10/12: DIA DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ATIVIDADE 1: DEBATE SOBRE A DECLARAÇÃO



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Transcrição:

10/12: DIA DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ATIVIDADE 1: DEBATE SOBRE A DECLARAÇÃO 1. PASSO-A-PASSO DA AÇÃO 1.1 PROPOSTA Promover um debate sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, envolvendo alunos, professores, funcionários e, se possível, especialistas convidados. 1.2 CRONOGRAMA Ajuste esta tabela conforme sua necessidade e indique as datas de cada passo nas colunas das semanas. Passos 1. Apresentação e planejamento da ação 2. Organização da ação 1 2 3 4 5 6 Definição das turmas Contato com convidados Preparação dos alunos 3. Realização da ação 4. Divulgação da ação 1.3 O PAPEL DE CADA UM O voluntário: propõe, articula, organiza e executa a atividade na escola. A escola: envolve os professores. A família/comunidade: participa do debate. 1

1.4 OBJETIVOS Refletir sobre o papel a ser exercido pelo Estado, pelo Ministério Público, pela família e por cada pessoa no avanço e na efetivação das garantias consolidadas pelo documento. Fazer um balanço do que os governos já concretizaram em benefício do seu povo e os desafios ainda postos. Ampliar o conhecimento dos alunos sobre o tema e suas implicações na realidade. 1.5 PÚBLICO RECOMENDADO Devido ao conteúdo da proposta, o ideal é que a atividade seja realizada com estudantes do Ensino Fundamental II, com adolescentes do Ensino Médio e alunos do EJA, podendo envolver funcionários, professores e pais, conforme disponibilidade da direção da escola. 1.6 COMO IMPLEMENTAR PASSO 1: Apresentação e planejamento da ação Entre em contato com a escola e agende uma conversa para a apresentação e planejamento da proposta. Possivelmente, a articulação será encaminhada com a coordenação pedagógica, que poderá indicar as turmas mais adequadas para a atividade. No dia da primeira reunião de articulação é importante estar preparado. Para isso, é fundamental: Levar a proposta por escrito para a instituição; Definir o período para as ações; Pedir autorização para filmar e/ou fotografar a atividade. Nesta atividade é recomendada a adesão dos professores, especialmente os da área de humanas (história, geografia, filosofia etc.). Mas qualquer professor interessado poderá realizar a ação em parceria com o voluntário. PASSO 2: Organização da ação Definição das turmas O debate deverá envolver mais de uma sala de aula; para isso devem ser garantidas as condições de espaço e de acústica adequadas. Contato com os convidados para o debate Para falar com os alunos sobre o tema, pode ser interessante buscar advogados e/ou especialistas em direitos humanos, direitos da infância, da mulher ou outra 2

área. Use sua rede de contatos! Pesquise entre os funcionários do banco, conhecidos e profissionais da escola. Indicamos que a mesa de debates seja composta pelos especialistas, voluntários e professores interessados pelo tema. O ideal é que vários professores sejam envolvidos para que possam fazer suas contribuições no dia. Mesmo com a presença de profissionais diretamente envolvidos com o tema, é importante que tanto o voluntário quanto os professores pesquisem antecipadamente o assunto e estejam aptos para debatê-lo. Para isso, podem ser utilizados materiais indicados pelo convidado e o documento Informação e Reflexão que compõe esta ação. Além dos alunos e professores, poderão ser envolvidos pais e funcionários, conforme decisão dos responsáveis pela organização. Preparação dos alunos É fundamental que pelo menos um professor discuta antecipadamente o tema com cada uma das salas que irá participar do debate. PASSO 3: Realização da ação Conforme os convidados externos e os alunos forem chegando, é importante que sejam bem acolhidos. Portanto, atente-se à recepção dos mesmos. Quando todos já estiverem bem acomodados, apresente-se e explique a proposta da atividade que será realizada, reforçando o convite para que todos participem. Contextualize o tema do debate, mencionando que a atividade está relacionada ao dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apresente os componentes da mesa e solicite para que cada um faça uma breve fala sobre o tema. Em seguida, abra a discussão para a plateia de alunos, incentivando a participação de todos. É esperado que os professores da mesa e da plateia também contribuam, o que pode ser estimulado por você, se necessário. É fundamental que o voluntário tenha algumas questões na manga e atue como um provocador de ideias. O mais importante neste momento é que ele assuma o papel de mediador, colocando-se como um ouvinte atento e sensível às percepções do grupo e aproveitando cada momento para enriquecer o debate com elementos de sua pesquisa. PASSO 4: Divulgação da atividade Posteriormente, a iniciativa poderá ser matéria no jornal interno, informativo ou blog da instituição. Não se esqueça de publicar a atividade no site do PEB, registrando 3

