CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

Documentos relacionados
BPUFs para milho em Mato Grosso do Sul informações locais. Eng. Agr. M.Sc. Douglas de Castilho Gitti

6.3 CALAGEM E ADUBAÇÃO

Claudinei Kurtz Eng Agr MSc Epagri EE Ituporanga Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas. Governo do Estado

Continente asiático maior produtor (80%) Arroz sequeiro perdendo área para milho e soja

6 CALAGEM E ADUBAÇÃO

Recomendação de correção e adubação para tomate de mesa. Giulia Simioni Lívia Akasaka Patrick Oliveira Samara Barbosa

CÁLCULOS DE FECHAMENTO DE FORMULAÇÕES E RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

Resposta das culturas à adubação potássica:

Adubação na Cultura de Milho

Feijão. 9.3 Calagem e Adubação

ADUBAÇÃO FOSFATADA NA CULTURA DO MILHO

Resposta de híbridos de milho ao nitrogênio. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador Manejo e Fertilidade do solo

Balanço de nutrientes em sistemas de produção soja-milho* Equipe Fundação MT Leandro Zancanaro

Gestão da fertilidade do solo no sistema soja e milho

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

Manejo de Nutrientes no Sistema de Produção de Soja. Adilson de Oliveira Jr. Pesquisador Embrapa Soja

A Cultura do Algodoeiro

Manejo de adubação da cebola AKAMARU

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

Quando e Como Aplicar Micronutrientes em Cana de Açúcar para Aumento de Produtividade. Marcelo Boschiero

Manejo de adubação da cebola NOMAD

Café. Amostragem do solo. Calagem. Gessagem. Produtividade esperada. Espaçamento (m)

Conceitos Básicos sobre Fertilidade de Solo

ADUBOS FLUIDOS E ADUBAÇÃO FOLIAR

Protocolo. Parcelamento do K. Doses e parcelamento daadubação potássica para o cultivo da soja em solo arenoso

Adubação de plantio para Eucalyptus sp.

A EXPERIÊNCIA DO AGRICULTOR/ PESQUISADOR NA BUSCA DA ALTA PRODUTIVIDADE

PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA SOB INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E DOSES DE MATERIAL HÚMICO

Protocolo. Enxofre. Resposta da cultura da sojaa fontes e doses deenxofre

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL E ANÁLISE FOLIAR

ADUBOS FLUIDOS E ADUBAÇÃO FOLIAR

Recomendação de correção e adubação para cultura da alface

Nutrição, Adubação e Calagem

A cultura da soja. Recomendação de correção e adubação

DIAGNOSE FOLIAR EM ARROZ. N. K. Fageria EMBRAPA Arroz e Feijão, Caixa Postal 179, Santo Antônio de Goiás

A Cultura da Cana-de-Açúcar

Soluções Nutricionais Integradas via Solo

Nutrição de Plantas: Técnicas para aumento da produtividade da Soja. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador de Manejo e Fertilidade do Solo

Unidade IX (Cont.) José Ribamar Silva

AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO

Recomendação de corretivos e fertilizantes para a cultura do café

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

OBJETIVO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA ADUBAÇÃO NPKS MINERAL (QUÍMICA) POR ORGÂNICA COM E. GALINHA MAIS PALHA DE CAFÉ

Engª. Agrª. M.Sc: Edimara Polidoro Taiane Mota Camargo

MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

Protocolo. Dinâmica do K. Dinâmica do potássio em solo de textura arenosa

Recomendação de adubação para soja

ABSORÇÃO FOLIAR. Prof. Josinaldo Lopes Araujo. Plantas cultivadas dividem-se em: Folhas Caule Raízes

Nutrição e Adubação Cana-de-açúcar. Fabiana Fernandes Doutoranda UNESP Ilha Solteira 2016

MANEJO DA ADUBAÇÃO DA NOGUEIRA MACADÂMIA

EQUILÍBRIO QUÍMICO DO SOLO EM PROFUNDIDADE. Eng. Agr. Dr. Nelson Harger Coordenador Estadual/Emater

Recomendação de Correção de Solo e Adubação de Feijão Ac. Felipe Augusto Stella Ac. João Vicente Bragança Boschiglia Ac. Luana Machado Simão

Sistema Embrapa de Produção Agroindustrial de Sorgo Sacarino para Bioetanol Sistema BRS1G Tecnologia Qualidade Embrapa

