Tema - adolescente em Conflito com a Lei. Enunciados deliberações da plenária



Documentos relacionados
CARTILHA CONTROLE ELETRÔNICO DA SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL.

Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada

Projeto de Decreto. (Criar uma denominação/nome própria para o programa)

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

EIXO 2 PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS: PROPOSTAS APROVADAS OBTIVERAM ENTRE 80 e 100% DOS VOTOS

RESOLUÇÃO Nº 101 DE 17 DE MARÇO DE 2005 (*)

Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.

DIREITOS DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO. doutrina e legislação. Del Rey. Belo Horizonte, 2006

CME BOA VISTA ESTADO DE RORAIMA PREFEITURA MUNIPAL DE BOA VISTA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ENUNCIADOS DO FORUM NACIONAL DA MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

CMAS Conselho Municipal de Assistência Social CMDDCA Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015.

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): Artigos 260 a 260-L

DIREÇÃO DO FORO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE PORTARIA N 001/2011

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Diretoria Geral de Planejamento, Coordenação e Finanças (DGPCF) Tribunal de Justiça.

DIREÇÃO DO FORO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE PORTARIA N 001/2012

I CONGRESSO BRASILEIRO DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS

PROJETO DE LEI N.º 030/2013.

OFICIAL DE APOIO - CLASSE D LOTADO EM CONTADORIA. PJ-28 a PJ-50. Provimento: Concurso Público

MANUAL DE DIRETRIZES NACIONAIS PARA EXECUÇÃO DE MANDADOS JUDICIAIS DE MANUTENÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE POSSE COLETIVA.

Brasília, 27 de maio de 2013.

CARGO: PROFESSOR Síntese de Deveres: Exemplo de Atribuições: Condições de Trabalho: Requisitos para preenchimento do cargo: b.1) -

Normas de regulamentação para a certificação de. atualização profissional de títulos de especialista e certificados de área de atuação.

FÓRUM REGIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO ALTO VALE DO ITAJAÍ RIO DO SUL SC 2015 CARTA DE PRINCÍPIOS

REGIMENTO INTERNO DA FUNDAÇÃO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE JOINVILLE - (FITEJ)

Regulamentação da Questão do Trabalho do Adolescente no Município de São José dos Campos

PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

LEGISLAÇÃO PROVIMENTO

Destinação de recursos para os Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente

ESCOLA DA MAGISTRATURA DO PARANÁ

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E FINALIDADE

1. Do Cadastro Nacional de Adoção CNA

O COTIDIANO DAS VARAS DA INFÂNCIA. Maria Isabel Strong Assistente Social Judiciário

Escola SENAI Anchieta

Servico de Acolhimento em Familia acolhedora ISABEL BITTENCOURT ASSISTENTE SOCIAL PODER JUDICIÁRIO SÃO BENTO DO SUL/SC

PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA

1. Escopo ou finalidade da iniciativa

NOTA TÉCNICA 003/2012_ DA OBRIGAÇÃO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL NO ATENDIMENTO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE DE ADOLESCENTES

EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR COORDENADOR DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,

TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DE MG Rua Tomaz Gonzaga 686 Bairro de Lourdes CEP Belo Horizonte MG RESOLUÇÃO

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART A 1629 CC)

Anexo II CARGOS DE DCA

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ EDITAL N. 01/2013

PROPONENTE: CONSELHEIRO WALTER DE AGRA JÚNIOR- PRESIDENTE DA COMISSÃO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE JUSTIFICATIVA

III Códigos relativos às audiências de conciliação (correspondentes ao código 970 do CNJ):

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 14/2015-CM

COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Conselho Nacional de Justiça Corregedoria PROVIMENTO Nº 12

REVOGADA PELA LEI Nº 1.593, DE 21 DE NOVEMBRO DE Cria o Conselho Municipal de Enfrentamento às Drogas, e dá outras providências.

