Eficiência agronômica de inoculante líquido composto de bactérias do gênero AzospirÜ!um

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Transcrição:

208 Embrapa Soja. Documentos, 276 Eficiência agronômica de inoculante líquido composto de bactérias do gênero AzospirÜ!um Lucas de Cássio Marques'; Rubens José Campo 2. UNIFIL; 2 Enibrapa Soja. 1Acadêmico de Biologia da Introdução As bactérias do gênero Azospiri/lum que ocorrem em grande abundâhcia em climas tropicais são fixadoras de nitrogênio no solo, formando associações em diferentes espécies de vegetais (Drozdowicz, 1997). Diversos estudos relatam que as bactérias nativas e as introduzidas pela inoculação nas sementes proporcionam melhor estabelecimento da estirpe no solo: (Baldani, 2006). Sendo assim inúmeras pesquisas têm sido realizadas em condições de laboratório, casa-de-vegetação e campo, visando selecionar novas estirpes que proporcionem uma melhorar nutrição nas culturas de milho, trigo e cana-de-açúcar, e com grande expectativa de sucesso no uso de estirpes de Azospiri/lum. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da aplicação de um inoculante líquido brasileiro contendo bactérias do gênero Azospiril/um no aumento do rendimento de grãos da cultura de trigo. Material o Métodos Os experimentos foram instalados em casa-de-vegetação em Londrina e a campo, em Londrina e Ponta Grossa, na safra de trigo de 2005. O delineamento experimental utilizado foi bloco ao acaso com 6 repetições. O experimento de casa-de-vegetação, em vasos de 4,0 kg de solo, com o mesmo solo de Londrina (Latossolo Vermelho). As características químicas dos solos estudados estão descritas na Tabela 1. Os experimentos instalados em campo foram em parcelas experimentais de 4 x 5 m (área útil de 2 x 3 m). Acultivar de trigo utilizada foi a BRS 208, com uma popu-

1/Jornada Académica da Embrapa Soja 209 Tabela 1. Características químicas dos solos nos locais de instalação dos experimentos. Locais ph AI K Ca Mg H+Al V C P (CaCl2) cmol 1dm 3 % gfdm 3 mg/dm 3 Londrina 5,1 0,0 026 3,31 1,87 3,2 63,1 17,7 4,9 Ponta Grossa 5,4 0,0 0,12 2,80 1,90 3,4 58,5 26,5 2,5 lação de 300 plantas1m 2. A adubação básica consistiu da aplicação de 250 kg/ha da fórmula NPK (8-28-16). Para atender as doses complementares de N e a cobertura, utilizou-se como fonte de N a uréia. No perfilhamento foi coletado um metro linear de plantas para avaliação da massa seca da parte aérea e, a seguir, procedeu-se a aplicação de N em cobertura. As demais práticas culturais, como controle de plantas daninhas, insetos, etc, foram efetuadas conforme as recomendações técnicas para a cultura do trigo (Ccontrole..., 2005). Os experimentos foram constituídos dos seguintes tratamentos: 1. Sem inoculação; 2. Sem inoculação + 20 kg de N/ha na semeadura + 45 kg de N/ha em cobertura no perfilhamento, fonte uréia; 3. Sem inoculação + 10 kg de N/ha na semeadura + 22,5 kg de N/ha em cobertura no perfilhamento, fonte uréia; 4. Inoculação com o Azospiril/um líquido (brasileiro); S. Inoculação com o Azospiril/um líquido + 10 kg N/ha na semeadura e 22,5 kg Nfha em cobertura no perfilhamento, fonte uréia. A inoculação foi realizada com inoculante líquido brasileiro com bactérias do gênero Azospirilium, aplicado na dose 10 mllkg semente. Os parâmetros avaliados foram massa seca da parte área de um metro linear de plantas colhidas no perfuhamento, teores de N, P e K na massa seca das plantas, N total na massa seca e, em condições de campo, N total dos grãos e rendimento de grãos. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Duncan a 5%.

frui' Embrapa Soja. Documentos, 276 Resultados A análise do inoculante Azospirilium líquido apresentou uma população de bactérias em meio especifico, conforme metodologia da RELARE, de 8,2 x los células/ml. O experimento conduzido em. casa-de-vegetação (Tabela 2) mostrou que a massa seca da parte aérea do tratamento inoculado foi superior ao tratamento sem inoculação, igual aos tratamentos com adubação com 50% da dose de N e inoculação mais 50% da dose de N e inferior ao tratamento com dose completa de N. Os resultados para teores de N na massa seca da parte aérea mostraram valores similares entre os tratamentos com dose máxima de N e o tratamento inoculado com Azospirilium, este não diferiu dos tratamentos que receberam 50% da dose de N, inoculado ou não. Os resultados para N total na massa seca mostraram que a inoculação com Azospiri/Ium apresentou N total na massa seca superior à do tratamento sem inoculação, mas inferior aos tratamentos que só receberam adubação nitrogenada. Tabela 2. Efeito da aplicação de Azospiriliura sobre a massa seca da parte aérea de plantas de trigo (g/pl), teor de N na massa seca (g/kg) e N total na massa seca (g/pl) em vasos com solo em casa-devegetação. Embrapa Soja. 2006. Tratamentos (descrito no material e método) M:A* gzg gl. 1. Sem inoculação 3,7 d' 10,8 c 40,1 d 2. Sem inoculação + 20kg N/ha semeadura + 45 8,0 a 17,0 a 135,6 a kg N/ha cobertura 3. Sem inoculação + 10 kg N/ha semeadura + 7,6 ab 13,7 b 102,1 b 22.5 kg N/ha cobertura 4. Inoculação com Azospirilluni 5,7 c 13,9 ab 75,6 c 5. Inoculação clazospirillum + trat. 3 6,6 bc 13,2 bc 91,3 bc CV (%) 14,2 12,3 16,2 * MSPA - massa seca da parte aérea de plantas de trigo em g por planta. Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna, não diferem pelo teste de Duncan a 5%

