DESIGUALDADE DE GÊNERO. A violência doméstica contra a mulher. PALAVRAS-CHAVE: 1 DIFERENÇAS. 2 PRECONCEITO. 3 VIOLÊNCIA.

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Transcrição:

DESIGUALDADE DE GÊNERO. A violência doméstica contra a mulher. Sara Hugueney Higino 1 Maira Nunes Farias Portugal da Silva 2 Direito- Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Grupo de Trabalho 1: Diversidade e Direitos Humanos (BN_GT1_13) RESUMO A situação da mulher no Brasil é lamentável, após conquistar tantos direitos ela ainda está submetida a enfrentar as diferenças que a sociedade impõe sobre os gêneros, o sexo feminino é julgado como inferior, criando limites e barreiras para as mulheres e é a partir desse momento que surgem o preconceito e a violência. A mulher que hoje depende financeiramente do marido, está sujeita a sofrer agressões e escutar desaforos, pois o homem acaba por se sentir superior e no direito de mandar e obrigar ela a fazer o que ele quer. E na sociedade em geral a desigualdade dos gêneros é notória, infelizmente a diferença salarial, a dupla jornada de trabalho, a falta de oportunidade em alguns cargos evidencia o quanto a mulher ainda precisa lutar por direitos, e por um fim nas diferenças que geram o preconceito e as agressões. A maior conquista da sociedade foram os Direitos Humanos, mas infelizmente ainda temos muitos objetivos a serem alcançados. A falta de respeito de vários cidadãos produz todo tipo de preconceito, violência e humilhação, que existem na sociedade. Por isso é dever de todos valorizar e respeitar o direito de cada um. Temos muitos desafios a serem superados, a desigualdade de gênero é um problema que acarreta muito sofrimento para mulher, pois ela é o alvo das agressões. A população feminina conquistou a sua participação no mercado de trabalho, mas ainda sofrem com a segregação ocupacional, obtiveram o direito de voto, em 1932, mas não conseguiram ultrapassar o teto de 10% de deputadas federais. Portanto, devemos ter maior compromisso com os princípios que sustentam os Direitos Humanos, pois ainda falta muito para o Brasil chegar a uma justa equidade de gênero. PALAVRAS-CHAVE: 1 DIFERENÇAS. 2 PRECONCEITO. 3 VIOLÊNCIA. 4 MACHISMO 1 Sara; acadêmica da disciplina de metodologia científica do curso de Direito. Postal eletrônico: sara_hugueney@hotmail.com 2 Professora. Advogada. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local da UCDB. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (2014). Especialista em Direito Ambiental com Ênfase em Regularização Ambiental e Licenciamento pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (2011). Graduada em Direito pela Universidade Anhanguera Uniderp (2006). Advogada do Núcleo de Pratica Jurídica da UCDB/NUPRAJUR. Professora da UCDB do Curso de Direito, Ciências Contábeis, da UCDB Virtual e do Portal da Educação. Membro do grupo de pesquisa Desenvolvimento, Meio-Ambiente e Sustentabilidade, cadastrado no CNPQ. Postal Eletrônico: maira_portugal@hotmail.com

INTRODUÇÃO A mulher é um ser muito importante na sociedade, ela está em todos os lugares e têm funções diversas, porém muitas pessoas não aceitam isso. A diferença de gênero traz muitos problemas para nossa sociedade, principalmente quando a desigualdade de poder entre o homem e a mulher é corrente. A violação contra a mulher ocorre de várias maneiras, podendo então ser; Patrimonial, que é aquela em que os patrimônios ou bens da vítima são destruídos pelo agressor. A física, que é o momento em que a mulher é agredida fisicamente, onde ficam evidente hematomas e ferimentos que as vezes leva à morte. A moral, que fere a integridade da mulher, junto com ameaças e constrangimentos. A violência contra a honra, que acontece quando a mulher é vítima de injúria, difamação, ofensas e insultos. E por fim a violência sexual, que ocorre quando o homem abusa sexualmente da vítima ou até mesmo obrigando-a a praticar da libertinagem. Todos esses casos ganharam relevância através da criação da Lei nº 11.340, de 07 de Agosto de 2006, a qual foi pronunciada como Lei Maria da Penha que foi criada baseada na história de uma mulher, que sofreu e se submeteu a muitos anos de sofrimento e agressões pelo seu ex-marido, o nome da lei foi dado em sua homenagem. Essa lei estabelece medidas para a prevenção, assistência e proteção à sociedade feminina em situação de violência. Infelizmente, em pleno século XXI as agressões contra a mulher geram um problema de saúde pública, pois de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), 68% das mulheres que procuram os serviços de saúde é pelo fato de terem sido vítimas de violência. A mulher é assassinada e sofre abusos principalmente em sua casa e geralmente o agressor tem uma relação afetiva com a vítima, sendo, por exemplo, seu cônjuge e geralmente homens, maridos, ex-maridos, companheiros ou ex-companheiros das vítimas, são indivíduos que as vezes sofreram maus-tratos na infância, por isso reproduzem estas condutas,como num ciclo vicioso que passa de geração para geração. 1 RESULTADOS A violência doméstica traz muitos problemas na vida não só da vítima, mas de todos que convivem com ela. Em casos familiares em que o pai agride a mãe na presença dos filhos, afeta os diretamente em seu modo de pensar e agir. Ser violentado em suas mais variadas formas de estrago, afeta principalmente a saúde, pois apresenta