LEANDRO ZANCANARO LUIS CARLOS TESSARO JOEL HILLESHEIM LEONARDO VILELA

Manejo da Fertilidade do Solo para implantação do sistema ILP

OTIMIZAÇÃO DE INSUMOS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA-MILHO SAFRINHA

Recomendação de correção e adubação para a cultura do milho

Recomendação de adubação e correção de solo para cultura da Cana-de-açúcar

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

MANEJO DE NUTRIENTES NO ALGODOEIRO Solos de Goiás

FUNDAÇÃO MS PARA PESQUISA E DIFUSÃO DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS

BPUFs para Sistemas de Produção Envolvendo o Trigo

A melhor escolha em qualquer situação

Otrigo é uma das principais culturas para produção

Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente

MANEJO DE NUTRIENTES EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO MANEJO DE NUTRIENTES EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO. Manejo de nutrientes no algodoeiro nos solos de Mato Grosso

ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO E FONTES DE FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA 1

Utilização de Resíduos Orgânicos Vermicompostados no Cultivo do Eucalipto

ADUBAÇÃO DO SISTEMA SOJA-MILHO- ALGODÃO

NUTRIÇÃO EQUILIBRADA DO CAFEEIRO. ROBERTO SANTINATO 40º CBPC Serra Negra - SP

BPUFs NA CULTURA DO MILHO NO PÓLO DE PARAGOMINAS PARÁ. BAZÍLIO WESZ CARLOTO ENG. AGRONÔMO DIRETOR - PRESIDENTE COOPERNORTE

Adubação do milho safrinha: Nitrogênio e Fósforo.

APRESENTAÇÃO: FERTILIZANTE TERRAPLANT

Rafael de Souza Nunes, Embrapa Cerrados Djalma Martinhão G. de Sousa, Embrapa Cerrados Maria da Conceição S. Carvalho, Embrapa Arroz e Feijão

Tipos de Crescimento de Planta: Considerações atuais sobre amostragem de folhas e diagnose nutricional da cultura da soja

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO FERTILIZANTE ORGANOMINERAL VALORIZA. VALORIZA/Fundação Procafé

Protocolo Gessagem. Doses de gesso agrícola e seu residual para o sistema de produção soja/milho safrinha

CALAGEM. MÉTODO DO ALUMÍNIo TROCÁVEL

1 ADUBAÇÃO E MANEJO DO SOLO. George Wellington Melo Gustavo Brunetto

Dr. Estêvão Vicari Mellis

FONTES DE MICRONUTRIENTES

FERTILIDADE DO SOLO INTERPRETAÇÃO DA ANÁLISE DE SOLO E RECOMENDAÇÃO DA ADUBAÇÃO

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

Recomendação da quantidade de fósforo

Tecnologia de Formulação Equilíbrio Nutricional. Adilson de Oliveira Junior Pesquisador, Embrapa Soja

Adubação de pastagens HAMILTON SERON PEREIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA

DIAGNOSE FOLIAR EM MILHO E SORGO

Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes na Cultura do Milho. Aildson Pereira Duarte Instituto Agronômico, Campinas (IAC)

A CULTURA DO MILHO: CORREÇÃO, ADUBAÇÃO E ESTUDO DE CASO

Recomendação de Correção de Solo e Adubação de Tomate

MICRONUTRIENTES ANIÔNICOS

Torta de Filtro a 30 kg/ton de cana moída; - torta úmida = 75%

EFEITO DE MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE CALCÁRIO SOBRE ORENDIMENTO DEGRÃos DESOJA, EM PLANTIO DIRETOl

Adubação do Milho Safrinha. Aildson Pereira Duarte Instituto Agronômico (IAC), Campinas

Impacto Ambiental do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto: Descrição do Estudo

Transcrição:

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr.

