DOSAGEM DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL PELO MÉTODO DE TU- TIKIAN E DAL MOLIN



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Transcrição:

DOSAGEM DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL PELO MÉTODO DE TU- TIKIAN E DAL MOLIN Daniele Kochem (PIBIC/Fundação Araucária-UNIOESTE), Jeferson Marinho Camboin, Lennon Biancato Runke, Maxer Antonio da Rosa, Giovanna Patrícia Gava (Orientador), e-mail: gpgava@yahoo.com.br. Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas/Cascavel, PR. Engenharias, Engenharia Civil Palavras-chave: Concreto auto-adensável, métodos de dosagem, aditivo superplastificante. Resumo: O objetivo principal deste trabalho foi verificar a aplicabilidade do método de dosagem de concreto auto-adensável (CAA) de Tutikian e Dal Molin (2008) com os materiais disponíveis para o concreto convencional. Foram confeccionados concretos com 4 traços diferentes para 2 tipos de aditivo superplastificante. A avaliação das características de autoadensabilidade do CAA foi feita por meio dos ensaios: Slump flow test, Funil- V; Caixa-L, sendo também avaliadas a perda de fluidez do concreto e a exsudação. No estado endurecido foram analisadas a resistência à compressão aos 7 e aos 28 dias e o módulo de elasticidade do concreto. Verificou-se que o método de dosagem avaliado é eficiente para a dosagem de CAA, contudo os concretos obtidos por este método apresentam elevado teor de argamassa. Observou-se influência do tipo de aditivo superplastificante nas propriedades do estado fresco e endurecido dos concretos. Introdução Acompanhando a evolução de estruturas que utilizam concreto em sua execução e a necessidade de se eliminar falhas que comprometam a durabilidade e a resistência das estruturas, em principal as decorrentes do mau adensamento, surgiram novas opções de materiais para a confecção desta mistura, como o aditivo superplastificante. Estes aditivos viabilizaram a origem do concreto auto-adensável (CAA), o qual possui características muito particulares em relação ao concreto convencional, como a sua capacidade de se mover por ação do seu peso próprio não necessitando de adensamento (MELO, 2005). Devido às características diferenciadas do CAA, os métodos de dosagem dos concretos convencionais não são adequados para o seu proporcionamento (TUTIKIAN E DAL MOLIN, 2008). Além disso, faz-se

necessário avaliar a aplicabilidade dos métodos de dosagem desenvolvidos recentemente especificamente para o CAA. Materiais e métodos Escolha e caracterização dos materiais Foram escolhidos como agregados miúdos: areia natural e pó-de-pedra; graúdos: brita 19 mm e brita 9,5 mm; aglomerante: CP IV RS - 32; e dois aditivos superplastificantes polifuncionais, denominados A e B. Os agregados foram caracterizados de acordo com os procedimentos normalizados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Definição do esqueleto granular e obtenção dos traços De acordo com o Método de dosagem de Tutikian e Dal Molin (2008), a proporção entre os agregados deve ser determinada por meio do ensaio de empacotamento, avaliando o índice de vazios das misturas de agregados. As proporções que apresentaram os menores índices de vazios, foram: 50% entre as britas 19mm e 9,5mm; 50% entre as duas primeiras mais a adição do pó-de-pedra; e 60% da três adições e para 40% de areia. Por meio destas proporções e dos valores máximos de água/cimento obtidos no trabalho de Reineher (2009), foram definidos quatro traços unitários para cada família de concreto, baseados na massa de agregados secos, representados na tabela 1. Tabela 1 Traços unitários dos concretos confeccionados Traço Cimento Areia Pó pe- Brita 9,5mm Brita 19mm a/c (m) 3,5 1 1,4 drap- 1,05 0,53 0,53 0,45 4,0 1 1,6 1,20 0,60 0,60 0,50 4,5 1 1,8 1,35 0,68 0,68 0,54 5,0 1 2,0 1,50 0,75 0,75 0,60 O teor definido para os dois aditivos foi obtido experimentalmente por meio de misturas testes, sendo de 1% em relação à massa de cimento. Resultados e Discussão Na tabela 2 e na figura 1 são apresentados os resultados dos ensaios no estado fresco. Para um concreto ser considerado auto-adensável, ele deve atender os requisitos dos três ensaios realizados: espalhamento entre 600mm e 800mm no slump flow, tempo de escoamento entre 6 e 12 segundos no funil V e valores entre 0,8 e 1 para a Caixa L. Observa-se que todos os concretos confeccionados apresentaram características de auto-adensabilidade, sendo destacadas na tabela 2 os valores dos ensaios que extrapolaram os limites.