inclusive os resultados da experiência. Para isso, basta criar uma Ação Voluntária dentro da Ação Mãe. 1.7 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: DIREITOS NOS MURAIS Sugira que a escola promova a discussão em todas as salas de aula e solicite que cada turma produza um cartaz para colocar no mural da escola, na semana da comemoração da Declaração. 4

ATIVIDADE 2: OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS 1. PASSO-A-PASSO DA AÇÃO 1.1 PROPOSTA Realizar um piloto de um observatório dos direitos humanos, convidando os alunos a pesquisar, registrar, sistematizar, refletir e compartilhar informações sobre a situação dos direitos humanos em suas comunidades. 1.2 CRONOGRAMA Ajuste esta tabela conforme sua necessidade e indique as datas de cada passo nas colunas das semanas. Passos 1. Apresentação e planejamento 1 2 3 4 5 6 Contato com a escola 2. Organização da ação Contato com professores Preparação do roteiro de observação e entrevista 3. Realização da ação Encontro 1 apresentação da proposta aos alunos e debate Encontro 2 compartilhamento e elaboração de material 4. Divulgação da ação 5

1.3 O PAPEL DE CADA UM O voluntário: propõe, articula, organiza e executa a atividade com a escola. A escola: envolve os professores na elaboração do roteiro de observação e no acompanhamento das entrevistas que os alunos realizarão. A família/comunidade: apoia os alunos nas entrevistas e realização do roteiro, entrevistas e fotos. 1.4 OBJETIVOS Ajudar os alunos a perceberem situações de desrespeito aos Direitos Humanos que estão banalizadas na sociedade atualmente. 1.5 PÚBLICO RECOMENDADO Devido ao conteúdo da proposta, o ideal é que a atividade seja realizada com os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental II (8º e 9º anos), com adolescentes do Ensino Médio e alunos do EJA. 1.6 COMO IMPLEMENTAR PASSO 1: Apresentação e planejamento da ação Entre em contato com a escola e agende uma conversa para a apresentação e planejamento da proposta. Possivelmente, a articulação será encaminhada com a coordenação pedagógica, que poderá indicar as turmas mais adequadas para a atividade. No dia da primeira reunião de articulação é importante estar preparado. Para isso é fundamental: Levar a proposta por escrito para a instituição; Definir o período para as ações; Pedir autorização para filmar e/ou fotografar a atividade. Nesta atividade é fundamental a adesão dos professores, especialmente os da área de humanas (história, geografia, filosofia etc.). PASSO 2: Organização da ação Pesquisa do tema Caberá aos docentes a organização da pesquisa que os alunos realização em suas comunidades. Portanto, todo o planejamento da atividade deverá ser realizado em conjunto com eles. 6