OBJETIVOS: MÁXIMA EFICIÊNCIA ECONÔMICA QUALIDADE DOS PRODUTOS MENOR RISCO DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Brasil existem poucos estudos gerando curvas de acúmulo de nutrientes Acúmulo de nutrientes acompanha acúmulo de MS Indicam a taxa de absorção e exigência de nutrientes em cada fase de desenvolvimento das plantas Hortaliças/cebola: alta exigência nutricional

Crescimento e absorção nutriente lento no início e intensifica a partir da metade do ciclo Determinação curva de absorção de nutrientes e o ajuste na recomendação aumenta eficiência de uso dos nutrientes As exigências nutricionais variam dependendo das condições de cultivo Partição dos nutrientes na planta (parte aérea/bulbo)

SUL: Predomínio de cultivares polinização aberta com ciclo precoce e médio Epagri 352-Bola Precoce: mais cultivada Ciclo das cultivares semelhantes: muda somente a época de plantio e de colheita SUDESTE, CENTRO-OESTE E NORDESTE: diferenças de ciclos

Relação entre o rendimento relativo de uma cultura e o teor de um nutriente no solo e as indicações de adubação para cada faixa de teor no solo (adaptado de Gianello & Wiethölter, 2004).

Conteúdo de N (mg planta -1 ) 500 400 300 200 100 0 (A) N (50%) plantio Y= 430,98/ 1 + exp (-(x - 72,75)/ 15,80) R 2 = 0,99 Y= 227,11/ 1 + exp (-(x - 55,83)/ 11,54) R 2 = 0,88 Y= 538,67/ 1 + exp (-(x - 121,99)/ 17,4) R 2 = 0,98 N (50%) cobertura 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Tx absorção de N (mg planta -1 dia -1 ) 1 Empresa de Pesquisa Agropecuária Dias após e Extensão o transplante Rural de Santa Catarina

Determinação curvas de absorção: Taxa de crescimento absoluto a Acúmulo de massa seca e nutrientes Taxa de absorção diária dos nutrientes. Obtidas pela derivada primeira da equação ajustada: y = a/(1+exp(-(x-x 0 )/b)) Conteúdo de N (mg planta -1 ) 500 400 300 200 100 0 Y= 430,98/ 1 + exp (-(x - 72,75)/ 15,80) R 2 = 0,99 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx absorção N (mg planta -1 dia -1 ) 10 8 6 4 2 0 (B) Planta toda 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante

Massa seca (g planta -1 ) 35 Y = 28,25/( 1 + exp (-(x - 88,78)/ 15,78) R 2 = 0,99 30 Y = 430,98/( 1 + exp (-(x - 66,53)/ 13,29) R 2 = 0,94 Y = 18,10/( 1 + exp (-(x - 10,94)/ 9,91) R 2 = 0,98 25 20 15 10 5 0 (A) 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx. cresc. absoluto (g planta -1 dia -1 ) 0.6 Planta toda 0.5 Parte aérea Bulbos 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 (B) 89 dias 0,45 g 101 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante (Kurtz, 2015)

(Pôrto et al., 2007)

(Pôrto et al., 2006)

(Vidigal et al., 2010)

(Aguiar Neto et al., 2013)

Acúmulo antes e após início bulbificação (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 84 73 83 87 79 89 16 27 17 13 21 11 MS N P K Ca Mg MS e Nutrientes 89 Antes bulb. Após bulb. (Kurtz, 2015)

Acúmulo de nutrientes por período (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 40 44 14 2 21 47 26 6 35 27 26 31 44 26 21 34 47 44 17 4 56 49 54 36 52 46 41 40 16 21 14 15 19 MS N P K Ca Mg Fe Mn Zn Cu B MS e Nutrientes 27 19 11 2 4 1 5 3 6 6 2 0-30 DAT (4%) 31-60 DAT (19%) 61-90 DAT (46%) 91-119 DAT (31%)

Extração de nutrientes (kg ha -1 ) 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 101 43 % 57 % 35* 31 % 87* 47 % 69 % 53 % 47 58 % Bulbo P. aérea 12 43 % 42 % 57 % N P K Ca Mg Macronutrientes *P: 81 kg P 2 O 5 *K: 105 kg K 2 O (Kurtz, 2015)

Conteúdo de N (mg planta -1 ) 500 400 300 200 100 0 Y= 430,98/ 1 + exp (-(x - 72,75)/ 15,80) R 2 = 0,99 Y= 227,11/ 1 + exp (-(x - 55,83)/ 11,54) R 2 = 0,88 Y= 538,67/ 1 + exp (-(x - 121,99)/ 17,4) R 2 = 0,98 (A) 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Tx absorção de N (mg planta -1 dia -1 ) 10 8 6 4 2 0 (B) Planta toda Parte aérea Bulbo 73 dias 119 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Dias após o transplante

(Pôrto et al., 2007)

