AUTOMEDICAÇÃO ENTRE IDOSOS DE UM BAIRRO DE CAPINA GRANDE - PB

Documentos relacionados
PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO ENTRE IDOSOS USUÁRIOS DAS UNIDADES DE SAÚDES DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB INTRODUÇÃO

UM ENCONTRO ENTRE GERAÇÕES: ACADÊMICOS E IDOSAS BUSCANDO O RESGATE DO SABER POPULAR

Polifarmácia em idosos

AUTOMEDICAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

INTOXICAÇÃO EM IDOSOS REGISTRADAS PELO CEATOX CG ( ): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

PERFIL DOS IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM CAMPINA GRANDE

Titulo do trabalho: INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS EM IDOSOS NA REGIÃO NORDESTE NO PERÍODO DE 2001 A 2010

Dafne Dayse Bezerra Macedo (1); Leônia Maria Batista (2) (1) Universidade Federal da Paraíba; Acadêmica de Farmácia; Bolsista PET-Farmácia;

ADESÃO MEDICAMENTOSA DOS IDOSOS E A IMPORTÂNCIA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE

EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAÇÕES EM CAMPINA GRANDE: IMPACTO NA SAÚDE DO IDOSO.

AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO RURAL DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO, CEARÁ

PREVALÊNCIA DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA EM IDOSOS PERTENCENTES AO GRUPO DE CONVÍVIO DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SECA-PB.

COMPREENSÃO DE PRESCRIÇÕES DISPENSADAS EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA NA CIDADE DE BAGÉ - RS. Ana. Paula. S.³

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

FATORES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS HIPERTENSOS. Nilda Maria de Medeiros Brito Farias. Contexto. População mundial envelhece

ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: NOTA PRÉVIA

PERFIL DE USUÁRIOS DE PSICOFÁRMACOS ENTRE ACADÊMICOS DO CURSO DE FARMÁCIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DO SUL DO BRASIL

HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL DURANTE O ANO DE 2012

UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS POR IDOSOS EM TRATAMENTO DE CÂNCER

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA REFERENTE AO USO DA FITOTERAPIA

AVALIAÇÃO DA AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS

UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS: UMA REFLEXÃO PARA AS AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE

CONTEXTOS E REFLEXÕES EM FITOTERAPIA: ANÁLISE CRÍTICA DESCRITIVA DE UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PARA GRADUAÇÃO DE SAÚDE

ATENÇÃO FARMACÊUTICA HUMANIZADA A PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

ÍNDICE DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA

Luan Matheus Cassimiro;Romildo Lima Souza; Raphael de Andrade Braga; José Adeildo de Lima Filho

ANÁLISE DO PERFIL DOS USUÁRIOS DE ANTIPSICÓTICOS EM UMA DROGARIA DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA DO CEARÁ-CE

CONHECIMENTO DOS IDOSOS DE UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ACERCA DO USO DE MEDICAMENTOS ORAIS

AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE BENZODIAZEPÍNICOS EM UMA DROGARIA DA CIDADE DE SERICITA, MINAS GERAIS

EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE AUTOMEDICAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

AVALIAÇÃO DO PEFIL DO USO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS RESIDENTES NA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA CASA DO IDOSO VÓ FILOMENA CUITÉ/PB

PALAVRAS-CHAVE: Homeopatia. Consumo. Práticas Alternativas.

ARAÚJO, Dyego Carlos Souza Anacleto 1 ; CARNEIRO, César Alves 2 ; DUARTE, Maira Ludna 3 ; SILVA, Daiane Farias 4 ; BATISTA, Leônia Maria 5 RESUMO

USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE FLORESTA-PE

ESTUDO DO PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO NAS DIFERENTES CLASSES SOCIAIS NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GOIÁS

FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA CAMPANHA PELO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS E ADESÃO DAS PESSOAS IDOSAS

USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR MULHERES DE 35 A 60 ANOS NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE-PB

IDENTIFICAÇÃO DE INCONFORMIDADES NAS PRESCRIÇÕES MÉDICAS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE GUIRICEMA, MG

INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA NA TERCEIRA IDADE: UMA VULNERABILIDADE?