um risco vital humano como: ameaça a vida, produzem enfermidade, danos psicológicos e pode provocar a morte. As consequências são muitas, vejamos a analise de uma médica: Os riscos detectados para cada tipo de violência: violência psicológica e geral uso de drogas pelo companheiro, condição socioeconômica e violência na família; violência física uso de drogas pelo companheiro, escolaridade e violência na família; violência sexual condição socioeconômica e violência na família. (MELONI, 2002, p. 93) É evidente, portanto, que existem vários tipos de violência e ela gera um problema não só na vida da mulher, mas daqueles que convivem direta e indiretamente com ela. Muitas vezes o próprio companheiro já possui algum distúrbio ou começa a agredir pela condição financeira baixa 2 OBJETIVOS A vida da mulher que sofre agressões é totalmente modificada, por isso um dos principais objetivos do Brasil foi criar a Lei Maria da Penha. A diferença de gênero exigiu que a mulher tivesse prioridades e recebesse um apoio maior quando fosse vítima dos crimes de violência. Muitos obstáculos e desafios surgiram com a criação dessa Lei, os debates se relacionavam com a tese de tratar os diferentes com diferença. Realmente sabemos a importância que a delegacia da mulher tem na vida da sociedade feminina, pois o amparo, o papel da polícia, do judiciário e da rede de serviços especializados no atendimento a mulheres em situação de violência é diferenciado. O trabalho exibido possui o propósito de realizar uma análise sobre todos os problemas que milhares de mulheres sofrem com a desigualdade de gênero, o momento em que são agredidas e toda a proteção que o Estado oferece a ela. A relevância e preservação dos direitos das mulheres são fundamentais para o bom desenvolvimento de um país. Isso porque, a despeito de ser um assunto de importância mundial, ainda é um problema visível entre diversos países, bem como lacunas e sobreposições jurídicas para a sua concretização. A população feminina conquistou muitos direitos durante a

história, porém ainda há muito que ser discutido e respeitado para que nós brasileiros tenhamos segurança e possamos viver em um país de igualdades e oportunidades iguais. 3 METODOLOGIA Utilizou-se para a realização desse trabalho o método hipotético-dedutivo, juntamente com pesquisas bibliográficas, exploratórias, descritivas e documentais. A compreensão e elaboração do artigo deram-se por intermédio de artigos científicos, documentos oficiais, revistas e sites acadêmicos. CONCLUSÃO Diante do exposto podemos verificar que o núcleo familiar configura-se num espaço fundamental para a construção da violência de gênero. Assim, a violência doméstica contra a mulher construiu-se a partir das relações de subordinação das mulheres e do poder elevado dos homens, sendo, portanto, um processo de socialização dos sujeitos e reproduzida de geração a geração. É fulcral que haja um atendimento especial de proteção às vítimas de violência doméstica, ou seja, a mulher. No decorrer de todo o trabalho verificamos as diferentes formas de violência existentes. Assim, sabemos que a desigualdade de gênero, sua origem o perfil do agressor e o perfil das vítimas, são colaboradores de todo o problema. O principal objetivo então é a conservação e consolidação dos direitos fundamentais das mulheres. Um aspecto importante que foi abordado, é que a violência de gênero, por ocorrer em regra geral dentro do ambiente doméstico e familiar, é o primeiro tipo de violência que o filho, por exemplo, tem contato. Uma situação que, certamente, influenciará nas formas de condutas presentes e futuras dessa criança. Entendemos então que o preconceito que gera a desigualdade de gênero deve ser combatido A sociedade, de modo geral, precisa priorizar as qualidades e respeitar as ações da mulher dentro de todo âmbito, quer seja no mercado de trabalho quer seja em casa para que possamos viver em um país menos machista, no qual a segurança de todos seja garantida.

REFERÊCIAS DAY, Vivian Peres et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul, v. 25, n. Supl 1, p. 9-21, 2003. DE ASSIS, Simone Gonçalves; MARRIEL, Nelson de Souza Motta. 2. Reflexões sobre Violência e suas Manifestações na Escola. Impactos da violência na escola: um diálogo com professores, p. 41, 2010. GOMES, Nadielene Pereira et al. Compreendendo a violência doméstica a partir das categorias gênero e geração. Acta Paul Enferm, v. 20, n. 4, p. 504-8, 2007. LIANE, Sonia, Rovinski, Reichert. Dano psíquico em mulheres vítimas de violência. ed. Lúmen Júris. 2005.DAY, Vivian Peres et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul, v. 25, n. Supl 1, p. 9-21, 2003. MELONI, Elizabeth, Vieira. Recursos sociais para apoio às mulheres em situação de violência em Ribeirão Preto, SP, na perspectiva de informantes-chave. Interface (Botucatu), v. 15, n. 36, p. 93-108, Mar. 2011. (06/61922-9) PASINATO, Wânia. Lei Maria da Penha. Novas abordagens sobre velhas propostas. Onde avançamos?. Civitas-Revista de Ciências Sociais, v. 10, n. 2, 2010. PIOSEVAN, Flávia. Lei Maria da Penha: Inconstitucional não é a lei, mas a ausência dela. Rio de Janeiro, 14/10/2007. Disponível em: < http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=127613>. Acesso em 22/04/2008. SANTOS, Cecília MacDowell. Da delegacia da mulher à Lei Maria da Penha: absorção/tradução de demandas feministas pelo Estado. Revista crítica de ciências sociais, n. 89, p. 153-170, 2010. SARAIVA, Vademecum : Profissional e acadêmico, 23ª ed. São Paulo, 2017. SCHRAIBER, Lilia Blima et al. Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 4, p