No caso do ensaio de slump flow, apenas os traços 3,5 e 4,5 do aditivo B ultrapassaram o limite superior, podendo ser um indicativo do ponto em que o concreto apresenta exsudação e segregação, fato que não foi verificado visualmente e nem no ensaio de exsudação para este CAA. Os tempos de escoamento dos traços 4,5 e 5 para os aditivos A e B encontrados para o ensaio do Funil V, foram inferiores ao limites sugeridos, o que indica elevada fluidez do concreto, contudo pelo ensaio de espalhamento a hipótese de alta fluidez não é confirmada. Foi observado exsudação em apenas 4 misturas de concreto sendo valores bem baixos, nas demais não ocorreu este fenômeno. Tabela 2 Resultados dos ensaios no estado fresco Traço (m) Slump Flow (mm) Caixa-L (cm/cm) Funil-V (seg) Exsudação (%) a/c real Aditivos A B A B A B A B A B 3,5 795 860 0,95 0,92 6,6 6,0 - - 0,431 0,377 4,0 790 775 0,94 0,87 seg. 7,0 seg. 6,4 2,96-0,45 0,441 4,5 775 810 0,82 0,94 seg. 7,3 seg. 4,6 0,78 0,41 0,491 0,54 5,0 695 767 0,82 0,98 seg. 4,7 seg. seg. 4,1 seg. - 0,33 (%) (%) 0,555 0,6 Figura 1 - Avaliação da perda de fluidez dos concretos com os Aditivos A e B. Na figura 1, observa-se que para os concretos com o aditivo A a perda de fluidez é mais acentuada para aqueles que tem maior teor de agregado, visto que o concreto com menor teor (3,5) manteve suas características de auto-adensabilidade por quase uma hora. Nos concretos com o aditivo B não foi observada esta mesma relação. Para os traços com maior teor de agregado, o melhor desempenho em termos de manutenção de fluidez foi do aditivo B, mas deve-se ressaltar que estes possuíam um maior a/c e ainda partiram de valores maiores para o 1º slump em relação aos mesmos traços das misturas com o aditivo A. Os resultados no estado endurecido são apresentados na Tabela 3 e as equações das curvas de dosagem na Tabela 4.

Tabela 3 Resultados de resistência à compressão e módulo de elasticidade Traço (m) Resistência à compressão Mód. de elasticidade (MPa) aos 28 dias (GPa) 7 dias 28 dias 3,5 Aditivo A - B 42,8 28,9 62,0 37,0 44-35 4,0 Aditivo A - B 29,4-27,8 41,0-37,1 38-38 4,5 Aditivo A - B 26,7-20,3 37,8-25,8 36-34 5,0 Aditivo A - B 19,7 15,2 27,6 20,6 31-31 Tabela 4 Equações para as curvas de dosagem Misturas Equações Aditivo A Aditivo B Abrans 7 dias 28 dias Lyse Priskulnik e Kirilos Acerca das resistências à compressão, as misturas confeccionadas utilizando-se o aditivo A apresentaram valores bem superiores em relação ao aditivo B, e ambas seguiram o esperado de maiores resistências e maiores módulos de elasticidade para os traços mais ricos. Conclusões O método de dosagem avaliado se mostrou eficiente para a obtenção de CAA, contudo observa-se que os concretos obtidos têm um elevado teor de argamassa. As diferenças dos resultados nos ensaios do estado fresco e endurecido dos concretos com os dois aditivos ressalta a forte influência deste material nas propriedades do CAA e consequentemente a importância de fazer a dosagem do concreto auto-adensável com o aditivo que será efetivamente empregado na obra. Referências Melo, K. A. Proposição de método de dosagem de concreto auto-adensável com adição de filer calcáreo. Dissertação de Mestrado,Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. Tutikian, B.; Dal Molin, D. In: Concreto auto-adensável. Ed.: Pini. São Paulo, 2008; Vol.1, 1-140.