UNIVERSIDAD ARGENTINA JOHN F. KENNEDY Mestranda em Psicanálise Joana S. Oliveira Psicóloga CRP 06/114168
Considerações psicanalíticas sobre a imagem corporal, algumas conseqüências após intervenções sobre o corpo feminino.
INTRODUÇÃO O câncer de mama é provavelmente a patologia que maior temor causa às mulheres, por ter uma frequência elevada e também pelos efeitos que causa em nível psicológico, afetando a sua sexualidade e a própria imagem pessoal. Portanto, esse diagnóstico, vem acompanhado de muita angústia, sofrimento e ansiedade. Essa patologia está se tornando cada vez mais frequente em todas as partes do mundo, sendo considerado o segundo tipo de neoplasia maligna mais incidente e o primeiro entre os cânceres ginecológicos (BORGES FILHO, 2010). MASTECTOMINA
Hipótese E como o trauma e experimentado no corpo, e o reflexo na Qualidade de Vida?
Objetivo Como e a relaboração da nova imagem corporal pós- mastectomia.
Este estudo vêem apresentar como a mulher que passa pelo processo cirúrgico da mastectomia, desvelando sentimentos relacionados com a simbolização da mama em sua imagem corporal, o impacto do diagnóstico do câncer de mama, a mastectomia no seu cotidiano e a percepção da sua auto-imagem. A mastectomia na vida da mulher deve ser considerada por profissionais de saúde, familiares, grupos de apoio, com vistas a ajudá-la no seu reajuste social e manutenção da sua autoestima.
Amâncio e Costa (2007) A mastectomia constituise em uma intervenção cirúrgica significativamente traumatizante. Tendo uma representação simbólica muito forte, sendo encarada pela mulher, muitas vezes, como uma agressão, já que promove a castração de um parte do seu corpo a mama. A sua retirada pode possibilitar o aparecimento de sentimentos de perda que, possivelmente, refletirá na sua identidade feminina. Com a realização deste procedimento, a imagem corporal da mulher transforma se radicalmente, na maioria das vezes, não tento um preparo adequado para se adaptar à sua nova imagem.
Qualidade de Vida O câncer de mama, sendo uma das neoplasias mais comuns entre as mulheres, o diagnóstico e a terapia antineoplásica, determina repercussões sociais, econômicas, físicas, psicológicas e sexuais. Mais recentemente, a qualidade de vida tem sido considerada mais um desses parâmetros. Não existe consenso quanto à definição de qualidade de vida. Porém, a maioria das definições, contempla os aspectos multidimensionais e subjetivos (CONDE et al, 2006).
A Síndrome do não membro, a dor fantasma refere ao que o ser humano está acostumado a ter um corpo completo, e, com a amputação, passa a enfrentar uma nova situação, mas, como reluta em aceitá-la, tenta manter a integridade de sujeito a críticas por se afastar do ideal esperado, o qual é um produto do valor conferido pela sociedade às diferentes medidas do físico feminino (SILVA e MAMEDE, 2003). E como e vivenciado o luto da perda de um membro, e a sua (re) laboração da imagem corporal, para uma nova visão corporal.
Representação da Mama As mamas sempre representaram a sexualidade e a maternidade, é um órgão de contato de atração, e também um símbolo extremamente narcísico. Alem disso, é símbolo da identidade corporal feminina e do sentimento de auto- estima e valor- próprio.
Complexo de Castração Freud aput Chiattone et al 1993, pode se dizer que a retirada da mama ou de qualquer órgão é sentida no inconsciente como uma castração, ainda se a fase edipiana não foi resolvida de maneira adequada. Na amputação da mama, isto acontece, especialmente se a castração sexual trouxe consigo um sentimento de deterioração do instinto materno.
Luto Segundo Freud o luto se caracteriza como a reação à perda de um objeto amado, se ocasionar desse período de luto for perturbado e por algum motivo não foi vivenciado o ego continua investindo libido do objeto perdido (FREUD, 1915/1974).
Referências Freud, S(1997). O ego e o id; uma neurose demoníaca do sec. XVII e outros trabalhos. Em Edição Standard Brasileira das Obras completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago. Nasio, J. D(1995) Lições sobre os sete conceito crucias da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova. Léon Tolstoi.