Como os alunos de uma escola normalmente pertencem a mesma comunidade ou a comunidades próximas entre si, sugerimos que os professores discutam, a partir da leitura de todos os direitos presentes na Declaração, a possibilidade de cada turma pesquisar um aspecto dos direitos, como o direito à vida, o direito à segurança ou ao trabalho. Para organizar este projeto e realizar as discussões em sala de aula, os professores poderão pesquisar informações no site da Organização das Nações Unidas ou em outras fontes. É importante que durante esse trabalho sejam selecionados os artigos da Declaração que possam ser observados e indagados diretamente na comunidade. Veja alguns exemplos: o o Artigo XXI, item 2: Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. Artigo XXIII: Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Preparação da atividade Prepare, com os professores, o esboço do roteiro de observação/entrevista a ser apresentado aos alunos. O roteiro completo deve ser definido em conjunto com os alunos, após discussão do tema em aula. Aproveite para debater com o grupo como será feita a sensibilização dos alunos e redigir o informe aos pais, comunicando a iniciativa da escola e a proposta das atividades a serem realizadas pelos seus filhos. Na definição das datas, especifique que serão necessários dois encontros com os alunos: o o Encontro 1: apresentação da proposta e debate Encontro 2: compartilhamento e elaboração do material pesquisado pela turma Neste momento, o papel do voluntário é ajudar nas pesquisas, apoiando e estimulando a participação dos docentes. Portanto, sugerimos que você integre a reunião dos professores e dê sua contribuição levando materiais para leitura ou uma lista de referências para que o grupo pesquise na sala de professores ou de informática (se existir este recurso). Com base nessas informações, vocês poderão discutir o que deverá ser compartilhado com os alunos. 7

PASSO 3: Realização da ação Encontro 1: apresentação da proposta e debate Em sala de aula, com a participação do professor, os alunos devem ser sensibilizados para o tema e convidados a participar da atividade. Inicie explicando que a razão de estarem conversando sobre o tema é o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em seguida, você e o professor conduzem o debate, primeiramente levantando com a turma as percepções acerca das questões que envolvem os direitos humanos. Deixe que os alunos coloquem a visão deles sobre o tema e escute atentamente suas percepções. Caso julgue necessário, registre as falas numa lousa ou flipchart. Contextualize o tema fazendo a leitura da Declaração de forma dinâmica, entremeada de observações e reflexões. Após a leitura, o professor deverá apresentar o esboço do roteiro de observação/entrevista, e finalizá-lo a partir das sugestões dos alunos. Por fim, deverão dividir os grupos de alunos para a tarefa, que poderá ser executada como uma tarefa de casa. Encontro 2: compartilhamento e elaboração de um material da turma Inicie fazendo uma rodada de comentários, para que os alunos coloquem suas impressões sobre a experiência da entrevista. Em seguida, apresente a proposta de construção de um material único para compartilhamento e sensibilização de toda a escola. Esse material poderá compor cartazes para o corredor, um trabalho impresso para circular em outras séries ou um material digital para divulgação nas redes sociais dos alunos e/ou no site, fanpage ou blog da escola. PASSO 4: Divulgação da atividade Posteriormente, a iniciativa poderá ser matéria no jornal interno, informativo ou blog da instituição. Não se esqueça de publicar a atividade no site do PEB, registrando inclusive os resultados da experiência. Para isso, basta criar uma Ação Voluntária dentro da Ação Mãe. 1.7 ATIVIDADE COMPLEMENTAR: OBSERVATÓRIO Sugira à escola que esta atividade aconteça semestralmente ou pelo menos uma vez por ano, com rodízio de turmas. Dessa forma, a escola estará instaurando um observatório sobre os direitos humanos e inserindo essa temática no seu planejamento anual, com a produção de um conteúdo que será sempre atualizado e complementado pelas novas pesquisas. 8

INFORMAÇÃO E REFLEXÃO REFLETINDO SOBRE OS DIREITOS HUMANOS Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação. (Declaração Universal dos Direitos Humanos 1 ) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em Paris, no dia 10 de Dezembro de 1948, e desde então foi traduzida em mais de 360 idiomas. Sua elaboração foi responsabilidade de representantes das diferentes culturas de todas as regiões do mundo, sendo uma norma comum a ser alcançada pelos povos e nações. A Declaração estabeleceu de forma universal, pela primeira vez, a proteção aos direitos humanos e inspirou as constituições de muitos Estados, bem como tratados internacionais e outros instrumentos adotados nessa luta. Infelizmente, se compararmos cada um dos artigos da declaração com a realidade que observamos diretamente ou através das mídias e pesquisas, perceberemos que praticamente nenhum desses direitos está garantido. Esse fato reforça ainda mais a importância da Declaração, pois ela é a base que toda a sociedade deve adotar na luta pelo respeito aos direitos humanos, seja por meio do trabalho de organizações não governamentais, pela criação de compromissos e procedimentos empresariais, ou até mesmo cada um de nós, em nossa casa, trabalho ou atividade voluntária. Essa união de esforços deve ser cada vez mais intensificada para que a realidade presente transforme-se radicalmente! 1 http://www.dudh.org.br/definicao/ 9

