DO BRASIL À BAHIA: TRAJETÓRIA HISTÓRICA E DECISIVA DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU BRASILEIRA E NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA



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Transcrição:

DO BRASIL À BAHIA: TRAJETÓRIA HISTÓRICA E DECISIVA DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU BRASILEIRA E NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Resumo Kellen Lima Gomes1 - UNEB Grupo de Trabalho História da Educação Agência Financiadora: não contou com financiamento O presente artigo apresenta a trajetória histórica da pós-graduação stricto sensu brasileira no período que se inicia na década de 30 até os dias atuais e sua iniciação e dinâmica na Universidade do Estado da Bahia UNEB. A pesquisa utilizou métodos bibliográficos e documentais como principais técnicas, tendo como principais referências a legislação brasileira em vigor e documentos institucionais normativos e históricos; seus resultados integram o trabalho de conclusão de curso em desenvolvimento no Mestrado Profissional em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação da Universidade do Estado da Bahia. A trajetória descrita neste trabalho é contada dos pontos de vista político, acadêmico e legislativo, numa perspectiva ascendente da história, regulamentação e organização, conduzindo o leitor a uma análise dos progressos alcançados e das necessidades emergentes e urgentes que ainda pairam sobre esta modalidade de ensino no Brasil e em uma instituição de ensino superior multicampi como a UNEB. Evidenciamos, principalmente, os momentos fundadores e decisivos da pósgraduação brasileira e a sua importância para o reconhecimento e avaliação das universidades, bem como, o cenário dos cursos na Universidade do Estado da Bahia. O estudo possibilitou identificar como o modelo da pós-graduação brasileira foi articulado em seus momentos iniciais de fundação e reconhecimento, sua evolução e regulamentação e como passou a perceber a necessidade da formação profissional para além da formação de professores universitários. No âmbito da Universidade do Estado da Bahia, percebemos a dinâmica do processo de implantação e interiorização da pós-graduação em uma instituição multicampi estadual e quais são os principais desafios para a sua gestão. Espera-se com este trabalho, fornecer subsídios para o aprofundamento em trabalhos de outros pesquisadores da temática e a reflexão quanto a sua importância no cenário da Educação Brasileira e para o desenvolvimento das pesquisas realizadas na UNEB. Palavras-chave: Pós-Graduação Stricto Sensu. Universidade do Estado da Bahia. CAPES. 1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC). Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pesquisadora associada à FAPESB, Brasil. E-mail: klsilva@uneb.br. ISSN 2176-1396

16139 Introdução A história da Pós-Graduação no Brasil, enquanto atividade acadêmica regulamentada é um fenômeno recente, que avançou pelo país de forma intensificada a partir da segunda metade do século XIX. Do ponto de vista da legislação, é pautada por documentos oficiais e/ou momentos fundadores, sendo os principais o Estatuto da Universidade (1931); a fundação do CNPq e da CAPES (1951); o Parecer 977/65 (Parecer Sucupira) do antigo Conselho Federal de Educação CFE (1965); o primeiro Plano Nacional de Pós-Graduação PNPG (1975/1979) e os PNPG s que se sucederam (CAPES 2014 - PNPG 1982/1985; PNPG 1986/1989; PNPG 2005/2010; PNPG 2011/2020). Essencial para o reconhecimento e credenciamento de uma instituição de ensino superior (IES) como universidade, a pós-graduação stricto sensu vem ganhando ênfase ascendente no cenário educacional brasileiro, em especial na última década, com a constante renovação das exigências pelos órgãos governamentais e os avanços no âmbito da legislação. Em se tratando de um país emergente como o Brasil, este movimento tem impulsionado, gradativamente, a oferta de cursos neste nível de ensino, com objetivos diversos, mas principalmente, para a formação especializada de profissionais que atuam/atuarão em cursos superiores. A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) é uma instituição multicampi e de perfil regionalizado, está presente em vinte e quatro cidades e quatorze regiões econômicas do Estado e conhece o cenário da pós-graduação stricto sensu para além da formação de professores. Em sua multidisciplinaridade de cursos em nível stricto, oferece oportunidades em diversas áreas do conhecimento (Educação, Biodiversidade, Ecologia, História, Cultura, Química) mas, ainda necessita ter o seu potencial de interiorização ampliado para os cursos nesse nível de ensino, de forma estruturada e explorando as necessidades regionais da sua área de atuação. Neste sentido, este artigo tem por objetivo principal apresentar ao leitor a trajetória histórica da pós-graduação stricto sensu no cenário político e educacional brasileiro, a partir da década de 30, e a sua inserção e dinâmica na Universidade do Estado da Bahia, resultados obtidos na pesquisa em desenvolvimento no Mestrado Profissional em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação da UNEB, evidenciando seus principais marcos e avanços. O histórico traçado neste trabalho utilizou métodos de pesquisa bibliográfica e documental como estratégias de levantamento de dados e tem por objetivo fornecer a pesquisadores da área de

