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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA SP QUALIFICAÇÃO DO RECLAMANTE, vem, perante Vossa Excelência, por seu advogado, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da CLT em face de QUALIICAÇÃO DA RECLAMADA, pelos seguintes motivos: I DO CONTRATO DE TRABALHO: O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 02/01/2014, exercendo as funções de ajudante, percebia R$ 1.000,00 mensais e foi demitido sem justa causa em 06/04/2015. Esclarece o reclamante que não teve o contrato de trabalho anotado em sua CTPS. II DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 3º, 13, 29 E 41 DA CLT VERBAS RESCISÓRIAS - APLICAÇÃO DO ARTIGO 477 DA CLT O Reclamante foi contratado pela Reclamada através do proprietário (Sr. Rinaldo Stopa) para exercer a função de auxiliar de ajudante. Durante todo o pacto laboral a reclamante laborou de forma exclusiva para a reclamada e sempre exerceu as suas atividades de forma contínua, com pessoalidade, subordinação ao Sr. Rinaldo Stopa e recebendo salários pelos serviços prestados, ou seja, cumprindo todos os requisitos previstos no artigo 3º da CLT.

O Contrato de trabalho é um contrato realidade perfazendo-se pela simples prestação de trabalho pela obreira, sendo que presentes os requisitos do artigo 3º da CLT, impõe-se às partes até mesmo contra a vontade das mesmas, uma vez que se trata de preceito de ORDEM PÚBLICA. Diante do exposto, requer a reclamante que seja reconhecido o vínculo empregatício havido entre as partes no período de 02/01/2014 a 06/05/2015 (aviso prévio projetado OJ 82 da SDI-1 do TST) com a consequente anotação do contrato de trabalho na CTPS. Desta forma, estando presentes todos os requisitos do artigo 3º da CLT que caracterizam o vínculo empregatício, faz jus a obreiro ao pagamento do aviso prévio normal de 30 dias, férias vencidas 2014/2015 + 1/3 (simples), férias proporcionais 4/12 + 1/3, 13º salário integral de 2014, 13º salário proporcional de 2015 (4/12) e FGTS sobre as verbas pleiteadas + 40%. Informa o Reclamante que quando da demissão sem justa causa pela Reclamada nada percebeu a título de verbas rescisórias. III DA REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO PISO DA CATEGORIA PREVISTO NA CCT APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXVI, DA CF APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 457 DA CLT A Reclamada é uma sociedade empresarial e seu objeto social está ligado ao ramo da hotelaria (ficha cadastral em anexo).

Com o reconhecimento do vínculo empregatício o Reclamante estará enquadrado como empregado da hotelaria, sendo que o sindicato que representa a categoria dos trabalhadores é o SINDHOTEL. Os comprovantes dos depósitos realizados pela Reclamada demonstram os valores que eram percebidos pelo Reclamante, pois o obreiro durante todo o pacto laboral percebeu salário mensal de R$ 1.000,00. Assim, percebe-se que a Reclamada não observava o piso salarial da categoria estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 (doc. anexo), pois o piso salarial da categoria é de R$ 1.500,00 mensais. Desta forma, nos termos do artigo 7º, XXVI, da Constituição Federal e do artigo 457 da CLT, faz jus o obreiro ao pagamento das diferenças salariais, bem como aos reflexos em descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio, horas extras e FGTS + 40%. IV DOS REAJUSTES SALARIAIS APLICAÇÃO DAS CONVENÇÕES COLETIVA DE TRABALHO APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXVI, DA CF A Reclamada é uma sociedade empresarial e seu objeto social está ligado ao ramo da hotelaria (ficha cadastral em anexo). Com o reconhecimento do vínculo empregatício o Reclamante estará enquadrado como empregado da hotelaria, sendo que o sindicato que representa a categoria dos trabalhadores é o SINDHOTEL.

O Reclamante percebia mensalmente seus salários da Reclamada, porém não foi observado o reajuste salarial de 8% a partir de outubro de 2014, como demonstra a Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 (doc. anexo). Desta forma, nos termos da Convenção Coletiva de Trabalho, faz jus o obreiro ao reajuste salarial da categoria, bem como aos reflexos desse reajuste para efeito de descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salários, horas extras, aviso prévio e FGTS + 40%. V DO VALE-REFEIÇÃO APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO APLICAÇLÃO DO ARTIGO 458, CAPUT, DA CLT APLICAÇÃO DA SÚMULA 241 DO TST A Reclamada é uma sociedade empresarial e seu objeto social está ligado ao ramo da hotelaria (ficha cadastral em anexo). Com o reconhecimento do vínculo empregatício o Reclamante estará enquadrado como empregado da hotelaria, sendo que o sindicato que representa a categoria dos trabalhadores é o SINDHOTEL. Durante todo o pacto laboral, a Reclamada jamais forneceu para o obreiro o benefício do vale-refeição que está previsto nas Convenções Coletivas de Trabalho (docs. anexos). Registre-se que a Reclamada também não fornecia a alimentação, pois era o Reclamante que tinha que trazer a sua marmita de casa ou comprar a sua refeição.