REFLEXÃO COMPLEMENTAR: DECLARAÇÃO VERSUS A REALIDADE É fundamental que não só as nações, mas também as entidades governamentais e empresas, comprometam-se com a garantia dos direitos de todos os seres humanos através de tratados, declarações, castas, estatutos ou pactos. E que, a partir desse compromisso, adotem procedimentos e atitudes que coloquem em prática o respeito a esses direitos (clique aqui para conhecer alguns exemplos de como o Santander tem transposto essas diretrizes em suas atividades diárias e relacionamentos). Vejamos abaixo alguns dos artigos da Declaração, seguidos de comentários sobre o que ainda podemos observar na realidade: Artigo II: 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Ainda testemunhamos preconceitos relacionados a todos esses aspectos! Mulheres e negros ainda recebem menores salários que homens e brancos, mesmo ocupando os mesmos cargos; algumas mulheres são mortas em seus países por contradizerem regras que cerceiam sua liberdade de escolha e expressão; pobres, de forma geral, são vítimas de todo tipo de preconceito. A igualdade de direitos, como vemos, é uma conquista que ainda temos que buscar, em todos os âmbitos de nossas vidas. Artigo III: Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Entretanto, as crianças que nascem em países ou regiões pobres morrem muito mais do que aquelas de países ou regiões ricas. Pobres, principalmente negros ou pardos, em muitos países são as maiores vítimas de violência e de condenações sem direito à defesa, se comparado à condição de brancos ou pessoas com maior poder aquisitivo. Artigo XIII: 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. No nosso país observamos que o serviço público não existe para todos ou não oferece qualidade para atender de fato às necessidades de todos. 10

Ao invés de pensarmos em como conseguir pagar por serviços privados, devemos lutar por melhores escolas públicas, oferta de melhor serviço público de saúde, melhores condições de transporte coletivo, etc. Artigo XXVIII: Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. O mundo ainda está mergulhado em injustiça e exploração dos mais pobres, além de guerras com diversas justificativas, mas de fato motivadas por interesses unilaterais. Portanto, devemos nos informar sobre as questões políticas, econômicas, ecológicas e de direitos para podermos avaliar de forma mais consistente os conflitos e injustiças. Somente dessa forma poderemos nos posicionar de forma mais consciente. Os governos são representantes do povo, mas acima de tudo são o espelho da consciência da população. Os direitos humanos só estarão assegurados quando todos nos tornarmos corresponsáveis pelo respeito a essas normas e pelo combate às causas de suas violações. Nossa alienação e ignorância, enquanto humanidade, são causadoras de tantas violações por poucos, contra a maioria. REFLEXÃO COMPLEMENTAR: ALGUMAS CONQUISTAS Mesmo que o cenário ainda seja muito desafiador, algumas mudanças avançaram. Estas são as 20 conquistas mais importantes desde 1993 2 : 1. Os direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos e o direito ao desenvolvimento são reconhecidos como direitos universais, indivisíveis e direitos mutuamente fortalecidos de todos os seres humanos, sem distinção. A não discriminação e a igualdade têm sido cada vez mais reafirmadas como princípios fundamentais do direito internacional dos direitos humanos e como elementos essenciais da dignidade humana. 2. Os direitos humanos tornaram-se fundamentais para o discurso global sobre paz, segurança e desenvolvimento. 2 Fonte: http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-os-direitos-humanos/conquistas-dos-direitoshumanos-1993-2013/ 11

