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Transcrição:

Procedimento Administrativo n. º 1.26.000.000335/2009-11 DESPACHO O presente procedimento administrativo foi instaurado no âmbito desta Procuradoria da República como o objetivo de apurar notícia de que a Fundação HEMOPE, nesta cidade, não aceitaria a doação de sangue por pessoas declaradamente homossexuais, fato que poderia ensejar discriminação em face desse grupo social. Com vistas à instrução dos autos, foi expedido o Ofício MPF/PRPE/AT nº 537/2009 1, através do qual este órgão ministerial solicitou ao HEMOPE informações acerca dos fatos noticiados na representação. Em resposta, a Fundação HEMOPE esclareceu que segue as regras previstas na Resolução RDC nº 153, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA. Explicou que a referida norma estabelece os procedimentos de hemoterapia no Brasil e é baseada em evidências científicas, apresentando-se em concordância com as recomendações internacionais. Do Mem. nº 083 D.HEMOT, que consta às fls. 15/16, destacamos os seguintes trechos: 1 Este ofício foi reiterado por meio dos Ofícios MPF/PRPE/AT nºs 920/2009 (fl. 09) e 1327/2009 (fl. 12).

[...] Efetivamente, não existe o direito de doar sangue, somente o direito de se candidatar a ser um doador. A aceitação depende de uma série de fatores, que levam em conta o risco que a doação pode representar, tanto para a saúde do doador quanto para a do receptor. [...] Os boletins epidemiológicos do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde indicam que o grupo homossexual/bissexual masculino ainda é a categoria de exposição mais freqüente entre as pessoas portadoras do HIV. [...] Por isto, a exclusão dos homossexuais e dos bissexuais masculinos da doação de sangue é uma medida que contribui para a proteção dos receptores de transfusão de sangue, ao diminuir o risco de transmissão do HIV. [...] A Resolução RDC nº 153, de 14 de junho de 2004, é o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea. Para tanto, estabelece critérios para a seleção dos doadores de sangue, definindo quais são as situações consideradas de risco. Dentre as situações elencadas na referida norma como situações de risco acrescido inclui-se homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes: B.5.2.7.2 - Situações de Risco Acrescido [...]

d) Serão inabilitados por um ano, como doadores de sangue ou hemocomponentes, os candidatos que nos 12 meses precedentes tenham sido expostos a uma das situações abaixo: Homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas. Pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo. Pessoas que foram vítimas de estupro. Homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes. Homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-hiv, portador de hepatite B, Hepatite C ou outra infecção de transmissão sexual e sangüínea. Pessoas que estiveram detidas por mais de 24 horas em instituição carcerária ou policial. Pessoas que tenham realizado "piercing" ou tatuagem sem condições de avaliação quanto à segurança. Pessoas que tenham apresentado exposição não estéril a sangue ou outro material de risco biológico; Pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com história de transfusão sanguínea; Pessoas que tiveram acidente com material biológico e em conseqüência apresentaram contato de mucosa e ou pele com o referido material biológico. Como se vê, a inabilitação decorre de expressa previsão em regulamento da ANVISA e, diante disto, as alegações do HEMOPE devem ser consideradas, especialmente no tocante à afirmação de que a regulamentação é baseada em dados epidemiológicos e estudos científicos,

assim como na experiência internacional. Na documentação de fls. 15/16, o HEMOPE registrou ainda que: [...] A implantação dos testes para a detecção de anticorpos contra HIV em doadores de sangue, a partir de 1988, representou um grande avanço na prevenção da transmissão deste vírus pelas transfusões de sangue. No entanto, o tempo decorrido entre contaminação e a positividade dos exames ainda não pôde ser eliminado, mesmo com os mais avançados recursos técnicos, fazendo persistir o risco de transmissão do HIV pelas transfusões. [...] A literatura é ampla em relação aos estudos epidemiológicos que avaliam os riscos em determinados grupos para transmissão de doenças através de transfusão de sangue. A grande maioria dos trabalhos aponta na mesma direção: a prática sexual entre homens que fazem sexo com outros homens está associada a um risco acrescido de contaminação pelo HIV. [...] destacamos É de se notar, ainda, que, a Resolução 153/2004, definitivamente, não impede a doação de sangue por homossexuais 2. Ela prevê, sim, um período de inabilitação de um ano, para homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos 12 meses precedentes à doação, dentre outros casos. Resta evidente, portanto, que não se trata de medida discriminatória, mas sim, medida protetiva. 2 A Resolução 153/2004 não faz nenhuma restrição aos homossexuais femininos.

Vejamos: Sobre o tema, já se pronunciou o TRF da 1ª Ragião. EMENTA: CIVIL. PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RESOLUÇÃO 153/2004 ANVISA. DOAÇÃO DE SANGUE. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE DOADORES. CONSTITUCIONALIDADE. SUSPENSÃO. CARÁTER GERAL E ABSTRATO. COMPETÊNCIA DO STF. 1. Ao determinar a suspensão, em caráter geral e abstrato, de hipótese de exclusão de doadores que se encontram no grupo de "risco acrescido", definido em resolução da ANVISA, a decisão agravada usurpou competência do STF, único Tribunal competente para suspender cautelarmente a execução de ato normativo federal sob fundamento de inconstitucionalidade (CF, art. 102, I, letras "a" e "p"). 2. O objetivo dos critérios de seleção de doadores de sangue não é afirmar ou negar preconceitos, mas, com base em pesquisas científicas internacionalmente aceitas, cujo acerto não foi infirmado por prova inequívoca (CPC, art. 273, caput), buscar os meios mais eficazes de proteger a saúde pública. 3. Agravo de instrumento a que se dá provimento. (AG 2006.01.00.030095-0/PI, Des. Rel. Maria Isabel Gallotti Rodrigues, Sexta Turma, DJ 29/01/2007, p.54) destacamos Nesse contexto, é de se concluir que inexiste qualquer irregularidade na conduta da Fundação HEMOPE, que adota os procedimentos hemoterápicos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, com o intuito de viabilizar a maior proteção possível aos receptores de transfusão de sangue. Ante o exposto, é de se concluir que a situação descrita nos autos não é apta a justificar a intervenção do Ministério Público Federal.

Em conclusão, decido pelo arquivamento do presente procedimento administrativo e determino à DTCC que: 1. informe ao noticiante sobre a presente decisão, participando-lhe que terá o prazo de 10 dias para, querendo, apresentar recurso dirigido ao 1º OTC, o qual, em caso de não retratação, será encaminhado à competente Câmara de Coordenação e Revisão para apreciação; 2. após o prazo para recurso, remetam os autos à 1ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal para fins de homologação. Recife (PE), 27 de maio de 2009. ANASTÁCIO NÓBREGA TAHIM JÚNIOR Procurador da República SFR/despacho de arquivamento