Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação PROCESSO Nº. 150/11-COPPG CAMPUS PROPONENTE: PROPPG Data de entrada: 25/11/11 PROPOSTA DE REGULAMENTO DE AFASTAMENTO DE SERVIDORES DA UTFPR PARA A REALIZAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU E PÓS- DOUTORAMENTO Data Destino 1
2 Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DELIBERAÇÃO PROPOSTA DE REGULAMENTO DE AFASTAMENTO DE SERVIDORES DA UTFPR PARA A REALIZAÇÃO DE PÓS- GRADUAÇÃO STRICTO SENSU E PÓS-DOUTORAMENTO CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1 o - O presente Regulamento tem por objetivo disciplinar o afastamento de servidores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para pósgraduação stricto sensu e pós-doutoramento no país e no exterior. CAPÍTULO II DO PLANO TRIENAL DE CAPACITAÇÃO DOCENTE E DE TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS Art. 2 o - Para a consecução dos objetivos de capacitação do Corpo Docente e dos Técnicos Administrativos da UTFPR, será elaborado a cada três anos um planejamento de capacitação, denominado Plano Trienal de Capacitação de Pessoal da UTFPR - PLANCAP/UTFPR, que deverá seguir as diretrizes estabelecidas no Projeto Político Pedagógico Institucional (PPI) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UTFPR. Art. 3 o - A coordenação, a supervisão e o acompanhamento do PLANCAP/UTFPR cabem à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG), em conjunto com as Diretorias de Pesquisa e Pós-Graduação (DIRPPG) dos Câmpus. Art. 4 o - O PLANCAP/UTFPR abrange os níveis de pós-graduação stricto sensu mestrado e doutorado, e também o pós-doutoramento. Art. 5 o - O PLANCAP/UTFPR será elaborado a partir dos planos trienal de capacitação propostos pelos departamentos/coordenações/ setores e seguirá as seguintes etapas: I - os departamentos/coordenações/setores encaminharão à DIRPPG seus planos trienais, elaborados com base nas suas demandas correspondentes, nos termos dos formulários elaborados pela PROPPG para esse fim;
II - a DIRPPG elaborará o PLANCAP do respectivo Câmpus, baseando-se nos planos dos departamentos/coordenações/setores, e o encaminhará à PROPPG; III a PROPPG consolidará anualmente os planos dos Câmpus e os encaminhará à Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), no caso de docentes, e à Comissão Interna de Supervisão (CIS) nos casos dos técnico-administrativos para apreciação e parecer. 3 Art. 6 o A classificação dos servidores integrantes do PLANCAP/Campus, aprovado pela CPPD/CIS, para efetivo afastamento, será realizada pela DIRPPG. 1- A DIRPPG poderá delegar esta atribuição ao respectivo departamento/coordenação/setor. 2 O processo de classificação deve: a) Adotar critérios de classificação objetivos que considere o regime de trabalho (dedicação exclusiva, 40 horas ou 20 horas), desenvolvimento do departamento/coordenação/setor, a produção acadêmica, o tempo de serviço do servidor, o tempo decorrido do último afastamento para pós-graduação do servidor e o desempenho profissional dos servidores candidatos; b) Prever períodos para que o servidor possa recorrer do resultado do processo de classificação. Art. 7 o O afastamento para pós-graduação stricto sensu no país somente será concedido para a realização de cursos vinculados a Programas de Pós- Graduação reconhecidos pela CAPES. CAPÍTULO II DAS FORMAS DE AFASTAMENTO Art. 8 o - O afastamento para Pós-Graduação Stricto Sensu poderá ser (Art. 1º Decreto nº 91.800/85): a) Com ônus: quando implicarem direito a passagens e/ou diárias (bolsas), assegurados ao servidor o vencimento ou salário e demais vantagens do cargo, função ou emprego; b) Com ônus limitado: quando implicarem direito apenas ao vencimento ou salário e demais vantagens do cargo, função ou emprego; c) Sem ônus: quando implicarem perda total do vencimento ou salário e demais vantagens do cargo, função ou emprego, e não acarretarem qualquer despesa para a Administração. 3