20 Diretrizes Priorizadas pela Etapa Estadual

RESOLUÇÃO CONCEA NORMATIVA Nº 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015

Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada

Presidência da República

ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE MAGISTRADOS ENFAM FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL

Garantia do direito à educação da criança e do adolescente (Ensino Fundamental)

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

RESOLUÇÃO CONJUNTA CNAS/CONANDA Nº 001 DE 09 DE JUNHO DE 2010

RESOLUÇÃO nº08/2005. Art. 4º. A Ouvidoria será exercida por um Ouvidor, escolhido, de comum acordo, pela

ATO GP/CR/EJ TRT5 Nº 0003, DE 19 DE SETEMBRO DE 2014

1 Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães ESTADO DA BAHIA

Coleção Sinopses para Concursos Guia de leitura da Coleção Apresentação da 2ª edição Apresentação... 21

Regulamenta e estabelece normas sobre os Cursos de Extensão Universitária da Universidade de São Paulo e dá outras providências.

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Juruti

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

Pacto Gaúcho pelo Fim do Racismo Institucional

As atribuições do Conselho Tutelar

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais,

Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária

Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes

RESOLUÇÃO Nº 01/2005. A Comissão Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

TJM-RS NGE-JME-RS. Anexo I Levantamento de dados históricos Projetos TJM/RS de 2009 a 2014

A Defensoria Pública é a instituição com previsão constitucional para prestar assistência jurídica integral às pessoas que não têm condições

PROCESSAR PEDIDOS DE MOVIMENTAÇÃO 1 OBJETIVO

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N.º 008/2011/CM

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário. Protocolo

PROJETO DE LEI Nº., DE DE DE 2012.

Secretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO JOÃO DE MERITI

ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL DE JARAGUÁ DO SUL

Mais do que faculdade, uma escola de empreendedores. Regulamento do Colegiado de curso da Faculdade Montes Belos

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS DIVISÃO DE GESTÃO DA QUALIDADE

PORTARIA N 003/2009 CONSIDERANDO

Combate e prevenção à violência contra a mulher

FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA REGULAMENTO DE MONITORIA DO CURSO DE PEDAGOGIA

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Capítulo I Dos Princípios. Art. 2º - A Política de Assuntos Estudantis do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas

Diretrizes para Implementação dos Serviços de Responsabilização e Educação dos Agressores

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS AUTORIDADE CENTRAL ADMINISTRATIVA FEDERAL

Re s p o n s a b i l i z a ç ã o e

8ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE MINAS GERAIS

DIREÇÃO DO FORO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE VARA CÍVEL DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE PORTARIA N 001/2010

o mpf/sp e a unifesp notas para a audiência pública

Processo Judicial Eletrônico: Juizados Especiais Cíveis

RESOLUÇÃO N 83/TCE/RO-2011

RESOLUÇÃO CONSEPE 50/98 APROVA O REGULAMENTO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL DE ADVOCACIA DA FD EM CONVÊNIO COM A OAB/SP.

PROJETO DE LEI N o, DE 2012

Transcrição:

Tema - adolescente em Conflito com a Lei Enunciados deliberações da plenária 1 - Não é cabível aplicação de medida socioeducativa para portador de doença mental. Necessidade de atuação concreta do Ministério Público na cobrança do Poder Executivo da efetiva atuação em prol dos direitos, políticas públicas, e estrutura de atendimento da criança e do adolesente. 2- É obrigação do Estado a manter número mínimo de vagas para tratamento de portadores de doença mental e dependência química, além das unidades de CAPs para tratamento de crianças e adolescentes, inclusive àqueles que se encontram em regime de internação ou semi-liberdade. 3- A competência para apreciar e decidir sobre a internação provisória é do Juiz que determinou o internamento, independente da unidade onde se encontre o adolescente. 4 - Na aplicação de medida em meio aberto, especialmente prestação de serviços a comunidade, observar critérios da brevidade e proporcionalidade; 5 - A competência para a execução da medida em meio aberto, quando deprecada, é juiz do deprecado, inclusive sobre os incidentes e eventual substituição de medida. 6) Em se tratando de medidas em meio aberto, só excepcionalmente se aplica o art.2º, parágrafo único do ECA. Ao maior de 18 anos é recomendável considerar os princípios da utilidade e a brevidade do processo, em cotejo com o caráter pedagógico das medidas socioeducativas.