Desta forma, faz jus o obreiro ao pagamento do benefício do vale-refeição de todo o período laborado e seus reflexos nos DSR s, férias + 1/3, 13º salários, horas extras, aviso prévio e FGTS + 40% (aplicação do artigo 458, caput, da CLT e Súmula 241 do TST). VI DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS PLR APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XI, DA CF APLICAÇÃO DA LEI 10.101/00 APLICAÇÃO DA SÚMULA 451 DO TST A Reclamada é uma sociedade empresarial e seu objeto social está ligado ao ramo da hotelaria (ficha cadastral em anexo). Com o reconhecimento do vínculo empregatício o Reclamante estará enquadrado como empregado da hotelaria, sendo que o sindicato que representa a categoria dos trabalhadores é o SINDHOTEL. Durante todo o pacto laboral, a Reclamada jamais pagou para o obreiro a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que está previsto nas Convenções Coletivas de Trabalho (docs. anexos). Desta forma, faz jus o obreiro ao pagamento da PLR integral de 2014, bem como ao pagamento da PLR proporcional de 2015. VII DA JORNADA DE TRABALHO APLICAÇÃO DO ARTIGO 74, 2º, DA CLT Da jornada contratual de trabalho O reclamante foi contratado para cumprir a seguinte jornada contratual:

De 2ª a 6ª feira das 08:00 às 17:00 horas, com 1 hora de intervalo para refeição e descanso; De sábado das 08:00 às 12:00 horas sem intervalo para refeição e descanso. Da real jornada de trabalho Ocorre que, na realidade dos fatos o reclamante cumpria a seguinte jornada de trabalho: De 2ª a 6ª feira das 08:00 às 18:00 horas, com apenas 30 minutos de intervalo para refeição e descanso; De sábado das 08:00 às 14:00 horas sem intervalo para refeição e descanso. Esclarece o reclamante que como estava trabalhando sem registro na CTPS a Reclamada não deixava o obreiro anotar a jornada de trabalho. VIII DAS HORAS EXTRAS APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XIII, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 58 DA CLT Conforme horário de trabalho declinado no item anterior, o Reclamante laborava além da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal, violando o disposto no artigo 7º, XIII, da CF e o artigo 58, da CLT, sendo que as horas extras não lhe eram pagas pela Reclamada. Desta forma, faz jus o obreiro ao pagamento das horas extras realizadas, bem como seus reflexos ao salário para efeito de descansos semanais remunerados (Súmula 172 do TST), férias + 1/3 (Artigo 142, 5º, da CLT), 13º salários (Súmula 45 do TST), aviso prévio (Artigo 487, 5º, da CLT) e FGTS + 40% (Artigo 15 da Lei 8.036/90 e Súmula 63 do TST).

IX DO INTERVALO PARA REFEIÇÃO E DESCANSO NORMA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR APLICAÇÃO DO ARTIGO 71 DA CLT APLICAÇÃO DA SÚMULA 437, I e III, DO TST Como descrito no item "II", o Reclamante laborava das 07:00 às 19:00 horas de 2ª a 6ª feira com apenas 30 minutos de intervalo para refeição e descanso e laborava aos sábado das 08:00 às 14:00 horas sem intervalo para refeição e descanso. Assim, temos que o Reclamante não desfrutava corretamente do intervalo para refeição e descanso de 2ª a 6ª feira e aos sábados, o que é vedado pelo artigo 71, caput e parágrafo 1º, da CLT. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatório a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas. 1ºNão excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.... Desta forma, nos termos do parágrafo 4º do mesmo artigo consolidado e da Súmula 437, I e III, do TST, faz jus o obreiro ao pagamento: - de 1 hora extra por dia trabalhado de 2ª a 6ª feira e seus reflexos para efeito de descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS + 40%; - de 15 minutos extras por dia trabalhado de sábado e seus reflexos para efeito de descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS + 40%.

X NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT Como o reclamante foi demitido e não recebeu as verbas rescisórias no prazo previsto no artigo 477, 6º, da CLT, a Reclamada deve ser penalizada com a multa de 1 salário base prevista no artigo 477, parágrafo 8º, da Consolidação das Leis do Trabalho. XI PAGAMENTOS DAS VERBAS INCONTROVERSAS APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT Caso a Reclamada não efetue o pagamento das verbas rescisórias incontroversas quando da realização da audiência deve ser penalizada com a multa de 50% prevista no artigo 467 da Consolidação das Leis do Trabalho. XII DO SEGURO DESEMPREGO APLICAÇÃO DAS LEIS 7998/90 E 8.900/94 APLICAÇÃO DA SÚMULA 389 DO TST Ao não registrar o obreiro e não efetuar a quitação do contrato de trabalho a Reclamada impediu que o obreiro percebesse o benefício do Seguro Desemprego, devendo fornecer as Guias CD e para o caso do não cumprimento, requer o Reclamante seja expedido Alvará Judicial ou a sua consequente indenização no valor de 5 parcelas, nos termos das Leis 7998/90 e 8.900/94, bem como da Súmula 389 do TST. Informa o Reclamante que se fosse registrado faria jus ao benefício do Seguro Desemprego, pois seu contrato de trabalho teve a duração maior que 1 ano.

XIII DO ACIDENTE DO TRABALHO APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 19 E 59 DA LEI 8.213/91 O Reclamante foi contratado pela Reclamada através do proprietário (Sr. Rinaldo Stoffa) para exercer a função de auxiliar de ajudante. Esclarece o Reclamante que não teve o contrato de trabalho anotado em sua CTPS. Em 06 de Março de 2015, o Reclamante sofreu acidente de trabalho, quando realizava um serviço para a Reclamada, onde caiu de uma laje de 3 metros de altura, ocasionando contusão em seu dorso. Como o Reclamante estava sem o registro na CTPS, a Reclamada não emitiu a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), violando a regra prevista no artigo 22 da Lei 8.213/91. O Reclamante foi socorrido pelo Resgate (Corpo de Bombeiros Militar) e foi levado ao Hospital de Urgências e atendido pelo Médico Dr. Cristiano M. Ferreira CRM 15693 (doc. anexo). O extrato do Boletim de Ocorrência do Resgate confirma que o Reclamante foi socorrido nas dependências do local de trabalho, o que caracteriza o acidente do trabalho. Como o Reclamante estava sem registro ficou afastado por 30 dias sem receber o benefício previdenciário (auxílio-doença acidentário) e ao retornar ao trabalho em 06/04/2015 foi demitido sem justa causa pela Reclamada.

Informa o Reclamante que se fosse registrado faria jus ao benefício previdenciário estando caracterizado o acidente do trabalho típico, nos termos dos artigos 19 e 59 da Lei 8.213/91. XIV DO ACIDENTE DO TRABALHO ESTABILIDADE POR ACIDENTE DO TRABALHO APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, I, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 118 DA LEI 8.213/91 APLICAÇÃO DA SÚMULA 378, II, DO TST APLICAÇÃO DO ARTIGO 471 DA CLT O Reclamante foi contratado pela Reclamada através do proprietário (Sr. Rinaldo Stoffa) para exercer a função de auxiliar de ajudante. Esclarece o Reclamante que não teve o contrato de trabalho anotado em sua CTPS. Em 06 de Março de 2015, o Reclamante sofreu acidente de trabalho, quando realizava um serviço para a Reclamada, onde caiu de uma laje de 3 metros de altura, ocasionando contusão em seu dorso. Como o Reclamante estava sem o registro na CTPS, a Reclamada não emitiu a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), violando a regra prevista no artigo 22 da Lei 8.213/91. O Reclamante foi socorrido pelo Resgate (Corpo de Bombeiros Militar) e foi levado ao Hospital de Urgências e atendido pelo Médico Dr. Cristiano M. Ferreira CRM 15693 (doc. anexo).

