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Transcrição:

ACÓRDÃO Registro: 2018.0000000804 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno nº 2183307-30.2017.8.26.0000/50000, da Comarca de, em que são agravantes SILAS APARECIDO DOS SANTOS e DICESAR SANTIAGO DE SOUZA, é agravado RABOBANK CURAÇAO N.V. ACORDAM, em 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Julgaram prejudicado o agravo interno e Negaram provimento ao Agravo de Instrumento. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores VIRGILIO DE OLIVEIRA JUNIOR (Presidente) e MAIA DA ROCHA., 11 de dezembro de 2017. ITAMAR GAINO RELATOR Assinatura Eletrônica

Agravo Interno nº 2183307-30.2017.8.26.0000/50000 Agravantes: Silas Aparecido dos Santos e Dicesar Santiago de Souza Agravado: Rabobank Curaçao N.V Comarca: Voto nº 38695 Suspensão do processo Execução por título executivo extrajudicial Devedora principal Recuperação Judicial Coobrigados Efeitos. O deferimento de pedido de recuperação judicial da devedora principal não implica novação da dívida em relação aos garantidores e nem autoriza a suspensão ou extinção da demanda executiva em face deles. Recurso não provido. Prejudicado o agravo interno. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que, em ação de execução de título executivo extrajudicial, indeferiu pedido de suspensão do processo em face dos coobrigados e/ou garantidores do crédito. Segundo os recorrentes, o ponto discutido no presente recurso se refere à legitimidade do D. Juízo da 3ª Vara Cível de em indeferir a suspensão da execução em face dos agravantes, na qual: (i) o crédito executado está sujeito à recuperação judicial da devedora principal; (ii) o plano de recuperação judicial está devidamente aprovado e em vigência; (iii) o plano tem cláusulas expressas que determinam a suspensão do andamento de ações/execuções contra coobrigados da recuperação durante o período de realização dos pagamentos ; (iv) o plano de recuperação aprovado sujeita/vincula todos os credores aos seus efeitos, independentemente, do tipo de voto proferido. Assim, por ter previsão expressa no plano de recuperação judicial da Península, as ações e execução em face dos avalistas devem ser suspensas. Indeferido o pedido de atribuição de efeito suspensivo, o recurso foi bem processado, com resposta da recorrida. Sobreveio, contudo, agravo interno contra a rejeição da antecipação de tutela recursal postulada. É o relatório. I Estando o agravo de instrumento pronto para julgamento, o recurso interno acima mencionado está prejudicado, já que a decisão que viesse a ser proferida pela turma julgadora, mantendo o indeferimento do pedido de antecipação de tutela recursal ou reformando Agravo Interno nº 2183307-30.2017.8.26.0000/50000 -Voto nº 38695 2

tal decisão, de modo algum poderia contrariar a que, no mesmo ato, por ela fosse proferida sobre o mérito do agravo de instrumento. Aliás, de caso análogo, veiculado no Superior Tribunal de Justiça, no julgamento dos Embargos de declaração no Recurso Especial nº 1.527.246/SP, de relatoria do Ministro Humberto Martins e publicado no Diário de Justiça eletrônico de 16 de maio de 2015, extrai-se: Impõe-se observar que é desnecessária e inadequada a oposição dos embargos declaratórios para atribuição de efeito suspensivo ativo ao recurso especial já julgado (EDcl no REsp 1.307.532/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 28/05/2013, DJe 04/06/2013). II - Consoante o exame das peças deste instrumento, em autos de ação de execução de título executivo extrajudicial, formulouse, sem êxito, pedido de suspensão do processo alegando que o plano de recuperação judicial da empresa devedora foi devidamente homologado e nele consta cláusula dispondo quando a suspensão das execuções ajuizadas em face dos coobrigados e/ou garantidores do crédito (cf. p. 591/594 e 678). Mencionada decisão deve ser mantida. Consoante se extrai do julgamento do Recurso Especial nº 1.333.349/SP, de relatoria do Ministro Luis Felipe Salomão e publicado no Diário de Justiça eletrônico de 2 de fevereiro de 2015, pacificou-se no Superior Tribunal de Justiça: Para efeitos do art. 543-C do CPC: "A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das execuções nem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória, pois não se lhes aplicam a suspensão prevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se refere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, 1º, todos da Lei n. 11.101/2005. No mesmo sentido: REsp. nº 1.532.383/SP, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 10/09/2015. Aliás, do julgamento do Recurso Especial nº 1.504.752/SP, de relatoria do Ministro Paulo de Tarso Sanseverino e públicado no Diário de Justiça eletrônico de 15 de setembro de 2015, extraise: No voto condutor do acórdão, o Relator deixa claro que a novação aqui operada, ao contrário do que quer crer os recorrentes, não se confunde com a novação prevista no Código Civil, in verbis: "[...] a novação prevista na lei civil é bem diversa daquela disciplinada na Lei n. 11.101/2005. Se a novação civil faz, como regra, extinguir as garantias da dívida, inclusive as reais prestadas por Agravo Interno nº 2183307-30.2017.8.26.0000/50000 -Voto nº 38695 3