16140 Educação Superior, dados e informações que subsidiem o aprofundamento de pesquisas sobre a pós-graduação nas universidades brasileiras, bem como, favorecer a reflexão da sua importância institucional para a Universidade do Estado da Bahia. Desenvolvimento A pós-graduação stricto sensu no Brasil: momentos fundadores A pós-graduação possui uma sistemática formando estrato essencial e superior na hierarquia dos cursos que constituem o complexo universitário. Isto nos permite apresentar o seguinte conceito de pós-graduação sensu stricto: o ciclo de cursos regulares em segmento à graduação, sistematicamente organizados, visando desenvolver e aprofundar a formação adquirida no âmbito da graduação e conduzindo à obtenção de grau acadêmico (BRASIL, 1965). Recontar a história da pós-graduação stricto sensu brasileira nos remete aos anos 30, época em que as Universidades eram organizadas em cátedras2 e contavam com um grande número de professores estrangeiros vindos, principalmente, de regiões europeias. Estes professores, muitos enviados em missões acadêmicas financiadas pelo governo brasileiro, outros refugiados da grande crise europeia causada pela Segunda Guerra (1939-1945), ajudaram a estruturar os primeiros cursos da pós-graduação no nosso País. A partir da Reforma Universitária de 1930, o Brasil passou a adotar o modelo norteamericano, com estrutura departamental, formada por colegiados com professores da mesma especialidade que assumiam, conjuntamente, a responsabilidade pelas atividades de pesquisa, ensino e extensão. Um modelo que, relativamente, dava maior ênfase ao papel do professor orientador e ao processo de formação do aluno. Em 1930, notamos importantes movimentos de mudança na educação. O Governo Provisório de Getúlio Vargas criou o Ministério da Educação e Saúde Pública, que tinha como Ministro Titular, Francisco Luís da Silva Campos que, a partir da experiência com a reforma do ensino que realizou em Minas Gerais (1931), elaborou e programou reformas de ensino secundário e universitário no País, cujo projeto articulava medidas que se estendiam desde a promulgação do Estatuto das Universidades Brasileiras (Decreto nº 19.851/31), a organização da Universidade do Rio de Janeiro (Decreto nº 19.852/31) e a criação do Conselho Nacional de Educação (Decreto nº 19.850/31). 2 A organização da Universidade em cátedras foi inspirada no modelo europeu, onde a responsabilidade pelas atividades de pesquisa, ensino e extensão eram atribuídas a um único professor o professor catedrático que respondia pelas atividades inerentes à sua disciplina, com o auxílio de alguns assistentes por ele indicados. Modelo superado pelas universidades brasileiras a partir da reforma da educação de 1968.