Art. 9 o - Terão direito à concessão de afastamento nas formas previstas no artigo anterior, apenas os servidores que satisfizerem os requisitos estabelecidos na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 4 CAPÍTULO III DO PEDIDO E DO AFASTAMENTO Art. 10 - Os pedidos de afastamento dos servidores, selecionados segundo os critérios estabelecidos no Art. 6, para pós-graduação e pós-doutoramento serão requeridos ao Reitor da UTFPR com apreciação dos setores envolvidos, por meio de formulário estabelecido pela PROPPG, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias do início previsto do afastamento. Parágrafo Único: O prazo estabelecido neste artigo pode ser reduzido em casos em que o afastamento dependa da avaliação por órgãos de financiamento externo (CNPq, CAPES, Fundação Araucária, etc.). Art. 11 - O departamento/coordenação/setor ao qual o servidor está vinculado deve protocolar a abertura do processo de afastamento e encaminhá-la à respectiva Diretoria de Área e posteriormente para a DIRPPG do Câmpus. Art. 12 - O requerimento de afastamento deverá vir acompanhado pelos seguintes documentos: a) Anuência e justificativa da Chefia/Coordenação; b) Declaração de aceite do programa ou declaração de matrícula no caso de já estar cursando pós-graduação stricto sensu; c) Carta de aceite da Instituição receptora no caso de pósdoutoramento; d) Certidão negativa de encargos patrimoniais da UTFPR; e) Declaração emitida pela coordenadoria de gestão recursos humanos do Câmpus de que não há impedimento legal para o afastamento nos termos do Art 96-A da Lei 8112, de 1990; f) Termo de compromisso e responsabilidade relativo ao afastamento; g) No caso afastamento para pós-graduação, termo de compromisso de revalidação de diploma no caso da realização de pósgraduação no exterior (Lei 9394/1996LDB); h) Declaração de afastamento de todas as atividades laborais no período de afastamento. 4
i) Projeto de Pesquisa com o cronograma das atividades previstas no período de afastamento. 5 Parágrafo Único: No caso de afastamento no exterior o servidor deve providenciar a autorização de afastamento do país. CAPÍTULO V DAS CONDIÇÕES DE AFASTAMENTO Art. 13 O afastamento será concedido quando a participação do servidor não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário 1º-.No caso de afastamento para pós-graduação o servidor deve ter sido selecionado como aluno regular do programa de pós-graduação; 2º- A análise da inviabilidade de que a capacitação/pesquisa não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário é de responsabilidade do departamento/coordenação/setor de vinculação do servidor; 3º- Somente será permitido a um servidor solicitar afastamento quando o período decorrido desde a data de seu retorno às atividades na UTFPR for igual ou superior ao período de seu último afastamento e respectivas prorrogações. Art. 14 Os afastamentos devem observar os seguintes prazos máximos: I - até 24 (vinte e quatro) meses, para mestrado; II - até 48 (quarenta e oito) meses, para doutorado; III até 12 (doze) meses, para pós-doutorado 1º- O prazo de afastamento mínimo é de 6 (seis) meses para pósdoutorado e de 4 (quatro) meses para mestrado/doutorado. 2º- Caso ocorra mudança de nível de mestrado para doutorado, o prazo máximo do afastamento total será de 48 (quarenta e oito) meses. Art. 15 O servidor deverá aguardar em exercício a publicação da Portaria concessória do afastamento, sob pena de incorrer em inassiduidade. CAPÍTULO V 5
DAS OBRIGAÇÕES E DO ACOMPANHAMENTO DO SERVIDOR AFASTADO 6 Art. 16 - O servidor beneficiado pelo afastamento deve: I- Dedicar-se integralmente as atividades do curso/projeto de pesquisa durante o período do afastamento; II- Permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período mínimo igual ao período de afastamento; III- Em caso de exoneração do cargo ou aposentadoria antes de cumprido o período de permanência previsto, o servidor deve ressarcir o órgão ou entidade, na forma da lei, das despesas com seu afastamento; IV- No caso de desligamento ou trancamento do curso de pósgraduação, informar esta situação em um prazo máximo de 10 dias à DIRPPG do Campus; neste caso haverá a suspensão automática do afastamento, devendo o servidor afastado retornar imediatamente às suas atividades funcionais, sob pena de responder na forma da lei; V- Manter atualizado o seu Curriculum Lattes no CNPq. 1º- No caso de obtenção do diploma de pós-graduação expedido por Instituição estrangeira o servidor deve providenciar a sua revalidação no Brasil tão logo retorne ao país. 2º- A não apresentação do diploma revalidado à DIRPPG no prazo de 12 (doze) meses após o fim do afastamento será considerada como não conclusão do curso, aplicando-se