MORTALIDADE POR DE CÂNCER DE MAMA NO ESTADO DA PARAÍBA ENTRE 2006 E 2011

UTILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO POPULAR COMO FERRAMENTA PARA A PRODUÇÃO DE FITOTERÁPICOS UMA EXPERIÊNCIA INTEGRADA AO ENSINO DE BIOLOGIA

Gastos com medicamentos para tratamento da asma pelo Ministério da Saúde,

TÍTULO: PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE ANTI INFLAMATORIOS NÃO ESTEROIDAIS DE UMA DROGARIA DE AGUAÍ-SP

(83)

A PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA NO CONTROLE DA AUTOMEDICAÇÃO

PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS AUTÔNOMOS DE UMA UNIDADE BÁSICA EM CAMPINA GRANDE - PB

PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO E MEDICAÇÕES UTILIZADAS PELOS IDOSOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Título Autores: Resumo:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE PRÓ-REITORIA DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS E ESTÁGIOS PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - PET

MOTIVAÇÃO PARA O USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR IDOSOS PORTADORES DE CÂNCER ATENDIDOS NA FAP CAMPINA GRANDE/PB

DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA ORIENTAÇÃO DO USO RACIONAL DE FITOTERÁPICOS

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO DESCARTE DE MEDICAMENTOS PELA POPULAÇÃO IDOSA DE UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

PERFIL DE USO DAS PLANTAS MEDICINAIS PELOS USUÁRIOS DE UMA UNIDADE INTEGRADA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB

A PREVALÊNCIA DA AUTOMEDICAÇÃO NA POPULAÇÃO IDOSA DE VALPARAISO DE GOIÁS THE PREVALENCE OF SELF MEDICATION IN ELDERLY POPULATION OF GOIÁS VALPARAISO

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DE ZOOTERÁPICOS POR MORADORES DE UM BAIRRO DA CIDADE DE CAMPINA GRANDE PB

ANÁLISE DESCRITIVA DAS INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS EM GOIÁS

EPIDEMIOLOGIA DO USO DE MEDICAMENTOS NO BAIRRO SANTA FELICIDADE, CASCAVEL PR.

CONHECIMENTO DE IDOSOS DOMICILIARES ACERCA DO DESENVOLVIMENTO DE UPP

POLIMEDICAÇÃO EM IDOSOS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

Análise quantitativa dos atendimentos eletivos e de emergência a pacientes esquizofrênicos realizados pelo SUS no período de 2012 a 2014

Avaliação da glicemia e pressão arterial dos idosos da UNATI da UEG-GO

I Workshop dos Programas de Pós-Graduação em Enfermagem PERFIL DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM UM HOSPITAL DO SUL DE MINAS GERAIS

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PACIENTES DE UM HOSPITAL GERAL 1

PROVA DE CONHECIMENTO EM METODOLOGIA CIENTÍFICA E INTERPRETAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO NÍVEL MESTRADO

CAPACIDADE FUNCIONAL DA PESSOA IDOSA E O CUIDADO DOMICILIAR: UMA REALIDADE DOS IDOSOS DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA BONALD FILHO

UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS POR MULHERES INTEGRANTES DE UM GRUPO DE IDOSOS NO BAIRRO DO JARDIM QUARENTA EM CAMPINA GRANDE/PB.

SATISFAÇÃO DE IDOSOS SOBRE ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO DE REVISÃO

AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE CAMPINA GRANDE-PB

AVALIAÇÃO DO PERFIL DE CONSUMO DE ANTIDEPRESSIVOS NA FARMÁCIA MUNICICIPAL DA CIDADE DE IBIAPINA-CE

PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO PRIMEIRO E OITAVO SEMESTRES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA SOBRE O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS.

SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE - nº 04 - ano 2016 ISSN:

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

ACUPUNTURA NAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UMA REVISÃO NARRATIVA

Qualidade de vida de pacientes idosos com artrite reumatóide: revisão de literatura

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA

AVALIAÇÃO DE POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM CUITÉ/PB

INVESTIGAÇÃO ETNOBOTÂNICA DAS PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS NAS HORTAS COMUNITÁRIAS DE PALMAS - TO

AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSAÇÃO E USO DE QUETIAPINA EM UMA FARMÁCIA DE MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS DE TERESINA, PI.