7) Na contagem do prazo de internação-sentença, aplica-se a detração, computando-se o tempo de internação provisória. 8) É recomendável a presença de advogado na realização de proposta de remissão pelo Ministério Público em atendimento ao princípio da ampla defesa. 9) A aplicação de remissão judicial, cumulada com medida sócio educativa, exige a oitiva prévia de advogado. 10) Após a oitiva informal deve ser realizada imediatamente audiência para homologação e indicação de local de prestação de serviços, a exemplo da prática adotada na Comarca de Rio Negro. 11) A representação deve ser norteada pelo art. 182 do ECA na medida em que a justiça menorista é de caráter predominantemente educativo e preventivo, o disposto no parágrafo segundo, ao contrário de prejudicar o adolescente, o favorece e permite maior investigação e produção de provas em sede judicial. 12)Na hipótese de aplicação de medidas em meio aberto, havendo concordância e confissão, concede-se remissão em audiência de apresentação. 13)Formação de processo único de execução de medida sócioeducativa, qualquer que seja ela, extinguindo-se o processo de conhecimento. Havendo vários processos que originaram as medidas sócioeducativas, todas são executadas em unificadamente, de modo a facilitar avaliação conjunta e com caráter pedagógico. 14 - Unificação do processo Na hipótese de adolescente já sentenciado com medida em meio fechado, respondendo mais de um processo, avaliando-se cada caso concreto, é possível conceder remissão nos demais, com medida sócio educativa ou não.

15)Em sendo caso de instrução processual, é possível audiência una. 16)Com a alteração do artigo 198 do ECA pela Lei 12010/09, ao receber o recurso, o Juiz deve se manifestar, fundamentadamente, quanto aos efeitos do recebimento. 17) Na execução da medida de internação, no prazo de 03 (três) anos, computa-se o período de internação provisória. 18) Controle das vagas x execução da medida sócio-educativa. Devem ser adotadas políticas públicas urgentes, pelo executivo, no sentido de aperfeiçoar a central de vagas e suprir a necessidade de unidade de internação no estado, que é deficitária e não atende as diretrizes do SINASE, observando-se inclusive a distância minima entre o local de residência e o da unidade. 19) A saída do adolescente da unidade de internação, deverá ser precedida, sempre, de autorização judicial. 20) Em se tratando de adolescente internado, pode o Juiz determinar a extinção de outras medidas por fatos menos graves a que responde o adolescente, ou ainda conceder remissão pura e simples, evitando a expedição de cartas precatórias para o juízo do local do internamento, para cumprimento de atos que irão gerar, no máximo, medidas já ineficazes para este adolescente. 21) Sempre que possível o Juiz deve aplicar o instituto da remissão judicial para suspensão ou extinção do processo, cumulada ou não com medidas socioeducativas em meio aberto, para os fatos em que já de início se verifique que a medida a ser futura e eventualmente aplicada seja da mesma natureza. 22)Adolescente Infrator e Justiça Restaurativa.