terceiros estranhos ao pacto (art. 364 do Código Civil), a novação decorrente do plano de recuperação traz, como regra, ao reverso, a manutenção das garantias (art. 59, caput, da Lei n. 11.101/2005), as quais só serão suprimidas ou substituídas 'mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia', por ocasião da alienação do bem gravado (art. 50, 1º). Por outro lado, a novação específica da recuperação desfaz-se na hipótese de falência, quando então os 'credores terão reconstituídos seus direitos e garantias nas condições originalmente contratadas' (art. 61, 2º). Daí se conclui que o plano de recuperação judicial opera uma novação sui generis e sempre sujeita a condição resolutiva, que é o eventual descumprimento do que ficou acertado no plano, circunstância que a diferencia, sobremaneira, daqueloutra, comum, prevista na lei civil.[...]. Portanto, muito embora o plano de recuperação judicial opere novação das dívidas a ele submetidas, as garantias reais ou fidejussórias são preservadas, circunstância que possibilita ao credor exercer seus direitos contra terceiros garantidores e impõe a manutenção das ações e execuções aforadas em face de fiadores, avalistas ou coobrigados em geral". "[...] dada a autonomia da obrigação resultante do aval, com mais razão o credor pode perseguir seu crédito contra o avalista, independentemente de o devedor avalizado se encontrar em recuperação judicial". Nesta ótica, em recente manifestação, a Corte Superior decidiu: A recuperação judicial do devedor principal não inibe o prosseguimento das execuções ou suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória, haja vista a inaplicabilidade da suspensão estabelecida nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se refere o art. 59, caput, por força do disposto o art. 49, 1º, todos da Lei nº 11.101/2005. É o que consta do Agravo Interno no Recurso Especial nº 1.489.589/SP, de relatoria do Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva e publicado no Diário de Justiça eletrônico de 6 de setembro de 2016. Não há, portanto, qualquer óbice para que os coobrigados sejam demandados pelo credor, o qual tem a faculdade de demandar todos os devedores, alguns ou apenas um, uma vez que a solidariedade passiva consiste na responsabilização integral pela dívida, que pode ser exigida de qualquer um dos obrigados, nos termos do que dispõe o artigo 275, caput, do Código Civil, in verbis: Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o Agravo Interno nº 2183307-30.2017.8.26.0000/50000 -Voto nº 38695 4

pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Paragráfo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Acresce ainda registrar ter a parte contrária informado e demonstrado estarem pendentes de apreciação e julgamento diversos embargos de declaração opostos em face do julgamento dos agravos de instrumento providos para determinar o restabelecimento das cláusulas de suspensão da exigibilidade das garantias. Além disso, a recorrida também observou que referidas cláusulas do Plano de Recuperação Judicial vão de encontro à disposição legal dos artigos 6º, caput e 49, 1º e 52, III, todos da Lei nº 11.101/2005, e, especialmente, à expressa disposição da Súmula 581 do Excelso Superior Tribunal de Justiça, in verbis: A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória. Ante o exposto, nega-se provimento ao recurso. Fica prejudicado o agravo interno. ITAMAR GAINO Relator Agravo Interno nº 2183307-30.2017.8.26.0000/50000 -Voto nº 38695 5