A ABORDAGEM DA TEMÁTICA PARASITOSES INTESTINAIS NO AMBIENTE ESCOLAR Élerson de Lara Magalhães 1 Cleider Saturno de Quadros 2 André Luis de Oliveira 3 INTRODUÇÃO Desde os primórdios da humanidade já se sabia da existência de agentes parasitários causadores das mais diversas doenças conhecidas atualmente. Essas infecções são causadas por protozoários (Giardia lamblia e Entamoeba histolytica), platelmintos (Taenia solium, Taenia saginata e Hymenolepis nana) e nematódios (Trichuris trichiura, Strongyloides stercolaris, Enterobius vermicularis, Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale e Necator americanus). Esses agentes etiológicos apresentam ciclos evolutivos que contam com períodos de parasitose humana, períodos de vida livre no ambiente e períodos de parasitose em outros animais. A infecção humana é mais comum em crianças, por meio da via oral fecal, sendo águas e alimentos contaminados os principais veículos de transmissão. As parasitoses são um grave problema de saúde pública no Brasil principalmente em regiões com nível sócio - econômico mais baixo e sem saneamento básico, sendo que são mais freqüentes entre crianças que podem apresentar sintomas como: dores abdominais, anemia, prurido anal, diarréia crônica e perda de apetite (SILVA E SANTOS, 2001; UNEP, 2006). As parasitoses intestinais constituem ainda importantes entidades mórbidas para o homem, pois têm ampla distribuição geográfica, elevados índices de prevalência e em alguns casos morbilidade significante. As parasitoses são apontadas como um indicador do desenvolvimento sócioeconômico de um país, afetando principalmente os indivíduos jovens que estão em 1 Elerson de Lara Magalhães graduando em ciências biológicas licenciatura UNIOESTE elerson212@hotmail.com 2 Cleider Saturno de Quadros - graduanda em ciências biológicas licenciatura UNIOESTE cleider.saturno@gmail.com 3 André Luis de Oliveira doutorando em ensino de ciências e matemática UEM alolivei@hotmail.com
fase escolar, desencadeando desde problemas de saúde, até baixo nível de rendimento nas atividades de aprendizagem (SIQUEIRA; FIORINI, 1999). Diante da importância das parasitoses no Brasil, principalmente em crianças em idade escolar como delineado anteriormente, bem como uma abordagem com maior ênfase no conteúdo de ciências e biologia, o artigo justifica - se pela necessidade de trabalhar com os alunos um conhecimento mais aprofundado contribuindo para a compreensão dos problemas e perigos que estão relacionados a infecções provocadas por parasitas intestinais, que podem provocar doenças graves, intituladas parasitoses. Além disso, o alunos precisam se sensibilizar de que o principal método preventivo são os hábitos higiênicos corretos. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A principal fonte, que contribui para a contaminação do ser humano, encontrase no solo e na água, sendo que o mesmo contribui para contaminar o meio ambiente, lançando os dejetos in natura, através de redes de esgotos e estações de tratamento. Os ovos, cistos e larvas dos parasitas, contaminam a água, que os transporta a longas distâncias, promovendo dessa forma, a infecção de novos hospedeiros (WENZEL et al, 1991). A distribuição geográfica das parasitoses tem, portanto, vários fatores intervenientes: presença de hospedeiros susceptíveis apropriados, migrações humanas, condições ambientais (temperatura, umidade, altitude) favoráveis, potencial biótico elevado. Além disso, maior densidade populacional, hábitos religiosos, deficiência de princípios higiênicos, baixas condições de vida, ignorância, favorecem a disseminação e podem elevar a incidência das parasitoses em determinadas regiões (NEVES, 1998, p.5). Dentre os parasitas mais conhecidos estão: a Taenia sp. conhecida como solitária que é causadora da teníase, Giardia lamblia causadora da giardíase, Ascaris lumbricoides conhecida como lombriga que é causadora da ascaridíase e Schistossoma mansoni causador da esquistossomose ou barriga d água como é popularmente conhecida. Estima-se que cerca de 1 bilhão de indivíduos em todo mundo alberguem Ascaris lumbricoides, sendo apenas pouco menor o contigente infestado por Trichuris trichiura e pelos ancilostomídeos. Estima-se, também, que 200 e 400 milhões de indivíduos, respectivamente, alberguem Giardia duodenalis e Entamoeba