Aplicação dos princípios e diretrizes da justiça restaurativa no ambito do adolescente em conflito com a Lei. Oitiva do adolescente pelo Juiz, na companhia da família e do Estado (conselho tutelar, assistência social, etc.), inclusive a parte ofendida. Compromisso de todos os envolvidos na resolução do problema (recuperação e ressocialização do menor). Adolescente assume responsabilidades que ele mesmo indica. Aspecto como a volta à escola, tratamento contra o vício, respeito à família, comportamento, etc. Comprometimento da comunidade, igreja, e outros atores sociais. Realização de tal procedimento já no início, na audiência de apresentação e/ou proposta de remissão. Efetivo acompanhamento posterior, através de plano individualizado de atendimento. 23) Ao expedir mandado de busca e apreensão, o juiz deve fixar prazo para seu cumprimento, que decorrido, pode ser prorrogado por mais uma vez. Não cumprido pela autoridade policial, o processo pode ser extinto, pelo caráter pedagógico e princípio da necessidade e brevidade do processo, com o recolhimento do mandado. 24) Expedido o mandado de busca e apreensão, aplica-se a suspensão do processo, na forma do artigo 184, parágrafo 3º. Do ECA, mantendo-se os autos no arquivo durante o período da suspensão. 25)O Estado deve adotar políticas públicas urgente, para suprir a necessidade de implantação de programas para a execução das medidas em meio aberto com qualidade. Além dos critérios legais previstos no artigo 117, parágrafo único, do ECA, o local de prestação de serviços à comunidade deverá ser próximo à residência do adolescente, e não serem designadas tarefas que possam causar constrangimentos, tais como lavar

banheiros, varrer pátios da escola onde estuda, lavar viaturas, devendo as tarefas ser supervisionadas e ter caráter pedagógico; 26) O não cumprimento do parágrafo 2º, do artigo 185 do ECA enseja propositura de ação civil pública; 27 - Na omissão da decisão de regressão, a respeito do prazo da internação, aplica-se o máximo previsto no artigo 122, parágrafo primeiro, ou seja, 03 (três) meses; 28 - Havendo diversos processos instaurados contra o mesmo adolescente, em andamento, e, em sendo aplicada medida socioeducativa em meio fechado (internação e semiliberdade) em um deles, nos demais, comprovada a autoria e materialidade, concede-se a remissão, como forma de extinção do processo; Tema Área cível - medidas de proteção Enunciados - deliberações da plenária= 1 A declaração de concordância da genitora com encaminhamento para adoção é hipótese de jurisdição voluntária, podendo o depoimento ser colhido independente da presença de advogado. A mãe biológica deve ser atendida e orientada por equipe multiprofissional. Na audiência ouvido o Ministério Público e advertida a genitora das consequências de seu ato e da irrevogabilidade da decisão, a vontade materna seja homologada por sentença. A oitiva do pai só deverá ocorrer desde que constante do registro de nascimento. 2 - Acolhimento institucional formalização do procedimento Artigo 101, ECA.

O acolhimento institucional exige a deliberação judicial, a expedição da guia de acolhimento e elaboração do PIA Plano Individual de Acolhimento. Os pais biológicos devem ser notificados da decisão e para se manifestarem no processo de acompanhamento, em prazo de no máximo 10 (dez) dias. Os prazos de estudos sociais e avaliações devem ser exíguos, respeitando-se, rigorosamente o limite máximo previsto no artigo 101. 3 A autoridade judicial deve limitar a emissão de portarias apenas nos casos previstos pelo legislador, priorizando a fiscalização do ingresso e permanência de adolescentes em estabelecimentos, o combate ao consumo de drogas e a exploração sexual. 4 A fiscalização e execução de políticas implementadas pelo Fundo Municipal da Criança e do Adolescente é atribuição do Ministério Público. O Judiciário pode participar nas discussões, orientando, inclusive na parte orçamentária. 5) Doação via imposto de renda = Ação concreta junto aos órgãos da Receita para evitar que os indivíduos que façam a doação tenha problemas de retenção na malha fina (modelo do Rio Grande do Sul). Possibilidade de o CNJ realizar convênio com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, com desconto em folha do Magistrado, objetivando incentivar as doações de Magistrados ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. 6) Vagas e estrutura do Estado: O estado executivo deve implementar políticas públicas, urgentes, para suprir a ausência de vagas e estrutura para as hipóteses de saúde, médicos, dependência química, doença mental, educação, alunos especiais, idade incompatível, hiperatividade.