16141 Na década de 50, avançando em seu processo de modernização, o Brasil deu seu grande impulso para os cursos de pós-graduação, até então, uma realidade em países europeus e norte-americanos. Este período foi marcado por intensas mudanças políticas e de reformas significativas para a educação e pelo surgimento de importantes órgãos reguladores para o desenvolvimento das pesquisas desenvolvidas no País e também para a criação de cursos em nível de pós-graduação, sob a perspectiva de esta atingir o ápice da qualificação profissional. A exemplo, citamos: a implantação do Mestrado e Doutorado na Escola Superior de Agricultura de Viçosa (1961), do Mestrado em Matemática da Universidade de Brasília (1962), do Doutorado do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (1962) e dos cursos de Mestrado em Medicina Veterinária-Parasitologia Veterinária, Agronomia-Ciência do Solo e Química Orgânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1965). Nessa corrida pela formação especializada e pela modernização e avanço das ciências no País, em 1951, final do Governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, foi criado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, pela Lei 1.310/51, presidido pelo Almirante Álvaro Alberto, com o objetivo de promover e estimular o desenvolvimento da investigação científica e tecnológica em qualquer domínio do conhecimento, mas com especial interesse no campo da física nuclear (CNPq, 2014). Em seguida, já no segundo período do Governo Vargas foi criada a Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pelo Decreto nº 29.741/51, atual Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, tendo como secretário-geral Anísio Teixeira. A Comissão foi criada com o objetivo de assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país (CAPES, 2014). Apesar do termo pós-graduação ter sido citado, formalmente, pela primeira vez no Artigo 71 do Estatuto das Universidades do Brasil (1931), apenas em 1965 o Ministério da Educação reconheceu a pós-graduação como um novo nível para o ensino, realizando então a normatização dos cursos a partir da aprovação do Parecer 977/65 do Conselho Federal de Educação - CFE, que fixa como finalidade da pós-graduação stricto sensu oferecer, dentro da Universidade, o ambiente e os recursos adequados para que se realize a livre investigação científica e onde possa afirmar-se a gratuidade criadora das mais altas formas da cultura universitária (BRASIL, 1965, p. 04).

16142 O Parecer 977/1965 apontava, em síntese, três motivos fundamentais que exigiam, de imediato, a instauração de um sistema de cursos pós-graduados. Tais motivos já apresentavam aspectos e objetivos de natureza acadêmica e profissional a serem considerados pelos cursos: 1. Formar professorado competente que possa atender à expansão quantitativa do nosso ensino superior garantindo, ao mesmo tempo, a elevação dos atuais níveis de qualidade; 2. Estimular o desenvolvimento da pesquisa científica por meio da preparação adequada de pesquisadores; 3. Assegurar o treinamento eficaz de técnicos e trabalhadores intelectuais do mais alto padrão para fazer face às necessidades do desenvolvimento nacional em todos os setores (BRASIL, 1965, p. 05). Em 1990, começa a ser discutido na Capes, a possibilidade de implantação de Mestrados Profissionais - MP no país, com o objetivo de qualificar profissionais e levar inovação às empresas. Mas apenas em 1998, com a publicação da Portaria CAPES 080/1998, o país reconhece os Programas de natureza profissional, clarificando suas especificidades em relação aos Programas acadêmicos. Em 1965, o país possuía 27 (vinte e sete) cursos classificados em nível de mestrado e 11 (onze) em nível de doutorado, totalizando 38 (trinta e oito) no País. Em 2014 (quadro 01), já se somam 3.806 (três mil, oitocentos e seis) programas e 5.689 (cinco mil, seiscentos e oitenta e nove) cursos, divididos em 3.165 (três mil, cento e sessenta e cinco) de mestrados acadêmicos, 579 (quinhentos e setenta e nove) de mestrados profissionais e 1.945 (um mil, novecentos e quarenta e cinco) de doutorados 3. Figura 01- Mestrados e doutorados reconhecidos por região do País 2014 Fonte:http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados Legenda: M Mestrado acadêmico; D Doutorado; F Mestrado Profissional; M/D Mestrado e Doutorado. Até 1996, nos referíamos à divisão dos níveis da pós-graduação stricto como cursos em modalidades de mestrado e doutorado (Parecer 977/1965), mas é interessante destacar que em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9.394), em seu Art. 44, traz pela 3 Dados retirados do sistema Geocapes em 15 de dezembro de 2014; www.capes.gov.br.