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

QUANDO O ENVELHECIMENTO SUPERA A IDADE: UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PROMOVENDO SAÚDE E LAZER EM UMA COMUNIDADE DE CAMPINA GRANDE PB

PERFIL DO USO DE MEDICAMENTOS E POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UMA IDOSA INSTITUCIONALIZADA: RELATO DE CASO 1

Características do uso de fármacos sem prescrição por graduandos em Enfermagem

PERFIL DA POPULAÇÃO IDOSA QUE UTILIZA ERVA MEDICINAL

A VULNERABILIDADE DO IDOSO NA AUTOMEDICAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO DAS MOTIVAÇÕES QUE LEVAM AO POTENCIAL USO DE ANFETAMINAS POR ESTUDANTES DA UFPB

ENVELHECIMENTO ATIVO: QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE E ATIVIDADES FÍSICAS EM IDOSOS

PERFIL DOS PACIENTES DO PROGRAMA DE CONTROLE DE ASMA E RINITE DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS/GO

Mestranda: Marise Oliveira dos Santos Orientador: Prof. Dr. José Fernando de Souza Verani

ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS INTERNADOS NA UTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

CUSTOS INDIRETOS NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO EM HOSPITAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO MARANHÃO

O ESTUDO DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONHECIMENTO DE MORADORES DE UMA ZONA URBANA, DE CAMPINA GRANDE-PB

PERFIL DE EVENTOS ADVERSOS EM IDOSOS HOSPITALIZADOS

SEGURANÇA DO PACIENTE: EXECUÇÃO DE AÇÕES APÓS O PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ENDOVENOSOS EM PEDIATRIA

Transcrição:

AUTOMEDICAÇÃO ENTRE IDOSOS DE UM BAIRRO DE CAPINA GRANDE - PB Allan Batista Silva¹; Cristina Ruan Ferreira de Araújo²; Saulo Rios Mariz³; Rafael Bruno da Silveira Alves 4. ¹ Bolsista do PET/Conexões de Saberes Fitoterapia e Discente do curso de Enfermagem da UFCG, allansnt@hotmail.com; ² Tutora do PET/Conexões de Saberes Fitoterapia e Professora Adjunta da UFCG, profcristinaruan@bol.com.br; ³ Colaborador do PET/Conexões de Saberes Fitoterapia e Professor Adjunto - UFCG, sjmariz22@hotmail.com; 4 Bolsista do PET/Conexões de Saberes Fitoterapia e Discente do curso de Medicina da UFCG, rafab.fb@gmail.com. INTRODUÇÃO A população mundial esta envelhecendo de forma acentuada em todo o mundo e principalmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, o número de pessoas com 60 anos ou mais na década de 60 era de 3 milhões. Esse número aumentou para 14 milhões em 2000 e estima-se que esse número chegue a 32 milhões no ano de 2025 1. Decorrente das perdas que ocorrem ao longo da vida, as pessoas idosas apresentam características específicas do ponto de vista fisiológico, psicológico e social, o que as tornam vulneráveis ao surgimento de doenças 2. Sendo assim, muitas vezes os idosos realizam a prática da automedicação em busca do alívio de

problemas ou sintomas que os afligem 3. A automedicação é uma prática comum na população brasileira, definida como o uso de produtos, sejam eles medicamentos sintéticos ou plantas medicinais, para o tratamento ou prevenção de doenças e sintomas sem a prescrição, orientação ou acompanhamento de um profissional da saúde legalmente habilitado 4, 5, 6. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar a prevalência da automedicação com medicamentos alopáticos e/ou com plantas medicinais por idosos usuários de uma Unidade Básica de Saúde da Família Malvinas V, Campina Grande PB. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem quantitativa, realizada na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Malvinas V, no bairro Malvinas da cidade de Campina Grande (PB) entre os meses de Setembro e Novembro de 2011. A população estudada foi composta pelos usuários da UBSF onde a pesquisa foi realizada. Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário semiestruturado com perguntas dicotômicas, discursivas e de múltipla escolha. Os dados foram tabulados e analisados por meio do programa Microsoft Office Excel 2007. O questionário foi aplicado após a assinatura do TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na presente pesquisa os resultados revelaram que, entre os idosos