histolytica. Os danos que os enteroparasitas podem causar a seus portadores incluem, entre outros agravos, a obstrução intestinal (Ascaris lumbricoides), a desnutrição (Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura), a anemia por deficiência de ferro (ancilostomídeos) e quadros de diarréia e de mal absorção (Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis), sendo que as manifestações clínicas são usualmente proporcionais à carga parasitária albergada pelo indivíduo (FERREIRA, 2000). No ambiente escolar muitas vezes não são abordadas a importância do combate a esses parasitas intestinais que muitas vezes passam despercebidos pelo conteúdo de biologia e os alunos não tomam conhecimento da importância do combate a essas doenças que podem ser evitadas com práticas de higiene básicas como: lavar as mãos e os alimentos, usar calçados e evitar contato com água proveniente de córregos que possam estar contaminados. Segundo Marques (2005) apesar da alta freqüência de enteroparasitoses causadas à população em geral, ressalta-se a escassez de estudos acerca do problema, visando um melhor dimensionamento e elaboração de medidas de combate por parte das autoridades sanitárias. O conceito de parasitismo é amplo e, de modo geral, pode ser definido como uma interação entre dois organismos em que um se beneficia do outro para sobreviver. Na parasitologia, dois grandes grupos têm importância na saúde humana e animal: os protozoários e os helmintos, que nos hospedeiros podem habitar cavidades (intestino), tecidos ou fluidos corporais como o sangue e a linfa (NEVES, 2005). Uma em cada dez pessoas sofre de infecção por uma das dez principais parasitoses, que incluem: ascaridíase, ancilostomíase, malária, tricuríase, amebíase, filaríases, esquitossomíases, giardíases, tripanossomíases e leishmaníases (NEVES, 2005). As relações dessas enfermidades com o homem do campo e populações de baixa renda vêm chamando a atenção desde a década de trinta, quando o escritor Monteiro Lobato lançou o ícone do indivíduo parasitado, criando o personagem Jeca Tatu (NEVES, 2005). A educação ambiental no controle das parasitoses intestinais tem se mostrado uma estratégia com baixo custo e capaz de atingir resultados significativos e duradouros (ASOLU; OFOEZIE, 2003), uma vez que ela corresponde a um processo educativo constante, dinâmico e criativo.
Neves (2005) apresenta um quadro contendo os sintomas, formas de transmissão e as medidas profiláticas de três dos principais e mais comuns parasitas humanos, como pode-se observar no quadro a seguir: Quadro 1: Parasitoses intestinais de maior ocorrência em crianças na idade escolar. PARASITA SINTOMATOLOGI A Taenia sp. Teníase: crises dispépticas com fases diarréicas intercaladas com constipação meteorismo abdominal, dores abdominais e epigástricas, náuseas, vômitos, alterações no apetipe. Cisticercose: perturbações psíquicas, excitabilidade, angústia, insônia, nervosismo, alterações visuais, paresias e convulsões Giardia Giardíase: duonite lamblia e colicistite, dor difusa, meteorismo, diarréias transitórias, evacuação de fezes pastosas, plenitude gástrica, náuseas e vômitos. Gerais: sonolência pós-prandial, cefaléia, perturbações visuais, enxaqueca, nervosismo e Ascaris lumbricoides anemia. Bronquite, pneumonia atípica, com febre e dores TRANSMISSÃO Consumo de carne bovina e suína mal cozida. Ingestão de água e alimentos contaminados pelos ovos e ingestão de proglotes grávidas. Água e alimentos contaminados com os cistos. Falta de higiene pessoal, água e alimentos PROFILAXIA Higiene dos pacientes contaminados comt. solium para evitar contaminação de outros com cisticercose. Impedir a contaminação de água e alimentos pelos ovos. Visam: fonte de infecção e via de eliminação do parasito; meios de disseminação dos cistos e as vias de sua introdução no organismo Descobrir os indivíduos infestados e tratá-