16143 primeira vez a classificação Programas de pós-graduação stricto sensu, definidos como a reunião da oferta de cursos de mestrado e doutorado, em seguimento específico e comum a ambos os níveis, abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos. Já a classificação curso stricto sensu diz respeito ao nível de formação, se mestrado ou doutorado, suas especificidades, ementas e estrutura curricular, dentro de um programa credenciado pela CAPES que, ao final, conferirá o título específico ao formando. Na Bahia, o inicio dos estudos pós-graduados em nível stricto sensu não difere em muito da história nacional, visto que surge também da demanda pela formação de profissionais de nível superior especializados, para atender às necessidades emergentes das próprias instituições de ensino superior, do Estado e de sua economia. Até meados da década de 1960, a Universidade Federal da Bahia UFBA oferecia titulação em nível de doutor através de processos pouco estruturados, em que o candidato, tipicamente já um docente da instituição, desenvolvia sua tese sozinho ou com a ajuda de um orientador/colega e defendia a mesma frente a uma banca montada no âmbito de sua unidade de ensino. Com o Parecer nº 977/1965 e a sanção da Lei 5.539/68, que modificou o Estatuto do Magistério e impôs a titulação de pós-graduação stricto sensu como condição para a progressão na carreira docente das universidades federais, a UFBA começou a criar seus programas stricto sensu, o primeiro, instalado em 1968 4, foi o Mestrado em Química. No âmbito das Universidades Estaduais, instituições relativamente jovens se comparadas à presença da Universidade Federal no Estado, o primeiro curso stricto sensu foi o Mestrado Interdisciplinar em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, autorizado pela CAPES em 1997 e com primeira turma de alunos regulares selecionada em 1998. A pós-graduação stricto sensu na UNEB Na UNEB, a pós-graduação stricto sensu é recente. O seu primeiro programa autorizado pela CAPES foi implantado no ano de 2001, o curso de mestrado acadêmico em Educação e Contemporaneidade - PPGEDUC, vinculado ao Departamento de Educação - 4 Dados retirados da página do PPG em Química da Universidade Federal da Bahia, em 16 de dezembro de 2014; http://www.quimica.ufba.br.

16144 DEDC, Campus I, localizado na cidade de Salvador. O seu primeiro curso em nível de doutorado foi autorizado em 2008, também no Programa em Educação e Contemporaneidade. Como instituição multicampi 5, a universidade está presente, com seus vinte e nove Departamentos, em vinte e quatro municípios do estado da Bahia, atingindo quatorze regiões econômicas e dezoito dos vinte e seis territórios de identidade do estado (UNEB, PE 2007, p. 27), o que a coloca como uma instituição de destaque em áreas de conhecimento voltadas para o desenvolvimento regional. Fialho (2009, p. 25) entende esta institucionalidade, multicampi, como um fenômeno que articula um forte grau de interdependências entre variáveis morfológicas (integração físico-geográfica), gerenciais (dinamismo na gestão), acadêmicoadministrativas (infraestrutura operacional) e regionais (espacialidade), e explica a importância estratégica da multicampia quando afirma que esta, [...] emerge da própria razão de ser de uma instituição como a Universidade e envolve questões como o seu assentamento geográfico, o contexto regional e urbano, a distribuição do seu corpo docente, o fluxo de informações e a comunicação entre os seus diferenciados espaços, a dinâmica do seu funcionamento, a convivência entre seus sujeitos, membros de uma comunidade acadêmica, entre muitas outras. Ou seja, estão implicadas as dimensões acadêmicas, organizacional (FIALHO, 2009, p. 25). Já a pós-graduação emerge, entre outros importantes motivos (pesquisa, desenvolvimento, inovação) da sua razão de permanecer (universidade). Ao analisarmos a Portaria MEC Nº 1.264/2008, que aprova o novo instrumento de avaliação externa de Instituições de Ensino Superior IES, que integram o Sistema Nacional de Educação Superior - SINAES, percebemos que no art. 2º fica estabelecido que o Instrumento de Avaliação Institucional deverá prever, quanto às universidades, pontuação específica pela existência de programas de pós-graduação stricto sensu, considerando satisfatório o funcionamento de pelo menos um programa de doutorado e três programas de mestrado, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes (grifo nosso). Art. 3º A avaliação das instituições de educação superior terá por objetivo identificar o seu perfil e o significado de sua atuação, por meio de suas atividades, cursos, programas, projetos e setores, considerando as diferentes dimensões institucionais, dentre elas obrigatoriamente as seguintes: 5 A universidade multicampi, traduz, no espaço, configurações específicas: como uma instituição presente em diferentes regiões do estado, convive com realidades diversas, [...] promove condições para lidar com o plural, com o comum, com o diferente, com o local, com o característico, com o novo, com o desigual, com o secular. (FIALHO, 2002, p. 70).