(Pôrto et al., 2006)

(Aguiar Neto et al., 2013)

Rendimento total (Mg ha -1 ) 50 45 40 35 30 25 20 15 0 2012/13 - Bola precoce 2012/13 - Crioula 2013/14 - Bola Precoce 2013/14 - Crioula 2014/15 - Bola Precoce 2014/15 - Crioula 2012/13: Y = 24,715 + 0,0543x - 0,000173x 2 * R 2 = 0,887 2013/14: Y = 23,611 + 0,2063x - 0,000536x 2 ** R 2 = 0,981 2014/15: Y = 18,954 + 0,1596x - 0,0003981x 2 ** R 2 = 0,993 0 50 100 150 200 250 N adicionado (kg ha -1 ) 10 2014/15: Y 0 0 50 N (Kurtz et al., 2015) Rendimento total das cultivares de cebola cvs. Bola Precoce e Crioula nas safras 2012/13, 2013/14 e 2014/15, em função da aplicação de doses crescentes de nitrogênio. 146 192 194 A Rendimento comercial (Mg ha -1 ) 50 45 40 35 30 25 20 15 2012/13 - Bo 2012/13 - Cr 2013/14 - Bo 2013/14 - Cr 2014/15 - Bo 2014/15 - Cr 2012/13: Y 2013/14: Y

Teor de matéria orgânica Nitrogênio % kg de N/ha 2,5 120 2,6 5,0 100 > 5,0 80 Para a expectativa de rendimento maior do que 30 t/ha, acrescentar aos valores da tabela 4 kg de N/ha por tonelada adicional de bulbos a serem produzidos. Adicionar 15 % da dose no plantio e o restante da dose dividir em pelo menos três parcelas de 25, 35 e 25 % da dose em cobertura aos 35, 60 e 85 dias após o transplante. Preferencialmente usar parte da adubação de fontes orgânicas. Para o sistema de semeadura direta (semeadura em área definitiva) acrescentar 20 % para as doses indicadas na tabela acima, aplicando-se 20 kg/ha na semeadura e o restante da dose dividir em pelo menos quatro aplicações em cobertura aos 45, 80, 110 e 140 dias após a semeadura.

Perda em pós-colheita de cebola em função da dose e parcelamento de nitrogênio Safra 2008/09 (P. Direto) ----------------Parcelamento------------- Dose de N Base +1 Base +2 Base +3 Média kg/ha -1 ---------------------------- %------------------------------ 0 8,6 A 13,1 A 8,1 A 9,9 ** 50* 18,5 A 8,0 B 10,6 B 12,4 100* 25,1 A 23,9 AB 15,0 B 21,3 200 24,2 A 24,7 A 27,9 A 25,6 Média 19,1 17,4 15,4 Base+1: 25% no transplante e 75%, 45 dias após (DAT); Base + 2: 25% no transplante e 37,5%, 45 DAT e 37,5%,75 DAT; Base + 3: 25% no transplante e 25%, 30 DAT,25%, 60 DAT e 25%, 90 DAT; * Melhores doses. ** Significativo análise regressão Avaliação 13/04/2009

Rendimento de cebola em função da dose e parcelamento de nitrogênio Safra 08/09 (P. direto) Dose de N ----------------Parcelamento------------- Base +1* Base +2 Base +3 kg/ha -1 ---------------------------- t/ha ------------------ Média 0 31,0 30,3 33,3 31,5 50 39,3 40,0 38,4 39,2 100 41,1 40,1 41,8 41,0 200 41,6 38,0 39,9 39,8 Média 38,3 A 37,1 A 38,4 A Base+1: 25% no transplante e 75%, 45 dias após (DAT); Base + 2: 25% no transplante e 37,5%, 30 DAT e 37,5%, 60 DAT; Base + 3: 25% no transplante e 25%, 30 DAT,25%, 60 DAT e 25%, 90 DAT;

6,5 6,0 Safra 08 09 Y = 5,6-0,028 + 0,000083x2* R 2 = 0,99 Safra 09 10 Y = 3,7-0,0023x* R 2 = 0,97 Nº folhas eretas 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 0 50 100 150 200 Nitrogênio (kg ha -1 )

