Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Sistemas de Tratamento de Efluentes Líquidos Industriais
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- Marta Damásio Cunha
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1 Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Sistemas Avenida Nascimento de Castro, 2127 Lagoa Nova Natal RN Documento sujeito a revisões periódicas CEP Tel: (84) / / / Data de Emissão: Fax: (84) Inscrição no CNPJ (MF) / /07/2014 Website: idema-atendimento@rn.gov.br
2 Página MEMORIAL DESCRITIVO a) Informações Cadastrais Nome e razão social (completos) da indústria; Endereço completo; Tipo (natureza) do estabelecimento industrial; Situação da indústria (em atividade, em ampliação ou reforma, ou em implantação); Área total construída ou a ser construída, destinada a futuras instalações e destinada ao sistema de tratamento de águas residuárias; Mão-de-obra: atual (indústria em atividade), por ocasião do início da operação (indústria em implantação ou ampliação), por ocasião de ampliações futuras, ou decorridos 1, 2 e 5 anos da apresentação do projeto. b) Informações Sobre o Processo Industrial Matérias-primas e produtos auxiliares: tipo; composição química, do modo mais exato possível (se soluções ou suspensões, indicar as suas concentrações); estado físico e quantidades consumidas por dia, mês e ano; Produtos fabricados: tipo, produção diária, mensal e anual (se variável, indicar valores médios e máximos); Descrição detalhada do processo industrial, dando ênfase aos processos ou operações que dão origem aos efluentes líquidos. c) Informações Sobre a Água Utilizada Fontes de abastecimento: tipo (rio, lagoa, poços freáticos, poços profundos, rede pública, etc.), vazão aduzida (média, mínima e máxima) e período de adução; Usos: industrial, sanitário, caldeiras, circuitos de refrigeração, etc. (indicar a vazão para cada uso e a vazão de utilização); Processo de tratamento e de condicionamento da água: tipo, produtos químicos utilizados e efluentes eventualmente gerados. d) Informações Sobre as Águas Pluviais Descrição do sistema de captação, transporte e disposição final das águas pluviais. e) Informações Sobre os Esgotos Sanitários Descrição do sistema de coleta, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, fornecendo dados de vazão. Quando for previsto qualquer sistema de tratamento aplica-se o disposto nas alíneas h, i, j, k, e l desta Instrução Técnica. f) Informações Sobre os Efluentes Líquidos Industriais Caracterização Quantitativa - Relacionar todos os efluentes líquidos industriais provenientes das áreas de processamento e das áreas de utilidades (purgas de caldeiras, purgas de sistemas de resfriamento, descargas do sistema de tratamento de água, etc.); - Indicar, para cada efluente isoladamente, dados de vazão, volume e periodicidade das descargas;
3 Página Apresentar, por meio de diagramas de blocos, balanço material para a água utilizada na indústria (balanço hídrico), indicando: vazões aduzidas das diversas fontes, vazões utilizadas nas diversas operações, processos e usos, vazões dos efluentes líquidos originados nas diversas operações e processos, vazões em cada ponto de lançamento, todos os circuitos fechados que porventura existam. Todas as vazões indicadas deverão ser, obrigatoriamente, as vazões diárias de projeto (litro/dia ou m 3 /dia). Caracterização Qualitativa Fornecer, para cada efluente isoladamente, os valores máximos, médios e mínimos das características físico-químicas necessárias à sua caracterização, englobando, no mínimo, aquelas características objeto de limitações na Legislação vigente, aplicáveis aos efluentes em questão. - No caso de efluentes descontínuos, indicar: a periodicidade das descargas, o volume descarregado de cada vez e a duração ou vazão de descarga; - No caso de efluentes contínuos de vazão constante, indicar: a vazão horária, e a vazão diária ou o período diário de descarga do efluente; - No caso de efluentes contínuos de vazão variável, indicar: a variação da vazão ao longo de 24 horas ou ao longo de um ciclo completo de operação ou processo que dá origem ao efluente, no máximo de hora em hora; - No caso de estabelecimento em atividade, os dados solicitados deverão ser, obrigatoriamente, obtidos por meio de levantamento na indústria, devendo os processos de medição, se houver impossibilidade física de dados reais para cada efluente isoladamente, fornecerem os dados para misturas de efluentes (desde que não haja necessidade de segregação para tratamento), justificando a impossibilidade mencionada e descrevendo, com detalhes, a técnica de amostragem, dentre outros aspectos relevantes; - Fornecer croquis, indicando pontos de medição de vazão, pontos de amostragem, quantidade e tipos de amostras retiradas. g) Informações Sobre a Disposição Final dos Efluentes Informar para cada efluente gerado (águas pluviais, esgotos sanitários, efluentes industriais) a disposição final adotada (infiltração no solo, lançamento na rede pública e/ou lançamento em corpo d água); No caso de lançamento em corpo d água (rio, lagoa, açude, córrego, etc.), indicar o nome, a classe (segundo a Legislação vigente) e a bacia hidrográfica a qual pertence. h) Descrição do Sistema de Tratamento Descrição detalhada do sistema de tratamento proposto, devendo ser anexado um fluxograma onde constem todos os processos e operações empregadas. i) Justificativa do Sistema de Tratamento Proposto Justificar a concepção global do sistema, os processos de tratamento propostos e as vazões de projeto adotadas. - A critério do analista poderá ser exigida a apresentação de resultados de testes de tratabilidade; - Para o caso de efluentes, cuja tratabilidade, por meio de processos suficientemente conhecidos, já tem eficiência comprovada, dispensa-se a realização dos referidos testes;