torácicas, diarréias rebeldes, caqueixa, ictirícia obstrutiva, pancreatite, obstruções e compressões, irritações e inflamações, peritonite, apendicite, gangrena de saco herniário. contaminados, mãos e utensílios. Infestação por via oral. los. Uso de esgoto e tratamento das fezes impedira a poluição fecal das casas, alimentos e água. No Brasil estão descritas várias experiências bem sucedidas de educação para prevenção de doenças parasitológicas (GUILHERME, 2002; VASCONCELOS, 1998; MELO et al., 1992), entre elas, um trabalho realizado em Maringá-PR, no qual se verificou que após o tratamento educativo, por meio de minicursos para as famílias atendidas, ocorreu redução na prevalência para parasitos intestinais de 42,5% para 12,6% (PUPULIN et al., 2000). Medidas simples como a integração de hábitos de higiene, lavagem das mãos e dos alimentos com água e sabão, têm sido eficazes no combate às infecções causadas por parasitos (BLOOMFIELD, 2001). O simples uso de um sapato e cuidados com as unhas têm sido importante na prevenção de parasitoses humana (TOMONO et al., 2003; KHAN, 1979). METODOLOGIA Aplicou se um questionário como método pré avaliativo para verificar qual o conhecimento que os alunos possuíam sobre parasitas intestinais. Procurou se saber como eram os hábitos higiênicos e preventivos não apenas dos alunos como também de todos os integrantes da família. A utilização de questionários como instrumento de avaliação de dados é muito importante na pesquisa científica, especialmente nas ciências da educação. Construir questionários não é, contudo, uma tarefa fácil, mas aplicar algum tempo e esforço na sua construção pode ser um fator favorável no crescimento de qualquer investigador. (AMARO, 2005). O presente estudo investigou o nível de conhecimento dos alunos do ensino fundamental de um colégio da cidade de Cascavel - Pr sobre doenças parasitárias por meio de um questionários. e através deles pudemos ter uma base do
conhecimento dos alunos sobre o assunto podendo assim fazer uma abordagem mais especifica, o questionário era composto de dez questões conforme descritas a seguir: Questionário aplicado aos alunos das sextas séries A e B de uma escola pública do município de Cascavel-PR 1. Você sabe o que são parasitas internos ou endoparasitas? ( ) SIM ( ) NÃO Objetivos da questão: Identificar se os alunos têm conhecimento sobre esses termos. 2. Você já ouviu falar em Ascaridíase, esquistossomose, amarelão e teníase? ( )SIM ( ) NÃO Se já ouviu, qual deles: ( ) Ascaridíase ( ) Esquistossomose ( ) Amarelão ( ) Teníase ( ) Todos Objetivos da questão: Perceber se os alunos têm conhecimento sobre essas doenças. 3. Ascaridíase, esquistossomose, amarelão e teníase são doenças causadas por: ( ) VERMES ( ) PROTOZOÁRIOS ( )FUNGOS Objetivos da questão: Identificar o conhecimento dos alunos acerca dos agentes etiológicos que causam essas doenças. 4. Quanto a seus hábitos alimentares, você come frutas, verduras e legumes crus? ( ) SIM ( ) NÃO Como são preparadas as frutas e verduras que você come? ( ) lavadas com água sem tratamento ( ) lavadas com água tratada ou fervida ( ) lavadas e deixadas de molho no vinagre ou água sanitária ( ) algumas sem lavar ( ) outros. Qual?------------------------------------------------------ Objetivos da questão: Identificar quais os cuidados de higienização dos alimentos são praticados pelos alunos. 5. Você anda descalço? ( ) DIARIAMENTE ( ) NUNCA ( ) ÁS VEZES Objetivos da questão: Intuir as possibilidades de infecção por parasitoses. 6. Você tem o hábito de lavar as mãos antes de se alimentar e após ir ao banheiro? ( ) sim, sempre ( ) sim, mas às vezes esqueço ( ) raramente ( ) nunca
Objetivos da questão: Perceber os hábitos diários dos alunos que possibilitam a infecção por parasitas. 7. Quantos anos você tinha a última vez que tomou remédio contra vermes? Objetivos da questão: Verificar se os pais dos alunos são conscientes sobre a importância de tomar desverminantes regularmente. 