entrevistados, 78 (83%) eram do gênero feminino e 16 (17%) do gênero masculino. Destes idosos, 59 (62,8%) possuíam idade entre 60 e 69 anos, 22 (23,4%) entre 70 e 79 e 13 (13,8%) acima de 80 anos. A renda familiar mais prevalente era de até um salário mínimo (33%) e a maioria dos idosos possuía apenas o ensino fundamental incompleto (30,85%). Outro estudo realizado na cidade de Salgueiro (PE), foi identificado que a maioria dos idosos possuía idade entre 60 e 70 anos (44,9%), eram do gênero feminino (69,8%) e possuíam primeiro grau incompleto (40,7%). 5 Dentre os idosos entrevistados no presente trabalho, 46 (48,9%) se automedicavam com plantas medicinais e 7 (7,45%) se automedicavam com medicamentos sintéticos. Na automedicação, tanto por plantas medicinais como por medicamentos alopáticos, o gênero feminino foi mais prevalente, correspondendo a 95,65% e 57,14% respectivamente. A maioria das mulheres que se automedicavam, seja por plantas medicinais ou por medicamentos alopáticos, possuíam idade entre 60 e 69 anos. Sendo assim, outra pesquisa apontou grande prevalência da automedicação em idosos moradores de uma cidade do estado de Santa Catarina,onde era realizado principalmente o uso por conta própria das plantas medicinais como alternativa para o tratamento de alguns agravos á saúde (55,4%). 3 A automedicação, seja ela por medicamentos alopáticos ou por plantas medicinais, aumenta o risco de eventos adversos ou alérgicos e intoxicação, além do atraso no diagnóstico e na terapêutica adequada. Vale ainda lembrar que a automedicação também pode mascarar algumas doenças e fazer com que surjam novos problemas motivando o idoso a fazer mais ainda o uso indiscriminado de plantas e medicamentos. Além disso, pelo fato dos idosos serem mais susceptíveis à ação dos fármacos, devido as suas particularidades, aumenta-se a probabilidade de interação medicamentosa, o que pode resultar em respostas indesejáveis ou

5, 7,8, 9 iatrogênicas. Dentre os idosos que se automedicavam com plantas medicinais, 60,87% achavam que as plantas medicinais não podem fazer mal a saúde e 82,61% aconselham outras pessoas a usar plantas medicinais. Assim como, entre os idosos entrevistados, 23 (24,46%) faziam associação medicamentosa, sendo esta entre planta e medicamento alopático (65,22%) ou entre plantas (34,78%). CONCLUSÃO Foi observado que a automedicação é uma pratica comum entre os idosos avaliados, principalmente entre mulheres, na faixa etária entre 60 e 69 anos e principalmente com plantas medicinais pela crença de que tais produtos são inofensivos pelo fato de serem naturais. Sendo assim, faz-se de grande importância que os profissionais de saúde estejam atentos para desenvolver ações de orientação à esses pacientes de modo a evitar situações de problemas relacionados a medicamentos, pois essa subgrupo de usuários (idosos) tem suas peculiaridades que os tornam mais fragilizados diante desse problema da automedicação. REFERÊNCIAS 1. Filho AIL, Uchoa E, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do projeto Bambuí. Rev. Saúde Publ. 2002;36(1):545-553. 2. Oliveira CAP, Marin MJS, Marchioli M, Pizoletto BHM, Santos RV. Caracterização dos medicamentos prescritos aos idosos na Estratégia Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, 2009 Mai;25(5):1007-1016.

3. Cascaes EA, Falchetti ML, Galato D. Perfil da automedicação em idosos participantes de grupos da terceira idade de uma cidade do sul do Brasil. ACM arq. catarin. med. 2008; 37(1): 63-69. 4. Oliveira MA, Francisco PMSB, Barros MBA. Automedicação em idosos residentes em Campinas, São Paulo, Brasil: prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Pública. 2012; 28(2):335-345 5. Sá MB, Barros JAC, Sá MPBO. Automedicação em idosos na cidade de Salbugueiro-PE. Rev. Bras. Epidemiol. 2007; 10(1): 75-85. 6. Arrais PSD, Coelho HLL, Batista MCDS, Carvalho ML, Righi RE, Arnau JM. Perfil da Automedicação no Brasil. Rev. Saúde Pública. 1997, Fev; 31(1): 71-77. 7. Junior VFV. Estudo do consumo de plantas medicinais na Região Centro- Norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos profissionais de saúde emodo de uso pela população. Rev. Bras. Farmacogn. 2008, Abr/Jun; 18(2): 308-313. 8. Costa VP, MaywornMAS. Plantas medicinais utilizadas pela comunidade do bairro dos Tenentes - município de Extrema, MG, Brasil. Rev. Bras. Plantas Med. 2011;13(3):282-292. 9. Bagatini F, Blatt CR, Maliska G, Trespash GV, Pereira IA, Zimmermann AF, Storb BH, et al. Potenciais interações medicamentosas em pacientes com artrite reumatiode. Rev. Bras. Reumatol. 2011; 51(1): 20-39.