O extrato do Boletim de Ocorrência do Resgate confirma que o Reclamante foi socorrido nas dependências do local de trabalho, o que caracteriza o acidente do trabalho. Como o Reclamante estava sem registro ficou afastado por 30 dias sem receber o benefício previdenciário (auxílio-doença acidentário) e ao retornar ao trabalho em 06/04/2015 foi demitido sem justa causa pela Reclamada. Informa o Reclamante que se fosse registrado faria jus ao benefício previdenciário estando caracterizado o acidente do trabalho típico, nos termos dos artigos 19 e 59 da Lei 8.213/91. Nos termos do artigo 118 da Lei nº 8.213/91 e da Súmula 378, II, parte inicial, do TST, o Reclamante é detentor de estabilidade provisória de 12 meses após a alta médica do INSS e, desta forma, não poderia ser demitido antes de 06/04/2016, o que não ocorreu. Este foi demitido em 06/04/2015, quando retornou ao trabalho após o afastamento pelo acidente do trabalho. Desta forma, deve ser declarada nula a dispensa do Reclamante, fazendo jus a estabilidade pelo acidente do trabalho, devendo a Reclamada reintegrá-lo liminarmente no emprego com o pagamento das verbas desde a injusta demissão até a data da reintegração.

Assim, faz jus o obreiro à estabilidade de 12 meses no emprego, devendo a Reclamada reintegrá-lo no emprego, ou de forma sucessiva (artigo 289 do CPC), pagar-lhe a indenização de todo o período da estabilidade (aplicação do artigo 496 da CLT e Súmula 396 do TST). Registre-se, que durante todo o período do afastamento do reclamante fará jus a todas as vantagens pertencentes à categoria, como por exemplo: os reajustes salariais decorrentes da database da categoria, PLR, cesta básica...etc (aplicação do artigo 471 da CLT). XV DO DANO MORAL PELA FALTA DE REGISTRO APLICAÇÃO DOS ARTS. 1º, 5º E 6º DA CF APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC Um dos casos típicos de Dano Moral no âmbito trabalhista é a ausência do registro na CTPS do empregado, o que acarreta no prejuízo do recebimento de benefícios previdenciários, do Seguro Desemprego e até mesmo dos benefícios de sua categoria profissional. É inegável que o trabalhador é prejudicado pela ausência de um contrato de trabalho na sua CTPS. A anotação representa a efetiva participação do trabalhador no mercado formal de trabalho, além da indicação das suas qualidades de profissional e da vinculação a um determinado ofício ou atividade econômica, como também da sua participação em várias áreas da vida social e jurídica, tais como: abertura de conta bancária,

obtenção de crédito junto à instituição financeira e no comércio em geral, participação junto ao FGTS e à Seguridade Social, participação nos direitos da categoria etc. Assim, temos que a falta da anotação na CTPS acarretou ao obreiro a sua exclusão da sociedade e a reclamada violou a declaração universal dos direitos do homem e a dignidade humana do trabalhador. Registre-se que sem o registro na CTPS o obreiro também tem a perda da chance de adquirir a tão sonhada casa própria através do sistema do FGTS. São por todos estes motivos que a reclamada deve ser condenada ao pagamento de uma indenização por dano moral para que essa atitude dos empregadores não se tornem corriqueiras com os demais empregados. Dentre os fatos ensejadores à reparação por danos morais, temos entre outros, a falta de registro na CTPS que impede o obreiro em seus direitos sociais, violando o princípio da dignidade humana, previstos em nossa Constituição Federal, senão vejamos: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:... III a dignidade da pessoa humana;... Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.

Desta forma, temos que a Reclamada infringiu vários dispositivos Constitucionais que implicam no pagamento de uma indenização por danos morais e materiais ao Reclamante. Entende o Reclamante que o valor da indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários nominais. Os incisos V e X do artigo 5º da Constituição Federal estabelecem que: Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... V é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;... X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. O Novo Código Civil estabelece a matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão da indenização no artigo 927, senão vejamos: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. A Reclamada tomando a atitude de não registrar o Reclamante e prejudicá-lo no recebimento de benefícios previdenciários, do Seguro Desemprego e benefícios da categoria, causou-lhe lesão de ordem material e moral.