8. Já participou de alguma palestra sobre doenças intestinais parasitárias? Objetivos da questão: Saber se o aluno já participou de palestras ou se seus professores trabalham o conteúdo sobre parasitas. Após a aplicação do questionário, realizou-se palestras educativas sobre os parasitas intestinais mais comuns, seu ciclo de vida e medidas preventivas utilizando apresentações do Power Point com imagens seguidas de explicação oral possibilitando um melhor entendimento e promovendo a sensibilização sobre a importância de hábitos higiênicos adequados. Trabalhar palestras sobre parasitoses intestinais foi o melhor método para a conscientização dos alunos, conseguindo assim uma melhor interação entre os alunos e palestrantes, podendo assim desvendar vários mitos que esses alunos trazem em seu senso comum como ocorre no caso dos dois parasitas mais conhecidos a Taenia solium e a Ascaris lumbricoides onde muitos alunos pensavam que esses vermes eram responsáveis por lhes causar desejos como o de comer certos alimentos e também que era normal possuírem vermes intestinais. RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com as respostas obtidas no questionário, no que diz respeito ao conhecimento dos alunos sobre os parasitas, 88,24% responderam ter conhecimento sobre o que são parasitas e 11,76% responderam não saber. Com isso pode se dizer que esses termos são familiares aos alunos. Quanto ao conhecimento dos alunos sobre ascaridíase, esquistossomose, amarelão e teníase, 88,9% responderam que já ouviram falar em algumas das doenças citadas e 11,11% não tiverem qualquer informação sobre as parasitoses citadas, isso demonstra que há um numero elevado de alunos que já tem um certo conhecimento sobre parasitas intestinais. Na questão 03 onde desejava se saber acerca dos agentes parasitários que causam doenças, 70,59% responderam vermes, 17,65% responderam protozoários e 11,79% responderam fungos. Houve um grande número de alunos
que responderam vermes e um grupo diminuto responderam protozoários e alguns responderam fungos comprovando assim que a maioria dos alunos sabem quais seres são causadores de doenças parasitarias. Em relação aos hábitos higiênicos na questão 04 onde perguntava se os alunos possuíam o hábito de ingerir alimentos crus 92,02% disseram que sim e apenas 7,94% disseram que não. Isso mostra que os alunos em geral, possuem o hábito de ingerir alimentos crus, o que pode aumentar as possibilidades de adquirir doenças parasitárias se esses alimentos estiverem contaminados. Na questão que se seguia onde indagava- se a respeito de como são preparados os alimentos crus em suas residências os resultados foram os seguintes: 25% dos alunos responderam que os alimentos são preparados com água sem tratamento, 50% disseram que o preparo é feito com água tratada ou fervida e 25% disseram que são deixadas de molho no vinagre ou água sanitária, não houve respostas para sem lavar e outros. Esses resultados demonstram que a maioria dos alunos e seus familiares têm consciência de se lavar os alimentos que são ingeridos crus com água tratada e deixá-las de molho na água sanitária ou vinagre. Em relação à questão 05 onde se perguntava sobre o hábito de andar descalço, 5,88% responderam que andam descalço diariamente, 11,76% disseram que nunca andam descalço e 82,35% responderam que andam descalço às vezes. Levando se em consideração os resultados deve-se entender que a proposta da pergunta é de apenas saber se a maioria ou minoria dos alunos possuem o habito de andar descalço e é importante salientar que esse hábito não é ruim apenas devese atentar para o fato de que muitas verminoses são adquiridas pelas pessoas por andarem em solo contaminado seja ele por fezes humanas, animais ou em lugares onde existe esgoto a céu aberto e deposito de lixo sem nenhum tratamento. Quanto ao hábito de higienizar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, 64,70% alunos responderam que sempre realizam tal prática, 35,29% responderam que as vezes esquecem e não houve respostas para raramente e nunca. Segundo pesquisas realizadas pelo Hospital Santa Maria as mãos são o principal veículo de transmissão dos microrganismos de um indivíduo para outro. Assim sendo, a lavagem das mãos é a principal medida de controle de infecções. Com os resultados apresentados conclui-se que os alunos têm consciência de se ter