16145 1º Na avaliação das instituições, as dimensões listadas no caput deste artigo serão consideradas de modo a respeitar a diversidade e as especificidades das diferentes organizações acadêmicas, devendo ser contemplada, no caso das universidades, de acordo com critérios estabelecidos em regulamento, pontuação específica pela existência de programas de pós-graduação e por seu desempenho, conforme a avaliação mantida pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES (BRASIL, 2008). Torna-se, porém, importante notar que esta é uma exigência do CNE para as universidades em nível federal, mas que as instituições em nível estadual estão obrigadas a cumprir de igual forma, ainda que estas (as estaduais) sequer estejam citadas/contempladas na Constituição Federal Brasileira, como podemos observar: Art. 211º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (BRASIL, 1988). Para Fialho (2011, p. 02) esta é uma questão que não se reduz apenas à lacuna legislativa mencionada, mas à problemática do acesso à educação superior pública e às muitas ambigüidades e imprecisões no trato do pacto federativo e da organização do sistema educacional, no Brasil. Apesar do reconhecimento inexistente na legislação federal e da falta de financiamento dos recursos advindos de tais instâncias, as estaduais constituem importantes pólos de formação e desenvolvimento para suas regiões. Em 2015, a Universidade já possui dezesseis programas e dezessete cursos em nível de formação stricto sensu (tabela 1), distribuídos em dez mestrados acadêmicos, três mestrados profissionais, um mestrado profissional interinstitucional - Minter 6 (em rede), um doutorado acadêmico e dois doutorados interinstitucionais - Dinter (PPG UNEB, 2015). O quadro a seguir (02) sumariza dados importantes dos programas e demonstra como a pós-graduação na UNEB é nova e tem um longo caminho à frente. Tabela 1 - Programas de pós-graduação stricto sensu UNEB Programas Modalidade Ano de início Conceito CAPES trienal Mestrado Doutorado 2007-2010- 2009 2012 Discentes titulados Utilizaçã o do sistema acadêmic o 6 Pós-graduação stricto sensu interinstitucional (Minter/Dinter): Projeto que têm como objetivo permitir a utilização da competência de programas de pós-graduação bem avaliados e reconhecidos pelo CNE/MEC para, com base em formas bem estruturadas de cooperação interinstitucional, viabilizar a formação de mestres e doutores em regiões que se encontram fora dos centros consolidados em ensino e pesquisa (CAPES, 2014).