7) Na hipótese da família adotiva que devolve a criança, é possível pagar indenização, sob forma de pensão alimentícia, até que solucionada a questão da convivência familiar do adotando. Possibilidade de cumulação do pedido de indenização, por danos materiais e morais, quando da propositura da ação de destituição do poder familiar. 8) Após a criação do CNA os pretendentes somente pode ajuizar pedido de habilitação na Comarca de sua residência. 9) Cadastro nacional de adoção: Aprimorar e melhorar o sistema do CNA para atingir a meta, com a participação das justiças estaduais do país; Os relatórios exigidos pelo CNJ não sejam feitos pelos gabinetes, mas sim pelos cartórios. 10) Campanha para a correção de distorção de leis municipais no tocante à forma de eleição dos Conselheiros Tutelares uniformização, pelo Conselhos Municipais de cursos de capacitação dos Conselheiros Tutelares, com fiscalização e atuação, como interlocutor pelo Magistrado CONSIJ e CIJ. Comissão para avaliação de alteração legislativa, de modo a tornar o cargo técnico e preenchido por concurso. 11) Criação de comissão para atuar na capacitação dos agentes que trabalham nas equipes técnicas, bem como os conselheiros tutelares, visando padronizar os treinamentos e dar ao magistrado elementos para efetivar o curso em sua Comarca. 12) Limitar a atuação jurisdicional aos casos que dependem de deliberação judicial, excluídas as matérias que possam ser resolvidas nos termos do art. 201 e 136 do ECA.

Tema = Estrutura do Judiciário Deliberações de plenária = 1 - CEJA intercâmbio de informações entre Comarcas adoção internacional: Criação de cadastro estadual de habilitados e crianças prontas à adoção, com livre acesso pelos Magistrados e intercâmbio de informaçoes entre as equipes técnicas das comarcas. Reavaliação do processo de indicação pela CEJA, de modo a facilitar a agilização das adoções internacionais. Informações constantes e atualizadas aos Magistrados sobre os convênios e cadastros internacionais, com amplo acesso no banco de dados dos habilitados. 2 - Cursos de habilitação à adoção: Elaboração de curso padronizado e regionalizado (iniciais e intermediárias), a ser implementado nas Comarcas, em data datas pré-estabelecidas. Garantir também a preparação psicologica da criança e do adolescente adotando, assim como o acompanhamento personalizado durante o período de convivência. 3 - Equipes técnicas necessário mapeamento estadual para descobrir carências: Criação imediata de equipes técnicas para atendimento de todas as comarcas do estado. Composição mínima: 1 assistente social, 1 pedagogo e 1 psicólogo. Avaliar e criar núcleos regionais para atendimento centralizado das comarcas menores.

Necessidade de cursos de especialização e orientação das equipes técnicas, para garantir uma atuação uniforme e direcionada a área. 4 - Cadastros no CNJ resoluções cumprimento: Adaptação e melhoria dos dados lançados nos cadastros e relatórios do CNJ. Garantir que sejam alimentados e preenchidos pelas escrivanias e não pelo gabinete do Juiz. 5 - PROJUDI: precisa ser urgentemente aperfeiçoado e adaptado para a área especializada. Maior intercambio entre a diretoria do DTIC e os magistrados. Criação e implementação de programa de informática que permita o acesso e a interação dos dados dos processos, com histórico das crianças e adolescentes acompanhados. 6 - Varas especializadas exclusivamente na área: Levantamento e avaliação sobre a demanda das comarcas, de modo a criar, em casos compatível de ações, varas especializadas. Na especialização é imprescindível as equipes técnicas completas e eficientes. Nas comarcas com menor demanda, recomendar a prioridade aos feitos da infância e equipar os SAIs. 7 - Conselho Supervisor/Coordenadoria: o CONSIJ deve ter entre suas atribuições centralizar das boas práticas e um difundir as novas tendências para a solução das dificuldades e dos conflitos judicial e extrajudicialmente relacionados à infância e à juventude. 8 Espaços no Judiciário adequados Instruções ao departamento de engenharia e arquitetura no sentido projetar nos prédios novos e de adaptar, em todos os fóruns do estado, ambientes adequados para o atendimento e funcionamento das varas de infância e da juventude, de modo a propiciar o melhor atendimento ao público, especialmente na