Em detrimento a lesão de ordem moral, a Reclamada ao violar o princípio da dignidade humana atingiu a sua honra subjetiva e a sua honra objetiva, já que o Reclamante está completamente desamparado perante a Previdência Social, ao Seguro Desemprego e aos direitos da sua categoria, fato este ensejado pelo ato desumano da Reclamada. A jurisprudência também entende que a falta de registro na CTPS caracteriza o ato ilícito praticado pelo empregador, senão vejamos: DANO MORAL POR AUSÊNCIA DE REGISTRO. O trabalhador sem registro fica marginalizado do mercado. Não contribui para a previdência e não é incluído no FGTS e programas governamentais. Tem dificuldade de abrir ou manter conta bancária, obter referência, crédito etc, ficando em situação de permanente insegurança e desrespeito. Só o registro pela via judicial não é suficiente para reparar as lesões decorrentes dessa situação adversa, em que o trabalhador permanece sem registro, como "clandestino" em face do mercado de trabalho, à margem do aparato protetivo legal, previdenciário etc. In casu, sem identidade como trabalhador, o reclamante teve negada sua existência perante o mundo do trabalho. Durante um ano e meio viu-se submetido a humilhante anonimato, como a figura espectral de "Garabombo, o Invisível", personagem da saga andina de Manoel Scorza, negado pelas elites e incapaz de ser visto pela sociedade em que vivia. A língüa espanhola registra o verbo ningunear, na acepção de "aniquilar, tornar ninguém". A ausência deliberada do registro, apelidada de informalidade, é sinônimo de nulificação, negação não apenas de direitos básicos mas da própria pessoa do trabalhador, traduzindo-se em exclusão social, mormente na situação dos autos, em que a atividade era não especializada e de baixo nível de remuneração. (TRT 2ª Região 04ªT, ac. 20080456574, Rel. Ricardo Artur Costa e Trigueiros, DOE: 06 de jun. de 2008 in www.trt02.gov.br ). XVI DO DANO MORAL PELA FALTA DE QUITAÇÃO APLICAÇÃO DOS ARTS. 1º, 5º E 6º DA CF APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC

Em 06/04/2015 a Reclamada demitiu o Reclamante sem justa causa e nada lhe pagou a título de verbas rescisórias. Um dos casos típicos de Dano Moral no âmbito trabalhista é a ausência da quitação do contrato de trabalho, o que acarreta no prejuízo do recebimento de verbas rescisórias, benefícios previdenciários, FGTS com a multa de 40%, Seguro Desemprego e até mesmo no pagamento de suas contas pessoais, como por exemplo: pagamento de aluguel, pagamento de conta de luz, água e outras despesas em geral. Informa o reclamante que por várias vezes entrou em contato com o proprietário da Reclamada (Sr. Rinaldo Stopa) para tentar receber as suas verbas rescisórias, porém só "enrolou" o obreiro deixando-o na ansiedade e na esperança de que receberia seus direitos trabalhistas. É inegável que o trabalhador é prejudicado pela ausência de quitação do contrato de trabalho. Registre-se que o empregado nessa situação fica amplamente angustiado pelo recebimento de seus direitos através do Poder Judiciário. Em primeiro lugar pela morosidade do processo que prejudica sua vida social e em segundo lugar, se realmente na fase de execução terá a satisfação da sua tutela. É por este motivo que a reclamada deve ser condenada ao pagamento de uma indenização por dano moral para que essa atitude da empresa não se torne corriqueira com os demais empregados.

A Reclamada tomando a atitude de não efetuar a quitação do contrato de trabalho do Reclamante e prejudicá-lo no recebimento de verbas rescisórias, benefícios previdenciários, recebimento de FGTS + a multa de 40% e do Seguro Desemprego, causou-lhe lesão de ordem material e moral na sua vida social. Em detrimento a lesão de ordem moral, a Reclamada ao violar o princípio da dignidade humana atingiram a sua honra subjetiva e a sua honra objetiva, já que o Reclamante está completamente desamparado perante o FGTS, a Previdência Social e ao Seguro Desemprego, fato este ensejado pelo ato desumano da Reclamada, que dificulta até mesmo o obreiro no pagamento de suas contas pessoais, como por exemplo: pagamento de aluguel, pagamento de conta de luz, água e outras despesas em geral. Registre-se que o direito do trabalho e o direito previdenciário são garantias constitucionais que traduzem direitos sociais dos trabalhadores brasileiros. Cabe ressaltarmos que o trabalhador é sujeito e não objeto da relação contratual, e tem direito a preservar sua integridade física, intelectual e moral, em face do poder diretivo do empregador. A subordinação no contrato de trabalho não compreende a pessoa do empregado, mas tão-somente a sua atividade laborativa, esta sim submetida de forma limitada e sob ressalvas, ao jus variandi. (TRT 2ª Região 04ªT, ac. 20090875219, Rel. Ricardo Artur Costa e Trigueiros, DOE: 23 de out. de 2009 in www.trt02.gov.br). Desta feita, s.m.j., resta configurado grave atentado à dignidade do trabalhador, a ensejar indenização de no mínimo R$ 15.000,00 por dano moral (art. 5º V e X, CF; 186 e 927 do NCC), de modo a imprimir feição suasória e pedagógica à condenação.