1/Jornada Acadêmica da Embrapa Soja 211 Nos experimentos de campo, verificou-se que em Londrina, apesar das condições climáticas terem ocorrido de forma regular e/ou suplementadas com irrigação quando necessário, os resultados de rendimento de grãos foram muito baixos (Tabela 3). Em Ponta Grossa, dentre os parâmetros avaliados por ocasião da coleta de plantas, somente houve diferenças estatísticas nos teores de fósforo na massa da parte aérea seca (Tabela 4). Os resultados dos parâmetros avaliados nos grãos não mostraram diferenças entre os tratamentos, ou seja, todos os tratamentos, inoculados ou não, e os adubados ou não, apresentaram resultados similares para teor de N nos grãos, N total nos grãos e rendimento de grãos. Tabela 3. Efeito da inoculação com Azospirilium sobre a massa seca da parte aérea (g/pl), teor de N, P, 1<, na massa seca (g/kg), teores de N nos grãos (g/kg), N total nos grãos (kg/ha) e rendimento de grãos de trigo (kglha) em solo de Londrina, PR, safra 2005. Embrapa Soja. 2006. 1 Tratamentos Tecido Grãos (descrito material MSPA N P K N N Rend. e método) (g/pl) g/kg g/kg g/kg g/kg kg/ha kg/ha 1 30,2 28,3 2,4 43,6 28,3 17,2 613 2 34,4 27,6 2,4 41,9 30,2 20,0 662 3 375 27,3 2,7 41,5 29,4 19,9 682 4 39,9 26,1 2,6 39,8 28,6 22,2 776 5 37,2 28,0 2,7 40,7 29,8 26,1 876 CV (%) 26,2ns 1 7,4ns 9,0ns bons 4,2ns 25,2ns 25,6ns Nio significativo pelo teste de Duncan a 5%

212 Embrapa Soja. Documentos, 276 Tabela 4. Efeito da inoculação com Azospfrillum sobre a massa seca da parte aérea (g/pl), teor de N, P, K, na massa seca (g/kg), teores de N nos grãos (glkg). N total nos grãos (kglha) e rendimento de grãos de trigo (kglha) em solo de Ponta Grossa, PR, safra 2005. Embrapa Soja. 2006. Tratamentos Tecido Grãos (descrito material MSPA N P K N N Rend. e método) (g/pi) g/kg gfkg glkg g/kg kg/ha kg/ha 1 49,2 23,2 1,7 a 1 40,0 24,8 437 1658 2 56,5 26,3 1 1 7 a 42,9 24,9 41,0 1597 3 55,2 26,3 1,6 ab 40,1 25,3 40,9 1622 4 44,6 24,0 1,6 ab 41,5 24,6 40,4 1772 5 51,6 26,1 1,4 b 38,9 24,6 39,7 1637 CV(%) 17,7ns 14,3ns 10,2 10,2ns 3,7ns 14,2ns 14,1ns Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna, no diferem do teste de Duncan a 5%. Consideração final A metodologia de análise efetuada não permitiu diferenciar os tratamentos em condições de campo em Londrina e Ponta Grossa. Em casa-de-vegetação, no entanto, constatou-se que a inoculação com Azo.spirillum favorece a produção de maior massa seca da parte aérea, teores de N na massa seca e N total nas plantas de trigo em comparação com o tratamento sem inoculação. Sugere-se que estudos adicionais em outras culturas sejam efetuados para melhor avaliação da tecnologia. Refe rê n ci as BALDANI, V. L. D. Protocolo para a análise da qualidade e da eficiência agronômica de inoculantes, estirpes e outras tecnologias relacionadas ao processo de fixação biológica do nitrogênio em plantas não leguminosas. RELARE, 13., 2006, Londrina. CONTROLE de doenças. In: REUNIÃO DA COMISSÃO CENTRO-SUL BRASILEIRA DE PESQUISA DE TRIGO ETRITICALE, 20., 2005, Londrina.

1/Jornada A cadêm/ca da Embrapa Soja 213 Informações técnicas da comissão centro-sul brasileira de pesquisa de trigo e triticale para a safra de 2005. Londrina: EMBRAPA, 2005. p. 171-1 87. DROZDOWICZ, A. Bactérias do solo. In: VARGAS, M.; HUNGRIA, M. Biologia dos solos dos cerrados. Planaltina: Embrapa CPAC, 1997. p. 43-44.