4 Página A segregação de efluentes para tratamento em separado, ou a mistura de efluentes para tratamento conjunto, deverá ser justificada com base nas características físico-químicas dos efluentes e nos processos de tratamento propostos. j) Dimensionamento Apresentar o dimensionamento completo e detalhado de todas as unidades que compõem o sistema de tratamento, especificando todos os parâmetros usados e necessários à sua compreensão; Apresentar o dimensionamento de todas as interligações hidráulicas entre as diversas unidades (canais, tubulações, grupos moto-bomba, medidores de vazão, etc.). - Se um ou mais parâmetros adotados tiver se originado de experiências ou testes em escala de laboratório, em plantas piloto ou de tratabilidade, apresentar uma descrição do equipamento, dos métodos e dos processos utilizados na sua obtenção; - Se um ou mais parâmetros adotados tiver sido extraído de publicações técnicas, informar as referências bibliográficas; - O dimensionamento de fossas sépticas deverá obedecer à NBR 7229/93 (ABNT) ou outra que venha a substituí-la. Para as unidades de tratamento complementar, como filtro anaeróbio, valas de filtração, entre outros, e disposição final dos efluentes, como poços absorventes (sumidouros) e valas de infiltração, obedecer à NBR 13969/97 ou outra que venha a substituíla; - Se for adotado qualquer sistema de infiltração é obrigatório apresentar: a) Resultado dos testes de infiltração, realizados conforme a norma da ABNT e indicando, em planta, a localização dos pontos onde foram efetuados os testes; b) Perfis geológicos da área de infiltração; c) Justificativa sobre a possibilidade ou não de contaminação do(s) aqüífero(s), se os efluentes contêm substâncias potencialmente tóxicas. - Se for proposto o aproveitamento de efluentes, de qualquer natureza, para irrigação do solo, exige-se a apresentação do projeto completo ao sistema de irrigação, contendo no mínimo: a) Descrição do tipo de irrigação a ser adotada; b) Levantamento planialtimétrico da área a ser irrigada; c) Características do solo e dos tipos de atividades que serão desenvolvidas no mesmo; d) Características qualitativas e quantitativas do efluente; e) Precipitação pluviométrica anual (dados médios mensais) e testes de absorção do terreno. - Deve-se prever a instalação de sistemas de medição de vazão (vertedores, calhas Parshall, etc.) nos canais ou tubulações de entrada, de recirculações e de lançamento final do sistema de tratamento; - Dimensionamento de tanques de regularização de vazão e/ou homogeneização (equalização) deve ser feito, obrigatoriamente, a partir de um diagrama de massa que cubra o período diário de funcionamento da indústria, ou ser detalhadamente justificado em função do processo de produção sólida e industrial. k) Operação, Manutenção e Conservação Apresentar manual detalhado de operação, manutenção e conservação, indicando: os controles a serem efetuados (físico-químicos, bacteriológicos, operacionais, etc.), a freqüência necessária, os
5 Página - 4 problemas que poderão ocorrer e suas respectivas soluções, as ações de manutenção e conservação, etc. l) Características do(s) Efluente(s) Tratado(s) Apresentar as características físico-químicas e bacteriológicas prováveis do(s) efluente(s) do sistema de tratamento proposto. m) Plantas e Desenhos Todas as plantas e desenhos devem ser executados de acordo com as normas da ABNT: Planta Geral A planta geral do sistema de tratamento proposto deverá mostrar todas as unidades que o integram, sua localização em relação às áreas industriais, a rede coletora de efluentes líquidos industriais, os cursos d água existentes na região e os pontos de lançamento dos efluentes tratados. Fluxograma do Sistema de Tratamento Apresentar desenho com fluxograma detalhado do(s) processo(s) de tratamento. Perfil Hidráulico Apresentar desenho do perfil hidráulico completo e detalhado abrangendo todo o sistema de tratamento, desde os pontos de origem dos efluentes até os pontos de lançamento final. Plantas, Cortes e Detalhes das Unidades Apresentar plantas, cortes e detalhes necessários à implantação do sistema de tratamento, com indicação de todas as dimensões, situação dos equipamentos e tubulações, etc. n) Cronograma de Execução do Sistema de Tratamento Apresentar cronograma detalhado para a execução das obras de implantação do sistema. 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS a) A implantação do empreendimento somente poderá ser iniciada após a emissão da Licença de Instalação pelo Idema ou outra que autorize tal procedimento (Licença Simplificada, Licença Simplificada de Instalação e Operação, Licença de Instalação e Operação); b) Toda a documentação técnica apresentada para o licenciamento ambiental deverá conter o nome legível do responsável técnico e estar por ele assinada; c) Todas as plantas, projetos e estudos ambientais apresentados deverão estar acompanhados das Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), devidamente registradas nos respectivos conselhos de classe, e conter o nome legível, o número do registro no conselho de classe e a assinatura dos profissionais responsáveis pela elaboração desses documentos. As plantas deverão ser entregues dobradas no formato A4, não sendo aceitos desenhos esquemáticos feitos a mão livre ou a grafite; d) Os documentos apresentados em forma de fotocópia deverão ser legíveis e estar autenticados ou ser acompanhados do documento original, para simples conferência; e) A qualquer momento da análise, o Idema poderá solicitar outras informações ou documentos, caso julgue necessário.
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