3. Novos padrões de direitos humanos foram construídos com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e a implementação de tratados internacionais sobre os direitos humanos foi significativamente melhorada. 4. Proteções adicionais explícitas no direito internacional agora englobam crianças, mulheres, vítimas de tortura, pessoas com deficiência, instituições regionais, entre outros. Onde houver alegações de violações, os indivíduos podem apresentar queixas aos órgãos de tratados internacionais de direitos humanos. 5. Os direitos das mulheres agora são reconhecidos como direitos humanos fundamentais. Discriminação e atos de violência contra as mulheres estão na vanguarda do discurso de direitos humanos. 6. Há um consenso global de que graves violações dos direitos humanos não devem ficar impunes. As vítimas têm o direito de exigir justiça, inclusive em processos da restauração do Estado de Direito após conflitos. O Tribunal Penal Internacional traz autores de crimes de guerra e crimes contra a humanidade à justiça. 7. Tem havido uma mudança de paradigma no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas com deficiência, especialmente e fundamentalmente, no seu direito de participar efetivamente em todas as esferas da vida nas mesmas condições que os demais. 8. Existe um quadro internacional que reconhece os desafios enfrentados pelos migrantes e suas famílias e garante os seus direitos e os direitos dos imigrantes que não possuem documentos. 9. Os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros foram colocados na agenda internacional. 10. Os desafios enfrentados pelos povos indígenas e pelas minorias estão sendo cada vez mais identificados e abordados pelos mecanismos internacionais de direitos humanos, especialmente no que diz respeito ao seu direito à não discriminação. 11. O Conselho de Direitos Humanos, criado em 2006, abordou questões vitais e sensíveis e a sua Revisão Periódica Universal, estabelecida no mesmo ano, permitiu que os países avaliassem os registros de direitos humanos uns dos outros, fazendo recomendações e prestando assistência para a sua melhoria. 12. Especialistas e grupos independentes de direitos humanos monitoram e investigam a partir de uma perspectiva temática ou específica de cada país. Eles cobrem todos os direitos em todas as regiões, produzindo relatórios públicos precisos que aumentam a responsabilidade e ajudam no combate à impunidade. 12

13. Estados e as Nações Unidas reconhecem o papel fundamental da sociedade civil na promoção dos direitos humanos. A sociedade civil tem estado na vanguarda da promoção e proteção dos direitos humanos, identificando problemas e propondo soluções inovadoras, pressionando por novas diretrizes, contribuindo para as políticas públicas, dando voz aos que não têm poder, construindo a consciência mundial sobre os direitos e liberdades e ajudando na construção da mudança sustentável. 14. Existe uma conscientização intensificada e uma demanda crescente por pessoas em todo o mundo para uma maior transparência e prestação de contas do governo e para o direito de participar plenamente na vida pública. 15. Instituições de direitos humanos tornaram-se mais independentes e competentes e exercem uma poderosa influência sobre o governo. Mais de um terço de todos os países estabeleceram uma ou mais dessas instituições. 16. O Fundo das Nações Unidas para as Vítimas de Tortura tem ajudado centenas de milhares de vítimas de tortura a reconstruir suas vidas. Da mesma forma, o Fundo Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, com a sua abordagem única voltada para a vítima, tem prestado ajuda humanitária, legal e financeira através de mais de 500 projetos para os indivíduos cujos direitos humanos foram violados. 17. Vítimas do tráfico agora são vistas como intituladas a todos os direitos humanos e não mais como criminosas. 18. Um consenso crescente está emergindo: as empresas têm responsabilidades de direitos humanos. 19. Existem diretrizes para os Estados que apoiam a liberdade de expressão para definir onde o discurso constitui uma incitação direta ao ódio ou à violência. 20. O organismo da lei internacional dos direitos humanos continua evoluindo e expandido para tratar de questões emergentes de direitos humanos, tais como os direitos das pessoas idosas, o direito à verdade, um ambiente limpo, água e saneamento e comida. PARA SABER MAIS Curso online de Direitos Humanos http://sustentabilidade.santander.com.br/pt/espaco-de-praticas/paginas/cursos- Online.aspx 13

Sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos http://www.dudh.org.br/ http://www.onu.org.br/img/2014/09/dudh.pdf +Direitos+Humanos - Jovens Facilitadores de Práticas Restaurativas (participante do 4º episódio) https://www.youtube.com/watch?v=dw9m3ajb_ic +Direitos+Humanos - Associação Jovens Indígenas (AJI) participante do 4º episódio https://www.youtube.com/watch?v=bwthqqh8yz8 +Direitos +Humanos: 3º episódio - As Esquinas e as Feiras https://www.youtube.com/watch?v=21vviagmt4e 14