XVII DA MULTA NORMATIVA APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXVI, DA CF APLICAÇÃO DA SÚMULA 384 DO TST POR DESCUMPRIMENTO DA CCT: Observa-se que a reclamada não cumpriu com as seguintes cláusulas: Reajustes salariais Vale-refeição Participação nos lucros e resultados (PLR) Piso da categoria Pela análise das Convenções Coletivas de Trabalho (docs. anexos) e nos termos do artigo 622 da CLT, faz jus o Reclamante ao pagamento da multa pelo descumprimento das Convenções Coletivas, ou seja, 10% (dez por cento) do valor do piso salarial da categoria por cada cláusula da Convenção violada. XVIII - DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL Nos termos do artigo 8º da CLT e dos artigos 389 e 404 do Código Civil, a Reclamada deve ressarcir o Reclamante com juros e correção monetária e ressarcir inclusive as despesas de honorários de advogado, no importe de 30% do valor da condenação.

Os honorários previstos nos artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão relacionados com os contratados entre o cliente e o seu advogado, não se trata de sucumbência, mas de ressarcimento integral do dano. Em outras palavras, esse ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se interage com a verba honorária imposta pela sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos honorários sucumbenciais em relação aos contratuais. A verba honorária imposta pelo Novo Código Civil é uma indenização de Direito Material, não guardando nenhuma relação com o Direito Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e não o seu advogado. Diante da violação de seus direitos, não só em eventuais situações extrajudiciais como judiciais, o trabalhador deve ser indenizado pelas despesas havidas com o seu advogado. A restituição do seu crédito há de ser integral, como bem assevera o disposto no artigo 389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional. A decisão judicial deverá fixar, a título de indenização, os valores efetivamente contratados entre o trabalhador e o seu advogado, quando de fato houver o reconhecimento da procedência parcial ou total da postulação deduzida em juízo.

Claro está que essa indenização será um crédito do empregado, na qualidade de parte da relação jurídica processual, já que se trata de um ressarcimento das despesas havidas por ele em face da atuação profissional de seu advogado. XIX - DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT Diante do reconhecimento do vínculo de emprego deverão as reclamadas efetuar o recolhimento previdenciário do período laborado decorrente da relação de emprego. Caso não seja reconhecido o vínculo de emprego, requer a reclamante sejam as reclamadas condenadas a efetuar o recolhimento previdenciário do período laborado decorrente da relação de trabalho. XX - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10 APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST Com relação aos recolhimentos fiscais, entende o Reclamante que os descontos não incidem sobre todas as verbas postuladas (aviso prévio, férias + 1/3, depósitos do FGTS + multa de 40%, seguro desemprego, indenização de estabilidade por acidente do trabalho, indenização por danos morais e honorários de advogado).

Requer a aplicação da Instrução Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos procedimentos a serem observados na apuração do Imposto de Renda Pessoa Física incidente sobre os rendimentos recebidos acumuladamente. O texto segue os ditames da Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010, convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e apresenta uma tabela progressiva pela qual os limites de isenção e parâmetros das alíquotas mensais aplicáveis para a retenção do IR são multiplicados pelo número de meses envolvidos nos cálculos de liquidação. Registre-se ainda, que nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1 do TST os juros de mora não integram a base de cálculo do imposto de renda, independentemente da natureza jurídica da obrigação inadimplida. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SDI-1 DO TST Nº 400 IMPOSTO DE RENDA. BASE DE CÁLCULO. JUROS DE MORA. NÃO INTEGRAÇÃO. ART. 404 DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. Os juros de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação de pagamento em dinheiro não integram a base de cálculo do imposto de renda, independentemente da natureza jurídica da obrigação inadimplida, ante o cunho indenizatório conferido pelo art. 404 do Código Civil de 2002 aos juros de mora. XXI EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Como a Reclamada não respeitou corretamente as regras do registro na CTPS, não elaborou a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho e não efetuou o pagamento das verbas rescisórias prejudicando o obreiro no recebimento do FGTS e do Seguro Desemprego cometeu irregularidades passíveis de penalidades administrativas, bem como cometeu o crime contra a organização do trabalho (artigo 203 do Código Penal).

