aprovada na CECA pela Deliberação nº 2491 de 05.10.91, publicada no D.O.E.R.J. de 24.10.91. Processo E-07/201715/86 OBJETIVO Estabelecer, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP, exigências de controle de poluição das águas que resultem na redução de: - Matéria orgânica biodegradável de origem industrial - Matéria orgânica não biodegradável de origem industrial; e - Compostos orgânicos de origem industrial que interferem nos mecanismos ecológicos dos corpos d água e na operação de sistemas biológicos de tratamento implantados pelas indústrias, pela CEDAE e pelos Serviços Autônomos de Esgoto dos Municípios. DOCUMENTOS DE REFERENCIA Documentos aprovados pela Comissão Estadual de Controle Ambiental - CECA e publicado nos Diários Oficial do Estado do Rio de Janeiro: - NT - 202.R-10 - Critério e padrões para lançamento de Efluentes Líquidos. - DZ - 205.R-4 - Diretriz de controle de Carga Orgânica em Efluentes Líquidos Industriais. - NT - 213.R-4 - Critérios e padrões para controle de toxidade em efluentes líquidos Industriais. - MF - 402.R-1 - Método de coleta de amostras em efluentes líquidos Industriais. - DZ - 942.R-7 - Diretriz de implantação do programa de autocontrole - PROCON. DEFICIENCIAS Para efeito desta Diretriz, são adotadas as seguintes definições: 3.1.MATERIA ORGANICA BIODEGRADAVEL

E a parcela de matéria orgânica de um efluente suscetível á decomposição por ação microbiana, nas condições ambientais. E representada pela Demanda Bioquímica de oxigênio (DBO), e expressa em termos de concentração (mg02/1) ou carga (Kg de DBO/dia). Sua redução será exigida em termos de percentual de remoção de DBO. 3.2.MATERIA ORGANICA NAO BIODEGRADAVEL E a parcela de matéria orgânica pouco suscetível á de composição por ação microbiana, nas condições ambientais ou em condições pré estabelecidas. A existência e magnitude da matéria orgânica não biodegradável, em relação a parcela biodegradável, são avaliadas através do cálculo da relação entre a Demanda Química de Oxigênio (DQO) e a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), em concentração ou carga negativa ao mesmo período de tempo. Um efluente terá mais características de não biodegradabilidade quanto maior for sua relação DQO/DBO. A DQO é expressa em termos de concentração(mg02/1) ou carga (Kg de DGQ/dia). A redução de matéria orgânica não biodegradável será exigida em termos de redução da DQO e/ou de redução da relação DQO/DBO. 3.3.EFLUENTES ORGANICOS DE ORIGEM INDUSTRIAL Despejos provenientes do estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo industrial, esgotos sanitários, águas pluviais contaminadas e outras águas contaminadas com matéria orgânica. 4.ABRANGENCIA A presente diretriz é pertinente ás atividades industriais. 5.FILOSOFIA DE CONTROLE 5.1.REDUÇAO DE MATERIA ORGANICA BIODEGRADAVEL Todas as atividades poluidoras industriais que gerem efluentes contendo matéria orgânica biodegradável deverão reduzi-la através das tecnologias de tratamento internacionalmente consagradas e disponíveis. Este é o enfoque de controle por níveis mínimos de remoção de carga orgânica. As tecnologias podem ser divididas em dois grupos, a saber: - Nível básico(eficiência de remoção de DBO mínima de 70%) : valo de oxidação, reator anaeróbico de fluxo ascendente, fossa séptica seguida de filtro anaeróbico de leito fluidizado, filtro biológico, etc. - Processos biológicos convencionais( eficiência de remoção de DBO mínima de 90%): lodo ativado convencional, areção prolongada, reatores anaeróbicos, etc. O nível mínimo de eficiência a ser exigido (70% ou 90%) dependerá da carga orgânica total lançada pela atividade poluidora. O estabelecimento de exigências de remoção de carga orgânica em função das tecnologias aqui citada não implica necessariamente na implantação das mesmas, mas na exigência de que essas remoções sejam