Folhas de cebola tortas e quebradas em função da dose e parcelamento de nitrogênio Safra 2008/09 Dose de N ----------------Parcelamento------------- Base +1 Base +2 Base +3 Média kg/ha -1 ----------------------- folhas/pl ------------------ 0 1,7 2,1 2,3 2,0 * 50 4,2 3,4 3,0 3,5 100 5,0 5,0 3,4 4,5 200 5,1 4,7 3,5 4,4 Média 4,8 A 4,4 A 3,3 B Base+1: 25% no transplante e 75%, 45 dias após (DAT); Base + 2: 25% no transplante e 37,5%, 45 DAT e 37,5%, 75 DAT; Base + 3: 25% no transplante e 25%, 30 DAT,25%, 60 DAT e 25%, 90 DAT;

Altura de plantas em função do parcelamento de nitrogênio Safra 2008/09 ----------------Parcelamento---------- Base +1 Base +2 Base +3 Altura de Plantas (cm) 70,7 A 68,6 AB 66,6 B Base+1: 25% no transplante e 75%, 45 dias após (DAT); Base + 2: 25% no transplante e 37,5%, 45 DAT e 37,5%, 75 DAT; Base + 3: 25% no transplante e 25%, 30 DAT,25%, 60 DAT e 25%, 90 DAT;

--------Parcelamento----------- Variáveis Base +1 Base +2 Base +3 Rendimento (t ha -1 ) 32,2 n.s. 33,4 31,4 Peso bulbos (g) 163 n.s. 173 164 Ca foliar (%) 0,60 B 0,65 AB 0,66 A Mg foliar (%) 0,24 B 0,26 AB 0,28 A N foliar (%) 3,34 n.s. 3,53 3,52 K foliar (%) 2,38 n.s. 2,38 2,39

Eficiência baixa (20 a 40%) Alta fixação minerais do solo Baixa mobilidade no solo Cebola tem alta exigência

Conteúdo de P (mg planta -1 ) 200 150 100 50 0 (A) (A) Y= 160,97/ 1 + exp (-(x - 85,78)/ 17,43) R 2 = 0,94 Y= 50,39/ 1 + exp (-(x -55,14)/ 11,54)/ 1/,6 R 2 = 0,94 Y= 99,5/ 1 + exp (-(x - 96,4)/ 11,54)/ 6,81 R 2 = 0,87 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Tx absorção de P (mg planta -1 dia -1 ) 5 4 3 2 1 0 Planta toda Parte aérea Bulbos (B) 86 dias 96 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Dias após o transplante

Interpretação do teor de P Fósforo kg de P 2 O 5 /ha Muito Baixo 260 Baixo 220 Médio 180 Alto 120 Muito Alto 80 Para a expectativa de rendimento maior do que 30 t/ha, acrescentar aos valores da tabela, 3 kg de P 2 O 5 /ha por tonelada adicional de bulbos a serem produzidos.

Boa eficiência da adubação (50-70%); Mobilidade no solo; Plantio e cobertura.

Conteúdo de K (mg planta -1 ) 500 Y= 359,84/ 1 + exp (-(x - 79,89)/ 12,18)) R 2 = 0,97 Y= 180,99/ 1 + exp (-(x - 67,89)/ 11,08)) R 2 = 0,91 Y= 211,75/ 1 + exp (-(x - 96,98)/ 10,37)) R 2 = 0,97 400 300 200 100 0 (A) 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx absorção de K (mg planta -1 dia -1 ) 10 8 6 4 2 0 (B) 80 dias 97 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante

Interpretação do teor de K no solo Potássio kg de K 2 O/ha Muito Baixo 210 Baixo 170 Médio 130 Alto 90 Muito Alto 60 Para a expectativa de rendimento maior do que 30 t/ha, acrescentar aos valores da tabela, 3 kg de K 2 O /ha por tonelada adicional de bulbos a serem produzidos. Não adicionar doses superiores a 60 kg ha -1 de K 2 O na linha de semeadura ou transplante. Para doses médias e altas aplicar parte do K (50%) a lanço no transplante/semeadura e o restante em cobertura juntamente com o N aos 60 e 85 dias após o transplante ou aos 110 e 140 dias após a semeadura direta em campo definitivo

Adubação Plantio (50%) 60 DAT Cobertura (50%)