Essa fraude praticada pela Reclamada prejudicou o reclamante tanto na esfera trabalhista quanto na esfera previdenciária. CÓDIGO PENAL Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho: Pena detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência." Assim, requer o Reclamante a expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho para a instauração de processo administrativo e processo criminal em face da Reclamada e de seus sócios. XXII - DOS PEDIDOS: Ante o exposto, pleiteia o Reclamante a procedência da reclamação trabalhista para reconhecer o vínculo empregatício havido entre as partes de 02/01/2014 a 06/04/2015 com a consequente anotação do contrato de trabalho em sua CTPS, bem como para declarar a nulidade da demissão sem justa causa ocorrida em 06/04/2015, condenando a Reclamada a reintegrá-lo liminarmente no emprego com o pagamento das seguintes verbas: a) Salários desde a injusta demissão até a efetiva reintegração b) Férias + 1/3 desde a injusta demissão até a efetiva reintegração c) 13ºsalário desde a injusta demissão até a efetiva reintegração d) Férias vencidas 2014/2015 + 1/3 (simples) do período laborado sem o registro

e) Férias proporcionais 4/12 + 1/3 do período laborado sem o registro f) 13º salário integral de 2014 do período laborado sem o registro g) 13º salário proporcional de 2015 (4/12) do período laborado sem o registro h) Pagamento das diferenças salariais pelo piso da categoria, como fundamentado no item III h1) Reflexos das diferenças salariais em DSR s h2) Reflexos das diferenças em férias + 1/3 h3) Reflexos das diferenças em 13º salário h4) Reflexos das diferenças nas horas extras i) Reajustes salarias da categoria, como fundamentado no item IV i1)reflexos dos reajustes salariais nos DSR s i2)reflexos dos reajustes salariais nas férias + 1/3 i3)reflexos dos reajustes salariais no 13º salário i4)reflexos dos reajustes salariais nas horas extras j) Pagamento do vale-refeição de todo o período laborado, como fundamentado no item V j1)reflexos do vale-refeição nos DSR s j2)reflexos do vale-refeição nas férias + 1/3 j3)reflexos do vale-refeição no 13º salário j4)reflexos do vale-refeição nas horas extras k) Pagamento das horas extras além da 8ª hora diária e 44ª hora semanal, como descrito no item VII k1) Reflexos das horas extras em DSR s k2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 k3) Reflexos das horas extras no 13º salário l) Pagamento de 1 hora extra por dia de trabalho de 2ª a 6ª feira pelo intervalo para refeição e descanso, nos termos do item IX

l1) Reflexos das horas extras em DSR s l2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 l3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário m) Pagamento de 15 minutos extras por dia de trabalho aos sábados pelo intervalo para refeição e descanso, como fundamentado no item "IX" m1) Reflexos das horas extras em DSR s m2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 m3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário n) FGTS sobre as verbas acima pleiteadas o) FGTS de todo o período laborado sem o registro p) Pagamento da Participação nos Lucros e Resultados de todo o período laborado como fundamentado no item VI q) Indenização por Danos Morais pela falta de registro, como fundamentado no item XV r) Indenização por Danos Morais pela falta de quitação, nos termos do item XVI s) Multa normativa de 10% do valor do piso da categoria, para cada cláusula de cada convenção coletiva violada, como fundamentado no item XVII t) Ressarcimento das despesas do autor com honorários de advogado, como descrito no item XVIII u) Recolhimentos previdenciários do tempo laborado sem o registro, como descrito no item XIX v) Recolhimentos fiscais, nos termos do item XX x) Expedição de ofício ao MTb e MPT, nos termos do item XXI.

Caso não ocorra a reintegração do obreiro, requer de forma sucessiva (artigo 289 do CPC) que seja a Reclamada compelida ao pagamento das seguintes verbas: w) Salários desde a injusta demissão até o final da estabilidade y) Férias + 1/3 desde a injusta demissão até o final da estabilidade z) 13ºsalário desde a injusta demissão até o final da estabilidade a1)aviso prévio indenizado de 30 dias b1)aviso prévio proporcional de 3 dias c1)férias vencidas 2014/2015 + 1/3 (simples) do período laborado sem o registro d1)férias proporcionais 4/12 + 1/3 do período laborado sem o registro e1)13º salário integral de 2014 do período laborado sem o registro f1)13º salário proporcional de 2015 (4/12) do período laborado sem o registro g1)pagamento das diferenças salariais pelo piso da categoria, como fundamentado no item III g1) Reflexos das diferenças salariais em DSR s g2) Reflexos das diferenças em férias + 1/3 g3) Reflexos das diferenças em 13º salário g4) Reflexos das diferenças nas horas extras h5) Reflexos das diferenças no aviso prévio h1)reajustes salarias da categoria, como fundamentado no item IV h1)reflexos dos reajustes salariais nos DSR s h2)reflexos dos reajustes salariais nas férias + 1/3 h3)reflexos dos reajustes salariais no 13º salário h4)reflexos dos reajustes salariais nas horas extras h5)reflexos dos reajustes no aviso prévio