atingidas. Exigências adicionais serão feitas sempre que for necessária a compatibilização dos lançamentos com os critérios e padrões de qualidade de água estabelecidos para o corpo receptor, segundo seus usos benéficos(regulamentação estadual) ou segundo classes que agrupam determinados usos preponderantes (regulamentação federal). No caso de lançamento em rede coletora dotada de tratamento, a licença da atividade poluidora ficará condicionada á comprovação pelo orgão responsável pela operação, da capacidade de escoamento e tratamento da carga orgânica biodegradável. Sendo tal capacidade insuficiente, caberá unicamente á atividades poluidora para lançamento em rede coletora não dotada de tratamento. De qualquer forma, a remoção de sólidos grosseiros deverá ser feita por estas atividades, como medida indispensável de proteção da rede coletora. Fica a critério da FEEMA o estabelecimento de exigências especificadas de remoção de DBO para as atividades poluidoras industriais localizadas em áreas dotadas de rede coletora sem tratamento, cuja contribuição de matéria orgânica seja exclusivamente de esgotos sanitários, e cujo número de funcionários seja inferior a 50(cinqüenta). REDUÇAO DE MATERIA ORGANICA NAO BIODEGRADAVEL E DE COMPOSTOS QUE INTERFEREM NA BIOTICA AQUATICA E NOS SISTEMAS BIOLOGICOS DE TRATAMENTO. Todas as atividades poluidoras industriais deverão implantar tecnologia menos poluentes e/ou sistemas de pré-tratamento de controle da matéria orgânica não biodegradável e da carga de poluentes que interferem no metabolismo da flora e fauna aquática e na operação dos sistemas biológicos de tratamento. No caso de lançamento em rede coletora dotada de tratamento biológico, cujo orgão operador seja a CEDAE ou serviço Autônomo de um Município ou um orgão responsável pelo tratamento conjunto de efluentes de origem industrial, será exigido da atividade industrial, para cada lançamento, a implantação de pré - tratamento ou tecnologia menos poluente, de modo a compatibilizar o lançamento com o sistema de tratamento biológico com os usos benéficos do corpo receptor. Os poluentes orgânicos que passam tratamento biológico sem serem removidos, sendo portanto não biodegradáveis, e aqueles que interferem nos sistemas biológicos naturais, podem causar diversos danos e, por isso, não poderão ser introduzidos nestes sistemas sem a adoção de pré - tratamento ou de tecnologias menos poluentes. Dentre eles destacam-se - poluentes que causam inibição á atividade dos microorganismos de sistemas biológicos de tratamento, - poluentes que geram riscos de incêndio e explosão nos sistemas de tratamento. - poluentes que causam danos de corrosão nas estruturas de estação de tratamentos,

- poluentes lançados, em volume ou carga tal, que ocasionem interferência nos sistemas de tratamento biológico, como por exemplo os que demandam alto consumo de oxigênio. EXIGENCIAS DE CONTROLE MATERIA ORGANICA BIODEGRADAVEL As atividades poluidoras industriais com carga de DBO igual ou superior a 100Kg/dia, deverão atingir remoção de DBO de no mínimo 90%. Para o restante das atividades, será exigida remoção de sólidos grosseiros, sedimentáveis materiais flutuantes e DBO, correspondendo ao nível básico de tecnologia de controle de carga orgânica biodegradável, ou seja, um mínimo de 70% de remoção de DBO, ausência de sólidos sedimentáveis inferiores a 0,5ml/1. As indústrias novas que implantarem o nível básico de tecnologia deverão reservar área para eventual implantação de tratamento com remoção de DBO de 90%. No caso de indústrias com carga bruta igual ou superior a 100KgDBO/dia, e localizados nas bacias contribuintes ou à margem dos lagos, lagoas, lagunas e reservatórios, deve ser reservada área para implantação de tratamento para remoção de nutrientes. CARGA ORGANICA NAO BIODEGRADAVEL Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos d água desde que obedeçam aos seguintes limites de Demanda Química de Oxigênio. - Indústrias Químicas(*) e Petroquímicas: <250mg/1 unidades <150mg/1 - Fabricação de Produtos Farmacêuticos e Veterinários (exclusive de fabricação de antibióticos por processo fermentativo): - Fabricação de Antibióticos por processo fermentativo:< 300mg/1 - Fabricação de bebidas (cerveja, refrigerantes, vinhos, aguardentes, exclusive destilarias de álcool): < 150mg/1 - Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas, ipermeabilizantes, secantes, e rezinas/massa plásticas: < 300mg/1 - Cortume e processamento de couros e peles: < 400mg/1 - Operações unitárias de tratamento de superfícies(efetuados em indústria do gênero metalúrgico, siderúrgico mecânico, material de transporte, material elétrico, eletrônico e de comunicações, editorial e gráfico, material plástico, borracha, aparelho instrumentos e materiais fonográficos, fotográficos e óticos): <200mg/1 - Indústria Alimentícias (exclusive pescado):<400mg/1 - Indústria de Pescado:<500mg/1