Adub. Semeadura (Até 50%) 110 DAS Cobertura

Conteúdo de Ca (mg planta -1 ) 250 Y= 200,06/ 1 + exp (-(x - 77,89)/ 19,65) R 2 = 0,98 Y= 113,71/ 1 + exp (-(x - 66,05)/ 13,71) R 2 = 0,94 Y= 163,01/ 1 + exp (-(x - 115,92)/ 19,65) R 2 = 0,99 200 150 100 50 0 (D)(A) 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx absorção de Ca (mg planta -1 dia -1 ) 5 4 3 2 1 0 (B) 78 dias 116 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante

Conteúdo de Mg (mg planta -1 ) 60 Y= 51,06/ 1 + exp (-(x - 82,53)/ 12,31) R 2 = 0,99 Y= 25,52/ 1 + exp (-(x - 70,58)/ 8,85) R 2 = 0,92 Y= 48,55/ 1 + exp (-(x - 113,68)/ 14,26) R 2 = 0,99 50 (E) (A) 40 30 20 10 0 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx absorção Mg (mg planta -1 dia -1 ) 1.5 1.0 0.5 0.0 (B) Planta toda Parte aérea Bulbos 83 dias 112 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante

(Pôrto et al., 2007)

Teor de S solo Produção de bulbos (kg vaso -1 ) 0,50 0,40 0,43 0,44 0,43 0,36 0,41 0,46 0,33 0,47 0,48 0,38 0,44 0,46 0,30 0,29 0,20 0,11 0,10 0,00 0,05 c b a b a a a a a ab a a a a a 0 30 60 90 120 Doses de S (kg ha -1 ) Solo 1 13,0 D b 16,6 CD ab 19,9 BC ab 26,0 AB a 29,3 A b (mg dm -3 ) Solo 2 18,7 B a 21,0 B a 25,4 B a 28,2 B a 41,8 A a (mg dm -3 ) Solo 3 13,6 D ab 15,3 CD b 19,5 AB b 18,4 BC b 22,8 A c (mg dm -3 )

Nível suficiência: > 10 ppm (Sul) - Manual adubação Nova proposição para cebola: - > 20 ppm solos Cambissolos (menor teor de argila) - > 10 ppm para Nitossolos (solos mais argilosos) --

Sugestão de adubação: 30 a 60 kg/ha Cambissolos: - > 15 ppm: 60 kg/ha -- - 15 a 20 ppm: 30 kg/ha - > 20 ppm: 0 kg/ha -- Nitossolos e outros solos argilosos: - > 10 ppm: 30-40 kg/ha - Época de aplicação: depende da fonte (SO 4-2 ou S 2 ) --

800 761 Extração de nutrientes (g ha -1 ) 700 600 500 400 300 200 100 62 % 38 % 150 58 % 26 % 42% 74 % 28 % 72 % Bulbo P. aérea 29 % 71 % 0 Fe Mn Zn Cu B Micronutrientes 84 34 221

Acúmulo antes e após início bulbificação (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 83 83 73 79 89 17 17 27 21 11 Fe Mn Zn Cu B Microutrientes Antes bulb. Após bulb.

Cultura da cebola alta exigência Excesso calcário (ph > 6,5) Solos arenosos Excesso de fósforo Umidade alta e temp. baixa

Conteúdo de Zn (µg planta -1 ) 450 Y= 357,56/ 1 + exp (-(x - 72,55)/ 15,86) R 2 = 0,99 400 Y= 102,80/ 1 + exp (-(x - 41,1)/ 10,48) R 2 = 0,74 Y= 329,03/ 1 + exp (-(x - 94,46)/ 14,40) R 2 = 0,99 350 300 250 200 150 100 50 0 (A) 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Tx absorção Zn (µg planta -1 dia -1 ) 10 8 6 4 2 0 (B) Planta toda Parte aérea Bulbo 73 dias 94 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Dias após o transplante

VIA SOLO: preferível pela maior eficiência que foliar - 3-4 kg/ha de Zn - Efeito residual Fontes: - Sulfato Zn, óxido de Zn - Fórmulas NPK + Zn - Adubos orgânicos

VIA FOLIAR: menor eficiência - 3 ou mais pulverizações foliares Fontes: - Sulfato Zn (0,5%) - Zn quelatizado, outros

Matéria orgânica baixa Solos arenosos Excesso calcário ou potássio Estiagem (princip. após transplante)