parte de adoção, de assistencia social, pedagogia e psicologia e depoimento sem dano. 9 Aperfeiçoamento e atuação dos Conselho Tutelares - Buscar junto ao Poder Legislativo e Executivo e Conselhos dos Municípios a criação de mecanismos legais para aperfeiçoamento dos conselheiros tutelares, criação de condições de elegibilidade, e realização de cursos com recursos do Município, inclusive com previsão orçamentária a respeito. 10 Atualização dos Magistrados - necessidade de aperfeiçoamento constante dos magistrados, desde o início da carreira, com ênfase a área da infância e juventude no decorrer do processo de vitaliciamento por meio de cursos. Fomentar o assunto até mesmo antes do ingresso na magistratura. Exemplo de alteração do currículo do curso de direito em União da Vitória. Especialização dos Juízes de acordo com a vocação e afinidade, especialmente na área da Infância e Juventude. 11 - Produtividade - Criar mecanismos, junto a corregedoria para avaliação das estatísticas e produtividade x cumulação de áreas distintas x prioridades (feitos urgentes no cível, réu preso, idosos, liminares, em detrimento muitas vezes dos processos envolvendo criança e adolescente). 12 Adaptação do Boletim do Movimento Forense, e do Juiz, com campos e dados específicos da área. 13 Correições - Tornar permanente a elogiável prática da corregedoria atual de garantir a presença de Desembargadores e representantes dos Conselhos da Infância junto com a Corregedoria nas Correições nas Varas da Infância e Juventude. Verificação do trabalho realizado além dos processos judiciais. Diversidade de afazeres, visitas, tempo de audiências, projetos sociais implementados, etc. 14- Fiscalização e acompanhamento do acolhimento institucional: Através do Conselho de Supervisão da Infância e da Juventude elaborar atos de orientação (recomendação) para procedimento unificado de atuação junto às

entidades de acolhimento, principalmente com relação aos requisitos mínimos das mães-sociais (tempo de serviço, 24 horas, se preciso morar na casa lar); se é necessária a figura do pai-social. 15 E mandado - Implementação do e-mandado para os mandados de internação das Varas da Infância e Juventude. 16 - Frequencia escolar dos adolescentes - Gestionar, junto a secretaria estadual de educação, para alteração da política do Estado de não aceitação de menores de 18 anos no CEBJA, uma vez que este fato dificulta muito o acompanhamento e reeducação do adolescente, inclusive e muitas vezes em programas de apoio, como o adolescente aprendiz. 17 CONSIJ = Elaborar projeto e encaminhar a corregedoria para padronização: a) implantação de programa de execução de medidas em meio aberto nas Comarcas do Paraná (estrutura judiciário) b)fim da expedição de carta precatória em meio aberto, sendo remetido o processo ao Juízo de residência do adolescente, que passa a ter competência plena para execução, inclusive a extinção. c) Formação de processo único de execução de medida sócio-educativa, qualquer que seja ela, extinguindo-se o processo de conhecimento. d)havendo vários processos que originaram as medidas sócio-educativas, todas são executadas em unificadamente, de modo a facilitar avaliação conjunta e com caráter pedagógico. e) Padronização pela corregedoria ex. Portaria utilizada pela Roseli. 18) Código de Normas padronização do processo de apuração de ato infracional e dos procedimentos da área da infância e da juventude destruição de processos de adolescentes em conflito com a lei já extintos e arquivados.