16146 Educação e Contempor aneidade Gestão e Tecnologia s Aplicadas à Educação Educação de Jovens e Adultos Química Aplicada Biodiversid ade Vegetal Ecologia Humana e Gestão Socioambie ntal Estudos de Linguagens Crítica Cultural Educação, Cultura e Territórios Semiárdido s Horticultur a Irrigada História Regional e Local Educação e Diversidad e Doutorado Multidiscip linar em Difusão do Conhecime nto Letras Acadêmico 2001 2009 4 4 387 M 16 D Profissional 2011 - - 3 44 Sim Profissional 2013 - - 3 - Sim Acadêmico 2006-3 3 35 Não Acadêmico 2010 - - 3 27 Sim Acadêmico 2009 - - 3 34 Sim Acadêmico 2006-3 3 126 Sim Acadêmico 2009 - - 3 39 Sim Acadêmico 2014 - - 3 - Sim Acadêmico 2006-3 3 92 Não Acadêmico 2006-3 3 78 Não Profissional 2014 - - 3 - Sim Acadêmico (Dinter - UFBA) Profissional (Minter - UFRN) Sim - 2008-4 23 Não 2013 - - 4 - Sim História Acadêmico 2015 - - 3 - Sim Doutorado Acadêmico - 2015-4 - Não em (Dinter - Geografia Unicamp) Fonte: autoria própria com base em dados coletados no I Workshop PPG UNEB em abril/2014 7. O primeiro encontro administrativo da pós-graduação stricto sensu da UNEB do ano de 2014 I Workshop PPG, reuniu coordenadores e colaboradores dos cursos com o objetivo 7 Evento realizado em abril de 2014 pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação da UNEB (PPG/UNEB).

16147 de traçar o perfil e identificar os principais entraves e dificuldades dos cursos, bem como, as potencialidades a serem exploradas. Os dados coletados no evento, a partir da observação das apresentações multimídia de cada programa, nos permitiram identificar pontos importantes neste cenário: A multidisciplinaridade nas áreas de conhecimento ofertadas pelos cursos; A necessidade de planejar estratégias de fortalecimento dos Programas; A oferta de cursos de doutorado está no limite das exigências do MEC, como já citado (Lei nº 10.861/2004), sendo um curso próprio e o outro em associação com outras instituições; Entre 2001 e 2014 a UNEB titulou 885 (oitocentos e oitenta e cinco) mestres e apenas 16 (dezesseis) doutores; Dos 17 (dezessetes) cursos ofertados, 04 (quatro) estão no processo de formação da sua primeira turma e dois estão realizando o processo de seleção dos primeiros alunos; Dos 03 (três) cursos de doutorado, dois são em regime de cooperação interinstitucional com outras IES; 29% dos programas não utilizam o Sistema de Registro Acadêmico (SAGRES) disponibilizado pela instituição. Considerações Finais No Brasil, a formação pós-graduada stricto sensu é, historicamente, absorvida pela formação dos quadros docentes das instituições de ensino superior, fato que centraliza o fomento das principais atividades de pesquisas nesses espaços. Entendemos que esta trajetória demonstra os esforços, ainda que rasos, da gestão da Educação brasileira em alcançar níveis de excelência em pesquisa e inovação, ampliando o acesso aos cursos em nível stricto aos profissionais das mais diversas áreas, a exemplo da produção em pesquisa nas empresas, indústrias e, principalmente nas escolas, estreitando os laços das Universidades com a Educação Básica. Com base nos estudos realizados, percebemos a dimensão institucional da pósgraduação stricto sensu para o crescimento e reconhecimento das pesquisas desenvolvidas na UNEB e a importância de estratégias para a sua gestão, considerando, além dos já apresentados, fatores como a multicampia, a necessidade da informatização dos processos, o