- Fabricação de Cigarros, charutos e preparação de Fumo:<450mg/1 - Indústria Têxtil: < 200mg/1 - Indústria Siderúrgicas e Metalúrgicas: Coqueira, Carboquímica e Alto Forno: <200mg/1 Aciaria e Laminação: <150mg/1 <100mg/1 Demais Unidades(exceto setor de tratamento de superfícies): - Papel e Celulose: <200mg/1 No ramo químico incluem-se: produção de elementos químicos e produtos químicos orgânicos e inorgânicos, fabricação de corantes e pigmentos, produção de óleos, essências vegetais e outros produtos da destilação da madeira, fabricação de concentrados aromáticos, fabricação de matérias plásticas, plastificantes, fios e fibra artificiais e sintética e de borracha e látex sintético (inclusive polimerização de matérias plásticas para extrução de fios), fósforo de segurança e artigos pirotécnicos, fabricação de para limpeza e polimentos, desinfetantes, inseticidas, herbicidas. As atividades poluidoras industriais cujos efluentes são encaminhados a um sistema biológico de tratamento( da própria indústria ou da CEDAE, Serviço Autônomo de Município ou ainda de complexo industrial), e cuja relação a DQO/DBO seja igual ao superior a 4:1, deverão implantar tecnologia menos poluente ou sistema de pré - tratamento de controle da carga orgânica não biodegradável. Para as atividades com tratamento na própria indústria a relação DQO/DBO deverá ser determinada no efluente que entra na Estação de Tratamento, considerando o efluente de origem industrial como um todo, ou em locais representados de efluentes individuais - por unidade de produção ou correntes isoladas de efluente - ficando a critério da FEEMA identificar o(s) ponto(s) de amostragem. Para as atividades que laçam em redes coletoras com sistema de tratamento, determinação de relação DQO/DBO deverá ser feita no efluente que sai da fábrica. Neste mesmo ponto de amostragem deverão ser atendidos os critérios e padrões da NT-202-R.10 e da NT-213-R.4. As indústrias químicas cujos efluentes são encaminhados a sistema biológicos de tratamento, além de se enquadrarem no limite de lançamento de DQO e na relação DBO/DQO, deverão limitar a DQO na saída de cada fábrica ou unidade de produção a um valor menor ou igual a 4000mg/1. Se necessário, a FEEMA poderá limitar a DQO na saída de uma única linha de produção. Em nenhuma hipótese será permitida a diluição dos efluentes líquidos com o objetivo de atender aos limites de lançamento. Na hipótese de fonte geradora de diferentes despejos ou lançamentos individualizados, as concentrações máximas vigentes nesta Diretriz aplicar-se-ão a cada um deles ou ao conjunto, após a mistura, a critérios da FEEMA.

Todas as atividades poluidoras industriais que utilizem refeitório em suas dependências deverão instalar sistema de remoção de sólidos e gordura antes de sua destinação. PRAZO DE ADEQUAÇAO As atividades industriais já implantadas terão prazo de 18 meses, a partir da data de publicação desta Diretriz, para se enquadrarem às novas exigências previstas nesta revisão da DZ-205. As atividades industriais que já estão cumprindo exigências estabelecidas na DZ-205.R-4 e que foram mantidas nesta revisão, deverão cumprir os prazos já estabelecidos. As atividades industriais já implantadas que tenham DQO superior aos limites estabelecidos nesta Diretriz, ou relação DQO/DBO igual ou superior a 4:1, terão prazo de 6(seis) meses, a partir da data de publicação desta Diretriz, para apresentarem à FEEMA o projeto de prétratamento ou de implantação de tecnologia menos poluentes.