esses hábitos diariamente para e evitar contaminações sejam elas por qualquer fator externo que possa vir a lhe causar algum mal. Quanto a ingestão de medicamentos contra vermes, 41,17% disseram que tomam anualmente e 58,81% disseram não tomar anualmente. Isso mostra um resultado negativo a respeito dos seus pais serem conscientes a respeito de tomar anualmente remédio contra vermes. No que diz respeito às informações sobre parasitoses, 23,52% dos alunos disseram já ter participado de palestras e 76,47% disseram nunca ter participado de nada relacionado ao assunto. Esses resultados mostram que há pouco empenho em ensinar as crianças a respeito dos males que podem causar essas doenças parasitarias e quais as práticas básicas para que elas sejam evitadas. O presente trabalho apresenta resultados positivos em relação a sensibilização para as medidas higiênicas. Durante as apresentações houve questionamentos de como a não lavagem das mãos poderia ser um meio de contágio e transmissão, sendo uma das principais medidas profiláticas, conforme Vieira et al (2010) os hábitos de higiene são de suma importância para a prevenção. Porém, É necessário desenvolver medidas educativas para que os hábitos higiênicos dos alunos sejam constantes em seu cotidiano proporcionando assim no meio escolar atividade que dêem noções de higiene, bem como a necessidade de usá-los diariamente para que ocorram mudanças de comportamento como: lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, cortar as unhas, tomar banho diariamente, etc... Após os resultados obtidos e o embasamento teórico, verificou-se que o assunto não tem uma grande ênfase no ambiente escolar voltado para a educação higiênica. Medidas simples de prevenção contra infecções parasitárias despertam o interesse e a construção de uma vida mais saudável podendo evitar graves problemas de saúde que afetam no desenvolvimento escolar e pessoal. Palestras educativas auxiliam no aprendizado contribuindo para uma melhor qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aprendizado de hábitos profiláticos de saúde diminui a prevalência de infecções e, conseqüentemente, os gastos com atendimento médico. Assim, podese supor que palestras educativas também sejam capazes de contribuir para esse fim, embora isto não tenha sido mensurado neste estudo. Acredita-se que a Promoção de Saúde, por meio de estratégias educativas, deve ser enfatizada, buscando, como neste caso, mais controle das infecções intestinais, menos gasto com medicamentos e melhoria na qualidade de vida das crianças. Todavia, para que resultados efetivos sejam alcançados, devem-se promover ações paralelas, que abranjam não somente as crianças, mas também os pais e o restante da comunidade. Para que não se torne um evento isolado e sem continuidade, é preciso inseri-lo em processos educativos mais abrangentes, com ações continuadas. É também imprescindível que se forneçam estruturas ambientais compatíveis com hábitos de saúde, pois não faz sentido ensinar uma criança a lavar um alimento antes de comê-lo se não houver água potável para fazê-lo. REFERÊNCIAS BIZERRA, J. F.; GAZZANA, M. R.; COSTA, C. H.; MELLO, D. A.; MARSDEN, P. D. A survey of what people know about Chagas disease. Wld Hlth Forum, 2:394-7, 1981. BLOOMFIELD, S. F. Preventing infectious dideases in the domestic setting: a riskbased approach. American Journal of Infection control. Canadá, v. 29, n. 30, p. 207-212, 2001. BRANCO JR., A.C. e RODRIGUES, J.C. Importância de aspectos sanitários e educacionais na epidemiologia de enteroparasitoses em ambientes rurais. Revista Brasileira de Análises Clínicas, 31 (2): 87-90, 1999. CARLI, Geraldo Atílio de, Diagnóstico laboratorial das parasitoses humanas: métodos e técnicas. São Paulo, editora Medsi, 1994. D AGOSTO, M.; RODRIGUES, A. F. S.; ELISEI, C. Contaminação ambiental por formas infectantes de parasitos no bairro de Jardim Casablanca, município de Juiz de Fora MG. Revista de Patologia Tropical, Goiás, v. 29, n. 1, p. 101-108, 2000. Fonte http://www.hsm.min-saude.pt GUILHERME, A. L. F. Atividades educativas para o controle de triatomíneos em área de vigilância epidemológica do Estado do Paraná, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 18, n. 6, p. 1543-1550, 2002. KHAN, M. Y. An analytical study of factors related to infestation by intestinal parasites in rural school children (report of pilot study). Public Health, Geneva, v. 93, n. 2, p. 82-88, 1979.
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