as ações previstas no Art. 22. Art. 17 Durante o período de afastamento é permitido ao servidor: I- Participar de congressos/reuniões/encontros/cursos de curta duração por período igual ao da própria atividade. II- Participar de missão de curta duração, com anuência do orientador/supervisor, fora da localidade em que realiza o curso, por prazo máximo de três meses, para realizar estágio ou coletar dados necessários à elaboração de sua dissertação, tese ou trabalho de pesquisa. III- Participar de programas de complementação de sua pós-graduação na forma de mestrado/doutorado sanduiche, com anuência do orientador Parágrafo único - O servidor deve solicitar o afastamento do país caso o congresso/encontro/reunião/curso, a missão de curta duração ou o mestrado/doutorado sanduíche seja realizado no exterior. 6
Art. 18 Durante o período de afastamento, o servidor não poderá exercer quaisquer atividades desvinculadas do seu programa de pós-graduação/projeto de pesquisa. 7 Art. 19 O servidor afastado para pós-graduação deverá encaminhar, anualmente, à DIRPPG do Câmpus o relatório circunstanciado das atividades realizadas no período (que corresponde à avaliação de desempenho ao exercício). Parágrafo Único - A não apresentação do relatório anual de atividades no prazo estabelecido, sem justificativa aceita pela DIRPPG, implica no cancelamento do afastamento 30 (trinta) dias após a notificação da ocorrência. CAPÍTULO VI DO TÉRMINO DO AFASTAMENTO Art. 20 Expirado o prazo de afastamento ou conclusão do curso, o servidor deve se apresentar à DIRPPG do Câmpus para encerrar o processo de afastamento. 1º- Caso o curso/pesquisa venha a ser concluído antes do término do período previsto de afastamento, o servidor deve retornar as suas atividades e solicitar à DIRPPG o cancelamento da sua portaria de afastamento. 2º- No caso de afastamento para pós-graduação o servidor deverá apresentar a DIRPPG o comprovante de conclusão ou atestado de matrícula no programa, no caso de ainda não ter concluído. 3º- No caso de conclusão de curso de pós-graduação a DIRPPG deve encaminhar a cópia do diploma a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos do Campus. Art. 21 O acompanhamento de servidores da UTFPR que retornaram do afastamento para pós-graduação stricto sensu sem a obtenção da respectiva titulação, mas com prazo de conclusão estabelecido pelo curso ainda não expirado, continuará sendo feito pela DIRPPG do Campus de lotação do servidor. 7
1º- No início de cada semestre letivo o servidor deve apresentar a declaração de matrícula emitida pela coordenação do programa de pósgraduação. 8 2º- A não apresentação da declaração de matrícula será considerada como abandono ou desligamento do programa desencadeando as ações previstas no Art. 22. Art. 22 No caso de desligamento, interrupção, abandono ou fim do prazo para a conclusão do programa de pós-graduação, a DIRPPG encaminhará o processo de afastamento e os relatórios de atividades e a justificativa de não conclusão, quando for o caso, à Direção-Geral do Campus. I. O Diretor-Geral, em um prazo máximo de 10 (dez) dias, abrirá um processo administrativo com o objetivo de analisar e avaliar as justificativas apresentadas quanto ao enquadramento na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, prevista no 6 o do Art. 96-A da Lei n o 8.112, de 1990, para a não obtenção do título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto. II. Ao final do processo administrativo o resultado deve ser comunicado ao servidor para ciência e, ser for o caso, para apresentação de recurso em um prazo de 10 dias. Ao fim deste período o processo será remitido ao Reitor para o julgamento final da necessidade do servidor ressarcir o órgão ou entidade os gastos com o seu aperfeiçoamento, na forma da lei. Parágrafo Único: No caso de bolsistas (CAPES, CNPq, ou outro órgão de fomento) o servidor deverá também restituir os valores recebidos de bolsas no período do afastamento de acordo com os respectivos regulamentos de concessão. CAPÍTULO VI CONSIDERAÇÕES FINAIS Art. 23 - Os casos não previstos neste regulamento serão resolvidos pelo Pró- Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. Art. 24 - O presente Regulamento entrará em vigor na data de aprovação pelo COPPG e será publicado no Boletim de Serviço e portal eletrônico da UTFPR. 8