Conteúdo de B (µg planta -1 ) 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 (A) Y= 1090,75/ 1 + exp (-(x - 85,04)/ 16,71) R 2 = 0,99 Y= 321,47/ 1 + exp (-(x - 65,67)/ 12,69) R 2 = 0,90 Y= 763,78/ 1 + exp (-(x - 104,85)/ 9,35) R 2 = 0,99 Tx absorção B (µg planta -1 dia -1 ) 25 20 15 10 5 0 (B) 78 dias 105 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante

VIA SOLO: + eficiente 1,5 a 2 kg/ha (anualmente) Efeito residual baixo Fontes: - Bórax, ácido bórico, solubor, outras - Fórmulas NPK + B, adubos orgânicos VIA FOLIAR: 3-6 aplicações acido bórico, solubor ou bórax a 0,25% ou outros prod. comerciais

Excesso calcário: ph > 6,5 Calcário mal incorporado Cambissolos Húmicos: M.O. Solos arenosos Excessos de Ca, Mg e Fe

Conteúdo de Mn (µg planta -1 ) 800 Y= 631,73/ 1 + exp (-(x - 78,87)/ 13,77) R 2 = 0,98 Y= 384,44/ 1 + exp (-(x - 69,13)/ 11,70) R 2 = 0,93 Y= 355,30/ 1 + exp (-(x - 105,44)/ 13,22) R2 = 0,99 700 600 500 400 300 200 100 0 (A) 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx. absorção Mn (µg planta -1 dia -1 ) 14 12 10 8 6 4 2 0 (B) 79 dias 105 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante

VIA FOLIAR: Mais eficiente (ph alto) 2-4 pulverizações Fontes: Sulfato de Mn (concentração 1%) Quelatos de Mn, outros

Eventuais deficiências no Brasil Solos M.O. alta, arenosos Aumenta a resistência a doenças e melhora qualidade pós-colheita Via solo: 1-3 kg/ha (sulfato ou óxido) Via Foliar: 2-4 pulverizações (sulfato ou quelatos de Cu).

Conteúdo de Cu (µg planta -1 ) 200 Y= 163,28/ 1 + exp (-(x - 85,98)/ 20,23) R 2 = 0,98 Y= 48,51/ 1 + exp (-(x - 49,76)/ 11,71) R 2 = 0,88 Y= 132,23/ 1 + exp (-(x - 103,70)/ 13,02) R 2 = 0,95 150 100 50 0 (A) a Conteúdo e taxa de absorção 1 diária de Cu 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante Tx absorção de Cu (µg planta -1 dia -1 ) 4 3 2 0 (B) Planta toda Parte aérea Bulbo 86 dias 0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 Dias após o transplante 104 dias

Determinação das taxas diárias de absorção para as diferentes cultivares, híbridos e regiões produtoras; Parcelamento da adubação com base nas taxas de absorção, principalmente de nitrogênio e potássio.

Claudinei Kurtz kurtz@epagri.sc.gov.br Fone: 47 3533 8844 98818 3612

Rendimento (kg/ha) 45000 40000 35000 PMEE: 320 kg/ha 31487 32659 35940 38959 30000 25020 25000 20000 15000 10000 5000 0 0 50 100 200 400 Doses de P 2 O 5 (kg/ha) Rendimento de cebola em função de doses de fósforo Ituporanga, Média de 3 safras (2010/11, 2011/12 e 2012/13). Teor de P: 4 ppm

Rendimento (kg/ha) 50000 45000 40000 39257 39375 41634 41173 42523 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 0 50 100 200 400 Doses de P 2 O 5 (kg/ha) Rendimento de cebola em função de doses de fósforo Ituporanga, Média de 2 safras (2009/10, 2011/12) Teor de P: 20 e 32ppm.

Rendimento (kg/ha) 60000 50000 Safra 2010/11 Safra 2011/12 Safra 2012/13 46889 47075 48326 51044 47837 40000 38047 37177 37860 39584 36920 30000 24149 27447 27196 28077 27994 20000 10000 0 0 50 100 200 400 Doses de K 2 O (kg/ha) DMEE 2012/13: 230kg/ha Rendimento de cebola em função de doses de potássio Ituporanga, 3 safras. Teor de K no Solo: 55 ppm

Rendimento (kg/ha) 35000 30335 31057 29415 31806 31628 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 0 50 100 200 400 Doses de K 2 O (kg/ha) Rendimento de cebola em função de doses de potássio Ituporanga, safra 2009/10. Teor de K no solo: 170 ppm