i1)pagamento do vale-refeição de todo o período laborado, como fundamentado no item V i1)reflexos do vale-refeição nos DSR s i2)reflexos do vale-refeição nas férias + 1/3 i3)reflexos do vale-refeição no 13º salário i4)reflexos do vale-refeição nas horas extras i5)reflexos do vale-refeição no aviso prévio j1)pagamento das horas extras além da 8ª hora diária e 44ª hora semanal, como descrito no item VII j1) Reflexos das horas extras em DSR s j2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 j3) Reflexos das horas extras no 13º salário j4) Reflexos das horas extras no aviso prévio k1)pagamento de 1 hora extra por dia de trabalho de 2ª a 6ª feira pelo intervalo para refeição e descanso, nos termos do item IX k1) Reflexos das horas extras em DSR s k2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 k3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário k4) Reflexos das horas extras no aviso prévio l1)pagamento de 15 minutos extras por dia de trabalho aos sábados pelo intervalo para refeição e descanso, como fundamentado no item "IX" l1) Reflexos das horas extras em DSR s l2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 l3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário l4) Reflexos das horas extras no aviso prévio m1)fgts sobre as verbas pleiteadas + 40% n1)fgts + 40% de todo o período laborado sem o registro o1)entrega das Guias CD para a percepção do Seguro Desemprego e para o caso do não cumprimento pelas Reclamadas,seja deferida a expedição de Alvará ou a sua indenização no valor de 5 parcelas, nos termos dos artigos da Lei n.7.998/90 e da Súmula 389 do TST

p1)aplicação da multa do art.477 da CLT, conforme descrito no item VIII q1)aplicação da multa do art.467 da CLT, caso a Reclamada não pague as verbas rescisórias quando da realização da audiência, nos termos do item IX r1)manutenção de todas as vantagens da categoria, nos termos do item XIV s1)pagamento da Participação nos Lucros e Resultados de todo o período laborado como fundamentado no item VI t1)indenização por Danos Morais pela falta de registro, como fundamentado no item XV u1)indenização por Danos Morais pela falta de quitação, nos termos do item XVI v1)multa normativa de 10% do valor do piso da categoria, para cada cláusula de cada convenção coletiva violada, como fundamentado no item XVII w1)ressarcimento das despesas do autor com honorários de advogado, como descrito no item XVIII y1)recolhimentos previdenciários do tempo laborado sem o registro, como descrito no item XIX x1)recolhimentos fiscais, nos termos do item XX z1)expedição de ofício ao MTb e MPT, nos termos do item XXI.

XXIII DOS REQUERIMENTOS Nos termos do parágrafo 3º, do artigo 625-D, da CLT, informa o Reclamante que até a presente data não foi criada a Comissão de Conciliação previa de sua categoria. Vale ressaltar que mesmo que tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma é facultativa, não constituindo condição da ação e nem tampouco pressuposto processual na reclamatória trabalhista, não se perdendo de vista o princípio maior colhido da Carta Constitucional de que nenhuma lesão ou ameaça a direito poderá ser excluída pela lei da apreciação do Poder judiciário, nos termos do art. 5º, XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do TRT da 2ª Região). Requer o Reclamante a concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa pobre na acepção legal do termo, pois sua atual situação econômica não lhe permite pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts. 2º e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1 do TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região. Em face do exposto, pede e espera o Reclamante, seja a presente ação julgada totalmente procedente, condenando-se a Reclamada no pagamento das verbas pleiteadas, monetariamente atualizadas, computados os juros de mora, além de custas e despesas processuais. Para tanto, requer se digne V.Exa., determinar a notificação da Reclamada, no endereço declinado para que, querendo, conteste a presente Reclamação, sob pena de sofrer os efeitos da revelia.

Finalmente, requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros, se necessários. XXIV DO VALOR DA CAUSA Atribui-se à causa, para efeito de custas e alçada, o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais procedimento ordinário). OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA CONSOLAÇÃO, 65, CONJUNTO 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP. Nestes Termos, Pede Deferimento. São Paulo, 11 de fevereiro de 2016. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR OAB/SP 148.128 INICIAL ACIDENTE TIPICO E SEM SEQUELAS