16148 acompanhamento da rotina acadêmica e administrativa, bem como, as atividades desempenhadas pelos seus docentes e discentes. A implantação e a regulamentação da pós-graduação stricto sensu, como programa organizado, criou um novo grau de ensino no país, que aprofunda os conhecimentos adquiridos na graduação, através de estratégias como o uso de técnicas e tecnologias inovadoras, treinamentos e projetos de pesquisa tecnológica ou científica. Este cenário potencializa a necessidade de políticas de pós-graduação que induzam a qualidade e financiem a realização das pesquisas nacionais, estabelecendo padrões para o desenvolvimento e para a internacionalização da produção científica e profissional do país. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 02 jan de 2015.. Ministério da Educação. CAPES. Lei nº 5.539, de 27 de novembro de 1968. Brasília, 1968. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12119146/lei-n-5539-de- 27-de-novembro-de-1968. Acesso em 21 jan. 2015.. Ministério da Educação. Decreto nº 29.741, de 11 de julho de 1951. Brasília, 1951. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1950-1959/decreto-29741-11- julho-1951-336144-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 15 jan. 2015.. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 02 jan de 2015.. Ministério da Educação. CAPES. Cursos Recomendados 2014. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados>. Acesso em: 11 ago, 2014.. Ministério da Educação. CAPES. Parecer nº 977, de 03 de dezembro de 1965. Brasília, 1965. Disponível em: <https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/parecer_cesu_977_1965.pd f>. Acesso em: 21 jan. 2015.. Ministério da Educação. CAPES. Sobre a CAPES. História e Missão. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/sobre-a-capes/historia-e-missao>. Acesso em: 11 ago. 2014.. Ministério da Educação. CAPES. Portaria nº 080, de 16 de dezembro de 1998. Brasília, 1998. Disponível em: <https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/portaria_capes_080_1998.p df>. Acesso em: 11 ago. 2014.

16149. Ministério da Educação. CNPq. A criação. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.cnpq.br/web/guest/a-criacao>. Acesso em: 11 ago. 2014.. Ministério da Educação. CNPq. Lei nº 1.310, de 05 de janeiro de 1951. Brasília, 1951. Disponível em: <http://centrodememoria.cnpq.br/legis1951.html>. Acesso em: 15 jan. 2015.. Ministério da Educação. Decreto nº 19.850, de 11 de abril de 1931. Brasília, 1931. Disponível em: <http://legis.senado.gov.br/legislacao/listapublicacoes.action?id=40246>. Acesso em: 21 out. 2014.. Ministério da Educação. Decreto nº 19.851, de 11 de abril de 1931. Brasília, 1931. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19851-11- abril-1931-505837-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 21 out. 2014.. Ministério da Educação. Decreto nº 19.852, de 11 de abril de 1931. Brasília, 1931. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19852-11- abril-1931-510363-republicacao-85622-pe.html>. Acesso em: 21 out. 2014.. Ministério da Educação. Portaria nº 1.264, de 17 de outubro de 2008. Brasília, 2008. Disponível em: < https://www.google.com.br/#q=portaria+mec+n%c2%ba+1.264%2f2008>. Acesso em: 20 out. 2014. FIALHO, Nadia H. Chão desigual: A categoria espaço/território no contexto da pesquisa e da pós-graduação no Brasil. In: NASCIMENTO, Antônio D.; HETKOWSKI, Tânia M. Educação na Contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas. Salvador, BA: EDUFBA, 2009.. Multicampia e Desenvolvimento - O campus universitário e a cidade do interior. Cadernos do NUPE. Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação I. Ano I. Salvador, BA: EDUNEB, 2002.. Pós-graduação stricto sensu em Educação em Universidades estaduais: a experiência do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. In: MEDEIROS, Arilene M. S. de; BARBOSA, Joaquim G. (Org.). Interiorizando a Pós-Graduação Stricto sensu em Educação no Rio Grande do Norte: desafios e perspectivas. Mossoró, RN: UFRN, 2011. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA. Plano Estratégico 2007. Salvador, 2007. Disponível em: <http://www.uneb.br/wpcontent/themes/uneb/docs/planejamento_integra.pdf>. Acesso em: 20 set. 2014.